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Aluno: Guilherme de Oliveira M P 3ºA

Tema: Violência Doméstica


Prof.: Jessica Orlandi

É de conhecimento geral que a violência doméstica se caracteriza por todo ou


qualquer tipo de hostilidade que agrida a integridade física, moral, sexual ou
psicológica da vitima, na qual ocorre dentro do âmbito familiar ou em um contexto
doméstico, podendo ocasionar em distúrbios emocionais como a depressão,
ansiedade, além de consequências nas castas profissionais e financeiras, uma vez que
o processo abusivo pode induzir à pobreza pela complexidade em relação à falta de
comparticipação de bens do agressor, seja por exploração, abandono da profissão
imposta pelo mesmo, ou por dificuldades de integração social devido aos momentos
traumáticos que a relação proposta insere à vítima.

As ocorrências de agressividade doméstica tornam-se cada vez mais frequente à cada


dia em nossa sociedade contemporânea. Conforme dados e pesquisas apuradas
recentemente pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), o Brasil
apresentou mais de 31 mil denúncias relacionadas à violência doméstica ou familiar
contra mulheres até julho de 2022 além dos 3,9 mil homicídios dolosos, ou seja,
intencionais que foram registrados até o final do ano. Ressalta-se que o maior número
de casos ocorre com o sexo feminino, entretanto, a violência doméstica também
acontece entre demais castas, como infantil incluindo crianças e adolescentes, idosos e
até maus-tratos com animais se enquadram no quesito violação e importunação
familiar.

Apesar do esforço legislativo adotado pelos sistemas governamentais na tentativa de


erradicar ou ao menos diminuir estes atos nocivos com a criação de leis e punições
como a regulamentação da lei Maria da Penha, casos como o feminicídio que pode-se
definir como o assassinato de uma mulher pela condição de pertencer ao sexo
feminino ainda abalam nossa realidade. Cerca de 9 mil homicídios dolosos, ou seja,
intencionais de mulheres foram constados em 2022 sendo 1,4 mil feminicídios,
considerados em direito penal um dos crimes mais hediondos e cruéis existentes.

Os agentes que provocam esses distúrbios atrelados ao gênero, vem de uma realidade
vivida à séculos correspondentes à uma organização hierárquica constituída dentro de
famílias impostas desde à primeira idade e repassadas por gerações, onde a figura
masculina se apresenta no topo podendo justificar seus atos como agressividade física,
verbal, sexual ou financeira como fatores da submissão da classe feminina
estabelecida pelo próprio mundo apenas por serem os “provedores” da casa e da
instituição familiar, já que muitas mulheres não possuíam o direito ao trabalho
restando assim, apenas a aceitação dos comportamentos abusivos em pró de sua
sobrevivência básica.

Desse modo, tendo em vista as causas e efeitos do crime citado, é de suma


importância que haja uma maior conduta intervencionista governamental para
aprimorar programas de defesa contra tais agressões, fornecendo um espaço
acolhedor para que a vítima seja amparada. Outrossim, discussões dentro de âmbitos
sociais como o escolar acerca da igualdade de gênero tornam-se uma grande solução
no objetivo de realizar a desconstrução de ideais que possam servir de estímulo para
futuros episódios agressivos, além de campanhas divulgando canais de denúncia como
o 180 para que caso algum desses abusos sejam presenciados ou vivenciados possam
ser delatados.

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