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4 - Bacia hidrográfica

• 4.1 – Introdução
Lei 9.433, de 08/01/1997
Bacia hidrográfica = Unidade
territorial de gestão

• 4.2 - Definição de bacia


hidrográfica
– área de captação natural da
água da precipitação que faz
convergir os escoamentos para
um único ponto de saída, seu
exutório (Tucci, 1997)
Divisores: Topográfico e Freático

Fonte: Villela & Mattos, 1975


Corte transversal de uma bacia

A bacia hidrográfica do escoamento subterrâneo pode ser diferente.


O erro pode diminuir com o aumento da bacia ou a escala da informação.
Principais Variáveis
• Área de drenagem • Comprimento do rio principal;
Bacia km² • Declividade média do rio principal;
Rio Barigüi 269 • Densidade de drenagem.
Rio Atuba 126
• Desnível.
Rio Belém 90

Finte: Kit de sensibilização


sobre rio Kunene - África
3
Delimitação de bacias
• Gráfica ou
• por Geoprocessamento

MNT - Modelo TIN


Cartas topográficas Numérico do Terreno Triangulated Irregular Network

Manual
Automática

4
Curvas de nível

Escala Eqüidistância Escala Eqüidistância Escala Eqüidistância


1:500 0,5m 1:25.000 10,0m 1:250.000 100,0m
1:1.000 1,0m 1:50.000 25,0m 1:500.000 200,0m
1:2.000 2,0m 1:100.000 50,0m 1:1.000.000 200,0m
1:10.000 10,0m 1:200.000 100,0m 1:10.000.000 500,0m
Fonte: Profª Maria Cecília Bonato Brandalize – PUC-PR
Fonte: Profª Maria Cecília Bonato Brandalize – PUC-PR
Divisor de águas

Divisor de águas: linha


formada pelo encontro de
duas vertentes opostas
(pelos cumes) e segundo
a qual as águas se
dividem para uma e outra
destas vertentes. Figura
de DOMINGUES (1979).

Fonte: Profª Maria Cecília Bonato Brandalize – PUC-PR


No lugar de mapas:

MNT – Modelo Numérico do Terreno


MNT derivado de mapa por interpolação
720 720

740

720

700

680

adaptado do original de Francisco Olivera, Ph.D., P.E.


740 720 700 680 Texas A&M University
Department of Civil Engineering
Código de
direção de fluxo

32 64 128

16 1

8 4 2
Delimitação automática de bacias
MNT Aspecto Bacia

32 64 128

16 1

8 4 2

Código de
direção de fluxo

Acúmulos Distância

10
Extração Automatizada da Rede de
Drenagem
Exemplo sobre a Bacia do Rio Turvo
Seleção da bacia do turvo
Recorte dos pontos cotados e curvas de nível de
toda a região

• Foram recortados
pontos cotados e curvas
de nível além do limite
da bacia do Rio Turvo
Tin
Foi feito o TIN da
área, utilizando
os layers dos
pontos cotados e
as curvas de
nível mostrados
anteriormente.
Tin
Tin to raster

• Transformou-
se o TIN
obtido
anteriormente
para formato
Raster
Tin to raster
Fill raster
Utiliza-se esta
ferramenta para
preenchimento e
correção de possíveis
erros no Raster gerado
Fill raster
Flow direction

• Para extração da
bacia de
drenagem, o
primeiro passo
então, a partir
dos dados de
elevação, será a
determinação da
direção do fluxo
na bacia
Flow Direction
Flow accumulation

• Esta
ferramenta
determinará as
células com
maior
ocorrência de
drenagem,
enquanto as de
menor valor
tem mais
chance de
serem áreas de
ocorrência de
nascentes
Flow accumulation
Flow length

• Esta ferramenta gera o caminho do fluxo na bacia,


faz o cálculo das distâncias ou distâncias ponderadas
ao longo do fluxo.
• Esta ferramenta gera
pequenas divisões,
como se fossem bacias
menores nesta área.
Stream Order

• Esta ferramenta promove a


hierarquização da rede de
drenagem. Existindo esses
dois métodos diferentes
para hierarquização,
apresentados ao lado.
Stream Order

• Este resultado
apresenta várias ordens
obtidas na ferramenta
utilizada, sendo, por
vezes, muito “poluída”,
como o caso deste
resultado apresentado.
• É possível retirar
apenas os valores de
ordem maiores, ou os
mais significativos.
Con

• Para retirar as drenagens de ordem superior, pode-se


utilizar esta ferramenta.
• Pode-se utilizar uma expressão (SQL), utilizando os valores
da tabela de atributos das ordens das feições (VALUES)
para seleção dos que se quer vizualizar.
Con

• Neste caso selecionou-


se apenas os de ordem
superior a 5.
Stream to Feature

• Como os resultados anteriores estavam em formato


raster (pixelados), pode-se transformá-los em formato
vetorial utilizando esta ferramenta, com os últimos
resultados da ordem das drenagens e o raster da
direção de fluxo.
Resultado Final

• Obtendo este resultado


final, em formato
vetorial, para as
drenagens acima da
ordem 5.
Resultado Final

• Este é o resultado final,


colocado sobre o TIN,
onde percebe-se que a
drenagem gerada
realmente tende a
escoar por caminhos de
maior declividade.
Comprimento do rio principal
Define-se o rio principal de uma bacia hidrográfica Acúmulos
como aquele que drena a maior área no interior da
bacia.

A medição do comprimento do rio pode ser por:


- curvímetro ou
- por geoprocessamento;

Curvímetro: Mede o comprimento de linhas retas e curvas.


4.4 - Características físicas da bacia hidrográfica

Estreita relação

Características físicas
da bacia hidrográfica Comportamento
hidrológico

a) Área de drenagem
b) Forma da bacia
c) Sistema de drenagem
d) Características do relevo
a) Área de drenagem
Área plana (projeção horizontal) inclusa entre seus
divisores topográficos.
Determinação:
a.1 - Planimetria
• Mapas em papel, escala razoavelmente
grandes (1:50.000)
Determinação: Aspecto
a.2 – Softwares de geoprocessamento
• Modelos numéricos do terreno (resolução
espacial)

30m ~ 90m
b) Forma da bacia
Importante devido tempo de concentração.
Tempo de concentração: Tempo que leva a água do ponto mais distante
atingir a saída. Tempo que toda a bacia passa a contribuir na seção de
estudo.

Wilson, 1969, apud


Studart, 2006
Geralmente:
Grandes rios  forma de pera ou leque

Pequenos rios  variam muito,


dependendo da estrutura geológica do
terreno

Índices de forma:  Índice de Compacidade 


 Fator de forma 
Coeficiente de compacidade ou
Índice de Gravelius (Kc)
Relação entre o perímetro da bacia e a circunferência de um círculo de
área igual à da bacia.

Observação:
Kc = 1  bacia circular

Quanto mais irregular for a BH


 Maior ou menor Kc???

Se outros fatores forem iguais


e Kc  1
P : Perímetro da BH (km) Tendência para enchentes
A – Área da BH (km2) maior ou menor?

Bacia do rio do Lobo:


A=177,25 km2; P=70 km; Kc =. 1,47, área não muito sujeita a enchentes
Fator de forma (Kf)
Relação entre a largura média da bacia e o comprimento axial da bacia.
Curso de água mais longo,
desde a desembocadura até a
cabeceira mais distante.

Observação:
Kf baixo  bacia estreita e
longa

Se outros fatores forem iguais


e Kf baixo
Tendência para enchentes
maior ou menor?
Bacia longa e estreita:
 Menor possibilidade de ocorrer chuvas intensas simultaneamente em toda sua
extensão
 A contribuição dos tributários ocorre em vários pontos ao longo da extensão do rio,
logo, não chega toda água ao mesmo tempo na seção em estudo.
c) Sistema de Drenagem
Constituído por:
 Rio principal
 Tributários

Estudo das ramificacoes e do


desenvolvimento do sistema

Indica maior ou menor


velocidade com que a água
deixa a bacia
Ordem dos cursos de água
Classificação que reflete o grau de ramificação ou bifurcação dentro de uma BH.
Utiliza-se mapa bem detalhado, onde são incluídos todos os canais (pequenos,
intermitentes ou efêmeros)

Critério de Horton,
modificado por Strahler

Primeira ordem:
Correntes formadores, pequenos
canais que não tenham tributários
Segunda ordem:
Formado por 2 canais de 1ª. ordem
n+1 ordem:
Formado por 2 canais de n ordem

42
Densidade de drenagem (Dd)
Identificação do grau de desenvolvimento de um sistema de drenagem

Relação entre

comprimento total dos Área


cursos de água
(efêmeros, intermitentes e
perenes) da BH

0,5 km/km2 Dd 3,5 km/km2


Drenagem pobre Excepcionalmente
bem drenada
Sinuosidade do curso de água

L – Comprimento do rio principal


(projeção ortogonal)
Lt – Distância vetorial entre os
pontos extremos do canal
principal (comprimento em linha
reta)
 Canal tende a ser retilíneo
Interpretação:
Sin > 2  Sugerem canais tortuosos

Calcule:
Bacia L (m) Lt (m) Sin Obs.
1 30.400 28.000 1,1 Quase não existe sinuosidade
2 22.750 10.100 2,3 Canais tendem a ser sinuosos
d) Características do relevo
Influência:

Fatores meteorológicos Ciclo


hidrológico
T, EV, P, etc
Fatores hidrológicos
Velocidade de escoamento
(declividade do terreno)

Velocidade:
Declividade da bacia
Controla em boa parte a velocidade do escoamento superficial
(tempo que leva a água da chuva para concentrar-se nos leitos dos rios que
constituem a rede de drenagem)

• Magnitude dos picos de vazão


• Maior/Menor oportunidade de infiltração
• Susceptibilidade à erosão

Métodos de determinação:
• Quadrícula
• Geoprocessamento
Métodos de determinação:
• Quadrícula • Geoprocessamento
Altitude

Aspecto

1. Papel transparente com malha quadriculada sobre mapa


topográfico
2. Nos nós da malha, vetor orientado ao sentido do
escoamento
3. A declividade é o quociente entre a diferença da cota e a
distância medida em planta entre as curvas de nível.
Elevação mediana da bacia
Curva hipsométrica
Representação gráfica do relevo médio da BH
Mostra o percentual de área que existe acima ou abaixo das altitudes.
Determinação:
• Planimetria das áreas entre
curvas de níveis
Altitude máxima
• Quadrícula
• Geoprocessamento

Altitude mediana

Altitude mínima
50% 100%
Bacias Hidrográficas do Brasil
12 bacias

Conselho Nacional de Recursos Hídricos, Resolução


32/2003, Institui a Divisão Hidrográfica Nacional
16 bacias
Bacias Hidrográficas do Paraná
Alto Iguaçu
1-Rio Padilha 22-Rio Guajuvira
2-Rio Alto Boqueirão 23-Rio Isabel Alves
3-Rio da Ressaca 24-Rio Turvo
4-Rio Avariu 25-Rio Cotia
5-Arroio Mascate 26-Rio Piunduva
6-Ribeirão da Divisa 27-Rio do Despique
7-Rio Barigui 28-Rio Faxinal
8-Rio Palmital 29-Rio Mauricio
9-Rio Atuba 30-Área de
Contribuição Direta
10-Rio Passauna do Alto Rio Iguaçu
11-Rio Iraí
12-Rio Belém
13-Rio Verde
15-Rio do Meio
16-Rio Iraizinho
17-Rio Piraquara
18-Rio Itaqui
19-Rio Pequeno
20-Rio Miringuava
21-Rio Miringuava-
Mirim
Trabalho – Parte 1
• Objetivos:
– Delimitar automaticamente uma bacia hidrográfica
(escolher, em virtude da disponibilidade de dados, uma
afluente do Alto Iguaçu)
– Determinar: área da bacia, comprimento do rio principal,
declividade média da bacia, curva hipsométrica.
– Analisar a forma da bacia
• Conteúdo do relatório: I-Introdução; II-Materiais e
Métodos; III-Resultados
• Entrega e Apresentação: (1,5 semana)

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