HISTORICO DA HIDROTERAPIA E INTRODUGAO
A CRIOTERAPIA
Histérico da Hidroterapia
Introdugao
Desde os tempos remotos, a hidroterapia tem sido utilizada
como recurso para tratar doencas reumaticas, ortopédicas e
neuroldgicas; entretanto, so recentemente é que essa tem se
tornado alvo de estudos cientificos. As propriedades fisicas
da agua, somadas aos exercicios, podem cumprir com a
maioria dos objetivos fisicos propostos num programa de
reabilitagao.
A hidroterapia vem sendo indicada e utilizada por médicos e
fisioterapeutas em programas de reabilitacao
multidisciplinares em diversas patologias. Com o seu
ressurgimento nos anos 80/90, houve um grande
crescimento e desenvolvimento das técnicas e tratamentos
utilizados no meio aquatico. A agua pode ser utilizada como
parte do processo de reabilitagdo, e para isso é necessario
sabermos seus efeitos fisioldgicos e terapéuticos, as
técnicas hidroterapéuticas, as adaptagdes da piscina e
equipamento e a aplicabilidade da hidroterapia nas diversas
disfungées e clinicas.Definigao
O conceito do uso da agua para fins terapéuticos na
reabilitagao teve varios nomes como: hidrologia, hidratica,
hidroterapia, hidroginastica, terapia pela agua e exercicios na
agua. Os termos mais utilizados sdo reabilitagao aquatica
ou hidroterapia (do grego:""hydor’,"hydatos” =agua’/
"therapeia" = tratamento).
Existem diversas formas de se usar a agua como elemento
terapéutico. O termo hidroterapia engloba todas elas, mas
podem ser diferenciadas algumas formas distintas de
utilizagao da agua em/processos profilaticos ou
terapéuticos, tais como: hidroterapia por via oral, duchas,
compressas umidas, crioterapia, saunas, turbilhao,
hidrocinesioterapia ou fisioterapia aquatica.
Histérico
Nao se sabe em que momento a hidroterapia foi
primeiramente utilizada de maneira terapéutica, porém
registros datando de 2400a.C., sugerem que a cultura proto-
indiana usava instalagdes higiénicas e que os antigos
egipcios, assirios e muculmanos faziam uso das fontes
minerais para propositos curativos.
Os hindus, em 1500a.C., empregavam a agua para combater
a febre. A maioria dos povos antigos respeitava ou
cultuavam as aguas correntes, especialmente as fontes deAguas puras. Os médicos japoneses, assim como os
chineses, gregos e romanos faziam uso dos banhos bem
antes da vinda de Cristo. O Homem sugeriu 0 uso de banhos
quentes para a redugdo da fadiga, para a promocao da
cicatrizagao das feridas e para o combate da depressao e da
melancolia.
A utilizagado da 4gua como meio de cura vem sendo descrita
desde a civilizagdo grega (por volta de 500a.C.). Escolas de
medicina foram criadas proximas as estagdes de banho e
fontes, desenvolvendo, assim, as técnicas aquaticas e suas
utilizagdes no tratamento fisico especifico. Hipdcrates ja
utilizava a hidroterapia para pacientes com doengas
reumaticas, neuroldgicas, ictericia, assim como tratamento
de imersdo para espasmos musculares e doengas
articulares (460-375a.C.).
Os romanos utilizavam os banhos para higiene e prevengdo
de lesdes nos atletas. Esses|banhosde temperatura variada
evoluiam desde’muito quentes (caldarium) almornos:
(tepidarium) até mais frios (frigidarium): Com o tempo,
esses banhos deixaram de ser de uso exclusivo dos atletas e
se tornaram centros para a satide, higiene, repouso e
atividades intelectuais, recreativas e de exercicios, de
acesso a coletividade. Em/meados de 330 d\C))a finalidade
principal dos banhos romanos era curar e tratar doencas
reumaticas, paralisiaselesbes. , ,
NN Win ontteukee pen, O02 * Nut '
Com 0 declinio do Impérid'Roniano, o uso do célebre
sistema de banhos cairam em ruina ao longo de décadas epor volta do ano 500 d.C. foram extintos. Na idade média,
com a influéncia da religiado que considerava 0 uso das
forgas fisicas e os banhos de agua um ato pagao, teve um
declinio ainda maior, persistindo até o século XV, quando
houve um ligeiro ressurgimento.
O uso terapéutico da agua, no entanto, comecgou a aumentar
gradualmente no inicio dos anos de 1700, quando um
médico alemao Sigmund Hahn @'seus filhos defenderama
utilizagao da agua para tratamento de Ulceras de pernas e
outros problemas médicos: Essa nova conduta médica
passa a chamar-se hidroterapia que, conforme a definicado
de Wyman e Glazer, consiste na aplicagao de agua sob
qualquer forma para o tratamento de doengas.
Baruch cita a Gra-Bretanha como o lugar de nascimento da
hidroterapia cientifica, com a publicagao dos primeiros
trabalhos em 1697 por Sir John Floyer ("An Inquiry into the
right use and abuse of hot, cold and temperate buths" - Uma
investigagdo sobre 0 uso correto e o abuso dos banhos
quentes, frios e temperados). Baruch acreditava que o
tratamento de Floyer tenha influenciado os ensinamentos da
"Heidelberg University", através do professor Fridrich
Hoffmann, que incluia as doutrinas de Floyer nos seus
ensinamentos.
Esses ensinamentos foram levados para o Franca e
Inglaterra pelo professor Currie, que elaborou varios
trabalhos cientificos sobre a hidroterapia. Embora 0 trabalho
de Currie tenha sido pouco aceito na Inglaterra, o inversoaconteceu na Alemanha. John Wesley, o fundador do
metodismo, escreveu um livro em 1747, enfocando a agua
como uM Meio curative ("An easy and natural way of curing
most diseases" - Uma maneira facil e natural de curar a
maioria das doengas). Os banhos de vapor quente, seguidos
por banhos frios foram popularizados e se tornaram
tradigdo, na cultura escandinava e na russa, durante muitas
geracgées.
Em meados do século XIX o professor austriaco Winterwitz
(1834-1912) fundou uma escola de hidroterapia e um centro
de pesquisa em Viena, onde realizava estudos cientificos
que estabeleceram uma base fisioldgica aceitavel para a
hidroterapia naquela época. Seus discipulos, particularmente
Kelogg, Brixbaum e Strasser, trouxeram contribuigdes
importantes para o estudo dos efeitos fisioldgicos do calor e
frio e sobre os termorreguladores do corpo na aplicagao da
hidroterapia clinica. Tais pesquisas serviram de impulso na
instalagao dos banhos de turbilhdo e exercicios
subaquaticos que entraram em uso regular s6 no comego do
século XX.
Um dos primeiros norte-americanos a dedicarem seus
estudos a hidroterapia foi o dr. Simon Baruch. Realizou seus
trabalhos a partir de estudos que fez com o dr. Wintirwitz, na
Europa. Publicou livros como "O uso da agua na medicina
moderna’ e "Principios e pratica da hidroterapia"/Foio
primeiro professor na Columbia University a ensinar a
hidroterapia.A partir desta época, a agua deixa de ser utilizada de uma
forma passiva, através de banhos de imersdo, e comega a
ser utilizada de uma forma mais ativa, empregando a
propriedade de flutuagao para a realizagao de exercicios./Em
1898 o conceito de hidroginastica, que implica o uso de
exercicios dentro da agua, foi recomendado por von Reyden
e Goldwater. Em 1928, 0 médico Walter Blount descreveu o
uso de um tanque com turbilhdo ativado por motor que ficou
conhecido como "tanque de Hubbard". Tal invencdo foi
criada para a execucao de exercicios pelos pacientes na
agua e, por sua vez, trouxe para a Europa grande
desenvolvimento de técnicas de tratamentos aquaticos,
como o método dos anéis de Bad Ragaz e 0 método
Halliwick.
Atualmente, o conteudo de instrugao em fisioterapia
aquatica nos programas académicos de fisioterapia é uma
pratica cada vez mais freqiiente, com um indice de 62% de
inclusao no curriculo de nivel basico.
Embora a reabilitagao aquatica venha realizando grandes
avancos desde 0 comeg¢o do século XX, é preciso
intensificar ainda mais a utilizagao dessa pratica terapéutica
pelos profissionais da satide que acreditam nos seus
beneficios, estimulando a incorporagao da reabilitagaoaquatica nos programas de tratamento terapéutico.
Crioterapia
A crioterapia é utilizada como meio terapéutico desde a
Grécia Antiga para o tratamento de les6es, provocando
analgesia, diminuindo edema, reduzindo a inflamagao e :
oa *, . . acy
minimizando os danos teciduais causados pela[hipoxial* see
essen
Pees gees
Trata-se de um procedimento de /aplicagao de frio local, com
efeitos benéficos imediatos, podendo ser utilizada na forma
de compressas frias, criomassagem, turbilhao, entre outros.
As respostas fisioldgicas esperadas durante a aplicagao da
crioterapia sao a/diminuigao'do metabolismo celular,
diminuigao da producao de residuos celulares, menor
resposta inflamatoria, analgesia, menor edema, diminuigao
de espasmos, diminuicdo do t6nus muscular
(espasticidade), menor velocidade de condugao do impulso
nervoso, vasoconstric¢ao, liberagdo de endorfinas.
Durante a aplicagao do gelo o paciente pode perceber
diferentes sensag6es, as quais podem ser divididas em
fases com duragdo aproximada de 3 minutos (dependendo
do método utilizado), a primeira fase é caracterizada pela
sensagao do frio, a segunda fase de dor ou de desconforto,
e a terceira fase de analgesia ou anestesia, e a quarta fasenota-se apos a aplicagao do gelo um
de vasodilatagdo induzida pelo frio.
local) chamado
Durante o processo de reabilitagao a utilizagao da
crioterapia é indicada pois a aplicagado imediata do gelo em
processos inflamatérios agudos reduz 0 metabolismo
celular, limitando a lesao por hipdxia secundaria e lesao
enzimatica secundaria, diminuindo a formacgao de edemas e
quadros algicos. 0 termolerioterapialé utilizado para
descrever a aplicagao de modalidades de frio que tem uma
variagao de temperatura de\0°C a 18,3°C}\Os efeitos
fisioldgicos do frio sao Uteis para quadros agudos (periodo
imediato pds trauma) ou em quadros de espasticidade
(aumento anormal do ténus muscular de pacientes
neuroldgicos). A velocidade de conducao do nervo periférico
diminui durante o resfriamento, e como resultado diminui a
percep¢ao da dor e da contratilidade muscular.
A vasoconstrigao causada pela aplicagao do frio, leva a uma
diminuigao da atividade celular, e as células demandam de
um menor consumo de oxigénio e também o frio inibe a
liberagao de histamina, evitando a formagao do edema.
No processo inflamatorio, a crioterapia atua prevenindo o
extravasamento sanguineo, evitando as les6es secundarias.
O tempo de aplicagao do frio deve ser controlado, uma vez
que aplicacdes superiores a 30 minutos apresentam maior
risco para ulceragées e/ou paralisia nervosa periférica.Lesdo de um tecido por agentes fisicos, quimicos ou microrganismos patogénicos
Aumento da Quimiotaxia — Resposta sistemica
permeabilidade
dos capilares
. Migracao de Febree
do fluxo Libertacao leucocitos para _proliferacao
sanguineo de fluido azonalesada de leucdcitos
Calor Rubor €dema Dor
Atuagao do gelo na dor:qual esta sendo usadas, podendo apresentar aumento da
rigidez tecidual, diminuigado da propriocep¢ao,
vasoconstri¢ao, diminuigado da taxa de metabolismo celular,
diminuicgao da produgao dos residuos celulares, diminuigao
da inflamagao, diminui¢ao da dor, diminuig¢ao do espasmo
muscular, diminuig¢ao no sangramento e/ou edema no local
do trauma, diminuigao da espasticidade, alteracées na fibra
muscular, estimulac¢ao da rigidez articular, diminuigao da
temperatura intra-articular, redugao do metabolismo articular
e da atividade das enzimas degradantes da cartilagem,
diminuicao na velocidade de condugao nervosa, liberagao de
endorfinas, diminuigdo na atividade do fuso muscular,
diminuicao na habilidade para realizar movimentos rapidos,
o tecido conjuntivo torna-se mais firme, a forga ténsil
diminui, relaxamento, permite a mobilizagao precoce,
aumenta a ADM, redugao da inflamacao, redugdo da
circulagao e quebra do ciclo dor-espasmo-dor.
A redugao da dor que acompanha o resfriamento, pode
ocorrer devido a fatores diretos ou indiretos, como a redugdo
do edema e uma diminuigao do espasmo muscular. A
elevacao do limiar da dor ocorre imediatamente em seguida
ao tratamento, mas declina dentro de 30 minutos, esta
elevacao de limiar pode dever-se a um efeito direto sobre as
terminag6es nervosas sensitivas e as alteragdes na agao
dos receptores e fibras da dor. A condugdo pelos nervos
periféricos fica retardada pelo frio e as fibras variam em sua
sensibilidade, de acordo com seu didmetro e pela sua
mielinizagao.A dor pode ser aliviada pela aplicagao do frio de diversas
maneiras. A redugdo do edema e diminuicao na liberagado de
irritantes que induzem a dor é uma delas. Outra é umefeito
direto na condugao dos receptores e neurénios da dor,
reduzindo a velocidade e o numero dos impulsos que ocorre
apenas na pele e entdo somente se a temperatura for muito
reduzida. E impossivel que as fibras C nao mielinizadas
possam ser afetadas ja que se tem mostrado que continuam
a conduzir sob temperatura bem baixas. As fibras A delta
pouco mielinizadas que conduzem a dor "rapida" bem
delineada da pele poderiam ser mais suscetiveis. Contudo/a
dor decorrente de lesdo dos tecidos poderia ser transmitida
pelas fibras C e essa é a dor que geralmente esta sendo
tratada.
As terapias usando 0 calor (termoterapia) e usando 0 frio
(crioterapia) nado levam a cura de nenhuma enfermidade,
porém sao instrumentos importantes que auxiliam no
tratamento de varias patologias ortopédicas e neuroldgicas.
So recursos sintomaticos, que quando aplicados
adequadamente, reduzem 0 espasmo muscular e a
sintomatologia dolorosa, preparando a regido afetada para a
aplicagao das técnicas terapeuticas.
Os efeitos) terapéuticos do(frio incluem: Diminui o espasmo
muscular, alivia a dor, nos traumatismos (entorses;
contus6es, distensées musculares, etc.), previne o edema e
diminui as reagées inflamatorias.aplicado imediatamente apos o trauma, antes que o edema
esteja formado.
\Conceito de Dor:)"Quando se trata de definir a dor, é quase
impossivel dizer o que ela realmente é; sabemos
intuitivamente como é, mas especificar, definir claramente,
ou mais ainda, descrevé-la integralmente resulta
praticamente Uma Utopia A crianga "sabe" quando tem dor e
precocemente aprende a diferencia-la, mas, por que pode
dizer que é dor e nado outra sensagao? Além disso, a crianga
ja pode separar bem esta sensagao, como algo diferente das
outras sensagées, e da a ela a maior importancia’.
Dor é a sensagdo que temos quando ficamos feridos mental
ou fisicamente, com pena, sofrimento, grande ansiedade,
angustia:Outra definicao da dor, como umaysensagadode
grande desconforto, prejuizo em algumas partes do corpo,
causada pela injuria, doenga ou transtorno funcional, que é
transmitido através do sistema nervoso. Todo 0 estimulo de
intensidade suficiente para ameagar o bem-estar dos
tecidos, e que da lugar a dor, 6 chamado de estimulo nocivo,
o qual evoca movimentos reflexos caracteristicos que sdo
de natureza protetora e defensivos".
Os tipos de dor podem ser de origem neuroldgica (nevralgia),
dor difusa, dor referida, dor de membro fantasma, entre
outros, Em relagao a duragao ela pode ser aguda e crénica,
onde as agudas sdo breves, autolimitados, embora possamter tendéncia a repeti¢oes, e as crénicas tem a caracteristica
de estabilizagao do quadro doloroso nao deixando tendéncia
a regressao espontanea e na maioria das vezes, persiste |
mesmo apés ter cessado de operar a causa organica que 0
determina.
A dor aguda tem fungao de alertar sobre a ocorréncia de
lesdes teciduais instaladas ou em via de se instalar. A dor
crénica geralmente ndo tem essa finalidade e pode ser
causa de incapacidade funcional, situagado essa que justifica
a absor¢ao de medidas destinadas a seu controle.
Entretanto, muitas vezes, manifesta-se mesmo na auséncia
de agress6es teciduais vigentes.
A dor também tem uma Classificagao em relagao a origem,
podendo ser dor superficial e dor profunda, onde a dor
superficial apresenta-se geralmente, em pontadas,
precisamente localizadas, limitadas e de origem superficial e
de duragdo e tempo de laténcia curta, produzindo respostas
afetivas menos intensas; ja a de dor profunda apresenta-se
em forma de queimacao, mal localizada e tardia.
Outra origem de dor pode ser a referida, geralmente ocorre
mais na dor visceral e menos nas profundas; caracteriza-se
pelo aparecimento de uma area hipersensivel ou dolorosa na
superficie corporal, a distancia da viscera, mas, em certos
casos, ela localiza-se em metamero distante. Embora 0
fenédmeno ainda nao esteja esclarecido, os autores atribuem
o mesmo a convergéncia de somagao espacial de estimulos
sub-liminares a nivel medular. A dor referida tem grandeimportancia clinica, nao so pelo seu valor diagnostico, mas,
também, porque em muitos casos de dor incoercivel, a
anestesia da area referida pode contribuir para aliviar
significativamente a dor.
As diferentes modalidades de dor, queimante, fulgurante,
pulsatil, etc., podem ser explicadas pela estimulagao de
quimioreceptores por agentes quimicos, e também dos
receptores adjacentes, tanto os mecano como os
termorreceptores, evocando assim, a resposta dolorosa
bimodal ou multimoda/ (heterostase somestésica). Assim,
os trés tipos de receptores sao descritos como especificos
da dor (nociceptores). Pode-se, entdo, concluir que a dor é
determinada pela excitagdo de diversos tipos de receptores,
genericamente denominados nociceptores.
Sao identificadas duas vias de transmissdo dolorosa na
periferia. Uma mais importante (70% 80% do total)
constituida de fibras amielinizadas, com velocidade de
condug4o muito baixa (0,5-2m/seg do tipo C); outra (20%)
constituida de fibras finas, mielinizadas, com velocidade de
condugao entre 20 m/seg. a 30 m/seg do tipo A delta.
Melzack e Wall, estudando os efeitos da fibra A delta e C no
corno dorsal da medula, concluiram que a sua teoria
repousa basicamente em trés hipoteses:/As células da
substancia gelatinosa exercem papel regulador inibitorio a
nivel segmentar; A coluna dorsal é a via aferente de
informagao dolorosa a nivel cerebral ou medular (através
Vias aferentes) dé condu¢ao lenta; A atividade da substancia
gelatinosa seria controlada pelo influxo sensorial aferente epor influéncia central aferente.
"Seria ativada pelo sistema de condugao rapida A delta
(doloroso, tatil e térmico), e por sistema monitor central, o
que inibiria a transmissao da primeira sinapse sensorial
entre a fibra periférica e as células de transmissao,
provavelmente por mecanismos de inibicao pré-sinaptica, e
seria inibida pelo sistema de condugao lenta, o que facilitaria
a passagem do estimulo’.
Dor Provocada Pela Crioterapia: "A literatura mostra
diversos estudos sobre as dores provocadas pelo frio. Em
um desses estudos, utilizaram o seguinte protocolo: imersao
no gelo e na agua gelada da m@o e tornozelo, massagem
com gelo no musculo gastrocnémio. A imersdo no gelo e na
agua gelada promove a sensagao imediata de frio é
substituida em 5 seg a 60 seg. por uma dor do tipo profunda.
Hensel descreveu a dor do frio como de carater monotono,
pobremente localizada e com irradiagao intensa, nas areas
adjacentes. Ja a dor, durante a massagem com gelo, nao é
tao intensa, pois o frio nado faz contato constante em uma so
area do corpo durante a aplicagdo, fazendo com que a
massagem seja considerada fasica’.
A intensidade e 0 inicio da dor parecem estar relacionados
com a temperatura da agua do banho; quanto mais baixa
estiver a temperatura, mais rapido sera o aparecimento da
sensacgao de dor e também, mais intensa. Quando se pedeao individuo para anotar sensac6es a cada 2 min. durante 20
min. de imersdo do tornozelo, o numero de vezes em que a
dor é mencionada estava relacionada com a temperatura
Quanto maior for a diferenga da temperatura do membro e a
técnica utilizada maior sera a dor referida.
Existem muitas teorias avangadas explicando os efeitos da
redugao das dores pelo frio: Redugdo da transmissao
nervosa das fibras de dor, reducao da excitabilidade das
extremidades nervosas livres, redugdo do metabolismo que
alivia os efeitos nocivos da isquemia nos tecidos,
assincronia na transmissao das fibras de dor, elevagao do
limite da dor, a agao como contra-irritante, liberagao de
endorfinas.
A aplicagao do gelo promove a estimulagao dos receptores
térmicos, que utilizam a via espinotalamico lateral, uma das
quais transmite os estimulos dolorosos; Segundo Knight, o
resfriamento faz com que ocorra um aumento na duragao do
potencial de agdo dos nervos sensoriais, e
conseqiientemente um aumento do periodo refratario,
acarretando uma diminuigdo na quantidade de fibras que
irao despolizar no mesmo periodo de tempo. Conclui-se,
entao, que ocorre uma diminuicao na freqiiéncia de
transmissao do impulso e uma diminuigao da sensibilidade
dolorosa. A aplicagao do gelo faz com que aumente o limiar
de excitacdo das células nervosas em fungao do tempo de
aplicagao, ou seja, quanto maior o tempo menor a
transmissdo dos impulsos relacionados a temperatura o que
pode gerar analgesia ou diminuigao da dor.Crioterapia:
Agao no\metabolismo'celular: Resfriamento controlado dos
tecidos resulta em diminuigao da atividade respiratoria das
células, sem deprimir a fungdo de tecidos essenciais;
hipotermia reduz a necessidade de energia celular. Quanto
maior o resfriamento maior a diminuigao do metabolismo.
Agao noysistema vascular; Vasoconstric¢ao (controlar
hemorragia inicial e limitar extensdo da lesdo); diminui a
permeabilidade da membrana (menor edema); fluxo de
sangue permanece diminuido por 20' apos a aplicacao;
diminui a hemorragia e lesdo por hipdoxia secundaria; /apos’a
vasoconstri¢ao normal ocorre uma volta do calibre ao
tamanho normal
Agao no sistema musculo-esquelético: diminuigao da agao
muscular e relaxamento; Limita a velocidade de condugao
nervosa.
Ago no sistema nervoso periférico: sensacao de
formigamento, cécegas, frio, dor; perda de tato.Efeitos fisioldgicos: A redugdo do metabolismo é 0 principal
efeito fisioldgico das aplicagées da crioterapia. Essa
reducdo metabolica juntamente com a reducao da
temperatura é dada o nome de\hipotermia, que temo
principal objetivo de reduzir a atividade metabdlica dos
tecidos envolvidos, para que estes tecidos resfriados
sobrevivam com menor quantidade de 02.
Nas primeiras 24/48 horas apos o trauma é, geralmente,
aplicado a crioterapia. A razao para tal uso inclui a uma
diminuigao no indice metabolico e assim levaria a uma
diminuigdo da lesao hipoxica secundaria.
A diminuigdo da produgao de metabdlicos, apdos a
crioterapia, 6 apresentado por varios autores. Sendo o CO2
um dos mais importantes metabdlicos do organismo, este
sofrera alteragdes que acarretarao na diminuigao da sua
concentracao, levando a um aumento do ténus vascular e
conseqiientemente a uma diminuicado do seu diametro, ou
seja uma vasoconstrigao.
A hipotermia reduz a necessidades celulares de energia,
diminuindo, assim, a necessidade de O2 para o tecido.
Quanto mais profundo o resfriamento de um organismo,
mais profundo é a depressao do seu metabolismo.
Os efeitos fisioldgicos ocasionados pelo uso da crioterapia
sdo: anestesia, reducdo da dor, redug¢do do espasmomuscular, estimula o relaxamento, permite a mobilizacado
precoce, melhora a amplitude de movimento, estimula a
rigidez articular, redug¢ao do metabolismo, reducao da
inflamagao, estimula a inflamagao, redugdo da circulagao,
estimula a circulagao, redugao do edema, quebra do ciclo
dor-espasmo-dor.
A escolha correta do método de aplicagdo deve ser baseada,
principalmente, de acordo com a area a ser tratada, sendo
que o tempo de aplicagao varia tanto em relagdo ao método
utilizado como a area, isto é, Umavarticulagdo que apresenta
menor espessura do tecido adiposo (gordura), o tempo
necessario para atingir o resfriamento é menor do que em
uma outra area que possui uma maior quantidade de tecido
adiposo.
CONTEUDO 3 - INFLAMAGAO E CRIOTERAPIA
Resposta Inflamatéria
Inflamagao é uma resposta de defesa que ocorre apos dano
celular causado por microorganismos, agentes fisicos
(radiagao, trauma, queimaduras), quimicos (toxinas,
substancias causticas), necrose tecidual e/ou reagdes
imunoldgicas. A reagao inflamatoria aguda caracteriza-se
por uma série de eventos, tais como aumento no fluxo
sanguineo e permeabilidade vascular na regido afetada,
exsudacao de fluido (edema), dor localizada, migragao eacumulo de leucécitos inflamatorios dos vasos sanguineos
para o tecido, formacao de tecido de granulagdo e reparo
tecidual.
A fesposta inflamatoria inclui a participagao de diferentes
tipos celulares, tais como neutrofilos, macrdéfagos,
mastocitos, linfocitos, plaquetas, células dendriticas, células
endoteliais e fibroblastos, entre outras) Durante a infeccao, a
quimiotaxia é um importante evento para o recrutamento de
células para o sitio de inflamagao. Asiprimeiras'célulasia
chegar ao parénquima lesado so osineutréfilos}e, |
subsequentemente, os{macrofagos teciduais-
en =
As respostas de defesa, incluindo a inflamagao, sao
geralmente benéficas ao organismo) agindo para limitar a
sobrevivéncia e proliferagdo dos patégenos invasores,
promover a sobrevivéncia do tecido, reparo e recuperac¢ao.
Entretanto, uma inflamagao extensiva, prolongada ou nao
regulada é altamente prejudicial ao organismo.
Inflamagao Aguda
A partir de um fendmeno irritativo como um trauma,
infecgdes ou corpo estranho, ha uma resposta rapida com
leucécitos polimorfonucleares (neutrdfilos) chamada de
inflamagdo aguda.
Nesse momento, ha fendmenos vasculares, exsudativos e
proliferativos. E importante ressaltar que esses fendmenos
nao sao caracteristicos da inflamacgao aguda e ocorremtambém na crénica.
Os fendmenos vasculares so: vasoconstri¢ao transitoria
mediada por tromboxanos para impedir uma possivel
hemorragia e também para direcionar o sangue para 0 local
que mais necessita; vasodilatagdo mediada por aminas
vasoativas (como a histamina), 6xido nitrico (NO),
prostraglandinas, cininas e fragmentos do complemento
para que haja maior concentragao de sangue e,
consequentemente, maior numero de leucdécitos para o
processo inflamatorio e aumento da permeabilidade para
auxiliar na saida de células do sistema imune. A partir dai, ha
os fenédmenos exsudativos.
Em consequéncia da hiperemia, a velocidade sanguinea
diminui (estase) e favorece a marginagao dos leucoécitos na
parede endotelial. Quando o leucécito encontra a parede do
endotélio, ha o processo de rolamento no qual os leucécitos
se ligam a moléculas de expressao (selectinas e integrinas)
e comecam a rolar pelo endotélio até encontrarem um
espaco entre as células endoteliais e passarem ao processo
de transmigragao (diapedese) no qual o leucdécito migra de
dentro da parede vascular com o auxilio de mediadores
como fragmentos do complemento que sao responsaveis
pela quimiotaxia, isto é, o direcionamento do leucocito para
o agente lesivo.
No momento da transmigracao, uma rede de fibrina serve de
sustentagdo para a migracgao. Uma vez fora do vaso
sanguineo, o leucocito vai ao encontro do agente lesivo.Para que essa célula do sistema imune reconhega 0 agente
lesivo, anticorpos fazem opsonizagao, ou seja, envolvem
todo o agressor. Com isso, 0 leucdcito se aproxima,
reconhece o agente e 0 engloba por endocitose formando,
entdo, uma vesicula endocitica. E dentro dessa vesicula que
o leucocito fara a morte do agressor e sua digestao por
enzimas lisossomais.
Assim sendo, a inflama¢ao aguda pode evoluir para a
cronicidade, para regeneracao ou para a cicatrizagao.
Inflamagao Cronica
Se na inflamagao aguda a célula caracteristica é o neutrofilo
(leucdcito polimorfonuclear), na inflamagao crénica sao
leucdécitos mononucleares (linfécito e macréfago). Todos os
fendmenos vasculares, exsudativos e proliferativos também
ocorrem na inflamagao crénica, porém, a diferenga é que
esse processo inflamatorio se da em decorréncia a
infecgdes persistentes e doencas autoimunes por exemplo.
A inflamagao crénica pode ser divida em especifica
(granuloma) e nao especifica (tecido de granulagao). O
granuloma é um padrao especifico da inflamacgao crénica na
tentativa de conter uma lesao que é dificil de erradicar.
Células epitelidides, ou seja, macrdéfagos ativados que tem
sua morfologia alterada, compdem o granuloma juntamente
com células gigantes e um halo linfocitico. Esse processo se
da quando ha um agente especifico como, por exemplo, um
fio de sutura nao absorvivel. Existem alguns tipos degranuloma como o tuberculdide. O tecido de granulagao (ou
granulomatoso) compreende a inflamag4o crénica nado
especifica. Nesse tecido ha células de defesa, fibroblastos e
novos vasos sanguineos (angiogénese) que sao
responsaveis por levar mais nutrientes ao local afetado.
A intensa atividade dos leucécitos junto com o processo
inflamatorio desencadeiam o reparo tecidual.
Crioterapia — Introdugao
A acao do frio durante o tratamento imediato nas lesdes
agudas reduz 0 tempo de reabilitagao e promove um retorno
mais rapido as atividades fisicas. Isto ocorre devido a
reducao da inflamacao; redu¢ao da hipoxia secundaria;
diminuigao do edema e hematoma; redugao do limiar de
transmissao nervosa da dor e redugao do metabolismo
podendo dar inicio ao processo de reparagao mais
rapidamente e com um menor tempo para a reabilitagao.
A técnica recomenda que a aplicagao do frio dure em média
de 20 até 30 minutos, com intervalo de 2 horas, nos tecidos
moles lesados. A aplicagdo deve ser realizada durante as
primeiras 24/48 horas apos a lesao, para minimizar 0
edema, 0 espasmo muscular e dor.
Apesar de a lesao primaria nao poder ser influenciado
terapeuticamente, o crescimento secundario da lesao pode
ser amenizado com certas intervengées (lesdo por hipdoxia
secundaria e lesdo enzimatica secundaria), tais como friolocal, imobilizagado temporaria, administragao de drogas
analgésicas e antiinflamatorias.
Ha evidéncias de que a crioterapia produz efeitos
analgésicos e promove a restauragao estrutural e funcional,
o que favorece o processo de reabilitagdo. Dessa forma, a
crioterapia local pode facilitar a recuperagao de tais lesdes,
sendo que a vasoconstri¢ao induzida pelo frio reduz a
formagao de edemas, bem como a intensidade do dano
celular local, por meio da redugao do quadro hemorragico e
das demandas metabdlicas no tecido lesado.
Aplicagao do frio:
A crioterapia pode ser aplicada utilizando: bolsas de gelo;
compressas de gelo; compressas de cubos de gelo artificial;
compressas frias quimicas; imersao em gelo;
criomassagem; turbilhdo; sprays refrigerantes; bandagens
com sprays refrigerantes.
Efeitos Fisioldgicos:
A crioterapia atua no processo inflamatorio agudo
principalmente nos traumatismo agudo, sendo que a
aplicagao do gelo sobre a area lesada tem acao
antiinflamatoria uma vez que diminui o metabolismo além
de se opor a vasodilatagao.Resposta Vascular:
A crioterapia induz espasmos vasculares, que diminuem o
calibre das arteriolas e aumentam a adesividade das células
endoteliais diminuindo assim o fluxo sanguineo adjacente e
a permeabilidade vascular que fazem parte dos efeitos
essenciais para instalacao do processo inflamatorio.
A mudanga da temperatura dos tecidos causa diminuigao do
metabolismo, das agdes quimicas das células e
consequentemente da quantidade de oxigénio e de
nutrientes. O decréscimo do fluxo através da lesao dos
vasos limita o edema; ha menor liberacao de histamina e
interrupgao no processo de evolugao da rotura do capilar, o
que normalmente ocorreria apos a lesdo. Ha melhor
drenagem linfatica devida menor pressdo no liquido
extravascular.
A permeabilidade vascular é significantemente reduzida com
a aplicagao de frio, desta forma limitando a migragao
leucocitaria. Sem a efetiva agdo leucocitaria no tecido
lesado, o processo digestivo de detritos celulares e de
outros materiais 6 diminuido. Desta maneira ocorre a
conteng¢ao do processo de liberagao de proteinas livres,
reduzindo assim os efeitos das mesmas sobre a pressdo
oncotica do tecido, modulando a formagao de edema.
Um dos efeitos mais importantes do frio sobre 0 organismo
€a diminuicado metabdlica tecidual, ocasionado pelo menor
consumo de oxigénio por parte dos tecidos lesados. Acrioterapia nesses casos visa diminuigao metabdlica,
objetivando que os tecidos lesados que estao submetidos a
irrigagdo sanguinea precaria, possam diminuir seu gasto
metabdlico e possa sobreviver por mais tempo. A hipotermia
reduz a necessidade de energia celular, assim 0 consumo de
oxigénio pelo tecido, desta forma quanto mais baixa a
temperatura tecidual, mais profunda sera a depressao
tecidual. A relagao temperatura e captacao de oxigénio é
inversamente proporcional, sendo que quanto menor a
temperatura tecidual, maior a captagdo de oxigénio pela
célula. O uso da crioterapia nas primeiras 24/48 horas apdos
o trauma leva a uma diminuigao no indice metabdlico e
consequentemente a uma diminuic¢ao da lesao hipoxica
secundaria. O CO? é um dos mais importantes metabolicos
do organismo, com o uso da crioterapia, este sofrera
alteragdes que acarretarao na diminuigao da sua
concentracao, levando a um aumento do ténus vascular e
consequentemente a uma diminuicdo do seu didmetro, ou
seja, uma vasoconstri¢ao.
O resfriamento faz com que ocorra um aumento na duragao
do potencial de agdo dos nervos sensoriais, e
consequentemente um aumento do periodo refratario,
acarretando uma diminuigdo na quantidade de fibras que
irao despolizar no mesmo periodo de tempo. Conclui-se
entao, que, ocorre uma diminuigdo na frequéncia de
transmissao do impulso e uma diminuigao da sensibilidade
dolorosa. A aplicagao do gelo faz com que aumente o limiar
de excitacao das células nervosas em fungao do tempo de
aplicagao, ou seja, quanto maior o tempo, menor atransmissao dos impulsos relacionados a temperatura o que
pode gerar analgesia ou diminuigado da dor. Sendo assim, o
frio age com afeito analgésico por atuar diretamente nas
terminag6es nervosas, diminuindo a velocidade condutora
das fibras nervosas e por estimulagdo competitiva nos
mecanismos de comporta. A hipotermia nos musculos,
reduz a velocidade de disparo das fibras nervosas do tipo la
do fuso muscular favorecendo a redugdo do espasmo
muscular.
Técnicas de crioterapia:
1.PRICE:
Protection ( protecao ): A area lesada deve ser protegida
contra lesdes adicionais pelo uso de orteses ou outros
dispositivos para imobilizagao. No caso de uma lesao
envolvendo os membros inferiores, recomenda-se 0 uso
muletas para permitir marcha sem descarga de peso.
Rest (repouso): A recomendacao de repouso em uma lesdo
aguda é importante por dois motivos. Primeiro para proteger
os tecidos moles afetados de uma lesao adicional. Segundo,
0 repouso permite que o corpo se recomponha deforma
mais eficiente. No caso de um atleta, recomenda-se evitar
treinos e atividades desportivas que envolvam o segmento
afetado. O tempo de repouso necessario varia de acordo
com a gravidade da lesao, mas a maioria das les6es
menores necessita de um repouso de 24/48 horas,
aproximadamente.Ice (gelo): A aplicagao do gelo é capaz de diminuir a dor
local por reduzir a conducao nervosa, reduz o metabolismo
local minimizando 0 grau de lesdo celular secundaria,
influenciando assim a resposta inflamatoria.
Compression (Compressao): A aplicagdo de faixas elasticas
auxilia na drenagem do edema. O proposito da compressao
é reduzir a quantidade de espaco disponivel para o edema,
limitando-o. A compressao pode ser utilizada tanto para
prevenir o aparecimento do edema ou para auxiliar na sua
reabsorcao.
Elevation (elevagao): Facilita a drenagem venosa do
membro. Em outras palavras: elevar o membro afetado
reduz o edema. 0 efeito fisioldgico e mecdnico da elevagao
faz com que ocorra urna reducao na pressao hidrostatica
capilar e também uma reducao na pressao de filtragdo
capilar. Esta drenagem é mais eficaz quando a area lesada é
levantado acima do nivel do coragao.
2. Crioalongamento: associagao de 3 técnicas para reduzir o
espasmo, aplicacao de frio, alongamento estatico e técnica
de contrair-relaxa da facilitagao neuro muscular
proprioceptiva (FNP).
3. Criocinética: combinagao sistematica de aplicagdes de
frio para causar hipoestesia na area lesionada e de exercicio
ativo, graduado e progressivo.Precaucées e contra indicagées a aplicagao do gelo:
Ulceragées produzidas pelo frio / frostbite: Congelamento
superficial de tecido (profunda / superficial)
Tipos:
1. Ulceragao incipiente pelo frio ou inicial pelo frio: Sintomas
antes do congelamento da pele; Pele esbranquigada,
sensacao de latejamento ou ardor; Reversivel com o
reaquecimento.
2. Ulceragao superficial pelo frio: Congelamento da pele e
tecidos subcutaneos; Descamagao da camada superficial da
epiderme; Regiao dormente, ardor, coceira forte, com ou sem
bolhas.
3. Ulceragdo profunda pelo frio: Congelamento dos vasos
sanguineos e musculos, pele e tecidos subcutaneos;
Sintomas mais graves que a superficial, com dor aguda,
podendo ter perda permanente de tecido e necrose.
Estas ulceragdes dependem: do tempo de duracao da
aplicagao; Area do corpo; Temperatura; Método utilizado
Paralisia nervosa relacionada a pressao: Uso de bandagens
elasticas e compressas frias em individuos magros e em
areas corporeas com maior exposic¢do superficial dos nervos
deve ser evitada (ex: cotovelo e joelho ).Reagées a aplicagao do frio: Urticaria (liberagdo de
histamina); Hemoglobintria (hemoglobina na urina); Purpura
/ Crioglobulinas (hemorragia na pele e mucosas); Eritema
(vermelhidao). Geralmente os sintomas sdo leves, somente
apos outras aplicagdes é descoberto; Fazer teste para
hipersensibilidade (3'); Sintomas extremos escolher outro
método.
DistUrbios Vasoespasticos:
1. Fendmeno de Raynaud: circulagao periférica com
vasoconstri¢ao excessiva ao estimulo do gelo (palidez,
cianose, hiperemia e vermelhidao).
2. Livedo reticular: Mancha azulada semipermanente na pele
das maos e membros inferiores que se agrava na exposigao
ao frio.
3. Acrocianose: Frio indolor e persistente com cianose das
partes distais dos membros