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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Expansão urbana e suas implicações sobre o meio ambiente nos países em vias de
desenvolvimento, particularmente Nampula.

Eca Álves Júnior (708205923) turma D

Curso: Licenciatura em ensino de Geografia

Disciplina: Geografia do Urbanismo

Ano de frequência: 4° ano

Nampula, Abril de 2023


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

I° Trabalho de campo da disciplina de Geografia do Urbanismo

O trabalho da disciplina de Geografia


do Urbanismo é de carácter avaliativo a
ser entre entregue no centro de recursos
de Nampula em Abril de 2023.

Tutor: Abdul França

Nampula, Abril de 2023

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Folha de feedback

Classificação

Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota Subtotal


máxima do
tutor

 Índice 0.5

 Introdução 0.5

Estrutura Aspectos  Discussão 0.5


organizaciona
is  Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização 2.0
(indicação clara do
problema)
 Descrição dos 1.0
Introdução objectivos
 Metodologia 2.0
adequada ao objecto
do trabalho
Conteúdo
 Articulação e 3.0
domínio do discurso
acadêmico
(expressão escrita
cuidada, coerência
/coesão textual)
Análise e  Revisão bibliográfica 2.0
discussão nacional e
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração de dados 2.5

Conclusão  Contributos teóricos 2.0


práticos
 Paginação, tipo e 1.0
tamanho de letra,
Aspectos Formação parágrafo,
gerais espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência 2.0
6 ͣ edição em das
Referências citações e citações/referências
bibliográficas bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendação de melhoria: a ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução……………………………………………………………………….…….....1
Revisão de literatura…………………………………………………………….……......2
Urbanização …………………………………………………………………………......2
Impactos socio-ambientais em áreas de expansão urbana………………………….……3

Relação entre a degradação ambiental em Nampula com a expansão urbana…….……..6

Considerações finais………………………………………………………………..…....8
Referências bibliográficas……………………………………………………….....….....9

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Introdução
O presente trabalho de campo da disciplina de Geografia do Urbanismo, temo como tema
proposto; Expansão urbana e suas implicações sobre o meio ambiente nos países em vias
de desenvolvimento, particularmente Nampula.
Os ambientes naturais são constantemente transformados e utilizados para os processos
de expansão e urbanização, para a criação dos ambientes artificiais, com isso, ocorre nos
solos urbanos fortes implicações sociais e ambientais que implicam diretamente para as
situações de risco e vulnerabilidade. Com isso traz-se a importância de estudar, conceituar
e caracterizar as relações do ambiente urbano, especificamente as do município de
Nampula. É importante destacar que o município possui um grande potencial para o
desenvolvimento económico com a interação entre elementos de diversos sectores
económicos, já que o mesmo nos últimos anos vem passando por um momento de grande
dinamismo nos processos de ocupação do espaço urbano e consequentemente vários
problemas e impactos decorrentes desse processo de expansão urbana.
Para o sucesso da pesquisa usar-se-á a pesquisa bibliográfica pois “a pesquisa
bibliográfica, considerada uma fonte de coleta de dados secundária, pode ser definida
como: contribuições culturais ou científicas realizadas no passado sobre um determinado
assunto, tema ou problema que possa ser estudado” (Lakatos & Marconi, 2001; Cervo &
Bervian, 2002).
O trabalho terá a seguinte estrutura: introdução, revisão da literatura conclusão e
referências bibliográficas.
Objectivos
Geral:
 Avaliar a expansão urbana e suas implicações sobre o meio ambiente nos países
em vias de desenvolvimento, particularmente Nampula.
Específicos:
 Definir a expansão urbana;
 Identificar as implicações sobre o meio ambiente nos países em desenvolvimento;
e
 Relacionar a degradação ambiental em Nampula com a expansão urbana.

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Revisão da literatura
Com o processo de dominação, expansão e urbanização, o homem transformou e
transforma ambientes naturais, para criar os ambientes artificiais, ou seja, o meio
ambiente urbano, para o atendimento das suas necessidades como ser social. Com isso
traz-se a importância de estudar, conceituar e caracterizar as relações do ambiente urbano,
para que se possa contribuir para a discussão da melhoria da qualidade de vida dentro das
aglomerações urbanas e dos problemas socioeconómicos e ambientais existentes.
A população de Moçambique cresce a cada ano e este crescimento populacional
modificou o cenário moçambicano, proporcionando um avanço tecnológico e gerando
sérios problemas ao meio ambiente.
O processo de urbanização do município de Nampula, teve início há muitos anos atrás e
actualmente o município passa por uma expansão urbana desordenada e com a
necessidade de expandir o perímetro urbano, no qual esse aumento ocorre em grande parte
para justificar o desenvolvimento económico da cidade.
Desta forma, o desafio é analisar se o aumento do perímetro urbano não irá ocasionar
mais problemas para o meio ambiente do município, prejudicando também a própria
população, uma vez que a sociedade necessita dos recursos naturais diminuindo a
qualidade de vida dos munícipes. Onde se sugere o uso de políticas públicas e sociais,
com maior efetividade em acções de monitoramento, fiscalização e punição a actividades
e processos que possam comprometer a qualidade socioambiental do município, além da
participação da sociedade, e ainda da necessidade de ser elaborado o mapeamento
ecológico económico do município que irá servir de instrumento de ordenação do
território e auxilio ao planeamento.

 Urbanização
O meio ambiente vem sendo prejudicado pelas ações humanas. A má administração de
seus recursos corroborada com a não preservação do ecossistema, que vem caracterizando
o que há tempos deviríamos ter percebido, os recursos naturais são finitos. Esse dano
sofrido pelo meio ambiente pode ser chamado de degradação ambiental. Todas as
actividades praticadas por uma sociedade sempre vão gerar algum dano ao meio
ambiente, tais danos podem provocar grandes impactos ou não à natureza. Cabendo ao
homem a sua reparação, a risco de ser o mais prejudicado no final da história.

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“Antes da cidade, houve a pequena povoação, o santuário e a aldeia; antes da aldeia, o
acampamento, o esconderijo, a caverna, o montão de pedras; e antes de tudo isso, houve
certa predisposição para a vida social”. (Mumford, 1982, p.11)
Jofrice (s/da) refere que a urbanização é geral e atinge todas as partes do mundo.
Entretanto, cumpre observar que o fenómeno da urbanização não teve o mesmo ritmo e
não se deu por igual nos diversos países do mundo. Estes termos tem sua relação com o
valor final da urbanização que é a cidade (p. 45).
Mumford (1982) refere que a cidade é um centro de relações e de decisões onde se
encontram pessoas, onde se trocam mercadorias, onde se difundem ideias e onde se
reúnem formas de actividades diferenciadas (comércio, indústria, serviços,
administração, transportes e comunicações e a banca). Uma cidade é uma área urbanizada,
que se diferencia de vilas e outras entidades urbanas através de vários critérios, os quais
incluem população, densidade populacional ou estatuto legal, embora sua clara definição
não seja precisa, sendo alvo de discussões diversas (p. 12).

 Impactos socio-ambientais em áreas de expansão urbana

No Brasil, as mudanças ambientais como resultado do processo de urbanização, tiveram


maior aceleração a partir da década de 1990. O crescimento das grandes cidades se deu
associado à degradação dos elementos físico-ambientais no seu entorno. As principais
alterações provocadas pelas atividades humanas são: supressão da vegetação,
movimentos de terra, impermeabilização do solo, aterramento de rios, riachos, lagoas,
etc, ocupação das encostas; destruição de ecossistemas; emissão de resíduos e gases.
Mota (2011, p. 33) refere que:
Os impactos ambientais podem surgir quando as actividades humanas são
executadas de forma inadequada, resultando em vários impactos, tais como:
alterações climáticas, danos à flora e fauna, erosão do solo, empobrecimento do
solo, assoreamento de recursos hídricos, aumento de escoamento da água,
redução da infiltração da água, inundações, alterações na drenagem das águas,
deslizamentos de terra, desfiguração da paisagem, poluição ambiental, danos
sociais e económicos e alterações de caráter global.
Os problemas socioambientais urbanos surgem a partir do crescimento das cidades
associados à concentração populacional, a desigualdade social e ao uso do solo urbano
para fins econômicos, tornando esse tema um grande desafio para as cidades no século

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XXI. Esse processo não é vinculado somente às metrópoles, passando a ocorrer também
em outras escalas urbanas, como em cidades médias.
Para uma análise dos impactos socioambientais associados ao processo de expansão
urbana devem ser considerados o aumento populacional e o padrão de expansão física de
ocupação. O fator populacional exerce influência sobre a expansão urbana quando
ocorrem grandes fluxos migratórios da população para uma dada área urbana. Já o padrão
de expansão física constitui-se por novas relações de consumo, consolidando novos
padrões de dispersão no espaço (Ojima, 2008).
Essas relações de dispersão no espaço ou de crescimento territorial urbano podem ser
consideradas de forma intensiva quando a ocupação do solo ocorre de modo intensificado,
aproveitando espaços já existentes dentro da área urbana, ou pode se apresentar de modo
extensivo, quando há o aumento do limite da cidade.
Logo, ao se tratar do modo de crescimento intensivo Baquero (2016) afirma que cidades
compactas e densas tendem a ser mais sustentáveis que cidades extensas. Para o autor, a
densificação das cidades a partir do sistema de construção de edifícios eficientes, pode
contribuir para a solução da crise ambiental, pois com a compactação da cidade se tem
uma concentração de serviços e espaços públicos numa mesma escala de importância, o
que contribuiria para a redução do crescimento desordenado da cidade, o melhoramento
da mobilidade com a redução do uso de veículos e o aumento de áreas verdes, criando
assim um ecossistema urbano eficiente.
Enquanto que o modo de crescimento extensivo apresenta diferentes modelos de
expansão, conforme seu processo de ocupação, podendo ser caracterizados como:
(a) dispersão urbana, quando há a dispersão de núcleos secundários que se
mantêm conectados com o centro urbano, (b) difusão urbana, quando há formação
de aglomerados urbanos residenciais dependentes do centro urbano, (c) soma de
novas áreas ao tecido urbano a partir da transformação de áreas rurais em áreas
urbanas, (d) modelo tentacular, com a ocupação de áreas próximas do sistema
viário, (e) e por anéis concêntricos quando o crescimento se dá em função de um
centro urbano (Japiassú e Lins, 2014).
Dentre as formas de crescimento de uma cidade, o padrão de dispersão urbana está
relacionado ao processo social de estilo de vida de uma sociedade contemporânea.
Segundo Ojima (2008), o meio ambiente e a natureza passaram a ser valores
determinantes na escolha da localização da moradia de algumas classes sociais.

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O crescimento deste tipo de consumo aumenta a procura de áreas próximas dos centros
urbanos que possuam maior contato com o meio ambiente. A demanda por este tipo de
padrão tem aumentado ao longo dos anos, passando a ser visível nas cidades médias, e
tem apresentado efeitos negativos que implicam numa maior necessidade de planeamento
urbano e ambiental das cidades.
Um conjunto de problemas económicos, sociais e ambientais associados à expansão
dispersa das cidades coloca em questão seus efeitos na sustentabilidade urbana. O
surgimento de novas áreas relativamente afastadas dos centros urbanos promove um
maior deslocamento e utilização de transportes individuais para a realização de atividades
diárias, como ir ao trabalho, estudos, fazer compras e outros afazeres de rotina. Esse
aumento no uso de transportes provoca uma maior emissão e concentração de gases
poluentes que afetam diretamente à atmosfera.
Outro factor decorrente da expansão urbana é a redução de áreas verdes a partir da
supressão da vegetação para implantação de novas áreas para habitação, indústria,
comércio e serviços. Retira-se a vegetação para construir, mas, não se leva em
consideração o ambiente sistémico como um todo, assim, primeiramente, há uma
destruição do ambiente natural para, em seguida, artificializar o ambiente.
A procura por terrenos e habitações surge com o aumento do padrão de vida das classes
sociais, assim como pelo investimento de imobiliárias e por políticas de Estado. Nesse
contexto, Mota (2011, p. 335) afirma que, “a transformação de uma área rural em cidade
provoca muitas modificações no ambiente natural, as quais podem ocasionar danos
ecológicos irreversíveis, com prejuízos para seus habitantes”. Esses danos estão
associados ao processo de uso e ocupação do solo e a qualidade ambiental urbana.
A regulamentação do uso e ocupação do solo urbano é instituída por leis que trata do
parcelamento do solo. Este instrumento visa estabelecer a divisão do território em setores
ou zonas a partir de critérios e parâmetros que ordenam o crescimento da cidade e a
melhor utilização do solo (Cassilha e Cassilha, 2012).
O mapeamento constitui-se de um mecanismo que ordena a ocupação das áreas, assim
como define o processo de materialização do espaço. Nesse sentido, o capital imobiliário
por trás do agente capitalista actua na obtenção das melhores localizações na cidade
dentro da política de regulação urbanística, o que contribui para o aumento da especulação
imobiliária ou na formação de espaços segregados nas cidades.
Conforme Pinto (2013, p. 102) refere que:

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A implantação de loteamentos e a localização para a implantação dos mesmos,
está sujeita a análise do poder público, entretanto, essa geralmente está
diretamente ligada aos interesses económicos e especulativos do mercado,
permitindo muitas vezes a implantação de loteamentos, que culminarão na
existência de vazios urbanos entre eles e a malha urbana da cidade.
Dessa forma, as relações para a produção do espaço urbano são regidas pela atuação dos
diferentes agentes sociais, estes atuam na transformação dos ambientes naturais em áreas
urbanizáveis a partir do zoneamento proposto, impactando de forma direta e indireta o
ambiente no decorrer da transformação do espaço.
Nesse sentido, é considerado como impacto ambiental qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, como consequência de uma
determinada ação antrópica, podendo afetar direta ou indiretamente os recursos naturais,
a biota, as atividades econômicas e sociais, o bem-estar da população, entre outros.

 Relação entre a degradação ambiental em Nampula com a expansão urbana

A recente expansão urbana da cidade de Nampula é notada pelo crescimento horizontal


da sua mancha urbana, caracterizado pelo surgimento de novos residenciais, condomínios
e loteamentos em diversas partes da cidade, mas, de forma mais concentrada na porção
central da cidade, devido as condições ditas favoráveis para ocupação.
Silva (2016) diz que:
Entre os anos de 2000 e 2020, em Nampula o crescimento da cidade também é
notado em áreas consideradas impróprias para habitação, em que, as encostas da
Serra da mesa estão sendo ocupadas de modo informal por grupos sociais que não
possuem condições de obter uma habitação estruturada, do mesmo modo, o
crescimento urbano acelerado é observado nas dos principais rios da urbe como
Muatala, Mutomote, Muhala, Napipine, Monapo, Mwepelume entre outros,
porém de forma não informal (P. 16).
O crescimento urbano acelerado apresentado é resultado das atividades do agronegócio
que foram inseridos na região central, e que refletiu na diversificação e complexificação
das funções urbanas de Nampula, ampliando a sua centralidade perante outras cidades e
distritos da região, tendo como destaque à concentração de atividades do setor terciário.
A cidade apresenta um comércio diversificado com presença de redes nacional e
internacional, franquias, bancos públicos e privados, aeroporto, instituições de nível

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superior dentre outras instituições privadas, sedia principais órgãos públicos estatais e na
área da saúde conta com hospitais e clínicas.
Assim, as demandas do mercado imobiliário surgem na cidade a partir dessa
diversificação económica e da prestação de serviços presentes no município, em que o
crescimento urbano acelerado a partir da chegada de novos habitantes exige espaços
destinados à moradia.
Desta forma, Silva (2016) refere que:
O crescimento do sector imobiliário marca a expansão urbana recente da cidade,
os empreendimentos incluem desde loteamentos, residenciais populares e
condomínios fechados. Esta fase, na verdade, representa um novo modo de
consumo do uso da terra, caracterizado pela expansão extensiva com a abertura
de novas áreas e pela expansão urbana intensiva com o processo de verticalização
da cidade (p. 20).
Foi verificado nos loteamentos a predominância de uso residencial e comercial, com a
presença de lojas de pequeno a grande porte (mercados, bares, distribuidora de gás e
bebidas, materiais de construção, entre outros serviços), lojas e oficinas voltadas ao
serviço de máquinas e veículos. Por se tratar de um processo recente, a densificação de
construções nos loteamentos ainda é considerada baixa.
Carlos (2020, p. 45) refere que:
As actividades realizadas sob os aspectos ambientais do meio biótico são
características do processo de implantação e operação dos loteamentos, sendo
caracterizadas pela fragmentação de habitat, evasão da fauna e remoção da
vegetação, tendo em vista que a supressão da vegetação se faz necessário para a
circulação de máquinas e veículos.
Sendo assim, os impactos negativos listados a partir da análise correspondem ao aumento
da demanda por energia, água tratada e coleta de lixo, aumento na geração de resíduos
sólidos, deposição de lixo e entulhos em vias urbanas, agravamento de problemas de
acesso rodoviário, ausência de serviços públicos e aumento da especulação imobiliária.

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Considerações finais

A abertura de novas áreas para fins de expansão urbana é comumente verificada nas
cidades dos países em vias de desenvolvimento, na qual a urbanização do território de
forma acelerada tem ocorrido por meio do incentivo de políticas habitacionais e pelo
aquecimento do mercado imobiliário, que por vezes, tem levado a expansão urbana das
cidades de modo exagerado.
Desse modo, entende-se que a recente expansão urbana de Nampula a partir da
implantação de novos loteamentos apresenta implicações ambientais e urbanas. Na qual,
a partir desse processo houve a ampliação do perímetro urbano e consequentemente a
redução de áreas verdes, o aumento do solo exposto, aumento do descarte de resíduos
sólidos em locais inadequados. Assim como, as implicações urbanas verificadas
compreendem no aumento da especulação imobiliária, na formação de espaços de
segregação sócio espacial, na carência de serviços públicos urbanos que geram mais
custos para a gestão municipal e na redução do tamanho de lotes que implica numa maior
impermeabilização do solo.
Portanto, algumas medidas podem ser adaptadas para minimizar os impactos gerados,
conforme ocorre a ocupação gradativa dos loteamentos. Na qual, o Poder
público/municipal pode implementar projectos que visam a ampliação de áreas verdes, o
melhoramento da mobilidade urbana e o provimento de serviços públicos essenciais à
população.

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Referências bibliográficas

Baquero, A. (2016). Ciudades de hoy para um mañana mejor. Ecuador Terra Incognita,
Quito, Equador.
Cassilha, G. A & Cassilha, S. A. (2012). Planejamento urbano e meio ambiente. Curitiba,
Brasil: IESDE.
Cervo, A. L. Bervian, P. A. (2002). Metodologia científica. (5.ed.). São Paulo, Brasil:
Prentice Hall.
Japiassú, L. A. T & Lins, R. D. B. (2014). As diferentes formas de expansão urbana.
Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades.
Jofrice, C.C. (s/da). Geografia do urbanismo-G0154: Manual de curso de licenciatura em
ensino de Geografia-4 ano. Beira, Moçambique; CED-UCM.
Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (2001). Fundamentos metodologia científica. (4.ed.).
São Paulo, Brasil: Atlas.
Mota, S. (2011). Urbanização e meio ambiente. Fortaleza, Brasil: Abes.
Ojima, R. (2008). Novos contornos do crescimento urbano Brasileiro? O conceito de
Urbansprawl e os desafios para o Planejamento regional e ambiental. Geographia.
Niterói.
Pinto, E. da S. (2013). Os loteamentos urbanos e seus impactos ambientais e territoriais:
O caso do loteamento Villaggio II na cidade de Bauru-São Paulo, Brasil: Revista
Nacional de Gerenciamento de Cidades.
Silva, P. F. da. (2016). Avaliação da expansão urbana de Barreiras-BA. Monografia
(Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental). Barreiras, Brasil: Universidade
Federal do Oeste da Bahia.

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