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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC

Curso de Engenharia de Software


Disciplina:Coworking e Liderança em Tecnologia da Informação
Trabalho Acadêmico

Alunos: Cecília Costa Rebelo Cunha, Eduardo Lopes Magalhães, Enzo Gabriel
Galiene Batista Camilo da Silva, Gustavo Lemos Reis, Gabriel Alves Rodrigues,
Gustavo Silva Damasceno, João Carlos Ribeiro Gonzaga, João Pedro Santos
Oliveira Souza, João Victor Alves Santana e Pedro Paulo Bezerra.

TEORIA DA BUROCRACIA

Gama-DF
2023
RESUMO
A teoria da burocracia é um modelo organizacional proposto por Max Weber no
início do século XX. Essa teoria descreve uma estrutura organizacional hierárquica
baseada em regras e regulamentos formais, com clara definição de tarefas, divisão de
trabalho e autoridade delegada.
Segundo a teoria da burocracia, a organização deve ser estruturada de forma
racional e impessoal, baseada em normas e procedimentos formais, em vez de depender
de decisões subjetivas de indivíduos. Isso ajuda a garantir uma maior eficiência na
execução das tarefas organizacionais e promove uma igualdade de tratamento entre os
funcionários.
No entanto, a teoria da burocracia também tem algumas desvantagens. A rigidez
das normas e procedimentos pode limitar a criatividade e a inovação, e os funcionários
podem ficar presos a regras e regulamentos desnecessários. Além disso, o excesso de
formalidade pode levar à despersonalização e desmotivação dos funcionários.
Apesar dessas críticas, a teoria da burocracia continua sendo uma das principais
abordagens para a compreensão da organização e da administração, especialmente em
contextos governamentais e empresariais.
Palavras chaves: burocracia, organização, teoria
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Max Weber......................................................................................................9
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Tipologia de sociedade e tipologia de autoridade e suas características,
segundo Weber...............................................................................................................9
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................6
2. ORIGENS DA BUROCRACIA..................................................................7

2.1 Tipos de Sociedade...............................................................................7


2.2 Tipos de Autoridade..............................................................................7
3. CARACTERÍSTICAS..............................................................................10
4. VANTAGENS DA BUROCRACIA..........................................................11

5. DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA.........................................................12
6. MODELO BUROCRÁTICO DE MERTON..............................................13
7. MODELO BUROCRÁTICO DE SELZNICK............................................13
8. GRAUS DE BUROCRATIZAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES...................15
9. MODELO BUROCRÁTICO DE GOULDNER.........................................16
10. CRÍTICAS AO MODELO BUROCRÁTICO...........................................17
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................19
12. REFERÊNCIAS....................................................................................20
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1-INTRODUÇÃO
Neste trabalho, destacaremos a importância da teoria burocrática da administração para
o tema da gestão e discutiremos como ela enfatiza a eficiência e a razão na arquitetura
organizacional. Breve discussão também é feita sobre os efeitos da abordagem
burocrática na administração pública e suas desvantagens. A fim de compreender melhor
a aplicabilidade e as consequências da teoria para as práticas de gestão atuais, o artigo
pretende estudá-la em profundidade, examinando seus antecedentes, principais ideias,
pontos fortes e aplicações práticas.
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2- ORIGENS DA BUROCRACIA
A palavra Burocracia vem do francês “Bureau” que significa escritório, e do grego
“Krátus" que significa regra ou poder.
Segundo Chiavenato et al. (Introdução a Teoria Geral da Administração, p.412)
A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é na relação dos
meios aos objetivos (fins) pretendidos. A fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses
objetivos.
A burocracia conhecida atualmente originou-se nas mudanças religiosas após o período
renascentista.
Para Weber a burocracia era um tipo de poder, e para poder compreende-la estudou os
tipos de sociedade e autoridade;

2.1 Tipos de Sociedade


sociedade tradicional: tem forte influência do tradicionalismo e dos costumes. Sob
essa influência, a autoridade é baseada em relações pessoais e familiares. Nesta
sociedade, as pessoas tendem a seguir as regras e especificações estabelecidas por
seus antepassados, e não há uma separação clara entre público e privado. A
autoridade é baseada em idade, sexo e status social.
sociedade carismática: é uma sociedade de liderança baseada no carisma, ou seja,
na influência e inspiração da capacidade das pessoas. Nesse tipo de sociedade, os
líderes são considerados heróis ou salvadores e tomam decisões com base em seus
desejos e pensamentos. A autoridade é pessoal, não baseada em regras ou leis
estabelecidas.
sociedade legal, racional ou burocrática: baseia-se em regras e procedimentos
formais, estabelecidos pela legislação e pela constituição.

Nesta sociedade, de acordo com padrões objetivos e justos, a agência é gerida por
profissionais de treinados e especializados.
Existem quatro conceitos a serem entendidos para a compreensão das autoridades
segundo Max Weber, são os conceitos das palavras: autoridade, poder, legitimidade,
dominação. Para Weber a autoridade representa o poder institucionalizado e oficializado,
o poder é aquele que infere a obediência pela força ou a ameaça de força que induz os
indivíduos a aderir as normas, legitimidade é o que explica porque esses indivíduos
obedecem a essas normas e a dominação é quando o dominante acredita poder exercer
seu poder sobre os dominados e os mesmos se sentem obrigados a obedecê-lo.
2.2 Tipos de autoridade
Weber define três tipos de autoridade legítima, que foram definidas baseadas
pela legitimidade aplicada e não pelos poderes exercidos, são elas:
a) Autoridade Tradicional: ocorre quando os subordinados consideram que
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as ordens dos superiores são justificadas, porque essa sempre foi maneira a
qual foi feita, o governo tradicional do patriarcado, representa o tipo mais puro
dessa autoridade. Não é racional, pode ser transmitido por herança e é
conservador.
b) Autoridade Carismática: é adquirida por aquelas pessoas que
conquistaram respeito e a confiança de seus seguidores, esse tipo de
autoridade é exercido por alguém fora do comum, que possui habilidades
desejáveis e grande poder de persuasão. Uma autoridade baseada na
devoção afetiva e pessoal, e na explosão emocional dos seguidores para
com a pessoa que possui o carisma mencionado. A legitimação da autoridade
carismática vem das características pessoais carismáticas do líder e da
devoção e extase que ele consegue impor aos seus seguidores.
c) Autoridade Racional: Deriva da configuração de uma organização e da
posição que a pessoa ocupa, a autoridade está no cargo e não na pessoa
que o exerce. A autoridade legal-racional é exercida dentro das regras e
procedimentos estabelecidos em uma organização. Weber acredita que a
autoridade racional era a amais adequada para o ambiente empresarial, uma
vez que não é personalista como as outras duas. A sua legitimidade está
baseada na normas legais e racionais de uma organização.
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Quadro 1 – Tipologia de sociedade e tipologia de autoridade e suas


características, segundo Weber.

Fonte: CHIAVENATO, Introdução a Teoria Geral da Administração, p.417.

- FIGURA 1 - MAX WEBER

Karl Emil Maximilian Weber(1864-1920)

O nome correto é Max Weber (1864-1920). Ele foi um sociólogo, economista e


teórico político alemão que é considerado um dos fundadores da sociologia moderna e
um dos pensadores mais influentes do século XX.
Weber é conhecido por suas contribuições à compreensão do papel da religião na
sociedade, bem como por seu trabalho sobre a burocracia e a racionalização do mundo
moderno. Ele também foi um importante crítico do marxismo e é conhecido por sua teoria
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da ação social, que afirma que as pessoas agem com base em suas próprias
interpretações e compreensões da realidade.
Entre as obras mais conhecidas de Weber estão "A Ética Protestante e o Espírito
do Capitalismo", "A Política como Vocação" e "Economia e Sociedade". Sua influência
na sociologia, na economia e na teoria política continua até os dias atuais.
3. CARACTERÍSTICAS
Max Weber definiu a burocracia como um tipo de organização que se baseia em
regras racionais e na divisão do trabalho, com o objetivo de atingir a eficiência e a
objetividade. Algumas das principais características da burocracia, de acordo com Weber,
são:
Hierarquia: a burocracia é organizada em uma estrutura hierárquica clara,
com cada nível de autoridade sendo subordinado ao nível superior.
Regras e procedimentos: as atividades da burocracia são reguladas por um
conjunto claro de regras e procedimentos, que são aplicadas para garantir a
objetividade e a coerência.
Divisão do trabalho: a burocracia se baseia na divisão do trabalho, com
tarefas e responsabilidades específicas atribuídas a cada posição na organização.
Impessoalidade: a responsabilidade é caracterizada pela impessoalidade,
ou seja, as decisões são tomadas com base em critérios objetivos e não pessoais.
Competência técnica: a obrigação valoriza a competência técnica, com as
pessoas sendo selecionadas para cargas com base em suas habilidades e
conhecimentos.
Carreira profissional: a obrigação oferece oportunidades de carreira
profissional, com regras claras para a promoção e a progressão dentro da
organização.
Documentação escrita: a obrigação se baseia na documentação escrita,
com registros precisos de todas as atividades e decisões sendo solicitadas para
garantir a transparência e a responsabilidade.
Essas características da burocracia, segundo Weber, são importantes para
garantir a eficiência e a objetividade na organização, mas também podem levar à
rigidez e à inflexibilidade se não forem estiverem sob controle.
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4. VANTAGENS DA BUROCRACIA
A burocracia é um modelo de gestão que envolve regras e procedimentos
complexos para garantir a eficiência, a transparência e a responsabilidade nas
organizações. Embora muitas vezes seja criticada por ser lenta e ineficiente, a burocracia
também tem suas vantagens, que incluem:
Padronização: A burocracia estabelece regras e procedimentos claros e
precisos, o que garante que as atividades sejam executadas de maneira
consistente e uniforme em toda a organização.
Eficiência: As regras e procedimentos da rotina podem ajudar a garantir
que as atividades sejam executadas de maneira rápida e eficiente, pois os
funcionários sabem exatamente o que precisa ser feito e como fazê-lo.
Transparência: A burocracia envolve a documentação de todas as
atividades e processos, o que garante que todas as informações relevantes
estejam disponíveis e acessíveis a todas as partes interessadas.
Responsabilidade: A burocracia estabelece papéis e responsabilidades
claros para cada membro da organização, o que ajuda a garantir que todos sejam
responsáveis por suas ações e que as decisões sejam tomadas com base em
evidências e fatos.
Controle: A burocracia envolve o cuidado supervisionado de todas as
atividades, o que ajuda a garantir que os objetivos da organização sejam
alcançados de maneira eficiente e eficaz.
Imparcialidade: A burocracia é baseada em regras e procedimentos, o que
ajuda a garantir que todos sejam tratados de maneira justa e igual.
Previsibilidade: A responsabilidade é previsível e estável, o que ajuda a
garantir que as pessoas possam planejar suas atividades com antecedência e ter
confiança de que as regras serão aplicadas de maneira consistente.
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5. DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA
Burocracia é um sistema organizacional complexo que pode ser difícil de
gerenciar e pode levar a disfunções. Algumas das disfunções da burocracia
incluem:
Rigidez: A obrigação tende a ser muito rígida e inflexível. As regras e
regulamentos podem ser difíceis de mudar ou adaptados a situações específicas,
o que pode impedir a organização de ser ágil e responsiva às necessidades dos
clientes ou das mudanças do mercado.
Lentidão: devido à necessidade de seguir procedimentos e protocolos, a
burocracia pode ser lenta em tomar decisões e implementar mudanças. Isso pode
prejudicar a eficiência da organização e reduzir sua capacidade de se adaptar
rapidamente às mudanças.
Falta de iniciativa: Os funcionários podem se sentir desmotivados ou
desencorajados a tomar iniciativas ou tomar decisões independentes, uma vez
que as decisões devem passar por vários níveis hierárquicos antes de serem
adotadas. Isso pode limitar a criatividade e a inovação da organização.
Comportamento defensivo: A burocracia pode incentivar os funcionários
a se concentrarem mais em seguir as regras e procedimentos do que em atender
às necessidades dos clientes. Isso pode levar a um comportamento defensivo,
onde os funcionários priorizam a proteção da organização em vez de fazer o que
é melhor para o cliente.
Apatia: A responsabilidade pode levar a um ambiente de trabalho onde as
pessoas se sentem desmotivadas e desengajadas. Os funcionários podem se
sentir impotentes ou incapazes de fazer mudanças significativas, o que pode
resultar em apatia e falta de motivação.
Custos: A burocracia pode ser cara devido à necessidade de contratar
pessoal adicional para administrar o sistema, além dos custos de treinamento,
implementação e manutenção do sistema.
Alienante: A burocracia pode ser alienante para os funcionários, que
podem se sentir desconectados da organização e não se identificar com seus
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objetivos e missão. Isso pode levar a uma alta rotatividade de funcionários e baixa
moral.
Embora a obrigação possa ter alguma proteção, ela também pode fornecer
estrutura e estabilidade em organizações complexas. É importante que as
organizações equilibrem os benefícios e a atenção da rotina ao
implementar sistemas organizacionais.

6. MODELO BURACRÁTICO DE MERTON


O modelo burocrático de Merton se refere à teoria desenvolvida pelo sociólogo
estadounidense Robert Merton, que argumentou que a burocracia é uma estrutura
organizacional que se caracteriza pela aplicação de regras, procedimentos e estratégias
para lograr objetivos de maneira eficiente.
Segundo Merton, a obrigação tem quatro elementos-chave: a
especialização das tarefas, a administração da autoridade, as regras e os
procedimentos padronizados, e a seleção e promoção dos empregados com base
no seu mérito. Estes elementos ajudam a la burocracia a funcionar de maneira
predecible y eficiente.
Merton também sinalizou que a exigência pode ter efeitos negativos na motivação
dos funcionários e na inovação organizacional. Os funcionários podem se sentir
desmotivados devido à falta de autonomia e à restrição da estrutura, enquanto a adesão
estrita às regras e procedimentos padronizados pode impedir a experimentação e a
inovação.
Em resumo, o modelo burocrático de Merton destaca a importância da burocracia
na consecução de objetivos organizacionais, mas também reconhece suas limitações
em termos de motivação e criatividade dos funcionários.

7. MODELO BUROCRÁTICO DE SELZNICK


Selznick desenvolveu o seu modelo mostrando, como Merton, algumas formas
pelas quais a burocracia acaba alcançando resultados não desejados. Sua Controle
social análise deriva do estudo da TVA, uma agência regional norte-americana algo
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semelhante à Sudene, cujos resultados foram publicados em 1949. Em trabalhos


posteriores, o seu modelo é um marco de referência subjacente." De modo diferente,
porém, de Merton, que salientou o papel das decisões derivadas da exigência de controle,
Selznick salienta o papel da delegação de autoridade. Seu pressuposto é que as
burocracias se caracterizam pela busca constante da integração de objetivos de
subgrupos à doutrina oficial da organização. É, portanto, o reino do conflito, o reino da
tentativa de legitimação de interesses parciais e, com frequência, divergentes.
Partindo do princípio da especialização, a hierarquia delega autoridade,
estabelecendo departamentos diversos para assuntos diversos. Com isto, é verdade, os
funcionários ganham experiência em domínios restritos, reduzem os problemas nos
quais concentram sua atenção e aperfeiçoam a forma de tratá-los. Assim, a prática da
delegação de autoridade, que não deve ser vista estritamente como delegação de
controle, mas como delegação de funções, é amplamente estimulada. Selznick observa,
porém, que alguns problemas decorrem dessa prática. Em primeiro lugar, deve-se
lembrar que não só o teor das decisões organizacionais tende a se modificar, como a
produção de ideologias de subgrupos tende a se desenvolver.
Assim, sob a pressão de seus ruralistas, a TVA alterou, gradualmente, um aspecto
significativo de seu caráter de agência conservadora, contradi18 sendo seus objetivos
estabelecidos. Com efeito, refletindo atitudes e interesses próprios, o grupo rural da TVA
lutou contra a política de utilização de terras de propriedade pública, contribuindo de
forma efetiva para a alteração da política original da TVA a esse respeito. Aliás, a busca
inflexível de interesses próprios, por parte do grupo rural da agência, acabou por envolvê-
la em um conflito com o Departamento do Interior, a nível da alta administração central
federal."
Em termos simples, a análise de Selznick indica que a delegação de autoridade,
bifurcando interesses mediante a especialização, e propiciando o desenvolvimento de
ideologias grupais ou subgrupais, acaba por aumentar, no interior dos próprios membros
dos subgrupos, a internalização de subobjetivos, processo em que desempenham um
papel básico as decisões de rotina. Como estas dependem, em primeira instância, dos
critérios estabelecidos pela organização, a própria operação das tarefas especializadas
será responsável pela criação de precedentes, que acabarão por constituir a reação
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comum a determinadas situações, transformando-se, portanto, em padrões repetitivos


de conduta e internalizando cada vez mais os objetivos dos subgrupos e não os da alta
cúpula hierárquica ou da burocracia, como prefere Selznick.
A busca de objetivos desejados pode, portanto, transformar-se facilmente na
realização de objetivos inesperados e indesejados pela burocracia, entendida em termos
das diretrizes estabelecidas pelo comando monocrático. Embora a análise de Selznick
seja interessante e realista, escapa-lhe a verdadeira percepção da burocracia enquanto
poder e de sua decorrência: a lógica do com Revista de Administração de Empresas
portamento burocrático.
Com efeito, o padrão que a análise de Selznick torna transparente oculta o fato de
que a burocracia existe pelos burocratas e para os burocratas. Assim, a multiplicação de
tarefas especializadas, cargos e departamentos são a própria raison d'être dos
burocratas. Em última instância, quanto mais cargos, melhores as significaria que,
quanto mais organizações burocráticas, mais satisfeitos os burocratas. Isto é evidente e
relaciona-se com a própria carreira burocrática, sua mobilidade vertical e horizontal.
Na verdade, já em Selznick, tanto quanto em Merton, vamos encontrar a
contradição fundamental que permeia a teoria da organização funcionalista sistêmica: a
mediação entre teoria e realidade feita por modelos que, quanto mais claros, menor valor
explicativo apresentam, e quanto mais ricos, mais perdem esse valor. Isto ocorre porque
o modelo é seletivo; parte de hipóteses preferenciais, sem estar inserido em uma teoria
histórica. condições de aumento do poder burocrático, o que, a nível de sociedade global,
Assim, o valor dos critérios que presidem a escolha das variáveis em jogo é que dá o
fundamento do modelo.
Selznick não consegue escapar ao aspecto central da crítica administrativa da
burocracia: a expressão da razão do poder, muito mais do que do poder da razão;" Tal
conceito nos faz pensar duplamente em Veblen. Primeiramente, porque ele foi um dos
inspiradores de Merton, com seu conceito de "incapacidade treinada", e em segundo
lugar, porque é dele a afirmação: "A autenticidade e a dignidade sacramentais não
pertencem â tecnologia, à ciência moderna, nem às atividades mercantis"

8. GRAUS DE BUROCRATIZAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES


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O modelo burocrático de Merton se refere à teoria desenvolvida pelo sociólogo


estadounidense Robert Merton, que argumentou que a burocracia é uma estrutura
organizacional que se caracteriza pela aplicação de regras, procedimentos e estratégias
para lograr objetivos de maneira eficiente.
Segundo Merton, a obrigação tem quatro elementos-chave: a especialização das
tarefas, a administração da autoridade, as regras e os procedimentos padronizados, e a
seleção e promoção dos empregados com base no seu mérito. Estes elementos ajudam
a la burocracia a funcionar de maneira predecible y eficiente.
Merton também sinalizou que a exigência pode ter efeitos negativos na motivação
dos funcionários e na inovação organizacional. Os funcionários podem se sentir
desmotivados devido à falta de autonomia e à restrição da estrutura, enquanto a adesão
estrita às regras e procedimentos padronizados pode impedir a experimentação e a
inovação.
Em resumo, o modelo burocrático de Merton destaca a importância da burocracia
na consecução de objetivos organizacionais, mas também reconhece suas limitações
em termos de motivação e criatividade dos funcionários.
9. MODELO BUROCRÁTICO DE GOULDNER
Alvin Gouldner foi um sociólogo americano que realizou um estudo sobre as
burocracias e as organizações modernas, publicado em seu livro "The Coming Crisis of
Western Sociology". Em sua obra, Gouldner apresentou dois importantes sobre o modelo
burocrático.
A primeira conclusão é que a burocracia tende a produzir e fortalecer uma cultura
organizacional que valoriza a conformidade, a rotina e a estabilidade, em detrimento da
criatividade, da inovação e da flexibilidade. Isso ocorre porque a burocracia é baseada
em regras e procedimentos rígidos que visam garantir a uniformidade e a previsibilidade
das operações. Essa cultura organizacional pode levar à estagnação e à resistência a
mudanças, o que pode ser prejudicial para uma organização.
A segunda conclusão de Gouldner é que a obrigação é, em si mesma, uma forma
de poder que é exercida por meio do controle sobre a informação e do monopólio do
conhecimento. A burocracia é capaz de controlar a informação porque ela é a
responsável pelo processamento e arquivar as informações relevantes para a
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organização. Além disso, a exigência tende a monopolizar o conhecimento, uma vez que
o conhecimento técnico e especializado é muitas vezes uma prerrogativa dos
especialistas burocráticos.
As afirmações de Gouldner indicam que a obrigação pode ser uma forma eficaz
de organização, mas que ela também apresenta algumas limitações que podem afetar a
capacidade da organização de se adaptar a mudanças e de inovar. Além disso, a
burocracia pode ser uma forma de poder que pode ser utilizada para fortalecer a posição
daqueles que estão no controle da organização.

10. CRITÍCAS AO MODELO BUROCRÁTICO


Uma das críticas que se faz ao Modelo Burocrático é o enfoque baseado na
previsibilidade e estabilidade, sem levar em consideração as alterações no cenário
externo, a qualificação dos membros da organização e a tecnologia e seus avanços. A
Teoria Burocrática possui uma postura altamente técnica e mecanicista. Além disso, a
preocupação é apenas com a estrutura e seu conjunto de cargos e funções. O
comportamento pessoal das pessoas não é levado em consideração.

Disfunções segundo Perrow:


Excesso de regras: multiplicidade de regras e exigências para a
realização de atividades. Firmas reconhecidas, encaminhamento de processo etc.
Satisfação de interesses pessoais: Defender interesses pessoais dentro da
organização, contratar parentes, fazer negócios com a empresa do amigo ou da
família.
Disfunções segundo Roth:
Individualismo: A burocracia oferece muitas vantagens para as pessoas
com cargo de chefias, como símbolos diferenciadores e vantagem e vantagens
materiais. Consequentemente a burocracia incentiva o conflito entre as pessoas
que desejam essas posições por causa das suas vantagens.
Definição de responsabilidade: A administração hierarquizada não tem a
responsabilidade pelos resultados e sua eficiência não podem ser avaliadas com
precisão.
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Disfunção segundo Merton:


Resistência a mudanças: A resistência acaba atrapalhando muito não só
os funcionários da empresa, mas também os chefes porque as vezes existem
políticas de empresas que não são muito efetivas em certos casos
Exibição dos sinais de autoridade: A exibição de autoridade pode causas
constrangimento aos outros funcionários como assedio moral e verbal que acaba
acontecendo nos dias de hoje.
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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Pode-se concluir que a teoria da burocracia de Max Weber enfatizava a eficiência
e a racionalidade na estrutura organizacional, com regras claras e objetivas, divisão do
trabalho e separação entre as esferas pessoal e profissional. A teoria teve impactos
significativos na administração pública, mas também foi criticada por ser muito rígida e
limitar a criatividade. O autor sugere que abordagens mais flexíveis e inovadoras são
necessárias para conciliar eficiência com adaptação às mudanças ambientais, e que as
teorias de gestão devem incorporar as melhores ideias de múltiplas fontes.
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12. REFERÊNCIAS

ADMFACIL.COM. Teoria da Burocracia. Disponível em: https://www.admfacil.com/teoria-


da-burocracia/.

GONÇALVES, Daniel. TIPOS DE SOCIEDADE E TIPOS DE AUTORIDADE DE MAX


WEBER - Relatório de pesquisa. Disponível em:
https://www.trabalhosgratuitos.com/Sociais-
Aplicadas/Administra%C3%A7%C3%A3o/TIPOS-DE-SOCIEDADE-E-TIPOS-DE-
AUTORIDADE-DE-1059302.html.

PAPO DE ADMINISTRAÇÃO. Teoria da Burocracia. Disponível em:


https://www.papodeadministracao.com.br/teoria-da-burocracia/.

MAESTROVIRTUALE.COM. Sociedade Tradicional: Características e Principais Tipos.


Disponível em: https://www.maestrovirtuale.com/sociedade-tradicional-caracteristicas-e-
principais-tipos/.

VOCÊ PERGUNTA. O que é uma sociedade carismática? Disponível em:


https://www.vocepergunta.com/educacao/85790-o-que-e-uma-sociedade-
carismatica.html.

PHILIPP, Moises. CHIAVENATTO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração.


3a ed. Academia.edu, [ano]. Disponível em:
https://www.academia.edu/32077594/Introdu%C3%A7%C3%A3o_%C3%A0_Teoria_G
eral_da_Administra%C3%A7%C3%A3o_3_ed_Idalberto_Chiavenato. Acesso em: UOL
EDUCAÇÃO. Max Weber. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/biografias/max-
21

weber.htm

QUERO BOLSA. Sociologia - Max Weber. Disponível em:


https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/max-weber.

WIKIVERSITY. Introdução à Administração/Teoria da Burocracia. Disponível em:


https://pt.wikiversity.org/wiki/Introdu%C3%A7%C3%A3o_%C3%A0_Administra%C3%A
7%C3%A3o/Teoria_da_Burocracia. Acesso em:

LINKEDIN. Vantagens e desvantagens da burocracia na pública. Disponível em:


https://pt.linkedin.com/pulse/vantagens-e-desvantagens-da-burocracia-na-
p%C3%BAblica-bairros-caprara. Acesso em:

MAISRETORNO.COM. Portal Mais Retorno - Termo: Burocracia. Disponível em:


https://maisretorno.com/portal/termos/b/burocracia.

ADMUNLIMITED.COM. Disfunções da Burocria

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