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ORDEM DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS Incegridade.ndependénca, Competenc CIRCULAR N° 82/17 Lisboa, 5 de setembro de 2017 Assunto: GAT 12 —Certificagao de um balango intercalar Caros Colegas, Divulga-se em anexo a esta Circular o GAT 12 relativo aos trabalhos do ROC quando é contratado para emitir certificagao sobre um balango intercalar (uma demonstragéio financeira isolada), Estes modelos so aplicaveis a relatorios emitidos apés a data da presente Circular. ‘Com os melhores cumprimentos Oscar Figueiredo | ‘Vogal do Consetho Diretivo Sede: Seepte Reglonal do Norte: iad Sate 0¢5t ‘rei da Boast 9477/3521, 2° 1250-198 Usbea PORTUGAL 4100-39 ato PORTUGAL. T213556156F20 3556149 22 )880 17 F22 61001 58 secorgsccasmerocpt, sereoponaoroc pt GUIA DE APLICAGAO TECNICA N° 12 CERTIFICAGAO DE UM BALANCO INTERCALAR No Ambito das fungSes de interesse publico, pode ser solicitado ao Revisor Oficial de Contas (ROC) que emita uma cettificag8o sobre um Balango Intercalar preparado por uma determinada entidade e com determinada finalidade. ‘S80 exemplos, entre outros © Acettificagao de um balango intercalar solicitado por entidades promotoras de subsidios ou incentivos, tais como o Turismo de Portugal, o IAPMEI ou a Agéncia para o Desenvolvimento e Coesdo, entre outros, na fase de candidatura de uma entidade a esses subsidios ou incentivos, nomeadamente para verificagéo se tal entidade atinge ou nao determinado grau de autonomia financeira exigido para a candidatura. © Acertificagéio de um Balango Intercalar no ambito do artigo 297.° do Cédigo das Sociedades Comerciais, por entidades que decidam fazer adiantamentos sobre lucros no decurso do exercicio. AISA 200 exige que o auditor cumpra todas as ISA relevantes para uma auditoria. No caso de uma auditoria de um balango intercalar, este requisito aplica-se independentemente de o auditor ser ou n&o contratado para auditar 0 conjunto completo de demonstragbes financeiras. Adicionaimente, as ISA aplicaveis relevantes devem ser adaptadas as circunsténcias especificas de cada trabalho quanto & natureza, oportunidade e extenso dos procedimentos a efetuar. Para 0 caso concreto da uma auditoria de um balango (uma demonstragéo financeira isolada), € felevante especialmente a ISA 805 (Revista)', Consideragdes Especiais - Auditorias de Demonstragées Financeiras Isoladas @ de Elementos, Contas ou Itens Especificos de uma Demonstragéo Financeira a qual proporciona orientagéo e consideragdes especiais nomeadamente quanto: (@) — Aaceitagao do trabalho; (©) Aoplaneamento e execugao desse trabalho; e (©) A formagao da opinigo e retato. Saliente-se que, a referida ISA 805 (Revista), contém ainda orientago sobre a auditoria de outras demonstragées financeiras isoladas, por exemplo, uma demonstragao dos resultados, bem como a auditoria de elementos, contas ou itens especificos de uma demonstracao financeira, por exempio, um saldo de contas a receber, um mapa de ajustamentos a contas a receber de cobranca duvidosa, um mapa de inventérios, ou a quantia registada de ativos intangiveis identificados, incluindo as respetivas notas. Havendo necessidade de harmonizar a forma de relatar esta situagao em concreto, apresentamos em Anexo a este GAT um modelo exemplificativo de uma Certificagao de um Balango Intercalar 0 Esta norma substitu a SA 805, com 9 mesmo titulo, que consta do Manual das Normas Internacionals de Controlo de Quaidade, Auditor, Revisdo, Outros Trabalos de Garania de Fiabldade eServigas Relacionados,Edie30 2015, Pre, traduado pela OROC em setembro de 2016, A versdo em Portugues da norma revista est alsponvel na Area Reservada do sto da ORO na internet, GUIA DE APLICAGAO TECNICA N° 12 CERTIFICAGAO DE UM BALANGO INTERCALAR qual pressupde @ emissdo de uma opiniao sem reservas. Se o auditor concluir que a opinidéo deve ser modificada ou conter paragrafos de énfases deve adaptar o modelo apresentado seguindo as orientagdes que sobre o assunto esto indicadas na parte final do GAT 1 (Revisto) conforme as circunstancias nela previstas. Adicionalmente, nos termos da ISA 805 (paragrafos 14 @ A23 a A27), quando o ROC auditou 0 Conjunto completo de demonstragdes financeiras, deve considerar as implicagSes que eventuais matérias incluldas na Certificagéo Legal de Contas/Relatorio de Auditoria sobre essas demonstragées financeiras podem ter na auditoria do balango intercalar e respetiva opinido. Isto aplica-se nao s6 em relagao a eventuais reservas ou énfases sobre as demonstragées financeiras, ‘mas também em relagao a matérias de incerteza material e matérias relevantes de auditoria que tenham relagdo com o balango intercalar. Lisboa, § de setembro de 2017 ANEXO AO GUIA DE APLICAGAO TECNICA N° 12 MODELO DE CERTIFICAGAO DE UM BALANGO INTERCALAR f [...-a) Opiniéo Auditémos 0 batango intercalar da ........ b) (a Entidade), & data de ....... ¢)., (que evidencia um total de euros @ um total de capital proprio (d) de ..... euros, incluindo um resultado liquido (d) de ..... euros) & as notas anexas ao balango intercalar que inciuem um resumo das politicas contabilisticas significativas, Em nossa opiniao, o balango intercalar anexo apresenta de forma apropriada, em todos os aspetos materials, 2 posigao financeira da ...b) a data de ... de ... de ...c), de acordo com os requisitos do ) relevantes para a preparagao desta demonstragao financeira Bases para a opiniao A nossa auditoria foi efetuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA) e demais formas € orientagdes técnicas e éticas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. As nossas responsabilidades nos termos dessas normas esto descritas na secgao "Responsabilidades do auditor ela auditoria do balango intercalar” abaixo. Somos independentes da Entidade nos termos da lei € Cumprimos os demais requisites éticos nos termos do cédigo de ética da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, Estamos convictos de que a prova de auditoria que oblivemos suficiente e apropriada para Proporcionar uma base para a nossa opiniéo. Incerteza material relacionada com a continuidade (f) (Esta seceao apenas 6 utilizada quando, nos termos do artigo 45.2, numero 2, alinea f) do Estatuto da OROC, existir*...qualquer incerteza material relacionada com acontecimentos ou condi¢des que possam suscitar dividas significativas sobre a capacidade da Entidade para dar continuidade as suas atividades. Responsabilidades do érgao de gestio e do étgao de fiscalizacao (g) pelo balanco intercalar 0 orga de gestdo é responsavel pela: - __preparacao do balanco intercalar que apresente de forma verdadeira e apropriada a posig40 financeira da Entidade de acordo com...(e); ~ _etiago e manutengo de um sistema de controlo interno apropriado para permit a preparagdo de um balango isento de distor¢ao material devido a fraude ou erro; - _ adogao de politicas e critérios contabilisticos adequados nas circunstancias; e - _avaliagao da capacidade da Entidade de se manter em continuidade, divulgando, quando aplicavel, as matérias que possam suscitar duvidas significativas sobre a continuidade das atividades, ANEXO AO GUIA DE APLICAGAO TECNICA N° 12 MODELO DE CERTIFICAGAO DE UM BALANCO INTERCALAR 0 6rgdo de fiscalizagdo é responsével pela supervisdo do processo de preparacao e divulgagdo da informagao financeira da Entidade. (9) Responsabilidades do auditor pela auditoria do balango intercalar Os nossos objetivos consistem em obter seguranga razoavel sobre se o balango intercalar como um todo esta isento de distorgao material, devido a fraude ou a erro, e em emitir um relatério onde conste a nossa opinido. Seguranga razoavel é um nivel elevado de seguranga mas nao é uma garantia de que uma auditoria executada de acordo com as ISA detetara sempre uma distor¢o material quando exista. As distorg6es podem ter origem em fraude ou erro e so considerados materiais se, isolados ou conjuntamente, se possa razoavelmente esperar que influenciem decis6es econémicas dos utilizadores tomadas na base deste balango intercalar. ‘Como parte de uma auditoria de acorde com as ISA, fazemos julgamentos profissionais e mantemos ceticismo profissional durante a auditoria e também: = identificamos e avaliamos os riscos de distorgao material do balango intercalar, devido a fraude ou a erro, concebemos € executamos procedimentos de auditoria que respondam a esses tiscos, e obtemos prova de auditoria que seja suficente © apropriada para proporcionar uma base para a nossa opinido. O isco de ndo detetar uma distor¢ao material devido a fraude 6 maior do que 0 risco de nao detetar uma distorgao material devido a erro, dado que a fraude pode envolver conluio, falsificacdo, omiss6es intencionais, falsas declaracbes ou sobreposi¢aio 20 controlo interno; = obtemos uma compreensao do controlo interno relevante para a auditoria com o objetivo de conceber procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstancias, mas nao para exoressar uma opiniao sobre a eficdcia do control interno da Entidade; - _ avaliamos a adequacao das politicas contabilisticas usadas e a razoabilidade das estimativas contabilisticas e respetivas divulgagdes feitas pelo 6rgdo de gestao; = concluimos sobre a apropriagdo do uso, pelo 6rgao de gestdo, do pressuposto da continuidade e, com base na prova de auditoria obtida, se existe qualquer incerteza material relacionada com acontecimentos ou condigbes que possam suscitar duvidas significativas sobre a capacidade da Entidade para dar continuidade 4s suas atividades. Se concluirmos que existe uma incerteza material, devemos chamar a atengao no nosso relatbrio para as divulgagbes relacionadas incluidas nas demonstragdes financeiras ou, caso essas divulgagdes nao sejam adequadas, modificar a nossa opiniao. As nossas conclusGes sao baseadas na prova de auditoria obtida até A data do nosso relatério. Porém, acontecimentos ou condigées futuras podem levar a que a Entidade descontinue as suas atividades; - avaliamos a apresentagao, estrutura e conteddo global do balango intercalar, incluindo as divulgag6es, e se este balango representa as transagdes e acontecimentos subjacentes de forma a atingir uma apresentagao apropriada; & - comunicamos com os encarregados da governacdo, entre outros assuntos, 0 ambito e 0 calendério planeado da auditoria, € as conclusées significativas da auditoria incluindo qualquer deficiéncia significativa de controlo interno identificado durante a auditor. Data, nome do ROC ou representante da SROC, e assinatura (incluir endereco profi ANEXO AO GUIA DE APLICAGAO TECNICA N° 12 MODELO DE CERTIFICAGAO DE UM BALANGO INTERCALAR ional quando nao conste noutro sitio do documento) Referencias (2) Denominagdo de Organismo Promotor a quem se destina a Certifcagdo, ou outa entidade apropriada (©) Denominagao da Entidade (€) Data a que se refere o balanco, (©) Quando negativa, acrescentar “negative” (©) Incicarreferencial contabilstico apkcdvel, por exemplo, ‘Normas Contablsticas © de Relato Financelro adotadas em Portugal através do Sistema de Normalzacao Contabilisica™ (_No.caso de haver alguma incerteza material arelstar, dentifear a inceteza e fazer referéncia para a respetiva divulgagéo ‘no anexo a0 balanco intercslar onde a materia ¢ abordeda (9) No caso de © ROG ser o Fiscal Unico, ou estverintegrado no Coneelho Fiscal da Entidade, ¢ também no caso de Entdade néo dispor, nem cever dispor, de érgdo de fiscalizacso, este titulo deverd ser *Responsabildades do drg20 de gestto polo balangointercalar* eo texto relative & responsabikdade do 6rgdo de fiscalizacdo deve ser omitido.

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