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TECNOLOGIA + INOVACAO + MEIO AMBIENTE « SUSTENTABILIDADE + COOPERATIVISMO Para: maior produtor de cacau do Brasil e futuro maior do mundo O sucesso da cacauicultura no Estado do Pard é fruto de uma iniciativa da Federacio da Agricultura do Estado do Para (FAEPA), através do Servico Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/PA), Comissao Executiva do Plano Lavoura Cacaueira (CEPLAC) e do Governo do Estado do Paré. FIEPA‘70 ANOS. Atual como a Industria 4.0 -az 70 anos que a FIEPA - Federacso das Indistrias do Estado do Paré, organiza e comanda ‘0 setor econdmico que gera mais empregos, traz mais avangos e mantém os paraenses ‘conectadlos com as inovardes globais. Agora, em plena revolugto da Industria 4.0, ao lado do ‘SESI, SENAI IEL, a FIEPA participa desses avancos com treinamentos, formacdo de recursos humanos, intercdmbio com universidades e centros tecnolégicos, eventos como a Feira da Industria e uma atuagao poltca importante na defesa de todo o setor, contribuindo fortemente para 0 desenvolvimento do Estado. FIEPA, sete décadas de trabalho, sempre moderna. ESESI | SENAI (9) FIEPA §1EL: ara Publicagdo bimensal Edligdo Novembro / Dezembro 2019 Edigao 02 | 2019 INDICE - EDIGAO 02 04 cacaunews UFRA e CEPLAC celebram acordo de cooperagio técnica FAEPA/SENAR e CEPLAC realizam curso de formagio técnica Projeto de Consolidagio da Lavoura Cacaueira em Igarapé Miri Deputado Federal OLIVAL MARQUES vai destinar R$ 2.000.000,00 paraa cacauicultura no Para. 16 associarvismo Associagio dos Produtores de Cacau do Estado do Paré -ASCAU 20 REDE CIN /FIEPA Rede CIN/Pard ¢ SEBRAE realizam Missio em Paris ¢ Lisboa 2 8 AUDIENCIA PUBLICA Audiéncia Publica para debater © futuro da cacauicultura no Para. 34 ESPECIAL 6° Festival Internacional do Chocolate Acordo do Sistema Fiepa e Governo do Estado para verticalizar a produgo do cacau no Para. Espago CEPLAC Medicilandia 1° lugar do concurso de améndoas de cacau ‘Tueré conquista quase todos os prémios de Chocolate de Origem da Amaz6nia 60 SISTEMA FAEPA/SENAR Projeto Escola Indistria - Verticalizacao da cadeia produtiva do cacau Jornalista Res} jel e Editor Chefe Carlos Pard 2165 - DRT/PA Produgo Executiva Lucelia Sousa Colaboradores Celso Botelho Hildegardo Nunes Lahire Figueiredo ‘Ana Carolina Pantoja Webdesigner Andrey dos Anjos Capa Rilke Penafort Pinheiro Impressio: Marques Editora ribuiggo Paré, Amazonia, Brasil, Portugal, Franga. Contatos (91) 98335-0000 / (91) 98838-0010 email revistacacauamazonia@gmail.com Facebook Cacau Amazénia digs ‘Amazon Black Gold Tw Francisco Nobre, 1157, Abaetetube, ar ep: 68440-000 Cnpj : 32.126.816/0001-52 site: cacauamazonia.com.br Blaabgalal Baer FAEPA SENAR Yama BRASIL SINDICATOS T7Z-E UNPARA ee ee ees farce! Bote comes Teas UFRA e CEPLAC celebram acordo de cooperacao técnica Acordo de Cooperacao - 0 reitor da Ufra, Marcel Botelho e a Coorde- nadora da CEPLAC Maria Goreti Gomes assinam 0 Termo de Cooperagdo Técnica que traz crescimento para a Regido Amaz6nica. Momento muito importante para a Universidade para o Estado do Pard, para a Amaz6nia e para 0 desenvolvimento da cacauicultura na Amaz6nia. om 0 objetivo de apro- ximar 0 conhecimento gerado na academia com os drgdos que podem transformé-lo em ino- vacao, fortalecendo a qualida- de do ensino e da pesquisa na regido, ocorreu, no ultimo dia 06 de setembro, a assinatura de um Termo de Cooperagao Técnica entre a Universidade Federal Rural da Amazénia (Ufra) e a Comissao Executiva do Plano da Lavoura Cacauei- ra (CEPLAC). A. ceriménia foi realizada na Sala dos Conselhos Supe- riores da Ufra e transmitida via videoconferéncia para os demais campi da instituigao. Na ocasiao, estiveram pre- sentes 0 Reitor da instituicao, Prof. Marcel do Nascimento Botelho; a Vice-Reitora, Profa. Janae Goncalves e a Coorde- nadora Regional da CEPLAC, Maria Gorete Gomes. Para o reitor da Ufra, a as- sinatura do Termo de Coope- fagdo traz crescimento para a Regido Amazénica. “Esse é um momento muito importan- te para a Universidade, e ouso dizer para 0 Estado do Para e para a Amazénia. Reforgar a cooperagdo entre duas insti- tuigdes, como Ufra e CEPLAC, 86 traz beneficios para todos. A CEPLAC tem uma tradigao enorme com o cacau, mas nao é somente com cacau que podemos trabalhar. A Ufra po- derd trabalhar junto a CEPLAC utilizando seus equipamentos, e énesse sentido que nés tra- 4 | www cacavarazonia com br zemos essa cooperagéo, com objetivo de que fagamos as coisas de maneira mais prati- ca’, comenta. Apés a assinatura do Termo, foi proferida uma palestra pelo Auditor Fiscal Federal da CE- PLAC, Fernando Antonio Men- des, abordando o tema “Dividir na certeza de Multiplicar”. 0 Diretor destacou as areas de atuagdo da CEPLAC e a im- portancia da parceria com a Universidade para realizacéo de pesquisas. "Nés temos, atualmente, 26 areas de atua- do por toda a regido, e todas essas possibilidades para co- locar essa nova geragao para estudar e aprender’, disse. A Coordenadora Regional da CEPLAC, Maria Gomes, falou sobre os beneficios que am- bas as instituicdes terao com © acordo. “Para uma institui- go como a Ufra é importantis- simo um convénio de coope- taco técnica, principalmente paranés que trabalhamos com agricultura. E um reconheci- mento dentro da agricultura no mundo académico para o Estado do Paré’, comenta. A Coordenadora destacou, tam- bém, a importancia da parceria para aliar recursos humanos &s pesquisas que poderdo ser desenvolvidas nos laboraté- tios de agricultura da CEPLAC, primando pela qualidade na formagao dos académicos, tanto de graduagao quanto de pés-graduaco, e nas pesqui sas desenvolvidas. ara uma _instituigéo como a Ufra é importan- tissimo um convénio de cooperacgdo técnica, prin- cipalmente para nés que trabalhamos com agricul- tura. £ um reconhecimento dentro da agricultura no mundo académico para o Estado do Para”, comenta a Coordenadora Regional da CEPLAC, Maria Gomes A ViceReitora, Profa. Janae Gongalves, também comentou sobre a cooperacao. “E um ca- samento, e esperamos que essa relagdo entre a Universidade e a CEPLAC traga muitos frutos’. A vicereitoria enfatizou_ sobre a importancia da utilizagéo dos laboratérios da CEPLAC para a formagao académica e experién- cia pratica dos alunos, que sera de grande valia na construgdo do perfil profissional dos futuros egressos da instituigao. rw cacsuamazonia.com br | 5 Fotos: Mitio Guerrere FAEPA/SENAR e CEPLAC realizam curso de formacao técnica Formacao Técnica - A Federacao da Agricultura e Pecudria do Paré - FAEPA e a Comissdo Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) realizam em parceria 0 Curso de Formagéo em Tecnologia na Cadeia Produtiva do Cacau". FAEPA/SENAR, SEDAP e a CEPLAC estdo integrados na percepgao da cacauicul ura no Estado do Para com © aporte tecnolégico e cuidados fitos- sanitérios. A integragao institucional reuni 25 anos de atividades em prol da capacitagao de produtores rurais ea larga experiéncia da CEPLAC na cacauicultura. Esforcos se unem para que o SENAR/PA possa promover as- sisténcia técnica de qualidade para o produtor, transferindo tecnologias de- senvolvidas pela CEPLAC. © Curso de Formacao em Tecnolo- gia na Cadeia Produtiva do Cacau foi um treinamento de 160 horas para 33 instrutores do Senar e 02 produtores turais. No contexto da Politica Nacional de Assisténcia Técnica e Extensdo Rural (PNATER) esté evidenciado que a missdo da Assisténcia Técnica e Extensdo Rural (ATER) é a de partici- par na promocao e na animagao de processos capazes de contribuir para a construgdo e a execugao de estra- tégias de desenvolvimento rural sus- tentavel, centrado na expansdo e no fortalecimento da agricultura familiar e de suas organizacées, por meio de metodologias educativas e participa- tivas, integradas as dinamicas locais, buscando viabilizar as condigdes para Aintegragao institucional reuni 25 anos de atividades em prol da Capacitagao pacts produtores turais e alarga experiéna da CEPLAC na cacauicultura. 6 | www cacavarazonia com br © exercicio da cidadania e para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. MVisando orientar a execugdo dessa missdo, tem-se procurado seguir os principios estabelecidos no PNATER, Programa Nacional de Assisténcia Técnica e Extensdo Rural, do governo federal que pre- tendem ser a sintese daquilo que é indispensdvel para se ter uma nova ATER, dentre os quais vale a pena destacar trés: |Contribuir para o desenvolvimen- to rural sustentavel, com énfase em processos de desenvolvimento endégeno, visando a potencializa- do do uso sustentavel dos recur- ‘sos naturais; MlAdotar uma abordagem multidis- ciplinar e interdisciplinar, estimu- lando a adocao de novos enfoques metodoldgicos participativos e de um paradigma tecnolégico basea- do nos principios da Agroecologia; MDesenvolver processos educati- vos permanentes e continuados, a partir de um enfoque dialético, hu- manista e consttutivista, visando a formagao de competéncias, mu- dangas de atitude e procedimentos dos atores sociais, que potencia- lizem os objetivos de melhoria da qualidade de vida e de promocao do desenvolvimento rural susten- tavel. Neste sentido, o Programa de As- sisténcia Técnica e Extensao Rural do Estado do Paré — PROGATER/ PA, alinhado a essa estratégia Na- cional, tem como um de seus pro- jetos prioritarios a “Capacitagao de Técnicos e Agricultores’, cuja esséncia esta centrada na qualifi- cagao do capital humano com vis- tas a construgao de um referencial de intervengdo que permita enten- O Programa de Assisténcia Técnica e Extensdo Rural do Estado do Para - PROGATER/PA, alinhado a essa estraté- gia Nacional, tem como um de seus projetos prioritarios a “Capacitagao de Técnicos e Agricultores”, cuja esséncia esta centrada na qualificagéo do capital humano com vis- tas a construcéo de um referencial de intervencao que permita entender o estabelecimento familiar no seu con- texto, apoiando a transformacao das bases sociais e dos sistemas familiares de producao, com foco na sua susten- tabilidade. ors cacsuamazonia.com br |7 der o estabelecimento familiar no seu contexto, apoiando a transformagao das bases sociais e dos sistemas familiares de produgo, com foco na sua sustentabi- lidade. Por este prisma, o desafio estratégico, tatico e operacional esta voltado para a efetivacdo de acdes de ATER nos estabe- lecimentos familiares que, além de consi- derar a familia como unidade de decisao, precisa levar em conta 0 contexto regio- nal, as dinamicas préprias das comuni- dades ou dos assentamentos agrarios em que os agricultores se encontram e as caracteristicas e tendéncias de evolu- ¢4o dos estabelecimentos familiares da regio. 0 uso da abordagem sistémica como instrumental analitico-compreen- sivo visa facilitar a relagao agricultor x técnico. Assim, a compreensAo das estratégias familiares e das tendéncias de evolugao dos sistemas de produgao permite-nos propor mecanismos ou atividades que levem & superacdo dos obstaculos en- frentados por esses estabelecimentos. Defende-se, por este angulo, uma relagéo que se baseie na construgao participati- va de tecnologias e na reorientagao das tendéncias de evolugao dos sistemas de producao. Dessa forma, é imprescindivel e im- perativo, portanto, que as instituigdes desenvolvam e implementem acdes de capacitagdo em carater continuado e permanente, que visem possibilitar a reprodugao social da agricultura fami- liar nos polos cacaueiros do estado do Pard, a partir da compreensdo de trés niveis: o territério, o local e o estabeleci- mento familiar, sem perder de vista que esse processo esta ligado ao conceito de acdo global, ou seja, para serem efi- cazes, as mudangas nos sistemas de produgao devem’ ser acompanhadas “Este projeto representa um esforco conjunto da Ceplac e do Senar, com vistas ao atendimento na priorizagaéo de acdes mitigadoras ao desenvolvimen- to dessa importante cadeia produtiva nos polos ca- caueiros do estado do Para. Tendo na sua esséncia, esta concepgao de compar- tilhamento e integracéo de acées na ambiéncia terri- torial, com foco na capacitagao continuada, em prin- cipio, de técnicos, estando alinhado as diretrizes que visem fortalecer os sistemas de ATER, pela ampliagéo capacitagao”, declara Carlos Fernandes Xavier presidente do Sistema FAEPA. 8 | www cacavarazonia com br de agées nas esferas da localidade e da regiao, mediante a adogao de es- tratégias de articulagéo e cooperagao interinstitucional. Assim sendo, compreendendo que a Comissao Executiva do Plano da Lavou- ra Cacaueira (CEPLAC), érgao da admi- nistragao direta do Ministério da Agri- cultura, Pecudria e do Abastecimento (MAPA), detém a responsabilidade, bem como a expertise no desenvolvi- mento da cacauicultura nacional, se apresenta como a instituigao indicada para o repasse de conhecimentos na rea de sistema de producao de cacau na Amazénia. Cumpre destacar que, por no ha- ver deficiéncia em tecnologia agricola para a produgao de cacau economica- mente vidvel e, sim, deficiéncia de mao de obra técnica para o repasse dessa tecnologia, o limite institucional esta circunscrito 4 capacitagao no sistema de produgao de cacau. 0 SENAR por sua vez, representa a experiencia de 25 anos na capacitagao do produtor rural e nessa acdo empresta sua notorieda- de nacional com a CERTIFICAGAO dos concluintes do curso. “Este projeto representa um esforco conjunto da Ceplac e do Senar, com vis- tas ao atendimento na priorizagao de agées mitigadoras ao desenvolvimento dessa importante cadeia produtiva nos polos cacaueiros do estado do Para. Tendo na sua esséncia, esta concep- go de compartilhamento e integragao de agées na ambiéncia territorial, com foco na capacitacao continuada, em principio, de técnicos, estando alinha- do as diretrizes que visem fortalecer 0s sistemas de ATER, pela ampliacao e capacitagao" declara Carlos Fernandes Xavier presidente do Sistema FAEPA. ors cacsuamazonia.com br | 9 CONSOLIDAGAO DA LAVOURA CACAUEIRA NO RIOZINHO E COTIJUBA Convénio - 0 Projeto de Consolidagdo da Lavoura Cacaueira nos municipios do Entorno de Belém é um convénio realizado pelo entre o Servico Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR e a Secretaria de Agricultura e Pecudria do Estado do Pard - SEDAP através do FUNCACAU. SENAR do Paré montou uma equipe técnica para orientar os produtores de cacau sel- vagem, formada pelo, 0 coor- denador do Projeto Funcacau/ Senar, Lahire Figueiredo, a engenheira agréno- ma e técnica do projeto, Ana Carolina Pantoja, a produora rural e presidente do sindicato de Produtores Rurais de Igarapé-Miri, Darlene Pantoja, os con- sultores, Luiz Carlos Piagentini e Ale- xandre Miguel da empresa BTM (Bean to Machine) e o jornalista, pesquisador 10 | weww.cacauamazoniacombr Carlos Paré, se deslocaram através de lancha, no inicio da manha, para as co- munidades de Riozinho e Cotijuba, para visita técnica aos produtores de cacau participantes do projeto de Consolida- ao da Lavoura Cacaueira dos munici- pios do entomo de Belém Funcacau/ Senar, com objetivo de verificar os es- pacos utilizados para o beneficiamento de suas améndoas, e propor melhorias nesses locais de beneficiamento. Para Lahire Figueiredo, Coordenador do Projeto diz que “toda sensibilizagao Oproeto CONSOLID! DALAVOU a CACAUEI Vl IGARAPE- MRI tealiza atividades nas comunidades de Riozinho eCotijuba, munigpiode Igarape-Mir. do produtor para a produgéo do cacau fino, a questao do beneficia- mento e da melhoria da qualidade das améndoas e agregar valor ao seu produto é no sentido que con- solide a Lavoura Cacaueira. Se ele comega a ter uma producdo maior e um faturamento melhor, alcangar um prego bom na venda do produto dele, consequentemente, ele come- aa dar valor melhor a sua lavoura. O que antes era coleta, extrativismo puro, que pode passar no manejo. Neste sentido, 0 SENAR com o apoio da SEDAP. através do FUNCA- CAU, tem como objetivo melhorar a produtividade e rentabilidade do ne- gécio rural, promovendo a formagao profissional do produtor e do traba- thador rural, difundindo tecnologias, através da assisténcia técnica, vi- sando 0 fortalecimento da cadeia produtiva atendida, além de promo- ver 0 desenvolvimento econémico da familia no campo. 0 SENAR esta ensinando a transformar uma ati- vidade de agricultura forte consoli- dando a cacauicultura na regio do Baixo Tocantins, nas comunidades de Igarapé Miri, Riozinho e Cotijuba” declara Lahire Figueiredo. Inicialmente houve reunides nos locais visitados para exaltar a im- porténcia do projeto na regio e caminhada pela propriedade para observar o arranjo dos cacaueiros, e mostrar as etapas inicias realiza- das do projeto. Durante a reuniao, alguns produtores que ainda nao estavam patticipando do projeto, mostraram interesse em participar. Para constatar a situacdo atual do processo de produgao e benefi- ciamento das améndoas de cacau whe © SENAR com 0 apoio da SEDAP, através do FUNCACAU, tem como objetivo melhorar a produtividade e rentabilida- de do negécio rural, promovendo a formacao profissional do produtor e do trabalhador rural, difundindo tecnolo- gias, através da assisténcia técnica, visando o fortaleci- mento da cadeia produtiva atendida, além de promover 0 desenvolvimento econémico da familia no campo. wo: cocauamazonia comb [11 Jaa dos produtores da comunidade Rio- zinho e Cotijuba, os consultores, Ale- xandre Miguel e o Luiz Carlos Piagen- tini, especialista em fermentacao de améndoas de cacau, durante a visita técnica, visualizaram a forma como é realizado 0 beneficiamento nas areas, e optaram por indicar os locais das instalagdes de beneficiamento, como © cocho de fermentagao e a estufa de secagem para melhorar a qualidade da pratica, em locais estratégicos das propriedades visitadas, considerando suas peculiaridades. Para a engenheira agronoma e téc- nica do projeto, Ana Carolina Pantoja que trabalha realizacao de diagnésti- co de cada propriedade selecionada ea implantagao de um plano de agao para cada propriedade, focando nas aces de interesses convergentes em produgao, produtividade e rentabilida- de diz que “ no sentido de verticalizar a produgo, estamos realizando algu- mas etapas que se inicia no Plano de Recuperagao dos Cacaueiros Natives com 0 objetivo de aumentar a produ- tividade dos cacaueiros das Comu- nidades de Riozinho e Cotijuba além da implantagao de cochos e estufas para 0 trabalho de beneficiamento das améndoas realizando cursos para aprimorar a técnica e trabalhar num produto certificado para entrarem e se adequarem no mercado. 0 cacau de varzea j4 tem uma vantagem por organico e por suas propriedades or- ganolépticas e ao ser melhorado na fermentagao e na secagem, fica um produto mais valorizado. As ilhas tem bastante potencial para aumentar essa produtividade’pois nos cacauais nao € feito o manejo s6 € fei- ta a extrago nem todos eles conse- 12 | weww.cacauamazonia combr De ee guem perceber isso a visdio de empre- endedor sao dos atravessadores As ilhas tem uma contribuigdo muito pe- quena quanse insignificante com rela- 0 a produgao de municipios como Medicilindia ‘e de outros municipios mas as ilhas tem um grande potencial e vamos trabalhar em cima disso qua- lidade dos derivados de cacau ajudan- do eles a comercializarem o produto agora em 2020" explica Ana Carolina ‘A equipe integrada_—_reuniu-se primeiramente na casa do produtor Miguel Pinheiro (Macapd), e em seguida foi verificar a estrutura da ponte de trapiche para medir e obter orientages do consultor Luis Piagentini, que por sua vez, disse que poderia ser instalado uma estufa com mesas, embaixo delas, colocar os cochos de fermentacdo. com rodas para movimentagdo no momento de revirar ‘0 mosto com améndoas. Atualmente, o produtor realiza a fermentagdo de suas améndoas em rasas, e a secagem em lonas estendidas no trapiche de sua residéncia. Apés a reunido, a equipe foi na sua area de varzea para fazer 0 reconhecimento dos tratos culturais da tea de cacau selvagem. Chegando na tea, foi verificado que as orientagbes técnicas e 0 acompanhamento técnico realizado anteriormente, sobre 0 plano de recuperagao dos cacauais nativos, deu certo e foram aplicadas pelo produtor e filho. A equipe técnica pode constatar que a poda dos cacaueiros, rogagem, desbastes de drvores e plantio de mudas de cacau nativo, foram bem executados, conforme a foto registrada no dia da visita técnica. wu: cocauamazonia com br [13 Fotos: Carlos Para Deputado Federal OLIVAL MARQUES vai destinar R$ 2.000.000,00 para a cacauicultura no Para deputado federal Olival Mar- ques (DEM-PA), eleito em 2018 com 135.398 votos. Atual titular na Comissao de Seguridade Social e Familia - CSSF; e Suplente na Comissao de Constitui- Ao e Justia e de Cidadania - CJC, pela Camara Federal em Brasilia - DF estd trabalhando para estimular a po- litica cacaueira no Para. Em sua fala para a revistra Cacau Amazénia diz que *O Estado do Para € 0 maior produtor de cacau do pais, atuamos em todos os municipios, no sé na Transamazénica onde se concentra a maior produtividade de cacau mas em todas as regides, atra- vés de nosso trabalho missionério e politico, Atualemente nosso grande desafio 6 impulsionar a producao de cacau no Para. Bem como, valorizar o trabalho da Ceplac, para que possa continuar a introduzir novas tecnologias para a melhoria genética das améndoas, da melhoria da qualidade e do aumento da produgao e implementar medidas para a expansao da lavoura do ca- cau feitas de forma ecologicamente e socialmente corretas. A CEPLAC € um 6rgao piblico de tamanha re- levancia para a economia e o desen- volvimento sustentavel que pode ser um instrumento possivel para ajudar muitas famflias. E através do plantio do cacau em consércio com outras culturas alimentares, seja 0 acai, a ba~ nana, a pimenta do reino, o maracuja, Olival Marques Deputado Federal 14 | vewwcacouam: “A Ministra da Agricultura Teresa Cristina que é uma amiga pessoal minha, e tem se demonstrado a mais parceira 0 possivel para nos ajudar na causa do cacau no Brasil vemos algumas audiéncias, inclusive com a Superintende da CEPLAC no Pard, a Dra, Maria Goret pattcipando e a resposta {que tiveros foi que podemos contar com todo 0 aparato do Ministério para ajudar na Causa e que em 2020 vird maiores investimentos para a cacauicultura do Para”. ou outro produto que possa ajudar na alimentagao didria e na manutengdo familiar. Esse € 0 caminho que encontramos para ajudar os trabalhadores da cacauicultura e de toda a ca- deia produtiva que movimenta o setor. Atulamente essa atividade econémica gera 64 mil empre- gos diretos no Estado e ajuda na recuperagao de dreas alte- radas para recompor o passivo ambiental. Com tudo isso, ndo tinhamos ideia da dimensao estrutural da CEPLAC, dos problemas que ela passava em termo de pes- soal, do sucateamento e do pouco investimento. Foi quan- do procuramos a Ministra da Agricultura Tereza Cristina, ja tivemos algumas audiéncias, inclusive com a Superinten- de da CEPLAC no Paré, a Dra. Maria Goreti e tivemos uma 6ti- ma receptividade. Ela tem se demonstrado a mais parceira © possivel para nos ajudar na causa do cacau e a resposta que tivemos foi que podemos contar com todo 0 aparato do Ministério para ajudar na cau- sa e que em 2020 vird maiores investimentos para a cacaui- cultura do Para. Com o apoio do governo federal vamos criar uma Comissao na Camara dos Deputados para estimular a po- litica cacaueira. No Para participamos de reu- nidocomo Governador do Estado do Pard Helder Barbalho e com a Dra. Goreti Gomes para tratar de parcrias institucionais com a CEPLAC no sentido de promover ages e atividades relacionadas a0 desenvolvimento da cacaui- cultura no Estado. Na ocasiao 0 governador solicitou que fosse criado a Frente Parlamentar do Cacau na Camara dos Deputa- dos e que eu coordenasse a ban- cada de deputados que vai atuar no fortalecimento da CEPLAC, no aumento dos fundos de inves- timentos, seja para o FUNCACAU ou estimular emendas impositi- vas, programas de governo, sus- tentabilidade econdmica, social e ambiental do cacau e garantir ao produtor, principalmente o pe- queno e 0 médio, acesso a todas as linhas de crédito para incenti- vo aatividade. Vamos destinar Emenda Par- lamentar impositiva na ordem de R$ 2,000.000,00 (ois milhdes de reais) para investir no desen- volvimento da cacauicultura no Pard, através da CEPLAC, inves- tir em pesquisa e realizar acdes de Assisténcia Técnica em par- ceria com 0 Governo do Estado e com a Federagao da Agricultura - FAEPA, assim como 0 incremen- to da cultura do cacau no Paré", declara 0 Deputado Federal Olival Marques. swoccocauamazonia com br [16 ASSOCIATIVISMO ASCAU Associagao dos Produtores de Cacau do Estado do Para Associagao dos Produtores - A Associac4o dos Produtores de Cacau do Estado do Para, denominada Ascau, é uma sociedade cil, sem fins lucratvos, com personalidade uridica, fundada em 05/04/1980, destinada a ampla defesa dos direitos e nteresses da cacauicultura no Estado do Para Associaggo dos Produtores de Cacau do Estado do Pard, denominada ASCAU, sociedade civil, sem fins lucrativos, com personalidade juridica, fundada em 05/04/1980, destinada a ampla defesa dos direitos e interesses da cacauicultura no Estado do Pard é formada por cooperativas, associagées e instituigdes setoriais que representam os _produtores de cacau de todas as regides do Paré. Fardo parte da Associagaio dos Produtores de Cacau do Estado do Para todos os cacauicultores, pessoas fisicas e juridicas interessados. A ASCAU visa promover Por Hildegardo Nunes agdes para motivar os associados a buscarem o aumento da _produtividade através da melhoria da qualidade da produgaio e assim dar visibilidade aos produtos, valorizando seus aspectos socioeconémicos, culturais e ambientais, favorecendo assim, os beneficios agregadores de credibilidade e certificagdo de origem, obtendo produtos de qualidade, creditado por especificagdes técnicas padronizadas e reconhecidas nacional e mundialmente. Em sua finalidade cumpre ASCAU: |. Representar e defender dos interesses e direitos dos produtores de cacau do Estado do Paré; ll Promover _atividades sociais, educacionais, culturais ligadas & produgao do cacau no Estado do Pard; Ml, Celebrar convénios e parcerias nacionais e intemacionaiscomassociagées congéneres; entidades civis, autarquias, empresas publicas, privadas e érgaos piblicos nas trés esferas do Poder; IV, Lutar pela preservagao e defesa do meio ambiente; V. Elaborar e executar de projetos que envolvam a cadeia produtiva do cacau e a area ambiental; VI. Participar na realizacéo de pesquisas socioeconémica sobre os produtores e a produgao de cacau do Estado 16 | vewwcacouam: dSCau do Pard (produgio, satide, educagao, trabalho, habitacao, lazer, seguranga, meio ambiente e outras); Vil. Contribuir com 0 Poder Publico para o desenvolvimento de politicas publicas em beneficio da lavoura de cacau e seus produtores, tais como o estimulo a produgao, verticalizagdo_ e comercializacdo da producao. VIIL.Contribuir na divulgagao e valorizagio do cacau, chocolate e outros derivados, produzidos no Estado do Para. IX. Promover a certificagao do produto de qualidade e de origem, nas suas mais diversas formas. INDICAGAO GEOGRAFICA A Associagao tem também como misao “proteger o cacau paraense por meio da Indicagao Geografica, valorizando os aspectos _ socioeconémicos, culturais e ambientais de cada regio produtora. Entende- se que a IG do Cacau através da ASCAU, —_associagées, cooperativas e_ instituicdes setoriais podem solicitar o Certificado de Origem e 0 Selo de Indicacdo Geografica para impulsionar a cadeia do cacau e chocolate nos seus diversos ambitos, econémico, social, ambiental e de difusao tecnolégica “A ASCAU tem o importante papel de motivar os associados Petz o WML ra) Te ete) ea DA TRANSAMA- Penns Plstaer Ney Wrobel) DELEGACIA DO VALE DO OT Faso We UNS DELEGACIA DO NORDESTE alae DELEGACIA DO TAPAJOS: www: cocauamazonia com br [17 PXStele NLL) aobteroselodalG, darvisibilidade, promovendo agées de marketing; difundit treinamentos técnicos no campo para os produtores, visando atrair os beneficios agregadores da qualidade; atrair 0 mercado nacional e internacional, consolidando o selo da IG cacau do Paré como uma marca de confianga; entre outras agées de fortalecimento da cadeia. —m 40 anos de atividade a ASCAU vem trabalhando na melhoria da qualidade e no aumento da _produtividade. Durante esse periodo o Pard tomou-se o maior produtor nacional quando varios grupos organizados de —_produtores trabalharam para que essa conquista fosse possivel. AR ATUAGAO A atuagdo da ASCAU se relaciona de forma integrada e estratégica com os _parceiros do Ministério da Agricultura — MAPA, Comissao Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira = CEPLAG, do Sistema FAEPA, Sistema FIEPA, SEBRAE, UFRA, UFPA, IFPA, FINEP, do Governo do Estado do Para através da SEDAP, SEDEME, SECDECT, ADEPARA, EMATER, BANPARA, além das Secretarias Municipais de Agricultura, Sindicatos de Produtores Rurais, Sindicatos de Trabalhadores Rurais, Produtores de cacau, empreendedores do ramo de chocolates e derivados de cacau e outras organizagoes da sociedade civil a Em 40 anos de atividade a ASCAU vem trabalhando na melhoria da qualidade e no aumento da produtividade. Durante esse periodo 0 Para tornou-se 0 maior produtor nacional quando varios gru- pos organizados de produ- tores trabalharam para que essa conquista fosse possi- vel” declara o presidente da Associagdo dos Produtores de Cacau do Estado do Pard 18 | weww.cacauamazonia combr "Destacamos que foi vencida mais uma etapa rumo ao maior desenvolvimento da Cacauicultura no Estado do Pard, e que estamos apenas no comego de uma nova fase muito mais 4rdua de trabalho para consolidagdo da Indicacdo Geogréfica das Regides do Paré e consequentemente tornar o Paré como referéncia mundial em produgao de cacau com alta qualidade. Essa é uma entidade dos produtores” destaca Carlos Femandes Xavier, presidente do Sistema FAEPA que acre- dita no potencial da associa- go para o desenvolvimento da cacauicultura no Para. atuagio da ASCAL se rel maintegads ees cei vitura— MAPA ia do Plano Foto: Cazios Pars AGOES PRIORITARIAS Seek N eee dare eke ey lemas Agroflorestais Sustentaveis de Cacaueiros em Consércio com espécies nativas Secs Opto ai) Basel eae URS a) Us Ber Re ee eae nes Pree reece etc ocr Lene - Parceria com Bancos e Cooperativas de Crédito para earn kertect et tie Sec eee san tie Mek cuuenc tT - Fundo para o Desenvolvimento da Cadeia do Cacau - FUNCACAU ee Tus Crete haar) Bennet ke a enn - Mercado do Cacau no Brasil e no Mundo. cauicultura; vwov-eacauamazonia.com br [19 Lis) tora Rede CIN/Para e SEBRAE realizam Missao em Paris e Lisboa CIN / FIEPA - Empresdrios representantes do setor industrial e comercial do Estado do Para participa- ram em Paris do Salon du Chocolat, € em Lisboa, do Web Summit 2019, eventos de grande importancia de divulgacéo da produgao, intercémbio comercial, tecnoldgico e cientifico e de atragao de investimentos para o Estado. Por Carlos Para Centro 0 Centro Intemacional de Negocios do Pard (CIN/FIEPA) esteve presente na 25* edi- go do Salon du Chocolat em Paris, maior evento do mundo dedicado ao chocolate e ao ca- cau que este ano reuniu mais de 60 paises, com 500 partici- pantes e 1 milhao de visitantes. Outro evento de grande impor- tancia de atrago de investi- mentos que 0 CIN marcou pre- senca foi o Web Summit 2019, que aconteceu no més de no- vembro em Lisboa, um dos maiores eventos de inovagéo do mundo, que este ano reuniu mais de 70 mil pessoas. MISSAO PARIS - SALON DU CHOCOLAT A miss&o comercial coorde- nada pela Rede Brasileira de Centros Internacionais de Ne- gécios (Rede CIN) e articulada pelo CIN Bahia, com colabora- 80 do CIN Pard e outros esta- dos, contou com as parcerias do Sebrae, Governo do Estado do Para, Associagao Brasilei- ra da Industria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB) e Agéncia Brasileira de Promo- cdo de Exportagdes e Investi- mentos (Apex-Brasil) Durante cinco dias, as empre- sas tiveram a oportunidade de apresentar produtos, acessar novos mercados, ampliar o ne- tworking com potenciais par- ceiros e prospectar negécios, além de conhecer novas tec- nologias e recursos voltados & inovagao, “O Salon du Chocolat de Pa- ris 2019 foi umas das melhores versées para a qual pudemos levar produtores de améndoas de qualidade e algumas pe- quenas indistrias de chocola- te que vém se destacando no mercado paraense. No caso do convénio CIN e SEBRAE possi- bilitamos a participagao de 03 empresas, a Dom Amazon, Da Cruz e NAYAH Chocolate que tiveram um desempenho muito produtivo no evento. Isso é um estimulo para que as empre- sas adquiram o know-how e as condigdes desejaveis para uma entrada segura e bem-sucedi- da em mercados globais cada vez mais competitivos”, declara 20 | wow sonia com br Lis) tora errr nc es Cassandra Lobato, coordena- dora do CIN Para. Os Centros Internacionais de Negocios sao portas de entra- da para empresas brasileiras no mercado mundial. Na mis- so comercial, por meio do assessoramento de profissio- nais com comprovada experi- éncia em comércio exterior, as empresas puderam participar de palestras e workshops, co- nhecendo melhor suas reais oportunidades de negécios nos mais diferentes mercados globais podendo estudar e ra- cionalizar seu processo de in- temnacionalizagao ‘A comitiva paraense realizou uma visita a embaixada do Bra- sil na Franga onde participou de um evento com formadores de opiniao, chocolatiers, jor- nalistas, influencers digitais e imprensa. No encontro, os em- 22 | weww.cacauamazonia comb presdrios apresentaram 0 cho- colate brasileiro e o potencial turistico e econémico para o mercado francés. Para Cassandra Lobato, esse tipo de missao comercial é es- sencial para alavancar os neg6- cios de empresas que buscam expandir sua atuacdo. “Parti- cipar de feiras internacionais agrega muito ao empresério porque ele consegue apre- sentar os produtos a grandes compradores que buscam no mundo todo parceiros e forne- cedores preparados para aten- der com qualidade e seguran- ga. Por isso o CIN Para busca sempre promover missées co- merciais internacionais para ajudar as empresas locais a alcangar esse mercado e au- mentar as exportagdes”, expli- ca Cassandra, WEB SUMMIT PORTUGAL Promovido pelo Centro Inter- nacional de Negécios da FIEPA e Camara Portuguesa de Comér- cio do Paré, a WebSummit que aconteceu de 4 a7 de novembro, na Altice Arena & FIL em Lisboa, a maior e mais importante con- feréncia de tecnologia do mundo, © principal encontro de inovagao que vai estar em Portugal até 2028. 0 vice-presidente da Fede- rago das Industrias do Estado do Pard (FIEPA) e presidente do Sindicato das Indistrias Minerais do Estado do Pard — SIMINERAL, José Femando Gomes, faz um balanco positivo da participac’o no evento. "E muito gratificante participar dessa misao capita- neada pela FIEPA, por meio do CIN, e em parceria com o SE- BRAE/PA e foi um ganho enorme em termos de atragao de inves- tidores e investimentos para o nosso Estado. Fizemos varios contatos e fechamos algumas Parcerias para 2020, envolvendo a FIEPA, o Govero do Estado do Para, a Federagao da Agricultura e Pecuaria do Pard, 0 SEBRAE e a Fecomércio, para que pos- samos realizar 0 intercambio entre Paré e Portugal, e vice- versa, gerando emprego, renda e desenvolvimento’, _explica Gomes. ‘Ainda segundo José Fernando Gomes, a misséo empresarial para o Web Summit representou “um evento de grande sucesso, no qual pudemos contar com a presenga do titular da Secreta- ria Estadual de Desenvolvimento Econémico, Mineracao e Energia (Sedeme), Iran Lima; do presi- dente da FECOMERCIO, Sebas- tio Campos; do superintendente do Sebrae no Pard, Rubens Mag- no; do superintendente da do SE- NAR/FAEPA, Walter Cardoso; no podemos deixar de mencio- nar aimportancia do PCT Guam esse processo para que possa trazer desenvolvimento nesse : ambiente de negécio criado pelo governador Helder Barbalho no sentido de trazer novas empre- ‘sas e de manté/as em nosso Es- tado’ Para Gomes, 0 resultado da! missdo € positive e traz muitos ganhos ao setor produtivo do Es- tado. "O fruto da misao é super- positivo, muito proveitoso para a Federacao das Industrias e para { © Governo do Estado, representa- do pelo Secretario Iran Lima, pois serviu para mostrar aos empre- sérios portugueses nosso am- biente de negécio. Tenho certeza de que, em breve, toda a socieda- de paraense colherd os bons ft tos dessa missio" declara José Fernando Gomes. " Fizemos varios contatos e fechamos algumas parcerias i que jé vdo poder estar } acontecendo, agora em 2020, envolvendo o Sistema : FIEPA, o Governo do Estado do Pard, a Federacao da rae Pecudria do Pard, RAE, a FECOMERCIO, para que possamos realizar 0 intercdmbio entre Pard e Portugal, e vice-versa, gerando emprego, ren desenvolvimento”. ‘www: cocauamazonia com br | 23 MUD) = Ne We aN O Futuro da Cacauicultura no Para Audiéncia Publica - Motivada pela CEPLAC /Pard atendida pelo Deputado Eraldo Pimenta para deba- ter o futuro da cacauicultura no Para. A audiéncia reuniu no auditério Jodo Batista os principais atores da cadeia produtiva do cacau, do governo e de entidades agropecudrias. 26 | weww.cacauar ci coy ASSEMBLEIA LEGISLATI VA DO ESTADO DO PARA - ALEPA foi palco de um momento histérico para 0s cacauicultores do Estado do Pard onde através de uma deman- da da Superintendente da CEPLAC, © Deputado Eraldo Pimenta (MDB), realizaou em (24/09) uma Audién- cia Publica para debater o futuro da cacauicultura no Para. A audi- éncia reuniu no audit6rio Jodo Ba- tista os principais atores da cadeia produtiva do cacau, do governo e de entidades agropecuarias. “Todo didlogo € favoravel, aprimora co- nhecimento. E hoje, temos todos os interessados na melhoria da nossa produgao de cacau. Temos ideia do potencial produtivo e por isso, precisamos falar sobre isso e incentivar nossos produtores’, ava- liou 0 deputado Eraldo Pimenta. Participaram do evento o Secre- tario de Estado de Desenvolvimen- to Agropecuario (SEDAP), Hugo Suenaga; 0 auditor fiscal Luiz Pinto de Oliveira; 0 prefeito de Rurépo- lis, Juscelino Padilha; o presidente do Sistema FAEPA, Carlos Xavier; 0 diretor da Emater Pard, Rosival Possidénio; o gerente executivo do Banco da Amazénia, Misael San- ‘tos; a superintendente da CEPLAC no Para e Amapé, Goreti Gomes; a Coordenadora de Mercado da SEDEME, Luciana Centeno, 0 coor- denador da Cooperativa Agricola Mista de Tomé Agu (Camta), Alber- to Ke Ti Opata. Estiveram presen- tes, membros da Associagao dos Engenheiros Agronomos do Par, Eng. Pedro Paulo Mota; Coopera- tiva Central de Produgao Organica da Transamazénica e Xingu, Rai- eee Poe se sole] EMT OMT UN CoCo Co (On Assist@ncia técnica aos empre- PMs CO CRU TOT elles ROP UiKt| K Técnica que celebram a UNIAO Cl) cultura e Aba: Sees Rural e Irrigacao por intermédio misao Executiva do Plant da Lavoura Cacaueira - CEPLAC Amapa, Gor Tete) eoR ns cke Meee (eno cOnGlnt nem MUD) No We) ney mundo Silva; Prefeitura Trairdo, Embrapa; Adeparé, Consércio de Municipios de Belo Monte, Olival Marques, de Ruropdlis. Na ocasido além de serem re- latados os principais gargalos desse setor produtivo, foram assinados um protocolo de As- sisténcia técnica aos empre- endimentos financiados com 0s recursos do FNO, e outras fontes operacionalizadas pelo Banco da Amazénia S/A. nos Estados do Pard, Amazonas e Mato Grosso e 0 Acordo de Co- operago Técnica que celebram a UNIAO através do Ministério da Agricultura e Abastecimento MAPA, Secretaria de Desenvol- vimento Rural e Irrigacéo por intermédio da Comissdo Exe- cutiva do Plano da Lavoura Ca- caueira - CEPLAC e 0 municipio de Rurépolis para os fins que se especifica. Para 0 Deputado Eraldo Pi- menta, “O Estado do Para é 0 maior produtor da Federagao produzindo cerca de 4 % a mais do que a Bahia, por termos ter- ras férteis, logistica que foi co- locado por Deus, estamos bem mais perto do mercado consu- midor da Europa e EUA. Quando discutimos a produ- go claro que discutimos o pro- Gresso, ndo podemos ficar em nossa porta “a ver navios” levan- do nossas riquezas ou as condi- cionantes que nao foram feitas. O Estado do Par nao tem quem segure, se avangarmos na ques- to da desburocratizacdo das linhas de crédito, 0 Banco da Amazénia tem dinheiro e tem condigdes de ajudar a liberar o recurso com menos burocracia. Por isso na Audiéncia Publica assinamos um protocolo de in- tengdes para garantir incentivo para os produtores de cacau no Par. O objetivo é estruturar um plano de aco para potenciali- Zar a produgao de cacau e defi- nir como o Banco da Amazénia pode participar desse processo e ajudar nossos produtores. Ou- tra questo fundamental que va- mos debater no futuro é regula- rizago fundidria que ainda é um sonho nosso, e vamos comear a reivindicar” declarou o Deputa- do Eraldo Pimenta. Logo apés aos cumprimen- tos de abertura, seguiu-se a palestra do pesquisador e auditor fiscal da CEPLAC, Dr. Fernando Mendes. Um dos Pontos fortes de sua fala foi referente ao passivo ambiental que o plantio do cacau contribu para a recomposicéo das reas alteradas na amazénia: “Atualmente sabemos que nao falta discurso na midia para dizer que estamos destruindo o meio ambiente na Amazénia. O cacauicultor est4 recuperando © meio ambiente. Séo 140 mil hectaresrecuperadoseospaises que nos ofendem nos devem 173, 6 milhdes de Euros para os produtores de cacau do Estado do Pard. Esse valor é quanto vale um servigo ambiental que 6 0 sequestro de carbono. Cada hectare de cacau plantado nesse Estado, sequestra 124 toneladas de carbono eninguém fala nisso. Nos acusam de estar fazendo a coisa errada. Existe um débito embutido 26 | weww.cacauamazonia.combr entre aqueles que poluem e aqueles que prejudicam © meio ambiente para os cacauicultores paraenses e a cada ano essa divida para com os cacauicultores_paraenses cresce, pois no Pard cresce no minimo 9 mil hectares por ano de érea plantada ‘Anica maneitadereivindicar © “pagamento” desse passivo ambiental € “viralizando’ em todas as formas de midia (municipal, estadual, nacional e internacional), tanto o que ja foi feito quanto 0 que ainda esta por ser feito. Especialmente no que ainda estar por ser feito, seria louvavelndo apenas o _reconhecimento desse esforgo, mas, também, a ajuda financeira para que programas voltados para esse fim no fossem paralisados; a0 contrério, estimulados. Eodecontinuar como um dos protagonistas importantes, em termos mundiais, na produgdo de améndoas de cacau de qualidade. Esté no estado do Paré, como pertencente ao bioma de origem do cacaueito - a Amaz6nia - a maior diversidade genética dessa espécie vegetal. Pode muito bem ser aqui 0 local da descoberta néo de uma, mas de varias possibilidades para a produgao de chocolates de qualidade especial: os finos ede aroma’ declara o pesquisador e auditor fiscal da CEPLAC, Dr. Fernando Mendes. 'E importante que estejamos sempre em um didlogo aberto com o setor produtivo do cacau, para que possamos discutir novos rumos a se tomar. Por isso 0 tema, 0 Futuro da Cacauicultura do Pard. Sem divida nossa instituigéo tem uma importancia inquestionavel no setor™ declara Maria Goreti Gomes, coordenadora da CEPLAC GORETI GOMES MARIA (CEPLAC) - “Gostaria de agra- decer a todos os servidores da CEPLAG, dos produtores rurais, dos representantes das institui- Ges publicas e privadas, e dos representantes de toda a cadeia da cacauicultura de nosso Esta- do que se fazem presentes na Audiéncia Publica solicitada a0 Deputado Estadual Eraldo Pi- menta que atendendo de forma generosa nossa solicitacao, no mediu esforgos para que a mes- ma acontecesse em curto espa- 0 de tempo, tal a grandiosidade do assunto “0 Futuro da Cacaui- cultura do Par’. Todos os re- presentantes inclusive do setor financeiro "Banco da Amazénia’ foram unanimes em ressaltar 0 trabalho exitéso da CEPLAC no trato da cultura do cacau do nos- so Estado, ressaltando a impor- tncia da continuidade da exten- sdo rural realizada pela CEPLAC junto &s 26 mil familias assisti- das por nés. As assinaturas dos Termos de Cooperaco Técnica foram tam- bém um’ ponto alto na sesséo de onde podemos mostrar aos presentes 0 quanto a CEPLAC é importante no contexto da cultu- ra do cacau, também queremos ressaltar a disposigdo do Gover- no do Estado do Para que através do governador Helder Barbalho, solicitou ao Deputado Federal Olival Marques que coordenasse a Frente do Cacau a nivel federal para se garantir recursos fede- rais para o desenvolvimento da cacauicultura do nosso Estado. ‘A participacao do Auditor Fe- deral Fernando Mendes da CE- PLAC na sesso deu o tom ne- cessério para mostrar de onde viemos e onde pretendemos che- gar, ou seja, 0 Futuro da Cacaui- cultura do nosso Estado” declara Maria Goreti Gomes da CEPLAC. www: cocauamazonia com br | 27 EU Ts NTol Ma: s afer. CARLOS XAVIER (Sistema FIEPA) Em 2008, aqui dentro dessa Casa, Assembleia Legis- lativa do Estado do Pard, apre- sentamos 0 Projeto Preservar, com o principal objetivo de expandir e modernizar a produ- go agropecustia ao criar con- digdes mais favordveis para as reas que jé foram antropiza- das, ou seja, dispensando-se 0 avanco sobre a floresta nativa, para trabalhar com Sistemas agroflorestais, consorciando o cultivo do cacau, com o agai, a pimenta do reino, 0 mog- no e outros cultives agricolas que combinarem melhor com cada regio e assim promo- ver beneficios econémicos e ecolégicos para o produtor ru- ral. Nossa proposta na época jd contemplava tomar Para o primeiro produtor de cacau em nivel nacional, e agora _o nos- so desafio é ser o maior pro- dutor de cacau do mundo. Ao recordar 0 saudoso Paulo de Tarso Alvim, na minha opiniao, maior fisiologista no mundo, o qual teve a incumbéncia a pe- dido do governo brasileiro de retornar & Amazénia, particu- larmente ao Pard, a cultura do cacau. Paulo Alvim muito inteli- gente, escolheu a regido de Ter- ra Roxa e retornou 0 cacau ao Pard pela Transamazénica e foi um sucesso. Hoje a cultura do cacau esta presente em todas as regides. O cacau comegou a se expandir pelas condigdes edafoclimaticas de nosso Es- tado, de estabilidade climatica, temperatura média variando entre 26° a 33°, e sem ocor- réncia de geada, agua doce em abundancia. Enquanto outros paises morrem de sede, der- Tamamos uma vazao colossal no mar a cada segundo. Além disso, temos a disponibilida- de de reas, 0 segundo maior Estado da nagéo brasileira, te- mos energia solar o ano intei- ro. Por conta disso, ndo tenho duvida de que chegaremos 1a. Para isso, 0 Sistema FAEPA vem desenvolvendo diversas agées na Cadeia Produtiva do Cacau visando a capacitagao de produtores na verticaliza- do do cacau e gestdo de ne- gécios, com o apoio financeiro O cacau comecou a se expan- dir pelas condigées edafo- climaticas de nosso Estado, de estabilidade climatica, temperatura média variando entre 26° a 33°, e sem ocor- réncia de geada, agua doce em abundancia. Enquanto outros paises morrem de sede, derramamos uma vazao colossal no mar a cada segundo. Além disso, temos a disponibilidade de areas, 0 segundo maior Estado da na- G40 brasileira, temos energia solar o ano inteiro. Por conta disso, néo tenho diivida de que chegaremos ld. do Fundo de Apoio Cacaui- cultura do Estado do Pard, cuja gestdo é exercida pela Secre- taria de Estado de Desenvolvi- mento Agropecudrio e da Pes- ca - SEDAP, em parceria com a CEPLAC, 0 MAPA, todos as secretarias do Governo do Es- tado e com o interesse do nos- s0 Governado Helder Barbalho eos Deputados da ALEPA, nao tenho duvida que vamos con- seguir” enfatizou o presidente do Sistema FAEPA em sua fala 28 | weww.cacauamazoniacombr Apés uma apresentagdo de- talhada do histérico da produ- cdo cacaueira no Pard e dos dados econémicos do setor, e © que o cacau representa para © Estado, 0 secretario Hugo Suenaga reforgou 0 compro- misso do Governo do Estado com o setor. HUGO SUENAGA (SEDAP) “Estamos elaborando um plano para a cacauicultura no Pard. O setor comercializa mais de um bilhao de reais no Pard, é a 4® cultura que mais exporta, em termos de com- modities. Se tem alguma duvi- da sobre a importancia deste setor, deixo claro que o setor é de grande interesse para nos- so governo’, garante. Este ano realizamos o 6° Festival de Chocolate com o patrocinio do FUNCACAU e do BANPARA. Em 04 dias de programacao intensa entre cursos, oficinas, palestras, forum, concursos, obtivemos a visitacdo de mais de 40 mil pessoas e foi gerado mais de 10 milhdes de reais dentro da cadeia produtiva do cacau. O ptblico conheceu a biodiversidade do Paré e como € produzido este cacau dife- renciado, que se transforma em nibs, chocolates e outros produtos derivados com uma identidade de sabor muito es- pecial. Nés temos produtos de origem onde a questao geogra- fica, climatica, cultural de quem trabalha com essas matérias primas, influencia no sabor. Foram langados algumas no- vas marcas de chocolates nos "0 papel do Estado é levar capacitacao aos produtores e, a0 mesmo tempo, comunicar 4 sociedade nossos destaques com a maior produgéo de cacau do pais e com a qualidade das nossas améndoas, muito superior aos concorrentes do Brasil. Queremos 0 protagonismo do Pard no plantio, mas também na verticalizacao". stands do festival, estimulando novas empresas a investirem no mercado. A presenga do governo nesse ambiente trans- mite aos produtores mais se- guranga, que é confirmada por meio de nossas politicas publi- cas de fomento, de crédito, nanciamento, comercializagdo e acompanhamento no que diz respeito aos produtores de ca- cau com a Assessoria Técnica Rural (ATR), que é importantis- sima e é, inclusive, uma grande necessidade, além da questao da regularizagao fundidria. O papel do Estado é levar capa- citagao aos produtores e, a0 mesmo tempo, comunicar a sociedade nossos destaques com a maior produgao de ca- cau do pais e com a qualidade das nossas améndoas, muito superior aos concorrentes do Brasil. Queremos 0 protago- nismo do Para no plantio, mas também na verticalizagao. Jé mostramos em diversas opo tunidades que o ativo gerado é muito importante. E um grande desafio de todos os governos, e eu nao me furtarei a tentar virar essa chave. Nao podemos nos contentar apenas com a ativi- dade primaria. Nos temos uma qualidade excelente nas regi- des paraenses, e essas certifi- cagées 6 ressaltam isso, so importantes conquistas para o Estado. 0 governo conta com a parceria da Federagao dos Agricultores do Estado do Paré -FAEPA e fundamentalmente da Ceplac, nao s6 na produgdo de semente mas com a capa- cidade técnica incontestavel. Vamos comegar a trabalhar no aumento da produtividade local, principalmente com for- necimento de mudas e assis- téncia técnica mais ativa no campo, por meio de varios 6r- gos executores de assisténcia técnica. Com isso, conseguire- mos aumentar a produgdo e a efetivagaio de fato de uma poli- tica publica para o cacau. www: cocauamazonia com br | 29 EU Ts NTol Ma: s afer. urante a Audiéncia Pu- blica, o Banco da Ama- zénia e a Comisséo Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, assinaram um protocolo de in- tengdes para garantir incentivo para os produtores de cacau no Pard. “O objetivo é estrutu- rar um plano de ago para po- tencializar a produgéo de ca- cau e definir como 0 Banco da Amazénia pode participar des- se processo e ajudar nossos produtores", explicou Misael Santos, gerente executivo do banco. Também foi assinado um acordo de cooperagao téc- nica entre a prefeitura de Ruré- polis e a Ceplac. Outros muni- cipios também devem assinar termos de cooperacao com a instituigao. Mizael Moreno dos Santos, contextualizou a importancia da assinatura do Banco da Amazénia entusiasmado com © levantamento de numeros que tinham sobre a potenciali- dade da cacauicultura no Esta- do, reconhece a representativi- dade da produgdo do cacau na economia, na renda circulante ena importancia para o desen- volvimento social dos produto- res confrontado com as linhas de crédito para alavancar a cul- tura do cacau. Assisténcia técnica aos em- preendimentos —_financiados com os recursos do FNO, e ou- tras fontes operacionalizadas pelo Banco da Amazénia S/A. nos Estados do Paré, Amazo- nas e Mato Grosso, assina pelo Banco da Amazénia 0 gerente executivo Mizael Moreno dos Santos e pela CEPLAC , Acor- do de Cooperagao Técnica que celebram a UNIAO do Minis- tério da Agricultura e Abaste- cimento MAPA , Secretaria de Desenvolvimento Rural e Irriga~ co por intermédio da Comis- so Executiva do Plano da La- voura Cacaueira e 0 municipio de Rurépolis para os fins que se especifica. Assina a 0 coor denadora regional da CEPLAC representada pelae prefeito de Rurépolis Juscelino Padilha. Luis PINTO (MAPA SFA/ PA) atual superintendente do MAPA, trabalhou na CEPLAC até 2013, afirmouqueaCEPLAC & 0 modelo mais vitorioso que o Estado do Paré jé teve no setor da cacauicultura. A nica instituigéo do Brasil que consegue fechar no mesmo modelo a pesquisa cientifica, a producdo de conhecimento, a difusao e a transferéncia do conhecimento ao produtor rural. Todo conhecimento que a CEPLAC produz envolve a distribuicéo de sementes, assisténcia técnica gratuita e a educago produtiva. “A CEPLAC no Paré quando comegou a construir sua equipe trabalhava com uma produgdo de 1500 toneladas e agora alcangarmos 135.000 toneladas de améndoa seca de cacau em 2018, 0 que coloca © Pard na primeira colocagao de produgao nacional e que demonstra em_ estatisticas, 30 | waww.cacauamazonia combr fundamentadas, sérias, um projeto _cientificamente comprovado de atuacdo no setor. Crescemos a uma taxa de 6 a7 % de plantaco de cacau ao ano. Isso nao existe no mundo. E este modelo tem dentro dele a produgao de semente hibrida de cacau que no é uma semente qualquer. Uma semente que tem todo um trabalho dentro dela entregue ‘a custo zero para o produtor rural. Ndo € toa que esse programaétipicamente familiar abrangendo mais de 25 mil familias no Estado. A CEPLAC com ciéncia e tecnologia, implantou no Estado do Para, 0 maior Banco de Germoplasma do mundo com mais de 20 espécies. Aqui esta 0 coragdo da cacauicultura mundial. Isso vai se perder senao tiver investimento, interesse para por uma cultura que é tipica de formagaio de uso miltiplo. Agora que ecologia virou moda no mundo. Podemos usar 0 cacau como exemplo de uma base sustentavel. 0 cacau é uma atividade que permite recompor _passivo ambiental. Se 0 governador do Estado fizer que 0 cacau seja uma atividade capaz de recompor o passivo através do Sistema Agroflorestal - SAF plantado em consércio com outras culturas. Se tivermos investimentos, a CEPLAC, pode ampliar sua demanda de 15 milhdes, para 80 milhdes de sementes. Uma atividade que jd deu certo e pode dar muito mais certo com pequenos ajustes. E se nds pegarmos esse pequeno instrumento que se chama FUNCACAU que tira 30 unidades para cada tonelada de cacau que sai do Estado. Isso dé uma rentincia de 1, 2% O estado recolhe 12% do ICMS do cacau. Se o Governador tiver a antevisdo de sair de 1,2% e aumentar para 3, 4% 0 recolhimento de ICMS vai ser muito maior pelo ganho de produgao que esse Estado vai ter num curtissimo prazo. Temos que rediscutir 0 modelo da CEPLAC para querer discutir © futuro da cacauicuttura. No inicio a CEPLAC era e foi a cacauicultura. O ajuste hoje é buscar exatamente uma reorientacao desse modelo. “Uma atividade que ja deu certo e pode dar muito mais certo com pequenos ajus- tes. Ese nds pegarmos esse pequeno instrumento que se chama FUNCACAU que tira 30 unidades para cada tonelada de cacau que sai do Estado. Isso dd uma rentincia de 1, 2% O estado recolhe 12% do ICMS do cacau. Se o Governador tiver a antevisdo de sair de 1,2% e aumentar para 3, 4% o recolhimento de ICMS vai ser muito maior pelo ganho de produgéo que esse Estado vai ter num tissimo prazo” declara Luis curtis Pinto, superintendente Federal de Agricultura no Para. www: cocauamazonia comb | 31 EU Ts NTol Ma: s afer. LUCIANA CENTENO, engenhei- ra de alimento e produtora de chocolate, representando a Se- cretaria de Desenvolvimento Econémico e o secretario de Estado Iran Lima falou sobre a verticalizagéo e industriali- zagao da améndoa de cacau, ressaltou a importancia da Audiéncia Publica e falou da importancia da SEDEME no envolvimento na politica de fortalecimento da cacauicultu- ra no Paré, integrado com as secretarias estaduais (SEDAP IDEFLOR, ADEPARA, EMATER) MAPA e CEPLAC, Sistema FAEPA e Sistema FIEPA, SE- BRAE, ALEPA “Os dados com relagdo a verticalizagao da produgao do cacau ainda so muito incipien- tes, ainda temos a producao de 0,5% de verticalizagao em nos- so Estado. Quando a gente olha co contexto de quanto ainda po- demos avangar em desenvolvi- mento econdmico, envolvendo todas as entidades econdmi- cas que pensam nao apenas na produgao da matéria prima e aprimoramento delas, verifi- camos que estamos no estagio inicial, apenas comegando nes- se proceso. Na SEDEME pensando no fu- turo da cacauicultura no Pard, trabalhamos em conjunto com diversas entidades represen- tadas da produgao do cacau entre elas, a Federacdo das In- dustrias - FIEPA e a Rede CIN, o SEBRAE e outras entidades que também planejam o futuro da “Temos esse dever de atrair investimentos e de empresas que se instale em nosso Estado. Queremos estimular 0 aproveitamento do nosso potencial econémico eestimular nao apenas empresas de fora mas incentivar os produtores locais ou aqueles que tema coragem e a disposicao de investir na verticalizagéo da cacauicultura ea vertica- lizago da produgao do cacau. Em conjunto e de maos dadas podemos superar essa situagao de atraso econémico e ser referéncia na produgao de matéria prima e de produtos derivados do cacau com qualidade. Neste sentido, o gover- nador Helder Barbalho, ver delegando atribui- Gées dentro da Secreta- ria de Desenvolvimento Econémico, para estimu- lar a atracdo de investi- mentos. Ou seja, se nés temos uma capacidade produtiva elevada é im- portante que se instale industrias na nossa re- gido. No curso de en- genharia de producao, o primeiro conceito diz, “se vocé quiser produzir, es- teja proximo da matéria prima”. producao do cacau" Temos esse dever de atrait investimentos e de empresas que se ins- tale em nosso Estado. Queremos estimular o aproveitamento do nos- so potencial econémico e estimular nao apenas empresas de fora mas incentivar os produto- res locais ou aqueles que tem a coragem e a disposigao de inves- tir na verticalizagéo da producéo do cacau e seus derivados (nibs, liquor, torta, manteiga) ainda existe a industria cosmética para produzir extratos com potencial antioxidante. Nesse pro- cesso é importante tam- bém estarmos_unidos com entidades ligadas a Ciéncia e Tecnologia’ explica Luciana 32 | weww.cacauamazonia combr “A importancia do governo do Estado para reestruturar essa cadeia produtiva é também abrindo linhas de crédito pelo Banparé e estimulando a SEDUC a colocar na merenda escolar 0 chocolate produzido no Para, pelas cooperativas. Esta € a nossa proposicao nesta audiéncia". ALBERTO KE TI OPATA | rural pudesse a comecar representando a Co-| a ter uma renda mensal. munidade japonesa na| Esse plano de sustenta- Amazénia que este ano | bilidade serviu para rees- completa 90 anos e a| truturar a comunidade e Cooperativa Mista de| implementar 0 Sistema Tomé Acu - CAMTA, em| Agroflorestal de Tomé sua fala lembrou que a| -Acu que chamamos de primeira cultura planta-| SAFTA. Recentemente da pelos japoneses em| comecamos a expor- Tomé Agu foi o cacau| tar para o Japao nossa que nao deu certo pois| améndoa e 0 exporta- no tinhamos assistén-| dor 0 que ele quer? Ele cia técnica, comecamos | gostou da améndoa de a plantar verduras, de-| Tomé Acu porque é uma pois arroz e a pimenta| améndoa hibrida. Ele ndo do reino. “Para implantar | quer uma améndoa de a lavoura cacaueira em| apenas uma variedade, nosso meio a diretoria| mas de uma mescla de da época fez um Plano | um cacau mais fino que de Sustentabilidade para | chamam de blend. Esse superar uma crise muito | tipo de variedade que o grande que tivemos na] nosso consumidor no cooperativa devido os | Japao quer. danos da praga que afe-|_A CAMTA com seus tou nossa produgao de| cooperados tem 1 mi- pimenta. 0 objetivo des- | Ihdo de pés plantados e se plano na década de] no municipio de Tomé 1980 era que o produtor | Acu como um todo deve ter na faixa de 4 milhdes de pés plantados em 4 mil hectares, inferior as outras regides do Estado. Recentemente a Asso- ciago Cultural de Tomé Acu - ACTA conseguiu 0 certificado de Indicagéo Geogréfica para ‘Tomé Agu mas isso tudo deve- mos 8 CEPLAC. Fago uma dedi- cago especial ao Dr. Fernando Mendes que ajudou a escrever © texto para que fosse aprova- do no INPI. Se nao fosse a CE- PLAC no teriamos conseguido © cettificado de indicagdo de procedéncia, Neste sentido, a CEPLAC foi de uma grande ajuda para se produzir e na outra ponta tive- mos apoio do Banco também para fomentar a produgao. An- tes 0 banco sé financiava mo- nocultura mas gragas ao Benito Casavara que conseguiu con- vencer 0 banco e hoje esse sis- tema esta bem melhor. Agora as instituicdes bancérias preci- sam analisar a situacdo socio- econémica de muitas regides que é 0 endividamento do pro- dutor rural para valorizar o tra~ balho das cooperativas e das associagées e se tiver algum associado em. inadimpléncia com banco que veja o todo e libere financiamento. A impor- tancia do governo do Estado para reestruturar essa cadeia produtiva é também abrindo li- nhas de crédito pelo Banpard e estimulando a SEDUC a colocar na merenda escolar o chocola- te produzido no Para, pelas co- operativas. Esta é a nossa pro- posicao nesta audiéncia sw: cocauamazonia com br | 33 ndial i . a a’ 1) ei Foto: Marcelo Sesbra/ Ag. Park ESTADO DO PARA, maior produtor de cacau no Brasil e melhor produtividade, com uma produtividade média de 930kg por hectare, média inigualavel em comparagao aos ou- tros estados da federacao, concentra cerca de 52,2% da produgdo brasileira. No més de setembro foi o epi- centro dos negécios do Brasil, palco do maior evento de chocolate de origem. 0 6° Festival Internacional do Chocolate que aconteceu no Centro de Conven- des do Estado do Pard - HANGAR, reunindo toda a cadeia produtiva do cacaueiro ao chocolate, além de firmar 0 Estado do Pard, regio produtora de cacau de origem do Brasil, bem como promover o turismo ea cultura da produgao do chocolate. No Festival, os produtores paraenses dispuseram gratuitamente de estandes, que foram montados para a divulgagao do cacau, derivados e do chocola- te produzido no Estado, tudo gragas ao patrocinio do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Paré (Funcacau), do Banco do Estado do Paré - BANPARA e a parceria entre 0 Governo do Para - por meio das secretarias de Desenvolvimento Econémico, Mine- ragdo, Energia (Sedeme), de Desenvolvimento Agro- pecudrio e da Pesca (Sedap), de Turismo (Setur), Companhia de Desenvolvimento Econémico do Para (Codec), Federacao da Agricultura e Pecudria do Para - FAEPA, Federaco das Industrias do Estado do Para - FIEPA, a Comissao Executiva do Plano da Lavou- ra Cacaueira (Ceplac), 0 Servico Brasileiro de Apoio &s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e 0 Servigo Nacional de Aprendizagem Rural /SENAR-PA. 0 Governador do Estado, Helder Barbalho, desta- cou a importancia em promover o setor do cacaue a producao de derivados e de chocolate do Pard, forta- lecendo a imagem do Estado responsdvel pela maior producao de cacau do Brasil, além de atrair novos investimentos com subsidios, para que as empresas paraenses do setor possam realizar negécios e par- cerias, além de divulgar o Paré como destino para negécios comerciais e turisticos. wo: cocauamazonia com br | 35 FESTIVAL DO CHOCOLATE Com a sua primeira edigao em 2009, em Ith¢us, o Festival In- temnacional do Chocolate e Ca- cau chega a sua sexta edigao na Amazénia com um histérico de sucesso, consolidando-se como um dos mais importan- tes eventos de agronegécio, tu- rismo e gastronomia do Para. Propée um modelo tnico no mundo, j4 que apresenta toda a cadeia produtiva do cacau ao chocolate, com os melho- res chocolates de origem do Brasil. 0 evento recebeu, nos seus quatro dias no Centro de Convengées do Pard - HAN- GAR, 40 mil visitantes de varios muncipios paraenses, produto- res de cacau, investidores, es- tudantes, pesquisadores, em- presérios, e publico em geral, em busca de negécios, cultura, capacitacao, diverséo e muito chocolate. Durante o evento foram pro- movidos cursos e palestras, uma grande Feira com expo- sigdo de chocolate, derivados de cacau, produtos da cadeia e entidades publicas e privadas, reunindo uma série de ativida- des culturais, exposigées de arte, espago educativo para ctiangas, atelié do chocolate e shows com artistas regionais e nacionais. O governador parabenizou a todos que acreditam e investem no potencial do Estado do Paré neste segmento. “Meu agradecimento a cada um que abriu o estande para mostrar seu produto. Que enfrentam adversidades, mas buscam agregar valor, e fazer do cacau, da améndoa, um produto pronto para o consumo. Que exemplos como esses possam cultivar tantos outros a construir, junto com a gente, um Estado mais forte, um Estado melhor’, destacou Helder Barbalho, acrescentando que“aoprodutor familiar, a todos, de maneira indistinta, fazem do Para, com muito orgulho, o maior produtor de cacau do Brasil, um exemplo eum orgulho paraa sociedade”. 36 | wavw.cacouamazoniacombr PRODUTOR MUNDIAL Para o presidente da FAEPA, Dr. Carlos Fernandes Xavier, “em 2008, quando a Federacao langou 0 Pro- jeto Preservar, que constituia uma proposta concreta para alavancar 0 desenvolvimento do Estado em bases sustentaveis, tendo como eixo a consolidagao e modemniza- a0 do agronegécio, referenciado, de um lado, nas indicagées do Zo- neamento Ecoldgico-Econémico ena otimizagao do uso das éreas jd antropizadas e, de outro, na ino- vagao e no desenvolvimento cien- tifico e tecnolégico. A meta era expandir e modemizar a produgao agropecuaria mediante a otimiza- do de dreas abertas, dispensan- do-se © avango sobre a floresta ! A meta era expandir e modernizar a produgio agropecudria mediante a otimizacéo de dreas abertas, dispensando-se 0 avango sobre a floresta nativa, nossa proposta ja contemplava tornar Pard 0 primeio produtor de cacau em nivel nacional, e agora a nossa expectativa 6 galgr o patamar de maior produtor de cacau do ‘mundo, nativa, nossa proposta j4 contem- plava tornar Para o primeiro pro- : dutor de cacau em nivel nacional, e agora a nossa expectativa é galgar o patamar de maior produ- tor de cacau do mundo. De fato, a cultura do cacau se expandiu para todas as outras regides do Estado, e dada as nossas _excepcionais condigées fisicas e geograficas, com tipos de solos apropriados, energia solar ano inteiro, chuvas regulares e bem distribuidas, dis- ponibilidade hidrica, temperatura i média variando entre 26° a 33°, e sem ocorréncia de geada, ndo te- : nho duvida de que chegaremos Ia", ! enfatiza Carlos Xaver. www: cocauamazonia com br | 37 : f 3 i i a Termo de IntencGes, firmado via Sedeme, envolvendo o Sistema Fiepa e 0 Centro de Indistrias do Pard, 0 Servico Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), 0 Servico Social da Industria (Sesi) e 0 Instituto Euvaldo Lodi (EL) PROTOCOLO O governo do Estado por meio de parcerias com érgdos, como Siste- ma Fiepa, Sistema Faepa, Ceplac e Emater, incentiva o desenvolvimen- to cada vez maior da produgao de améndoa de cacau no Para. Neste sentido, Helder Barbalho assinou dois Protocolos de Intengdes e um Termo de Intengdes destinados a incentivar a produgao local com vistas ao desenvolvimento econé- mico do Estado. Os protocolos envolvem a BTM Ltda e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econémico, Mi- neragao e Energia (Sedeme), em Parceria publico-privada (PPP), para fabricagéo de maquinas e equipamentos para a industria ali- menticia paraense, e ainda o Banco do Estado do Par (Banpara) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a partir de entao creden- ciada pelo agente financeiro para 38 | weww.cacouamazonia comb operacio de crédito. Ja o Termo de Intengées, tam- bém firmado via Sedeme, envolve 0 Sistema Federagao das Industrias, do Estado do Para (Fiepa) e 0 Cen- tro de Industrias do Para (CIP), 0 Servico Nacional de Aprendizagem. Industrial (Senai), o Servigo Social da Industria (Sesi) e 0 Instituto Eu- : valdo Lodi (IEL), em convénio de cooperagdo técnico-cientifica para realizagao de acdes conjuntas de qualificagao profissional, tecnolo- : : para realizagéo de ages gia e inovagao voltadas ao desen- volvimento de setores produtivos prioritérios nas regides de Integra- go do Para "Ser um grande passo para o desenvolvimento do nosso estado, pois como somos grandes produ- tores de améndoa, no podemos fi: car atrés das outras regides que ja fazem o produto final. Esse termo assinado entre Governo e Industria demonstra o quanto estamos ali- + Jao Termo de Intencées, ‘também firmado via Sedeme, envolve o Sistema Tederacao das Indistrias + do Estado do Para (Fiepa) 0 Centro de Indistrias + do Parad (CIP), 0 Servico Nacional de Aprendizagem Tnustrial (Senai 0 Servigo Social da Indistria (Sesi) eo Institto Evallo Loti (EL, em convénio de cooperacao técnico-cientifica conjatas de qualicagin pwofssiona tecnologia @ inovaco vats 20 desenvolvimento de setores wodutivos prioritarios nas regides de Integraco do Par. Fotos: Marcelo Seabra/ Ag Pari Assinatura do Termo de Intencao com 0 Projeto Chocolate de Origem: Dinamizacao da Cadeia Produtiva do Cacau do Estado do Pard, iniciativa da FAEPA-SENAR/PA, CEPLAC e da SEDAP. nhados em um projeto comum, que é ver o Estado do Pard se destacar no s6 pela sua matéria-prima de qualidade, como também por pro- dutos de valor agregado, que pos- sam competir com os de outras re- gides nacionais e internacionais”, destacou o presidente da FIEPA, José Conrado Santos. O diretor regional do SENAI e su- perintendente regional do SESI, Dé- rio Lemos, explicou que as institui- Ges estado preparadas para esse novo desafio. “O SESI entra nessa parceria com toda a sua experi- éncia em educagao e em satide e seguranga do trabalhador da Indiis- tria e o SENAI entra com a capaci- tagdo dessa mao de obra que sera necessaria para uma produgao ver- ticalizada, além de contribuir com seu portfélio em inovagao e tecno- logia, que serdo fundamentais para garantir a competitividade dessa industria’, ressaltou. 0 Governador do Estado, enfati- : Zou seu empenho em garantir um ambiente de negécios propicio, fru- to do talento da populacdo, e afir- mou que hé um planejamento, em plena execucdo, da atividade rural que garante titulagdo de terra, a fim = de promover seguranga juridica aos produtores, e investimento da Em- presa de Assisténcia Técnica e Ex- tens&o Rural (Emater) para ampliar a produtividade dos trabalhadores. "Para que possamos produzir : mais no mesmo territorio compa- : tibilizando as nossas vocagées ru- rais com a preservagao da floresta, demonstrando claramente que nés temos, sim, solugéo de equillbrio sustentavel para que a Amazénia seja florestada, preservada; para que os amazénidas tenham o direi- to ao emprego, a renda, a servicos, ! a uma vida com plena dignidade", = declarou 0 governador. diretor regional do SENAT superintendente regional do SESL Dario Lemos, explicou que as instituigdes estio preparadas para esse novo desafin“0 SEST entra nessa paroeria com toda a sua experiéncia em educaréo e em satide e seguranga do trabalhador da Indistria e o SENET entra com a capacitacio dessa mao de obra que serd necesséria para uma predugao verticalizada, além de contribuir com ‘seu portfolio em inovagdo ¢ tecnologia, que sera fundamentais para garantir a competitividade dessa indisti’,ressaltou wu: cocauamazonia com br | 39 AES scwvoro (yet (cts (\) Chocolat Iran Lima, Secretdrio de Estado : Desenvolvimento Econémico, Mineracdo e Energia (Sedeme) enfatiza sobre a verticalizagdo e industrializagéo da améndoa de cacau, ressaltando a importancia da SEDEME no envolvimento da politica de fortalecimento da ca- cauicultura no Paré, integrado com as secretarias estaduais. "Fazemos este evento grandioso para mostrar nossa potencialidade de cacau e chocolates para todo 0 Estado do Para e para o Brasil. 0 Pard pode ser um grande celeiro do cacau mundial e ter um desenvolvimento melhor para os paraenses. Os da- dos com relagao a verticalizacao da produgao do cacau ainda sao muito insignificantes, temos 0,5% da producdo verticalizada em nos- ""h gente fica muito feliz como promovedor de um festival como esse, quando observa que a nossa sociedade paraense comeca a dar grande importancia a producdo do cacan aqui do Estado, que € uma das maiores do mundo, Mais ce 40 mil pessoas passaram peb Hangar em quatro dias de festival superando as expectativas da organizacio, Sem diivida, o evento é um grande incentive a producao de cacau no Estado, que é maior produtor do Brasil Tstamos mostrando que temas de melhor e investindo em um plan de desenvolvimento para a verticalzagao". 2019 : so Estado. Quando a gente olha o contexto de quanto ainda pode- mos avangar em desenvolvimento econémico, envolvendo todas as entidades econémicas que per- sam nao apenas na produgéo da } matéria prima e aprimoramento delas, verificamos que estamos no estagio inicial, apenas comegando nesse processo. Na SEDEME pen- sando no futuro da cacauicultura no Paré, trabalhamos em conjunto } com diversas entidades represen- tadas da produgao do cacau entre elas, a Comissao Executiva do Pla- no da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, a Federacao das Indistrias - FIEPA, a Federagao da Agricultura - FAEPA o SEBRAE e outras entidades que também planejam o futuro da ca- cauicultura e na verticalizagao da 40 | weww.cacouamazonia comb Fote: Carlos Path Coa! produgao do cacau, em conjun- to e de maos dadas possamos superar essa situagdo de atra- so econémico e ser referéncia na produgéo de matéria prima e de produtos derivados do ca- cau. Neste sentido, o governador Helder Barbalho, vem delegando atribuigdes dentro da Secretaria de Desenvolvimento Econémico, priorizando a atracao de inves- timentos, ou seja, se nés temos uma capacidade evolutiva eleva- da é importante que se instale industrias na nossa regido” de- clara Iran Lima. ‘Agregagao de valor - 0 titular da Sedeme, Iran Lima, confirmou ainda que ha industrias se insta- lando no Estado com capacida- de produtiva de 18 mil toneladas, € isso significa novos negécios. “A apresentacao da agregacao de valor é muito importante. Nos jd somos os maiores produtores de améndoas do Pais, com 130 mil toneladas por ano, e estamos na dianteira dessa produgao, mas precisamos fazer mais. O Estado tem que ser atrativo para a industria do chocolate, e esta- mos trabalhando nisso’, ressal- tou o secretario. ASEDEME conduza politica de desenvolvimento econémico do Para, para todos os segmentos empresariais, e fortalece 0 em- preendedorismo. “Além da Polit ca de Incentivos Fiscais, que tem como principal finalidade benefi- ciar projetos que atendam aos objetivos estratégicos do gover- 8 8 no e estejam alinhados com as diretrizes das cadeias produtivas prioritérias, que a médio e longo prazo tornarao a economia para- ense mais forte e diversificada, a Sedeme desenvolve iniciativas de estimulo ao setor produtivo, ‘como 0 incentivo ao empreende- dorismo, criando oportunidades de divulgagao e comercializacao para os produtos locais. Eessaa concepgao dos festivais’, desta- cou Iran Lima. Grande parte das empresas produtoras de chocolate no Para exporta sua producdo, mas o consumo local vem aumentan- do, e ha, também, uma dtima aceitagdo em Sao Paulo (SP), Estados Unidos e paises da Europa, swwuccocauamazonia com [41 ara Marcos Lessa, co- ordenador do evento: “Quando comegamos a fazer o festival de choco- late no Brasil, ainda era incipien- te a participagao profissional eo mercado de cacau fino no Brasil e quando comecamos a parti- cipar do evento em Paris que apresenta o mapa do cacau fino do mundo, isso em 2013, perce- bemos que nenhum chocolatier utilizava em suas produces o cacau do Brasil pois nao estava- mos preparados para o mercado externo e de um tempo para ca uma politica de qualidade vem sendo desenvolvida em con- junto com diversas instituigdes e atores. Apesar da producdo estar concentrada em apenas 03 estados brasileiros pratica- mente, Pard, Bahia e o Espirito Santo, melhorar a qualidade da améndoa e agregar valores na producao (produzir nibs, liquor, manteiga, chocolate em barra e em pé, bombons,....) é 0 caminho para sair da commodite e atingir © nivel gourmet que exige inova- G40, tecnologia e financiamento. Hoje, constatamos que pelo me- nos 12 marcas utilizam cacau brasileiro da Bahia, do Para ou do Espirito Santo que por duas vezes ganhou a exceléncia no prémio de melhor cacau do mun- do com a marca do Joao Tavares e agora temos um concorrente do Pard, entre os finalistas no In- ternational Cocoa Awards 2019, vindo de Uruard, da Fazenda Pa- norama. As améndoas selecio- nadas tipo exportacdo ampliam Marcos Lessa e Helder Barbalho o interesse do mercado e em- presas como a Barry Callibaut tem aumentado seu interesse em comprar améndoas brasi- leiras. Frequentar o Festival de Chocolate e do Cacau da Ama- Zénia é perceber o trabalho na verticalizagao e na agregagao de valor no Pard seguindo a linha do chocolate de origem, e isso devemos muito a parce- ria do Sebrae, do Centro Inter- nacional de Negécios - CIN e da APEX. Chegamos a um estagio de dar um salto e jd temos pro- dutos que so exportados no padrao bean to bar, chocolate de origem, e agora a nova con- ceituagao tree to bar. Em Portugal pela proximida- de do mercado europeu ainda hd pouco consumo sobre o cacau e chocolate brasileiro. € em 2020 0 Festival estaré pre- sente também no Chocolate Experience, em Portugal. Com relagdo ao mercado asiatico, s6 a China consome 0,5 kg de chocolate por pes- soa ao ano. Se conseguirmos aumentar um décimo desse consumo na China ja elevari- amos nossa producao. Isso com tecnologia, inovagdo sempre pensando em produ- 42 | weww.cacauamazonia combr Fotos: Marcelo Seabra/ Ag. Paré SUE arc) Celtel a or or) PoE) re ee Pec eure ccc Err Eee eed 0 pais, na ultima dé- cau é protagonis- eect tos de qualidade. 0 mundo busca por uma qualidade de vida e por um padréo de satide organico saudé- vel com preservacaio ambiental, o mundo enxerga as novas linhas das marcas com novos produtos como 0 caso da Nestlé e da Cacau Show que lancam produtos com mais ca- cau e com o Selo de Origem Cacau do Brasil, percebem que o mundo esta mudando e tem mercado para todo mundo. Os Salées séo uma grande vitrine e com destaque a es- ses produtos que tem uma historia, uma origem, tradigdo. Sem duvida sdo valores agregados apreciados pelos consumidores de diversos pa- ises. No Brasil temos que despertar esse interesse dos 60 mil produto- res, somados com os da Bahia e do Para, a trabalhar com esse padrao, de forma natural e espontanea, de forma consciente, em fungao do amadurecimento do mercado e da necessidade de produzir derivados do cacau para ampliar a margem do lucro desses produtores pois en- quanto 01 kg da améndoa custa 10 reais, o kg do Nibs custa R$ 60,00 e 0 Kg do chocolate pode chegar até R$ 300, 00, pensando assim a mar- gem de lucro é muito maior. Para Ubiracy Fonseca Presidente da Associacao, Brasileira da Indus- tria de Chocolates, Cacau, Amen- doim, Balas e Derivados - ABICAB “passamos por um momento Unico em que podemos construir muitas coisas juntos. A ABICAB nesses 03 anos de trabalho também pensa diferente no sentido de agregar va- lor a produco do cacau e participar dos eventos relacionados ao cacau a0 chocolate, seja no Brasil USNC OR ENC Sree et ers PO cnc nT nts OEM UMC ONL reece Cy apreciados pelos consumidores roe ees sil temos que despertar esse oe nT Ces somados com os da Bahia e COP CERI eS Pree cere tic i een nor mores em funcdo do amadurecimento do mercado e da necessidade CRC act na OKO PCR Cae cm) Iucro desses produtores pois en- PU Remy 10 reais, o kg do Nibs custa RS 60,00 e 0 Ky do chocolate pode chegar até R$ 300, 00, pensando Pec een TORE wu: cocauamazonia com br [43

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