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Aula de Direito Administrativo 03 - Completo
Aula de Direito Administrativo 03 - Completo
Autor:
Tulio Lages
14 de Abril de 2023
Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Entidades Paraestatais e o Terceiro Setor - FCC
..............................................................................................................................................................................................3
7) Referências Bibliográficas
..............................................................................................................................................................................................
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% de cobrança
Tópico
FCC
Organizações sociais 62,1%
Organizações da sociedade civil de interesse público 27,6%
Serviços sociais autônomos 6,9%
Entidades de apoio 3,4%
==225f==
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A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.
Terceiro Setor
- São entidades privadas da sociedade civil, surgidas necessariamente no meio privado, mas que
não possuem fins lucrativos nem econômicos e que atuam em colaboração ou apoio ao Estado
na prestação de atividades de utilidade pública.
- O primeiro setor é o próprio Estado, enquanto o segundo setor é formado pelo mercado.
As entidades do terceiro setor não fazem parte da Administração Pública (por isso não integram
o primeiro setor) e também não possuem fins lucrativos nem exploram atividade econômica,
diferentemente do mercado (ou segundo setor).
1º Setor - Estado
2º Setor - Mercado
3º Setor - Organizações da sociedade civil sem fins lucrativos
- São chamadas pela legislação e pela doutrina de "organizações da sociedade civil", porém são
conhecidas, na linguagem comum, como organizações não governamentais (ONG).
Entidades Paraestatais
- São os entes privados, sem fins lucrativos, que atuam em colaboração com o Estado, mas que
não fazem parte do conceito formal de Administração Pública, integrando, portanto, o terceiro
setor e, além disso, possuindo algum vínculo com o poder público.
As entidades do terceiro setor não são obrigadas a manter qualquer vínculo com o Poder
Público, porém, se caso haja esse vínculo, a entidade do terceiro setor passará a ser considerada
uma entidade paraestatal.
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- Exercem função típica, porém não exclusiva do Estado, como as de assistência social, de
formação profissional, entre outras.
- São pessoas jurídicas direito privado, sem fins lucrativos, criadas por meio de autorização legal,
para ministrar assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais.
- Exemplos de serviços sociais autônomos são as famosas entidades do “Sistema S”, como:
- Como seus recursos têm natureza pública, os serviços sociais autônomos possuem o dever de
prestar contas e se submetem à fiscalização do Tribunal de Contas da União.
- Foro competente para julgamento de suas causas: justiça estadual, em razão de se tratarem
entidades privadas, não integrantes, portanto, da administração pública.
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- Não se exige a realização de concurso público para a contratação de seu pessoal, mas a
contratação deve se realizar por um processo seletivo, ainda que de forma simplificada, que
garanta a observância dos princípios constitucionais da legalidade, da publicidade, da
moralidade, da impessoalidade, da finalidade e da isonomia (entendimento do TCU).
- Seu pessoal submete-se à legislação trabalhista (CLT). Contudo, seus empregados são
equiparados a funcionários públicos para fins penais (Código Penal, art. 327) e de improbidade
administrativa (Lei 8.429/1992). Além de que, por aplicarem recursos públicos, submetem-se à
Lei de Improbidade Administrativa.
Seus regulamentos próprios não podem inovar na ordem jurídica, não podendo criar um novo
caso de dispensa/inexigibilidade de licitação, uma vez que essa matéria é reservada à lei
ordinária, em matéria de competência privativa da União, consoante o art. 22, XXVII, da
Constituição Federal (entendimento do TCU).
(i) são criados pelo próprio Poder Executivo, por meio de autorização legal;
(ii) o presidente da entidade é escolhido e nomeado pelo Presidente da República;
(iii) submetem-se à supervisão ministerial;
(iv) celebram contrato de gestão com o Poder Executivo;
(v) podem receber dotações consignadas diretamente no orçamento geral da União.
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As OS são disciplinadas pela Lei 9.637/98. Para uma revisão minuciosa do conteúdo, portanto,
recomenda-se a leitura da referida Lei. A seguir, seguem os principais pontos sobre a temática.
- Organização social (OS) é a qualificação jurídica dada a pessoa jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, instituída por iniciativa de particulares, e que recebe delegação do Poder Público,
mediante contrato de gestão, para desempenhar serviço público de natureza social.
Nenhuma entidade nasce organização social: a entidade é criada como associação ou fundação
e, cumprindo os critérios de habilitação, recebe a qualificação.
a) ensino;
b) pesquisa científica;
c) desenvolvimento tecnológico;
d) proteção e preservação do meio ambiente;
e) cultura;
f) saúde.
São públicas, porque prestam serviços públicos e administram patrimônio público e, não
estatais, porque não integram nem a Administração direta nem a indireta.
Lei 9.637/98, art. 11º As entidades qualificadas como organizações sociais são
declaradas como entidades de interesse social e utilidade pública, para todos os
efeitos legais.
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Após a aprovação pelos ministros de Estado indicados acima, a qualificação de entidade privada
como organização social poderá ser formalizada em ato do Presidente da República.
O contrato de gestão (CG), elaborado de comum acordo entre o órgão ou entidade supervisora
e a organização social, discriminará as atribuições, responsabilidades e obrigações do Poder
Público e da organização social (art. 6º, caput, da Lei 9.637/98).
a) especificação do programa de trabalho proposto pela OS, a estipulação das metas a serem
atingidas e os respectivos prazos de execução, bem como previsão expressa dos critérios
objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de qualidade
e produtividade;
Há um outro tipo de CG, firmado dentro da própria Administração Pública com o objetivo de
pactuar metas de desempenho entre os órgãos e entidades públicos, em troca de maior
autonomia (37, § 8º, da CF/88):
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(a) um como requisito para qualificação de uma autarquia ou fundação como agência
executiva (fundado no art. 37, § 8º, da CF/88, em conjunto com os arts. 51 e 52 da arts. 51 e
52 da Lei 9.649/1998);
(b) outro como exigência para qualificação da entidade do terceiro setor como organização
social (fundado na Lei 9.637/98).
- A execução do CG celebrado por organização social será fiscalizada pelo órgão ou entidade
supervisora da área de atuação correspondente à atividade fomentada (art. 8º, caput, da Lei
9.637/98).
Além disso, se a gravidade dos fatos ou o interesse público assim exigir, existindo indícios
fundados de malversação de bens ou recursos de origem pública, os responsáveis pela
fiscalização representarão ao Ministério Público, à Advocacia-Geral da União ou à Procuradoria
da entidade para que requeira ao juízo competente a decretação da indisponibilidade dos bens
da entidade e o sequestro dos bens dos seus dirigentes, bem como de agente público ou
terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público (art.
10, caput, da Lei 9.637/98).
- As entidades qualificadas como organizações sociais são declaradas, para todos os efeitos
legais, como entidades de interesse social e utilidade pública (art. 11 da Lei 9.637/98).
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Como forma de fomento às atividades sociais desempenhadas pelas OS, poderão ser destinados
a elas recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de
gestão (art. 12, caput, da Lei 9.637/98).
Tais bens serão destinados às OS, dispensada licitação, mediante permissão de uso, consoante
cláusula expressa do contrato de gestão (art. 12, § 3º, da Lei 9.637/98).
Ainda, faculta-se ao Poder Executivo a cessão especial de servidor para as OS, com ônus para a
origem (art. 14, caput, da Lei 9.637/98).
Como última forma de fomento, há ainda possibilidade de que a administração pública dispense
a licitação para a celebração de contratos de prestação de serviços com as OS, qualificadas no
âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão
(art. 24, XXIV, da Lei 8.666/1993 – hipótese de licitação dispensável).
Recursos orçamentários
Dispensa de licitação
- A organização social fará publicar, no prazo máximo de noventa dias contado da assinatura do
contrato de gestão, regulamento próprio contendo os procedimentos que adotará para a
contratação de obras e serviços, bem como para compras com emprego de recursos
provenientes do Poder Público (art. 17 da Lei 9.637/98).
Assim, as OS não se submetem à Lei 8.666/1993 em suas contratações, mas o seu regulamento
próprio.
Nesse sentido, o STF entende que os contratos a serem celebrados pelas organizações sociais
com terceiros, com recursos públicos, devem ser conduzidos de forma pública, objetiva e
impessoal, com observância dos princípios do caput do art. 37 da Constituição Federal
(legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), e nos termos do regulamento
próprio a ser editado por cada entidade1.
- O Poder Executivo poderá levar a cabo a desqualificação da entidade como organização social,
quando constatar que houve descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão
(art. 16).
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STF – ADI 1.923.
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A desqualificação importará reversão dos bens permitidos e dos valores entregues à utilização
da organização social, sem prejuízo de outras sanções cabíveis (art. 16, § 2º, da Lei 9.637/98).
As Oscip são disciplinadas pela Lei 9.790/99. Para uma revisão minuciosa do conteúdo, portanto,
recomenda-se a leitura da referida Lei. A seguir, seguem os principais pontos sobre a temática.
- Trata-se de qualificação jurídica dada a pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
instituídas por iniciativa de particulares, para desempenhar serviços sociais não exclusivos do
Estado com incentivo e fiscalização do Poder Público, mediante vínculo jurídico instituído por
meio de termo de parceria.
Ou seja, enquanto o vínculo da OS ocorre por meio de contrato de gestão, o da Oscip ocorre
por meio de termo de parceria.
- Podem qualificar-se como Oscip as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que
tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 anos,
desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos
instituídos na Lei (art. 1º, caput, da Lei 9.790/1999).
Considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito privado que não distribui, entre os
seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais
excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas
do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica
integralmente na consecução do respectivo objeto social (art. 1º, parágrafo único, da Lei
9.790/1999).
- A qualificação como Oscip somente será conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem
fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades (art. 3º
da Lei 9.790/1999):
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Além disso, exige-se ainda, para qualificarem-se como Oscip, que as pessoas jurídicas
interessadas sejam regidas por estatutos cujas normas expressamente disponham sobre:
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g2) que se dê publicidade por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, ao relatório
de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, incluindo-se as certidões negativas de
débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão;
g3) a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes se for o caso, da
aplicação dos eventuais recursos objeto do termo de parceria conforme previsto em regulamento;
g4) a prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos pelas
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público será feita conforme determina o parágrafo único
do art. 70 da Constituição Federal.
Em qualquer caso, mesmo atendendo aos requisitos acima, não são passíveis de qualificação
como Oscip (art. 2º da Lei 9.790/1999):
a) as sociedades comerciais;
b) os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
c) as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais;
d) as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
e) as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de
associados ou sócios;
f) as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;
g) as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
h) as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras
i) as organizações sociais;
j) as cooperativas;
k) as fundações públicas;
l) as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por
fundações públicas;
m) as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro
nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal (todavia, não constituem impedimento à
qualificação como Oscip as operações destinadas a microcrédito realizadas com instituições financeiras
na forma de recebimento de repasses, venda de operações realizadas ou atuação como mandatárias).
Destaca-se, portanto, que não é possível qualificar uma OS como Oscip, ou seja, nenhuma
entidade pode ser qualificada concomitantemente como OS e Oscip.
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Perceba que, diferentemente do que ocorre com as OS, a decisão é vinculada, pois cabe ao
Ministro da Justiça apenas verificar se os requisitos foram atendidos e, se positivo, deverá
conceder a qualificação da requerente como Oscip.
O Termo de Parceria, firmado de comum acordo entre o Poder Público e as Oscip discriminará
direitos, responsabilidades e obrigações das partes signatárias (art. 10, caput, da Lei
9.790/1999).
Os resultados atingidos com a execução do termo de parceria devem ser analisados por
comissão de avaliação, composta de comum acordo entre o órgão parceiro e a Oscip (art. 11, §
1º, da Lei 9.790/1999).
Além disso, os termos de parceria destinados ao fomento de atividades nas áreas previstas na
Lei estarão sujeitos aos mecanismos de controle social previstos na legislação (art. 11, § 3º, da
Lei 9.790/1999).
Além disso, havendo indícios fundados de malversação de bens ou recursos de origem pública,
os responsáveis pela fiscalização representarão ao Ministério Público, à Advocacia-Geral da
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União, para que requeiram ao juízo competente a decretação da indisponibilidade dos bens da
entidade e o sequestro dos bens dos seus dirigentes, bem como de agente público ou terceiro,
que possam ter enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público, além de outras
medidas consubstanciadas na Lei 8.429/1992, e na Lei Complementar 64/1990 (art. 13, caput, da
Lei 9.790/1999).
- A Oscip deverá prestar contas relativamente à execução do Termo de Parceria perante o órgão
da entidade estatal parceira, referindo-se a mencionada prestação de contas à correta aplicação
dos recursos públicos recebidos e ao adimplemento do objeto do Termo de Parceria (art. 15-B,
da Lei 9.790/1999).
(a) a pedido; ou
(b) por iniciativa popular ou do Ministério Público, mediante decisão proferida em processo
administrativo ou judicial, no qual serão assegurados a ampla defesa e o devido contraditório.
Além disso, vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas evidências de erro ou
fraude, qualquer cidadão, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima
para requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificação da Oscip (art. 8º da Lei
9.790/1999).
As OSC são disciplinadas pela Lei 13.019/2014. Para uma revisão minuciosa do conteúdo,
portanto, recomenda-se a leitura da referida Lei. A seguir, seguem os principais pontos sobre a
temática.
a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios ou associados,
conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados, sobras,
excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas
atividades, e que os aplique integralmente na consecução do respectivo objeto social, de
forma imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva;
b) as sociedades cooperativas previstas na Lei 9.867/1999; as integradas por pessoas em
situação de risco ou vulnerabilidade pessoal ou social; as alcançadas por programas e ações
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- O regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as OSC instituído pela Lei
13.019/2014 é um regime de mútua cooperação, destinado à consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividade ou de projeto expressos em
termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação.
Considera-se administração pública, para os fins da Lei 13.019/2014: União, estados, Distrito
Federal, municípios e respectivas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista prestadoras de serviço público, e suas subsidiárias que recebam recursos do
ente instituidor para pagamento de despesas com pessoal e custeio em geral (art. 2º, II).
Portanto, não são todas as empresas públicas, sociedades de economia mista e subsidiárias que
se submetem à Lei 13.019/2014, mas somente aquelas que recebam do ente instituidor (União,
estados, Distrito Federal e municípios) recursos para suas despesas com pessoal ou custeio em
geral.
Além disso, não é a qualquer forma de parceria com OSC que se aplicam às exigências da Lei
13.019/2014. Nesse sentido, não se aplicam as exigências da referida Lei (art. 3º):
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Perceba, portanto, que a Lei 13.019/2014 não se aplica aos contratos de gestão e aos termos de
parcerias firmados, respectivamente, com as OS e Oscip.
Além disso, é vedada a celebração de parcerias previstas na Lei 13.019/2014 que tenham por
objeto, envolvam ou incluam, direta ou indiretamente, delegação das funções de regulação, de
fiscalização, de exercício do poder de polícia ou de outras atividades exclusivas de Estado (art.
40).
Atividade é conjunto de operações que se realizam de modo contínuo ou permanente, das quais
resulta um produto ou serviço necessário à satisfação de interesses compartilhados pela
administração pública e pela OSC (art. 2º, III-A).
Termo de colaboração (TC) é instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com OSC para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência
de recursos financeiros (art. 2, VII).
Por sua vez, o termo de fomento (TF) é o instrumento por meio do qual são formalizadas as
parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas OSC, que envolvam
a transferência de recursos financeiros (art. 2, VIII).
2
Inobstante, os conselhos de políticas públicas poderão apresentar propostas à administração pública para
celebração de termo de colaboração com organizações da sociedade civil (art. 16, parágrafo único).
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Portanto, para a consecução de planos de trabalho propostos por OSC que envolvam a
transferência de recursos financeiros, o TF deve ser adotado (art. 17).
Por fim, o acordo de cooperação (AF) é o instrumento por meio do qual são formalizadas as
parcerias estabelecidas pela administração pública com OSC para a consecução de finalidades
de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros (art. 2,
VIII-A).
RECURSOS
INSTRUMENTO INICIATIVA INTERESSE PRODUÇÃO DE EFEITOS JURÍDICOS
FINANCEIROS?
Administração
TC Sim Somente após a publicação dos
Pública Interesse
respectivos extratos no meio
TF OSC Sim público e
oficial de publicidade da
Administração recíproco
AC Não administração pública
Pública ou OSC
A proposta a ser encaminhada à administração pública deverá atender aos seguintes requisitos
(art. 19):
Atendidos tais requisitos, a administração pública deverá tornar pública a proposta em seu sítio
eletrônico e, verificada a conveniência e oportunidade para realização do PMIS, o instaurará para
oitiva da sociedade sobre o tema (art. 20).
A realização do PMIS:
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Por fim, a proposição ou a participação no PMIS não impede a OSC de participar no eventual
chamamento público subsequente (art. 21, § 2º).
- Chamamento público (CP) é o procedimento destinado a selecionar OSC para firmar parceria
por meio de termo de colaboração ou de fomento, no qual se garanta a observância dos
princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos (art. 2º, XII).
O CP não é uma licitação, nem modalidade licitatória, mas sim um procedimento destinado à
seleção da OSC para firmar a parceria.
Além disso, o CP aplica-se, em regra, aos termos de colaboração e de fomento. Porém, há uma
única exceção em que há previsão de realização de CP para a celebração de acordo de
cooperação, prevista nos seguintes termos:
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a) descrição da realidade que será objeto da parceria, devendo ser demonstrado o nexo entre
essa realidade e as atividades ou projetos e metas a serem atingidas;
b) descrição de metas a serem atingidas e de atividades ou projetos a serem executados;
c) previsão de receitas e de despesas a serem realizadas na execução das atividades ou dos
projetos abrangidos pela parceria;
d) forma de execução das atividades ou dos projetos e de cumprimento das metas a eles
atreladas;
e) definição dos parâmetros a serem utilizados para a aferição do cumprimento das metas.
O plano de trabalho da parceria poderá ser revisto para alteração de valores ou de metas,
mediante termo aditivo ou por apostila ao plano de trabalho original (art. 57).
- Não poderá ser exigida contrapartida financeira como requisito para firmar a parceria. Por
outro lado, faculta-se à administração exigir contrapartida em bens e serviços, cuja expressão
monetária será obrigatoriamente identificada no termo de colaboração ou de fomento (art. 35, §
1º).
- É permitida a atuação em rede, por duas ou mais organizações da sociedade civil, mantida a
integral responsabilidade da organização celebrante do termo de fomento ou de colaboração,
desde que a organização da sociedade civil signatária do termo de fomento ou de colaboração
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possua mais de cinco anos de inscrição no CNPJ, bem como capacidade técnica e operacional
para supervisionar e orientar diretamente a atuação da organização que com ela estiver atuando
em rede (art. 35-A).
A OSC que assinar o TC ou o TF deverá celebrar termo de atuação em rede para repasse de
recursos às não celebrantes (art. 35-A, parágrafo único).
- Será obrigatória a estipulação do destino a ser dado aos bens remanescentes da parceria (art.
36, caput).
Sem prejuízo da fiscalização pela administração pública e pelos órgãos de controle, a execução
da parceria será acompanhada e fiscalizada pelos conselhos de políticas públicas das áreas
correspondentes de atuação existentes em cada esfera de governo (art. 60, caput).
As parcerias estarão também sujeitas aos mecanismos de controle social previstos na legislação
(art. 60, parágrafo único).
- A administração pública deverá manter, em seu sítio oficial na internet, a relação das parcerias
celebradas e dos respectivos planos de trabalho, até 180 dias após o respectivo encerramento
(art. 10).
Além disso, deverá divulgar pela internet os meios de representação sobre a aplicação irregular
dos recursos envolvidos na parceria (art. 12).
Já a OSC deverá divulgar na internet e em locais visíveis de suas sedes sociais e dos
estabelecimentos em que exerça suas ações todas as parcerias celebradas com a administração
pública (art. 11, caput).
RESPONSÁVEL PELA
LOCAL DE DIVULGAÇÃO OBJETO DE DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
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As informações sobre as parcerias, que devem ser divulgadas pela administração e pela OSC,
devem conter, no mínimo, os seguintes elementos (art. 11, parágrafo único):
b) nome da organização da sociedade civil e seu número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica - CNPJ da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB;
e) situação da prestação de contas da parceria, que deverá informar a data prevista para a sua
apresentação, a data em que foi apresentada, o prazo para a sua análise e o resultado conclusivo;
f) quando vinculados à execução do objeto e pagos com recursos da parceria, o valor total da remuneração
da equipe de trabalho, as funções que seus integrantes desempenham e a remuneração prevista para o
respectivo exercício.
- Para o fortalecimento da participação social e da divulgação das ações, são previstas duas
medidas (arts. 14 e 15):
A administração pública divulgará, na forma de Poderá ser criado, no âmbito do Poder Executivo
regulamento, nos meios públicos de comunicação federal, o Conselho Nacional de Fomento e
por radiodifusão de sons e de sons e imagens, Colaboração, de composição paritária entre
campanhas publicitárias e programações representantes governamentais e organizações da
desenvolvidas por organizações da sociedade civil, sociedade civil, com a finalidade de divulgar boas
no âmbito das parcerias previstas na Lei práticas e de propor e apoiar políticas e ações voltadas
13.019/2014, mediante o emprego de recursos ao fortalecimento das relações de fomento e de
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A prestação de contas apresentada pela organização da sociedade civil deverá conter elementos
que permitam ao gestor da parceria avaliar o andamento ou concluir que o seu objeto foi
executado conforme pactuado, com a descrição pormenorizada das atividades realizadas e a
comprovação do alcance das metas e dos resultados esperados, até o período de que trata a
prestação de contas (art. 64, caput).
O gestor emitirá parecer técnico de análise de prestação de contas da parceria celebrada (art.
67, caput).
A organização da sociedade civil prestará contas da boa e regular aplicação dos recursos
recebidos no prazo de até noventa dias a partir do término da vigência da parceria ou no final de
cada exercício, se a duração da parceria exceder um ano (art. 69, caput).
Isso não impede, por outro lado, que a administração pública promova a instauração de tomada
de contas especial antes do término da parceria, ante evidências de irregularidades na execução
do objeto (art. 69, § 2º).
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- Pela execução da parceria em desacordo com o plano de trabalho e com as normas da Lei
13.019/2014 e da legislação específica, a administração pública poderá, garantida a prévia
defesa, aplicar à organização da sociedade civil as seguintes sanções (art. 73, caput e incisos I a
III):
a) advertência;
As sanções estabelecidas nas letras "b" e "c" são de competência exclusiva de Ministro de
Estado ou de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal (art. 73, § 1º).
Entidades de Apoio
- São as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores
públicos, porém em nome próprio, sob a forma de fundação, associação ou cooperativa, para a
prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado, mantendo vínculo
jurídico com entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio de convênio
(entendimento de Maria Di Pietro).
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- Exemplo de entidade de apoio é a fundação de apoio prevista no art. 2º, VII, da Lei
10.973/2004, que é a fundação criada com a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa,
ensino e extensão, projetos de desenvolvimento institucional, científico, tecnológico e projetos
de estímulo à inovação de interesse das Instituições Científicas e Tecnológicas, registrada e
credenciada no Ministério da Educação e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, nos
termos da Lei 8.958/1994, e das demais legislações pertinentes nas esferas estadual, distrital e
municipal.
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APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de serem cobrados em prova, considerando o
histórico de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como as inovações no conteúdo, na legislação e nos
entendimentos doutrinários e jurisprudenciais1.
Dentro do assunto “Entidades Paraestatais e Terceiro Setor”, “Organizações sociais” é/são o(s) ponto(s) que
acreditamos que possui(em) mais chances de ser(em) cobrado(s) pela banca.
1
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para um determinado assunto,
considerando que às vezes não é viável identificar os pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de critérios objetivos
ou minimamente razoáveis.
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QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar
para a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas
questões.
Comentários
GABARITO: B
As OS são realmente passíveis de fiscalização e controle pelo Tribunal de Contas, no que tange à
utilização de recursos ou bens de origem pública, conforme art. 9º da Lei 9.637/1998:
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recursos ou bens de origem pública por organização social, dela darão ciência ao
Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
c) De fato, os contratos de gestão podem ser celebrados por dispensa de licitação, conforme art.
24, XXIV da Lei 8.666/93. Entretanto, a fiscalização e controle pelo Tribunal de Contas, no que
tange à utilização de recursos ou bens de origem pública por parte da OS, não comporta
exceções.
e) Pessoas jurídicas de direito privado com fins lucrativos não podem ser qualificadas como
organizações sociais (art. 1º, Lei 9.637/1998):
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Comentários
GABARITO: LETRA E
Para trabalhar com essa questão, vamos analisar o conceito de OSCIP formulado pela Professora
Maria Sylvia Zanella di Pietro:
Alternativa C – Incorreta. A função da OSCIP não é atender aos interesses do seu grupo
fundador, mas desempenhar serviços sociais não exclusivos do Estado.
Alternativa E – Correta. Note que a assertiva encontra-se em total consonância com o conceito
doutrinário acima exposto.
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Comentários
GABARITO: Letra B
Para gabaritar essa questão, o candidato deveria ter prévio conhecimento do Art. 9º da Lei
9.790/99:
Como se percebe, essa questão não apresentava grande complexidade. Talvez se o examinador
tivesse colocado o contrato de gestão entre as assertivas poderia induzir o candidato a erro.
Nesse sentido, é válido fazer a distinção entre os institutos. O contrato de gestão é aquele
firmado com organizações sociais e não com OSCIP. Além disso, a Organização Social não pode
desempenhar outras funções que não estejam previstas no contrato de gestão, a OSCIP pode
realizar suas demais tarefas institucionais que não estejam previstas no termo de parceria.
Ante ao exposto, verifica-se que todas as demais alternativas estão incorretas, uma vez em
dissonância do texto legal.
Comentários
GABARITO: B
Paraestatais são entidades privadas, sem fins lucrativos, que exercem função típica e não
exclusiva de Estado (atividades de interesse público). Compõem o terceiro setor, não fazendo
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parte da Administração Pública, embora com ela mantenham vínculo. Agem, portanto, em
colaboração com o Poder Público.
Recebem incentivo do Estado (fomento), fazendo com que seu regime jurídico de direito privado
seja parcialmente derrogado por normas de direito público, bem como se sujeitem ao controle
da Administração Pública e do Tribunal de Contas.
Comentários
GABARITO: E
Item I – certo: organização social é uma qualificação (ou seja, não é uma categoria de pessoa
jurídica) conferida à entidade privada instituída por particulares, sem fins lucrativos, que, por ato
discricionário do Poder Público, recebe incentivos do Estado para desempenhar serviço público
de natureza social, mediante celebração de contrato de gestão.
Por sua vez, organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) é uma qualificação (ou
seja, não é uma categoria de pessoa jurídica) conferida à entidade privada instituída por
particulares, sem fins lucrativos, que, por ato vinculado do Poder Público (Ministério da Justiça)
ao cumprimento dos requisitos estabelecidos em lei, recebe incentivos do Estado para
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Item II – certo: a Lei 9.637/1998 prevê que o Conselho de Administração das organizações
sociais deverá ser integrado por representantes, dentre outros, do Poder Público, conforme se
segue:
Art. 3º O conselho de administração deve estar estruturado nos termos que dispuser o
respectivo estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitos de
qualificação, os seguintes critérios básicos:
c) até 10% (dez por cento), no caso de associação civil, de membros eleitos dentre os
membros ou os associados;
d) 10 a 30% (dez a trinta por cento) de membros eleitos pelos demais integrantes do
conselho, dentre pessoas de notória capacidade profissional e reconhecida
idoneidade moral;
e) até 10% (dez por cento) de membros indicados ou eleitos na forma estabelecida
pelo estatuto;
Por sua vez, a Lei 9.790/1999, que trata das Oscip, não prevê a mesma obrigatoriedade – na
verdade silencia sobre o assunto (não obriga, mas também não veda).
Item III – certo: a lei que regula as Oscip (Lei nº 9.790/1999) não prevê de cessão de servidores
públicos por parte do Poder Público. Por sua vez, a Lei 9.637/1998 prevê a possibilidade de
cessão de servidor à OS, conforme a seguir:
Item IV – certo: enquanto que as áreas de atuação das OS são dirigidas “ao ensino, à pesquisa,
ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à
saúde”, consoante art. 1º da Lei 9.637/1998, as áreas de atuação das Oscip são bem mais
numerosas, consoante incisos I a XIII do art. 3º da Lei 9.790/1999:
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d) fundacionais.
e) empresariais.
Comentários
GABARITO: B
Paraestatais são entidades privadas, sem fins lucrativos, que exercem função típica e não
exclusiva de Estado (atividades de interesse público). Compõem o terceiro setor, não fazendo
parte da Administração Pública, embora com ela mantenham vínculo. Agem, portanto, em
colaboração com o Poder Público.
Comentários
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Letra B - incorreta. A entidade irá estabelecer regulamento próprio para suas aquisições,
conforme inciso VIII do artigo 4º da Lei nº 9.637/98:
(...)
VIII - aprovar por maioria, no mínimo, de dois terços de seus membros, o regulamento
próprio contendo os procedimentos que deve adotar para a contratação de obras,
serviços, compras e alienações e o plano de cargos, salários e benefícios dos
empregados da entidade;
Letra C - incorreta. A Lei de responsabilidade Fiscal não elenca as entidades do terceiro setor
como sujeitas às suas regras:
§ 3º Nas referências:
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Letra D - incorreta. Segundo o artigo 5º da Lei nº 9.637/98 o vínculo é formalizado por meio do
contrato de gestão, não sendo aplicável a Lei nº 13.019/14 para as organizações sociais no que
se refere ao contrato de gestão:
Lei nº 9.637/98
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento
firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com
vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades
relativas às áreas relacionadas no art. 1º.
Lei nº 13.019/14
(...)
III - aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que
cumpridos os requisitos previstos na Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998;
Gabarito: Letra A.
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c) a competência da Justiça Federal para julgamento das ações em que forem parte;
Comentários
Letra A - correta. Resposta da questão pode ser obtida da leitura do parágrafo único do artigo
70 da Constituição Federal, uma vez que tais entidades recebem recursos públicos e o controle
externo a cargo do Congresso Nacional é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da
União:
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma
obrigações de natureza pecuniária
A competência de fiscalização pode ainda ser obtida da leitura do inciso V do artigo 5º da Lei
Orgânica do TCU (Lei nº 8.443/93):
(...)
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Letra B - incorreta. Entre as entidades que realizam pagamentos via precatórios não estão
incluídas as entidades privadas integrantes do Terceiro Setor, conforme artigo 100 da
Constituição Federal:
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital
e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem
cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos,
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos
créditos adicionais abertos para este fim.
Letra C - incorreta. Não está incluso entre as competências da Justiça Federal julgar ações das
entidades do terceiro setor, conforme artigo 109 da Constituição. Além disso, o próprio STF por
meio de sua Súmula 516 determina que o Serviço Social da Industria (Sesi), integrante do
Sistema S, está sujeito à jurisdição da Justiça Estadual:
Constituição Federal:
Letra D - incorreta. Entendimento já consagrado pelo STF no RE 789.874, rel. Ministro TEORI
ZAVASCKI, entende pela não exigência de concurso público:
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(...) ainda que não estejam obrigados os serviços em comento à observância dos
estritos termos da Lei de Licitações, e sim aos seus regulamentos próprios
devidamente publicados, devem tais regulamentos contemplar os princípios
constitucionais atinentes à matéria, quais sejam, aqueles insculpidos no art. 37 da
Constituição Federal.
Gabarito: Letra A.
a) por serem escolhidas mediante processo licitatório, para desempenho de serviços públicos em
caráter descentralizado;
d) pelo exercício de quaisquer atividades de interesse público, desde que não haja finalidade
lucrativa;
e) pela celebração de termo de parceria, em que são fixadas as regras do regime de colaboração
entre a OS e o Poder Público.
Comentários
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(...)
Vale destacar que este dispositivo não foi replicado na nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/21),
contudo, isso não invalida a questão, pois a celebração de contrato de gestão, atualmente, já
pressupõe a realização de chamamento público e qualificação de Organizações Sociais, nos
termos da Lei nº 9.637/98.
Letra B - correta. É o que diz a alínea "a", do inciso I, do artigo 3º da Lei nº 9.637/98:
Art. 3º O conselho de administração deve estar estruturado nos termos que dispuser o
respectivo estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitos de
qualificação, os seguintes critérios básicos:
Letra C - incorreta. Conforme Adin 1923/DF, o STF entende não ser necessário concurso público,
mas a seleção de pessoal deve se dar através de um procedimento objetivo e impessoal:
Os empregados das Organizações Sociais não são servidores públicos, mas sim
empregados privados, por isso que sua remuneração não deve ter base em lei (CF,
art. 37, X), mas nos contratos de trabalho firmados consensualmente. Por identidade
de razões, também não se aplica às Organizações Sociais a exigência de concurso
público (CF, art. 37, II), mas a seleção de pessoal, da mesma forma como a
contratação de obras e serviços, deve ser posta em prática através de um
procedimento objetivo e impessoal.
Letra D - incorreta. Existe uma limitação de áreas na qual a OS deve atuar para conseguir sua
qualificação, conforme artigo 1º da nº 9.637/98:
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Letra E - incorreta. Segundo o artigo 5º da Lei nº 9.637/98 o vínculo é formalizado por meio do
contrato de gestão e não termo de parceria:
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento
firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com
vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades
relativas às áreas relacionadas no art. 1º.
Gabarito: Letra B.
a) não se poderia cogitar da doação de recursos diretamente ao ente federativo, uma vez que a
Lei Federal nº 14.133, de 1º de abril de 2021, vedou os entes públicos de receberem
transferências gratuitas de bens e direitos, quando realizados por pessoas jurídicas de direito
privado;
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Comentários
(...)
Letra D - incorreta. Não existe em lei nada que restrinja a participação da organização da
sociedade civil à transferência voluntária e gratuita de recursos financeiros ao ente público.
Conforme comentário da alternativa C, o objetivo é a consecução de finalidade de interesse
público, sendo que no enunciado a entidade atuaria na capacitação profissional.
Letra E - incorreta. Inicialmente cabe dizer as que empresas estatais não têm personalidade
jurídica híbrida, mas de direito privado, tornando a alternativa incorreta. Outro ponto é que os
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convênios podem ser celebrados entre entes públicos e entidades privadas sem fins lucrativos,
conforme Decreto 6.170/2007, em seu artigo 1º, § 1º, inciso I:
Gabarito: Letra C.
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São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados
do conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar
melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo
a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?
Perguntas
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28. A OSC é obrigada a realizar licitação para utilizar os recursos transferidos pela Administração
Pública? E regulamento próprio?
29. A OSC pode utilizar os recursos recebidos para qualquer finalidade?
30. Quais são as sanções aplicáveis pela Administração Pública à OSC no caso de execução da
parceria em desacordo com o plano de trabalho ou com a legislação?
31. O que são entidades de apoio?
Paraestatais são entidades privadas, sem fins lucrativos, que exercem função típica e não
exclusiva de Estado (atividades de interesse público). Compõem o terceiro setor, não fazendo
parte da Administração Pública, embora com ela mantenham vínculo. Agem, portanto, em
colaboração com o Poder Público.
Recebem incentivo do Estado (fomento), fazendo com que seu regime jurídico de direito privado
seja parcialmente derrogado por normas de direito público, bem como se sujeitem ao controle
da Administração Pública e do Tribunal de Contas.
As paraestatais integram o chamado “terceiro setor”, composto por entidades que prestam
atividades de interesse público, por iniciativa privada, sem fins lucrativos, mesmo que não
mantenham vínculo com o Estado – só as entidades do terceiro setor que possuem vinculo com
o Poder Público são consideradas paraestatais.
O terceiro setor coexiste com o primeiro setor – Estado – e o segundo setor – o setor privado
empresarial com fins lucrativos (o mercado).
São paraestatais que desempenham atividades de utilidade pública com vistas a beneficiar
determinados grupamentos sociais ou profissionais, geralmente voltadas para o ensino
profissionalizante e a prestação de serviços sociais (entidades do “sistema S” – Senai, Sebrae,
Sesc etc.).
Sua criação depende de autorização em lei, em razão de suas atividades serem custeadas pela
arrecadação compulsória de contribuições parafiscais – que são instituídas por lei ordinária (não
precisa de lei complementar) 1 e consideradas recursos públicos – exigidas das pessoas jurídicas
1
RE 635.682/RJ
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incluídas no setor econômico a que está vinculada a entidade, mesmo que não haja
contraprestação direta em favor do contribuinte.
4. Os serviços sociais autônomos são vinculados a qual órgão da Administração? Eles são
obrigados a prestar contas?
5. Os serviços sociais autônomos devem observar a lei 8.666/93? Essas entidades necessitam
realizar concurso público para admitir seu pessoal?
(...)
Por não integrarem a Administração Pública, não estão obrigadas a realizar concurso público
para admitir pessoal4.
Organização social é uma qualificação (ou seja, não é uma categoria de pessoa jurídica)
conferida à entidade privada instituída por particulares, sem fins lucrativos, que, por ato
2
Acórdãos 2198/2015-TCU-Plenário e 526/2013-TCU-Plenário
3
Acórdãos 3195/2014-TCU-Plenário e 1785/2013-TCU-Plenário
4
RE 789.874
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discricionário do Poder Público, recebe incentivos do Estado para desempenhar serviço público
de natureza social, mediante celebração de contrato de gestão.
10. As organizações sociais são obrigadas a realizar licitação nos termos da Lei 8.666/93?
As organizações sociais estão desobrigadas de realizar licitação nos termos da Lei 8.666/1993
para aplicarem os recursos públicos recebidos, mas suas contratações devem ser realizadas de
forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios da Administração Pública e
em consonância com o disposto em regulamento próprio, nos termos do art. 17 da Lei
9.637/1998:
Art. 17. A organização social fará publicar, no prazo máximo de noventa dias
contado da assinatura do contrato de gestão, regulamento próprio contendo os
procedimentos que adotará para a contratação de obras e serviços, bem como
para compras com emprego de recursos provenientes do Poder Público.
11. O contrato gestão celebrado entre uma organização social e o Poder Público é o mesmo do
previsto no art. 37, § 8º, da CF, celebrado entre Poder Público e entidades da Administração
Direta ou Indireta?
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12. Nos contratos de gestão firmados com organizações sociais, qual a natureza do controle
realizado pelo órgão ou entidade supervisora da área de atuação correspondente à atividade
fomentada?
13. É necessária a realização de licitação quando a Administração Pública contrata serviços que
possam ser prestados por organizações sociais?
Quando a organização social figura como possível contratada pelo Poder Público, a Lei 8.666/93,
em seu art. 24, inciso XXIV, prevê que é dispensável a licitação “para a celebração de contratos
de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas
esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão”.
14. O que pode ocorrer caso seja constatado o descumprimento das disposições contidas no
contrato de gestão por parte da organização social?
Conforme art. 16 da Lei 9.637/1998, nesse caso o “Poder Executivo poderá proceder à
desqualificação da entidade como organização social”, devendo ser realizado prévio processo
administrativo em que seja garantida a ampla defesa, respondendo os dirigentes da entidade,
individual e solidariamente, pelos danos ou prejuízos decorrentes de sua ação ou omissão. Além
disso, a desqualificação importará a reversão dos bens permitidos e dos valores entregues à
entidade, sem prejuízo das demais sanções cabíveis.
Organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) é uma qualificação (ou seja, não é
uma categoria de pessoa jurídica) conferida à entidade privada instituída por particulares, sem
fins lucrativos, que, por ato vinculado do Poder Público (Ministério da Justiça) ao cumprimento
dos requisitos estabelecidos em lei, recebe incentivos do Estado para desempenhar atividade
social ou de utilidade pública, mediante celebração de termo de parceria.
16. A qualificação como Oscip é ato vinculado ou discricionário do Poder Público? A quem
compete conferir essa qualificação?
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A entidade a ser qualificada deve possuir objetivo social em pelo menos uma das seguintes
finalidades, constantes dos incisos I a XIII do art. 3º da Lei 9.790/1999:
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I - as sociedades comerciais;
IX - as organizações sociais;
X - as cooperativas;
XI - as fundações públicas;
O termo de parceira é fiscalizado, quanto à execução, pelo órgão do Poder Público da área de
atuação correspondente à atividade fomentada, e pelos Conselhos de Políticas Públicas de
atuação existentes, em cada nível de governo.
20. As OSCIP precisam observar os procedimentos previstos na Lei Geral de Licitações? Essas
entidades podem ser contratadas via dispensa de licitação por parte da Administração Pública?
As Oscip estão desobrigadas de realizar licitação nos termos dos procedimentos previstos na Lei
8.666/1993 para aplicarem os recursos públicos recebidos, mas suas contratações devem ser
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Art. 14. A organização parceira fará publicar, no prazo máximo de trinta dias,
contado da assinatura do Termo de Parceria, regulamento próprio contendo os
procedimentos que adotará para a contratação de obras e serviços, bem como
para compras com emprego de recursos provenientes do Poder Público,
observados os princípios estabelecidos no inciso I do art. 4 o desta Lei.
Os princípios aludidos no dispositivo normativo, previstos no inciso I do art. 4º da mesma lei, são
os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência.
Ao contrário das organizações sociais, as Oscip não podem ser contratadas pela Administração
Pública por dispensa de licitação (ou seja, não há tal hipótese de dispensa de licitação para
contratar Oscip, somente organização social).
Atualmente, não é possível que uma entidade seja qualificada simultaneamente como
organização social e Oscip, em razão do decurso do prazo estabelecido no art. 18º da Lei
9.790/1999:
Art. 18. As pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, qualificadas com
base em outros diplomas legais, poderão qualificar-se como Organizações da
Sociedade Civil de Interesse Público, desde que atendidos aos requisitos para tanto
exigidos, sendo-lhes assegurada a manutenção simultânea dessas qualificações, até
cinco anos contados da data de vigência desta Lei.
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§ 2o Caso não seja feita a opção prevista no parágrafo anterior, a pessoa jurídica
perderá automaticamente a qualificação obtida nos termos desta Lei.
23. Quais são as entidades que podem ser consideradas organizações da sociedade civil (OSC)
para fins de aplicação da Lei 13.019/2014? É necessária qualificação formal da entidade para ser
considerada OSC?
A Lei 13.019/2014, em seu art. 2º, dispõe que são consideradas organizações da sociedade civil
as seguintes entidades:
a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios ou
associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais
resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções
de qualquer natureza, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos
==225f==
Assim, basta que a entidade se enquadre em uma das espécies em cima para que seja
considerada organização da sociedade civil, não sendo prevista uma qualificação formal a ser
conferida pelo Poder Público.
24. Quais são os instrumentos que podem formalizar a parceria entre Administração Pública e as
OSC? Quais as diferenças entre eles?
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VIII - termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas
organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros;
Nos termos dos art. 2º, inciso XII da lei 13.019/2014, o chamamento público é um procedimento
destinado a selecionar organização da sociedade civil para firmar parceria por meio de termo de
colaboração ou de fomento. Nesse procedimento devem ser garantidos a observância dos
princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Por outro lado, insta destacar que a Lei 13.019/2014 prevê, ainda, hipóteses taxativas de sua
dispensa e exemplificativas de sua inexigibilidade, nos seguintes termos:
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IV - (VETADO).
V - (VETADO);
(...)
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27. Há alguma vedação na celebração de parceiras entre Poder Público e OSC, considerando o
objeto da parceira?
Sim, de acordo com o art. 40 da Lei 13.109/2014, são vedadas a celebração de parcerias
previstas nesta Lei que tenham por objeto, envolvam ou incluam, direta ou indiretamente,
delegação das funções de regulação, de fiscalização, de exercício do poder de polícia ou de
outras atividades exclusivas de Estado.
28. A OSC é obrigada a realizar licitação para utilizar os recursos transferidos pela Administração
Pública? E regulamento próprio?
Art. 84. Não se aplica às parcerias regidas por esta Lei o disposto na Lei n o 8.666, de
21 de junho de 1993.
30. Quais são as sanções aplicáveis pela Administração Pública à OSC no caso de execução da
parceria em desacordo com o plano de trabalho ou com a legislação?
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As possíveis sanções são as previstas nos incisos I a III do art. 73 da Lei 13019/2014:
I - advertência;
São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores púbicos,
em nome próprio, sob forma de fundação, associação ou cooperativa, para prestação, em
caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado, vinculadas à Administração Pública
(direta ou indireta), em regra, mediante convênio.
Um exemplo dessas entidades são as fundações instituídas com a finalidade de apoiar projetos
de ensino e pesquisa de interesse das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e demais
Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTS), disciplinadas pela Lei 8.958/1994.
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c) contrato social.
d) convênio social.
e) termo de convênio.
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b) paraestatais.
c) autárquicas.
d) fundacionais.
e) empresariais.
recebimento de recursos públicos, seja para serem contratadas, seja para realizarem
contratações com terceiros;
c) a competência da Justiça Federal para julgamento das ações em que forem parte;
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a) por serem escolhidas mediante processo licitatório, para desempenho de serviços públicos em
caráter descentralizado;
d) pelo exercício de quaisquer atividades de interesse público, desde que não haja finalidade
lucrativa;
e) pela celebração de termo de parceria, em que são fixadas as regras do regime de colaboração
entre a OS e o Poder Público.
a) não se poderia cogitar da doação de recursos diretamente ao ente federativo, uma vez que a
Lei Federal nº 14.133, de 1º de abril de 2021, vedou os entes públicos de receberem
transferências gratuitas de bens e direitos, quando realizados por pessoas jurídicas de direito
privado;
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público, bens, recursos financeiros e mão de obra para viabilizar a execução de parte do
programa;
Gabarito
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
==225f==
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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