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Problema de Definição Da Arte - Final
Problema de Definição Da Arte - Final
DEFINIÇÃO
DA ARTE
Esse objeto pertence a
Sentido classificativo uma determinada classe
(descritivo)
(às obras de arte)
• Teorias
essencialistas
• Teorias não
essencialistas
Teorias essencialistas
Pressuposto implícito:
Parte-se do princípio de que a arte tem uma essência – uma
natureza eterna e imutável – e de que é possível apreender
essa essência e definir arte de uma vez por todas.
Procuram estabelecer as condições necessárias e suficientes
para que possamos classificar um objeto como arte.
A teoria da arte como
imitação/representação
Dá-se o nome de teoria da arte como imitação à perspetiva
mais antiga sobre a natureza da arte, que data da
Antiguidade.
O valor estético da obra de arte é conferido pelo grau de
fidelidade com que o artista retrata a realidade
Para Aristóteles:
Vitória de Samotrácia;
Obras A Escola de Atenas;
exemplificativas as tragédias gregas ou os dramas de Shakespeare;
etc.
O absinto, de Degas;
Pietà Rondanini, de Miguel Ângelo;
Obras exemplificativas
Um par de sapatos, de Van Gogh;
etc.
• Segundo Clive Bell, o que define as obras de arte é a sua capacidade de dar
origem a uma emoção estética.
Logo:
• Há arte quando a forma desse objeto é determinante
para o sentimento estético desencadeado no sujeito.
Pressuposto assumido:
A arte é um conceito aberto e por isso não tem uma
essência que se deixe fixar numa definição definitiva.
Focam-se nos aspetos relacionais, processuais e
contextuais da arte, isto é, nas relações que os objetos
artísticos estabelecem, nos processos por que passam
e no contexto histórico e social que os envolve.
Teoria institucional da arte
A teoria institucional da arte destaca o contexto em que surgem e são apreciadas as obras de
arte. Esta teoria foi defendida, por exemplo, pelo filósofo George Dickie (1926).
Este autor considera que existem dois aspetos comuns a todas as obras de arte, no
sentido classificatório e não valorativo:
1 Todas as obras de arte são artefactos.
No entanto, para G. Dickie, pelo menos nas primeiras formulações da sua teoria, a
artefactualidade constitui algo que pode ser atribuído aos objetos naturais, sem
que estes tenham sido modificados.
Sendo uma conceção extremamente flexível em relação àquilo que pode ou não ser
considerado arte, a teoria institucional apresenta algumas virtudes, mas é também
alvo de objeções.
→ O que permite que uma obra seja considerada arte é a presença de determinadas
condições: ser um artefacto candidato à apreciação.
Teoria institucional da arte
Para ter o estatuto de arte, é necessário que o artefacto seja tratado como tal e
disponibilizado para apreciação do público.
Objeções
Esta teoria é muitas vezes acusada de elitismo, uma vez que considera que
apenas um grupo de privilegiados, formado pelos membros do mundo da arte,
tem o poder de conferir o estatuto de obra de arte aos artefactos.
De acordo com esta teoria, quase tudo – ou mesmo tudo – se pode transformar
numa obra de arte, bastando para tal o parecer de pessoas avalizadas nessa
matéria. Assim, esta teoria não permite distinguir a boa da má arte: dizer que
algo é arte é apenas classificá-lo como tal, sem avançar qualquer apreciação
valorativa a respeito do facto de essa obra ser boa, má ou indiferente.
Esta teoria inviabiliza a possibilidade de se falar numa arte primitiva, visto que é
muito implausível que nos tempos primitivos existisse o mundo da arte, pondo
igualmente em causa a existência da arte criada por artistas solitários, isto é,
criada à margem da instituição social que é o mundo da arte.
Esta teoria é viciosamente circular: uma obra de arte é um artefacto a que o
mundo da arte conferiu estatuto, sendo o mundo da arte um conjunto de pessoas
com poder de conferir a um artefacto o estatuto de obra de arte.