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Especialização em Geociências do Petróleo Ano Lectivo 2013/2014

A bacia jurássica tipo-rifte de East Greenland e a bacia de ante-país do Alasca


North Slope

Estre trabalho encontra-se inserido no curso pós-graduado de Especialização em Geociências do Petróleo e


faz parte da componente avaliativa individual da disciplina de Bacias Sedimentares, leccionada no primeiro
semestre do ano lectivo de 2013/2014 na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A indústria do petróleo tem na análise de bacias sedimentares, uma útil ferramenta para estudar
as potencialidades petrolíferas de um determinado local.
O termo bacia sedimentar, é empregue para designar áreas deprimidas (abatidas ou afundadas)
em que ocorre grande acumulação de sedimentos ao longo do tempo, o que implica a existência de
factores condicionadores, como é o caso da disponibilidade de sedimentos (existência de um local
fonte) 1 e do espaço de acomodação, que irá variar consoante a localização da bacia no espaço, Terra,
e que está intrinsecamente relacionado com a multiplicidade de processos que actuam na crusta
terrestre causando subsidência térmica, tectónica e isostática.
Existem variados tipos de bacias sedimentares, quer associados a zonas tectonicamente activas
em que há convergência ou divergência de placas (por exemplo), quer associados a zonas estáveis em
cratões. Desta forma, é possível verificar a importância do contexto genético de uma bacia.
Os sedimentos que constituem as bacias estão dependentes do seu contexto genético e
deposicional, sendo integrados numa diversidade complexa de factores ambientais, que têm enorme
relevância na sua alteração, meteorização, transporte e deposição e que num todo vão constituir o
seu sistema deposicional.
É neste contexto que se insere o principal propósito deste trabalho, a comparação de duas bacias
sedimentares (tipo-rifte e de ante-país) formadas em circunstâncias genéticas distintas, os sistemas
deposicionais que as constituem e o seu interesse para a exploração petrolífera.

A geologia da Gronelândia abrange uma vasta escala temporal, cerca de 4 Ga desde o início do
Arcaico até ao Quaternário. É sabido que a maior parte do território groenlandês de idade Pré-
câmbrica encontra-se coberto por uma camada de gelo, o que limitou o desenvolvimento e formação
de bacias sedimentares às zonas marginais da ilha. É na zona este da Gronelândia que se situa um
grande complexo ou província de bacias tipo rifte, com cerca de 7 bacias principais (figura 1).

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Uma cadeia montanhosa onde vão actuando os processos erosivos.

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Figura 1: Localização geográfica do complexo de bacias de East Greenland e principais bacias constituintes.
(Adaptado de Gautier, G. et al., 2007).

1. Contexto genético

O complexo de bacias de East Greenland herdou todo um contexto


tectónico anterior em que no Mesozóico ter-se-ia formado uma bacia
com 800 km de extensão, 140 km de largura e 5 de espessura, em que
existiriam falhas normais en echelon (pré-mesozóicas) com orientação
N-S activas que separaram a oeste a orogenia Caledónica, e controlaram
o posicionamento da costa actual Também actuaram falhas
perpendiculares a estas por onde se encaixaram os fiordes.

Durante o Jurássico o complexo de bacias foi formado em regime


distensivo, através de rifting que foi abrindo de sul para norte, gerando
blocos de falhas tipo graben com orientação N-S. Devido à herança
tectónica Mesozóica, os blocos foram afundando em direção a norte,
sendo sucessivamente transgredidos e ocupados por sedimentos
provenientes de norte. (figura 2)

Figura 2: Esquema representativo


do sistema de graben com a
indicação da direção predominante
de sedimentação.
(Adaptado de Surlik, 1978)

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No final da orogenia Caledónica, durante o Devónico formou-se uma bacia sedimentar marginada
por falhas extensionais e constituída essencialmente por depósitos fluviais, lacustres e eólicos. Durante
a orogenia Ellesmere (Devónico-superior e Carbónico) formou-se uma bacia tectónica marinha
constituída por grabens e semi-grabens na margem norte e nordeste e preenchida por sedimentos
lacustres e fluviais com cerca de 1000 m de espessura. Em East Greenland a subsidência aumentou de
norte para sul e a formação dos semi-grabens marcou o ínicio da formação das bacias tipo rifte de
Danmarkshavn, Jameson Land e Wollaston Foreland. Na base depositaram-se sedimentos fluviais e
lacustres no seu conjunto durante o Carbónico e o Cretácico formou-se um depósito sedimentar
onshore com cerca de 6 -7 km de espessura. Durante o Carbónico e o Pérmico uma transgressão
marinha, levou à deposição de arenitos e formação de depósitos carbonatados e evaporíticos no leste
Groenlandês. Os sedimentos incluíram conglomerados de leques aluviais, carbonatos marinhos
marginais, argilitos e evaporitos com cerca de 900 m de espessura.
No início do Triásico devido a alterações climáticas os sedimentos depositados deixaram de ter
carácter marinho e passaram a ser continentais (fluviais, arenitos aluviais e depósitos de carvão). Em
Jameson Land ocorreu sedimentação marinha (profunda e de plataforma continental) durante o
Jurássico e o Cretácico e ao longo do tempo, a estabilidade tectónica permitiu que na área envolvente
a deposição continua-se de forma laminar. Por contrário, a norte a deposição é dominada por falhas
sin-sedimentares em que há rotação de blocos dando origem a depósitos de brechas e conglomerados
na base e arenitos e argilitos no topo, na zona de Wollaston Foreland. Em anexo (figura 5) é possível
observar um esquema cronostratigráfico (adaptado de Surlik, 2003) que contém as principais unidades
litostratigráficas de East Greenland.

2. Sistemas deposicionais

O cratão da Gronelândia, constituído por rochas de idade pré-câmbrica e caledónica, metafórficas


e ígneas constituiu a principal fonte sedimentar que preencheu a bacia ao longo do Jurássico. O
preenchimento ocorreu longitudinalmente vindo de norte (figura 2) e os depósitos são
predominantemente marinhos. Surlik, em 2003, efectuou um extenso estudo de estratigrafia
sequêncial, descrevendo para o intervalo Rhaetiano-Hauteriviano, que engloba todo o jurássico das
bacias de East Greenland, duas megassequências deposicionais. A primeira, (J1) constitui a parte
superior de uma megassequência durante o Rhaetiano-Bajociano inferior e tem carácter pré-rift, e a
segunda, (J2) é uma megassequência completa de carácter sin-rifte, do Bajociano-superior ao
Hauteriviano. Dentro destas megassequências deposicionais definiu oito sequências tectono-
estratigráficas de pequena-ordem, duas durante J1 e seis durante J2. Cada sequência tem cerca de 10
Ma, e é delimitada ou por desconformidades regionais ou por superfícies de inundação. A tabela 1 que
se encontra em anexo enquadra os eventos tectono-estratigráficos e os ambientes deposicionais
definidos por Surlik em 2003.

3. Interesse na exploração petrolífera

O complexo de bacias de East Greenland tem interesse para a indústria petrolífera e muitos
estudos sem sido feitos para avaliar o seu potencial petrolífero, no entanto, estão inerentes a estes,

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toda uma problemática ditada pela escassez de dados, grande incerteza a nível geológico, e muitas
dificuldades do ponto de vista técnico e de desenvolvimento, uma vez que se encontra na região ártica.

Como exemplo:
A bacia de Jameson Land com 10.000 km2 de área, foi estudada pela Atlantic Richfield Company
(ARCO) entre 1985–89. Os estudos concluíram que a deposição foi condicionada por subsidência
térmica que ocorreu entre o Pérmico e o Mesozóico, a potencial rocha geradora é do Jurássico-inferior,
tem fácies lacustre e produz querógenio do tipo I-II (Dam & Christiansen, 1990 in Henriksen, 2000).
Como reservatórios potenciais tem as areias fluviais do Carbónico-superior, os calcários do Pérmico-
superior e as areias deltaicas do Jurássico-inferior e as armadilhas são estratigráficas na maioria dos
casos.

O interesse nestas bacias é crescente e em 2007 foi realizado uma avaliação do potencial
petrolífero de reservas não descobertas mas tecnicamente recuperáveis na ausência de gelo. O estudo
revela a importância das características deste complexo de bacias. A província estudada tem cerca de
500.000 km2 e na sua maioria encontra-se offshore estando o fundo marinho a cerca de 500 m ou
menos de profundidade. Foram avaliadas as sete bacias enunciadas na figura 1 e, de acordo com a
USGS 2 e a GEUS 3 há pelo menos quatro intervalos estratigráficos que contêm potencial para a
existência de boas rochas geradoras. A tabela 1 contém os valores de barris de óleo equivalente, em
milhões (MMBOE) esperados para as 7 bacias estudadas.

Tabela 1: MMBOE espectáveis em East Greenland (USGS, 2007)

Bacias MMBOE
South Danmarkshavn * 0,72
Evaporítica de North Danmarkshavn 0,65
Thetis 0,49
Liverpool Land 0,29
Províncias Vulcânicas do Nordeste 0,26
Jameson Land < 0,1
Extensão Subvulcânica de Jameson Land < 0,1

Pensa-se que os reservatórios prováveis são em arenitos marinhos pouco profundos a não
marinhos do Jurássico médio, depósitos sin-rifte do Jurássico superior, complexos areniticos em deltas
submarinos do Cretácico, sequencias progradacionais do Paleogénico e sequências carbonatadas do
Carbónico-superior ao Pérmico-inferior. As argilas constituirão os selos mais prováveis.
Apesar de já terem sido realizados muitos estudos, poucos foram os poços exploratórios
realizados. Tudo isto, se deve há grande incerteza, complexidade e dificuldades técnicas existentes no
estudo desta região.

2 USGS – “United States Geological Survey.


3 GEUS – “Geological Survey of Denmark and Greenland”

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A bacia Colville do tipo foreland do Alasca North Slope, ocupa por completo o Alasca setentrional.
Tem uma área de cerca de 240.000 km2, cerca de 1000 km de comprimento e 50 a 350 km de largura.
A norte esta bacia prolonga-se para o mar Beaufort (oceano ártico) onde se encontra o arco Barrow
que a separa da bacia do Canadá. A sul encontra-se delimitada pela cordilheira Brookiana, um
cavalgamento que ocupa toda a região norte do Alasca (figura 3).

Figura 3: Localizaçõa da Bacia Colville no Alasca.

1. Contexto genético

A orogenia Brookiana ocorreu entre o final do Jurássico e o fim do Cretácico resultado de um


evento compressivo regional. O material resultante da erosão desta cordilheira foi-se depositando a
norte originando a Bacia Colville do tipo foreland que actualmente constitui uma planície pantanosa
com pouco ou nenhum relevo.
Como resposta ao uplift do sul da cordilheira, à carga tectónica (devido ao avanço da frente
montanhosa), aos volumosos depósitos tipo flysch, à carga exercida pelo soco e rápida subsidência da
margem sul, esta bacia adquiriu uma grande assimetria passando a inclinar ligeiramente para norte.
A fase inicial da orogenia Brookiana data de há cerca de 185 Ma quando ocorreu colisão entre um
arco intra-oceânico e a margem passiva do Alasca, ocorrendo grandes deformações formando-se
cavalgamentos e dobras bastante acentuadas. Mais tarde, as rochas do Cretácico inferior terão sido
dobradas de forma mais gradual mantendo no entanto um caracter estrutural bastante importante.
A história térmica e tectónica desta bacia sugere que as rochas terão sido expostas a
paleotemperaturas extremamente elevadas resultantes do soterramento que ocorreu entre o
Cretácico superior e o início do Paleocénico. O arrefecimento destas rochas terá ocorrido em duas

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fases de deformação, que resultaram da denudação (de escala quilométrica), progressiva da


cordilheira enquanto a frente desta ia avançando em direção ao mar Beaufort, e da contração durante
o Paleocénico que terá resultado na formação de uma série de cavalgamentos imbricados resultantes
do descolamento da superfície basal de rochas do Cretácico-médio. As rochas da zona sudeste da bacia
terão arrefecido mais rapidamente em parte devido à rápida erosão e denudação das mesmas (0,5 a
2 km de erosão).

2. Sistemas deposicionais

A bacia foreland enquadra-se na sequência tectono-estratigráfica Brookian, que contém de


acordo com Decker, 2007 pelo menos três ciclos deposicionais com carácter progradacional que
possuem afinidade litostratigráfica e genética. Estão delimitados por eventos transgressivos regionais
marcados pelo aumento significativo do nível do mar e alterações paleogeográficas de nível costeiro.
Genericamente esta bacia é constituída da mais antiga para a mais recente pela Hue Shale
(unidade Pebble Shale mais a zona de gamma-ray), e as formações Torok, Nanushuk, Seabee, Canning
e Sagavanirktok. (figura 4)

Figura 4: Coluna litostratigráfica sintética com algumas das formações litológicas depositadas durante a sequência tectono-
estratigráfica Brookiana.
(Adaptado de Bird, 2001 in Peters et al. 2006)

A Hue shale refecte um aumento progressivo de uma transgressão que imergiu a sequência
sin-rifte do Beaufortian e acompanhou a subsidência da bacia durante o início do Cretácico-inferior.

A Torok e a Nanushuk terão sido depositadas em ambientes progradacionais. A Torok ter-se-á


depositado em fácies costeira em ambiente prodeltaico enquanto a Nanushuk, num ambiente marinho
deltaico de águas pouco profundas de média a alta energia em que localmente podem surgir camadas
de sedimentos mais finos que sugerem deposição estuarina ou durante uma enchente (maré alta). A
Formação Nanushuk terá contribuído com o seu conteúdo sedimentar para alimentar a formação
Torok. A Seabee possui um carácter essencialmente argiloso ou silto-argiloso e é bastante complexa

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do ponto de vista geométrico e deposicional. A Sagavanirktok é uma formação que ainda carece de
alguns dados sendo constituída por areias finas, arenitos grosseiros e conglomerados pouco
consolidados, possui níveis de lenhite. No geral é possível inferir que a fácies perdominante é
continental, localmente constitui depósitos de terraços fluviais.

3. Interesse na exploração petrolífera

A bacia Colville tipo foreland é de interesse para a indústria petrolífera principalmente por
conter boas rochas reservatório. É intensamento explorada na zona de Prudhoe Bay onde foi
descoberto um imenso campo petrolífero em 1967 na zona este da bacia. Uma vez que as rochas
foram na sua grande maioria, sobrematuradas, o tipo de petróleo daí resultante é de fraca
qualidade (tipo III). Há bastante gás possível de ser explorado. A maioria do óleo é gerado em
formações pré-foreland (como a Schublik ou Kingak) de idade triássica a jurássica e os reservatórios
são essencialmente clásticos do Triássico e Cretácico-inferior ou clásticos e carbonatados do
Mississipiano e Pennsylvaniano 4.
Os estratos deltaicos arenosos da bacia Colville do final do Cretácico e início do Terciário
constituem grandes reservatórios. Também existem acumulações não comerciais de óleo e gás em
armadilhas anticlinais em arenitos deltaicos relacionados com a tectónica compressiva.

As bacias do tipo rifte têm cariz extensional, estão associadas a vulcanismo fissural e tendem a
ser: bacias estreitas, delimitadas por falhas, com elevada taxa de deposição e subciência, gradientes
de pressão e temperatura moderados e grandes espessuras de sedimentos. Estão associadas a
estruturas tectónicas do tipo horst-graben e a falhas normais ou por vezes de carácter cisalhante. As
bacias do tipo foreland, têm cariz compressivo, estão associadas a orogenias que por reequilíbrio
isostático e ação meteórica originam bacias assimétricas, em cunha, no seu sopé. O sentido de
deposição vai migrando ao longo do tempo consoante o sentido de colisão, o que altera a localização
do depocentro da bacia. Numa fase inicial podem originar deposição do tipo flysch em contexto
marinho (ou molasso em contexto continental).
O complexo de bacias de East Greenland é interessante para a indústria petrolífera por conter
grandes espessuras de sedimentos e estar facilmente acessível do ponto de vista da pouca
profundidade em offshore, por outro lado, localiza-se, tal como a bacia de Colville, na região ártica. O
facto de estas bacias estarem a uma latitude tão elevada, dificulta o seu estudo. Em East Greenland a
escassez de informação geológica, as condições climáticas (degelo), as incertezas quanto à atribuição
dos sistemas petrolíferos e as dificuldades técnicas daí provenientes faz com continue a haver
necessidade de estudos complementares. A bacia foreland de Colville, no Alasca, por si só já possui
uma vasta história exploratória. No futuro poderá esperar-se a exploração de recursos não
convencionais.

4 São idades tipicamente Americanas, que não integram a tabela cronoestratigráfica internacional actual, o
Mississippiano situa-se no início do Carbónico entre os 359,2 ± 2,5 Ma e os 318,1 ± 1,3 Ma) e o Pennsylvaniano
no final do Carbónico entre os 318,1 ± 1,3 Ma e os 299 ± 0,8 Ma.

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Anexo

Figura 5: Esquema cronostratigráfico que contém as principais unidades litostratigráficas de East Greenland. (Adaptado de Surlik, 2003)

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Tabela 2: Síntese dos eventos tectono-crono-estratigráficos e dos “ambientes” deposicionais (Surlik, 2003).

MEGASSEQUÊNCIAS J1 – PRÉ-RIFTE J2 – SIN-RIFTE


Sequências Tectono -
J1.1 J1.2 J2.1 J2.2 J2.3 J2.4 J2.5 J2.6
- Estratigráficas

Bajociano Bathoniano Calloviano Oxfordiano Volgiano


Pliensbachiano - Ryazaniano
Rhaetiano - superior - superior - superior - superior - médio -
Idade Bajociano superior -
Sinemuriano Bajociano Calloviano Oxfordiano Volgiano Ryazaniano
inferior Hauteriviano
médio médio médio inferior superior

Quiscência
Continuação da
tectónica e Rifting Aumento do Clímax do
Tectónica subsidência Início do rifting. - Fim do rifting.
subsidência “juvenil”. rifting. rifting.
regional.
regional.

Progradação
rápida a sul;
Sistemas Rotação dos
Marinho; em Nova
“Ambiente” Fluvial e Marinho em siliciclásticos Inundação blocos e Imersão
baías, e restrito progradação
deposicional lacustre.
em offshore.
progradação. marinhos em
marinha.
marinha. depósitos regional.
retrogradação. gravíticos a
norte.


São idades definidas a nível regional, que não integram a tabela cronoestratigráfica internacional actual, o Volgiano situa-se no Jurássico Superior e Cretácico
Inferior entre os 150,8 ± 4 Ma e os 142 Ma) e o Ryazaniano no Cretácico entre os 142 Ma e os 136,5 Ma.

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