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Máquinas elétricas

e métodos de
acionamentos
Respostas dos exercícios

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Capítulo 1 – Infraestrutura de painel de comando elétrico


industrial

1. A caixa de um painel elétrico é a caixa do painel de comando, conhecida como


quadro de comando. As caixas de painel de comando podem ser feitas de vários
materiais, sendo as mais comuns as metálicas (em aço, em alumínio ou em
inox), as plásticas e as de fibra de vidro.

2. A placa de montagem é a placa instalada no interior da caixa de comando,


onde serão fixados todos os elementos, como bornes e dispositivos de proteção
e controle. Geralmente, ela é pintada na cor laranja, para atender às normas
técnicas brasileiras.

3. Os trilhos são os elementos responsáveis pela fixação dos dispositivos elétricos


de maneira organizada. São fabricados em material metálico em alguns padrões
DIN, de acordo com a utilização. Geralmente, são fixados à placa de montagem
por meio de rebites de repuxo (POP) ou parafusos.

4. As canaletas são utilizadas para acondicionar os condutores elétricos de modo


organizado em um painel de comando. São feitas de plástico PVC (cloreto de
polivinila). Geralmente, têm perfurações laterais transversais, destinadas à pas-
sagem dos condutores que vão para os dispositivos elétricos instalados na placa
de montagem, e tampa plástica, que só deve ser encaixada após a instalação das
canaletas e dos condutores.

5. Prensa-cabos são dispositivos que prendem os cabos elétricos que saem da caixa
de comando elétrico e fazem conexão elétrica com dispositivos externos, como
sensores, válvulas e motores.

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4 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

Capítulo 2 – Dispositivos de proteção eletroeletrônicos


industriais

1. Fusíveis são dispositivos de proteção elétrica que desligam o circuito com o ob-
jetivo de proteger a instalação elétrica, no caso de curtos-circuitos e sobrecargas
de longa duração. Uma vez rompidos (queimados), não é possível reestabelecer
novamente o funcionamento sem substituí-los, pois não são reaproveitáveis.

2. Os tipos de fusíveis são:


• fusíveis de ação retardada (aM): oferecem proteção contra curtos-circuitos
aos circuitos sujeitos a picos elevados de corrente. Esses fusíveis são inade-
quados para proteção dos circuitos contra sobrecarga;
• fusíveis de ação rápida (gG): protegem os circuitos que não estão sujeitos a
picos de corrente consideráveis, como circuitos resistivos de fornos elétri-
cos e outros sistemas de aquecimento por resistência elétrica. Esse fusível
também protege contra sobrecargas;
• fusíveis de ação ultrarrápida (aR): são destinados à proteção de circuitos
com equipamentos eletrônicos tiristorizados, como os circuitos de sistemas
de controle de velocidade de motores elétricos.

3. Os disjuntores são elementos de proteção, como os fusíveis. Contudo, são rea­


proveitáveis, ou seja, podem ser colocados em funcionamento após normali-
zado o circuito em questão.

4. Os tipos de disjuntores são:


• disjuntores termomagnéticos: são dispositivos eletromecânicos destinados
a proteger as instalações elétricas contra curtos-circuitos e sobrecargas de
longa duração;
• disjuntores diferenciais residuais (DR): são dispositivos que, além de ter a
proteção contra curto-circuito, também têm proteção contra choque elétri-
co, ou proteção dos equipamentos contra incêndio.

5. Os relés térmicos, ou relés de sobrecarga, são dispositivos elétricos utilizados


na proteção de motores no caso de consumo de energia (sobrecarga) acima do
que o motor foi projetado a suportar, cortando a alimentação elétrica desse

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equipamento. Os relés térmicos têm um ponto de ajuste da corrente que o


instalador vai ajustar com o mesmo valor da corrente nominal (In) do motor.
Dessa maneira, quando um motor é exposto a uma sobrecarga mecânica, por
exemplo, ele irá drenar uma corrente acima do nominal, provocando uma co-
mutação dos terminais dos contatos NA e NF e que atuam abrindo ou fechando
o circuito de comando.

6. O disjuntor-motor é um dispositivo de proteção que combina o modo de fun-


cionamento de um disjuntor termomagnético e de um relé térmico. Os disjun-
tores-motores são dispositivos que, além de proteger as instalações elétricas
contra curtos-circuitos, protegem o motor contra sobrecargas. Também apre-
sentam um potenciômetro no qual é ajustada a corrente máxima de trabalho.
Acima desse valor, o disjuntor-motor atua cortando a alimentação do circuito.

Capítulo 3 – Dispositivos de comandos eletroeletrônicos


industriais

1. As chaves seccionadoras energizam e desenergizam equipamentos e máquinas


industriais. Exercem a função de chave geral, porque permitem o desligamento
da tensão, normalmente trifásica, do painel elétrico de comando da máquina.
Os botões e as chaves de fim de curso, quando acionados, movimentam seus
contatos internos, ligando ou desligando sinais de controle. No botão, o aciona-
mento é feito manualmente, enquanto as chaves de fim de curso são acionadas
por partes da máquina que se movimentam durante seu funcionamento.

2. Contatores são chaves eletromagnéticas destinadas a ligar ou desligar cargas


elétricas através de sinais de comando. Desse modo, permitem o acionamento
a distância, por comando remoto. Podem ser divididos em contatores principais
e auxiliares. O contator principal é utilizado para comandar cargas do circuito
principal, também conhecido por circuito de potência, ou seja, de maior po-
tência. Os contatores auxiliares, ou de comando, são aqueles usados para ligar e
desligar circuitos de baixa potência, pois têm capacidade de corrente da ordem
de no máximo 10 A. São utilizados, também, para fazer a lógica de comando.

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6 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

3. Os relés são utilizados no acionamento de cargas de pequeno porte, como


lâmpadas, LEDs, bobinas de contatores, válvulas e outros dispositivos
­eletroeletrônicos.

4. O temporizador tem a função de temporizar, ou seja, ele controla eletroni-


camente o tempo de abertura ou de fechamento de seus contatos e tem um
circuito eletrônico que faz a função semelhante à de uma bobina de um relé,
sendo a parte eletrônica responsável por fazer a contagem do tempo, através
de um potenciômetro, em que é possível regular o tempo de temporização e a
atuação dos contatos do temporizador. Os contatos de acionamento, por sua
vez, são responsáveis por gerar as mudanças no comando da máquina.

Capítulo 4 – Máquinas elétricas estáticas

1. Transformadores são máquinas elétricas estáticas destinadas a aumentar ou


reduzir valores de tensão e de corrente de um sistema elétrico, transmitindo a
energia elétrica de um circuito a outro em potenciais específicos de acordo com
a demanda dos circuitos alimentados e da tensão primária (tensão de alimen-
tação do transformador).

2. As principais partes de um transformador são:


• enrolamento primário: responsável pela produção do campo magnético de
indução; é conectado à entrada de energia elétrica;
• núcleo: estrutura metálica formada de chapas de ferro com grande permea­
bilidade magnética e com capacidade de conduzir linhas magnéticas. A
finalidade desse componente é criar um caminho para o campo magnético
chegar até o enrolamento secundário;
• enrolamento secundário: é o enrolamento responsável por gerar a tensão
que será disponibilizada em seus terminais e onde será conectado o circuito
elétrico final, ou seja, é a saída do transformador.

3. O transformador de potencial é um transformador abaixador de tensão com


uma relação de transformação muito alta, reduzindo o valor da tensão do se-
cundário a um nível seguro. É utilizado em sistemas de medições de tensão

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elétrica quando o valor da tensão a ser medida está em patamares elevados,


gerando riscos à segurança do operador do sistema ou ao próprio equipamento
de medição.

4. Da mesma maneira que os transformadores de potencial, os transformadores de


corrente são utilizados em sistemas de medição. Por meio de uma amostragem
da corrente do primário, é possível identificar o real valor dessa corrente por
meio de um valor proporcional, de acordo com o projeto do TC.

5. Porque são transformadores destinados a elevar ou a abaixar valores de tensão


e de corrente de um circuito para outro, mantendo as potências do circuito
primário e do circuito secundário praticamente iguais. Estão presentes na maio-
ria das aplicações que utilizam transformadores em sistema elétricos, quando
se necessita de circuitos alimentadores com características diferentes das ca-
racterísticas das cargas. Podem ser classificados em transformadores de força
(transformadores de grande porte, aplicados em áreas abertas), transformado-
res de distribuição (responsáveis pela distribuição da energia ao consumidor
final, como indústrias, comércio, hospitais e residências) e transformadores
industriais ou de alimentação (responsáveis por adequar a alimentação da carga
ou sistema à rede de alimentação do local onde será instalada, podendo ser de
pequeno a médio porte).

6. Os transformadores trifásicos podem ser instalados em sistemas de fechamento


triângulo (Δ) e/ou estrela (Y), dependendo das tensões requeridas de alimen-
tação e da demanda e do projeto.

Capítulo 5 – Máquinas elétricas rotativas

1. Um motor elétrico monofásico de fase auxiliar é aquele que pode ser alimen-
tado por duas tensões 127 V ou 220 V, ou seja, por uma fase ou duas fases. É
composto por estator, bobinas de trabalho e de partida, rotor, tampas, hélice de
ventilação, capacitor, contato centrífugo e caixa de ligações. Tem duas, quatro
ou seis pontas numeradas para efetuar as ligações ou fechamentos para 110 V
ou 220 V, ou, ainda, para inversão do sentido de giro.

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8 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

2. As partes que compõem um motor monofásico de fase auxiliar são:


• estator: parte fixa do motor que serve para abrigar as bobinas de trabalho e
de partida do motor, constituindo a parte cilíndrica da carcaça;
• bobinas de trabalho: produzem o campo eletromagnético girante responsá-
vel pela rotação do rotor e ficam instaladas no estator;
• bobina de partida ou enrolamento auxiliar: usada somente para partir o
motor e definir o sentido de giro;
• rotor: é do tipo gaiola de esquilo e integra o conjunto do eixo do motor. É
a peça cilíndrica que gira dentro do estator;
• tampas: abrigam os rolamentos que suportam o rotor e o eixo do motor. Há
duas tampas, uma de cada lado;
• hélice de ventilação: serve para ventilação interna do motor e está acoplada
ao eixo;
• capacitor: tem a função de auxiliar a partida do motor, sendo normalmente
instalado acima do estator, envolvido por proteção metálica;
• contato centrífugo: serve somente para dar a partida no motor. É um contato
normalmente fechado (NF) que se abre quando o motor entra em rotação;
• caixa de ligações: dispõe dos fios para as ligações da tensão da rede e seleção
de tensão ou velocidade do motor e está localizada normalmente na lateral
do estator.

3. O motor trifásico apresenta alta eficiência, simplicidade, robustez e baixa ma-


nutenção. Não apresenta limitação de potência e permite a inversão da rotação
durante o funcionamento e o controle da velocidade por equipamentos eletrôni-
cos. Essas características conferem a esse motor uma grande gama de aplicações
industriais.

4. Os motores trifásicos com rotor de gaiola de esquilo podem trabalhar com


mais de uma tensão de alimentação. No entanto, só oferecem a possibilidade de
uma velocidade de rotação quando alimentados diretamente pela rede trifásica.
São encontrados com 3, 6, 9 ou 12 pontas, possibilitando sua instalação em
diferentes níveis de tensão. Os motores fabricados com 6 pontas normalmente
podem trabalhar com duas tensões, sendo as mais comuns 220 V e 380 V com
fechamento dos seus terminais em triângulo ou estrela, respectivamente.

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5. [Pesquisa].

6. O motor trifásico Dahlander é um motor de fechamento especial em que a


tensão de alimentação é fixa, ou seja, só é possível fazer a ligação naquela tensão
especificada para o motor. Entretanto, esse tipo de motor oferece duas velocida-
des nominais, de acordo com o seu fechamento. Esses motores são bem comuns
em aplicações industriais que necessitam de duas velocidades distintas, sendo
sempre uma o dobro da outra.

7. Os motores trifásicos de rotor bobinado ou de anéis são utilizados para movi-


mentar cargas de alta inércia, ou seja, que exijam conjugados de partida eleva-
dos e que necessitem de controle de velocidade. A velocidade pode ser contro-
lada instalando-se bancos de resistências ou por meio de sistemas eletrônicos
de controle.

Capítulo 6 – Motores de corrente contínua

1. Os motores CC têm maior facilidade no controle da velocidade, alto torque na


partida, mesmo em baixas rotações, aceleração e/ou desaceleração controladas,
conjugado constante em uma ampla faixa de velocidade, ocupação de menos
espaço físico (os conversores CA/CC são menores) e maior flexibilidade na
maneira de se alimentar eletricamente, com vários modos de excitação.

2. As partes que formam um motor CC são:


• Estator: é a parte fixa da máquina. Está localizado junto à carcaça do motor
e é composto por uma estrutura ferromagnética na qual ficam alojadas as
bobinas de campo. Essas bobinas são constituídas de dois enrolamentos dis-
tintos: um enrolamento denominado série, formado por poucas espiras de
fio grosso, e outro enrolamento denominado paralelo, composto de muitas
espiras de fio fino.
• Rotor ou armadura: é a parte móvel da máquina, ou seja, é a parte consti-
tuinte do eixo do motor. É constituído de várias bobinas também enroladas
em uma estrutura ferromagnética. Essas bobinas são conectadas eletrica-
mente ao comutador, que também é fixado ao eixo no rotor.

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• Comutador: é uma peça cilíndrica formada por segmentos ou barras de


cobre montadas na extremidade do eixo do motor. Esses segmentos ou
barras de cobre são isolados entre si e são ligados a cada uma das bobinas
da armadura.
• Escova e porta-escova: as escovas fazem a ligação entre as bobinas da ar-
madura e o meio externo. São fabricadas de materiais sintetizados, como
grafite ou carvão, e estão alojadas no porta-escovas, que as posiciona em um
alinhamento perpendicular ao coletor.

3. Os motores CC podem ser excitados para partida de três modos diferentes, a


saber:
• partida de motor com excitação do tipo série;
• partida de motor com excitação do tipo paralela;
• partida de motor com excitação do tipo mista.

4. Conversores CA/CC são equipamentos destinados ao controle e ao acionamen-


to de motores de corrente contínua com excitação independente. São consti-
tuídos basicamente de um estágio de potência, formado por uma ponte retifi-
cadora trifásica com tiristores e um estágio de controle, que permite controlar
totalmente a tensão de saída. O controle da tensão de saída permite o controle
total da velocidade do motor CC.

5. Ambos os motores (de corrente contínua com estator bobinado e ímã perma-
nente) são muito semelhantes, mas a diferença está no estator, que, no lugar de
um grande ímã, encontramos várias bobinas responsáveis por gerar o campo
eletromagnético.

6. O motor CC de estator bobinado pode ser ligado de quatro maneiras diferen-


tes, dependendo da necessidade da aplicação, como controle de velocidade e
necessidade de torque. As quatro maneiras são:
• motor CC de campo série;
• motor CC de campo paralelo;
• motor CC de campo composto em derivação;
• motor CC de campo composto independente.

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Capítulo 7 – Especificação de motores elétricos

1. Na placa de identificação, podem ser encontradas diversas informações, entre


elas:
• potência nominal;
• rotação nominal;
• fator de serviço;
• temperatura máxima de trabalho;
• corrente de partida e corrente nominal;
• tensão de funcionamento;
• frequência nominal;
• rendimento do motor.

2. O conjugado de partida é o torque ou força de arranque para a partida de um


motor elétrico. Por ter que vencer a inércia do motor parado, esse conjugado
de partida é sensivelmente maior do que o valor nominal de conjugado para a
velocidade normal do motor. Cada motor tem sua própria curva de conjugado.
Essa curva varia com a potência e a velocidade do motor. Assim, em motores de
velocidade e potência iguais, mas de fabricantes diferentes, geralmente a curva
do conjugado é diferente.

3. Em relação à operação de um motor, as características mais importantes são:


• potência nominal: é a potência elétrica definida como trabalho realizado
por um equipamento elétrico, por meio da passagem da corrente elétrica
em determinado intervalo de tempo;
• rendimento do motor: é expresso em percentual, ou seja, qual a porcenta-
gem de aproveitamento da energia absorvida da rede de alimentação que é
aplicada no eixo do motor;
• fator de potência: representa a relação entre a potência fornecida pela rede
de alimentação, dada em volt-ampere (VA), e a potência consumida pelo
motor, dada em watts (W), representada pelo cosseno do ângulo (cos φ);
• aquecimento: quantidade de energia térmica produzida pelo motor;
• regime de serviço: é a relação entre o tempo de permanência na condi-
ção de não operação (motor parado) com a condição de funcionamento.

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12 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

­ epresenta o grau de regularidade de funcionamento da carga a que o motor


R
é submetido;
• fator de serviço (FS): representa uma sobrecarga contínua permissível apli-
cada à potência nominal do motor.

4. Em um motor de corrente contínua, a velocidade e o conjugado são controlados


pelo fluxo (Ф) do campo do estator, podendo atingir velocidades até acima da
nominal, e pela corrente e tensão da armadura. Essas regulagens de corrente e
tensão são feitas por meio de reostatos inseridos nos circuitos de cada bobina
ou por meio da utilização de circuitos eletrônicos. Como o motor funciona
pela ação do campo magnético produzido pelas bobinas do estator, chamadas
de bobinas de campo, e pelo campo magnético produzido pelas bobinas do
rotor, conhecido como armadura, é possível controlar esses dois componentes
magnéticos separadamente.

Capítulo 8 – Sistema de partida direta de motores


elétricos

1. A partida direta é aquela que põe o motor elétrico em funcionamento de ime-


diato ou no menor tempo possível. É o tipo de partida por meio da qual se
energiza um motor elétrico trifásico diretamente, impondo a ele seu torque
nominal, pela tensão nominal da rede elétrica, sendo a partida com menor
custo e onde não é possível qualquer tipo de controle do processo.

2. [Pesquisa].

Capítulo 9 – Sistema de partida direta e reversão de


motores elétricos

1. Em aplicações de campo, é fácil encontrar diversos usos para a partida direta


com reversão, por exemplo, em portas automáticas de lojas, portões eletrônicos
de garagens de prédios etc. Na indústria, muitas máquinas realizam operações
que exigem a inversão ou a reversão do sentido de giro de motores elétricos.

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2. A reversão de rotação em motores trifásicos é realizada invertendo-se duas das


três fases de alimentação do motor. Isso acontece por causa da ordem das fases
na geração do campo eletromagnético girante.

3. [Pesquisa].

Capítulo 10 – Sistema de partida estrela-triângulo de


motores elétricos

1. A partida estrela-triângulo pode ser aplicada a motores de qualquer potência,


desde que tenha duas tensões nominais de operação. Dessa maneira, esse siste-
ma indireto de partida reduz o pico de corrente durante o tempo da partida do
motor elétrico, além de permitir a utilização de condutores elétricos de bitolas
menores, pois nesse tipo de partida há uma redução de corrente a um terço do
valor da corrente de partida, quando comparada ao sistema de partida direta
em triângulo.

2. Neste tipo de partida, a corrente do motor é de 0,33 ou 33% da corrente da


partida direta, portanto, o conjugado de partida desse motor também é de 33%
do conjugado nominal em partida direta.

3. [Pesquisa].

Capítulo 11 – Sistema de partida de motores elétricos com


chave compensadora

1. A partida de motores elétricos com chave compensadora é realizada por meio


de um sistema indireto que visa reduzir a corrente de partida sem perder mui-
to o torque de um motor. Ela serve para muitas aplicações em que o sistema
estrela-triângulo não pode ser usado em razão da necessidade da máquina
ou do processo de partir o motor sob carga mecânica e requer, portanto, um
torque de partida mais elevado. A partida é realizada por meio do emprego de
transformadores com tapes (derivações) de diferentes tensões. Essas tensões são

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utilizadas na alimentação do motor; quanto maior a tensão, maior a rotação e


o torque do motor.

2. O torque do motor se mantém elevado porque a alimentação do motor é reali-


zada de maneira constante, não havendo desligamento da alimentação durante
a comutação de tensões. Outro motivo é que há mais alimentações intermediá­
rias, resultando em curvas de torque mais próximas.

3. [Pesquisa].

Capítulo 12 – Sistema de partida de motores com


comutação de velocidades

1. A partida com comutação de velocidade é utilizada em máquinas ou sistemas


em que se torna necessário o uso de motores com duas velocidades nominais
(motor Dahlander).

2. O motor Dahlander tem as bobinas internas do estator preparadas para trabalhar


com comutação polar, ou seja, é possível alterar a quantidade de polos magnéti-
cos e essa mudança pode ser realizada para se obter duas velocidades nominais.

3. [Pesquisa].

Capítulo 13 – Sistema de partida de motores com


aceleração rotórica

1. A partida de motores com aceleração rotórica é utilizada nos casos em que é


preciso várias velocidades ou o controle da velocidade e o torque elevado. Para
isso, é empregado o motor de rotor bobinado, que é destinado a aplicações que
necessitam partir com carga de difícil arraste, mesmo em baixas velocidades
de funcionamento e com uma baixa corrente na partida.

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MÁQUINAS ELÉTRICAS E MÉTODOS DE ACIONAMENTOS 15

2. No motor existem três terminais adicionais K, L e M disponíveis na caixa de


ligações. Estes terminais são provenientes das bobinas do rotor que têm seu
fechamento interno em estrela. Os terminais K, L e M servem para conexão
de resistores externos fixos para seleção da velocidade ou resistores externos
ajustáveis (reostatos) para o controle da velocidade do eixo do motor. Quanto
maior a resistência, menor a velocidade do seu eixo. A velocidade máxima é
alcançada quando a resistência diminui até que os terminais K, L e M sejam
colocados em curto, permitindo que o motor gire em sua rotação nominal.

3. [Pesquisa].

Capítulo 14 – Soft-starter

1. Soft-starter é um equipamento destinado ao controle da partida e da parada


de um motor elétrico de corrente alternada. O soft-starter recebe uma tensão
trifásica fixa da rede elétrica e fornece uma tensão variável para o motor, porém
com a frequência fixa. Na partida do motor, ele fornece uma tensão que vai
aumentando cada vez mais, proporcionando uma partida suave. No desliga-
mento, o equipamento diminui a tensão de funcionamento do motor, fazendo
com que ele pare suavemente até que seja completamente desligado. Os tempos
de aceleração e de desaceleração são programáveis.

2. O ajuste de parâmetros pode ser feito por meio de trimpots ou de interface


homem-máquina digital.

3. As variáveis controladas por um soft-starter são:


• tempo de rampa de partida;
• valor inicial da tensão da rampa de partida (torque);
• rampa de tensão de parada;
• tempo de rampa de parada.

4. [Pesquisa].

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16 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

5. As principais vantagens no uso do soft-starter são:


• redução do pico da corrente de partida de motores elétricos;
• utilização de sistema indireto de partida, obrigatório a motores com potên-
cia acima de 5 cv;
• proteção térmica efetiva do motor;
• redução do golpe de aríete em bombas de recalque;
• frenagem na parada do motor;
• partida consecutiva de vários motores com corrente reduzida.

6. O soft-starter tem entrada de alimentação trifásica e três saídas para ligação do


motor, além de entradas digitais e/ou analógicas. Normalmente, ele tem tam-
bém duas entradas para alimentação da “eletrônica” e saídas digitais. Após a sua
parametrização, o sistema está pronto para ser energizado. Por exemplo: assim
que o soft-starter é ligado, baseado no tempo da rampa de aceleração, é gerada
uma tensão em sua saída que vai aumentado até alcançar o valor nominal. Na
desaceleração, o soft-starter gerencia o decaimento da tensão de saída, de acordo
com o programado na rampa de desaceleração, até a parada total do motor.

Capítulo 15 – Inversor de frequência

1. Inversor de frequência é um dispositivo que controla a velocidade de motores


trifásicos de corrente alternada com rotor do tipo gaiola de esquilo. O inversor,
além controlar a partida dos motores, também pode melhorar a velocidade de
operação dos motores e melhorar a sua eficiência. Por isso, mesmo quando não
se tem a necessidade do controle da velocidade, o uso do inversor, muitas vezes,
acaba sendo recomendado.

2. O inversor funciona por meio de um circuito eletrônico cuja função, além de


controlar a frequência, é controlar a tensão, que por sua vez faz surgir a corrente
de saída para o motor. Assim, o controle dessas grandezas elétricas permite o
controle da velocidade e também do torque do motor, já que a tensão é ajustada
junto com a frequência. Em uma primeira etapa, o inversor transforma a ten-
são alternada da alimentação em tensão contínua por meio dos retificadores.

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MÁQUINAS ELÉTRICAS E MÉTODOS DE ACIONAMENTOS 17

Em uma segunda etapa do circuito, os capacitores filtram a tensão contínua,


tornando-a praticamente constante e, em seguida, a corrente contínua é con-
duzida a circuito intermediário ou link DC. Na terceira etapa, é feita a inversão
da tensão, de contínua para alternada, por meio do chaveamento de transistores
do tipo IGBT. A tensão produzida na etapa inversora imita a forma de onda
senoidal, com a sua frequência modulada em diferentes valores com o objetivo
de se controlar a velocidade do motor.

3. Os parâmetros são agrupados da seguinte maneira:


• monitoramento ou leitura: fornece informações, por meio do display do
inversor, das variáveis relativas à operação do motor e do próprio inversor.
São exemplos o valor de frequência, a tensão e a corrente de saída;
• sinais de entrada: definem as funções dos sinais recebidos pelas entradas
digitais ou analógicas do inversor, como sentido de giro e aceleração por
meio de potenciômetro;
• sinais de saída: determinam as funções dos sinais enviados pelas saídas di-
gitais ou analógicas do inversor, por exemplo, acionamento de indicação de
falha e tipos de fornecimento de sinais (de 0 V a 10 V ou de 4 mA a 20 mA);
• configurações do inversor: definem as funções a serem executadas pelo
inversor, como rampas de aceleração/desaceleração e tipos de controle (es-
calar ou vetorial);
• motor: informa ao inversor os dados da placa do motor que está sendo
utilizado, como corrente, tensão e potência nominal;
• proteção: determina os valores dos limites para a proteção do motor e do
inversor, como corrente de sobrecarga e tensão máxima no circuito inter-
mediário do inversor;
• controles especiais: definem funções especiais que cada modelo de inversor
disponibiliza. Por exemplo, no controle de vazão, nível e dosagem por meio
de utilização de reguladores PID.

4. Os dispositivos que podem ser instalados para melhorar a qualidade da opera-


ção do inversor são:
• reatância de rede: dispositivo instalado na rede elétrica antes da conexão com
o inversor de frequência, com objetivo de diminuir o conteúdo h ­ armônico;

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18 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

• reatância de carga: são dispositivos instalados com o objetivo de minimizar


picos de tensão em razão de grandes distâncias entre a carga (motor) e o
inversor geradas pela capacitância dos cabos de alimentação;
• módulo de frenagem reostática: é um dispositivo que anula toda a carga
regenerativa proveniente dos motores quando desaceleram ou quando se
têm cargas de elevada inércia que acabam gerando um potencial elétrico
nos terminais do motor que pode danificar o inversor.

5. Os bornes L/L1, N/L2 e L3 do inversor são os bornes relativos à entrada de


alimentação da rede, e os terminais U, V e W são conectados ao motor elétri-
co. Alguns inversores podem ser alimentados somente por duas fases na sua
entrada, gerando uma terceira fase em sua saída; nesse caso, são utilizados os
bornes L/L1, N/L2 na conexão a uma rede de 220 V.

6. [Pesquisa].

Capítulo 16 – Servoacionamento

1. O sistema de servoacionamento é composto por um servoconversor, um servo-


motor e um sensor de realimentação que têm o objetivo de obter movimentos
com controle de torque constante, mesmo em grandes faixas de rotação e com
alta precisão de posicionamento. Esse sistema permite alto controle de torque,
velocidade e precisão de movimentos.

2. O servomotor é um motor com alimentação trifásica, mas que não pode ser
alimentado diretamente pela rede elétrica. Para isso, é obrigatório o uso de
um servoconversor capaz de fornecer o fluxo eletromagnético necessário ao
funcionamento do servomotor. O estator do servomotor tem um enrolamento
bobinado como em um motor convencional, mas esse enrolamento é feito com
características específicas. Seu rotor é formado por ímãs especiais de alto mag-
netismo permanente que são inseridos de modo linear sobre a sua estrutura.

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MÁQUINAS ELÉTRICAS E MÉTODOS DE ACIONAMENTOS 19

3. O servoconversor é o dispositivo responsável pela alimentação elétrica do ser-


vomotor e tem características construtivas muito semelhantes aos inversores de
frequência. Ou seja, o servoconversor também tem um sistema de retificação
e de filtragem e uma etapa de potência composta por IGBTs. O circuito de
controle de um servoconversor tem um microcontrolador que proporciona a
lógica de chaveamento para a etapa inversora que alimentará o servomotor.

4. O sistema de servoacionamento tem alta precisão de movimento porque,


quando o servomotor entra em funcionamento, um sinal de realimentação ou
­feedback é enviado ao servoconversor por meio de sensores do tipo encoder ou
resolver, que ficam acoplados ao seu eixo. De posse desses dados, um microcon-
trolador processa as informações recebidas, efetuando um cálculo que possi-
bilita determinar a velocidade ou a distância percorrida de giro do servomotor
e, assim, efetuar o exato movimento necessário. Esses cálculos funcionam por
meio de modelos matemáticos ou algoritmos de controle previamente progra-
mados, que proporcionam uma resposta ao sistema de acordo com os sinais
recebidos e enviados pelo servoconversor.

5. [Pesquisa].

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