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Estudo dirigido 3 – Teoria dos custos

1.Aponte as diferenças entre os conceitos de custos contábeis e custos de


oportunidade.
Existem muitas diferenças entre a ótica utilizada pelo economista e a utilizada nas
empresas, por contadores e administradores. Em linhas gerais, pode-se dizer que a visão
econômica é mais global, estratégica, visando mais analisar como as decisões de preço
e produção das empresas afetam a alocação de recursos no mercado, enquanto a ótica
contábil-financeira é mais específica, centrando-se no registro e acompanhamento do
fluxo financeiro de uma determinada empresa.
As principais diferenças estão nos seguintes conceitos:
•custos de oportunidade e custos contábeis;
•externalidades (custos privados e custos sociais);
•custos e despesas.
Os custos de oportunidade representam o sacrifício que se faz, em termos do que se
deixa de produzir, quando a sociedade opta por uma dada produção. Supondo todos os
recursos produtivos empregados, a escolha da sociedade de produzir mais de um
determinado produto redundará no sacrifício de algum outro produto (num exemplo
clássico, a produção de mais manteiga sacrificará a produção de canhões).
Na teoria microeconômica, é muito importante a diferença entre os custos de
oportunidade e os custos contábeis.
Custos contábeis são aqueles normalmente lançados na contabilidade privada, ou seja,
são custos explícitos, que sempre envolvem um dispêndio monetário. São os gastos
efetivos contabilizados no balanço da empresa.
Custos de oportunidade são custos implícitos, relativos aos insumos que pertencem à
empresa e que não envolvem desembolso monetário. Esses custos são estimados a
partir do que poderia ser ganho no melhor uso alternativo (por isso são também
chamados custos alternativos).

https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597003505/epubcfi/6/32%5B
%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter06%5D!/4/20/6
Vasconcellos, Marco Antonio Sandoval D. ECONOMIA: Micro e Macro. Disponível em:
Minha Biblioteca, (6th edição). Grupo GEN, 2015.
2.Defina Custo Total, Custo Variável Total e Custo Fixo Total. Ilustre graficamente.
Custo Variável Total (CVT): parcela do custo que varia, quando a produção varia. É a
parcela dos custos da empresa que depende da quantidade produzida. CVT = f(q)
Ou seja, são os gastos com fatores variáveis de produção, como folha de pagamentos,
despesas com matérias-primas etc.
Custo Fixo Total (CFT): parcela do custo que se mantém fixa, quando a produção varia,
ou seja, são os gastos com fatores fixos de produção, como aluguéis, depreciação etc.
Custo Total (CT): é a soma do custo variável total com o custo fixo total:
CT = CVT + CFT

https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597003505/epubcfi/6/32%5B
%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter06%5D!/4/66/5:64%5BTOT%2CAL%5D

3.Defina Custo Total Médio, Custo Variável Médio, Custo Fixo Médio e Custo Marginal.
Ilustre graficamente.
4. Explique a Lei dos Custos Crescentes de Produção.
A curva de custo total aumenta à medida que a quantidade produzida aumenta em razão
do produto marginal decrescente.
Significa que, dada certa instalação fixa, no início, o aumento de produção dá-se a custos
declinantes. Contudo, um aumento maior de produção começa a “saturar” o
equipamento de capital (suposto fixo a curto prazo) e os custos crescem a taxas
crescentes. No fundo, é a lei dos rendimentos decrescentes do lado dos custos (aqui,
mais apropriadamente chamada de lei dos custos crescentes).
Para mais detalhes ver o item “3 CUSTOS A CURTO PRAZO” em
Vasconcellos, Marco Antonio Sandoval D. ECONOMIA: Micro e Macro. Disponível em:
Minha Biblioteca, (6th edição). Grupo GEN, 2015.
Para explicações mais completas e com exemplos sobre o tema ver item “13_3A Custos
fixos e variáveis” disponível em:
https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788522127924/pageid/237
Mankiw, N. G. Introdução à economia – Tradução da 8ª edição norte-americana.
Disponível em: Minha Biblioteca, (4th edição). Cengage Learning Brasil, 2019.
5.Quais as diferenças entre a avaliação privada e a avaliação social de um projeto de
investimento?
Ocorrem externalidades (ou economias externas) quando uma unidade econômica cria
benefícios para outras, sem receber pagamento por isso (externalidade positiva), ou
quando uma unidade econômica cria custos para outras, sem pagar por isso. Ou seja, as
externalidades são as alterações de custos e receitas da empresa devidas a fatores
externos à empresa.

O conceito de externalidade ressalta a diferença entre custos privados e custos sociais.


Os custos privados são os desembolsos financeiros da empresa, enquanto os custos
sociais são os custos para toda a sociedade, derivados da atividade produtiva da
empresa (ou seja, inclui as externalidades negativas).

Essa distinção é particularmente importante para a avaliação social e avaliação privada


de projetos de investimentos. Por exemplo, numa obra pública, como a construção de
estradas, para a construtora (ou seja, na ótica privada) importa os custos efetivos, como
mão de obra, materiais etc. Já na ótica social, devem-se avaliar quais as externalidades
provocadas pelo empreendimento, que poderão ser positivas (aumento do emprego e
do comércio na região) ou negativas (problemas ambientais, poluição,
congestionamentos).
Mais detalhes são apresentados no item:
“2 DIFERENÇAS ENTRE A VISÃO ECONÔMICA E A VISÃO CONTÁBIL-FINANCEIRA DOS
CUSTOS DE PRODUÇÃO”
Vasconcellos, Marco Antonio Sandoval D. ECONOMIA: Micro e Macro. Disponível em:
Minha Biblioteca, (6th edição). Grupo GEN, 2015.

6.Ilustre graficamente e justifique o formato da curva de custo médio de longo prazo.


Como foi visto, o longo prazo é um período de tempo no qual todos os insumos são
variáveis. Não existem custos fixos: todos os custos são variáveis.
Deve ser observado que o longo prazo é um horizonte de planejamento e não o que está
sendo efetivamente realizado. Na verdade, é uma sequência de situações prováveis de
curtos prazos: os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto
prazo, com diferentes escalas de produção (tamanhos), que eles podem escolher. Por
exemplo, antes de fazer um investimento, a empresa está numa situação de longo
prazo: o empresário pode selecionar qualquer uma das alternativas. Depois do
investimento realizado, os recursos são convertidos em equipamentos (capital fixo) e a
empresa opera em condições de curto prazo. Portanto, um agente econômico opera a
curto prazo e planeja a longo prazo.
A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo (CMeL), também chamada
“curva envoltória” e mostra o menor custo unitário (CMe) para produzir, a cada
tamanho da planta da empresa. Também é chamada de curva de planejamento de
custos de longo prazo.

Como se observa, a curva de custo médio de longo prazo também tem um formato em
U, como as curvas de CMe de curto prazo. Mas o formato da curva a curto prazo, como
vimos, é devido à lei dos rendimentos decrescentes, resultante da existência de insumos
fixos a curto prazo. Como a longo prazo, por definição, não existem insumos fixos, o
formato em U da curva de CMe de longo prazo (CMeL) é determinado pelas economias
ou deseconomias de escala.

No início, à medida que a produção se expande, a partir de níveis muito baixos, os


rendimentos crescentes (economias) de escala causam o declínio da curva CMeL. No
entanto, à medida que a produção se torna maior, as deseconomias de escala passam a
prevalecer, provocando o crescimento da curva.

O ponto A representa a combinação de custo mínimo, ou escala ótima da empresa, que


seria o tamanho ideal do ponto de vista de seus custos, para a empresa. Até esse ponto,
existem rendimentos crescentes de escala; após o ponto A, temos rendimentos
decrescentes (deseconomias de escala). Então, a escala ótima da empresa, do ponto de
vista de seus custos, é o ponto onde o CMe de longo prazo é mínimo.1

https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597003505/epubcfi/6/32%5B
%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter06%5D!/4/176/8/1:1%5B%2Ce%20l%5D
Vasconcellos, Marco Antonio Sandoval D. ECONOMIA: Micro e Macro. Disponível em:
Minha Biblioteca, (6th edição). Grupo GEN, 2015.

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