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ANOGAO DE FORMACAO DISCURSIVA: UMA RELACGAO ESTREITA COM O CORPUSNA ANALISE DO DISCURSO Por Vanice Maria de Oliveira Sargentini® 1. Introdugio No interior dos estudos da Andlise do Discurso, considera-se a dupla paternidade da nogao de formagio discursiva (Baronas, 2004). Tal conceito, proposto inicialmente por M. Foucault e, posteriormente, sob a ética do marxismo althusseriano, por M. Pécheus, torna-se indissociével da nogdo de interdiscurso. Embora mergulhada em contexto tedtico que se modifica, a nogio de formagio discursiva, e por extensio de interdiscurso, sempre manteve relagio estreita com a organizacio do corpus para a Anélise do Discurso. Em A Argueologia do Saber, a nogio de formagio discursiva associa- se 4 importincia do campo dos acontecimentos discursivos ¢ a0 arquivo. Para M. Pécheux, se em momento inicial, o conceito de formagio discursiva vincula-se a nogao de sentido remetida ao exterior ideol6gico, posteriormente, dé-se um deslocamento em ditecio aos efeitos do momento da conjuntura € do acontecimento. Apoiando-nos em Guilhaumou (2002), discutiremos as relagdes existentes entre formagio discursiva e corpus em diferentes momentos dos estudos da Anélise do Discurso. 2. Corpus e formagio discursiva concebidos no interior da homogeneidade Nossas consideragées irdo guiat-se pelo desenrolar hist6rico dos estudos da Analise do Discurso, originaria das reflexo ‘como as relacdes entre teoria, em ¢s nesses estudos. Pautamo-nos, inal dos anos 60 e inicio da es de Pécheux, com pecial 0 conceito de Vistas a acompanhar ci formacio discursiva, e corpus apresentaram-s¢ ‘i inicialmente, sobre proposicées construidas 0 fi a de Letras, no Progra de Estudos do Discu Federal de Sio Carlos - UFSCAR. de Pés-Graduagio em Lingifstica ¢ aa Politico ~ LABOR da Universidade EES, década de 70. Dentre elas destaca-se a nogio de iastrumento cientifico, apresentada por Pécheux!, com o objetivo de trazer para as Ciéncias Sociais ser concebido Pécheux s, bem uma concepsio de instrumento que nao deveria independentemente de uma teoria. Como exemplo desse problema, (AAD69) ctitica as aplicages de anélise lingiifstica & andlise de texto como empréstimos feitos 4 informatica ou 4 légica. Ele aponta a neces sidade de proposigio de um instrumento cientifico, que traga em seu bojo uma apresenta uma teoria de intervengio tedrica ¢ pritica, e para responder a isso andlise do discurso (sustentada ideologicamente) ¢ um dispositivo experimental (andlise automatica). Assim, desde o inicio 0 carpus ocupa lugar central na Anilise do Discurso, jé que se trata de aplicar um método definido a um conjunto determinado de textos, ou ainda de seqiiéncias discursivas retiradas por processo de extracZo ou isolamento de um campo discursivo de referéncia. Entretanto, como nessa primeira fase da Anélise do Discurso, a extragio das seqiiéncias discursivas era feita, em geral, de discursos politicos, tal fato leva a fazer parecer que essas seqiiéncias niio foram extraidas de um Ambito universal de discursos, mas sim que preexistem a qualquer universal, excluindo, assim, um exterior discursivo. Portanto, 0 corpus discursivo, no interior dessa perspectiva, devia responder a ctitétios de exaustividade, representatividade ¢ homogencidade. Entretanto, esse dltimo, em reflexdes posteriores, apresentar-se-4 como obsticulo anélise. O corpus eta, até entio, construido sobre a base de um julgamento de saber (de historiadores, lingiiistas), considerando-se preestabelecidas as condiges de produgio. Segundo Guilhaumou (2002) a constituico do corpus nao tem por objetivo a selecio dos discursos que serio interessantes a serem analisados por si mesmos, mas sio tomados como representativos (considerando que para responder a essa representatividade deverio ser homogéneos no espago € no tempo e responderem a uma dada ideologia). ‘As andlises desenvolvidas fixam-se, nesse primeiro momento, em entidades discursivas estaveis, com destaque para a anidlise do campo semintico e de frases gramaticalmente transformadas em totno de palavras- polo ou palavras-pivd (uma dada palavra ¢ escolhida, instituida como pivé em uma ‘classe de proposigées’), Entretanto, alguns trabalhos, como, por exemplo, as pesquisas de Regine Robin (1977) indicam que para abrigar esse exterior discursivo, nao se trata de desenvolver apenas um modelo sociolégico, 1 Esse termo € empregado, sobretudo por Paul Henry (1990), a0 comentar os fundamentos teéricos da AAD69. 216 mas que € preciso considerar aceitabilidade social, de relags, Michel Pécheux (19) conceito de Formagio p; GWE O discurso es entre o di 90) © Regin ° iscursiva, Arqueologia do Saber, reconfieur,. oliti i el co articula-se ¢m termos de tt 4 : S0 € as priticas sociais, ° Robin (1977) Proposto por M ‘guram-no 4 luz do wnat €M contato com o fichel Foucault na terialismo histérico ¢ ‘0, mas tende-se a pensar 0 olvem as formagées discursi isons d de se cursivas em fungao de relagdes de dominagio, de subordinagio ¢ de contradicio, abtindo, assim, o caminho pai A _ para a proposi¢ao do conceito de interdiscurso e a falncia da homogeneidade do corpus. AA nogio de corpus aproxima 0 conceito tedrico de formacio discursiva da parte pratica a ser desenvolvida na anilise, As bases ideolégicas ¢ espaco discursivo e ideoldgico onde se desenv historiograficas que antes encerravam as entidades discursivas em blocos homogéneos como o discurso da burguesia, 0 discurso dos comunistas, ete, € que consideravam os discursos, como definidos a priori, neutralizando o exterior discutsivo, nio resistem as novas reflexdes que aproximam a nocio de formacio discursiva (“aquilo que pode ¢ deve ser dito -articulado sob a forma de uma arenga, de um sermio, de um panfleto, de uma exposigio, de um programa ete.- a partir da posigao dada na conjuntura social” (Pécheux, 1995, p. 160) a nog&o de acontecimento. i i juivo 3, Leitura do corpus a partir de um trajeto tematico no arq ogio de formasio discursiva gularidades ¢ de dispersio) Pécheux, apresenta novos it n 1, Courtine (1981) a0 aproximar @ cer ‘ ult (sistema de re como proposta por M. Fouca' atinida por nosio de formagio discursiva COMP TT se do Discurso. A concePsil modos de compreensao do foucaultiana de formaga0 heterogéneo, jnstavel, em pro’ conceito de enunciado: TT ? Traducio nossa. corpus 4 Ani discursiva articula-s cesso de construgaer la-se a uma 00 que se apéia no 217 “Um enunciado pertence a uma formagio discursiva, como uma frase pertence a um texto, € uma proposicio a um conjunto dedutivo. Mas enquanto a regularidade de uma frase é definida pelas leis de uma lingua, ¢ a de uma proposigio pelas leis de uma l6gica, a regularidade dos enunciados é definida pela propria formagio discursiva. A lei dos enunciados eo fato de pertencerem i formagio discursiva constituem uma tinica e mesma coisa; © que nfo é paradoxal, jf que a formagio discursiva se caracteriza nio por principios de construgio mas por uma dispersio de fato, ja que ela 4 para os ‘enunciados nio uma condigio de possibilidade, mas uma lei de coexisténcia, ¢ jé que 08 enunciados, em troca, mio sio elementos intercambifveis, mas conjuntos caractetizados por sua modalidade de existéncia (Foucault, 1986:135). Courtine (1981), em seu trabalho, redefine a nogao de corpus discursivo - antes compreendida como “conjunto de seqiiéncias discursivas estruturado segundo um plano definido em referéncia a um certo estado das condigdes de producio do discurso”., introduzindo a nogio de forma de corpus, como principio de estruturagio de um corpas discursivo: “Uma tal concepsio no considerari um corpus discursivo como um conjunto fechado de dados que emergem de uma certa organizagio; ela fari do copa discursivo, 20 contririo, um conjunto aberto de articulagSes cuja construgio nio é efetuada jé no estado inicial do procedimento de anilise: conceber-se~4, aqui um procedimento de anilise do discurso como um procedimento de interrogacio regulado de dados discursivos que prevé as etapas sucessivas de um trabalho sobre corpora ao longo de todo © procedimento, Isso implica que a construgio de um corpus discursivo possa perfeitamente ser concluido apenas no final do procedimento” (Courtine, 1981).3 Procede-se, assim, na AD, a uma ruptura com o corpus dado a priori, construido a partir dos saberes do analista, Passa-se, entio, a descrever as configuracées de arquivo (de acordo com Foucault, 1986) centradas a partir de um tema, de um conceito, enfim de um acontecimento. A questio que, entio, © analista se faz é “Qual lugar discursivo ocupa dado acontecimento discursivo num determinado arquivo?”. Dessa forma, a nogio de arquivo torna-se muito produtiva nos estudos da anilise do discurso. Nao se trata de considetar tal nogio como - enunciados conservados por uma via arquivistica-, mas como um modo de acompanhar as priticas discursivas de uma sociedade: 3 Tradugio nossa 218 (Foucault, 1986, p. 149-150), O corpus de anilise passa, entio, a ser composto por textos variados, de diversos generos, que circulam em diferentes suportes, sobre um mesmo tema, conceito ou acontecimento. A nogiio de formacio discursiva é, enfim, considerada em sua heterogeneidade ¢ tende a set deixada de lado em fungao de uma operacio de “leitura do arquivo”. Observando as publicagdes brasileiras no dominio da area da Anilise do Discurso, consideramos que 0 conceito de Formagio Discursiva mostrou- se muito produtivo ao longo de varios anos (¢ até hoje). Tal fato revela-se de forma diferente, a partir da metade da década de 80, na Franca, conforme avaliagio de Guilhaumou (2004), sendo que, para o autor, 0 conceito de Formagio Discursiva sofre uma “retirada estratégica”, no que respeita A sua imposigio externa, em proveito das fontes interpretativas internas 20 arquivo. “Nossa intervengio de 1983, no coléquio Historia ¢ Lingiistica é significativa, por sua vez, em relagio ao mecanismo ‘transvaluation” presentemente descrito € de seu resultado, o eclipse da nogio de formagio discursiva, Nés tragamos o itineririo de 10 anos de um historiador do discurso sem jamais usar a nogio de formagio discursiva, na medida em que cle é essencialmente questio da descoberta dos textos, sob os auspicios de uma desctisio empirica da materaldade da lingua no interior da discursividade de arquivo” (Guilhaumou, 2004). que no Brasil muitos trabalhos fazem referéncia, na Ses propostas por Pécheux (19908) na obra Discurso: j que nos leva a considerar que tas pesquisas lidade da lingua na discursividade do arquivo. Assim, a nogio de compas cm estudos da Anilise do Discurso ae desde a década de 80 na Franca & at Soak iim década no Brasil, fortemente vinculada & nogdo de arquivo, ee ‘Tradugio nossa. ei Verificamos atualidade, as reflex estrutura ou acontecimento, vinculam-se a uma abordagem da material “| constituido de um ponto de vista a refletir a heterogencidade e a insere 0 acontecimento a ser analisado. arquivo no interior da Anélise do Discurso, apresenta os conceitos de trajeto temitico, representatividade na qual s Ancorado na nogio de Guilhaumou, historiador lingitista, momento do corpus € co-texto, a partir dos quals oricnta suas pesquisas, em particular, destacamos o artigo que escreve em conjunto com Denise Maldidier ~ Exitos do arquivo, A anélise do discurso no lado da Histéia, no qual 20 analisar 0 sintagma Pio ¢ X, no interior de um trajeto tematico, em momentos do corpus distintos, revela que a materialidade dos textos impde um trajeto de leitura. Marca-se nesse momento a ‘virada interpretativa’, uma vez que a lingiiistica deixa de ser empregada apenas como ferramenta de anélise para os historiadores, ¢ passa a fazer parte do proceso de interpretacao. 4. A organizagao do corpus: a completude ¢ a falta. E sempre mais dificil aprender 0 que se passa na atualidade, entretanto, isso s6 é possivel interpretando 0 passado para, entio, fazer-se a historia do presente. Pautados nesse percurso de modificagdes do conceito de formacio discursiva, observamos que, em um primeiro momento, tal conceito apresentava-se no interior de um quadro althusscriano de estudos da Anilise do Discurso, exigindo, portanto, para anélise o fechamento do corpus. Na década de 80, a aproximacio dos estudiosos do discurso (Pécheux, 1983/ 1990, Courtine, 1981; Guilhaumou ¢ Maldidier, 1986/1994) e de conceitos propostos por Foucault(1986), como arquivo e acontecimento, indicam uma nova forma de organizagao do corpus, que nao é dado a priori e que permite aos analistas buscar ha pr6pria materialidade do discurso um trajeto de leitura do arquivo. Considera-se, nessa perspectiva, que 0 conceito de arquivo no é uma simples organizacao de documentos nos quais se encontram a chancela de uma instituicio ou a confirmagao da legitimidade do documento. Ele permite uma leitura que faz emergir sentidos, delineando a construcao de uma historia social dos textos. Como exemplo, fazemos referéncia ao artigo de Guilhaumou e Maldidier (1994) que, ao selecionarem a questio social da subsisténcia como tema, estabelecem um dado recorte de textos, €, portanto, constroem um arquivo a set analisado. Em artigo mais recente, Guilhaumou (2002), ao relatar os resultados de trabalhos de alguns historiadores-linguistas (entre cles Mayatfre, 2000 e 2004), Giiss “Pesquisas fundamentam-se em um corpus organizado a partit das concepsdes da lingiiistica de corpus, defende que tal organizacdo do corpus permite 220 aandlise a partit da préy Ptia reflexivi : portador de seus prépri idade dos enunciados, a i ee asec a cae realidade” (Guilhaumou, 2002), tpretativos, nao estando desconectado da grande quantidade de textos, gan nent We Come Se considera na andlise uma um contesto, pois ele ja cule se, ha, portanto, razdo para buscar sentidos em Tratase, de) tan ete eae SF apanhado 20 se analisar esse extenso corpus Proposta na qual se acentua o tratamento do corpus, considerando estar ness 0% Sse Conjunto de text igat a fos a capacidade de abrigar discursos em relagao de complementatidade e contraditoriedade A nosso ver a ii rs . et a informatica, assim como a ideologia e a centralidade do ard eae ear na oe do Discurso, Entretanto, na defendemos que é preciso estar — om meee ey meer ae . 'S nto ao excesso e€ 4 falta do arquivo. Para a autora, 0 estudioso que se vale de um arquivo mantém em relagio a cle a ilusio de que é possivel arquivar tudo, e, portanto, “se tudo esta arquivado, se tudo é vigiado, anotado, julgado, a histéria como criago nao € mais possivel: é, entio, substituida pelo arquivo, transformada em saber absoluto, espelho de si” (2006, p. 9). Essa é a perspectiva do excesso do arquivo, na qual o analista atribui valor total ao arquivo e é dificil nao ceder a ele (Sargentini, 2006). Na perspectiva da falta de arquivo, o analista nada tem do arquivo, tudo esta apagado ou destruido e, entio, o analista tende para a “sobetania delirante do eu” (Roudinesco, 2006, p. 9). Dois extremos, que geram um mesmo problema para o analista: a andlise passa a ser controlada pela suposta completude do arquivo ou a anélise dispensa completamente 0 arquivo em favor do personalismo. Cabe 20 analista do Discurso tomar 0 arquivo considerando que o excesso ¢ a falta nfo lhe interessam. Referéncias bibliograficas io discursiva em Péchevx e Foucault: uma estranha TIN, V; NAVARRO-BARBOSA, P. M. Foucault ¢ os : Sao Carlos; Claraluz, 2004 ours communiste adressé aux BARONAS, R. Formaga paternidade. In.: SARGEN Py ormtnios da linguagen: discus, poder ¢ GERM" > | COURTINE, J. J. Anabse du diaurs poigne Le disc é , 1981 chrétiens. In.: Langages, 62 ; FOUCAULT, M.A argusolgia do saber: Trad. Luiz Fe Forense Universitaria, 1986. lipe Baeta. 2" ed. Rio de Janeiro: 221 os do arquivo. A anilise pras. In: ORLANDI, inicamp, 1994. ER, Denise. Efelt gi, 1986. trad. nasi Editora da U spective historique. Camp se de discours: Pe as em anal corpus em ant eer herche linguistiques ~ PON" ; surour de la notion de formation discursive. sur: ‘rep / ower’ texto.net/ Inedits/Guilhaumou a ate (Os fandamentos t€dricos da “Anélise automatica do discurso” de See (1968). In: GAD! F.& HAK, T. 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