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ANTES DA PORTEIRA EM PDF 2022

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"TENHO ORGULHO DO
CONTEÚDO E ESTOU MUITO
FELIZ EM MOSTRÁ-LO"

Kerolém Cardoso é Engenheira Agrônoma,


Doutora em Agronomia e Empreendedora
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tomada de decisão aprendizado
S U M Á R I O
Fisiologia Vegetal .................................................................................. 9

Nutrição Mineral de Plantas ................................................................. 33

Fisiologia da Semente ........................................................................... 56

Ação dos herbicidas .............................................................................. 67

Doenças Agrícolas ................................................................................. 79

Pragas Agrícolas .................................................................................... 90

Fitotoxidade em Soja ............................................................................ 101

Formação de Calda ................................................................................ 111

Estresse Vegetal .................................................................................... 117


FISIOLOGIA
VEGETAL
FISIOLOGIA
VEGETAL

O embebente (água) se desloca de uma


-1
região de maior para outra de menor
potencial água em função de uma matriz

Embebição

Osmose
Difusão MOVIMENTO
Uma substância solvente se movimenta
independente DA ÁGUA através de uma membrana semipermeável,
de um local de maior para outro de menor
potencial água
Cada substância se difunde em função da
região de maior para a de menor energia
livre, independente da presença de outra
substância no meio Fluxo de
massa
Movimento de substância na mesma direção

Em um sistema, os componentes são


movimentados de um local de maior para outro
de menor potencial água em função da pressão

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FISIOLOGIA
VEGETAL

Na forma líquida Transpiração: em função da diferença


de potencial hídrico entre o contínuo
Gutação: quando a pressão solo-planta-atmosfera
de raiz é muito alta, a gutação Na forma gasosa
ocorre pelos hidatódios

Perda de água
pelas plantas
A absorção de água ocorre por fluxo
de massa do solo para o xilema na raiz

1. Mecanismo de absorção
passiva da água (Teoria de Dixon)
Principais funções
da água nos vegetais
Mecanismos de absorção de A ÁGUA E AS Participa de várias reações nos vegetais
água (Regidos pela lei de Fick) PLANTAS
Fonte de prótons (H+ ) e elétrons
2. Mecanismo de absorção osmótica
da água (Pressão radicular) Solvente de várias substâncias

Absorção de água Manutenção da turgidez de células e


- Ocorre com a ausência de transpiração plantas
ou taxa muito baixa pelas plantas
Participa dos movimentos da planta
- Acúmulo de íons no xilema (raiz) Reposição das perdas por transpiração
- Alta atividade radicular (maior absorção) Utilização no metabolismo para o
crescimento e desenvolvimento
- Solo na capacidade de campo (água
disponível) e sem excesso de sais

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FISIOLOGIA
VEGETAL

Quando o solo está seco, este potencial


predomina e sempre possui valor negativo
É o somatório entre: matricial + de
pressão + térmico + osmótico +
É a redução da energia livre da água pela presença gravitacional
de superfícies adsorvidas e/ ou capilaridade
Potencial é representado pela letra
grega "psi" Ψ
Potencial matricial
Representa a diferença entre a
Componente mátrico: interação entre
energia do sistema entre o estado da
a matriz sólida do solo e a água
água no solo e um estado padrão

Potencial total de água no solo


Potencial POTENCIAIS DE Água tende a se mover de onde
temperatura ÁGUA NO SOLO sua energia potencia é maior
para onde ela é menor
É a redução ou aumento da
energia livre da água em resposta
à variação da temperatura
Componentes do potencial
Potencial térmico: variação de total de água no solo
temperatura que ocorre no sistema
solo-planta-atmosfera mátrico
- Somente os 3 compõe potencial
gravitacional hidráulico

pressão - Maior "peso" na física do solo

osmótico

térmico

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FISIOLOGIA
VEGETAL

É a redução ou aumento da energia


livre da água em repostas à gravidade
Está sempre presente, e quando
o solo está saturado de água
este potencial predomina
Potencial
gravitacional
Valor negativo abaixo do referencial

Valor positivo acima do referencial

Componente de gravitacional: determinado a


partir de um referencial de posição arbitrário
Potencial osmótico
COMPONENTES DO É a redução da energia livre da
POTENCIAL ÁGUA água causada por um soluto

Membrana semi permeável

Componente osmótico:
Potencial resultante da presença de íons
pressão

É a redução ou aumento da energia livre da


Componente de pressão: pressões água em resposta à variação da pressão
diferentes da pressão do estado padrão
Diferente da pressão atmosférica,
seu valor sempre será positivo

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FISIOLOGIA
VEGETAL

A entrada de água nessas células ocorre


devido à queda do potencial osmótico pelo
acúmulo de sais e solutos orgânicos

Mudança de turgor Movimentação


da célula-guarda

Função
FISIOLOGIA DOS Transpiração
Localização ESTÔMATOS Fotossíntese
Respiração
Face das folhas Termorregulador
(epiderme adaxial e abaxial)

Anfiestomática: ambas Anatomia dos


Ex.: folhas de regiões áridas estômatos
Hipoestomática: abaxial
Complexo estomático
Ex.: folhas de regiões úmidas

Epiestomáticas: adaxial a) Células - Guardas e) Sem cutícula


Ex.: folhas de plantas aquáticas
b) Células anexas ou f) Parede celular espessada
Anisoestomática: ambas, porém subsidiárias em pontos estratégicos
com número diferente
c) Cloroplastos g) Ostíolo ou Poro

d) Sem plasmodesmas h) Câmara sub-estomática

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FISIOLOGIA Organela subcelular
VEGETAL
As reações de redução do carbono
ocorrem no ESTROMA

Com sistema extenso de membranas


O CLOROPLASTO é o internas chamadas TILACÓIDES
local da fotossíntese

Organização dos A partir da energia solar a planta


aparelhos fotossintéticos oxida uma molécula de água,
liberando oxigênio e reduz CO2
Mesofilo
para formar açúcares
Tecido mais ativo das plantas
superiores e suas células
possuem muitos cloroplastos Conversão da energia
luminosa em energia química
Pigmentos
fotossíntéticos
FOTOSSÍNTESE Fase clara ou etapa fotoquímica

I. Absorção de energia luminosa


Clorofilas
Carotenóides II. Transformação da energia luminosa
Pigmentos verdes especializados em energia química (ATP) e poder
na absorção de luz redutor (NADPH2)
Conhecidos como pigmentos
A absorção da luz azul a excita a um acessórios
estado energético mais elevado do que Fase escura ou etapa química
a absorção de luz vermelha Constituintes integrais das
membranas dos tilacóides III. Síntese orgânica: Ocorre no
estroma do cloroplasto -
Ajudam a proteger o organismo de formação de carboidratos
danos causados pela luz

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FISIOLOGIA
VEGETAL
Quando as moléculas de clorofila ou de outros
pigmentos absorvem a energia dos fótons da
luz:
Quando o elétron excitado regressa ao estado
de energia basal, a energia libertada poderá - Os elétrons passam a um estado orbital de
ser: energia mais elevada - estado excitado

- Dissipada sob a forma de calor; transferida


por ressonância indutiva Luz e
pigmentos
Fóton

A luz carregada por um


fóton é chamada de quatum
Centro de reação
ETAPA
Transformação da energia FOTOQUÍMICA DA Constituído por proteínas e moléculas
solar em energia química de clorofila que permitem converter a
FOTOSSÍNTESE energia luminosa em energia química
O complexo antena inclui moléculas de
pigmento que captam e canalizam Quando uma molécula de clorofila
energia para o centro de reação recebe energia, um dos elétrons passa a
Reações um nível mais energético, mais elevado
A partir disso ocorrerá as reações
luminosas
químicas de oxidação e redução
que levam ao armazenamento de Cada fotossistema inclui um conjunto de
energia a longo prazo No cloroplasto, as clorofilas e os outros 250 a 400 moléculas e consiste em dois
pigmentos estão inseridos nos tilacóides componentes intimamente associados
em unidades discretas de organização
designadas FOTOSSISTEMAS Um complexo antena e
um centro de reação

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FISIOLOGIA
VEGETAL

A PQH2, então, dissocia-se do complexo


A transferência dos dois elétrons para PQB do centro de reação e entra na porção
reduz esta a PQB 2–, e a PQB 2– reduzida hidrocarbonada da membrana, onde, por
toma dois prótons do meio no lado do sua vez, transfere seus elétrons para o
estroma, produzindo uma plasto-hidroquinona complexo citocromo b6f
(PQH2) completamente reduzida

As duas plastoquinonas
Plastoquinonas
PQA e PQB
Fonte: Taiz e Zeiger, 2017
Estão ligadas ao centro de reação e recebem
elétrons da feofitina de maneira sequencial
Núcleo do
centro de reação

Feofitina
FOTOSSISTEMA II Consiste em duas proteínas de
membrana conhecidas como D1 e D2

Atua como um aceptor inicial no PSII Clorofilas doadoras primárias, clorofilas


adicionais, carotenoides, feofitinas e
Passa elétrons para um complexo plastoquinonas são ligados às proteínas
formado por duas plastoquinonas Água oxidada a de membranas D1 e D2
intimamente relacionadas a um íon ferro oxigênio

Quatro elétrons são removidos de duas A água é uma molécula


moléculas de água, gerando uma molécula muito estável
de oxigênio e quatro íons hidrogênio

A oxidação da água para formar oxigênio


molecular é muito difícil: o complexo
fotossintético de liberação de oxigênio é o
único sistema bioquímico conhecido que
realiza essa reação

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FISIOLOGIA
VEGETAL
Uma segunda PQH2 é oxidada com um elétron indo da
FeSR para a PC e finalmente para o P700

O segundo elétron viaja através dos dois citocromos do


tipo b e reduz a plastossemiquinona a plasto-
hidroquinona, captando, ao mesmo tempo, dois prótons
do estroma

Fonte: Taiz e Zeiger, 2017 O fluxo cíclico aumenta o número de prótons


bombeados por elétron para além do que poderia ser
obtido em uma sequência estritamente linear
Fonte: Taiz e Zeiger, 2017

Processo cíclico Grande proteína dotada de


múltiplas subunidades com
muitos grupos prostéticos
O que é?

Processo acíclico ou linear


CITOCROMO B6F Esse complexo contém:

- dois citocromos do tipo b (Cit b)


Uma molécula de plasto-hidroquinona (PQH2) - um citocromo do tipo c (Cit c, historicamente
produzida pela ação do PSII é oxidada próximo do chamado de citocromo f)
lado lumenal do complexo
- uma proteína Rieske Fe-S (FeSR)
Transferindo seus dois elétrons para a proteína Estrutura
Rieske Fe-S e um dos citocromos do tipo b e, - dois sítios de oxidação-redução de quinonas
simultaneamente, expelindo dois prótons para o
No processo de oxidação das
lume
plastoquinonas, quatro prótons são
transferidos do lado estromal para
O elétron transferido para a FeSR é passado para Por esse mecanismo é gerado um potencial
o lado lumenal da membrana
o citocromo f e daí para a plastocianina, a qual irá eletroquímico através da membrana
reduzir o P700 do PSI
Esse potencial eletroquímico é utilizado para
O citocromo do tipo b reduzido transfere um fornecer energia à síntese de ATP
elétron ao outro citocromo do tipo b, o qual irá
reduzir uma plastoquinona ao estado de
plastossemiquinona (PQ•– )

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FISIOLOGIA
VEGETAL

O ATP é sintetizado por um complexo


enzimático conhecido como ATP-sintase

Fotofosforilação

A energia capturada da luz também é utilizada


para a síntese do ATP dependente de luz, Fonte: Taiz e Zeiger, 2017

conhecida como fotofosforilação

Plastocianina

Ferredoxina
FOTOSSISTEMA I Proteína cúprica, pequena,
hidrossolúvel

Elétrons são transferidos para a Transfere elétrons entre o


ferredoxina (Fd), uma pequena complexo citocromo b6f e o P700
proteína ferro-sulfurosa hidrossolúvel
Centro de Encontrada no espaço lumenal
reação
Flavoproteína associada à membrana
ferredoxina-NADP+ -redutase (FNR) reduz o
Grande complexo proteico
NADP+ a NADPH, completando, assim, a
com múltiplas subunidades
sequência do transporte acíclico de elétrons,
que inicia com a oxidação da água
A antena-núcleo e o P700 estão
ligados a duas proteínas, PsaA e PsaB

Fonte: Taiz e Zeiger, 2017

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FISIOLOGIA
VEGETAL

O ciclo é finalizado pela regeneração da


ribulose-1,5-bifosfato por uma série de
dez reações catalisadas por enzimas
Fase de
Que restaura o aceptor de CO2 (ribulose-1,5- Regeneração
bifosfato) para o funcionamento contínuo do
ciclo de Calvin-Benson

Fonte: Taiz e Zeiger, 2017

O que é?
Fase de CICLO DE CALVIN Rota autotrófica de fixação do CO2
Redução E BENSON predominante encontrado em muitos
procariotos e em todos os eucariotos
O 3-fosfoglicerato é convertido em carboidratos fotossintetizantes
de 3 carbonos (gliceraldeído-3-fosfato) por
reações enzimáticas acionados pelo ATP e Essa rota diminui o estado de oxidação
NADPH Fase de do carbono a partir do valor mais
carboxilação elevado, encontrado no CO2, para
níveis encontrados em açúcares
O gliceraldeído-3-fosfato é a mais importante
no processo, pois de cada 6 moléculas de
Catalisada pela enzima do cloroplasto
PGAL formadas, uma será usada para Uma molécula de CO2 e uma molécula de
ribulose-1,5-bisfosfato-carboxilase/
produção de açúcares H2O reagem com uma molécula de
oxigenase - RUBISCO
ribulose-1,5-bifosfato para produzir duas
Vale ressaltar que a RUBISCO é a moléculas de 3-fosfoglicerato (3PGA)
proteína mais abundante do mundo

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FISIOLOGIA
VEGETAL

SOJA
TRIGO
ARROZ
FEIJÃO Exemplos
ALFACE
TOMATE
REPOLHO
E QUASE TODAS AS ÁRVORES
Carboxilado
pela RUBISCO

CICLO C3 Via fotossintética que tem início


Via C3 e C2 com um composto de 3 carbonos

Nessa via, não temos o “estoque


A eficiência da assimilação de CO2 de carbono”, ou seja, não é
(fotossíntese líquida) depende, portanto, armazenado CO2
das taxas relativas desses ciclos em grande
parte espécies vegetais Via C2 ou via
fotorrespiratória
o metabolismo do carbono nos
organismos fotossintetizantes depende Rubisco catalisa tanto a carboxilação como a
do balanço integrado de dois ciclos que oxigenação da ribulose-1,5-bifosfato
se opõem mutuamente
A atividade oxigenase da rubisco provoca a perda
parcial do carbono fixado pelo ciclo de Calvin-Benson

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FISIOLOGIA
VEGETAL

Milho
Sorgo
Cana-de-açúcar Exemplos
Tiririca (Cyperus rotundus)
Capim-colchão (Digitaria horizontalis)

A enzima PEPcase
catalisa a carboxilação

CICLO C4 Ciclo de carboxilação e descarboxilação que


Bioquímica se distribui entre dois tipos diferenciados de
células fotossintéticas:
A bioquímica da via C4 é fortemente
integrada a adaptações anatômicas - as células do mesofilo
especiais, conhecidas em seu conjunto - as células da bainha perivascular
como anatomia do tipo Kranz
Adaptação
A principal característica desse ciclo é o
mecanismo de concentração de carbono nas Supõe-se que as principais forças evolutivas que
células da bainha conduziram ao surgimento das plantas C4 tenham
sido a progressiva redução da concentração do CO2
o que faz com que a RUBISCO atue quase atmosférico em combinação com o estresse hídrico e
exclusivamente como carboxilase, altas temperaturas
eliminando, na prática, a fotorrespiração

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FISIOLOGIA
VEGETAL

Em quase todas as espécies C4


conhecidas, a assimilação
fotossintética do CO2 requer o
desenvolvimento da anatomia Kranz
Plantas C4

O que é?

Característica ANATOMIA KRANZ Estrutura especial da folha, em que


anatômica Kranz é a palavra alemã para “grinalda”
e apresenta um anel interno de células
da bainha ao redor de tecidos
células da bainha do feixe vascular: vasculares e uma camada externa de
circundam os tecidos vasculares células do mesofilo
células do mesofilo: fica na
periferia da bainha e adjacente Função
aos espaços intercelulares
1. Separa a absorção de carbono atmosférico em células
do mesofilo da assimilação de CO2 pela rubisco em
células da bainha do feixe vascular

2. Limita o vazamento de CO2 da bainha para as células


do mesofilo. No entanto, já existem exemplos claros de
fotossíntese C4 em célula única em algumas algas verdes,
diatomáceas e plantas aquáticas e terrestres

Fonte: Taiz e Zeiger, 2017

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FISIOLOGIA
VEGETAL

É a capacidade do organismo
em responder a determinado
fotoperíodo

Processo que requer baixa


É o movimento de curvatura de densidade de fluxo de luz
órgão ou parte da planta que Fototropismo Fotoperiodismo
apresenta relação direcional com
o estímulo luminoso Trata da luz na indução floral

Pigmentação
PRINCIPAIS
Dormência
EFEITOS DA LUZ A planta sem luz é estiolada, pois a
protoclorofila necessita de luz para
NOS VEGETAIS transformar-se em clorofila
Sementes fotoblásticas
precisam de luz para germinar
Morfologia
O processo que induz a dormência
é controlado pelo fitocromo das plantas

O crescimento radicular é inibido pela luz


O crescimento das folhas é promovido pela luz

A luz possui efeito regulador sobre a taxa de crescimento:


- Normalmente inibe o alongamento celular

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FISIOLOGIA
VEGETAL

O sombreamento pode ser


empregado para diminuir a
taxa assimilatória líquida

É possível alterar a
razão fonte-dreno por
A área foliar (fonte) pode ser meio de certas práticas
reduzida por remoção de parte
da folha ou de folhas inteiras

O que são?
ASSIMILADOS NAS
Atividade básicas PLANTAS São substâncias orgânicas solúveis
da planta que podem ser usadas como
substrato para a respiração,
crescimento ou armazenamento
Transporte físico: que resulta em variação
estrutural e contribui para o incremento de
massa das plantas

Conversão química: que determina uma Fonte e dreno


variação na composição química da planta

Metabolismo Transporte
Fonte: exporta
Dreno: importa assimilados
Fonte: produzem assimilados diretamente
pela fotossíntese ou indiretamente por
mobilização de reservas Morfologia
Fonte: as folhas, geralmente
Dreno: demais órgãos
Dreno: utilizam assimilados na
respiração, no crescimento ou,
conforme algumas definições, no
armazenamento de assimilados

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FISIOLOGIA
VEGETAL

c) Temperatura:
a) Disponibilidade de substrato: - O coeficiente de temperatura (Q10) é
- Plantas com pouca reserva de usado para descrever o efeito da
amido e açúcares apresentam baixa temperatura sobre a respiração Sementes: O aumento da taxa de
taxa respiratória respiração leva a degradação da reserva

Caule: Baixa taxa de respiração se


Fatores que comparada a outros órgãos (câmbio)
b) Disponibilidade de oxigênio:
- Problemas de morte de raízes em afetam
solos compactados e encharcados Frutos: Após a fertilização, a taxa
respiratória é intensa devido ao processo
de desenvolvimento do fruto

Classificação Órgãos da planta


quanto a atividade RESPIRAÇÃO
respiratória na fase VEGETAL Raiz: o oxigênio necessário para o
de amadurecimento processo respiratório provém
principalmente do solo, podendo
1. Frutos climatéricos: frutos que apresentam também vir da parte aérea
um aumento na taxa de respiração no final
da fase de maturação, estando ligado ao teor Folhas: Respiração intensa o tempo
de etileno O etileno nos todo. A via das pentoses-fosfato tem
frutos grande importância nesse órgão
Exemplos:
Mamão - Abacate - Banana
Hormônio que impulsiona o aumento Início do climatério: início da
da respiração em frutos climatéricos produção de etileno, responsável
2. Frutos não-climatéricos: não pelo começo da respiração
apresentam aumento de respiração Fase pré-climatérica: a produção do
no final da fase de maturação etileno é reduzida ou inexistente Aumento do climatérico: aceleração
da produção de etileno e
Exemplos: uniformização de todos os
Uva - Morango - Laranja aspectos da maturação

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FISIOLOGIA
VEGETAL

Essa cadeia respiratória produz


cerca de 90% do ATP do processo
respiratório como um todo

Os elétrons são transferidos ao longo de uma


cadeia de transporte de elétrons, que consiste Cadeia de
em uma série de complexos proteicos transporte de
Além de preparar o substrato para a oxidação
elétrons no ciclo do ácido cítrico, a glicólise produz
uma pequena quantidade de energia química
sob a forma de ATP e de NADH

Glicólise (glico – açúcar; lise – quebra)


VISÃO GERAL DA Carboidratos são convertidos em
Ciclo de Krebs RESPIRAÇÃO hexoses-fosfato, cada uma das quais
é então decomposta em duas trioses
fosfato
O piruvato é oxidado completamente a CO2 e
após a sua importação, o piruvato sofre Em uma fase subsequente,
descarboxilação (perda de CO2), gerando um conservadora de energia, cada triose
radical acetil ligado à coenzima A (acetil-CoA) Fermentação fosfato é oxidada e rearranjada,
produzindo uma molécula de
Esse processo mobiliza uma pequena piruvato, um ácido orgânico
quantidade de energia (ATP) a partir da
decomposição da sacarose Ocorre quando há falta de oxigênio, ou
seja, o piruvato que foi produzido pode ser A fermentação alcoólica é comum em plantas
O NADH+H+ e o FADH2, produzidos pela reduzido a lactato ou então mas bem mais conhecida na levedura da
oxidação do piruvato doam seus elétrons para descarboxilado, produzindo etanol cerveja, por exemplo
um conjunto de complexos proteicos levando a
cadeia de transporte de elétrons A fermentação do ácido láctico é comum em
músculos de mamíferos, mas também
encontrada em plantas

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FISIOLOGIA
VEGETAL

Ácido 1-naftaleno-acético (ANA)

Ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D)

Ácido 2-metóxi-3,6-diclorobenzoico (dicamba)

Moléculas com
atividade auxínica

Papel na planta
Aminoácido Triptofano
O HORMÔNIO Alongamento celular
Precursor AUXINA
Dominância apical

A principal auxina nos vegetais superiores Enraizamento de estacas


é o ácido indol-3-acético (AIA)
Fototropismo
Locais de
síntese Gravitropismo

Meristemas apicais

Ápices caulinares

Frutos em desenvolvimento

Folhas jovens

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FISIOLOGIA
VEGETAL

Produção de frutos

Maltagem da cevada

Aumento na produção de cana-de-açúcar

Usos de Crescimento do caule


giberelina
Germinação de sementes
- Estimula a produção de enzimas hidrolíticas

- Permite a retomada de crescimento

Papel na planta
O HORMÔNIO Frutificação e partenocarpia
Ácido mevalônico
Precursor GIBERELINA
As giberelinas influenciam a iniciação
O ácido giberélico é o floral e a determinação do sexo
isolado de giberelina
Promovem o crescimento do pólen e
Locais de o crescimento do tubo polínico
síntese Regulam a transição da fase juvenil
para a adulta
Ápices caulinares

Folhas jovens

Sementes em desenvolvimento

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FISIOLOGIA
VEGETAL

Os meristemas apicais das raízes são os principais


sítios de síntese de citocininas livres na planta

As citocininas sintetizadas nas raízes são


transportadas para a parte aérea via xilema

Sítios de síntese

Papel na planta
Isopreno O HORMÔNIO
Precursor CITOCININA Divisão celular

Morfogênese em cultura de tecidos


Zeatina, a primeira citocinina
natural de maior ocorrência Quebra da dominância apical
Locais de Retardamento da senescência de
síntese folhas

Mobilização de nutrientes
Meristemas apicais das raízes
Maturação de cloroplastos
Embriões
Germinação de sementes
Folhas jovens

Meristema apical

Endosperma

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FISIOLOGIA
VEGETAL

Amadurecimento do fruto
Temperatura
Concentração de CO2 e O2
Injúrias
Auxina

Fatores que promovem


a síntese do etileno

Papel na planta
O aminoácido metionina
O HORMÔNIO
Regula uma gama ampla de
Precursor ETILENO respostas nos vegetais

O ácido 1-aminociclopropano-1-carboxílico Germinação de sementes


(ACC) funciona como um intermediário na Expansão celular
conversão da metionina em etileno Diferenciação celular
Locais de Florescimento
Senescência
síntese Abscisão, entre outros
Folhas jovens em desenvolvimento
produzem mais etileno que folhas
completamente expandidas

Em geral, regiões meristemáticas e regiões


nodais são mais ativas na sua biossíntese

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FISIOLOGIA
VEGETAL

Déficit hídrico

Encharcamento

Baixas temperaturas Fatores que estimulam


a síntese do ABA
Doenças e insetos-praga

Dias curtos

Papel na planta
Ácido mevalônico O HORMÔNIO Fechamento estomático
Precursor ÁCIDO ABSCÍSICO
Dormência de sementes
A concentração de ABA livre no citosol
é também regulada pela degradação, Crescimento da raiz e da parte aérea
transporte e compartimentalização
Locais de Senescência de folhas
síntese
Todas as células vivas,
desde ápice caulinar ao
ápice radicular

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NUTRIÇÃO
MINERAL DE
PLANTAS
NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Água gravitacional: não retida pelas


partículas do solo, drenada pela Lugar em que as raízes
gravidade "bebem"os nutrientes da planta

Água capilar: retida por tensão


superficial, movimentando-se em forma Fase líquida ou
líquida solução do solo
Água fixada por adsorção aos colóides,
movimento em forma de vapor Principais funções
exercidas pelo ar do solo

Fase sólida

Fração mineral
O SOLO 1. Fornecimento de O2 para respiração das
raízes, dos microrganismos aeróbicos e da
fauna do solo
Silicatos: minerais primários que, por
intemperismo, produzem minerais 2. Fornecimento de N para a fixação
secundários e liberam nutrientes das planta biológica por bactérias de vida livre
(simbióticas e endofíticas)
Quartzo e outros minerais Compartimentos
3. Participação do O em reações de
oxidação do processo de formação do solo
Fase sólida: Minerais primários e
matéria orgânica não humificada Solução do solo
- Água
Fase lábil: - Minerais isolados
- Argilas - Minerais complexados com
- Sesquióxidos matéria orgânica solúvel
- Matéria orgânica
humificada =
complexo de troca

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS
Cada coloide (argila ou húmus) tem, em
geral, um balaço de cargas negativas (-),
desenvolvido durante o processo de
formação

Em geral as partículas coloidais apresentam Isso significa que podem atrair e reter
cargas elétricas quando colocadas em um partículas com cargas positivas (+)
O ponto importante é que os coloides meio líquido polar, como a água
são os principais responsáveis pela
atividade química dos solos
Cargas elétricas

Superfície específica
ATRIBUTOS
QUÍMICOS DO É a superfície das partículas por
Acidez unidade de peso, expressa em
SOLO metros quadrados por grama
A CTC pode reter não apenas nutrientes,
mas também elementos que deprimem o
crescimento vegetal como: H e Al

Importância
Processo de classificação de solos
Influência no crescimento e
desenvolvimento das plantas

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Corresponde ao H + Al que estão adsorvidos


eletrostaticamente às cargas negativas dos
argilominerais e da matéria orgânica

Acidez trocável

Acidez potencial

ACIDEZ É representado pelo H+Al e é o total


Acidez ativa da acidez que existe no solo

É representado pelo pH em água (H) Esta acidez é levada em conta para


modificar o pH do solo
Corresponde aos íons H livres na
Refere-se as formas trocáveis e não
solução do solo Acidez não trocáveis de íons H+Al
pH em água é um indicativo de
trocável
acidez que está "ativa"
Acidez não trocável:

Corresponde aos H ionizáveis ligados


covalentemente aos ácidos existentes no
solo e que não são facilmente
deslocados para a solução por outros
cátions e, portanto, não são trocáveis

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS
Nenhum efeito direto do pH

Efeito indireto, ocorrendo redução das bases e


o aumento da acidez

O aumento da CTC dependente do pH faz com


que a lixiviação destes cátions diminua

Potássio, Cálcio,
Magnésio e Cloro

Efeito nas cargas + e -


Toxidez por alumínio Efeito na
solubilidade de pH DO SOLO Aumento do pH aumenta as cargas - e
diminui as +, dependendo do tipo de
elementos tóxicos
argila e quantidade de matéria orgânica
pH < 5,5 aumenta a concentração
de alumínio e atinge concentração
elevada em pH < 4,5
Efeito na atividade
Redução do desenvolvimento de microrganismos
das raízes
O pH atua sobre a composição, quantidade e
Escurecimento das raízes atividade dos microrganismos envolvidos nas
transformações orgânicas e indiretamente no
Baixa concentração de fósforo ciclo dos nutrientes
e cálcio na planta

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Ocorre quando a absorção de Solos com maior diferença


nutrientes é superior à chegada de concentração também
do elemento até a raiz criando aumentam a difusão
um gradiente de concentração
Difusão

Absorção de nutrientes
Consequência da diferença de pelas plantas
potencial hídrico no solo e raiz
CONTATO COM Caminhos percorridos pelos nutrientes
Fluxo de massa A RAIZ desde a solução do solo até o xilema

Causada pela - Simplasto


transpiração da planta
- Apoplasto

Calculado em: concentração média


Interceptação
de raiz Dentro da célula é
de nutrientes na solução do solo armazenado no vacúolo
antes e depois do cultivo e
quantidade de água transpirada À medida que a planta cresce,
encontra na sua trajetória Move-se por difusão via
nutrientes que são absorvidos plasmodesmos de célula a célula

Quantidade de
nutrientes interceptado

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Para o nutriente ser absorvido é requerido:

- Que o solo forneça nutriente

- Nutriente --> transportado até a zona das


raízes (via solução do solo)
Suprimento de
nutrientes

Disponibilidade
DISPONIBILIDADE
Reações de processos pelos quais passa um
Fertilidade DE NUTRIENTES nutriente desde sua liberação na solução
do solo até sua utilização pela planta
Considera a disponibilidade do
nutriente na solução do solo perto É a resultante da ação integrada dos fatores
das partículas sólidas sem do nutriente do solo:
considerar o transporte Quantidade - Quantidade (Q)
disponível - Intensidade (I)
- Capacidade Tampão (CI)

Não significa que o nutriente Onde:


I: [nutriente] na solução do solo
esteja apto à absorção e
utilização pela planta Q: reserva lábil, quantidade adsorvida, trocável
ou precipitada do nutriente que pode passar à
solução do solo

CT (Q/ I): medida da resistência do solo para


deixar variar a [nutriente] na solução do solo

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS
Diminui o efeito do calcário como
corretivo de acidez, pois o gesso
satura a solução do solo com Ca e
diminui a reação de hidrólise do CaCO
I. Aplicação do calcário e
gesso ao mesmo tempo
II. Aplicação do calcário
antes do gesso
Modo de
Calcário deve ser aplicado 60 aplicação de gesso
a 90 dias antes do gesso
Não pode ser considerado como um
Neste caso o Ca irá ocupar a corretivo, mas um condicionador de
maior parte das cargas solo em situações específicas
negativas dos colóides

III. Aplicação de gesso


Finalidades
antes do calcário
GESSAGEM Correção das camadas subsuperficiais
contendo alto teor de alumínio
Nesse caso, a percolação do sulfato trivalente / ou baixo de cálcio
carregando junto o cálcio e magnésio
é bem menor Diminui a salinidade do solo ou do
adubo
Alguns sítios de troca das cargas
permanentes ficarão ocupados pelo Reduz perdas de nitrogênio na
cálcio enquanto o íon sulfato ficará Recomendações fermentação de esterco
em grande parte adsorvido
a) Com base na determinação da b) Gesso como Correção de solos sódicos
necessidade de calagem (NC) pelo fonte de enxofre
método do Al e Ca+Mg ou pelo Fonte de Ca e S
método de saturação por bases
c) De acordo com
o teor de argila

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Quantidade de corretivo de acidez em toneladas


por hectare com PRNT 100% a ser incorporada
Necessidade de numa camada de 0 a 20 cm de profundidade
calagem (NC)
Neutralização do alumínio
e/ ou elevação dos teores
de cálcio e magnésio
Critérios para
Cálculo utilizado para definir a NC em recomendação
que considera a acidez do solo e a
exigência de cálcio e magnésio da cultura

Método da
saturação por bases
Finalidades
Solo arenoso (teor de argila < 35%) a
saturação por bases não deve ser maior CALAGEM Matéria Orgânica
que 50% independente da cultura
Seus grupos funcionais liberam H
Alumínio quando sua concentração na solução
atinge um valor crítico
Se o H+ da solução é neutralizado pelo
calcário, o Al precipita-se causando A calagem neutraliza H da solução
deslocamento de Al adsorvido para a solução forçando a liberação de H dos grupos
funcionais para manter o equilíbrio,
causando a reação TAMPÃO

Solos com maior teor de M.O


apresentam maior PT

Solos arenosos, baixa M.O, tem o PT


mais fraco e assim, necessita de
menos calcário

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Muito móvel Mobilidade na


planta

Disponibilidade
Sintomas de
deficiência
NITROGÊNIO (N) A maior parte está na fração orgânica que
não pode ser assimilada pelas plantas

Clorose generalizada, em Ocorre o processo de mineralização do N


especial nas folhas velhas controlado por microrganismos no solo

Em casos severos as folhas As formas preferencialmente absorvidas


ficam completamente amarelas, Função pelas plantas são íons nitrato (NO -3 ) e
morrendo em seguida amônio (NH +4 )

Componente de:
Aminoácidos
Proteínas
Nucleotídeos
Ácidos nucleicos
Clorofilas e coenzimas

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Muito móvel
Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de Está disponível nos solos na forma de íons
deficiência FÓSFORO (P) fosfato

É absorvido pelas plantas


Plantas verde-escuras que muitas preferencialmente na forma de H2PO -4
vezes, acumulam antocianinas
vermelhas ou púrpuras

Caules atrofiados nos estádios Função


tardios de desenvolvimento
Componente de:
Folhas velhas ficam castanho- Compostos fosfatados
escuras e morrem transportadores de energia
(ATP e ADP)
Ácidos nucleicos
Diversas coenzimas
Fosfolipídeos

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Muito móvel
Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de
deficiência POTÁSSIO (K) A principal forma do potássio no solo é a
mineral, encontrada nos minerais primários
(feldspato, biotita e muscovita)
Folhas cloróticas ou com pequenas O potássio é absorvido na solução do
manchas de tecido necróticas, em solo na forma iônica de K+
especial nos ápices e nas margens

Folhas velhas afetadas Função

Participa do balanço iônico e


osmótico responsável pela
abertura e fechamento dos
estômatos

É cofator de muitas enzimas

Cátion principal a estabelecer a


turgescência celular e manter a
eletroneutralidade da célula

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Parcialmente Móvel
Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de
deficiência ENXOFRE (S) O solo fornece o enxofre para as
plantas por meio da matéria orgânica

As plantas absorvem o S na forma de


Folhas jovens verde-pálidas ânion sulfato (SO24 -)

Função

Constitui de alguns aminoácidos e de


proteínas como a coenzima A:
componente da cisteína, cistina,
metionina e proteínas

Constituinte do ácido lipoico, tiamina


pirofosfato, glutationa, biotina

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Imóvel
Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de
deficiência CÁLCIO (Ca) Abundante em grande parte dos solos,
porém fator limitante em solos
tropicais ácidos
Desintegração das paredes celulares
e o colapso dos tecidos jovens É absorvido como íon divalente Ca2+

Função

Estabilização de paredes celulares

Extensão e divisão celular

Estabilização de membranas e
modulações de enzimas

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Móvel Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de É encontrado no solo sob a forma de
deficiência MAGNÉSIO (Mg) minerais primários, carbonatos, sulfatos,
minterais secundários e matéria orgânica
Folhas cloróticas e manchadas É absorvido como íon divalente Mg 2+
Podem ficar avermelhadas, por
vezes com manchas necróticas
Função
Ápices e margens foliares viradas
para cima sobretudo as folhas
velhas Componente da molécula de clorofila

Caules delgados Cofator de muitas enzimas -


necessário para as reações
fotossintéticas que envolvem a
liberação de O2

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Parcialmente Móvel
Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de
deficiência FERRO (Fe) Ocorre nos solos na forma de óxidos
primários como a hematita e magnetita

Pode ser absorvido como íon férrico (Fe3+)


Clorose nas internevuras
e mais facilmente devido sua elevada
das folhas jovens
solubilidade, como íon ferroso (Fe2+)
Caules finos e curtos
Função

Necessário para a síntese da


clorofila e como constituinte dos
citocromos e dos centros ferro-
enxofre (nitrogenase, por exemplo)

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Parcialmente Móvel
Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de
deficiência
MANGANÊS (Mn) Tem vários estados de oxidação e no
solo está habitualmente na forma de
vários óxidos muito insolúveis
Clorose nas internevuras das É principalmente absorvido como
folhas jovens ou velhas cátion divalente Mn 2+ após redução
dos óxidos desse elemento próximo
Desorganização das da superfície radicular
membranas dos tilacoides Função

Cofator de algumas enzimas

Necessário para integridade da


membrana do cloroplasto e
para a produção de oxigênio

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Parcialmente Móvel
Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de Absorvem como cátion divalente ou
deficiência COBRE (Cu) cúprico (Cu2+ ) em solos arejados

Como íon cuproso (Cu+) em solos


Folhas jovens que ficam pobres em oxigênio ou com elevado
verde-escuras, torcidas, teor em água como em solos alagados
disformes e com algumas
manchas necróticas
Função

Cofator ou componente de algumas


enzimas envolvidas nos processos
de oxidação e redução:

- ácido ascórbico oxidase


- tirosinase
- urease
- citrocomo oxidase
- plastocianina

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Parcialmente Móvel
Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de A disponibilidade pode ser baixa tanto em
deficiência ZINCO (Zn) solos básicos como em solos ácidos,
sempre que o material originário for pobre
nesse elemento
Redução da área foliar e do
comprimento dos entrenós
É absorvido como cátion divalente (Zn2+)
Folhas com margens, por vezes,
distorcidas Função
Cloroses internevurais
Cofator ou componente de muitas enzimas
Afeta principalmente as folhas velhas
- Constituinte da álcool desidrogenase
- Anidrase carbônica

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Imóvel
Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de Encontra-se na solução do solo como
deficiência BORO (B) ácido bórico (em condições de pH
neutro) e como ânion borato (a elevados
valores de pH)
O primeiro sintoma é a cessação
de alongamento dos ápices Pode ser absorvido tanto por via
radiculares radicular (raízes) como foliar (folhas)
As folhas jovens ficam verde- Função
claras na base

As folhas ficam distorcidas Influencia a utilização do Ca2+, a


síntese dos ácidos nucleicos e a
Há morte dos meristemas apicais integridade da membrana
da parte aérea

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Móvel Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de
deficiência
MOLIBDÊNIO (Mo) Existe no solo principalmente na forma de
molibdenite (MoS2 ) e de sais de
molibdato (MoO 24 - ou HMoO-4 )
Internervuras: clorose que surge
primeiro nas folhas mais velhas e É absorvido na forma de MoO 24 -
passa de forma progressiva para as
mais jovens A solubilidade do Mo aumenta com o pH
Função
Clorose seguida de necrose nas áreas
internervuras e posteriormente nos
tecidos restantes Necessário para a fixação e redução
do nitrato

Constituinte da nitrogenase, nitrato


redutase e xantina desidrogenase

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

Móvel
Mobilidade na
planta

Disponibilidade
Sintomas de
deficiência CLORO (Cl) O Cl ocorre principalmente
como íon cloreto (Cl-)

Murcha foliar com manchas É ubíquo na natureza e tem


cloróticas e necróticas alta solubilidade

Folhas muitas vezes com cor bronze


Função
Raízes atrofiadas em comprimento,
mas ápices espessos
Envolvido no balanço iônico
e osmótico

Essencial nas reações


fotossintéticas que
produzem oxigênio

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NUTRIÇÃO MINERAL
DE PLANTAS

No Brasil, a Instrução Normativa 05, de 23 de


fevereiro de 2007, que controla o registro de
fertilizantes e corretivos minerais apresenta uma
As fontes utilizadas para a aplicação de lista de produtos para aplicação via solo ou foliar
Ni podem variar entre sais, como o e estabelece a concentração mínima para registro
sulfato, nitrato e cloreto, até
formulações com EDTA, como quelatos
Fontes
Recente foi incluído na lista dos
elementos essenciais para as plantas

Disponibilidade
Sintomas de
deficiência NÍQUEL (Ni) É um metal abundante na natureza e
está sempre nos tecidos vegetais apesar
das concentrações muito baixas
Manchas necróticas
nos ápices foliares Apresenta grande capacidade adsortiva
em solos com altos teores de óxidos e
matéria orgânica
Função
Forma absorvida é Ni 2+

Parte essencial do sistema


enzimático do metabolismo do N

- Constituinte da urease e de
desidrogenases nas bactérias
fixadoras de N2

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FISIOLOGIA
DA
SEMENTE
FISIOLOGIA
DA SEMENTE

Embriogênese
Maturação
Dessecação
Consiste em 3 etapas

Desenvolvimento
da semente

Qual a origem da semente?


Processo de GERMINAÇÃO É o resultado do desenvolvimento
germinação de um óvulo fertilizado

Embebição: "É a entrada de água no interior


da semente" Constitui
Metabolismo: Reativado pela embebição e Crescimento do - Embrião
por intermédio de substâncias e estruturas eixo embrionário - Endosperma
após a fase de dessecação - Tegumento ou testa
- 3 hipóteses do início do crescimento da radícula:

Redução do potencial osmótico das células


Aumento da extensibilidade das paredes celulares
Enfraquecimento por ação enzimática dos tecidos
que recobrem o ápice radicular

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FISIOLOGIA
DA SEMENTE

Uma vez que ocorre a germinação É o momento mais crítico da vida do


tem que ser um processo irreversível, vegetal, pois ocorre a germinação
pois se faltar água nessa fase,
ocorrerá a morte da semente

Fase III

Fisiologia da germinação
GERMINAÇÃO E
- 2 a 8 horas de embebição
Fase II EMERGÊNCIA
- 12 a 24 horas na fase II, remobilizando,
É um pouco mais lenta, mas continua digerindo reservas, produzindo DNA, ocorrendo
entrando água algumas divisões celulares, produzindo proteína
e replicando DNA para enviar o produto da
Ocorre em função da demanda digestão ao embrião
osmótica que existe a nível celular Fase I

Regulada pelo potencial


Ocorre independente se o embrião está matricial da água
viável ou não - é uma fase rápida e curta,
em que a água entrará na semente

Há problemas fisiológicos se a
entrada de água for muito rápida
e acentuada na semente

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FISIOLOGIA
DA SEMENTE

Todos os insumos que se colocar na lavoura


(semeadura ou posterior a semeadura)
poderão ser otimizados quando a planta está
Geram plantas com maior com alto desempenho fisiológico
capacidade e desempenho fisiológico

Sementes de alto vigor

Do ponto de vista do Agricultor


VIGOR DE
A expressão máxima do vigor de semente é:
A nível de campo SEMENTES
- Estabelecimento de uma população adequada
Pode-se e deve-se fazer um - Menor espaço de tempo possível
teste de campo assim que - Com plantas grandes e uniformes
receber a semente do provedor

- Mandar as sementes para laboratório; O vigor


- Fazer teste de canteiro
A semente pode ter um peso e tamanho Não é só um parâmetro quantitativo,
parecido ao de uma com alto vigor, porém mas sim quanli e quantitativo
não se consegue saber a "maquinária"
celular, por isso precisa-se do vigor!

O entendimento do vigor
começa na planta mãe

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FISIOLOGIA
DA SEMENTE

Microrganismos e insetos

Idade das sementes

Condições ambientais durante


Genético o armazenamento

Durante a produção
- Desenvolvimento da sementes
Fatores que
- Maturidade das sementes afetam o vigor
Danos mecânicos

Vigor Fisiológico
TIPOS DE
Diferenças entre o mesmo
Vigor genético VIGOR material genético
- Linhagem, cultivar, variedade
Diferenças entre
linhagens e híbridos
Maturidade
fisiológica

Redução do potencial de conservação: Maior sensibilidade às adversidades:


Teste do envelhecimento acelerado Teste de frio
Teste da deterioração controlada Teste de germinação a frio

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FISIOLOGIA
DA SEMENTE

- É importante conhecer os produtos


- Aplicá-los de forma e na dose correta
Dica: - Ter confiança no seu provedor
- Faça um pré teste antes: pegue uma
amostra, faça o tratamento e semeei em
um canteiro para observar Combinação
de produtos

Objetivo principal
TRATAMENTO
Proteção:
Produtos DE SEMENTES
- Proteger de fungos que podem
Existem produtos que são adicionados vim delas mesmas ou que podem
a calda de tratamento que vão além estar no solo (contra insetos)
dos protetores de fungos e insetos

- Biofertilizantes A semente
- Biorreguladores
- Bioestimulantes
- Inoculantes Volume de calda: como regra, não se
- Coinoculação Se for armazenar a semente por muito deve ultrapassar 600 a 700 mL por
tempo, a inoculação deve ser feita 100 kg de semente
mais próxima da época de semeadura
Volume de calda muito alto pode
Isso devido as bactérias, que são
desencadear processos metabólicos
organismos vivos, perderem a viabilidade
iniciais na semente que acabam
e a capacidade de agir de forma positiva
diminuindo a germinação e o vigor

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FISIOLOGIA
DA SEMENTE
A germinação de sementes
dormentes é desuniforme e lenta
Muitas plantas daninhas Isso reduz a germinação em campo,
apresentam esses mecanismos e é necessário realizar tratamento
para que haja perpetuação da para a quebra da dormência
espécie

- Como consequência, seu Interferência na


controle é dificultado produção agrícola

O que é? É quando após a maturação, mesmo


em locais com condições favoráveis, as
Do embrião - fisiológica
DORMÊNCIA espécies não germinam
ou endógena DE SEMENTES - Isso ocorre por causa de mecanismos
de resistência que as sementes
Inerente ao embrião e não é devida adquirem na maturação ou após ela
a alguma influência do tegumento
ou de outro tecido da semente Imposta pelos
tegumentos ou por
Este tipo de dormência é devido,
outros tecidos
provavelmente a:
- Presença de inibidores, especialmente O embrião de tais sementes germina Tecidos como endosperma,
o ABA prontamente na presença de água e pericarpo ou órgãos extraflorais
- Ausência de promotores, tal como as oxigênio, desde que o tegumento ou
giberelinas outros tecidos que o circundam sejam Também referida como dormência
removidos ou, de alguma forma, física ou tegumentar
danificados:

- Escarificação química com ácidos ou


física com lixas

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FISIOLOGIA
DA SEMENTE

A visão do produtor de semente é entregar


qualidade, então é necessário tomar decisão a
partir do planejamento e de cuidados desde a
nutrição até todo o processo de manejo

Boa formação
da semente

Lote ruim: o lote que for ruim, virará


grão, pois não irá cumprir o papel de
instalar uma lavoura

Lotes
PRODUÇÃO
Lote bom: o papel do produtor de semente
Beneficiamento DE SEMENTES é justamente identificar o que está apto a
ser comercializado e o que irá gerar uma
Os equipamentos em uma UBS lavoura de alto desempenho
conseguem distinguir as diferenças
entre as sementes, como:

- Boa e ruim
- Pequena e grande Uso de secador
- Densa e menos densa
- Úmida e seca A semente é seca por várias É uma operação muito
maneiras, com secadores: importante no processo, sendo
- Estáticos; vital para planejar a colheita
- Contínuos;
- Intermitentes

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FISIOLOGIA
DA SEMENTE

A presença desse tom esverdeado nos cotilédones


de semente de soja deve-se a um problema na
degradação de clorofila, em que essa semente não
conseguiu terminar o processo de maturidade

Grãos
É possível aumentar:
esverdeados
- Teor de proteína
- Teor de cobalto e molibdênio

Relacionados
a nutrição
FATORES
Aplicando produtos no enchimento
Trincamento do tegumento ENVOLVIDOS de grãos, mas nem sempre será uma
semente de melhor qualidade, pois
Dano mecânico imediato, ocorrendo em depende de outros fatores por trás
semente mais seca, ocasionado
principalmente na hora da colheita Rasgo de Um desses fatores está relacionado com a
tegumento em constante mudança de genótipos, pois o
semente de soja setor de semente é muito dinâmico, sempre
apresentando variedades novas
Dano mecânico ocorrido no tegumento
em função do enchimento de grão em
algum momento de estresse hídrico ou
por temperatura alta

Não é dano mecânico ocasionado pela


máquina (por colheita, no momento de
separação ou pela UBS), mas sim
ocasionado na planta

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FISIOLOGIA
DA SEMENTE

É o que toma a decisão de velocidade,


profundidade, adubação e tratamento
O ajuste fino feito pelo ser humano é que vai
dar o toque final e que pode representar Tudo começa com a semeadura da variedade
uma lavoura estabelecida com alto potencial escolhida adaptada as condições da área
de produtividade ou não

Semeador
A regulagem dos carrinhos em soja por
exemplo, é entre 3 e 5 cm:

- Usa-se 3 cm quando se tem maior


probabilidade de chuva, solo com
capacidade de água ideal Semente
OS 4 "S"DA
Quanto maior a qualidade da semente,
Semeadura SEMEADURA mais rapidamente e uniformemente será
estabelecida a população
Deve-se ter:
- Comprometimento das regulagens Plântulas que foram originadas de
sucessivas sementes de alto vigor são
- Conhecimento da manutenção prévia maiores, estabelecem seu aparato
- Alinhamento dos carrinhos Solo fotossintético mais rápido
- Mecanismos de distribuição
- Posição da adubação em relação a semente Ideal: A semente de baixo vigor demora
- Bem preparado mais para estabelecer seu aparato
- Boa cobertura vegetal fotossintético
- Não encharcado e nem com falta de água

O contato solo - semente é muito


importante, levando em consideração
a regulagem das máquinas com
pressão e ângulos adequados

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FISIOLOGIA
DA SEMENTE
Semear de 100 a 400 sementes
em repetições de 100

Usar a semente tratada Não molhar com muita água o


sulco em que está se plantando
- o teste deve ser feito com o
produto - Molha um dia antes, semeia,
e volta a regar um dia depois
Além disso, enviar os lotes pra
teste em laboratório
Teste de canteiro

De grande importância para ajudar a


tomar a decisão, porém é feito sobre
condições ideais então não deve ser a
única ferramenta
Teste bioquímico
Teste de
germinação TESTES Teste de tetrazólio, que faz uma radiografia da
situação momentânea que está a semente
- Viabilidade e vigor
O teste de germinação somente avalia
se a planta é normal ou anormal Rápido que indica quanto maior os
danos, menor o vigor
Serve para comparar os lotes
Teste de estresse Danos longe do eixo embrionário,
O resultado como exemplo 80% de pode-se ter redução do vigor mas não
germinação, significa que há 80% de inviabiliza a semente
plântulas normais naquele lote (em Podem ser feito por temperatura e
condições ideais de semeadura) umidade relativa do ar:

Envelhecimento acelerado (ex.: soja)


Teste de frio (ex.: milho)

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AÇÃO DOS
HERBICIDAS
AÇÃO DOS
HERBICIDAS

Ao se ligar ao sítio de ação, a


Possuem locais específicos para agir, molécula herbicida paralisa ou
denominados “sítios de ação”, aos quais se retarda reações bioquímicas
ligam inibindo funções vitais na planta
Existem aqueles que interferem na
fotossíntese, ou seja, não se ligam
a nenhum sítio enzimático Locais de ação
dos herbicidas

O que são?

Classificação
HERBICIDAS São agentes biológicos ou substâncias
químicas capazes de matar ou suprimir
o crescimento de espécies específicas

São classificados por grupos químicos e


de acordo com o seu mecanismo de ação
Para ser
O mecanismo de ação deve ser
considerado principalmente em situações eficaz, deve:
como no manejo da resistência de plantas
daninhas a herbicidas – ser retido pela folhagem;
– penetrar/ultrapassar a cutícula;
– mover-se nos espaços com água ao redor da célula;
– entrar na célula, passando através da membrana celular;
– atingir o local de ação, geralmente uma enzima;
– ligar-se à enzima-alvo e inibi-la

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AÇÃO DOS
HERBICIDAS

No primeiro momento os processos de absorção e


translocação são extremamente importantes para
que o produto tenha uma eficácia dentro da planta
em concentração correta

Translocação e
absorção

Os herbicidas de contato atuam próximo


ou no local onde são absorvidos nas
plantas
- Ex.: DIQUAT E LACTOFEN
Translocação
PROPRIEDADES
Contato ou
sistêmicos FÍSICO-QUÍMICAS As plantas possuem dois sistemas de transporte
de nutrientes, o floema e o xilema, por meio dos
quais os herbicidas se movimentam na planta
Já um herbicida sistêmico é aquele que se
movimenta, se transloca no interior da
planta, pelo xilema ou floema ou por ambos
- Ex.: 2,4-D; GLIFOSATO e IMAZETHAPYR
Seletividade e metabolismo

A seletividade depende de vários fatores, um dos


quais se relaciona com a habilidade da cultura em
decompor ou metabolizar a molécula do herbicida
antes de sua ação e que a planta daninha não tenha
a capacidade de fazê-lo

Dessa forma, a cultura sobrevive


e a planta daninha morre

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AÇÃO DOS
HERBICIDAS

pH no qual 50 % das moléculas estão ionizadas,


ou no qual há iguais quantidades de herbicida
com e sem uma proteína ligada
O grau de ionização dos
ácidos é dado pelo pKa
pKa

O que é?
PROPRIEDADES
Ácidos fortes FÍSICO-QUÍMICAS: É a medida da quantidade de
ou fracos herbicida que se dissolve em água
SOLUBILIDADE ou em solventes orgânicos
Relaciona-se com a facilidade do produto em
perder íons hidrogênio (H+), também chamado
de próton, quando dissolvido em água
Octanol/ Water coeficient
Kow
Os herbicidas que fornecem hidrogênio Coeficiente de distribuição entre
(ou prótons) são chamados “ácidos fracos” octanol e água
Baixo Kow: solúveis em água (ex.:
glyphosate) Em herbicidas se define, quase que
A solubilidade dos ácidos fracos diretamente, a necessidade ou não de
depende do pH da solução adjuvantes a base de óleo
Alto Kow: solúveis em solventes
orgânicos (ex.: diclofop-methyl)
Dependendo do KOW do produto,
ele vai mais pro óleo ou pra água

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AÇÃO DOS
HERBICIDAS

Membrana celular: os herbicidas


hidrofóbicos penetram/atravessam
O apoplasto: compostos hidrofílicos facilmente a membrana celular, ao passo
superam facilmente essa solução que os hidrofílicos o fazem lentamente
(barreira), enquanto os hidrofóbicos
entram nela e movem-se lentamente
Barreiras
A alternância de camadas aquosas e oleosas
impõe dificuldades na absorção, tanto para os
Nas folhas e nos colmos a cutícula é cerosa, herbicidas hidrofílicos como para os hidrofóbicos
de forma que compostos que apresentam
afinidade com a água (hidrofílicos) têm
dificuldade em passar por essa camada Ação dentro da célula
PROPRIEDADES
FÍSICO-QUÍMICAS: Os herbicidas, sem exceção,
Cutícula obrigatoriamente necessitam
ABSORÇÃO entrar na célula para atuar
Compostos que não apresentam afinidade com
a água e são solúveis em óleo (hidrofóbicos)
podem se dissolver na cutícula atravessando
com relativa facilidade essa barreira
Caminho dos herbicidas
Composto por diferentes
As três principais barreiras a meios, envolvendo soluções
serem vencidas pelas moléculas aquosas ou solventes
para entrar na célula são:

- cutícula
- parede celular
- membrana plasmática

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AÇÃO DOS
HERBICIDAS

Fops: diclofop-methyl e haloxyfop-r

Dims: clethodim e Profoxydim

Exemplos de
Herbicidas

Tanto os fops como os dims são


importantes inibidores da ACCase, enzima
envolvida na síntese dos ácidos graxos
O que controlam?
Mecanismo de INIBIDORES DE Controlam exclusivamente espécies gramíneas
inibição ACCASE e são conhecidos comumente como fops (ex.:
haloxyfop) e dims (ex.: sethoxydim)
Os fops e os dims ligam-se à ACCase das - Alguns são seletivos para culturas gramíneas,
espécies gramíneas, inibindo-a e como o diclofop ao trigo; outros, não
diminuindo ou paralisando a síntese de
ácidos graxos
Principais características
Em decorrência disso, ocorre a
paralisação da síntese de membranas - São herbicidas com atividade sobre gramíneas
necessárias para o crescimento e - Apresentam baixa solubilidade em água
multiplicação celular - Não apresentam atividade residual no solo
- Não apresentam mobilidade na planta
- Os herbicidas dims são degradados pela luz solar
- A escolha do adjuvante é importante para a
eficácia dos dims
- Fops e dims são seletivos para uso em culturas
de folhas largas

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AÇÃO DOS
HERBICIDAS

Imazapyr
Diclosulam
Oxasulfuron

Exemplos de
Herbicidas

No entanto, a morte da planta não se deve


somente à falta desses aminoácidos, pois - Inibidores da acetolactato sintase (ALS)
pode haver acúmulo de acetohidroxibutirato
e diminuição na translocação de assimilados
no floema também O que controlam?
Mecanismo de INIBIDORES Três grupos de herbicidas inibem a enzima ALS,
inibição DE ALS ou seja, sulfoniluréias, sulfoanilidas e
imidazolinonas
A ALS é uma importante enzima na síntese - Embora as suas estruturas químicas sejam
de aminoácidos com cadeia lateral diferentes, esses herbicidas têm o mesmo
mecanismo de ação
Tanto os herbicidas da classe das Principais
sulfoniluréias como os das imidazolinonas características
ligam-se à enzima ALS, cuja inibição reduz
a quantidade de aminoácidos de cadeia
lateral, leucina, valina e isoleucina - Classe dos herbicidas mais usados no mundo
- Afeta a síntese de aminoácidos
- Sintomas variam de herbicida para herbicida
- São herbicidas seletivos e ativos no solo
- A morte das plantas tratadas com estes
herbicidas é lenta

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AÇÃO DOS
HERBICIDAS

É um dos herbicidas mais conhecidos no mundo;


não seletivo, sistêmico, ativo em aplicações na
folhagem, é reconhecido como um dos mais
seguros herbicidas disponíveis
Glifosato

Exemplo de
Herbicida

O que controlam?
Mecanismo de INIBIDORES Os inibidores da enzima 5-
inibição DE EPSPS enolpiruvilchiquimato-3-fosfato sintase
(EPSPS) usados no Brasil, pertencem ao
Esse inibição interfere no controle de entrada grupo químico das glicinas, sendo
de carbono na via do chiquimato, causando representado pelo GLYPHOSATE
dreno considerável de carbono produzido na
fotossíntese, acumulando chiquimato e
reduzindo drasticamente a produção Principais características
fotossintética de sacarose

Com isso, ocorre redução na eficiência - São herbicidas não seletivos


fotossintética e inibição da síntese de - Efetivos no controle de várias espécies mono e
aminoácidos aromáticos dicotiledôneas
- Translocam-se nas plantas
- Controlam plantas daninhas perenes quando
usados em doses maiores
- Não apresentam atividade no solo porque se ligam
às partículas do solo, sendo, assim, imediatamente
inativados

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AÇÃO DOS
HERBICIDAS

Amônio-glufosinato

Exemplo de
Herbicida A glutamina sintase (GS) é uma enzima
importante na rota metabólica de incorporação
do nitrogênio inorgânico, na forma de amônia, na
formação de compostos orgânicos

O que controlam?
Mecanismo de INIBIDORES O amônio-glufosinato foi descoberto numa
inibição DA GS bactéria, a Streptomyces hicroscopicus,
sendo, então, produzido sinteticamente em
escala comercial
O amônio-glufosinato liga-se à GS e ocorre
acúmulo de amônia no interior da célula, redução
da taxa fotossintética, falta de aminoácidos, de
glutamina e de glutamato, inibição do crescimento,
clorose e morte da planta Principais características

- O amônio-glufosinato é o único herbicida


comercializado deste grupo
- É um herbicida não seletivo, de contato
- Os sintomas de toxicidade caracterizam-se pelo
aparecimento de manchas cinza-claras
- Apresenta baixo controle de espécies perenes

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AÇÃO DOS
HERBICIDAS

2,4-D
Dicamba
Picloram

Exemplos de
Herbicidas

O que controlam?
Mecanismo de MIMETIZADORES Os herbicidas mimetizadores de
inibição DE AUXINAS hormônios reguladores de crescimento
das plantas, conhecidos como “auxinas”,
Auxinas são reguladores de estão entre as classes herbicidas mais
crescimento das plantas que controlam antigas utilizadas na agricultura
a divisão e o crescimento celular
durante o ciclo de vida da planta
Principais características
Os herbicidas da classe das auxinas
atuam sobre os mesmos sítios onde - Os herbicidas mimetizadores de auxinas são
age o AIA, provocando respostas recomendados para controlar espécies dicotiledôneas
semelhantes por parte das plantas - São formulados como éster, amina ou sal
- O tipo de formulação apresenta grande efeito sobre a
A morte das plantas tratadas com estes absorção pelas plantas e residual
herbicidas é lenta e ocorre após o - Os herbicidas mimetizadores de auxinas normalmente
esgotamento da reservas e da são bem translocados pelas plantas
inativação dos mecanismos de reparo - Possuem alguma atividade de solo, dependendo da
das células, que resulta na perda de formulação
função da celular - Os sintomas de toxicidade incluem crescimento
rápido e anormal

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AÇÃO DOS
HERBICIDAS

Atrazine
Bentazon
Metribuzin
Diuron

Exemplos de
Herbicidas

O que controlam?
INIBIDORES DO
Mecanismo de FOTOSSISTEMA II A diversidade de grupos químicos aos quais os
inibição inibidores do FSII pertencem resulta em
(FSII) diferenças químicas e físicas entre os compostos
Interrompem o fluxo de elétrons ligando-se à - Algumas moléculas são ácidos fracos; outras,
proteína D1, no sítio onde se acopla à não
plastoquinona “QB”
Principais
A taxa fotossintética declina em poucas características
horas após o tratamento
- Possuem amplo espectro de ação e seletividade,
sendo usados em diversas culturas no mundo
- Podem lixiviar e atingir águas subterrâneas
- Possuem variabilidade nas propriedades fisico-
químicas entre moléculas
- Pertencem a diversos grupos químicos

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AÇÃO DOS
HERBICIDAS

Diquat

Exemplo de
Herbicida

O que controlam?
INIBIDORES DO
Mecanismo de FOTOSSISTEMA I O diquat é uma molécula com alta solubilidade
inibição em água, que apresenta carga positiva, liga-se
(FSI) fortemente aos colóides do solo (principalmente
argila e a matéria orgânica) e não é classificado
Não bloqueiam o fluxo de elétrons, mas sim como ácidos fracos
captam elétrons das ferredoxinas e, assim,
desviando o fluxo normal

Atuam como falso aceptor de elétrons no Principais características


fotossistema I
- São herbicidas não-seletivos e de contato
- Inibem a fotossíntese, agindo no fotossistema I
- Causam rápida dessecação das plantas
- São adsorvidos de forma irreversível pelos
colóides do solo
- Apresentam somente atividade foliar (pós-
emergente)

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DOENÇAS
AGRÍCOLAS
DOENÇAS
AGRÍCOLAS

Doença foliar causada pelo fungo Phakopsora


pachyrhizi, patógeno que produz teliosporos
Após causar lesões na planta, o fungo de coloração marrom amarelada pálida,
produz urédias, que são estruturas distribuídos em duas a sete camadas
responsáveis pela produção e
liberação dos uredosporos
Etiologia

Foto: C. V. Godoy
Sintomas

FERRUGEM Podem aparecer em qualquer estádio


Controle Phakopsora pachyrhizi de desenvolvimento da planta

Controle químico com fungicidas Os primeiros sintomas são


formulados em mistura de diferentes caracterizados por minúsculos pontos
grupos químicos escuros
Condições de
O fungicida deve ser aplicado Com urédia na parte adaxial da folha
preventivamente ou nos primeiros
desenvolvimento
sintomas da doença
O processo de infecção depende da
Utilizar preferencialmente cultivares disponibilidade de água livre na
precoces e cumprir o vazio sanitário superfície da folha

Temperaturas entre 18 °C e 26,5 °C


são favoráveis para a infecção

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DOENÇAS
AGRÍCOLAS

Parasita biotrófico, a identificação correta


só é possível através das estruturas de
O fungo produz micélio na superfície da frutificação da fase teliomorfica os
planta através de austórios intracelulares cleistotécio e seus apêndices
nas células epidermais, a disseminação
ocorre facilmente pelo vento
Etiologia
Em condições de infecção
severa, pode causar seca e
queda prematura das folhas

Sintomas
Foto: C. V. Godoy
OÍDIO Parasita obrigatório que se desenvolve
Controle Microsphaera diffusa em toda a parte aérea da planta

Uso de cultivares resistentes Apresenta uma fina cobertura


esbranquiçada, constituída de micélio e
O controle químico pode ser esporos pulverulentos
utilizado por meio da Condições de
aplicação de fungicidas desenvolvimento

Pode ocorrer em qualquer estádio de


desenvolvimento da planta, porém é mais
comum por ocasião do início da floração

Condições de baixa umidade relativa do ar


e temperaturas amenas (18 °C a 24 °C) são
favoráveis ao desenvolvimento do fungo

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DOENÇAS
AGRÍCOLAS

Caracterizado pela formação de


acérvulos escuros, com forma
oval a alongada, com a presença
Os conídios são hialinos, unicelulares de numerosas setas
e curvos, com conidióforos que estão
no interior do acérvulo
Etiologia

Foto: J. T. Yorinori Sintomas


ANTRACNOSE Pode causar morte de plântulas e
Colletotrichum truncatum
Controle manchas negras nas nervuras das
folhas, hastes e vagens
Uso de semente sadia,
tratamento de semente As vagens infectadas nos estádios R3-
R4 adquirem coloração castanho-
Rotação de culturas Condições de escura a negra e ficam retorcidas
desenvolvimento
Manejo adequado do solo, nas vagens em granação, as lesões
principalmente com relação iniciam-se por estrias de anasarca e
à adubação potássica Afeta a fase inicial de formação das evoluem para manchas negras
vagens

Em anos chuvosos, pode causar perda


total da produção

Uso de sementes infectadas e


deficiências nutricionais, principalmente
de potássio, também contribuem para
maior ocorrência da doença

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DOENÇAS
AGRÍCOLAS

Produz em meio de cultura uma colônia de


coloração branca, progredindo para um
cinza escuro e tornando-se mais tarde um
emaranhado preto oliváceo
O micélio é geralmente imerso
e não apresenta estroma
Etiologia
Geralmente, as manchas
apresentam uma pontuação escura
no centro, semelhante a um alvo

Sintomas
MANCHA-ALVO As lesões se iniciam por pontuações pardas,
Corynespora cassiicola
Controle com halo amarelado, evoluindo para
grandes manchas circulares, de coloração
Uso de cultivares castanho-clara a castanho-escura, atingindo
resistentes até 2 cm de diâmetro

Tratamento de semente Condições de


Rotação/sucessão de
Foto: J. T. Yorinori
desenvolvimento
culturas com milho e
espécies de gramíneas O fungo é encontrado em
praticamente todas as regiões
Controle com fungicidas de cultivo de soja do Brasil

Pode sobreviver em restos de


cultura e semente infectada

Umidade relativa é favorável à


infecção na folha

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DOENÇAS
AGRÍCOLAS

Este patógeno é cosmopolita e


inespecífico, podendo infectar mais
de 408 espécies de plantas entre elas,
monocotiledôneas e eudicotiledônea

Etiologia

Sintomas
MOFO BRANCO Manchas aquosas que evoluem para
Controle Sclerotinia sclerotiorum coloração castanho-clara e logo
desenvolvem abundante formação de
micélio branco e denso
Evitar a introdução do fungo na
área utilizando semente certificada Nas folhas, podem ser observados
livre do patógeno sintomas de murcha e seca
Condições de
Efetuar tratamento de semente Foto: A. A. Henning
desenvolvimento
com mistura de fungicidas de
contato e benzimidazóis
Alta umidade relativa do ar e
Aplicações de fungicidas podem A transmissão por semente pode temperaturas amenas favorecem o
ser realizadas no início do ocorrer tanto por meio do micélio desenvolvimento da doença
florescimento e durante a floração dormente (interno) quanto de
esclerócios misturados às sementes Esclerócios caídos ao solo, sob alta
umidade e temperaturas entre 10 °C
e 21 °C, germinam e desenvolvem
apotécios na superfície do solo

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DOENÇAS
AGRÍCOLAS

Sobrevive
saprofiticamente sobre
restos de cultura de
várias espécies

Etiologia

Foto: Agrolink
Sintomas
MANCHA DE
Iniciam com pequenas
Controle ALTERNARIA manchas irregulares,
Alternaria spp. aquosas nas folhas e vagens
Regular a umidade das
sementes Reduz a germinação

Ainda pode ser usado Condições de


controle químico desenvolvimento
Favorecido por condições de alta umidade

Se desenvolve geralmente sobre os tecidos


maduros, ao final do plantio

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DOENÇAS
AGRÍCOLAS

O inóculo sobrevive no solo como Possui um grande número


escleródio ou como micélio associado de plantas hospedeiras
a matéria orgânica ou plantas perenes
Etiologia

Foto: A. M. R. Almeida
Sintomas
PODRIDÃO RADICULAR Na fase de plântula ocorre o
Rhizoctonia solani
Controle estrangulamento da haste ao nível do solo

Tratamento da Essas plantas normalmente tombam antes


semente com fungicida da floração

Rotação da cultura Condições de O sistema radicular adquire coloração


castanho- -escura, o tecido cortical fica
com gramíneas desenvolvimento mole e se solta com facilidade
Eliminação da Ocorre entre a pré- -emergência e 30-35
compactação do solo dias após a emergência, sob condições
de temperatura e umidade elevadas

A doença é favorecida por temperaturas


amenas em anos chuvosos

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DOENÇAS
AGRÍCOLAS

A fase sexual é considerada mais importante


na reprodução da doença em função do
grande número de arcósporos que são
O estádio assexual se faz produzidos nos peritécios
presente nos primeiros
estádios da lesão
Etiologia

Foto: Embrapa Sintomas


SIGATOKA NEGRA Maior concentração de lesões
Controle Mycosphaerella fijiensis ao longo da nervura principal

Mancha negra rodeada por um


Adotar aqueles de exclusão halo amarelo
Regulamentando ou proibindo o
trânsito de materiais botânicos Condições de
que possam introduzir o patógeno desenvolvimento
Uso de variedades resistentes
O vento é o principal agente de
Controle químico disseminação dos esporos

Controle genético A liberação de arcósporos é


sempre induzida por chuva

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DOENÇAS
AGRÍCOLAS

A bactéria é muito resistente à


dessecação, calor seco e radiação solar,
podendo sobreviver por vários anos na
semente, folha, cule e capulho infectados

Etiologia

Sintomas
MANCHA ANGULAR A bactéria incide nas folhas, onde
Xanthomonas axonopodis
Controle pv. malvacearum
são observadas lesões angulosas,
inicialmente de coloração verde e
aspecto oleoso
Tratamento de sementes
Depois cor parda e necrosada
Variedades comerciais resistentes
Condições de Também observa-se mancha
Controle químico através de Foto: Agrolink
desenvolvimento arredondada de coloração parda
pulverizações somente em condições
nas maçãs do algodoeiro
favoráveis ao desenvolvimento de
epidemias severas Chuvas e ventos fortes favorecem a
infecção, pois provocam encharcamento
dos tecidos hospedeiros e injúrias
mecânicas, facilitando a penetração

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DOENÇAS
AGRÍCOLAS

Em geral, a fonte de inóculo primário são as


sementes contaminadas, as quais após a
A transmissão do vírus ocorre emergência servirão de fonte de inóculo para que
através de picadas de prova, de os insetos vetores (pulgões) tornem-se virulíferos
pulgões alados, com pousos
casuais sobre plantas infectadas
Etiologia

Sintomas
MOSAICO
Foto: A. M. R. Almeida

Controle
COMUM DA SOJA Folhas trifolioladas encarquilhadas, com
algumas bolhas e com mosaico distribuído
Soybean Mosaic Virus - SMV irregularmente sobre o limbo foliar
A maneira mais eficiente de se Maturação atrasada e é comum encontrar
controlar essa doença é por meio plantas verdes no meio de plantas já
de cultivares resistentes amadurecidas
Condições de
desenvolvimento
É transmitido por pulgões, a partir de
plantas hospedeiras

Condições climáticas que favorecem a


população de pulgões contribuem para
maior incidência do vírus no campo

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PRAGAS
AGRÍCOLAS
PRAGAS
AGRÍCOLAS

A partir do quarto instar, a lagarta apresenta mais


de 1 cm de comprimento

- presença de pelos brancos na parte frontal,


A É possível identificá-la também pintas ou protuberâncias no formato de sela na
pelo seu comportamento quando parte posterior das patas, além de um tegumento
perturbada, pois a lagarta curva a levemente coriáceo
parte dianteira direcionando a cabeça
para as “patas” dianteiras
Identificação

Fotos: Juliano Farias

Danos
LAGARTA –
Controle HELICOVERPA Preferência pelas estruturas reprodutivas,
Helicoverpa armigera como flores, vagens e espigas

Dessecação antecipada - na soja perdas estimadas de 30% a 40%

Cultivares Bt - no algodão variando de 25% a 30% de


Condições perdas
Redução populacional na fase favoráveis
vegetativa - no milho com estimativa de 3% a 5%
É favorecida por clima seco e quente,
Controle na fase reprodutiva: os pois essa condição acelera o seu
inseticidas só devem ser aplicados ciclo de desenvolvimento
após a praga atingir o nível de ação
definido pelo monitoramento É uma espécie que apresenta alta
capacidade de sobrevivência em
circunstâncias adversas

Pode sobreviver em plantas


hospedeiras alternativas

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PRAGAS
AGRÍCOLAS

Dependendo da condição do ambiente, a duração


do período larval dura, em média, 25 dias

A mariposa fêmea, apresenta O período de ataques mais intensos ocorre a


coloração acinzentada, com cerca partir do décimo dia, quando a lagarta atinge a
de 25 mm de tamanho, ela tem a fase adulta, antes de tornar-se mariposa e se
capacidade de pôr cerca de cem alimenta de todas as partes da planta
ovos a cada vez

Quando as larvas atingem o Identificação


segundo ínstar, começam a migrar
para outras plantas

Foto: EMBRAPA
Danos
LAGARTA-DO-
Controle CARTUCHO As lagartas mais novas se alimentam da
superfície das folhas, sendo fácil
Spodoptera frugiperda
identificar sua ação através das marcas,
Tratamento de sementes como uma espécie de raspagem

Cumprimento da janela ideal Quando avança, a praga danifica a espiga


para o plantio
Condições e pode perfurar a base da planta,
favoráveis interferindo diretamente em seu
Rotação de cultura crescimento e desenvolvimento
Nos períodos de tempo quente
Controle biológico e seco, os danos causados
pela praga são mais graves
Controle químico: observando a
fase da praga

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PRAGAS
AGRÍCOLAS

As lagartas têm coloração inicial esverdeada,


mas tornam-se mais amarronzadas conforme
vão aumentando de tamanho
Os ovos levam de dois a três dias
para eclodirem Possuem faixas transversais amarronzadas
ou avermelhadas no dorso
O ciclo total de desenvolvimento
varia em torno de 42 a 48 dias
Identificação

Danos
LAGARTA-
ELASMO
Foto: Phytus

Em sua fase de lagarta, raspa o tecido


Controle vegetal logo abaixo do nível do solo, onde
Elasmopalpus lignosellus
abre uma galeria que usa para
Cobertura do solo movimentar-se em direção ao interior da
haste, formando galerias ascendentes
Cultivares Bt
Condições O ataque dessa praga danifica o sistema
Irrigação favoráveis condutor de água e nutrientes da planta,
induzindo sintomas de murcha e
Tratamento de sementes secamento de folhas, com posterior morte
É favorecida por anos secos, com
Inseticidas no sulco de períodos prolongados de estiagem
semeadura durante as fases iniciais e de
estabelecimento das culturas
Inseticidas após a emergência
de plantas Prefere solos arenosos e com pouca
palhada e cobertura morta, onde a
manutenção da umidade é desfavorecida

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PRAGAS
AGRÍCOLAS

A duração de um ciclo total, de ovo até


adulto, varia de 27 a 34 dias

Se locomovem como se estivessem


“medindo palmos”, devido à presença de
As lagartas são de coloração verde-clara, apenas dois pares de pernas abdominais
com listras longitudinais brancas e mais o par de pernas caudal
pontuações pretas, atingindo de 40 a 45 mm
de comprimento em seu último estádio larval
Identificação

Foto: Promip
Danos
LAGARTA-FALSA-
Controle
MEDIDEIRA É uma lagarta desfolhadora, atacando
Chrysodeixis includens folhas e destruindo o limbo foliar
Rotação de culturas Quando jovens, no primeiro e segundo
ínstar, apenas raspam as folhas
Cultivares Bt
Condições À medida que crescem, a partir do terceiro
Aplicação de inseticidas: em favoráveis ínstar, consomem o limbo, deixando as
cultivares sem a tecnologia Bt, a nervuras da folha, proporcionando aspecto
aplicação de inseticidas será uma característico de folhas rendilhadas
importante ferramenta de controle Na soja, sob condições de clima quente e
seco, o ciclo de C. includens é acelerado,
Monitoramento podendo ocasionar rápido crescimento
populacional

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PRAGAS
AGRÍCOLAS

O adultos da mosca-branca B. tabaci


possuem coloração amarelo-palha e
medem de 1 a 2 mm
Cada fêmea tem capacidade de postura de
Os ovos têm formato de pera e são 100 a 300 ovos durante seu ciclo de vida
colocados na parte abaxial das folhas
Identificação

Danos
Foto: Perring et al., 2018 MOSCA-BRANCA Inseto é altamente polífago
Controle Bemisia sp.

Tanto os adultos como as ninfas injetam


Controle cultural um tipo de toxina que pode provocar
alterações reduzindo a produtividade
Controle biológico
Condições Além disso, também excretam líquido
Controle químico: realizado levando favoráveis açucarado, o “honeydew”, que induz o
em conta a rotação de inseticidas crescimento de fungos que provocam a
com modo de ação distintos fumagina
Clima quente e seco

Temperaturas elevadas aceleram o


ciclo de vida e aumentam o número
de gerações por ano da praga

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PRAGAS
AGRÍCOLAS

As ninfas passam por 5 ínstares e


são branco-leitosas, inicialmente
Tem pernas anteriores
Os adultos medem cerca de 8 mm do tipo escavadoras
de comprimento e têm coloração
marrom-claro
Identificação

Danos
PERCEVEJO-
Controle
CASTANHO Tem hábito subterrâneo e ataca as
Scaptocoris castanea raízes, inserindo o aparelho sugador
no tecido da planta
Amostragens e monitoramento
Fazem a sucção da seiva das raízes,
Controle cultural causando atrofiamento das raízes e
Condições subdesenvolvimento das plantas
Controle químico: no sulco de Foto: Filho, M. J e Matiello, J. B favoráveis
semeadura ou no tratamento de
sementes
Em épocas de períodos chuvosos, A falta de umidade faz com que se
Controle biológico do percevejo- esses percevejos permanecem na aprofundem no solo
castanho camada mais superficial do solo,
onde atacam as raízes em reboleiras Com isso, vão para as camadas que
podem variar de 50 cm a 2 metros
É também quando acontecem as
revoadas dos insetos adultos

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PRAGAS
AGRÍCOLAS

O adulto é um besouro que mede de 4


a 9 mm de comprimento
Apresenta a cabeça
prolongada, formando um
Tem coloração que varia de pardo-
rostro ou "bico" característico
acinzentado ao preto, com pelos
dourados esparsos sobre os dois élitro
Identificação

Danos
Foto: TalkAg
BICUDO-DO-
Controle ALGODOEIRO Inseto de maior incidência e com maior
potencial de dano à cultura do algodoeiro
Anthonomus grandis

Controle difícil, tornando-se necessária a Ataca a cultura na fase reprodutiva,


implantação de programas de manejo perfurando os botões florais para se
integrado e coletivo que tornem possível alimentar ou ovipositar, provocando a queda
a convivência com a praga: Condições de botões florais, flores e maçãs novas
favoráveis
Monitoramento constante

Vazio sanitário Cultivo sucessivo de algodão na mesma


área, sendo em "safra" ou “safrinha”
Controle biológico
A fisiologia da planta do algodão
Uso de variedades resistentes também favorece o bicudo

Eliminação de soqueiras e tigueras É comum plantas apresentarem ao


mesmo tempo botões florais, flores,
maçãs e capulhos abertos, o que é
altamente favorável

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PRAGAS
AGRÍCOLAS

As ninfas e os adultos produzem


teias que podem encobrir a planta
por completo.
O ciclo de vida do ácaro-rajado
As ninfas são incolores, com olhos varia de 7 a 20 dias
vermelhos

Com o desenvolvimento, vão se Identificação


tornando verdes, amarelo-
amarronzados e até verde-escuros

Na fase adulta, possuem duas


manchas escuras no dorso

Foto: Irac Danos


ÁCARO-RAJADO Têm preferência pela face inferior de folhas
Controle Tetranychus urticae mais velhas, mas, em altas densidades,
também se alimentam de folhas novas
É importante fazer o monitoramento
constante pra entender se a Perfuração das células superficiais e
população do ácaro-rajado está ou consequente redução da taxa fotossintética
não no nível de controle Condições
Ocorre também a oxidação das áreas
favoráveis atacadas
A partir dos resultados: uso de
produtos químicos e biológicos
registrados pelo Mapa e o controle Em culturas como algodão, soja e Em alta intensidade, os ataques provocam
cultural feijão ocorre em condições de altas manchas necróticas, chegando a rasgar ou
temperaturas e ausência de chuvas até provocam queda das folhas
Para uso de acaricidas, é muito
importante a rotação com diferentes
modos de ação

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PRAGAS
AGRÍCOLAS

Larvas de besouros pertencentes à família


Melolonthidae

Apresentam o corpo em forma de C , de


cor esbranquiçada, e a cabeça e os três
pares de pernas mais escuros

Identificação

Danos
Foto: Paulo Pereira

CORÓS Se alimentam de raízes da soja e até mesmo


Controle nódulos de fixação biológica de nitrogênio

Eliminação de plantas daninhas Em trigo: diminuição da população de plantas


Armadilhas luminosas nas fases de emergência e de afilhamento
Controle biológico
Preparo do solo Condições
favoráveis

O coró-das-pastagens tem ocorrido anualmente e


de forma mais generalizada, principalmente no
sistema plantio direto

O período mais crítico de ocorrência de corós


para as culturas vai de maio a outubro,
dependendo do ano, podendo, todavia, ser maior

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PRAGAS
AGRÍCOLAS

Insetos pequenos (1,5 a 3,0 mm), de corpo


mole e piriforme, com antenas longas
Vivem sobre a planta em
colônias formadas por adultos O aparelho bucal é do tipo picador-sugador
(fêmeas) alados e ápteros e por
ninfas de diferentes tamanhos
Identificação

Foto: Embrapa Danos


PULGÕES OU Retardamento do crescimento da
Controle AFÍDEOS planta, ao sugar a seiva ocasionam
danos como o engruvinhamento das
folhas
Monitoramento
Grande parte das espécies de pulgões
Eliminação de plantas hospedeiras excretam substância ‘melada’
Pulgões nas
(açucarada e pegajosa) que favorece
Controle biológico por inimigos culturas agrícolas o desenvolvimento de fumagina
naturais
Também são vetores de vírus para as
Controle químico com inseticidas Pulgão do algodoeiro: Aphis gossypii culturas
ou tratamento de sementes
Pulgão da espiga: Sitobion avenae
Uso de cobertura do solo com
material repelente ao pulgão Pulgão do milho: Rhopalosiphum maidis

Controle alternativo, por exemplo, Pulgão verde: Myzus persicae


pode ser utilizado para a
agricultura orgânica e ainda pode Pulgão verde dos cereais: Schizaphis graminum
preservar os inimigos naturais

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FITOTOXIDADE
EM SOJA
FITOTOXIDADE
EM SOJA

Pode demorar horas ou


dias para passar de fase

Adaptação ao Principais fatores que afetam


estresse a relação produto-planta
Fator planta: PARÂMETROS 1. Planta
fase 1
GERAIS 2. Ambiente
3. Produto
A partir da absorção do fungicida na 4. Tecnologia de aplicação
planta a primeira estratégia dela é:

- Se adaptar ao estresse promovido


pelo produto Planta

Se chove bem e a planta está no Aplicação de fungicidas em soja:


vegetativo, conseguindo se adaptar Quando o produto é absorvido
ao estresse, não será visto na folha, há 4 fases de estresse De forma geral, cada aplicação feita, faz a planta
fitotoxidade que ocorre na planta sofrer impacto com a intoxicação

Se está seco e a planta se encontra Assim, ela precisa metabolizar o produto para se
no estádio reprodutivo e não desintoxicar da presença do fungicida
consegue se adaptar ao estresse,
passa para a fase 2 A soja mais seletiva não sofre demasiadamente
até um certo ponto

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FITOTOXIDADE
EM SOJA

Quando a planta vem com uma chuva


"conta gotas", faz-se a aplicação e para de
chover:

- Ocorre um aparecimento de fitotoxidade


Quando a soja vem de um estresse hídrico em dias ou semanas, pois a água pode
desintoxicar até um certo ponto No campo:
longo em condição climática muito ruim, ao - Entrenós mais curtos
fazer a aplicação no reprodutivo: - Redução de tempo de emissão de
No campo trifólios, podendo ter tamanho reduzido
- A planta passa em poucas horas para a
fase 4, tendo necrose em um dia ou dois
Comprometimento do
desenvolvimento vegetal

Necrose de tecido Fator planta: fase 2


Fator planta: PARÂMETROS
fase 4 Se a planta está em período
GERAIS seco e se encontra no estádio
reprodutivo, passa para a fase 3
Morte do limbo entre nervuras,
podendo ser confundido com:

- Problemas de nematoide, fusarium Fator planta:


e mosca das hastes fase 3
Morte celular pontual

Se a planta não conseguir Relacionado a:


desintoxicar e continuar com - Misturas de produtos com formulações
tempo seco, passa para a fase 4 mais agressivas
- Misturas mais robustas dentro do tanque
- Formulações oleosas
- Glifosato, as vezes, no meio

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FITOTOXIDADE
EM SOJA

Acelera a perda de água e da


gota de fungicida depositada
na superfície da folha
Umidade
relativa Vento
Relacionada na
absorção de produtos

A influência do ambiente
RELAÇÃO PLANTA
A planta está inserida em um ambiente,
Temperatura E AMBIENTE em que no reprodutivo tem uma chance
maior de sofrer por fitotoxidade
A Soja é uma C3, portanto,
deve-se regular a temperatura Pois ela está focada em encher o
da folha para reduzir o estresse grão e nesse ponto, a recuperação
em relação a radiação deste estresse é mais limitada
Água

A quantidade de água ajuda na


desintoxicação da planta, assim, quanto
menos água no sistema radicular, mais
difícil será a desintoxicação e mais
rápido o estresse irá ocorrer

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FITOTOXIDADE
EM SOJA

Camadas de
ceras das
De forma geral, o produto entra na cutículas
folha pelas camadas de ceras das
cutículas;

Os princípio ativos entram no


tecido da folha por difusão passiva
Os fungicidas sistêmicos tem
que entrar na folha lentamente

NA PRÁTICA Se o produto entrar rápido no tecido e


as condições ambientais estiverem
estressantes, a fitotoxidade será
imediata

Se a soja está no estádio reprodutivo


(enchimento de grão) e está em estresse
Via estômato hídrico, a possibilidade de dar
fitotoxidade é alta

O produto pode entrar via estômato de


forma bem limitada e usar adjuvantes e
siliconados facilita um pouco esse processo

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FITOTOXIDADE
EM SOJA

Mais agressivos
a planta
São fungicidas
pertencentes ao grupo dos
inibidores de ergosterol

Ergosterol: ácido graxo que vai


dentro da célula do fungo (na
membrana do fungo)
FATOR PRODUTO E
Assim, os inibidores de ergosterol AS FITOTOXIDADES
no fungo agem de forma a parar a
produção do ergosterol, levando a
morte da célula Grupos de fungicidas no mercado:

O problema é que nessa rota Carboxamidas


bioquímica uma parte vai Estrobilurinas
para o sitosterol (ácido graxo vegetal) Produtos Benzimidazois
Inibidores de ergosterol (triazois,
morfolinas e triazolinthione)
Multissítios

Quando sozinhos e em pH
adequado, tem baixa
toxidade para o vegetal

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FITOTOXIDADE
EM SOJA

Para isso, é importante saber:

Qual a condição da planta no campo Reduzir o


Que condição o ambiente se encontra
estresse
pra essa planta

Qual produto será aplicado


Qual o princípio ativo (KOW -
coeficiente de partição octanol e água)
NA PRÁTICA: O QUE
Experimentos SE DEVE SABER?
Dependendo do tipo de mistura de
produto usado:

- Volumes abaixo de 90 - 120 litros Qual a concentração do inibidor


por hectare, a possibilidade de
fitotoxidade é quase que certeza de ergosterol por hectare

Produtos lipofílicos tem mobilidade baixa e KOW


A medida que você aumenta a vazão de
maior (ex.: Prothioconazole e Tebuconazole),
litros por hectare de água, você dilui o
alta chance de dar fitotoxidade
produto dentro do tanque, deixando a
gota mais diluída e aumentando a
chance de cobertura, provendo menor Ciprocanazoli tem KOW baixo sendo móvel na
possibilidade de fitotoxidade folha, então a chance de dar fitotoxidade é menor

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FITOTOXIDADE
EM SOJA

A limpeza é fundamental
Não deixar produto parado dentro do tanque

Com o uso de multissitios em trabalhos


em soja, as caldas são muito pesadas Cuidados com o
(muitos produtos misturados), é preciso
limpar o excesso de produto depositado, pulverizador
que fica no sistema hidráulico

Todos de maneira geral,


aceitam bem algumas
misturas no campo Dentro do tanque
FATOR TECNOLOGIA Qualidade da Água - a água cristalina
Fungicida
DE APLICAÇÃO não necessariamente é a melhor,
devendo-se observar:
Vale ressaltar que é importante - pH
tomar cuidado com as misturas, - Condutividade elétrica
pois podem dar fitotoxidade na - Dureza da água
planta, como exemplo:

- Fungicidas derivados de cobre Herbicida


(óxido de cobre), trabalhando em
pH abaixo de 5,0-5,5 A quantidade de depósito de argila e matéria
orgânica em suspensão associado ao herbicida pode
causar:
pH ácidos solubilizam muito rápido o cobre
metálico disponibilizando todo o excesso de - Problema de incompatibilidade da mistura
cobre na superfície da folha, a qual absorve - Ineficiência no campo
causando fitotoxidade por cobre

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FITOTOXIDADE
EM SOJA

Transformação do volume da
calda em gotas

Volume de calda por hectare


está muito relacionado a
fitotoxidade
No volume baixo de calda há Deve-se levar em conta a região de trabalho,
menos água e mais quantidade
de produto, deixando essa Pulverização - gotas principalmente as que chove com
frequência, pois se ao retirar o adjuvante
calda mais concentrada para o fungicida ser absorvido mais devagar,
e logo em seguida da aplicação chover, o
Isso faz com que a gota produzida processo de aplicação será perdido
na pulverização fique com
princípios ativos concentrados
Chegando na folha
Se cair na folha com condições adversas
de ambiente, rapidamente o fungicida
FATOR TECNOLOGIA Grande possibilidade de fitotoxidade, devido a
entra na folha causando fitotoxidade DE APLICAÇÃO rápida penetração do produto na folha:

Adjuvantes concentrados

Adjuvante siliconado

Óleo mineral ou até vegetal em condições


Estratégias desfavoráveis de clima com a planta no
reprodutivo e produto com KOW maior
Avaliar o melhor momento para aplicar de forma
a reduzir o impacto da fitotoxidade na planta

Reduzir a velocidade de absorção do princípio


ativo no tecido, com aplicação noturna

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FITOTOXIDADE
EM SOJA

Para regiões com muito orvalho, deve-se evitar a


aplicação, pois com orvalho no início da manhã a
É preciso ter cuidado com a Nictinastia na absorção é muito rápida, o que dá fitotoxidade
aplicação noturna

Não pode chover na manhã seguinte, pois a Atenção


absorção é lenta e é preciso o início da radiação
da manhã para fazer a penetração do produto

Planta no vegetativo
Estratégia - técnica COMO LIDAR COM Menos sujeita a dar fitotoxidade, pois
de aplicação
AS FITOTOXIDADES consegue desintoxicar muito rápido e
tem menor área foliar com relação
1. Se está em estresse hídrico, com fonte-dreno direcionada no vegetativo
plantas no reprodutivo e usando um
produto mais agressivo, não se faz
aplicação durante o dia, precisando-se
fazer aplicação noturna
Planta no reprodutivo
2. Aumentar o volume de calda (misturar
fungicida a base de manzozebe, que é Assim, precisa-se da tecnologia No enchimento de grão - R4 a R5 - em condições
excelente para redução de fitotoxidade) de aplicação para utilizar extremas ambientais, e é usado um produto com
estratégias que reduzam o KOW alto, esta planta facilmente apresentará
impacto para ser menos fitotoxidade
agressiva à planta

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FORMAÇÃO DE
CALDA
FORMAÇÃO
DE CALDA

É importante na calda para se entender


que polar e apolar não se misturam, ou
seja, o óleo não solubiliza em água
Tensão superficial
da água
Acontece em compostos com
atração entre as moléculas

Solubilidade
PRINCIPAIS
Formulações FORMULAÇÕES Capacidade de uma mistura formar uma
única fase, independente do intervalo de:
AGRÍCOLAS - Temperatura
- Pressão
Ingrediente Ativo (IA)
- Composição
Insolúveis em solvente orgânico - Tempo
(Suspensões):
SC - Suspensão Concentrada Miscibilidade
OD - Dispersão em Óleo
WP - Pó Molável Capacidade de uma mistura formar uma
WG - Grânulos Dispersíveis única fase, em determinados intervalos de:
- Temperatura
Solúveis em solvente orgânico - Pressão
(Emulsões): - Composição
CE - Concentrado Emulsionável - Tempo
CS - Suspensão de Encapsulado
ME - Microemulsão
EW - Emulsão em Água

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FORMAÇÃO
DE CALDA

Pode interferir drasticamente no efeito de


vários defensivos, reduzindo a quantidade
de ingrediente ativo disponível, além de
aglutinar e precipitar partículas

Normalmente
apresenta pH alcalino Características da
dureza da água
Medida normalmente em ppm
CaCO3 ou em graus de dureza (d)

pH da água
CARACTERÍSTICAS É necessário saber o nível de Propriedade
Dureza da água QUÍMICAS relacionada a sensibilidade dos produtos ao pH
Propriedade relacionada a sensibilidade Nem todos os fertilizantes foliares são ácidos,
dos produtos ao pH concentração de mas há aqueles extremamente ácidos, em
cátions na solução, em que alguns casos em doses altas, que deixam o pH
predominantemente é causada pela da calda muita ácido
presença de sais de cálcio e magnésio
FISPQ
Água dura apresenta
pH acima de 7,0 Ficha de Informação e Segurança
para Produtos Químicos

Não tem uma regra, mas se tem


uma referência de como se
comporta o produto em solução

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FORMAÇÃO
DE CALDA

O óleo não é bom para a calda, mas


precisa-se usar quando se tem um
produto lipofílico para garantir a eficácia

O KOW é alterado pelo pH


Atenção
Olhar somente a análise química do
fungicida, sem saber ou buscar a curva
da planta é pouco preciso

O que é?

Exemplos KOW Coeficiente de distribuição entre octanol e água

Produtos com KOW alto: Dependendo do KOW do produto,


Clerodim, que em pH 5,0 tem Assim, hoje é usual ele vai mais pro óleo ou pra água
um KOW 3000 pré misturar Clerodim
com óleo antes de
Ao se jogar em uma solução de jogar na calda
água e óleo, 3000 partes do O que representa?
Clerodim vão preferir o óleo e cada
uma parte vai preferir água Representa a afinidade da
molécula por uma fase

Fase Polar: hidrofilicidade, água


Fase Apolar: lipofilicidade, octanol/ óleo

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FORMAÇÃO
DE CALDA

Pontos de pulverização tem problemas


de obstrução do Mancozebe

Uma alternativa é quando


Tubulação: sistema
parar de aplicar, não deixar do pulverizador
secar o tanque de água limpa

Onde está a dificuldade?

Solução MANCOZEBE Como é suspensão, o problema é o


tamanho da partícula, pois a do
mancozebe é muito grande
Adicionar o mancozebe a água sem ter
nada dentro da calda: Deve-se reduzir a partícula do
mancozebe antes de adicionar
Pode-se usar um emulsificante, que qualquer coisa a calda Erro mais comum ao
não altere a tensão superficial de
preferência drasticamente se fazer a calda
Alguns adicionam mancozebe sólido (de
maneira geral) e ao terminar de adicionar, já
tem algo dentro do tanque ou ao terminar,
já vem com uma formulação apolar

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FORMAÇÃO
DE CALDA

Produtos SL, defensivos em


formulação SL solúveis, se possível, SL
colocar com máximo de água

Formulações solúveis Soluções verdadeiras


PASSO DA
em solvente orgânico
(CE, CS, ME, EW) FORMAÇÃO DE Podem ser nutrientes como:
- Cobalto;
CALDAS - Molibdênio líquido
As emulsões vão em seguida - Nutrientes que são solúveis em água
- As mais volumosas, primeiro

Estrutura de composição da calda

1. Tenho sólido? O uso de tabelas pode ser limitante quando se


2. Tenho óleo? trata de um volume maior de produtos e o uso
3. Se tiver, vai por último de produtos mais específicos
4. SL
5. Soluções verdadeiras

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ESTRESSE
VEGETAL
ESTRESSE
VEGETAL

Não circula água e nem açúcares


Não se aplica nada nesse contexto
Toda vez que a planta está estressada
ela trava, fechando os estômatos

Estresse x estímulo

Não Enzimático:

- Ascorbato
- Glutationa O que é?
- Tocoferol
- Compostos fenólicos ESTRESSE
Proteção É o desequilíbrio entre os
contra EROS OXIDATIVO compostos oxidantes e a atuação
dos sistemas de defesa antioxidante
Enzimático:

- Superóxido dismutase
- Catalase
- Glutationa peroxidase Locais - Cloroplasto: ocorre a fotossíntese
- Guiacol peroxidases - Mitocôndria: ocorre a grande parte
- Monodehidroascorbato r do processo respiratório
- Dehidroascorbato p Em todos esse locais se tem a - Peroxissomo: produção de óleo,
- Glutationa redutase possibilidade de produzir Espécies membranas, parede celular
- Peroxirredoxina Reativas de Oxigênio (EROs)

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ESTRESSE
VEGETAL

Solutos
Prolina compatíveis
Glicina betaína

Ajuste osmótico
REPOSTAS
FISIOLÓGICAS À É uma estratégia de aclimatação
Fotossíntese para sustentar um maior potencial
SECA de turgor celular e retenção de água
É o principal fator para a produtividade contra o estresse de umidade
da cultura e é influenciada negativamente
pelas condições de déficit hídrico Em resposta ao estresse hídrico, o
ajuste osmótico ocorre nas células
Estômatos vegetais por meio do aumento de
solutos compatíveis no citosol
O principal papel dos estômatos é regular
a perda de água pela transpiração

Sob estresse de umidade, a preservação da


umidade interna e o fechamento rápido
dos estômatos são vitais para que a planta
resista às condições de déficit hídrico

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ESTRESSE
VEGETAL

Compartimentalizam o Al em
vacúolos ou os estabilizam em
ordem para inibir sua fitotoxidade Mecanismo de
tolerância interna

Acidez
Mecanismos ALUMÍNIO E A acidez do solo é um desafio para a
de exclusão ACIDEZ DO SOLO produtividade das culturas

Ocorre no exterior da célula para Os solos são denominados de ácidos


evitar ou reduzir a entrada de Al em função de seu baixo potencial
hidrogeniônico (pH)

Alumínio
O alumínio (Al) está naturalmente nos solos
A toxicidade do Al afeta além das na forma de silicato ou óxido insolúvel, mas a
células das raízes, o fluxo de íons, redução do pH leva à sua solubilização,
características da membrana principalmente em sua forma fitotóxica na
plasmática e a formação da parede solução do solo (alumínio trivalente)
celular;

Assim, a exposição prolongada ao Al


provoca uma série de alterações
fisiológicas, celulares, moleculares e
morfológicas em muitas espécies

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ESTRESSE
VEGETAL
Lixiviação
Aplicação de gesso
Adição de enxofre
Manejo adequado da irrigação
Algumas práticas destinam- Fitorremediação
se a remover ou lixiviar os Matéria orgânica
sais para profundidades
abaixo da zona radicular
Prática de melhoria do
ambiente radicular

Condutividade elétrica
Adaptação SALINIDADE A salinidade é definida como a
das plantas concentração total de sais minerais
dissolvidos presentes na solução do
solo ou na água
A homeostase osmótica e iônica são
necessárias para a tolerância da
planta ao sal A condutividade elétrica da água é a
característica utilizada para avaliar a
Elas respondem ao efeito osmótico salinidade da água de irrigação
Efeito osmótico
evitando a perda de água e
mantendo o potencial de
turgescência Em salinidades altas, o potencial hidrico Quando a concentração de sal na
externo pode ser reduzido e ficar abaixo solução do solo é elevada, o potencial
O equilíbrio osmótico no citoplasma do potencial hídrico da célula, resultando osmótico da solução é reduzido
é obtido pela acumulação de em secagem osmótica
osmólitos compatíveis O que reduz o potencial hídrico externo

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ESTRESSE
VEGETAL

Enquanto as raízes estiverem sob


estresse anaeróbico, a ausência de O2
impede a formação de EROs

Porém, se o nível de O2 no solo aumentar EROs


rapidamente, grande parte dele é
utilizada para formar EROs, causando Quando um campo é inundado, os
dano oxidativo às células da raiz níveis de O2 na superfície da raiz
decrescem drasticamente

Compostos tóxicos
Condutância ALAGAMENTO Redução da área foliar
estomática
Perda da turgescência celular
A redução na condutância estomática pode
diminuir a taxa de fotossíntese, mas o estresse Em casos mais severos necrose na parte
de inundação pode afetar diretamente o aérea das plantas
aparelho fotossintético, independentemente
da condutância estomática Afeta a biossíntese e a partição de carbono
Tolerância entre os diferentes órgãos da planta

Regular o transporte de íons por meio


das membranas celulares

Utilizar menores taxas de respiração


radicular, culminado na alteração do
metabolismo aeróbico para o anaeróbico
com menor produção de energia

Desenvolver respostas morfofisiológicas

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ESTRESSE
VEGETAL

Dependendo da cultura e do período em que a


lavoura ficou exposta a baixas temperaturas,
A adubação aliada ao uso de produtos ainda é possível recuperar o seu potencial
bioativadores ajudam a estimular uma produtivo, ao contrário das plantas
recuperação mais rápida do potencial severamente atingidas pelas geadas
produtivo, após a exposição das
plantas a baixas temperaturas
Recuperação
dos danos

Cristal de gelo
CONGELAMENTO Durante o estresse por congelamento, a
Danos formação de cristal de gelo extracelular
provoca desidratação celular
Quando a temperatura fica muito
baixa, próxima de zero grau, a planta
interrompe seu metabolismo
Comum com o
A transpiração é reduzida e, estresse pela seca
consequentemente, o
desenvolvimento da planta fica mais
lento A –10 °C, o simplasto perde cerca de
90% de sua água osmoticamente ativa
Em casos mais extremos, quando para o apoplasto
ocorre uma geada, por exemplo, os
danos são ainda mais severos e as Nesse sentido, o estresse pelo
plantas ou parte delas podem morrer congelamento tem muito mais em
comum com o estresse pela seca

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ESTRESSE
VEGETAL

A exposição prolongada de plantas ou


organelas ao excesso de luz pode resultar na
fotodestruição dos pigmentos fotossintéticos, O aumento excessivo da luz acima da
uma vez que a descoloração (branqueamento) capacidade de utilização pela fotossíntese
desses é dependente do oxigênio e da luz pode resultar em uma condição de estresse
conhecida como fotoinibição

Fotooxidação A quantidade de energia radiante que


atinge o complexo coletor de luz dos
fotossistemas pode conduzir a um ganho
ou perda na eficiência das reações
fotoquímicas dos centros de reação

Luminoso
Amenizar os LUMINOSO E
efeitos térmicos TÉRMICO O estresse luminoso pode ocorrer quando
plantas adaptadas ou aclimatadas à
sombra são sujeitas à luz solar plena
Cultivares de maior tolerância para a
região

Manejo do solo: compostos orgânicos


e corretivos de solo, culturas de Térmico
cobertura, mulching e a rotação
O estresse térmico prejudica o metabolismo vegetal
devido a seu efeito diferencial sobre a estabilidade
proteica e reações enzimáticas

Isso provoca o desacoplamento de diferentes reações


e a acumulação de intermediários tóxicos e EROs

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HONRE SEU
CONHECIMENTO
AGRO
FONTES DO ESTUDO
AgroBayer .............................................................................................. Site
Documentos 256 EMBRAPA, 2014 ....................................................... PDF
Gilberto Kerbauy, 2019 ........................................................................ Livro
Lavoura 10 ............................................................................................. Site
Professor Marcelo Madalosso .............................................................. Aula
Manual de Fitopatologia Vol. 2 ............................................................ Livro
Martinez et al, 2021 ............................................................................. Livro
Professor Felipe Moura ......................................................................... Aula
SATIS ...................................................................................................... Site
Taiz e Zeiger, 2017 ................................................................................ Livro
PRODUÇÃO E ELABORAÇÃO DOS AGRO MAPAS MENTAIS

Eng. Agrônoma Kerolém Cardoso


agromapam Agromapam (45) 99112-0439
www.agromapam.com.br

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