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RADIOQUÍMICA 2004-2005

INTRODUÇÃO

“…their mass can not be very much more than the electron mass. In order to distinguish them from heavy
neutrons, mister Fermi has proposed to name them “neutrinos”. It is possible that the proper mass of neutrinos be
zero…We know nothing about the interaction of neutrinos with the other particles of matter…”
Wolfgang Pauli, Conferencia de Bruxelas, Outubro de 1933

O neutrino… é uma fantástica e inquietante partícula elementar… que muitas dores de cabeças causou e
continua a causar aos físicos e àqueles que a estudam em profundidade, é sem dúvida a partícula mais enigmática
descoberta até hoje. Talvez por isso e pelo facto de ser tão pequena suscite tanto interesse ou curiosidade pela
comunidade cientifica. Sabe-se que ainda há muito a descobrir.
A sua capacidade de se deslocar muito próximo da velocidade da luz fez com que me surgisse uma certa
questão: será que num futuro (ainda longínquo) o estudo desta partícula nos leve a
descobrir como viajar à velocidade da luz?, a ideia é demasiado rebuscada, mas não me
impede de imaginar uma comunidade que viaja pelo espaço, à procura de vida ou de
melhores condições de vida, a iniciar uma actividade extra Terra ou até extra Via Láctea, o
que sem dúvida seria imensamente interessante. Infelizmente se isso acontecesse era
totalmente contrário a Einstein; é provado que viajar à velocidade da luz é impossível. No
entanto por curiosidade pesquisei e encontrei escrito algures pelo site:
http://carosamigos.terra.com.br/da_revista/edicoes/ed91/frei_betto.asp, que poderá ser possível viajar a 99.9%
da velocidade da luz mas nunca a 100%. Não sei até que ponto é credível mas, caso seja verdade, a possibilidade
de explorar o espaço, talvez ainda venha a ser possível…
Visto estar num curso de geologia…Porquê os Neutrinos? É simples, não me inscrevi simplesmente em
radioquímica por esta cadeira poder ser útil aos meus estudos. O nome radioquímica suscitou-me interesse pois
saberia que seriam tratados assuntos sobres os quais haveria receio por parte da humanidade. Os neutrinos
suscitaram-me interesse pelo facto de não se saber grande coisa em relação a eles, e pelo facto de provavelmente
não terem massa. Seriam uma partícula fantasma.
Será que o seu estudo poderá colocá-la ao serviço da humanidade? É um tanto estranho…algo tão pequeno
e neutro poder vir a ser útil.

Por curiosidade, neutrão como o próprio nome indica, significa partícula pequena e grande, logo a palavra
Neutrino que também provém do italiano significa partícula pequena e neutra.
Vejamos o que encontrei sobre eles…

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BREVE HISTÓRIA – DA PREVISÃO À COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE NEUTRINOS

A história do neutrino começou com a descoberta da radioactividade e


da existência das 3 partículas emitidas: alpha (α), beta (β) e gama (γ). Mais
tarde (por volta de 1914) os físicos foram confrontados com um problema:
quando um núcleo radioactivo emitia uma partícula beta o electrão deveria
carregar toda a energia libertada no processo de emissão, no entanto isso não
aconteceu. O problema do decaimento beta suscitou então um certo pânico
entre os físicos pois a Lei da Conservação da Energia não se aplicava ao caso do
decaimento beta e isso levaria a uma enorme reformulação das leis físicas e
poria em causa a própria física em si. Foi então que 1930 Wolfgang Pauli (Fig. 1)
propôs a existência de uma partícula que não teria massa nem carga, não Figura 1: Wolfgang Pauli
poderia ser detectada e que seria emitida juntamente com o electrão durante o decaimento beta carregando a
restante energia e assim respeitando a Lei da Conservação da Energia.
Posteriormente em 1933 Enrico Fermi (Fig. 2) deu o nome de Neutrino a essa
partícula. Ainda em 1933 Frederic Joliot Curie descobriu a radioactividade β+
(em vez de um electrão é emitido um positrão) e Enrico Fermi construiu a sua
teoria do decaimento beta relativa a interacções fracas.
Até aos finais dos anos 40 os físicos procuraram observar os neutrinos
a partir de algo como a medição do recuo de um núcleo durante o decaimento
beta, mas apesar de todas as experiências serem compatíveis com a emissão de
um neutrino juntamente com o electrão, não foi possível nenhuma
comprovação. O facto da interacção do neutrino com a matéria ser tão fraca
Figura 2: Enrico Fermi
tornou esse método inviável. Era necessário construir um detector muito
sensível.
Em 1942 Enrico Fermi dirigiu a primeira reacção nuclear controlada, nos Estados Unidos e em 1945
ocorreu a explosão da primeira bomba atómica. A existência
da bomba atómica deu aos físicos uma potencial fonte de
neutrinos. Então, Frederick Reines em 1951 contactou Fermi
para lhe falar do seu projecto que consistia em colocar um
detector de neutrinos junto de uma explosão atómica. Em
1952, Reines conheceu Clyde Cowan, e juntamente com ele
(Fig. 3) construiu um detector de neutrinos (utilizando antes
uma fonte de neutrinos controlável, um reactor nuclear).
Realizaram uma experiência em 1953, mas os resultados não
foram convincentes. Em 1956 realizaram outra experiência Figura 3: Frederick Reines (à esquerda) e
na central nuclear da Carolina do Sul e aí sim, obtiveram Clyde Cowan (à direita)

sucesso e a presença de neutrinos foi claramente detectada.

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Entretanto outros cientistas também tentavam detectar o neutrino. Em 1968 Raymond Davies constrói o
primeiro detector de neutrinos solares.

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AS EXPERIÊNCIAS DE COWAN E REINES

Cowan e Reines decidiram detectar neutrinos


através da utilização de reactores nucleares. Recentemente
havia sido descoberto que determinados líquidos orgânicos
cintilavam (emitiam luz) quando uma partícula carregada ao
passar através dos líquidos fazia com que alguns electrões
fossem arrancados dos átomos. Quando esses electrões se
recombinavam com os átomos havia cintilação.
Cowan e Reines imaginaram que num grande tanque
com líquido cintilador quando um protão absorvesse um
neutrino através da reacção beta inversa, seria libertado um
positrão este seria absorvido pelos electrões do meio e Figura 4: Detector de neutrinos utilizado na
seriam gerados raios gama (luz com altíssima energia). Como experiência de 1953.

os raios gama eram grandes ionizadores, o líquido emitiria luz, que seria detectada por fotocélulas colocadas nas
paredes do tanque.
A experiência tinha que ser feita no subsolo, porque os raios cósmicos também ionizavam o líquido. Em
1953 a primeira experiência realizada, o projecto “Poltergeist” (Fig. 4), foi afectada pela presença dos raios
cósmicos mesmo com o tanque a 20 m de profundidade. Para evitar esse problema, os cientistas criaram outro
novo detector. Desta vez entre os
tanques do cintilador eram
colocados pequenos tanques de
água com cloreto de cádmio diluído.
Deste modo o neutrão libertado
perdia energia durante as colisões
até ser capturado por um núcleo de
cádmio (Fig. 5). Deste modo a
presença de neutrinos já seria
confirmada. Em Junho de 1956,
usaram esse detector com 10
toneladas, instalado por baixo de um
reactor nuclear na Carolina do Sul, e
revelaram a Pauli por telegrama a
comprovação da existência de
neutrinos.
Figura 5: Esquema representativo da experiência que comprovou a
existência de neutrinos realizada em 1956.

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PROPRIEDADES DO NEUTRINO

As propriedades dos neutrinos são ainda hoje um tanto


desconhecidas:
Os neutrinos são gerados por:
processos de desintegração beta:

0 n → 1p
1 1
+ β− + ~
υ
1
1p → 01n + β + + υ

reacções nucleares que ocorrem no interior das estrelas (como Figura 6: O Sol – grandiosa fonte de
o sol por exemplo – Fig. 6). produção de neutrinos.

Os neutrinos são partículas elementares (não são divisíveis), da família dos leptões e que muito raramente
interagem com a matéria pois a sua massa (que ainda não foi determinada) é incrivelmente pequena,
provavelmente muito próxima de 0. Interagem com a matéria apenas por interacções fracas e gravitacionais.
Supostamente têm spin igual a 1/2 tal como os electrões.
Actualmente já foi confirmada a existência de três tipos diferentes de neutrinos. O neutrino do electrão
(νe), o neutrino do muão (νµ) e o neutrino do tau (ντ).

Os 3 tipos de neutrinos Símbolo Energias


Electrão (descoberto em 1956)
Neutrino do Electrão υe < 2.5 eV

Anti-neutrino do Electrão ~
υe < 2.5 eV
Muão (descoberto em 1962)

Neutrino do Muão υµ < 170 keV


~
υµ
Anti-neutrino do Muão < 170 keV

Tau (descoberto em 2000)


Neutrino do Tau υτ < 18 MeV

Anti-neutrino do Tau
~
υτ < 18 MeV

Ver o anexo para melhor esclarecimento.

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O PROBLEMA DO NEUTRINO SOLAR

Hoje em dia quase toda a comunidade científica ouviu falar do problema do neutrino solar.
Como já foi referido anteriormente, um dos locais de produção de neutrinos é o interior das estrelas
(entre elas o Sol).
O problema do neutrino solar, surgiu devido a uma experiência realizada por Raymond Davis em 1968,
juntamente com os seus colaboradores. Nesta experiência Raymond Davies decidiu detectar neutrinos colocando
um tanque (Fig. 7) com 600 toneladas (378 000 litros) de fluído de limpeza percloroetileno (C2Cl4), no fundo de
uma mina de ouro a 1500m de profundidade na cidade de Lead, no Dakota do Sul.
Dos 100 bilhões de neutrinos solares que atravessam a Terra por segundo, alguns ocasionalmente
deveriam interagir com um átomo de cloro, transformando-o num átomo de árgon de acordo com a equação:

17 Cl + + 1β
37 0
+ υ→ 37
18 Ar .

O árgon 37 produzido é radioactivo, mas


teria um tempo de meia vida de 35 dias o que iria
permitir detectar e isolar os poucos átomos de árgon
dos mais de 1030 átomos de cloro no tanque.
Periodicamente o número de átomos de árgon no
tanque seria medido, e o número de neutrinos seria
determinado.
Quando a realização da experiência
começou, quase nenhum neutrino foi detectado, e
de acordo com a melhor estimativa teórica,
deveriam ser detectados alguns neutrinos por dia.
Visto que a parte experimental não comprovava a
parte teórica, surgiu um problema. Seria que o
modelo que os físicos tinham do sol não estaria
correcto, ou era alguma nova propriedade dos
neutrinos que os estaria a confundir?
Figura 7: Tanque de 600 toneladas usado por
Felizmente foi possível obter a resposta a Raymond Davis na experiência de 1968.
esse dilema. O facto é que o método utilizado por
Raymond Davies só poderia detectar neutrinos com energia maior que 0,81 MeV. A produção de neutrinos pelo sol
faz-se a partir da fusão nuclear pelo ciclo p-p (protão-protão) no qual se libertam apenas neutrinos do electrão que
têm uma energia menor que 2,5 eV. Supondo que um neutrino do electrão consegue transformar-se num neutrino
do muão ou do tau por oscilação, então poderiam ser detectados apenas os neutrinos do tau. Deste modo o facto
de não serem detectados tantos neutrinos como o previsto teoricamente estaria justificado.
Hoje em dia outros detectores de neutrinos estão em actividade por todo o mundo e as tentativas de
melhorar a possibilidade da detecção de mais neutrinos continua.

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DETECTORES DE NEUTRINOS

Da quantidade de detectores de neutrinos


existentes actualmente aqueles que mais informações têm
disponibilizado são o SNO (Sudbury Neutrino Observatory)
o Super Kamiokande o AMANDA (Antatic Muon e Neutrino
Detector Array) e posteriormente o Ice Cube. Estes
detectores são sistemas com massa muito grande, pois a
secção de choque dos neutrinos é muito pequena. Para
evitar as interferências indesejadas da radiação cósmica
normal, eles são em geralmente instalados em túneis ou no
fundo de minas.
Apesar de haver referências de que desde 1998 o
Super Kamiokande havia sugerido que os neutrinos teriam
massa, só mais tarde é que se julga estar comprovada a
existência de massa nos neutrinos. De acordo com a revista
cientifica Ciência Hoje publicada em Agosto de 2001 o
detector SNO terá observado que de facto os neutrinos
oscilam e por consequência terão massa (só as partículas
que possuem massa podem oscilar). Deste modo o Figura 8: O detector de neutrinos SNO.

problema do neutrino solar encontra-se definitivamente encerrado.

O SNO (Fig. 8) é um detector de neutrinos


localizado a 2070 metros de profundidade numa mina de
níquel em Sudbury. Inicialmente este detector tinha como
principal objectivo detectar neutrinos provenientes do sol
de modo a resolver o tão falado problema do neutrino
solar. Para esse objectivo foram utilizadas 1000 toneladas
de água pesada contidas numa esfera acrílica de 12
metros de diâmetro. Ocasionalmente os neutrinos iriam
interagir com a água pesada e seriam emitidas partículas
energéticas que emitiriam luz a partir da radiação de
Cherenkov. Para detectar essa luz a esfera acrílica
encontra-se totalmente revestida por fototubos (tubos
muito sensíveis à luz emitida). Ver figura 9. Actualmente
julgo que este método ainda é utilizado.
Figura 9: Fototubos utilizados pelo SNO.

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O Super Kamiokande (Fig. 10) é um detector de neutrinos que se localiza numa mina Japonesa. Encontra-
se a um quilómetro de profundidade e consiste essencialmente num tanque de 50.000 toneladas que contem de
água. O interior da superfície do tanque encontra-se totalmente revestido por tubos fotomultiplicadores (Fig. 11).
Esses tubos foram concebidos para absorver fotões, transformá-los em electrões e ampliar o número desses

Figura 10: Três cientistas viajam de barco para reparar alguns fotomultiplicadores do Super Kamiokande.

electrões.

Este detector é utilizado para procurar os decaimentos de particulas, observar neutrinos solares,
atmosféricos, entre outros tipos), raios cósmicos (maioritariamente muões – criados pela interacção de raios
cósmicos com a atmosfera) e muões criados pela interacção de neutrinos com Terra.

O AMANDA é um detector que utiliza


o gelo cristalino da Antártida para detectar
grandes quantidades de emissões de
neutrinos provenientes de outras galáxias,
assim como explosões de super-novas na
nossa galáxia.
O Ice Cube (Fig. 12) é um detector de
neutrinos actualmente em construção

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Figura 11: Tubo fotomultiplicador usado no Super
Kamiokande.
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que tal como o AMANDA (seu antecessor) terá como principais objectivos a detecção de neutrinos provenientes da
explosão de super-novas, raios gama, estrelas de neutrões entre outros. Assim como o AMANDA terá como
componente básica sensores de luz que como em todos os outros detectores a transformam em impulsos
eléctricos. A tecnologia utilizada para este detector como é óbvio será mais avançada que a utilizada para o
AMANDA, pois cada um dos sensores terá incluído um processador de computador podendo enviar informações
para todos os cientistas do globo através da Internet.
Serão colocados 80 cabos, cada um com 60 sensores a cerca de 2400 metros de profundidade. Para
derreter o gelo serão utilizados jactos de água muito quente, mas os cabos com os sensores têm que ser colocados
no próprio dia, antes que a água volte a congelar. Essa tarefa será bastante complexa visto que implica derreter
gelo até uma profundidade de cerca de 2 Km. Este detector iniciará o seu funcionamento por volta de 2008 se
tudo correr como o previsto.

Figura 12: Esquema representativo do futuro


detector de neutrinos Ice Cube.

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NEUTRINO – UMA APLICAÇÃO POSSÍVEL

Hoje em dia os neutrinos já ajudam os astrofísicos a detectar explosões e os estádios de vida das estrelas.
No entanto há uma outra aplicação do neutrino que poderá não ser útil só aos astrofísicos, mas a toda a
humanidade.

Figura 13: Imagem representativa da utilidade da instalação de


detectores de neutrinos nas instalações das centrais
nucleares.

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Actualmente ninguém está seguro e pensa-se até ser bastante provável a existência ilegal de construções
de bombas atómicas em centrais nucleares. O contexto do problema surge devido ao facto de actualmente não
continuar a ser fomentada a não proliferação de armas nucleares. O problema em si deve-se à enorme dificuldade
de fiscalização das instalações que utilizam energia atómica por parte de da agência internacional de energia
atómica (AIEA). Ao todo são cerca de 250 inspectores, encarregados de controlar 900 instalações distribuídas por
cerca de 70 países! Sendo assim, como poderá o neutrino vir a ser útil? É simples, nas centrais nucleares utiliza-se
a fissão nuclear para obter energia, para isso são usados elementos radioactivos que vão libertando neutrinos. Se
ao pé de cada central nuclear for instalado um detector de neutrinos, a contagem de neutrinos libertados durante
a actividade do reactor nuclear da central poderá ajudar-nos a descobrir se algo de incorrecto se passa no seio
desse reactor. Deste modo os inspectores poderão ver a sua vida mais facilitada, e os cientistas que dedicaram a
sua vida em busca de um melhor conhecimento do neutrino veriam que o seu trabalho foi útil para algo.
Ver a figura 13.

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CURIOSIDADES

O neutrino interage tão fracamente com a matéria que pode atravessar toda a Terra sem sofrer um único
desvio.

Em apenas 1 hora o nosso corpo emite 20 milhões de neutrinos, que são libertados por apenas 20 mg de 40K
presentes no nosso organismo.

Por segundo somos atravessados por: cerca de 50 bilhões de neutrinos gerados por fontes radioactivas
naturais da Terra, por mais de 100 bilhões saídos de reactores nucleares e por 100 a 400 triliões de
neutrinos provenientes do sol (mesmo durante a noite (eles atravessam a Terra)).

Para absorver apenas um neutrino seria necessária uma camada de água com 1021 cm de espessura!

O neutrino inspira poetas! Por ter ficado a saber que milhões de neutrinos atravessam todos os dias o seu
corpo o poeta John Updike escreveu o seguinte poema:

Cosmic Gall

Neutrinos, they are very small.


They have no charge and have no mass
And do not interact at all.

The earth is just a silly ball


To them, through which they simply pass,
Like dustmaids down a drafty hall
Or photons through a sheet of glass.

They snub the most exquisite gas,


Ignore the most substantial wall,
Cold-shoulder steel and sounding brass,
Insult the stallion in his stall.

And, scorning barriers of class,


Infiltrate you and me! Like tall
And painless guillotines, they fall
Down through our heads into the grass.

At night, they enter at Nepal


And pierce the lover and his lass
From underneath the bed—you call
It wonderful; I call it crass.

John Updike
Telephone Poles and Other Poems, 1963

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ANEXO

Tudo o que trata de neutrinos está relacionado com a física das partículas. Os físicos têm como objecto de
estudo todo o Universo. Os estudos que realizaram permitiram concluir que o universo é constituída por matéria e
toda a matéria é constituída por partículas que interagem entre si, sendo assim essas partículas também fazem
parte do seu objecto de estudo.
De acordo com o modelo físico das partículas podemos supor que a matéria é constituída por moléculas,
essas moléculas são por sua vez constituídas por átomos, os átomos pelo núcleo e a nuvem electrónica. O núcleo é
constituído por protões e neutrões que por sua vez são constituídos pelas suas componentes os quarks; a nuvem
electrónica é constituída por leptões (partículas encontradas fora do núcleo das átomos), dos leptões fazem parte
os electrões, muões e os taus, cada uma destas três partículas têm o seu neutrino e anti-neutrino, visto que a toda
a matéria há uma anti-matéria correspondente.

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BIBLIOGRAFIA

Livros consultados:
VILLIERS M. e outros, Science & Vie, Excelsior Publications SAS., volume 1045,pág. 72-76, Octobre, 2001,
Paris, France

Sites consultados na Internet:


http://wwwlapp.in2p3.fr/neutrinos/anhistory.html
http://www.pnl.gov/energyscience/08-00/art1_new.htm
http://www.answers.com/neutrino
http://cienciahoje.uol.com.br/materia/resources/files/chmais/pass/ch174/umc.pdf
http://cienciahoje.uol.com.br/materia/resources/files/chmais/pass/ch147/neutrino.rtf
http://www.ps.uci.edu/~superk/superk_detector.html
http://www.ps.uci.edu/~superk/sk-info.html
http://icecube.wisc.edu/brochure/icecube_brochure_spanish-print.pdf
http://icecube.wisc.edu/brochure/amanda_brochure-print.pdf

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