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Já sabemos que a teoria de Mill é uma teoria hendonista, ou seja, todas as ações realizadas
pelo Homem têm um objetivo último, que é a felicidade/bem-estar. Sempre que fazemos algo,
fazemos para ter experiências agradáveis e boas, e não más.
Uma ação correta é aquela que dá maior felicidade em termos globais, ou seja, não deves
apenas ter em conta o nosso bem-estar, o meu bem-estar apenas, mas sim o meu bem estar e
de todos nós enquanto sociedade. Devemos pensar sempre nas consequências que a ação vai
ter no bem-estar de todas as pessoas. Mill diz nos também que devemos ser imparciais nas
nossas decisões, e por isso a minha felicidade não é mais que a do outro.
Existem prazeres superiores que são prazeres ligados ao espírito potenciadores de bons
sentimentos morais, ou seja, a generosidade, a honradez, a solidariedade para com os outros…
E existem prazeres inferiores, prazeres ligados ao corpo, provenientes das sensações, como
comer, beber
Os prazeres que Mill fala são prazeres espirituais. Não podemos dizer que a felicidade vem de
prazeres físicos.
Na teoria de mil, as consequências que produzissem maior satisfação total seriam moralmente
aprovadas. Mas mil defende, tbm, uma avaliação quantitativa de prazeres.
Imaginamos um grupo de rapazes a bater numa rapariga. o prazer dos rapazes não justifica
moralmente as suas ações porque é tão baixo que não pode valer mais do que a dor e o
sofrimento a rapariga.
OBJEÇÕES
Como qualquer teoria filosófica, o utilitarismo de Mill foi objeto de várias críticas.
Para o utilitarista, na perspetiva dos seus críticos, uma pessoa pode desrespeitar uma das
regras morais básicas, como a regra de «não matar» ou a de «não mentir», e, ainda assim, agir
moralmente, desde que essa sua ação proporcione uma maior quantidade de felicidade a um
número de pessoas maior do que as pessoas a quem provocou dor ou sofrimento.
Depois de um dia de escola, cansado, eu decido ir para casa e vou dormir. Não poderia fazer
outra coisa, para melhorar o bem-estar de todos, como por exemplo ser voluntário em um
orfanato? Sim, podia. Haveria mais felicidade global. Ao dormir, sou a única pessoa que está a
beneficiar deste ato.