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Capítulo 2

Base Teórica das Probabilidades

“Un coup de dés jamais n’abolira le hasard” (Stéphane Mallarmé)

2.1 De…nições e Resultados Básicos da Teoria das


Probabilidades
Suponha que vamos realizar um experimento cujo resultado não pode ser predito
de antemão. Entretanto, suponha que saibamos todos os possíveis resultados de
tal experimento. Este conjunto de todos os resultados possíveis, que denotaremos
por , é chamado de espaço amostral do experimento. Assim, temos a seguinte
de…nição:

De…nição 12 O conjunto que contém todos os resultados possíveis de um deter-


minado experimento é chamado de espaço amostral.

Exemplo 47 Se o experimento consiste em lançar uma moeda, então = fCa; Cog,


onde Ca é ”cara” e Co é ”coroa”.

Exemplo 48 Se o experimento consiste em lançar um dado e observar a face su-


perior, então = f1; 2; 3; 4; 5; 6g.

Exemplo 49 Se o experimento consiste em lançar duas moedas, então


= f(Ca; Ca); (Ca; Co); (Co; Ca); (Co; Co)g, onde o resultado (a; b) ocorre se a
face da primeira moeda é a e a face da segunda moeda é b.

Exemplo 50 Se o experimento consiste em lançar dois dados e observar as faces


superiores, então
8 9
>
> (1; 1) (1; 2) (1; 3) (1; 4) (1; 5) (1; 6) >
>
(2; 1) (2; 2) (2; 3) (2; 4) (2; 5) (2; 6)
>
> >
>
>
> >
>
(3; 1) (3; 2) (3; 3) (3; 4) (3; 5) (3; 6)
< =
=
>
> (4; 1) (4; 2) (4; 3) (4; 4) (4; 5) (4; 6) >
>
(5; 1) (5; 2) (5; 3) (5; 4) (5; 5) (5; 6)
>
> >
>
>
> >
>
(6; 1) (6; 2) (6; 3) (6; 4) (6; 5) (6; 6)
: ;

onde o resultado (i; j) ocorre se a face i aparece no primeiro dado e a face j no


segundo dado.

18
Exemplo 51 Se o experimento consiste em medir a vida útil de um carro, então
um possível espaço amostral consiste de todos os números reais não-negativos, isto
é, = [0; 1).

De…nição 13 Qualquer subconjunto A do espaço amostral , isto é A , ao qual


atribuímos uma probabilidade, é dito um evento aleatório.
Obviamente, como ? e os conjuntos ? e são eventos aleatórios. O
conjunto vazio ? é denominado evento impossível e o conjunto é denominado
evento certo. Se ! 2 o evento f!g é dito elementar (ou simples).

De…nição 14 Dois eventos A e B são ditos mutuamente exclusivos ou incom-


patíveis se A \ B = ?.

Observação 5 É importante saber traduzir a notação de conjuntos para a lin-


guagem de eventos: A [ B é o evento ”A ou B”; A \ B é o evento ”A e B” e
Ac é o evento ”não A”.

Observação 6 (Concepção Errônea) Um dos equívocos comumente observado é


o estabelecimento de uma relação um a um do experimento com o espaço amostral
associado. É preciso ter em mente que para todo experimento é possível estabelecer
uma in…nidade de espaços amostrais, todos legítimos, pois o espaço amostral deve
ser o conjunto que contém todos os resultados possíveis, mas não há necessidade
de que este seja minimal. Assim, se o experimento consiste em lançar um dado
e se observar a sua face superior, podemos ter 1 = f1; 2; 3; 4; 5; 6g, 2 = N e
3 = (0; 1) como espaços amostrais legítimos para esse experimento. Em todos
eles basta atribuir a probabilidade de 16 para os pontos 1; 2; 3; 4; 5 e 6 e probabilidade
nula para os demais pontos se houver. Claro que não há necessidade de se pecar por
excesso, se podemos reconhecer o espaço amostral mínimo, mas isso nem sempre é
possível, como o exemplo 51, que se presta a vários possíveis espaços amostrais e
nesse caso pecaremos por excesso e deixaremos a medida de probabilidade fazer o
trabalho de de…nir pontos (ou regiões) de maior e menor probabilidade.
É preciso lembrar também que toda escolha do espaço amostral induz uma medida
de probabilidade diferente. Por exemplo, se temos uma urna com três bolas brancas
e 2 bolas vermelhas e o experimento consiste em se retirar uma bola e registrar a sua
cor, então poderíamos ter os seguintes espaços amostrais, dentre outros possíveis:
1 = fb; vg e 2 = fb1 ; b2 ; b3 ; v1 ; v2 g. No primeiro espaço amostral, estaríamos con-
siderando as bolas pretas e vermelhas indistinguíveis entre si e assim o ponto b teria
3
5
de chance e o ponto v teria 25 de chance, ou seja, um espaço amostral de elemen-
tos não equiprováveis. No segundo espaço amostral, estaríamos considerando todas
as bolas como distinguíveis e, nesse caso, cada ponto tem a mesma probabilidade
1
5
, construindo assim um espaço amostral de elementos equiprováveis. Portanto, se
o evento for "retirar uma bola branca", então esse evento será dado por fbg pelo
espaço amostral 1 , e fb1 ; b2 ; b3 g pelo espaço amostral 2 . No entanto, ambos terão
a mesma chance de 35 .

2.1.1 De…nição e Propriedades das Probabilidades


Há várias interpretações da probabilidade. Discutiremos as três mais correntes:

19
(Clássica) Baseia-se no conceito de equiprobabilidade, ou seja, de resultados equiprováveis.
Seja A um evento e o espaço amostral …nito, então

jAj
P (A) =
j j

onde jAj é a cardinalidade de A e j j a cardinalidade de .

Vemos, portanto, que esta de…nição de probabilidade presupõe que todos os


elementos de são igualmente prováveis, ou seja, têm o mesmo peso. Este é o caso
por exemplo de um dado equilibrado.
Esta forma de de…nir a probabilidade é também conhecida pelo nome de probabi-
lidade de Laplace, em homenagem ao astrônomo e matemático francês Pierre-Simon
Laplace, que estabeleceu, de uma maneira sistemática e rigorosa, os princípios e
propriedades desta forma de calcular probabilidades.

Exemplo 52 Sete pessoas entram juntas num elevador no andar térreo de um


edifício de 10 andares. Suponha que os passageiros saiam independentemente e de
maneira aleatória com cada andar (1; 2; :::; 10) tendo a mesma probabilidade de ser
selecionado. Qual a probabilidade de que todos saiam em andares diferentes?

(Frequentista) Baseia-se na frequência relativa de um ”número grande” de realizações inde-


pendentes do experimento. Seja A um evento, então
nA
P (A) = lim
n!1 n

onde nA é o número de ocorrências do evento A em n realizações.

Observação 7 O limite acima não pode ser entendido como um limite matemático,
pois dado " > 0 não há garantia de que existe n0 2 N tal que para todo n n0 se
tenha
nA
P (A) < ".
n
nA
É improvável que P (A) " para n N (grande), mas pode acontecer.
n
Outra di…culdade do conceito frequentista é que o experimento nunca é realizado
in…nitas vezes, logo não há como avaliar a probabilidade de forma estrita.

Exemplo 53 (Monty Hall) Suponha a seguinte situação: Você está participando


de um programa televisivo chamado "Porta da Felicidade", da seguinte forma: O
apresentador do programa lhe mostra três portas, uma das quais esconde um carro
como prêmio e as outras duas não oferecem nada e o colocam fora do jogo. O que
acontece? Você escolhe uma porta e o apresentador abre uma outra porta vazia não
escolhida por você. Assim, ainda há a chance de você ganhar o carro. Mas agora lhe
é oferecida a oportunidade de mudar de porta! O que você deve fazer para maximizar
a chance de acerto? Ficar com a mesma porta escolhida; mudar para a outra porta;
ou qualquer das duas estratégias, por achar ser indiferente? Analise a estratégia
ótima à luz do conceito frequentista de probabilidade.

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(Subjetiva) Baseia-se em crenças e/ou informações do observador a respeito do fenômeno
em estudo. Neste caso a probabilidade de um evento depende do observador,
isto é, do que o observador conhece sobre o fenômeno em estudo. Pode pare-
cer um tanto informal para uma de…nição de probabilidade de um evento. No
entanto, em muitas situações é necessário recorrer a um especialista para ter
pelo menos uma ideia vaga de como se comporta o fenômeno de nosso inte-
resse e saber se a probabilidade de um evento é alta o baixa. Por exemplo,
qual é a probabilidade de que o Vasco ganhe o próximo campeonato? Cer-
tas circunstâncias internas do time, as condições do time rival ou qualquer
outra condição externa, são elementos que só algumas pessoas conhecem e que
poder¬am nos dar uma ideia mais exata desta probabilidade. Esta forma sub-
jetiva de atribuir probabilidades aos diferentes eventos deve, entretanto, ser
consistente com uma série de regras naturais que estudaremos adiante.

Exemplo 54 Por exemplo, seja o evento C ”chove em Moscou”.


Então, para alguém no Rio de Janeiro, sem qualquer conhecimento prévio, podemos
ter a seguinte avaliação: P (C) = 0; 5.
Já para alguém de Leningrado, podemos ter: P (C) = 0; 8, se chove em Leningrado
e P (C) = 0; 2, se não chove em Leningrado.
Finalmente, para alguém de Moscou, tem-se: P (C) = 1, se está chovendo em
Moscou e P (C) = 0, se não está chovendo em Moscou.

(Axiomática) Na de…nição axiomática da probabilidade não se estabelece a forma explícita


de calcular as probabilidades, mas unicamente as regras que o cálculo das
probabilidades deve satisfazer. Três postulados ou axiomas para a Teoria das
Probabilidades foram estabelecidos em 1933 pelo matemático russo Andrey
Nikolaevich Kolmogorov.

Não nos preocuparemos com o problema de como de…nir probabilidade para cada
experimento. Assentaremos a base axiomática da teoria das probabilidades tal como
foi erigida pelo matemático russo Kolmogorov, responsável pela base matemática só-
lida da teoria. Antes, porém, será necessário de…nirmos uma classe de subconjuntos
do amostral cujos membros são os eventos aleatórios.

De…nição 15 Seja A uma classe de subconjuntos de tendo as seguintes pro-


priedades:
(i) 2 A;
(ii) Se A 2 A então Ac 2 A; (a classe é fechada pela complementariedade)
n
(iii) Se A1 ; A2 ; :::; An 2 A então [ Ai 2 A. (a classe é fechada pela união …nita)
i=1
Então a classe A de subconjuntos de é chamada uma álgebra.

Exercício 48 Seja A uma álgebra. Mostre que:


(a) ? 2 A;
(b) se A e B 2 A então A B 2 A;
n
(b) se A1 ; A2 ; :::; An 2 A então \ Ai 2 A.
i=1

21
De…nição 16 Seja A uma classe de subconjuntos de tendo as seguintes pro-
priedades:
(i) 2 A;
(ii) Se A 2 A então Ac 2 A; (a classe é fechada pela complementariedade)
1
(iii) Se A1 ; A2 ; ::: 2 A então [ Ai 2 A. (a classe é fechada pela união in…nita
i=1
enumerável)
Então a classe A de subconjuntos de é chamada uma -álgebra.

Proposição 17 Seja A uma -álgebra de subconjuntos de . Se A1 ; A2 ; ::: 2 A


1
então \ Ai 2 A.
i=1

Prova. (Em aula.)

De…nição 17 Os membros de A são chamados (no contexto da teoria de Probabi-


lidade) de eventos, ou subconjuntos de A-mensuráveis, ou apenas subconjuntos
mensuráveis de se não houver confusão quanto à -álgebra referente. O par ( ;
A) é dito ser um espaço mensurável.

Exercício 49 Seja = R e A a classe de todas as uniões …nitas de intervalos do


tipo ( 1; a], (b; c] e (d; 1). Mostre que
(a) A é uma álgebra;
(b) A não é uma -álgebra.

Seja um espaço amostral e A uma -álgebra para um dado experimento. Uma


medida de probabilidade P é uma aplicação

P : A ! [0; 1]

tendo os seguintes axiomas:

A1) P (A) 0.

A2) P ( ) = 1.

A3) (Aditividade …nita) Se A1 ; A2 ; :::; An 2 A são disjuntos dois a dois, isto é,


n
n X
Ai \ Aj = ? para todo i 6= j, então P [ Ai = P (Ai ).
i=1
i=1
Uma função P satisfazendo os axiomas 1, 2 e 3 é chamada probabilidade …ni-
tamente aditiva. Entretanto, para os nossos objetivos, será mais conveniente
supor -aditividade:
1
1 X
A3’) Se A1 ; A2 ; ::: 2 A são disjuntos dois a dois, então P [ Ai = P (Ai ).
i=1
i=1

Modelo Probabilístico: Terminamos a formulação do modelo matemático para


um experimento, ou modelo probabilístico. É constituído de

a) Um conjunto não-vazio , de resultados possíveis, o espaço amostral.

22
b) Uma -álgebra A de eventos aleatórios.

c) Uma probabilidade P de…nida em A.

Vamos agora retirar nosso modelo do contexto de um experimento e reformulá-lo


como um conceito matemático abstrato.

De…nição 18 Um espaço de probabilidade é um trio ( ; A; P ) onde


(a) é um conjunto não-vazio,
(b) A é uma -álgebra de subconjuntos de , e
(c) P é uma probabilidade de…nida em A.

Com base nos axiomas de probabilidade, pode-se demonstrar os seguintes teore-


mas:

Teorema 2 P (?) = 0.

Prova. (Em aula.)

Observação 8 (Concepção Errônea) Sabemos agora que se A = ? então P (A) =


0. No entanto, a recíproca não é verdadeira, isto é, P (A) = 0 não implica neces-
sariamente que A = ?! Um evento pode ter probabilidade nula e não ser impossível.
Da mesma forma, sabemos pelo Axioma 2 que se A = então P (A) = 1. No
entanto um evento pode ter probabilidade 1 e não ser o evento certo . É o que
chamamos em probabilidade de um evento quase-certo.
Vejamos o exemplo a seguir para ilustrar esses fatos.

Exemplo 55 Um experimento consiste em se selecionar um ponto aleatoriamente


do círculo de raio unitário centrado na origem. Então

= ! = (x; y) : x2 + y 2 1

Como todo ponto é aleatoriamente escolhido, a probabilidade de um ponto cair numa


região do círculo deveria ser a razão entre a área dessa região e a área do círculo
unitário. Assim, se A , temos
SA
P (A) = ,

com SA a área da região de…nida pelos pontos de A. Mas então, todo evento ele-
mentar desse espaço amostral tem probabilidade nula, pois se A = f(a; b)g, então
SA = 0, e consequentemente
0
P (A) = = 0.

No entanto A 6= ?. Além disso, observe que todo experimento terá como um resul-
tado um ponto do círculo unitário, que tinha probabilidade nula antes de ele ocorrer.
Portanto eventos de probabilidade 0 não são necessariamente eventos impossíveis!

23
Seja agora o evento B como sendo o conjunto de pontos do círculo unitário tais
que a abscissa é diferente da ordenada, isto é, B = f! = (x; y) : x2 + y 2 1 e x =
6 yg.
Naturalmente B é subconjunto próprio de . Mas
SB
P (B) = = = 1,

pois SB (a área da região de…nida pelos pontos de B) equivale à área de . Assim


B é um evento quase-certo, pois embora possamos obter um ponto do tipo (a; a) que
não satisfaz ao evento B, a chance de isso ocorrer é nula.

Proposição 18 O Axioma 3’ implica o Axioma 3, isto é, se P é -aditiva, então é


…nitamente aditiva.

Prova. (Em aula.)

Teorema 3 Para todo A 2 A, temos P (Ac ) = 1 P (A).

Prova. (Em aula.)

Teorema 4 Para todo A 2 A, temos 0 P (A) 1.

Prova. (Em aula.)

Teorema 5 Sejam A e B 2 A. Se A B, então


(a) P (B A) = P (B) P (A);
(b) P (A) P (B).

Prova. (Em aula.)

Teorema 6 Sejam A e B 2 A. Então P (A [ B) = P (A) + P (B) P (A \ B).

Prova. (Em aula.)

1
1 X
Teorema 7 Para qualquer sequência de eventos A1 ; A2 ; ::: 2 A, P [ Ai P (Ai )
i=1
i=1
(desigualdade de Boole).

Prova. (Em aula.)

Teorema 8 Sejam A1 ; A2 ; :::; An 2 A. Então


n
n X X X
P [ Ai = P (Ai ) P (Ai \ Aj ) + P (Ai \ Aj \ Ak )
i=1
i=1 i<j i<j<k
X
P (Ai \ Aj \ Ak \ Al ) + ::: + ( 1)n+1 P (A1 \ A2 \ ::: \ An )
i<j<k<l

24
Prova. (Em aula.)

Finalmente mostraremos que a medida de probabilidade é uma função conjunto


contínua. Para isso necessitaremos das seguintes de…nições:
De…nição 19 (i) Se fAn ; n 1g é uma sequência crescente de eventos, isto é, An
An+1 para todo n, então limn!1 An existe e é dado por
1
lim An = [ An .
n!1 n=1

(ii) Se fAn ; n 1g é uma sequência decrescente de eventos, isto é, An An+1 para


todo n, então limn!1 An existe e é dado por
1
lim An = \ An .
n!1 n=1

Proposição 19 Se a sequência de eventos fAn ; n 1g é crescente ou decrescente


com A = limn!1 An , então
lim P (An ) = P ( lim An ) = P (A).
n!1 n!1

Prova. (Em aula.)

Observação 9 (Paradoxo de Bertrand) O Paradoxo de Bertrand nos mostra


que não existe um único modelo de Probabilidade para um dado experimento, se
a gênese do fenômeno não é conhecida. Vejamos o paradoxo:
Seja um triângulo equilátero inscrito num círculo unitário. Uma corda do círculo
é selecionada aleatoriamente. Qual a probabilidade de que a corda seja maior que o
lado do triângulo?
Modelo 1: A corda é obtida através da seleção aleatória de dois pontos da
circunferência. Então p = 13 .

Modelo 2: Um ponto é escolhido aleatoriamente sobre um diâmetro do círculo.


A corda é obtida pela perpendicular ao diâmetro que passa pelo ponto. Então p = 12 .

25
Modelo 3: Um ponto é escolhido aleatoriamente do círculo. A corda é
construída tendo o ponto selecionado como seu ponto médio. Então p = 14 .

Exemplo 56 Suponha que dois dados sejam lançados. Qual a probabilidade de que
a soma dos números seja par?

Exemplo 57 5 bolas brancas e 3 bolas vermelhas são retiradas aleatoriamente de


uma urna. Qual a probabilidade de que a primeira e a última bolas sejam brancas?
Qual a probabilidade de que a primeira e a última bolas tenham cores diferentes?

Exemplo 58 Um ponto é selecionado do círculo unitário. Qual a probabilidade de


se selecionar um ponto no setor angular de 0 a radianos?
4
Exemplo 59 Numa sala há n alunos (n 365). Qual a probabilidade de haver dois
ou mais alunos com a mesma data de aniversário (dia e mês idênticos)?

Exemplo 60 Em uma sala, 10 pessoas estão usando emblemas numerados de 1 a


10. Três pessoas são escolhidas ao acaso e convidadas a se retirarem simultanea-
mente. Os números dos emblemas são registrados. Pergunta-se:
(a) Qual a probabilidade de que o menor número seja 5?
(b) Qual a probabilidade de que o maior número seja 5?

Exemplo 61 Da população canadense 30% são da província de Quebec, 28% falam


francês e 24% são de Quebec e falam francês. Escolhido ao acaso um canadense,
qual a probabilidade de:
(a) ser de Quebec ou falar francês?
(b) não ser de Quebec nem falar francês?
(c) falar francês mas não ser de Quebec?

Exemplo 62 Se quatro dados são lançados, qual a probabilidade de que os quatro


números sejam diferentes?

Exemplo 63 Qual a probabilidade de se ganhar a sena com um único cartão e


jogando apenas 6 números? E a quina? E a quadra?

Exemplo 64 Uma caixa contém 2n sorvetes, n do sabor A e n do sabor B. De um


grupo de 2n pessoas, a < n preferem o sabor A, b < n o sabor B e 2n (a + b) não
têm preferência. Se os sorvetes são distribuídos ao acaso, qual a probabilidade de
que a preferência de todas as pessoas seja respeitada?

26
Exemplo 65 Se P (E) = 0; 9 e P (F ) = 0; 8, mostre que P (E \ F ) 0; 7. Em geral
mostre que
P (E \ F ) P (E) + P (F ) 1.
Este resultado é conhecido como a desigualdade de Bonferroni.

Exemplo 66 Suponha que n homens presentes numa festa joguem seus chapéus no
centro da sala. Em seguida cada homem de olhos vendados seleciona um chapéu.
Mostre que a probabilidade de que nenhum dos n homens selecione o seu próprio
chapéu é
1 1 1 ( 1)n
+ ::: + .
2! 3! 4! n!
O que acontece quando n ! 1?

2.2 Probabilidade Condicional


De…nição 20 Seja ( ; A; P ) um espaço de probabilidade. Se B 2 A e P (B) > 0,
a probabilidade condicional de A dado B é de…nida por

P (A \ B)
P (A j B) = , A 2 A. (2.1)
P (B)

Note que P (A j B), A 2 A, é realmente uma probabilidade em A (veri…que os


axiomas!). Consequentemente as propriedades de probabilidade são mantidas, por
exemplo,
P (Ac j B) = 1 P (A j B).
Observe que, dado B, se de…nirmos PB (A) = P (A j B), então podemos de…nir
um novo espaço de probabilidade dado por (B; G; PB ), onde G := fA \ B : A 2 Ag.

Exemplo 67 Certo experimento consiste em lançar um dado equilibrado duas vezes,


independentemente. Dado que os dois números sejam diferentes, qual é a probabili-
dade condicional de
(a) pelo menos um dos números ser 6;
(b) a soma dos números ser 8?

Teorema 9 Sejam A; B 2 A com P (A) > 0 e P (B) > 0. Então

P (A \ B) = P (B):P (A j B)
= P (A):P (B j A)

Prova. (Em aula.)

Teorema 10 (a) P (A \ B \ C) = P (A):P (B j A):P (C j A \ B).


(b) P (A1 \ A2 \ ::: \ An ) = P (A1 ):P (A2 j A1 ):P (A3 j A1 \ A2 ):::P (An j A1 \
A2 \ :::An 1 ), para todo A1 ; A2 ; :::; An 2 A e para todo n = 2; 3; :::.

Prova. (Em aula.)

27
Exemplo 68 Selecionar três cartas sem reposição ao acaso. Qual a probabilidade
de se retirar 3 reis. (Use o teorema acima para resolver o problema e compare com
o uso da análise combinatória.)

De…nição 21 Seja um conjunto não-vazio. Uma partição de é uma família


de conjuntos A1 , A2 , ..., An tais que
n
(i) [ Ai =
i=1
(ii) Ai \ Aj = ?, para todo i 6= j.
Ou seja, os conjuntos A1 , A2 , ..., An são disjuntos dois a dois e a sua união é
o conjunto . Dizemos também que foi particionado pelos conjuntos A1 , A2 , ...,
An .

Para todo evento B 2 A temos


n
B = [ (Ai \ B) .
i=1

Como os Ai são disjuntos, então os Ci = Ai \B são disjuntos. Com isto podemos


demonstrar os seguintes teoremas:

Teorema 11 (Teorema da Probabilidade Total) Se a sequência (…nita ou enu-


merável) de eventos aleatórios A1 , A2 , ...formar uma partição de , então
X
P (B) = P (Ai ):P (B j Ai ) (2.2)
i

para todo B 2 A.

Prova. (Em aula.)

Teorema 12 (Fórmula de Bayes) Se a sequência (…nita ou enumerável) de even-


tos aleatórios A1 , A2 , ... formar uma partição de , então

P (Ai )P (B j Ai )
P (Ai j B) = X . (2.3)
P (Aj ):P (B j Aj )
j

Prova. (Em aula.)

Exemplo 69 Seja uma caixa contendo 3 moedas: duas honestas e uma de duas
caras. Retirar uma moeda ao acaso e jogá-la. Pergunta: qual a probabilidade condi-
cional da moeda ter sido a de duas caras, dado que o resultado …nal foi cara?

Exemplo 70 Durante o mês de novembro a probabilidade de chuva é de 0,3. O


Fluminense ganha um jogo em um dia com chuva com probabilidade de 0,4; e em
um dia sem chuva com a probabilidade de 0,6. Se ganhou um jogo em novembro,
qual a probabilidade de que choveu nesse dia?

28
Exemplo 71 Pedro quer enviar uma carta à Marina. A probabilidade de que Pedro
escreva a carta é de 0,80. A probabilidade de que o correio não a perca é de 0,9. A
probabilidade de que o carteiro a entregue é de 0,9. Dado que Marina não recebeu a
carta, qual é a probabilidade de que Pedro não a tenha escrito?

Exemplo 72 Suponha que temos 4 cofres, cada um com dois compartimentos. Os


cofres 1 e 2 têm um anel de brilhante num compartimento e um anel de esmeralda
no outro. O cofre 3 têm dois anéis de brilhante em seus compartimentos, e o cofre
4 têm dois anéis de esmeralda. Escolhe-se um cofre ao acaso, abre-se um dos com-
partimentos ao acaso e encontra-se um anel de brilhantes. Calcule a probabilidade
de que o outro compartimento contenha:
(a) um anel de esmeralda;
(b) um anel de brilhantes.

2.3 Independência
De…nição 22 Seja ( ; A; P ) um espaço de probabilidade. Os eventos aleatórios A
e B são (estocasticamente) independentes se

P (A \ B) = P (A):P (B).

Teorema 13 Eventos de probabilidade 0 ou 1 são independentes de qualquer outro.

Prova. (Em aula.)

Observação 10 (Concepção Errônea) Um erro muito comum entre os alunos é


associar independência com disjunção de eventos, interpretando erroneamente que
se A e B são independentes, então A \ B = ?. É justamente o contrário que se
dá, ou seja, se A \ B = ?, então A e B não são independentes (a menos que um
deles tenha probabilidade zero). Isso …ca claro se pensarmos que P (A) = p > 0 e
P (B) = q > 0 com A \ B = ?. Assim, neste caso, teremos
P (A \ B) P (?) 0
P (A j B) = = = = 0 6= p = P (A) .
P (B) P (B) q
Assim P (A j B) 6= P (A), o que prova que A e B não são independentes!
Outra maneira de justi…car esse fato é pensar que se A e B não têm nada em
comum, então se um deles ocorre a probabilidade de o outro ocorrer é inevitavelmente
nula, o que reduz uma chance inicial desse outro evento ocorrer a zero. Ou seja,
para que dois conjuntos sejam independentes eles necessitam potencialmente ter algo
em comum, do contrário serão dependentes.
Outro problema de má interpretação do conceito de independência de eventos
com a disjunção decorre de uma má caracterização do espaço amostral como no
exemplo a seguir.

Exemplo 73 Um dado e uma moeda honestos são lançados sucessivamente e seus


resultados são registrados. Qual a probabilidade de se obter um número primo e uma
face cara?

29
Teorema 14 A é independente de si mesmo se e somente se P (A) = 0 ou 1.

Prova. (Em aula.)

Teorema 15 Se A e B são independentes, então A e B c também são independentes


(e também Ac e B, e ainda Ac e B c ).

Prova. (Em aula.)

Observação 11 Se os eventos Ai , i 2 I, são independentes, então os eventos Bi ,


i 2 I, são também independentes, onde cada Bi é igual a Ai ou Aci (ou um ou outro).

De…nição 23 Os eventos aleatórios Ai , i 2 I (I um conjunto de índices), são


independentes dois a dois (ou a pares) se

P (Ai \ Aj ) = P (Ai ):P (Aj )

para todo i; j 2 I, i 6= j.

De…nição 24 (a) Os eventos aleatórios A1 ; :::; An (n 2) são chamados (coletiva


ou estocasticamente) independentes se

P (Ai1 \ Ai2 \ ::: \ Aim ) = P (Ai1 ):P (Ai2 ):::P (Aim )

para todo 1 i1 < i2 < ::: < im n, para todo m = 2; 3; :::; n (isto é, se todas as
combinações satisfazem a regra produto).
(b) Os eventos aleatórios A1 ; A2 ; ::: independentes se para todo n 2, A1 ; :::; An
são independentes.

Observação 12 Independência a pares não implica independência coletiva.

Exemplo 74 Seja = fw1 ; w2 ; w3 ; w4 g e suponha P (fwg) = 1=4 para todo w 2 .


Sejam os eventos A = fw1 ; w4 g, B = fw2 ; w4 g e C = fw3 ; w4 g. Veri…que que A, B
e C são independentes dois a dois, mas

P (A \ B \ C) 6= P (A):P (B):P (C).

2.4 Lista de Exercícios


Exercício 50 Escolhem-se ao acaso duas peças de um dominó comum. Qual é a
probabilidade delas possuírem um número comum? Resp.: 7=18

Exercício 51 No jogo da quina concorrem 80 dezenas e são sorteadas 5 dezenas.


Se você apostou em 8 dezenas, qual a probabilidade de você acertar:
(a) 3 dezenas? Resp.: 0; 5954%
(b) 4 dezenas? Resp.: 0; 0209%
(c) 5 dezenas? Resp.: 1=429:286

30
Exercício 52 Em uma roda são colocadas n pessoas. Qual é a probabilidade de
duas dessas pessoas …carem juntas? Resp.: 2=(n 1)

Exercício 53 Uma pessoa tem um molho de n chaves, das quais apenas uma abre
a porta. Se ela vai experimentando as chaves até acertar, determine a probabilidade
dela só acertar na tentativa de ordem k, supondo:
(a) que a cada tentativa frustrada ela toma a sábia providência de descartar a
chave que não serviu. Resp.: 1=n
(b) supondo que ela não age como no item (a). Resp.: (n 1)k 1 =nk

Exercício 54 Há 8 carros estacionados em 12 vagas em …la. Determine a proba-


bilidade:
(a) das vagas vazias serem consecutivas. Resp.: 1=55
(b) de não haver duas vagas vazias adjacentes. Resp.: 14=55

Exercício 55 Laura e Telma retiram cada uma um bilhete numerado de uma urna
que contém bilhetes numerados de 1 a 100. Determine a probabilidade do número
de Laura ser maior que o de Telma, supondo a extração:
(a) sem reposição. Resp.: 50%
(b) com reposição. Resp.: 49; 5%

Exercício 56 Em uma gaveta há 10 pilhas, das quais duas estão descarregadas.


Testando-se as pilhas uma a uma até serem identi…cadas as duas descarregadas,
determine a probabilidade de serem feitos:
(a) cinco testes; Resp.: 4=45
(b) mais de cinco testes; Resp.: 7=9
(c) menos de cinco testes. Resp.: 2=15

Exercício 57 Joga-se um dado não-viciado duas vezes. Determine a probabilidade


condicional de obter 3 na primeira jogada, sabendo que a soma dos resultados foi 7.
Resp.: 1=6.

Exercício 58 Um estudante resolve um teste de múltipla escolha de 10 questões,


com 5 alternativas por questão. Ele sabe 60% da matéria do teste. Quando ele sabe
uma questão, ele acerta, e, quando não sabe, escolhe a resposta ao acaso. Se ele
acerta uma dada questão, qual é a probabilidade de que tenha sido por acaso? Resp.:
2=17

Exercício 59 Determine a probabilidade de obter ao menos


(a) um seis em 4 lançamentos de um dado; Resp.: 51; 77%
(b) um duplo seis em 24 lançamentos de um par de dados. Resp.: 49; 14%

Exercício 60 Um exame de laboratório tem e…ciência de 95% para detectar uma


doença quando ela de fato existe. Entretanto o teste aponta um resultado falso-
positivo para 1% das pessoas sadias testadas. Se 0; 5% da população tem a doença,
qual é a probabilidade de uma pessoa ter a doença, dado que o seu exame foi positivo?
Resp.: 32; 31%

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Exercício 61 Quantas vezes, no mínimo, se deve lançar um dado para que a pro-
babilidade de se obter algum seis seja superior a 0; 9? Resp.: 13

Exercício 62 Em uma cidade, as pessoas falam a verdade com probabilidade 1=3.


Suponha que A faz uma a…rmação e que D diz que C diz que B diz que A falou a
verdade. Qual a probabilidade de A ter falado a verdade? Resp.: 13=41

Exercício 63 Um prisioneiro possui 50 bolas brancas, 50 bolas pretas e duas urnas


iguais. O prisioneiro deve colocar do modo que preferir as bolas nas urnas, desde
que nenhuma urna …que vazia. As urnas serão embaralhadas e o prisioneiro deverá,
de olhos fechados, escolher uma urna e, nesta urna, escolher uma bola. Se a bola
for branca ele será libertado e, se for preta, será condenado. Como deve agir o
prisioneiro para maximizar a probabilidade de ser libertado? Resp.: Uma urna recebe
uma bola branca e a outra urna recebe as demais 99 bolas.

Exercício 64 Dois dados são lançados. Seja A1 = fface ímpar no primeiro dadog,
A2 = fface ímpar no segundo dadog e A3 = fa soma da faces é ímparg. Esses even-
tos são independentes dois a dois? Eles são conjuntamente independentes? Resp.:
Sim; Não.

Exercício 65 Uma moeda honesta é lançada até que uma cara ocorra ou então até
que três lançamentos sejam feitos. Qual a probabilidade de que a moeda deva ser
jogada 3 vezes se se sabe que o primeiro lançamento foi coroa? Resp.: 1=2

Exercício 66 Prove que se A e B são eventos tais que P (A) > 0, P (B) > 0 e
P (AjB) > P (A), então P (BjA) > P (B).

Exercício 67 Se A e B são eventos independentes tais que P (A) = 1=3 e P (B) =


1=2, calcule P (A [ B), P (Ac [ B c ) e P (Ac \ B). Resp.: 2=3, 5=6 e 1=3

Exercício 68 A probabilidade de um homem ser canhoto é 1=10. Qual é a pro-


babilidade de, em um grupo de 10 homens, haver pelo menos um canhoto? Resp.:
aproximadamente 0; 65

Exercício 69 Sacam-se, sucessivamente e sem reposição, duas cartas de um baralho


comum (52 cartas). Calcule a probabilidade de a primeira carta ser uma dama e a
segunda ser de copas. Resp.: 1=52

Exercício 70 Quantas pessoas você deve intrevistar para ter probabilidade igual ou
superior a 0; 5 de encontrar pelo menos uma que aniversarie hoje? Resp.: 253

Exercício 71 Um dia você captura 10 peixes em um lago, marca-os e coloca-os de


novo no lago. Dois dias após, você captura 20 peixes no mesmo lago e constata que
dois desses peixes haviam sido marcados por você.
(a) Se o lago possui k peixes, qual era a probabilidade de, capturando 20 peixes,
1
10 k 10 k
encontrar dois peixes marcados? Resp.:
2 18 20
(b) Para que valor de k essa probabilidade é máxima? Resp.: k = 99 ou k = 100

32
Exercício 72 Qual a probabilidade de, em um grupo de 4 pessoas:
(a) haver alguma coincidência de signos zodiacais? Resp.: 41=96
(b) as quatro terem o mesmo signo? Resp.: 1=1728
(c) duas terem um mesmo signo, e as outras duas outro signo? Resp.: 11=576
(d) três terem um mesmo signo, e a outra outro signo? Resp.: 11=432
(e) todas terem signos diferentes? Resp.: 55=96

Exercício 73 Dados P (A) = 13 , P (B) = 14 , P (C) = 16 , P (A \ B) = 16 , P (A \ C) =


1
P (B \ C) = 10 e P (A \ B \ C) = 121
, determine a probabilidade de ocorrência de:
(a) exatamente um dos eventos A, B, C; Resp.: 4=15
(b) exatamente dois dos eventos A, B, C; Resp.: 7=60
(c) pelo menos dois desses eventos; Resp.: 1=5
(d) no máximo dois desses eventos; Resp.: 11=12
(e) no máximo um desses eventos. Resp.: 4=5

Exercício 74 Uma moeda é lançada. Se ocorre cara, um dado é lançado e o seu


resultado é registrado. Se ocorre coroa, dois dados são lançados e a soma dos pontos
é registrada. Qual a probabilidade de ser registrado o número 2? Resp.: 7=72

Exercício 75 Num certo certo país, todos os membros de comitê legislativo ou são
comunistas ou são republicanos. Há três comitês. O comitê 1 tem 5 comunistas, o
comitê 2 tem 2 comunistas e 4 republicanos, e o comitê 3 consiste de 3 comunistas e
4 republicanos. Um comitê é selecionado aleatoriamente e uma pessoa é selecionada
aleatoriamente deste comitê.
(a) Ache a probabilidade de que a pessoa selecionada seja comunista. Resp.:
58; 73%
(b) Dado que a pessoa selecionada é comunista, qual a probabilidade de ela ter
vindo do comitê 1? Resp.: 56; 76%

Exercício 76 Um executivo pediu à sua secretária que …zesse uma ligação para
o escritório do Sr.X. Admitindo que: a probabilidade de a secretária conseguir a
ligação é de 50%; a probabilidade de o Sr.X se encontrar no escritório naquele
momento é de 80%; a probabilidade de o executivo não se ausentar enquanto a
secretária tenta fazer o que ele pediu é de 90%.
(a) Calcule a probabilidade de que o executivo tenha de fato conseguido falar com
o Sr.X pelo telefone. Resp.: 36%
(b) No caso de ele não ter conseguido falar com o Sr.X, calcule a probabilidade
condicional de que isso tenha ocorrido porque a ligação não se completou. Resp.:
78; 125%

Exercício 77 São dadas duas urnas A e B. A urna A contém 1 bola azul e 1


vermelha. A urna B contém 2 bolas vermelhas e 3 azuis. Uma bola é extraída ao
acaso de A e colocada em B. Uma bola então é extraída ao acaso de B. Pergunta-se:
(a) Qual a probabilidade de se retirar uma bola vermelha de B? Resp.: 5=12
(b) Qual a probabilidade de ambas as bolas retiradas serem da mesma cor? Resp.:
7=12

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Exercício 78 Suponha que A, B e C sejam eventos tais que A e B sejam indepen-
dentes e que P (A \ B \ C) = 0; 04, P (C j A \ B) = 0; 25, P (B) = 4P (A). Calcule
P (A [ B). Resp.: 84%

Exercício 79 Suponha que uma caixa contenha 5 moedas e que cada moeda tenha
uma probabilidade diferente de dar cara. Seja pi a probabilidade de sair cara, quando
a i-ésima moeda é lançada, e que p1 = 0, p2 = 1=4, p3 = 1=2, p4 = 3=4, p5 = 1.
Suponha, …nalmente, que uma moeda é selecionada aleatoriamente da caixa e que,
ao ser lançada, dá cara. Com base nesta informação, calcule:
(a) A probabilidade de que se tenha selecionado a moeda 5. Resp.: 2=5
(b) A probabilidade de se obter outra cara ao lançar a mesma moeda novamente.
Resp.: 3=4

Exercício 80 Um dado não viciado é lançado uma vez. Se a face que aparece é
ímpar, uma moeda não viciada é lançada repetidas vezes. Se a face é par, uma
moeda com probabilidade p 6= 12 de dar cara é lançada repetidamente. Os sucessivos
lançamentos são independentes. Se os primeiros n lançamentos resultaram em cara,
qual a probabilidade de que a moeda não viciada foi usada? Resp.: [1 + (2p)n ]
1

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