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MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

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MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Clarice Virgilio Gomes / Bianca Yureidini Santos

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
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outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-


ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professora: Juliana Padilha


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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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Esta unidade apresentará os impactos motivados pela demo-
cratização da internet e o avanço das tecnologias. Essas inovações
acarretaram em diversas mudanças, dentre elas, o acesso mais fácil
às informações. Consequentemente, tal fato tornou os consumidores
mais exigentes. Dessa forma, houve a necessidade de que as empre-
sas inovassem de modo a atender às expectativas desse novo consu-
midor e também para se manterem competitivas no mercado. Então,
as organizações perceberam que era hora de adotar a transformação
digital, que é uma estratégia que combina a tecnologia com os negó-
cios em uma abordagem centrada no cliente. Para realizar a transfor-
mação digital, as empresas também podem contar com as algumas
tecnologias, como: Business Intelligence (BI), Big Data, Inteligência
Artificial, Realidade Virtual e Aumentada, Computação em Nuvem,
Marketing Digital, Automação em Marketing etc.
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Inovação. Transformação Digital. Business Intelligence. Big Data.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E AUTOMAÇÃO DE MARKETING

Era Digital _____________________________________________________ 12

Digitalização, Digitização e Transformação Digital ________________ 13

Como a Transformação Digital pode afetar sua carreira? ________ 26

Recapitulando ________________________________________________ 30

CAPÍTULO 02
BUSINESS INTELLIGENCE E BIG DATA: SEUS IMPACTOS NAS OR-
GANIZAÇÕES

O que é Business Intelligence (BI)? _____________________________ 35

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O que é Big Data? ______________________________________________ 49

Recapitulando _________________________________________________ 57

CAPÍTULO 03
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E OS BENEFÍCIOS DA AUTOMAÇÃO DE
MARKETING

Inteligência Artificial __________________________________________ 62

Realidade Virtual ______________________________________________ 66

Marketing Digital ______________________________________________ 73

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Recapitulando __________________________________________________ 79

Considerações Finais ____________________________________________ 83

Fechando a Unidade ____________________________________________ 84

Referências _____________________________________________________ 87
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O surgimento e o avanço de novas tecnologias foram incentiva-
dos, principalmente, pelo fato de a internet se tornar mais acessível às pes-
soas, o que provocou muitas mudanças nos hábitos delas, como mais faci-
lidade para comunicarem-se, facilidade de acesso às informações, dentre
outros. Mas, esse bônus tornou os consumidores mais exigentes, fazendo
com que as organizações fossem obrigadas a se renovarem por meio de
tecnologias digitais para atenderem às expectativas dos consumidores e
também se manterem competitivas no mercado. Para isso, elas percebem
que deveriam adotar a seguinte estratégia: a transformação digital.
A transformação digital combina a tecnologia digital com os ne-
gócios, em conjunto com uma abordagem de negócios que é centrada
no cliente (customer-centric). A transformação digital pode ser aplicada
em todos os negócios, sendo que o seu diferencial está na automatiza-
ção dos processos, conhecimentos, documentos etc.
Um exemplo de uma empresa que se reinventou, ou seja, mudou
a forma de como seus negócios eram feitos é a Netflix. Ela iniciou o seu
negócio de aluguel de vídeos com mídias físicas (CD/DVD). Com passar
dos anos, a Netflix percebeu a necessidade de inovar para continuar “viva”
no mercado. Dessa forma, ela passou a fornecer streaming de vídeos por
assinatura. Além da inovação na prestação de serviços, a Netflix também
utiliza os dados fornecidos pelos seus usuários para realizar recomenda-
ções a eles sobre filmes, séries, documentários etc. Esse sistema de re-
comendação de conteúdo foi impulsionado pela Inteligência Artificial (IA).
No decorrer desta unidade, serão descritas principais tecnolo-

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gias que contribuem para a transformação digital, sendo elas: o Business
Intelligence (BI), Big Data, Inteligência Artificial (IA), Realidade Virtual e
Automação do Marketing. Essas tecnologias contribuem não só para me-
lhorar a gestão das organizações, mas, para aumentar a produtividade,
os lucros e também aperfeiçoar o relacionamento com seus clientes.
Além de mudanças nas empresas, a inovação digital também
foi a responsável por promover alterações nas profissões, isto é, atuali-
zações de umas e o surgimento de outras novas, como a de professor
on-line, influenciador digital, gestor de mídias sociais, profissionais de
marketing digital etc.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E
AUTOMAÇÃO DE MARKETING
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ERA DIGITAL

Atualmente, estamos vivenciando um período marcado pela


alta disseminação de informações, o qual é conhecido como “era di-
gital”. Ela teve a internet como a maior propulsora, pois foi ela quem
permitiu às pessoas obterem acesso rápido e fácil às informações e,
consequentemente, conhecimentos sobre diversos assuntos. Desse
modo, a internet veio para democratizar a publicação e a busca por
informações, pois, agora, todos podem divulgar seus conhecimentos
na rede e torná-los imediatamente disponíveis para qualquer pessoa
do mundo. Outra grande vantagem da internet é a flexibilização que
ela oferece às pessoas, que podem visualizar somente as informações
(conteúdos) que lhes são relevantes. (GARCIA, 2020).
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Contudo, a facilidade de acesso às informações tornou os con-
sumidores mais exigentes, pois eles não aceitam mais produtos padro-
nizados, ou seja, demandam mais personalização por meio do uso de
tecnologias de ponta. Tal fato se deu graças à era digital, que permi-
tiu a esses consumidores conhecerem os produtos de outros estados,
países, enfim, do mundo. Consequentemente, esses consumidores se
tornaram mais exigentes e estão cada vez mais requisitando que as
empresas locais forneçam soluções digitais com mais qualidade e cus-
tomizadas. Logo, a empresas tiveram que se modificar para atender a
essa nova demanda de clientes. A essas empresas dá-se o nome de
incumbentes ou tradicionais (GARCIA, 2020).
As empresas tradicionais, normalmente, pelo fato de já opera-
rem no mercado há bastante tempo, não possuem modelos de negó-
cios adequados para abordar os atuais consumidores. Portanto, existe
a necessidade de que elas se renovem por meio do uso de tecnologias
digitais – com estratégias de transformação digital – para, assim, se
manterem competitivas no mercado.
A transformação digital combina a tecnologia digital com os
negócios, em conjunto com uma abordagem de negócios que é a cen-
trada no cliente (customer-centric) (GARCIA, 2020). Essa abordagem
consiste em colocar o cliente como o centro de todo o planejamento es-
tratégico da empresa, ou seja, todas as ações, processos e decisões da
organização são tomadas de forma a afetar positivamente a experiência
do cliente (consumidor) (MACHADO , acesso em: 04/02/2021).
Opondo-se às empresas tradicionais, existem as empresas

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entrantes (em geral, são representadas pelas startups). Essas empre-
sas utilizam o máximo possível da tecnologia digital em seus produtos,
serviços e processos operacionais para oferecer produtos/serviços per-
sonalizados e de alta qualidade, pois são o anseio dos consumidores
da era digital. Além disso, é essencial que a empresa adote o modelo
de negócios customer-centric para, dessa forma, entregar uma melhor
experiência ao seu cliente (GARCIA, 2020).

DIGITALIZAÇÃO, DIGITIZAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

Para facilitar a compreensão sobre esse termo – transforma-


ção digital – é fundamental saber a distinção entre os três conceitos
apresentados a seguir (GARCIA, 2020):
• Digitalização: trata-se de uma modificação na forma como
as informações se apresentam, ou seja, as informações analógicas
(físicas) são transformadas em digitais. Por exemplo: considere que a
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empresa X armazena documentos relativos a seus clientes em pastas
sanfonadas, em que cada divisória representa uma letra do alfabeto.
Quando algum colaborador digita todas as informações desses clientes
em um sistema CRM (Customer Relationship Management), logo, eles
dados deixarão de existir fisicamente (em forma de papel) e passarão
para uma forma digital (GARCIA, 2020).
• Digitização: consiste na alteração da forma como a organiza-
ção realiza suas operações, ou seja, modifica os processos operacionais
da empresa, transformando-os em digital. Por exemplo: considere que a
empresa Y organiza o seu processo não digital de pagamento a fornece-
dores em uma pasta sanfonada em que cada divisória representa um dia
do mês. Dessa forma, o colaborador responsável pelo financeiro deverá
verificar todos os dias essa pasta a fim de saber se há contas (boletos)
a serem pagas nesse dia. Ao localizá-las ele deverá acessar o internet
banking e realizar os pagamentos. Já em um processo totalmente digital,
o pagamento aos fornecedores, é automatizado, então, as contas (bole-
tos) são inseridas em um sistema que avisará ao colaborador sempre que
houver uma conta a ser paga naquele dia. Dessa forma, torna-se des-
necessária a existência da pasta sanfonada e muito menos a checagem
manual e diária que seria feita pelo colaborador (GARCIA, 2020).
• Transformação digital: de acordo com os autores Schallmo e
Williams (2018), esse termo possui diversas definições, não havendo,
assim, uma única definição para transformação digital. Logo, diversas
definições foram propostas por diferentes autores, as quais são apre-
sentadas no Quadro 1.
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Quadro 1 – Definições do Termo Transformação Digital.

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Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

De acordo com Garcia (2020), a transformação digital obriga as


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organizações adotarem uma abordagem de negócios customer-centric,
pois são esses atuais consumidores que solicitam cada vez mais produ-
tos tecnologicamente avançados. Dessa forma, as empresas devem-se
manter atualizadas em relação aos avanços tecnológicos para que os
seus produtos/serviços e processos sejam melhorados de acordo com
a mais avançada tecnologia disponível no momento.
No entanto, não é apenas a adoção de estratégias centradas
no cliente e o uso de tecnologias, que faz a transformação digital acon-
tecer. A empresa deve passar por uma mudança brusca, como a mi-
gração dos processos manuais para os processos digitais, que deve
ocorrer primeiramente nos departamentos tradicionalmente centrais:
administrativos, comercial, financeiro e de recursos humanos. Os pro-
cessos digitais são automatizados e, consequentemente, tornam-se
mais eficientes. Além disso, o uso das tecnologias digitais, proporciona
um ambiente de trabalho mais colaborativo, entusiasmante e inovador.
Geralmente, esse novo ambiente produz processos e produtos revolu-
cionários, e permite ampliações na produtividade (GARCIA, 2020).
Pelas informações apresentadas anteriormente, percebe-se que
o processo de transformação digital não é tão simples, pois em um pri-
meiro momento, pode-se induzir ao pensamento errôneo de que, uma
organização, que cria uma fanpage ou então um blog corporativo já está
investindo em transformação digital. No entanto, o processo é bem mais
complexo que parece, pois deverá haver uma mudança estrutural nas
empresas, que para tal, a tecnologia terá um papel estratégico central.
Portanto, consumirá muito tempo e recursos. No entanto, a boa notícia é,
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que esse processo pode ser implantado por qualquer organização e inde-
pendente do seu tamanho. Já que a transformação digital não se resume
a quem tem mais dinheiro para investir; e sim representa um desafio para
a gestão da empresa que para a tecnologia (RABELO, 2020).
A Figura 1, apresentada a seguir, ilustra bem a dependência
entre digitização, digitalização e transformação digital. Conforme obser-
va-se, a digitização muda os processos que dependem da digitalização,
que modifica as informações, pois só é possível tornar os processos di-
gitais se todas as informações também forem digitais. Da mesma forma,
a transformação digital, que é a responsável por alterar a experiência
de uso dos consumidores, por sua vez, depende da digitização e da
digitalização (GARCIA, 2020).

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Figura 1 – Relação de Dependência entre Transformação Digital, Digitização
e Digitalização.

Fonte: Adaptação de Garcia, 2020.

Assunto: O que é Customer-centric?

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Link do assunto: https://blog.deskmanager.com.br/custo-
mer-centric/ e também no link: https://www.zendesk.com.br/blog/
customer-centric/

Vídeo sobre o assunto: O que é Transformação Digital?


Este vídeo oferece uma explicação bem clara sobre o que
é o processo de transformação digital nas empresas.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Yse-
VMhprKMQ

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Pilares e Etapas da Transformação Digital

De acordo com a FIA (2018), os pilares da transformação di-


gital são:
• Foco no consumidor – como hoje em dia é bem mais fácil
compreender os desejos e as preferências dos consumidores, é essen-
cial que a empresa utilize essas informações para todo o trabalho dela.
• Feedbacks constantes – atualmente, é bem mais simples
para a empresa obter feedbacks sobre seus produtos/serviços e corrigir
as falhas para que ele possa ser melhorado.
• Entregas mais ágeis – os processos de produção, lançamen-
to, feedbacks e correção devem ocorrer o mais breve possível e com a
máxima eficiência.
• Adaptação as mudanças – pelo fato dos contextos alterarem-
-se rapidamente, as entregas dos produtos da empresa precisam ser
ágeis. Por esse motivo, ela precisa ter resiliência e também capacidade
de flexibilizar seus processos.
Além desses quatro pilares, há também algumas etapas que
viabilizam o processo de transformação digital, que são (HPE , acesso
em: 08/02/2021):
• Criar um plano que funcione para os negócios – o primeiro
passo é a criação de um plano para que a empresa saiba o quanto
ela quer evoluir e quais tecnologias ela deverá adotar para implantar a
transformação digital.
• Proporcionar aos colaboradores a chance de usar e domi-
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nar tecnologias emergentes – esse segundo passo é um pouco mais


complexo, pois nos modelos de negócios tradicionais bastava que os
colaboradores aprendessem a usar determinados sistemas e continu-
assem a usá-los por muitos anos. Já no processo de transformação
digital, é necessário que os colaboradores concordem que os processos
utilizados para executar suas tarefas passem por mudanças (adoção de
novas tecnologias) para tornar o trabalho mais eficiente.
• Desistir das tecnologias legadas – geralmente, as organizações
têm um gasto alto para manter tecnologias antigas, mesmo elas não ofer-
tando a experiência digital exigida pelo mercado. Tal fato ocorre, pois, a atu-
alização de tecnologias legadas pode ser muito complicada e cara. Além
disso, depender dessas tecnologias afeta a empresa como um todo porquê
consome recursos que poderiam ser aplicados em tecnologias mais fáceis
de serem utilizadas e, além do mais, oferecer uma melhor experiência ao
cliente e/ou administrar para analisar os dados mais rapidamente.

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A Importância da Transformação Digital

Segundo a FIA (2018, s/p.), a “transformação digital é importante


porque torna a empresa mais inovadora, ágil, resiliente e flexível para en-
carar as dificuldades do mundo VUCA ”. Além disso, de acordo com Garcia
(2020, p. 239), a McKinsey & Company , que é uma empresa de consultoria
de gestão, realizou algumas análises qualitativas para avaliar a importância
da transformação digital. Por essas análises, concluiu-se que “as empresas
que utilizam estratégias customer-centric possuem clientes que consomem
mais e que desenvolvem mais fidelidade aos seus produtos”.
Além da pesquisa apresentada pela McKinsey, existem outras
que reforçam a importância da transformação digital nas organizações,
que são (SITEWARE, 2020):
• A pesquisa da Sirus Decison relata que 67% das compras
ocorrem em ambiente virtual;
• Já a pesquisa do Economist Intelligent Unit descreve que
69% das pequenas e médias empresas no Brasil acreditam que o uso
da tecnologia tornará o seu negócio mais eficiente;
• O estudo feito pela Gartner Research aponta que 74% das orga-
nizações observaram uma melhoria significativa na experiência do cliente
após a adoção da transformação digital, pois houve um aumento de 40%
na satisfação dos clientes e de 38% na retenção deles. Além disso, nes-
se estudo também foi observado que a produtividade dos colaboradores
aumentou em 39%, consequentemente, elevou a receita da empresa em
37%. Em torno de 69% das empresas consultadas creem ter aperfeiçoado

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a sua diferenciação competitiva após implantar a transformação digital.

Assunto: Mundo VUCA


Link do assunto: https://www.ieepeducacao.com.br/mun-
do-vuca/ e também no link: https://hsmuniversity.com.br/blog/
mundo-vuca/

Principais Tecnologias da Transformação Digital

Para se adequar às cobranças impostas pela transformação


digital, é fundamental que as empresas conheçam as tecnologias que
permitem a criação de novos modelos de negócios e que vêm sendo
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usadas na transformação digital (ANDRADE, 2020). São elas:
i. Big Data trata-se de uma área que contém um conjunto de técni-
cas de como tratar, analisar e obter informações a partir de grandes quanti-
dades de dados para que gerem resultados relevantes (SACOMANO et al,
2018). A Figura 2, a seguir, ilustra os cinco Vs que compõem o Big Data.

Figura 2 – Os cinco Vs do Big Data.

Fonte: Neoway , acesso em: 09/02/2021.

ii. Business Intelligence (BI) ou Inteligência de Negócio consiste


no processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitora-
mento de informações que oferecem suporte à gestão de negócios. O obje-
tivo do BI é transformar os dados disponibilizados por determinada empre-
sa em inteligência para a tomada de decisão. Para as empresas atingirem
bons níveis de maturidade com o BI, elas devem ter uma cultura voltada
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para o Data-driven , isto é, as decisões devem ser tomadas com base na


inteligência obtida na análise dos dados, que devem estar sempre disponí-
veis e atualizados para os gestores. A Figura 3 ilustra um dashboard, que é
um painel visual sobre um determinado conjunto de informações. Este re-
curso é usado para auxiliar a tomada de decisão dos gestores da empresa.

Figura 3 – Exemplo de um Dasboard para Análise de Compras.

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Fonte: Microsoft , acesso em: 09/02/2021.

iii. Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) consiste em ob-


jetos físicos capazes de transmitir dados através da internet, conforme
exemplifica a Figura 4. Por exemplo, considere um sensor de temperatura
de um forno industrial que transmite o valor da temperatura pela internet
para uma central, que poderia ser acessada remotamente pela internet.

Figura 4 – Objetos conectados simbolizando a Internet das Coisas.

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Fonte: Pixabay , 2021.

• Computação em Nuvem (Cloud Computing): recebe esse


nome por seus dados e aplicações estarem armazenados em servido-
res que estão em localidades distintas, podendo até estar em diferentes
países. A computação em nuvem recebeu esse nome, pois, frequente-
mente, é representada por uma nuvem, como exemplifica a Figura 5.
A computação em nuvem permite que dados/informações possam ser
acessados de forma fácil e de qualquer parte em que existe acesso à in-
ternet. Devido aos benefícios proporcionados por essa tecnologia, está
se tornando cada vez mais comum o uso de softwares na nuvem, como
o Google Drive, OneDrive, iCloud e Dropbox.

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Figura 5 – Computadores conectados a computação em nuvem.

Fonte: Pixabay , 2021.

Vídeo sobre o Assunto: O que é computação em nuvem?


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O vídeo apresenta uma explicação de porque a computa-


ção em nuvem se tornou uma tendência.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9b04C-
Qozjdw

• Realidade Virtual: é definida como um conjunto de hardwa-


res, como óculos e luvas sensíveis a movimentos, que permitem dar a
sensação de uma realidade que não existe no local (SACOMANO et al,
2018) – uma realidade virtual – conforme exemplifica a Figura 6. Como
exemplo de utilização de realidade virtual, pode-se citar: os jogos, simu-
lação e treino de pilotos de avião, projetos de arquitetura e urbanismo,
treinamento de militares; na medicina, treinamento cirúrgico e tratamen-
to de transtornos e fobias, dentre outros.

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Vídeo sobre o Assunto: Benefícios da Realidade Virtual no
Setor da Saúde.
O vídeo demonstra o treinamento por meio da realidade
virtual de médicos para a realização de cirurgias.
Link do Vídeo: https://youtu.be/bqra7wslwCM

Figura 6 – Óculos de realidade virtual que dá a sensação de imersão visual e


auditiva em um jogo.

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Fonte: VirZOOM , 2016.

i. Realidade Aumentada: é também denominada de realidade


ampliada. Ela possibilita a interação entre ambientes virtuais e o mundo
físico. Cintra cita um exemplo dessa tecnologia que foi criada por um
laboratório de exames do Brasil. Através do uso de óculos de realidade
aumentada para que crianças, durante a vacinação, sejam imergidas
em um vídeo animado de uma história interativa que transforma a crian-
ça em um super-herói. Um outro exemplo é do jogo Pokémon Go que
viralizou em 2016. A Figura 7 exemplifica uma tela desse jogo.

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Figura 7 – Tela do jogo Pokémon Go que combina a geolocalização com a
realidade aumentada.

Fonte: Agrela, 2016.

ii. Inteligência Artificial: tem por objetivo utilizar dispositivos ou


métodos computacionais que procedam similarmente à capacidade de
raciocínio de seres humanos. Dessa forma, além de ser empregada
para controlar o processo de produção, também poderá ser utilizada
para oferecer sugestões às distintas necessidades de tomada de deci-
sões (SACOMANO et al, 2018).
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Vídeo sobre o assunto: O que é Inteligência Artificial (IA)?


O vídeo define e apresenta, resumidamente, conceitos re-
lacionados a IA.
Link do Vídeo: https://youtu.be/bqra7wslwCM

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Figura 8 - O robô, Pepper, desenvolvido pela Softbank Robotics com a capa-
cidade de compreender as emoções humanas.

Fonte: Gomes, 2016.

iii. Aprendizado de Máquina (Machine Learning): é atualmente


bastante usado em chatbots, que são robôs que substituem a ação huma-
na para realizar atendimentos às pessoas (clientes), ou seja, automatizam
as repostas ao usuário de forma que as pessoas pensem que estão con-
versando com outra pessoa, e não com um software (ANDRADE, 2020).

Figura 9 – Exemplificação de um atendimento realizado por chatbots.

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Fonte: Renault, 2018.


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iv. Automação em Marketing: é uma abordagem utilizada para
facilitar o trabalho da equipe de marketing, pois otimiza os processos
diários na análise de dados e personaliza os atendimentos e serviços
prestados aos clientes (RABELO, 2020).

Assunto: Aplicação da Inteligência Artificial nas Indústrias


Link do assunto: https://blog.gs1br.org/inteligencia-artifi-
cial-nas-industrias/

COMO A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL PODE AFETAR SUA CARREI-


RA?

Conforme mencionado anteriormente, a transformação digital tra-


ta-se de um processo de implantação de tecnologias dentro das organiza-
ções, que serve para otimizar os processos, aumentar a produtividade e,
consequentemente, os lucros e também para entregar o melhor produto/
serviço aos seus clientes. É por isso que, para uma organização realmen-
te vivenciar a transformação digital, faz-se necessário alterar toda a sua
cultura, incorporando novas formas de pensar e agir. No entanto, a trans-
formação digital trouxe medo aos profissionais, pois estes receiam serem
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substituídos, ou seja, perderem o seu espaço no mercado de trabalho.


De acordo com Cortizo (2018, s/p.): “não dá mais para enxer-
gar os recursos tecnológicos como um bicho de sete cabeças ou como
uma ameaça ao seu trabalho”. Os avanços tecnológicos precisam ser
vistos como aliados, isto é, como um meio de ajudar os profissionais a
desempenharem suas funções de forma mais assertiva e produtiva.
É importante que o profissional tenha a consciência de que, por
mais que pense que a sua profissão esteja distante da transformação
digital, alguma coisa está mudando ou já mudou! Sendo assim, em al-
gum momento, é certo que haverá a necessidade de se adaptar se não
quiser se tornar um profissional obsoleto. Basta observar o mundo, to-
dos os negócios estão mudando, independentemente do ramo. É cada
vez mais crescente a utilização de automatização dos processos, digi-
talização dos documentos e conhecimentos, dentre outros. Um modelo
de negócios que cresceu bastante nos últimos anos, principalmente du-
rante a restrição de circulação provocada pela pandemia do Covid-19,
são os negócios on-line. Assim como a transformação digital provoca
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mudanças nos negócios, também ocorrem mudanças nas profissões e
até a extinção de algumas, como a do datilógrafo. No entanto, a trans-
formação digital é igualmente responsável pelo surgimento de novas
profissões, as quais serão detalhadas na Seção 1.3.1.

Carreiras Digitais

Como já comentado, a transformação digital mudou a forma


como as organizações eram geridas e também houve uma extinção de
algumas profissões, como as de telefonista, telegrafista, vendedor de
enciclopédias. Mas, por outro lado, houve o surgimento de novas car-
reiras, como a de influenciador digital, profissional de marketing on-line,
gestor de mídias sociais, desenvolvedor de software, dentre outras.
O surgimento de novas carreiras induz, erroneamente, ao pen-
samento que o processo de digitalização do trabalho veio para extinguir
a mão de obra dos profissionais. Mas, não é verdade! Ela veio, sim,
para mudar as exigências de um mercado que está cada vez mais tec-
nológico e competitivo. Como já se observa, conhecimentos e habilida-
des em determinadas tecnologias já deixaram de ser diferenciais e se
tornaram aptidões obrigatórias.
De acordo com LEANDRO (2020, s/p.), para escolher uma car-
reira digital, deve-se fazer as seguintes perguntas:
1. “O que eu sou bom em fazer”?
2. “O que o mundo precisa”?

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3. “O que eu gosto”?
4. “O que as pessoas pagariam para eu fazer”?
Após responder essas questões, será possível identificar qual
área poderá seguir e, consequentemente, haverá mais chances de su-
cesso. O próximo passo é estudar muito para melhorar as habilidades
e competências por meio de cursos e/ou graduações. É muito impor-
tante conseguir acompanhar todas as mudanças, manter-se atualizado
e saber aplicar o conhecimento no quotidiano para, assim, se destacar
na área em que está atuando. Além disso, é também importante que o
profissional se disponha a mudar e a otimizar os processos existentes
na organização em que trabalha de forma a obter melhores resultados.

Assunto: Carreiras Digitais


27
Links do assunto: https://canaltech.com.br/carreira/carrei-
ras-digitais-minha-profissao-vai-morrer/; https://www.jornalconta-
bil.com.br/carreiras-digitais-minha-profissao-vai-morrer-2/ ; https://
www.infomoney.com.br/carreira/estas-10-profissoes-devem-desa-
parecer-como-nao-perder-a-vaga-para-um-robo/ e também no link:
https://folhadirigida.com.br/blog/carreiras-digitais-preparar/

Carreiras Digitais mais Promissoras

Segundo LEANDRO (2020, s/p.), o CEO da Gama Academy,


Guilherme Junqueira, afirmou que as carreiras digitais que devem se
destacar nos próximos anos são as que estão associadas aos seguintes
setores: vendas; marketing digital; programação e design UX/UI. Tais
mudanças não se dão apenas pelo avanço da tecnologia; a mudança de
comportamento das gerações atuais também contribui para que deter-
minadas áreas, especialmente as que envolvem meios digitais, tenham
mais destaques no mercado. De acordo com Digital House (Acesso
em: 25/02/2021), as profissões do futuro tendem a ser:
• Professores on-line: atualmente, o uso de tecnologias digitais
na educação é uma realidade necessária, principalmente no período
da pandemia. Portanto, é preciso se capacitar e se adaptar às novas
tendências desse mercado.
• Desenvolvedores de softwares: são profissionais responsá-
veis por criar, analisar e realizar manutenção em softwares. A perspec-
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tiva é que, com o avançar da tecnologia, os sistemas estejam cada vez


mais presentes no mercado de trabalho.
• Analista de Big Data: nos dias de hoje, é a profissão que está
no ranking das carreiras mais promissoras. Pois, atualmente, as pes-
soas consomem muitos dados oriundos da internet (principalmente de
mídias sociais) e a função desse profissional é analisar e compreender
essas informações para ajudar os gestores das empresas a tomarem
decisões mais rápidas e certeiras.
• Social Media: é o profissional responsável por administrar as
redes sociais das empresas, tendo em vista que hoje em dia é uma neces-
sidade para qualquer organização que almeja se consolidar no mercado.
• Experiência do Cliente: trata-se do profissional que tem como
objetivo garantir que a relação entre a empresa e os seus clientes seja
a melhor possível.
• UX Design: assim como há um profissional para garantir um
bom relacionamento entre consumidores e empresas, também há o
profissional que visa assegurar que o site e/ou aplicativo da empresa
28
possui um design agradável que atenda todas as expectativas e neces-
sidades do cliente (usuário).
• Profissionais de Marketing Digital: a popularização da internet
e das mídias sociais fez com que as empresas passassem a necessitar
de uma assessoria na área de marketing digital para criarem anúncios
publicitários no Google, Facebook, dentre outros para os mais diversos
fins, como venda de produtos/serviços, download de algum aplicativo etc.
• Segurança da Informação: essa profissão surgiu e vem se
tornando cada vez mais necessária devido ao avanço da transformação
digital, pois, com mais pessoas usando sistemas, principalmente, os
sistemas que são on-line (internet banking, e-commerce, etc.) fez-se
necessária a criação de soluções para prevenir ataques de hackers, de
malware, identificar vulnerabilidades, dentre outros.
Além dessas profissões, há uma que gera dúvidas: pode ou não
ser considerada uma profissão a de influenciadores digitais (digital influen-
cer)? De acordo com Mazzuchello (2020, s/p.): “Sim, digital influencer é
profissão, nos Estado Unidos já é regulamentada”. Já no Brasil, existem
projetos para regulamentar essa profissão, mas, até o presente momento,
não foram aprovados. Por isso, é recomendado que seja feito um contrato
de prestação de serviços ou de parceria de divulgação, participação em
eventos/fotos, em que estejam descritas questões relacionadas ao uso de
imagem, nome, voz, dentre outros pontos (CALDART, 2019).
Os influenciadores são pessoas que atuam em diversas plata-
formas distintas, como Instagram, Facebook, YouTube, dentre outras.
Como o próprio nome diz, o objetivo desses profissionais é influenciar

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outras pessoas para comprar determinados produtos ou serviços, ou
então transmitir sobre o que pensa, o que faz no dia a dia, refletir sobre
determinados assuntos.
Atualmente, esses profissionais possuem um papel importante
na sociedade, pois, conforme as pessoas começam a “ganhar” confian-
ça em um determinado influenciador digital, a tendência é que essas
pessoas comecem a se interessar pelos produtos e/ou serviços que são
supostamente utilizados pelo(s) influenciador(es) digital(is).

Assunto: Profissões do Futuro


Link do assunto: https://www.estagiotrainee.com/profisso-
es-futuro

29
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Sertãozinho-SP Pro-
va: Auxiliar Legislativo - Informática Nível: Médio.
Leia o texto para responder à questão.
Pesquisa exclusiva mostra que brasileiros superestimam suas ca-
pacidades digitais. Os brasileiros estão otimistas com o impacto
da transformação digital em suas carreiras, mas superestimam as
suas capacidades digitais, que serão chave no mercado de traba-
lho nos próximos anos. A constatação está em pesquisa realizada
por Tera, Scoop&Co e Época Negócios, apoiada por Love Mon-
days. O estudo mostra que mais de 80% dos brasileiros se dizem
empolgados com a chegada das novas tecnologias no trabalho e
87% estão confiantes de que vão se adaptar à nova realidade.
Essa percepção positiva da maioria, contudo, não condiz com a rea-
lidade do mercado. Quando apresentados a uma lista de habilidades
mais demandadas, 42% afirmaram não conhecer as 14 competências
digitais desejadas por empregadores, de acordo com lista do Linke-
dIn para 2018. “A lista traz funções não exigidas nas empresas há
cinco anos. Esse cenário descrito pela pesquisa é um retrato de que
a renovação das competências aconteceu rápido demais. As pessoas
não viram isso acontecer”, diz Leandro Herrera, fundador da Tera.
(Barbara Bigarelli. Época Negócios. 14.11.2018. https://epocanego-
cios.globo.com. Adaptado).
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Assinale a alternativa em que, vistos no contexto, os enunciados


separados por barra estão relacionados pela ideia de causa e con-
sequência, nessa ordem.
a) Os brasileiros estão otimistas com o impacto da transformação digital
em suas carreiras, / mas superestimam as suas capacidades digitais…
(1º parágrafo).
b) … mais de 80% dos brasileiros se dizem empolgados com a chegada
das novas tecnologias no trabalho / e 87% estão confiantes de que vão
se adaptar à nova realidade. (1º parágrafo).
c) Quando apresentados a uma lista de habilidades mais demandadas,
/ 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas
por empregadores… (2º parágrafo).
d) … 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas
por empregadores, de acordo com lista do LinkedIn para 2018. / “A lista
traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. (2º parágrafo).
e) … a renovação das competências aconteceu rápido demais. / As
pessoas não viram isso acontecer… (2º parágrafo).
30
QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: CAU-MT Prova: Assistente Admi-
nistrativo Nível: Médio.
A computação em nuvem é uma área recente da computação e tra-
balha com a transferência de informação e o acesso de arquivos a
distância. Acerca da computação em nuvem, assinale a alternativa
correta.
a) A computação em nuvem permite que a preocupação com segurança
deixe de existir.
b) Existem empresas especializadas em disponibilizar serviços em nu-
vem.
c) A computação em nuvem permite o armazenamento de dados com
capacidade infinita, sem alterar o valor cobrado pelo serviço.
d) A qualidade de serviços de computação em nuvem não depende da
qualidade da conexão.
e) Não existem softwares para serem instalados localmente, tendo em
vista que a computação em nuvem visa à descentralização geográfica.

QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: CPCON Órgão: Prefeitura de Solânea-PB Prova:
Professor-Português Nível: Difícil.
A “Era da informação” refere-se ao período no qual a informação
tornou-se moeda corrente e valiosa no mundo [...]. Após a inter-
net e as novas tecnologias digitais, a “Era da Informação” tem se
transformado, pois, o valor atribuído à informação tem passado,

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gradativamente para a interface [...]. Por isso, talvez a forma mais
apropriada de referirmo-nos à era atual seja como “Era da Inter-
face” ou “Era Digital”. (GABRIEL, Martha. Educ@r a (r)evolução
digital na educação. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 109).
Em razão do exposto, analise as proposições:
I. O professor da “Era Digital” deve atuar como uma porta que,
apesar de estar fixa e limitada no mesmo lugar, abre-se aos alunos
para que a atravessem e atinjam o mundo sem limitações.
II. O papel do professor deve ser focado em informação com o ob-
jetivo de esgotar os conteúdos, funcionando como uma janela pré-
-programada pela qual os alunos veem o mundo.
III. A tecnologia, hoje, permite e favorece a colaboração, consubstan-
ciando oportunidades de melhores resultados para um trabalho pe-
dagógico que está se modificando e requer novos modos de atuação.
É VERDADE o que se afirma apenas em:
a) III apenas.
b) II e III.
31
c) I apenas.
d) II apenas.
e) I e III.

QUESTÃO 4
Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Betim -
MG Prova: Técnico de Biblioteca Nível: Médio.
Na Era Digital, os meios tecnológicos podem ser utilizados para
fins incalculáveis, atingindo os índices máximos de desenvolvi-
mento em menores períodos de tempo. Quanto mais se investir em
meios ágeis de informação, melhores serão os resultados obtidos,
por isso a era da informatização foi uma alavanca de evolução.
Para os profissionais da informação que selecionam, organizam,
recuperam e disseminam a informação, as mudanças vieram como:
a) habilidade na conservação física dos documentos.
b) técnica de catalogação de livros.
c) referências bibliográficas.
d) capacidade de interagir em redes de computadores.
e) desenvolvimento da montagem de hardwares.

QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: BRB Prova: Escriturário Nível: Médio.
Acerca da Internet das Coisas, assinale a alternativa correta.
a) Internet das Coisas é uma forma mais econômica de acesso à inter-
net, a qual permite que dispositivos como geladeiras ofereçam internet
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a celulares e computadores de usuários, dispensando a necessidade de


aquisição de roteadores ADSL à parte.
b) Como exemplo de Internet das Coisas, é correto citar um dispositivo
que mede a temperatura ambiente interna de um escritório e envia essa
informação pela internet.
c) Um exemplo de Internet das Coisas é o bitcoin, que é uma moeda virtual
e iniciou a era da Internet das Moedas, com bancos virtuais sem agências.
d) A Internet das Coisas opera separadamente da Internet das Pessoas
e, por isso, não é possível enviar os dados coletados por dispositivos
conectados à Internet das Coisas para a nuvem.
e) A Internet das Coisas tem grande aplicação em ambientes domésti-
cos e escritórios, mas pouca em ambientes industriais.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Alguns anos atrás, já eram discutidas as possíveis mudanças que o
avanço da tecnologia causaria na gestão das empresas e em algumas
profissões; isso já se tornou realidade! Houve o aparecimento de novas
32
carreiras como a de influenciador digital, profissional de marketing on-li-
ne, gestor de mídias sociais, desenvolvedor de software, dentre outras.
Com o surgimento de novas carreiras, pode-se induzir ao pensamento
errôneo, que o processo de digitalização do trabalho veio para extinguir
profissões. Mas, não é verdade! Ele veio para mudar as exigências de
um mercado, que está cada vez mais tecnológico e competitivo.
Sobre o enunciado acima, discorra sobre como se preparar profissional-
mente para lidar com os efeitos da transformação digital nas profissões?

TREINO INÉDITO
Com relação à transformação digital, assinale a alternativa correta.
a) A transformação digital combina a tecnologia digital com os negócios, em
conjunto com a abordagem de negócios denominada de customer-centric.
b) A transformação digital refere-se a todas as ações, processos e deci-
sões da organização que são tomados de forma a afetar positivamente
a experiência do cliente.
c) As empresas tradicionais utilizam o máximo possível da tecnologia
digital em seus produtos, serviços e processos operacionais para ofe-
recer produtos/serviços personalizados e de alta qualidade, pois são o
anseio dos consumidores da era digital.
d) Digitização trata-se de uma modificação na forma como as informa-
ções se apresentam, ou seja, as informações analógicas (físicas) são
transformadas em digitais.
e) Digitalização consiste na alteração da forma pela qual a organização
realiza suas operações, ou seja, modifica os processos operacionais da

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empresa, transformando-os em digitais.

NA MÍDIA
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL É ‘PRIORIDADE MÁXIMA’ PARA 23%
DAS EMPRESAS
Uma pesquisa realizada por CESAR, um dos maiores centros de inovação
do país, apontou que a pandemia do novo Coronavírus mudou drastica-
mente a forma de trabalhar. De acordo com a pesquisa de CESAR, 23%
das organizações pontuam que a transformação digital se tornou uma prio-
ridade no planejamento estratégico, independente do porte de seus negó-
cios, o que representa um aumento de 7,3% em relação ao ano de 2019.
Após quase um ano de isolamento social provocado pela pandemia, CE-
SAR avaliou a maturidade digital das organizações, ou seja, investigou
– por meio de uma pesquisa denominada de Índice CESAR de Transfor-
mação Digital (ICTd) – os efeitos da pandemia em oito aspectos: Cultura
& Pessoas, Consumidores, Concorrentes, Inovação, Processos, Modelo
de Negócios, Dados & Ambiente Regulatório e Tecnologias Habilitadoras.
33
Essa pesquisa avaliou 418 organizações dos mais diversos setores, como
os de serviços, consultoria, financeiro e tecnologia. Por essa pesquisa foi
observado que 50% dos participantes asseguraram que sua empresa foi
impactada pela pandemia e que precisaram reinventá-la para sobreviver.
No entanto, a aceleração do processo de transformação digital foi pro-
pensa para cerca de 73% dos participantes investirem em inovação.
Fonte: Exame
Data: 04 de fevereiro de 2021.
Leia a notícia na íntegra: https://exame.com/inovacao/transformacao-di-
gital-e-prioridade-maxima-para-23-das-empresas/

NA PRÁTICA
Um grande exemplo de transformação digital no Brasil é o da varejista
Magazine Luiza, que passou a utilizar a estratégia omnichannel. Essa
estratégia consiste em convergir ações realizadas por uma organização
em todos os seus canais, que podem ser: loja física, loja virtual, redes
sociais, blog, chat, telefone, aplicativo. Dessa forma, o cliente consegue
acessar a empresa tanto on-line quanto off-line, permitindo a livre esco-
lha de compra do cliente.
A Magazine Luiza, após adotar o omnichannel, teve um aumento de
241% em suas vendas através dos canais digitais e 51% nas lojas físicas
nos anos de 2015 a 2018. Certamente, o investimento em tecnologias
foi o grande propulsor desse crescimento, pois permitiu a otimização da
experiência de compra dos clientes e, consequentemente, impulsionou
as vendas no e-commerce. Além disso, houve uma integração de todos
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os setores da loja o que propiciou um atendimento mais eficiente e coeso.


Um outro exemplo de transformação digital é o adotado pela empre-
sa Taco Bell, uma cadeia de fast-food norte americana. Essa empresa
adotou a estratégia de geomarketing, que se baseia na geolocalização
para otimizar a experiência dos seus consumidores. Por meio dessa
tecnologia é possível os clientes retirarem seus pedidos ao entrarem na
loja. O funcionamento se dá da seguinte forma: os clientes do Taco Bell
realizam o pedido pelo aplicativo da empresa e, com base na geolocali-
zação do cliente, é informado à cozinha o momento em que ele está se
aproximando do fast-food. Dessa forma, o cliente pega o pedido assim
que entra na loja e sem ter que esperar por isso.
Fonte: MAPLINK. 2020. Exemplos de Transformação Digital: sua em-
presa está pronta? Disponível em: < https://maplink.global/blog/exem-
plos-transformacao-digital/ >. Acesso em: 22/02/2021.

34
BUSINESS INTELLIGENCE E BIG DATA:
SEUS IMPACTOS NAS ORGANIZAÇÕES

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O QUE É BUSINESS INTELLIGENCE (BI)?

Business Intelligence (BI) significa inteligência de negócios ou


inteligência empresarial. O BI consiste em um conceito concebido em
meados de 1989 pelo Gartner Group, que é um Instituto de Pesquisa e
Análise do Setor de Tecnologia da Informação. De acordo com Garcia
(2020, s/p.), BI trata-se de um “processo que envolve o uso de tecno-
logias para coletar, armazenar, analisar e compartilhar informações que
serão bases para a gestão de um negócio”. Já Saraiva (2018, p. 135),
define BI como “um conjunto de soluções que envolvem aplicações, ban-
co de dados, metodologias, arquiteturas e ferramentas que permitem a
transformação de dados brutos em informações gerenciais”. Em suma, é
uma ferramenta que serve para tomada de decisões a partir de dados his-
3535
tóricos e atuais sobre o movimento e o desempenho das organizações.
É importante ressaltar que, na teoria, o BI é voltado para os da-
dos produzidos dentro da empresa, estruturados em tabelas de banco
de dados relacionais do seu sistema Integrado de Gestão Empresarial
(Enterprise Resource Planning - ERP) ou outros sistemas específicos
(MACHADO, 2018). A finalidade do BI é converter o volume de dados
em informações importantes para o negócio, que são obtidas por meio
de relatórios analíticos. Resumindo, o objetivo é sempre extrair a “inteli-
gência” dos dados; quanto maior o volume, menor é a capacidade ana-
lítica sobre uma massa de dados, conforme pode ser observado na Fi-
gura 10. (GARCIA, M., 2020). Por exemplo, o BI permite tomar decisões
com base em estatísticas adquiridas a partir de dados históricos, como:
1. Quantas reclamações de clientes tem-se por semana?
2. Qual a frequência e quantidade de produtos que são devol-
vidos por causa de defeitos?
3. Quantos clientes existem em determinado estado/cidade?
Os Sistemas SIG e o EIS proporcionaram base ao BI, pois eles
apresentam relatórios dinâmicos, prognósticos e previsões, análises de
tendências, dentre outros. Atualmente, as ferramentas de BI utilizam a in-
teligência artificial (IA) para a realização de análises. Essas ferramentas
oferecem vários benefícios às empresas, dentre eles: a geração de relató-
rios mais ágeis e precisos; melhorias para a tomada de decisões, das es-
tratégias e dos planos; eficiência nos processos; economia de custos etc.
Esses benefícios oferecidos às organizações facilitam a vida
dos gestores no planejamento e a tomada de decisão. É por isso que
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muitos gestores não hesitam em implantar o BI, apesar do alto custo de


investimento (SARAIVA, 2018).

Figura 10 – Proposito do BI.

Fonte: Garcia, M., 2020.


36
Por outro lado, as organizações que não implantam correta-
mente o BI podem sofrer desvantagens competitivas. Para evitar esse
obstáculo, é necessário que as empresas enfrentem os desafios que
são impostos pelas tendências do mercado e que compreendam as
funcionalidades que o BI pode oferecer e, por último, acate as práticas
sugeridas pelo mercado (SARAIVA, 2018).

Vídeo sobre o assunto: Business Intelligence (BI) na Prática.


Este vídeo apresenta um exemplo prático da aplicação da
tecnologia BI de uma forma sucinta e bem objetiva.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EYtr-
-63MSTA

Arquitetura de BI

A arquitetura BI não possui uma estrutura bem definida, portan-


to, ela pode ser implementada de várias maneiras. Uma arquitetura BI
inclui diversos componentes, desde servidores de alto desempenho a
sistemas inteligentes, que facilitam a transformação de dados brutos em
informações privilegiadas para os colaboradores, no entanto, de acordo

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com o nível hierárquico que cada um possui na organização. Segundo
Saraiva (2018), um modelo de arquitetura básica de BI pode ser base-
ado em três divisões:
• Dados brutos: consistem na extração de dados dos mais di-
versos bancos de dados da empresa, inclusive de sistemas legados
(sistemas antigos).
• Informações: incide na transformação dos dados em informa-
ções relevantes de acordo com os objetivos e interesses do negócio,
tendo em vista a implementação de Data Marts (repositório de dados)
particularizados.
• Conhecimento: refere-se à produção de conhecimento nos
diversos níveis da empresa, baseando-se na análise das informações
disponibilizadas aos usuários.
Além dessas três divisões da arquitetura BI, existem muitas
tecnologias que podem ser utilizadas para a criação de uma solução BI,
dentre elas:
• Data Warehouse: de acordo com Saraiva (2018, p. 138), um
37
Data Wharehouse é definido como um repositório de dados, ou seja, um
Data Mart que “armazena as informações oriundas dos diversos sistemas
de uma organização”. A Figura 11 auxilia na compreensão da diferença
entre Data Warehouse e Data Mart. Já a Oracle (Acesso em: 09/02/2021,
s/p.) define um Data Wharehouse como “um tipo de sistema de gerencia-
mento de dados projetado para ativar e fornecer suporte às atividades de
Business Intelligence”, principalmente para análises avançadas.

Figura 11 – Diferenciação entre Data Marts e Data Warehouses.


MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

• Data Mart: trata-se de uma base de dados, que é a menor


versão do Data Warehouse, visto que ela armazena apenas os dados
de uma determinada área de negócio da empresa. Normalmente, os
Data Marts são construídos e geridos somente por um departamento
da organização. Dessa forma, os dados para essa base de dados são
obtidos apenas de um pequeno número de fontes, como sistemas ope-
racionais internos, um repositório de dados centralizado ou fontes exter-
nas. Como os Data Marts são bem menores e menos complexos que os
Data Warehouses, eles são mais fáceis de construir e manter (NAEEM,
2021). Como exemplo de Data Mart, pode-se citar: os dados do depar-
tamento financeiro, que são as informações condensadas de vendas
por clientes e segmentos de mercado. Segundo Naeem (2021, s/p.), um
Data Mart possibilita “um acesso mais rápido aos dados, recuperando
38
um conjunto específico de dados para BI e relatórios”. E, consequente-
mente, ajuda a apressar os processos de negócios. A Figura 11 exem-
plifica três diferentes tipos de Data Marts: vendas, compras e clientes.
• Data Mining (Mineração de Dados): segundo Gaidargi (2019,
s/p.), Data Mining é “um processo usado para extrair dados utilizáveis de
um conjunto maior de dados brutos. Isso implica na análise de padrões de
dados em grandes lotes usando um ou mais softwares”. Já na definição
apresentada por Guimarães (2016, s/p.), o Data Mining “refere-se à extra-
ção de conhecimento ou mineração de grandes quantidades de dados”.
O termo “mineração de dados” surgiu a partir da analogia da mineração
de minérios, que são retirados das rochas, como os grandes volumes de
dados que existem nos dias de hoje (GUIMARÃES, 2016). A mineração de
dados pode ser empregada para (GAIDARGI, 2019): (I) predições automá-
ticas de padrões com base na análise de tendência e de comportamento;
(II) previsões baseadas em prováveis resultados e (III) análise de grandes
conjuntos de dados (banco de dados): do passado (exploração de dados)
e predição do futuro, o que é feito por meio de modelos estatísticos.
Como já mencionado, a mineração de dados é um processo
para detectar padrões relevantes do banco de dados. Por exemplo, por
meio de análises de padrões, é possível obter a indicação de que clien-
tes que possuem uma renda mensal de um salário mínimo têm maior
probabilidade de serem inadimplentes em compras parceladas. Assim,
esses dados ajudarão o gestor responsável a criar uma estratégia de
empréstimo mais eficiente para futuros clientes e, consequentemente,
promover a diminuição da inadimplência (GAIDARGI, 2019). A Figura

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


12 exemplifica o processo de mineração de dados, que é denominado
de KDD (Knowledge Discovery in Database, traduzido como Descober-
ta de Conhecimento em Banco de Dados). É importante salientar que
os termos KDD e Data Mining, costumeiramente, são utilizados, ou seja,
percebidos como sinônimos. No entanto, conforme visualiza-se na Fi-
gura 12, o KDD abrange todas as etapas para a descoberta do conhe-
cimento, já o Data Mining é apenas de uma etapa do processo KDD.
A mineração de dados pode ser aplicada em diversas áreas, como:
(I) marketing, que serve para descobrir as preferências do consumidor; (II)
controle de processos, que auxilia no planejamento; (III) transporte para
auxiliar a determinar distribuições de produtos; (IV) telecomunicações, que
serve para ajudar a determinar melhorias do serviço conforme o consumo;
(V) computação para medir o desempenho dos Sistemas de Gerenciamen-
to de Banco de Dados (SGBD) e, principalmente, (VI) Web, que ajuda a
determinar os perfis de usuários em redes sociais, comércio eletrônico etc.

39
Figura 12 – Estágios do Processo KDD.

Fonte: Guimarães, 2016 apud Fayyad, 1996.

• OLAP (Online Analytical Processing ou Processamento Analítico


On-line) Segundo a Microsoft (Acesso em: 11/02/2021), é “uma tecnologia
que é usada para organizar grandes bancos de dados empresariais e ofe-
recer suporte à Business Intelligence”. Os bancos de dados (BD) OLAPs
são armazenados e organizados hierarquicamente em cubos, ao invés de
tabelas (como os BD relacionais utilizam). Cada cubo é organizado e pro-
jetado para se adequar à maneira como o usuário almeja recuperar e ana-
lisar dados, desse modo, torna-se mais fácil criar e utilizar os relatórios de
MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

tabelas e de gráficos dinâmicos (MICROSOFT , acesso em: 11/02/2021)


como, por exemplo, exibição de totais de vendas por regiões do Brasil.
É por isso que grande parte das ferramentas de BI possuem re-
cursos de Processamento Analítico On-line (OLAP), normalmente, elas
também são denominadas de ferramentas OLAP. Essas ferramentas
são muito importantes em uma organização, pois elas permitem aos
seus usuários personalizar a forma como as informações úteis serão
apresentadas para, assim, gerarem relatórios capazes de responder às
questões gerenciais facilitando, consequentemente, a tomada de de-
cisão (ARAÚJO, 2007). Existem inúmeras ferramentas OLAP, dentre
elas: Microsoft Power BI, Tableau e ThoughtSpot.

Assunto: Processamento Analítico On-line (OLAP)


40
Link do assunto: https://support.microsoft.com/pt-br/
office/vis%C3%A3o-geral-do-processamento-anal%C3%ADti-
co-online-olap-15d2cdde-f70b-4277-b009-ed732b75fdd6; https://
transformacaodigital.com/dados/tudo-o-que-voce-precisa-saber-so-
bre-analises-olap/ e também no link https://www.mxm.com.br/blog/
conheca-alguns-tipos-de-ferramentas-de-business-intelligence/

• Processo ETL (Extract, Transform, Load): trata-se de um pro-


cesso mais decisivo e o mais lento da construção de um Data Warehouse/
Data Mart. O ETL é composto de três fases, conforme se vê na Figura 13.
1) Extração (Extract): consiste na primeira fase, cuja função é
extrair dados brutos de diferentes fontes de dados, ou seja, de diver-
sos sistemas de uma organização (SARAIVA, 2018). Posteriormente,
os dados capturados serão transformados para um único formato para
o tratamento adequado.

Figura 13 – Funcionamento do Processo ETL

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

2) Transformação (Transform): é a segunda fase. É nessa fase,


que é feito o descarte dos dados insignificantes, ou seja, a limpeza dos
dados. Em seguida, é feita a padronização dos dados com relação ao ta-
manho, tipo etc.; isto é, ocorre a substituição de caracteres estranhos, a
correção de erros de digitação, a padronização de unidades de medidas e
casas decimais dentre outros. Em suma, os dados passam por uma mu-
dança de acordo com as regras de negócio para, assim, serem analisadas.
3) Carregamento (Load), ou simplesmente carga, é a última
fase, que tem a função de carregar os dados tratados na etapa anterior
(transformação) para Data Warehouse/Data Mart (SARAIVA, 2018).
41
O processo ETL pode ser aplicado (UCOMMERCE , acesso
em: 15/02/2021) para: (I) a migração de dados de sistemas legados
para outros mais modernos; (II) a consolidação dos dados de fusões de
organizações; (III) a coleta e união de dados de fornecedores/parceiros
externos; (IV) a integração de dados de diversos sistemas; e (V) a cons-
trução de Data Warehouse.

Assunto: ETL
Link do assunto: https://www.cetax.com.br/blog/etl-extrac-
t-transform-load/ ; https://ucommerce.com.br/o-que-e-etl/ e tam-
bém no link: https://www.sas.com/en_us/insights/data-manage-
ment/what-is-etl.html

Ferramentas de Business Intelligence

Apesar de o BI poder ser feito somente com um conjunto de


planilhas do Excel; existem ferramentas mais sofisticadas para a inte-
gração e análise de dados, que são as ferramentas de BI. Essas ferra-
mentas são desenvolvidas para oferecer aos seus usuários algumas
funcionalidades, dentre elas, pode-se citar (GARCIA, M, 2020):
MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

• KPI (Key Performance Indicators): são os indicadores de desem-


penho, que servem para medir como está o comportamento da empresa.
• Dashboard: são os painéis visuais com os resumos das infor-
mações da empresa. Os dashboards podem ser separados por assunto
ou por departamento e, normalmente, são acessados por meio de na-
vegadores web.
Conforme já mencionado, existem diversas ferramentas de BI,
que podem tornar difícil escolher uma ferramenta em detrimento de ou-
tra. Um bom parâmetro para escolha de uma ferramenta pode ser o Qua-
drante Mágico do Gartner (Figura 14) que, segundo Schemes (2020),
consiste em “uma representação gráfica das atividades do mercado tec-
nológico”. Por esse quadrante, é possível visualizar as características e
funcionalidades das ferramentas pesquisadas e avaliadas pelo Gartner
Group. O Gartner divulga uma lista (anualmente) das empresas que
desenvolvem as melhores soluções tecnológicas e também de estraté-
gias de vendas, de marketing, de posicionamento geográfico etc. Logo,
as organizações estarem incluídas no quadrante mágico constitui um
42
prestígio, porque elas ganham uma grande credibilidade e visibilidade
no mercado (SCHEMES, 2020). O Quadrante Mágico do Gartner está
dividido em quatro partes, como se vê na Figura 14, que são:
• Leaders (Líderes): de acordo com Schemes (2020), são as
“companhias que podem direcionar os rumos do mercado. Suas ações
são muito relevantes e geralmente são copiadas por concorrentes”. As
ferramentas contidas nesse quadrante evidenciam uma grande compre-
ensão das necessidades do mercado, consequentemente, os clientes
tendem a estar mais satisfeitos com as soluções apresentadas pelas
empresas contidas nesse quadrante (SCHEMES, 2020).
• Challengers (Desafiantes): segundo Schemes (2020), as or-
ganizações presentes nesse quadrante são “caracterizadas pela ca-
pacidade de executar suas estratégias. Contudo, não contam com um
planejamento capaz de manter uma proposta de valor para os seus
clientes e pecam na inovação”. Entretanto, como essas ferramentas es-
tão logo atrás das ferramentas líderes, elas possuem grandes chances
de evoluir para o quadrante “Leaders”, uma vez que desenvolvam me-
lhor sua visão de negócios (SCHEMES, 2020).
• Visionaries (Visionários): as organizações presentes nesse
quadrante possuem uma visão de desenvolvimento do mercado, que
está compatível com os critérios do Gartner, ou seja, já apresentam alta
taxa de inovação e potencial para a expansão. Contudo, elas aparentam
algumas dificuldades na execução do plano de evolução. Comumente,
essas empresas são compradas por outras maiores que anseiam por ino-
var seus serviços (SCHEMES, 2020) e também diminuir a concorrência.

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

43
Figura 14 – O Quadrante Mágico da Gartner.
MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Qlik , acesso em: 12/02/2021

• Niche Players (Competidores de Nicho): trata-se de empresas


que possuem bons resultados em determinados nichos, porém, elas
enfrentam limitações para expandir. Normalmente, essa barreira ocorre
por falta de inovação, o que dificulta a competição com os concorrentes
(SCHEMES, 2020).

44
Assunto: Como funciona o Quadrante Mágico de Gartner?
Link do assunto: https://conteudo.movidesk.com/quadran-
te-magico-gartner/#:~:text=Competidores%20de%20nicho%20
(Niche%20players,atuar%20com%20uma%20abrang%C3%AAn-
cia%20maior.

Conforme visto anteriormente, as ferramentas classificadas


como “Leaders” são as mais bem avaliadas pelo Gartner. Dessa forma,
optou-se por apresentar mais informações somente sobre as ferramen-
tas contidas nesse quadrante, sendo elas:
• Microsoft Power BI: é definido por Scardina e Horwitz (Acesso
em: 12/02/2021, s/p., tradução nossa ) como uma “plataforma de Busi-
ness Intelligence que fornece aos usuários de negócios não técnicos,
ferramentas para agregar, analisar, visualizar e compartilhar dados”. Os
principais componentes do ecossistema Power BI são:
- Power BI Desktop: é um aplicativo gratuito que pode ser ins-
talado no computador desktop, que permite conectar seus dados, trans-
formá-los e visualizá-los. No geral, a interface do Power BI Desktop é
bastante intuitiva para os usuários do Microsoft Excel, conforme obser-
va-se na Figura 15. É por isso que, geralmente, ela requerer pouco trei-
namento para ser utilizada. Essa ferramenta é mais comumente utiliza-

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da para: (I) conectar aos dados, (II) transformar e limpar os dados para
assim criar um modelo de dados; (III) criar representações visuais dos
dados, por exemplo, por meio de gráficos; (IV) criar relatórios que são
conjuntos de representações visuais em uma ou mais páginas; (V) com-
partilhamento de relatórios com outras pessoas (MICROSOFT , 2020).
- Power BI Service: é o software como serviço (SaaS) baseado
na nuvem;
- Dispositivos Móveis do Power BI: é um software para disposi-
tivos móveis, como tablets e smartphones. Funciona no sistema opera-
cional Android e iOS;
- Power BI Report Server: que consiste em uma solução para a
geração de relatórios de BI em servidor local.

45
Figura 15- Dashboard no Power BI Desktop.

Fonte: Microsoft ., 2020.

Assunto: Como usar o Power BI


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Link do assunto: https://docs.microsoft.com/pt-br/power-


-bi/fundamentals/desktop-what-is-desktop e também no link: ht-
tps://docs.microsoft.com/pt-br/power-bi/fundamentals/desktop-
-getting-started

• Tableau: trata-se de uma plataforma de análise de dados que


facilita ao usuário a exploração, o gerenciamento de dados e também
torná-los mais acessíveis às pessoas através da visualização dos da-
dos. A Tableau foi criada em 2003 como um projeto de Ciência da Com-
putação na Universidade Stanford. Em 2019, essa ferramenta foi adqui-
rida pela empresa Salesforce. Os principais produtos que compõem a
ferramenta Tableau são (FIVEACTS, 2020):
- Tableau Desktop: que é uma ferramenta que possibilita a cria-
ção de painéis interativos para a construção de análises dos dados que
apoiarão a tomada de decisão. A Figura 16 ilustra um dashboard feito
na Ferramenta Tableau Desktop;
- Tableau Server: trata-se de um portal para o compartilhamen-
46
to das análises, ou seja, possibilita que os dados sejam acessados a
partir de diversos dispositivos com total interatividade, garantindo, além
disso, a mesma performance e segurança;
- Tableau On-line: é a versão em nuvem da ferramenta Tableau;
- Tableau Mobile: trata-se de uma versão disponível para dispo-
sitivos que utilizam os sistemas operacionais Android e iOS.

Figura 16 - Tela de Dashboard no Tableau.

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Fonte: Tableau , acesso em: 12/02/2021.

Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta Tableau


Este vídeo apresenta sucintamente como usar alguns dos
recursos do Tableau.
Link do Video: https://www.tableau.com/pt-br/products/
desktop#video

• Qlik Sense: é definido pela empresa também de nome Qlik


Sense (Acesso em: 16/02/2021, s/p.) como uma “plataforma completa
de análise de dados que estabelece o benchmark para uma nova ge-
ração de analytics”. Essa ferramenta possibilita a criação rápida de vi-
sualizações de dashboards muito mais intuitivos e simples, facilitando a
47
exploração dos dados etc. A Figura 17 ilustra um dashboard construído
na Ferramenta Qlik Sense.

Figura 17 - Tela de Dashboard no Qlik Sense.

Fonte: Qlik , acesso em: 16/02/2021.


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Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta Qlik Sense


Este vídeo apresenta sucintamente como usar alguns dos
recursos do Qlik.
Link do Video: https://www.in1.com.br/solucoes/qlik-sense

• ThoughtSpot: é definido pela empresa ThoughtSpot (Acesso


em: 16/02/2021, s/p, tradução nossa ) como “uma plataforma de Business
Intelligence e Big Data Analytics que ajuda o usuário a explorar, analisar
e compartilhar dados analíticos de negócios em tempo real facilmente”.
A Figura 18 ilustra um dashboard elaborado na Ferramenta ThoughSpot.

48
Figura 18 - Tela de Dasboard no ThoughSpot.

Fonte: ThoughtSpot , acesso em: 16/02/2021.

Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta Thou-

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ghtSpot
Os vídeos contidos no link apresentam brevemente os
principais recursos dessa ferramenta.
Link do Video: https://www.thoughtspot.com/thoughtspo-
t-5-0-searchiq

O QUE É BIG DATA?

O termo Big Data significa “grandes dados” e foi definido no


início dos anos 2000 pelo Gartner Group (acesso: 06/02/2021, s/p.,
tradução nossa ) como “ativos de alto volume, velocidade e varieda-
de de informação que exigem custo-benefício, de formar inovadoras de
processamento de informações para maior visibilidade e tomada de de-
cisão”. Portanto, conclui-se que o termo Big Data descreve um grande
volume de dados, sejam eles estruturado ou não, mas que impactam no
dia a dia dos negócios de qualquer organização (MACHADO, 2018). De
49
acordo com Córdova Júnior (2018), os dados podem ser classificados
em: dados estruturados, não estruturados e semiestruturados. A Figura
19 exemplifica a ideia por trás de cada tipo de classificação desses da-
dos e, a seguir, eles são conceituados.
• Dados estruturados: referem-se aos dados que possuem for-
mato e comprimento definidos, como: números e datas. Eles obedecem a
uma estrutura que foi projetada previamente e também uma representação
homogênea. Como exemplo de dados estruturados tem-se o banco de da-
dos (BD), pois neles os dados são estruturados conforme o esquema, que
aponta como as entidades do BD se relacionam entre si, abrangendo as ta-
belas e seus respectivos atributos (campos) e os tipos (formato dos dados).

Figura 19 – Diferenças entre os Tipos de Dados: Estruturados, Não estrutura-


dos e Semiestruturados.
MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Monteiro, acesso em: 22/02/2021.

• Dados não estruturados: trata-se dos dados que não adotam


um formato específico, como os que encontramos em imagens, vídeos
etc. É estimado que aproximadamente 80% dos dados gerados no mun-
do são dados não estruturados. Como exemplo desse tipo de dados, po-
de-se citar: as postagens de redes sociais, ou seja, os “sentimentos” que
são as opiniões emitidas sobre produtos, marcas, política etc. As opiniões
dos usuários das redes sociais são dadas através de posts/mensagens.
Analisar esses tipos de dados facilita a descoberta de dados, que fre-
quentemente ocorre em tempo real; o que, hipoteticamente, não seriam
conhecidos apenas analisando-se relatórios diários e rotineiros sobre da-
dos existentes e produzidos em uma empresa (MACHADO, 2018).
• Dados semiestruturados: esse tipo de dado é definido como
50
o meio termo entre os tipos de dados conceituados anteriormente. Essa
estrutura é mais flexível, pois facilita o controle pelo fato de possuir um
pouco de estrutura e também permitir uma maior flexibilidade. Como
exemplo desse tipo de dados, pode-se citar: os arquivos XML (eXtensib-
le Markup Language), JSON (Javascript Object Notation), dentre outros.

Assunto: Esquema de Banco de Dados


Link do assunto: https://www.lucidchart.com/pages/pt/o-
-que-e-um-esquema-de-banco-de-dados e também no link: http://
www.bosontreinamentos.com.br/bancos-de-dados/qual-a-diferen-
ca-entre-esquema-e-banco-de-dados/

Assunto: O que é XML?


Link do assunto: https://canaltech.com.br/software/xml-o-
-que-e/

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Assunto: O que é JSON?
Links do assunto: https://www.treinaweb.com.br/blog/o-
-que-e-json/

Os Cinco Vs do Big Data

A Figura 20 ilustra todos os 5 Vs do Big Data, que são conside-


rados os seus pilares. São eles: volume, velocidade, valor, veracidade e
variedade. Nos próximos parágrafos será apresentada uma breve des-
crição sobre cada um deles.

51
Figura 20 – Os 5 Vs que formam o pilar do Big Data

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

O volume refere-se à quantidade de informações armazena-


das. Atualmente, é possível armazenar um grande volume diário de da-
dos, como e-mails, transações bancárias, interação em redes sociais e
tráfego de linhas telefônicas (CÓRDOVA JÚNIOR, 2018).
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O volume de dados gerado diariamente é bem grande. Por


exemplo, o Facebook armazena cerca de 50 petabytes de informa-
ções produzidas pelos seus usuários.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse: https://www.
cetax.com.br/blog/big-data/

A velocidade se refere à rapidez com que os dados são cria-


dos, o que geralmente atinge uma velocidade bem alta e, por isso, de-
vem ser tratados em tempo real ou quase real, pois a agilidade com a
qual se adquire as informações é uma vantagem competitiva das em-
presas, já que cada vez mais elas necessitam de dados atualizados
sobre os seus negócios (CÓRDOVA JÚNIOR, 2018). A velocidade pode
restringir a operação de muitos negócios como, por exemplo, quando
utilizamos um cartão de crédito para pagar uma compra, se a aprova-
52
ção não ocorrer em segundos, poderá ocorrer a desistência da compra
ou então optar-se por outro meio de pagamento, como dinheiro. Caso
a escolha tenha sido pagamento em dinheiro, a operadora do cartão
de crédito deixará de obter o seu lucro devido à falha na velocidade de
transmissão e análise dos dados do comprador (cliente).
Já a variedade refere-se à grande diversidade dos dados ge-
rados na atualidade (MACHADO, 2018). Atualmente, os dados não são
mais sempre estruturados, como nos dos bancos de dados relacionais,
que são aqueles que adotam tabelas para representar os dados. Essa
mudança se deu devido à grande variedade de dados, como: documen-
tos de texto, dados de e-mail, vídeos, áudios, transações financeiras
e até uma “curtida” em uma rede social, tornando mais difícil a análise
desses dados (CÓRDOVA JÚNIOR, 2018).
A veracidade está relacionada à necessidade de garantir que
os dados coletados são autênticos e verdadeiros, pelo menos naquele
momento da coleta (MACHADO, 2018). Só assim se obterá dados con-
fiáveis, ou seja, de acordo com a realidade. O conceito de veracidade
está acoplado ao conceito de velocidade, que se dá devido à necessi-
dade de constantes análises em tempo real, pois dados do passado não
podem ser considerados dados verdadeiros para o momento da análise
(CÓRDOVA JÚNIOR, 2018).
E, por fim, o valor é considerado o “V” mais importante, pois é
quando acontece a validação para averiguar se o dado tem valor, isto é,
atende aos requisitos conforme os negócios da organização (MACHA-
DO, 2018).

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Vídeo sobre o assunto: O Big Data, um grande banco de


dados, é o tema do ‘Em Movimento’.
Este vídeo apresenta uma reportagem que mostra o que é
Big Data e onde eles são aplicados.
Link do Vídeo: https://g1.globo.com/globonews/jornal-glo-
bonews-edicao-das-16/video/o-big-data-um-grande-banco-de-da-
dos-e-o-tema-do-em-movimento-7875861.ghtml

Análise de Dados

A análise de dados (Data Science) trata-se da habilidade de ma-


53
nipular dados, ou seja, realizar análises que acarretem em um processo de
tomada de decisão mais efetiva, isto é, que permita obter indicadores de
desempenho (KPI). Antes de se realizar a análise dos dados, é importante
verificar a qualidade deles, pois, se eles forem ruins, proporcionará resulta-
dos também ruins; indiferentemente da ferramenta utilizada para a análise.
Essa análise é feita por meio de um conjunto de processos e,
como já dito, por ferramentas específicas para analisar grandes con-
juntos de dados, cujo objetivo é obter alguns insights determinantes, já
que são eles que possibilitam às empresas tomarem melhores decisões
e seguir boas direções estratégicas no seu negócio.
De acordo com Córdova Júnior (2018), existem diversas técni-
cas de análise de dados, dentre elas:
• Análise exploratória: esse tipo de análise permite o entendi-
mento do formato dos dados e de como eles estão distribuídos. Como
exemplo, considere que algum lojista queira visualizar os registros de
clientes para identificar possíveis compradores para a sua nova coleção
de sapatos; essa identificação poderia ocorrer através dos padrões de
compra do cliente, dentre outros. No entanto, essas análises podem
ser grandes demais para possibilitar uma análise manual ou então uma
análise estatística tradicional. Dessa forma, é melhor utilizar a técnica
de mineração de dados (Data Mining), que suporta a análise explorató-
ria (RAMAKRISHNAN; GEHRKE, 2011). Após a conclusão das análises
dos dados, ela servirá de apoio na tomada de decisão dos gestores.
• Análise preditiva: essa técnica possibilita prever os resultados
futuros com base em análise de dados do passado, o que possibilita
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que sejam tomadas decisões mais precisas. Esse tipo de análise é feito
por meio de métodos estatísticos e históricos, mineração de dados e
também através da inteligência artificial (IA). Portanto, a análise prediti-
va é recomendada para prever comportamentos futuros do mercado, do
consumidor e também compreender as tendências de consumo.
• Análise de agrupamento (Clustering): essa técnica proporcio-
na que seja feito o agrupamento dos objetos conforme seus atributos,
permitindo que ocorra a descoberta de relações existentes entre mode-
los de conjuntos de dados.
• Regras de associação: tem como objetivo procurar por padrões
ou relacionamentos que aparecem recorrentemente em bases de dados.

Aplicação do Big Data

A utilização do Big Data proporciona diversos benefícios, den-


tre eles: facilita a visualização dos cenários futuros, antecipa problemas,
54
proporciona o aumento expressivo na produtividade em organizações
de diversos segmentos, dentre outros. Diante desse cenário, houve um
impacto dessa abordagem em diversos setores do mercado, dentre eles
(SBCOACHING, 2019):
• Educação: nessa área, a utilização do Big Data facilita a ela-
boração de programas de ensino personalizados conforme as compe-
tências e padrões de aprendizagem dos estudantes.
• Saúde: nesse setor, o uso do Big Data tem como objetivo forne-
cer dados para facilitar a prevenção de epidemias/pandemias, detecção
de doenças em estágio inicial e redução dos custos dos tratamentos, pois
facilita os diagnósticos, que são feitos com base no histórico do paciente.
• Governo: já nesse setor, o Big Data ajuda a melhorar os ser-
viços prestados e na elaboração de políticas públicas por meio das aná-
lises dos dados de uma nação inteira. Outro exemplo seria a prevenção
ao terrorismo.
• Mídia e entretenimento: o Big Data é importantíssimo para esse
setor, pois, por meio da análise de dados, é possível prever os interesses
da audiência e melhorar a distribuição de mídias entre as plataformas.
Como exemplo desse setor, pode-se citar o Spotify, que agrupa dados de
milhões de usuários para oferecer sugestões de novas músicas.
• Transportes: nessa área, o Big Data pode ser adotado na
prevenção de acidentes, por meio da identificação de áreas de risco
para que, assim, sejam tomadas as devidas providências. Além disso,
possibilita um controle do tráfego muito mais preciso a fim de reduzir os
congestionamentos, comumente encontrados nos centros urbanos.

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• Marketing: o uso do Big Data nesse setor viabiliza o estreita-
mento do relacionamento com os consumidores e a criação de campa-
nhas mais eficazes. Atualmente, a possibilidade de coleta de dados nas
mídias sociais é muito importante para os profissionais de marketing,
pois estes conseguem ter acesso a um panorama completo e segmen-
tado de seus públicos alvo.

Assunto: Diferença entre Big Data e Business Intelligence


Links do assunto: https://canaltech.com.br/business-in-
telligence/A-diferenca-entre-Big-Data-e-Business-Intelligence/ ;
https://bdasolutions.com.br/blog/2019/06/28/business-intelligen-
ce-x-big-data-qual-a-diferenca/ ; https://www.knowsolution.com.
br/entenda-principais-diferencas-big-data-business-intelligence/ e
55
também no link: https://www.cetax.com.br/blog/qual-a-diferenca-
-entre-data-warehouse-big-data-e-business-intelligence/
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56
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MJSP Prova: Cientista
de Dados Nível: Difícil.
O BI (Business Intelligence) de uma organização pode contar com
um portal BA (Business Analytics Portal) que constitui uma peque-
na parte do processo geral para fornecer suporte aos negócios.
Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta corretamente
o objetivo do portal de BA e suas ferramentas.
a) Fornecer informações aos tomadores de decisão em nível operacional.
b) Fornecer informações aos tomadores de decisão em nível estratégico.
c) Fornecer informações aos tomadores de decisão em nível de BI.
d) Fornecer informações aos tomadores de decisão em nível de traba-
lhadores do conhecimento.
e) Fornecer informações aos tomadores de decisão em nível tático.

QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: TCE-MG Prova: Analista de Con-
trole Externo Nível: Médio.
Um dos desdobramentos de big data é o big data analytics, que se
refere aos softwares capazes de tratar dados para transformá-los
em informações úteis às organizações.
O big data analytics difere do business intelligence por:
a) priorizar o ambiente de negócios em detrimento de outras áreas.

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b) analisar dúvidas já conhecidas para as quais se deseje obter resposta.
c) analisar o que já existe e o que está por vir, apontando novos caminhos.
d) dar enfoque à coleta, à transformação e à disponibilização dos dados.
e) analisar o que já existe, definindo as melhores hipóteses.

QUESTÃO 3
Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MJSP Prova: Cientista
de Dados Nível: Difícil.
Em um BI, existem grandes desafios para descrição e visualização
dos dados. Assinale a alternativa que apresenta o principal desses
desafios.
a) A definição de uma estrutura de armazenamento de dados que pos-
sibilite a sua recuperação de forma rápida e dinâmica.
b) A captura e o tratamento dos dados de forma que possam ser orga-
nizados em estruturas multivariadas para a apresentação das informa-
ções de forma clara e objetiva.
c) A definição de resumos apropriados e a exibição desses resumos de
57
forma que a complexidade do processo de negócios seja compreensível
para o usuário.
d) A clareza na implementação da camada de apresentação de modo que
o usuário compreenda como a informação foi extraída e apresentada.
e) A falta de ferramentas e processos de testes da carga de dados para
aprimorar a apresentação das informações ao usuário.

QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Analista em Gestão Es-
pecializado de Defensoria – Analista de Banco de dados Nível: Médio.
Uma das características fundamentais de um ambiente de data wa-
rehouse está em:
a) servir como substituto aos bancos de dados operacionais de uma
empresa, na eventualidade da ocorrência de problemas com tais ban-
cos de dados.
b) ser de utilização exclusiva da área de aplicações financeiras das em-
presas.
c) proporcionar um ambiente que permita realizar análise dos negócios
de uma empresa com base nos dados por ela armazenados.
d) ser de uso prioritário de funcionários responsáveis pela área de tele-
marketing das empresas.
e) armazenar apenas os dados mais atuais (máximo de 3 meses de
criação), independentemente da área de atuação de cada empresa.

QUESTÃO 5
MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MJSP Prova: Cientista


de Dados - Big Data Nível: Fácil.
O Big Data é definido como coleções de dados cuja quantidade é tão
grande que é difícil armazenar, gerenciar, processar e analisar esses
dados por meio de bancos de dados tradicionais. Nos últimos anos,
houve um crescimento exponencial nos dados estruturados e não es-
truturados gerados pela tecnologia da informação da indústria e saú-
de por meio da internet das coisas (IoT), por exemplo. Sabendo disso,
assinale a alternativa que apresenta corretamente as cinco caracterís-
ticas, também conhecidas como os cinco “vês”, de um big data.
a) Valor, viabilidade, visibilidade, velocidade, volume.
b) Volume, vertente, valor, virtualidade, vitabilidade.
c) Viabilidade, vitalício, virtual, velocidade, valor.
d) Velocidade, volume, veracidade, variedade, valor.
e) Veracidade, viabilidade, volume, virtualidade, variedade.

58
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
É comum ver pessoas adotando os termos: Business Intelligence (BI) e
Big Data como se fossem sinônimos. No entanto, isso não é verdade.
Esse equívoco pode comprometer o emprego correto dessas tecnolo-
gias, o que não possibilitará alcançar benefícios ao usá-las.
Sobre o enunciado acima, discorra sobre as principais diferenças entre
BI e Big Data.

TREINO INÉDITO
É definido como um repositório de dados. O armazenamento dos
dados é feito em um formato no qual as informações são consoli-
dadas por assunto ou categoria, o que facilita a extração de relató-
rios para a análise de grandes volumes de dados. Após a fase que
os dados foram consolidados é possível extrair relatórios.
O enunciado se refere a:
a) Data Mart
b) Data Warehousing
c) mineração de dados (Data Mining).
d) extração, transformação e carga (ETL)
e) processamento analítico on-line (OLAP)

NA MÍDIA
MAIORIA DEFENDE ANÁLISE PRÉVIA ANTES DE VENDER ESTA-
TAIS, APONTA BIG DATA
A pesquisa realizada pelo Instituto Ideia Big Data apontou que a pri-

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vatização das empresas estatais deve ser analisada caso a caso. De
acordo com a pesquisa, 21% dos entrevistados são totalmente favorá-
veis à privatização das estatais. Já para 45% dos entrevistados, para a
privatização acontecer, deve-se levar em conta dois fatores: depender
do setor/área e se as contas estão fechando no azul ou no vermelho.
Por outro lado, 19% dos entrevistados são a favor da privatização de
qualquer estatal, independente do setor e das suas condições financei-
ras. Apenas 15% dos entrevistados não souberam opinar. A margem de
erro dessa pesquisa é de 2,25 pontos para mais ou para menos.
Essa pesquisa também contemplou opiniões específicas sobre quais
estatais deveriam ser privatizadas. Dentre elas, os Correios foi a em-
presa que apareceu em primeiro lugar. Opostamente, o Banco do Bra-
sil, a Caixa Econômica e a Petrobrás possuem uma certa resistência
dentre os entrevistados. Outro questionamento feito pelo instituto foi:
se eles seriam favoráveis à privatização se as agências públicas garan-
tissem que os novos proprietários não cobrassem preços considerados
abusivos e que oferecessem serviço de qualidade para a população. O
59
resultado foi: 39% foram a favor, 15% contrários e 30% disseram que
depende da estatal. Conclui-se que houve um pequeno aumento no
percentual de pessoas favoráveis.
Fonte: UOL
Data: 11 de fevereiro de 2021.
Leia a notícia na íntegra: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-
-conteudo/2021/02/11/maioria-defende-analise-previa-antes-de-ven-
der-estatais.htm

NA PRÁTICA
A Toyota Motor Sales USA é uma distribuidora de automóveis e cami-
nhões. Essa empresa norte-americana compra, principalmente, os carros
da fábrica da Toyota localizada no Japão. Um veículo de médio porte cus-
ta em torno de US$ 8,00 por dia durante o período de transporte. Levando
em conta que o período de transporte costuma levar de 9 a 10 dias, o
custo total por carro é de cerca de US$ 80,00. Fazendo as contas de 2
milhões de carros transportados por ano, isso daria um custo em torno de
160 milhões de dólares para a empresa Toyota Motor Sales USA.
No passado, os departamentos não tinham sucesso no compartilhamen-
to de informações ou, então, os relatórios eram produzidos tardiamente.
Outro problema que ocorria, era o fato de os sistemas de relatórios so-
brepostos oferecerem dados que nem sempre eram precisos (exatos).
Como resultado, a empresa utilizava inúmeros relatórios imprecisos e
dados sem direção, o que dificultava as tomadas de decisões rápidas
por parte da gerência. A situação era ainda pior no setor dos Serviços
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Logísticos da Toyota (TSL), que era o setor que geria o transporte dos
veículos. Pois, esse setor (TSL) exige que o rastreamento seja preciso e
o correto gerenciamento da cadeia de fornecimento para garantir que os
carros sejam enviados corretamente para os revendedores cumprindo o
cronograma. Porém, o agendamento manual, por exemplo, entrada de
dados errada no momento em que o navio chegou ao estaleiro, podia
acarretar em erros que persistiriam em toda a cadeia de fornecimento.
Diante desses problemas, a solução foi passar a utilizar um Data Wa-
rehouse (DW) da Oracle e tecnologia Business Intelligence (BI). Assim,
foi criado um novo sistema que também incluía o recurso de Dashboard
da Hyperion, que possibilita aos gerentes/executivos visualizarem as
áreas/setores que carecem de atenção e, assim, averiguarem a fim de
identificar os problemas com exatidão e suas causas. Em poucos dias,
já foi possível observar bons resultados, como o sistema auxiliou a des-
cobrir que a empresa era cobrada duas vezes, aproximadamente US$
800.000), por um envio especial por meio de trem. Dessa forma, o retorno
de investimento que a Toyota alcançou após investir em BI foi de 506%.
60
Fonte: INFANTE, Suelen. 2017. Case de Sucesso Toyota. Disponível
em: https://gestaounisalblog.wordpress.com/author/suelenci/ >. Acesso
em: 23/02/2021.

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61
INTELIGÊNCIA ARTIFICIL E OS BENEFÍCIOS
DA AUTOMAÇÃO DE MARKETING
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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

De acordo com Cabral (2018, s/p.), a inteligência artificial ou


simplesmente IA “se refere à criação de máquinas, não necessariamen-
te com corpo físico, com a habilidade de pensar e agir como humanos.
Softwares que conseguem abstrair, criar, deduzir e aprender ideias”. Já
para Ledur (2018), a IA pode ser simplificada como “o quão perto ou
quão bem um computador pode imitar ou ir além quando comparado
ao ser humano” (LEDUR, 2018, p. 58). Em suma, pode-se dizer que o
objetivo da IA é facilitar tarefas do dia a dia, prosperar em pesquisas
científicas e modernizar as indústrias (CABRAL, 2018).
É fato que a IA está cada vez mais presente no cotidiano das
pessoas, como por exemplo as assistentes virtuais: Cortana, Siri e o
6262
Google Assistent, as quais estão em contato direto com os usuários,
principalmente, a última (Google Assistent). Além das assistentes virtu-
ais, existem outras tecnologias que estão presentes no nosso quotidia-
no, que também operam com IA, como o app Fotos, que reconhece o
conteúdo das imagens e permite que seja feita uma pesquisa por nome
de um objeto ou ação; o YouTube, que tem a capacidade de transcre-
ver áudio e gerar legendas (em torno de dez idiomas distintos) para os
vídeos; o Gmail, que fornece respostas automáticas, recurso de auto-
completar frases nos e-mails; e por fim, o Spotify e a Netflix, que usam
os recursos da IA para compreender as preferências dos seus usuários
para, assim, recomendarem músicas e filmes, respectivamente.
No entanto, ensinar computadores a “pensar” não é uma tarefa
fácil. De acordo com a Salesforce (acesso em: 16/02/2021, s/p.), “a
questão de como estamos ensinando os computadores a pensar passa
por várias áreas da ciência da computação como Machine Learning,
Deep Learning, Processamento de Linguagem Natural e assim por dian-
te”. Além disso, Salesforce reforça que essas três áreas sinalizam que
no futuro as plataformas e sistemas terão uma inteligência satisfatória
para aprender com os dados e interações produzidas pelos humanos. A
seguir será apresentado o conceito dessas três áreas.
• Machine Learning (Aprendizado de Máquina): esse concei-
to envolve máquinas (computadores) utilizando dados para aprender,
no entanto, com o mínimo de programação. Dessa forma, ao invés de
programar as regras para a máquina e aguardar o resultado, com essa
técnica, é possível que ela aprenda essas regras por conta própria com

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base nos dados que ela recebeu, chegando, assim, a um resultado de
forma autônoma (SALESFORCE , acesso em: 16/02/2021). Existem
três tipos de aprendizado de máquina, que são (TANAKA, 2018):
i. Aprendizado Supervisionado: que pode ser definido como al-
goritmo de classificação ou algoritmo de regressão, pois consiste em in-
formar ao computador o que é cada entrada e ele aprende quais são as
características daquelas entradas que se tornam o que são. Por exem-
plo, considere uma entrada de dois tipos possíveis: gato ou não gato.
O treinamento consistirá em dizer ao programa que “vê” uma imagem
se ela é de um gato ou não. Se isso é feito repetidas vezes com diver-
sas imagens diferentes chegará uma hora que o programa aprenderá a
identificar os atributos que uma imagem de gato deve possuir;
ii. Aprendizado não supervisionado: nesse tipo de aprendizado,
não é informado ao computador do que se trata aquela entrada, que é o
contrário do que ocorre no aprendizado supervisionado, onde os dados
são rotulados. Por exemplo, ainda considerando o exemplo anterior (da
classificação de imagens), porém, no contexto desse tipo de aprendi-
63
zado, o programa aprenderá a classificar as imagens em dois grupos
distintos. Assim, ao se deparar com uma nova imagem, baseando-se
em suas características, o programa será capaz de identificar a qual
grupo a imagem pertence;
iii. Aprendizado por reforço: segundo Moraes (2018, p. 71), esse
tipo de aprendizagem é empregado quando “as saídas não estão bem
definidas e as repostas só podem ser aferidas após algumas execuções”.
Por exemplo, considere que um programa que é responsável por con-
duzir um veículo autônomo deverá aprender a andar pelas ruas e trans-
portar passageiros. Algumas formas de otimizar essa tarefa são: que o
veículo saiba o que fazer se imprevistos ocorrerem à sua volta; que ele
chegue ao seu destino no menor tempo possível; no entanto, é preferível
que ele demore um pouco mais de tempo a causar acidente(s). É por isso
que esse tipo de aprendizado é por reforço, pois, dada uma ação ao pro-
grama, ele deverá saber qual situação priorizar; dependendo da circuns-
tância. Uma das formas de ensinar ao computador a prioridade de cada
ação é vincular recompensas e punições de acordo com os possíveis
resultados. Por exemplo, o programa do carro autônomo poderá receber
uma punição maior, caso ele cause um acidente. Contudo, se ele demo-
rar para chegar ao local de destino, a punição será menor. Dessa forma,
o programa aprenderá quais ações deverá priorizar (TANAKA, 2018).
• Deep Learning (Aprendizado Profundo): segundo Salesfor-
ce (acesso em: 16/02/2021, s/p.), esse conceito refere-se “à parte do
aprendizado de máquina que utiliza algoritmos complexos para imitar a
rede neural do cérebro e aprender uma área do conhecimento com pou-
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co ou nenhuma supervisão”. Os algoritmos de aprendizado profundo


possuem capacidade de reconhecer voz, linguagem natural e imagens,
tudo por conta própria (SALESFORCE , acesso em: 16/02/2021).
• Processamento de Linguagem Natural (PLN): de acordo com
Salesforce (acesso em: 16/02/2021, s/p.) essa abordagem “utiliza as téc-
nicas de machine learning para encontrar padrões em grandes conjuntos
de dados puros e reconhecer a linguagem natural”. Como exemplo tem-
-se a análise de sentimentos, que se trata de algoritmos que procuram
por padrões em postagens em redes sociais para que possam compre-
ender os sentimentos (opiniões) dos clientes em relação a determinadas
marcas e/ou produtos (SALESFORCE , acesso em: 16/02/2021).

Onde se pode encontrar Inteligência Artificial?

É crescente o uso de inteligência artificial em diversos lugares e


áreas/setores, como por exemplo: em carros autônomos, na indústria, em
64
sistemas de atendimento, redes sociais, no buscador de internet etc. Se-
gundo Cossetti (acesso em: 16/02/2021, s/p.), o Google é um exemplo de
uma organização AI-first, “ou seja, todos os seus produtos têm processos
de machine learning”, deste modo, essa abordagem é encontrada no Gmail
para aprimorar o filtro de spam; no Google Tradutor para melhorar a quali-
dade do texto traduzido e também no reconhecimento de voz do Android.
Ainda nesse contexto, serão apresentados a seguir alguns se-
tores que também utilizam a IA (LEDUR, 2018):
• Finanças: sistemas complexos de IA são utilizados para to-
mar decisões e realizar negociações mais rápidas que qualquer ser hu-
mano. Atualmente existem muitos bancos e fundos de investimentos
que são administrados por esses tipos de sistemas.
• Indústria: é bastante comum o uso de robôs nas indústrias,
pois eles são utilizados para realizar as tarefas que são consideradas
perigosas para os humanos, como trabalhos muito repetitivos, o que
poderia levar a erros ou acidentes devido a uma distração.
• Medicina: o uso de IA auxilia em diversos aspectos na medi-
cina como: (I) interpretação assistida por computador de imagens mé-
dicas; (II) robôs para cuidar de idosos e gerenciamento de medicação;
(III) previsão da probabilidade de morte por meio de procedimentos ci-
rúrgicos; (IV) simulações e (V) criação de novos medicamentos.
• Mídias: a utilização da análise de mídia baseada em IA se dá
por tornar mais fácil a pesquisa de mídia e o monitoramento de política
do seu conteúdo, produtos ou rostos de celebridades para inserir em
anúncios relevantes.

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• Transporte: atualmente, diversos veículos já possuem recur-
sos baseados em IA, como estacionamento sem manobrista e controles
de cruzeiros avançados. A previsão para o futuro é que os carros sejam
totalmente autônomos.

Filme sobre o assunto: A.I. – Inteligência Artificial (Dirigido


por: Steven Spielberg, 140 min, 2001).
Observação:
Esse filme apresenta a história do primeiro robô criança
programado para amar que é adotado pela família do funcionário
da empresa que o desenvolveu. O longa aborda a capacidade de
criar máquinas com sentimentos.

65
REALIDADE VIRTUAL

A Realidade Virtual (ou simplesmente RV) é definida por Velasco


(2019, s/p.) como “um ambiente virtual no qual o usuário pode se inserir
como se estivesse mesmo ali, mas tudo não passa de um sistema com-
putacional. A tecnologia induz efeitos visuais e sonoros, permitindo total
imersão no ambiente simulado virtualmente”. Por meio de um conjunto
de hardwares (óculos, luvas sensíveis a movimentos), é possível obter a
sensação de uma realidade que não existe no local, ou seja, uma realida-
de virtual (SACOMANO et al, 2018), conforme ilustra a Figura 21.

Figura 21 – Utilização da Realidade Virtual por meio de óculos.


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Fonte: Pixabay , 2020.

Um dos hardwares bastante usados para imergir o usuário no


mundo virtual são os óculos (ou headsets) de realidade virtual. Uma
curiosidade que normalmente surge é como esses óculos conseguem
dar essa sensação de imersão? Bom, para esbouçar a realidade, uma
imagem plana não é suficiente, pois a realidade virtual cria uma ilusão
de profundidade por meio da estereoscopia, em que duas imagens di-
ferentes são geradas, ou seja, há a criação de uma imagem para cada
olho. Dessa forma, o cérebro consegue interpretar as duas imagens
como apenas uma, dando a sensação de realidade para a pessoa que
está usando os óculos (VELASCO, 2019).
Como exemplo de utilização de realidade virtual, pode-se citar:
uso em filmes, jogos, simuladores de voos para treinar pilotos de avião
sem a necessidade de que o piloto esteja realmente voando; treinamento
de soldados no exército estadunidense; e para psicólogos tratarem as
66
fobias de pacientes. A grande vantagem disso é treinar as pessoas seja
para serem pilotos de avião, soldados do exército e curar fobias das pes-
soas sem colocá-las em perigo, pois estarão realizando suas ações no
ambiente simulado. Atualmente, existem óculos mais modernos que pos-
sibilitam a interação do usuário através de movimentos de sua cabeça,
como os óculos 3D utilizados no cinema, em que a visão é completamen-
te sobreposta, dessa forma, a imagem não permanecerá estática em um
ponto, ou seja, ela acompanhará qualquer movimentação que o usuário
faça e, além disso, permitirá que o usuário tenha uma visão completa do
ambiente virtual em que está inserido (VELASCO, 2019).

Vídeo sobre o Assunto: A História da Realidade Virtual


Este vídeo apresenta a história da RV, porém, de forma su-
cinta e objetiva.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=DjkIhyr-
Szvw

Realidade Aumentada

A Realidade Aumentada (RA) é também denominada de reali-

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dade ampliada; tem sido uma das maiores tendências tecnológicas da
atualidade. De acordo com a Interaction Design Foundation (acesso
em: 17/02/2021, s/p., tradução nossa ), a RA é definida como “elemen-
tos digitais para que apareçam em visões do mundo real, às vezes com
a interatividade limitada entre eles, geralmente por meio de smartpho-
nes”. Por exemplo, como o jogo mais famoso de tecnologia AR que foi o
Pokémon Go, lançado em 2016. Nesse jogo, seus usuários localizam e
capturam personagens Pokémon que surgem no mundo real, como em
calçadas, parques, escolas, dentre outros lugares.
Além da utilização em jogos, o RA também pode ser empregado
em outras coisas presentes no nosso cotidiano, como por exemplo (THE
FRANKLIN INSTITUTE , acesso em: 17/02/2021, s/p., tradução nossa ):
• jogos de futebol transmitidos pela TV, em que as emissoras
utilizam RA para desenhar as linhas no campo para ilustrar, analisar as
jogadas etc.;
• pilotos de caça militar, através do seu capacete, visualizam
uma projeção de RA sobre sua altitude, velocidade, dentre outros. Des-
67
sa forma, evita que o piloto perca o foco ao ter que olhar para baixo para
ver essas informações;
• médicos neurocirurgiões podem recorrer ao recurso de aces-
so a uma projeção RA de um cérebro 3D para auxiliá-los nas cirurgias;
• aplicativos de RA que permitem a visualização de como deter-
minado móvel ficará em um ambiente específico.
• uso em pontos turísticos, históricos, curiosidades, opções de
passeios etc. Geralmente, o acesso ocorre por meio das etiquetas com
código QR, que são bons exemplos de RA. Essas etiquetas ficam em
locais comumente visitados por turistas. A etiqueta é o marcador do
mundo físico que é lida por algum software de dispositivo móvel e, as-
sim, fornece as informações aos usuários.

Assunto: Visita ao muro de Berlim, na Alemanha.


O app Timetraveler auxilia o usuário/turista a saber mais
sobre a história do muro de Berlim através de cenas históricas
marcantes que são projetadas sobre a paisagem atual da cidade.
Link do Video: https://www.youtube.com/watch?v=CY-
9f6UJZlmM&feature=emb_logo

Diferenças entre a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada


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Basicamente, a diferença está na forma de interação com o


mundo real; isto é, na realidade virtual, ocorre a projeção de experiên-
cias imersivas no mundo virtual. Consequentemente, o usuário é isola-
do do mundo real por meio de dispositivos, como óculos e fones de ou-
vido. Já na Realidade Aumentada, o usuário não fica isolado do mundo
real, o que ocorre é a projeção de elementos (objetos) digitais em visões
do mundo real, como ocorre no jogo Pokémon Go, cujas personagens
apareciam em ambientes reais (parques, ruas) para serem capturados.
A Figura 22 exemplifica bem a diferença entre RV e RA.

68
Figura 22 - Exemplificação da diferença entre RA vs RV.

Fonte: Adaptado de The Franklin Institute , acesso em: 17/02/2021.

Vídeo sobre o Assunto: A História da Realidade Aumentada


Este vídeo apresenta a história da RA, porém, de forma
sucinta e objetiva.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ZC1rII-
u9ni4

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Realidade Virtual e Aumentada utilizada no E-commerce

É sabido que, assim como a IA, a realidade virtual (RV) tam-


bém vem impactando múltiplos setores do mercado, pelo fato de a RV
poder ser empregada de diversas maneiras, uma delas é para poten-
cializar os negócios, como o e-commerce (comércio on-line). Segundo
Rock Content (2020, s/p.):

a partir dessa tecnologia, a experiência de compra pode se tornar mais prá-


tica, eficiente e segura. Entender como funciona e os benefícios dessa mo-
dalidade de vendas é o primeiro passo para que as empresas ganhem com-
petitividade no mercado.

A vantagem de se aplicar a tecnologia RV no e-commerce está


em uma nova forma dos clientes se comunicarem com as lojas virtu-
ais, pois, além de selecionar e escolher produtos, eles também pode-
69
rão interagir com os produtos para, assim, avaliá-los antes de finalizar
a compra. Dessa forma, os varejistas têm visto nessa tecnologia uma
forma de impulsionar vendas nos varejos, aumentar a competitividade e
também melhorar a experiência de compra do seu cliente.
De acordo com Tode (acesso em: 17/02/2021, s/p., tradução
nossa ), o novo relatório do Center for Advancing Retail & Technology, inti-
tulado de “Retail Innovation: U.S. Retail Technology Insights and Analysis”
afirma que poucos varejistas compreendem que o mundo mudou. E mui-
tos ainda estão lutando para integrar dispositivos móveis em suas estra-
tégias de negócio, mesmo no atual ritmo da inovação tecnológica. Entre-
tanto, os varejistas precisam acompanhar as inovações para que possam
se manter “vivos” no mercado, pois chegará um momento em que a RV
se tornará uma exigência nele, pelo fato de proporcionar comodidade aos
consumidores, isto é, poderão estar em suas casas realizando compras
on-line com a mesma experiência que teriam na loja física.
A ideia ao implantar a RV nas lojas virtuais é que elas se tor-
nem quase reais, isto é, os consumidores poderão visualizar o produto
por todos os ângulos, como fariam se estivessem em uma loja física,
em que seguraria o produto em suas mãos, experimentaria e o avaliaria
antes de pagar por ele (ROCK CONTENT , acesso em: 17/02/2021).
Atualmente, no mercado já existem exemplos de empresas
que adotam a RV e a RA, que são (MAGALHÃES, 2019):
i. Amazon: essa empresa abriu quiosques virtuais, ou seja, que
usam a tecnologia RV ao invés de criar lojas físicas em dez shoppings da
Índia. A adoção dessa tecnologia possibilitou que os clientes interagissem
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com os produtos antes de realizarem a compra. Mas antes disso, o clien-


te realizava um passeio de balão, conforme ilustra a Figura 23.

Figura 23 – Passeio de balão virtual proporcionado pela Amazon.

Fonte: Magalhães, 2019.


70
ii. IKEA: trata-se de uma empresa especializada em móveis e
utensílios domésticos, que adota a RA, por meio de um aplicativo, para
auxiliar seus consumidores a projetar e visualizar o ambiente, como o
ambiente de uma cozinha, por exemplo. Dessa forma, os clientes po-
dem ver como o ambiente ficará antes mesmo dos móveis serem insta-
lados, conforme ilustra a Figura 24.

Figura 24 – Utilização do Aplicação da Ikea.

Fonte: Magalhães, 2019.

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


Vídeo sobre o Assunto: Aplicativo da loja Ikea
Este vídeo exibe uma demonstração do aplicativo da loja
de móveis Ikea que permite visualizar o catálogo de produtos pela
câmera do dispositivo móvel.
Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=vDNz-
TasuYEw

iii. Alibaba: É a maior varejista da China que é totalmente digi-


tal. Para melhorar o atendimento e a experiência dos seus consumido-
res, a Alibaba adotou a RV para possibilitar que os clientes passem pe-
los “corredores” de uma loja virtual, conforme visualiza-se na Figura 25.
Assim, eles poderão visualizar diversos produtos e realizar a compra.

71
Figura 25 – Utilização da Aplicação da Alibaba.

Fonte: Magalhães, 2019.

iv. Shopify: é uma plataforma de e-commerce que permite ao


consumidor experiências imersivas através da tecnologia RA. Tal tec-
nologia possibilita que os produtos sejam visualizados no ambiente que
deseja para que se possa ter noção do tamanho e dos detalhes do pro-
duto, conforme visualiza-se na Figura 26.

Figura 26 – Utilização da aplicação da Shopify.


MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Magalhães, 2019.

v. Maybelline: é uma empresa de cosméticos que pertence à


multinacional L’oréal. Uma de suas evoluções foi o lançamento de um
aplicativo que utiliza a foto das mãos das clientes (consumidoras) para
simular como ficaria suas unhas pintadas com uma das cores disponí-
veis dos esmaltes (MAGALHÃES, 2019), conforme ilustra a Figura 27.

72
Figura 27- Exemplificação do uso do aplicativo da Maybelline.

Fonte: Magalhães, 2019.

MARKETING DIGITAL

Segundo NeilPatel (acesso em: 18/02/2021, s/p.), marketing di-


gital é definido como “um meio de se comunicar com possíveis clientes
de forma online e dinâmica, seguindo as tendências tecnológicas”. Ou
seja, trata-se de um conjunto de táticas digitais que são implementadas
através de canais como SEO, e-mails, mídias pagas , com o objetivo de
adquirir clientes, sobressair uma marca e se conectar com o público-alvo.
Os principais conceitos de marketing digital são (NEILPATEL ,
Acesso em: 18/02/2021):

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


• Persona: trata-se do perfil de cliente ideal. Possui caracte-
rísticas bem específicas, como nome, idade, renda, estilo de vida etc.
Normalmente, a persona é definida através da observação da carteira
de clientes da organização.
• Lead: refere-se ao cliente em potencial, ou seja, é aquele
consumidor que evidenciou interesse no produto ou serviço da organi-
zação. Por exemplo, uma pessoa que visitou a página da organização e
forneceu dados pessoais para receber e-mails de promoção.
• Funil de vendas: consiste em todo o percurso percorrido pelo
cliente, também denominado de Jornada do Consumidor, que vai desde
o período que ele adquire a informação da existência da marca de uma
determinada empresa até o momento em que o consumidor efetua a
compra do produto oferecido por essa marca.
• Landing Page: trata-se de páginas que possuem o objetivo de
transformar visitantes em leads. Essas páginas possuem poucos ele-
mentos quando comparadas a uma página tradicional, pois a meta é
73
fazer o usuário realizar uma ação, como assinatura de newsletters.
• SEO (Search Engine Optimization): refere-se a um conjunto
de técnicas para otimizar os mecanismos de busca para que, assim, as
organizações obtenham mais visibilidade e, consequentemente, mais
oportunidades de vendas de seus produtos/serviços.
• CTA (Call To Action): significa um convite a uma ação, isto é,
convidar o cliente que está acessando o conteúdo da página da empre-
sa ao próximo passo, que pode ser desde uma forma mais próxima de
interação até a efetivação de uma compra.
• Fluxo de Nutrição: consiste em um fluxo de e-mails programa-
dos pela organização para nutrir (estreitar) o seu relacionamento com
seus clientes.

Assunto: Leads: o que são, como gerá-los e nutri-los?


Link do Assunto: https://www.organicadigital.com/blog/o-
-que-sao-leads/

Vantagens do Marketing Digital

O uso do marketing digital trouxe diversas vantagens tanto para


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as empresas quanto para os consumidores, além disso, estreitou as rela-


ções entre o público e as marcas. Uma das principais motivações para o
sucesso do marketing digital se dá devido à interatividade com o público,
cujo foco está voltado para a experiência do usuário, e não mais para o
produto. Outra vantagem do marketing digital é a possibilidade de analisar
e medir o quão efetivas foram as campanhas publicitárias e os anúncios
veiculados. Antes, no marketing tradicional, era bem difícil medir se um
cliente foi convencido a comprar um produto ou serviço devido à campanha
publicitária; consequentemente, não dava para avaliar se sua estratégia
fora efetiva. Felizmente, nos dias de hoje, é possível realizar a análise e
a medição – até em tempo real – para comprovar o retorno da campanha
publicitária. Geralmente, as métricas utilizadas são: ROI (Retorno sobre
Investimento), CAC (Custo de Aquisição de Clientes) (PEÇANHA, 2020).
Além das duas vantagens mencionadas anteriormente, tem-se
a redução das distâncias entre empresas e clientes, pois o marketing
digital permite que pequenas marcas façam boas campanhas e atraiam
consumidores de outras cidades, estados e até de outros países.
74
Além disso, é possível também fazer marketing digital para o
público direcionado, isto é, agora é possível fazer campanhas para atrair
e conquistar as pessoas certas, aquelas pessoas que têm exatamente
o perfil ideal para consumir os produtos/serviços de uma empresa es-
pecífica. O que é um grande benefício, pois a empresa deixa de gastar
dinheiro com pessoas que muito provavelmente não se tornariam clien-
tes; e como a empresa passa a conhecer melhor o perfil do seu cliente,
ficará cada vez mais fácil conquistá-lo (PEÇANHA, 2020).

Outbound Marketing versus Inbound Marketing

O outbound marketing é também denominado de marketing


tradicional, cuja função é trazer clientes através do oferecimento de pro-
dutos/serviços, isto é, segundo Resultados Digitais (2020, s/p.), “a ideia
é ir atrás do cliente ativamente e não necessariamente gerar o interesse
genuíno desse possível cliente na sua empresa”. Como exemplo de
ações do outbound marketing tem-se: folhetos de promoções e distribui-
ção nos comércios mais próximos, spot na rádio da região e até mesmo
uma ação de panfletagem na porta do estabelecimento (empresa).
Já inbound marketing significa em português marketing de
atração; fazendo jus ao seu nome, pois, a ideia é exatamente essa:
fazer o cliente sentir atração pelo produto/serviço e ir até a empresa.
Essa atração é feita por meio da criação de conteúdos que despertem
o interesse do cliente pelos produtos/serviços que a empresa oferece.

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


Atualmente, a principal forma de fazer os consumidores che-
garem até a organização é criando conteúdo. Essa estratégia recebe
o nome de marketing de conteúdo. Em suma, o outbound marketing
usa ações mais tradicionais, como propagandas físicas e digitais. Já o
inbound marketing, procura estimular o interesse do cliente por meio de
conteúdos relevantes para que ele chegue à empresa (RESULTADOS
DIGITAIS , 2020). O Quadro 2, a seguir, apresenta um comparativo com
as principais características dessas duas estratégias.
No parágrafo anterior, foi mencionado que uma das estratégias
adotadas pelo inbound marketing é o marketing de conteúdo. O marke-
ting de conteúdo é definido por Peçanha (2020, s/p.) como o “processo
de publicar matérias e informações relevantes e valiosas, a fim de atrair,
converter e encantar uma audiência”. Para alcançar esse objetivo, o
conteúdo precisa estar espalhado por diversas regiões da internet e
também deve ser atrativo para a persona. Atualmente, existem diversos
métodos para fazer isso, tais como:
• Blog: um canal exclusivo para a empresa se comunicar com
75
os seus clientes. Além do mais, não há a interferência e nem distrações
provocadas por outros canais, como pode ocorrer nas mídias sociais.
• Site institucional: ajuda a aumentar a credibilidade da empresa
e também se torna um canal por onde potenciais clientes podem encontrar
a empresa e transmitir segurança de que a empresa é confiável e séria.
• Redes sociais: atualmente, são consideradas o principal meio
para promover ações e conteúdo para que potenciais clientes conhe-
çam uma marca ou uma empresa.
• E-mail Marketing: trata-se de um processo em que são en-
viadas mensagens de fins comerciais para um grupo de contatos, cujo
objetivo é o fortalecimento da marca, o aumento das vendas ou a comu-
nicação com os clientes ou potenciais clientes.

Quadro 2 – Comparativo das Estratégias de Marketing: inbound e outbound.


MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Fonte: Resultados Digitais , 2020.

76
Assunto: Diferenças entre Outbound Marketing e Inbound
Marketing
Link do assunto: https://rockcontent.com/br/blog/o-que-
-e-inbound-marketing/ e também no link: https://www.iebschool.
com/pt-br/blog/marketing/inbound-marketing/a-diferenca-entre-
-inbound-e-outbound-marketing/

Automação de Marketing

Há muitas falácias sobre o termo “automação de marketing”,


pois muitos pensam que é qualquer ação realizada automaticamente
(como seguir de volta um amigo no Instagram, ou mesmo o agendamento
de postagens em mídias sociais), ou seja, a substituição de pessoas por
ferramentas de marketing digital já é uma forma de automação de marke-
ting (RESULTADOS DIGITAIS , acesso em: 18/02/2021). Entretanto, con-
forme será visto no decorrer desta seção, o conceito é bem mais amplo.
Segundo Resultados Digitais (acesso em: 18/02/2021, s/p.), a
automação de marketing “é o uso de tecnologia para automatizar ações
e processos de marketing, reduzir trabalhos manuais e aumentar a efi-
ciência das ações”. Ainda de acordo com Resultados Digitais (acesso
em: 18/02/2021, s/p.), automatizar o marketing:

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


significa entender e agir de forma personalizada e escalável com as pessoas
que interagem com sua empresa nos diferentes canais on-line. É entender exa-
tamente o interesse do Lead e seu estágio de compra, dando a ele todas as in-
formações de que precisa em determinado momento de maneira automatizada.

Como exemplo de automatização de marketing, pode-se citar


o envio de e-mails de acordo com o perfil que o Lead interage com a
empresa e suas ações esperadas. Como percebe-se, nesse exemplo,
a automação de marketing elimina a necessidade de um colaborador de
enviar manualmente e-mails para cada um de seus clientes, seja quando
quiser falar com ele ou então quando o cliente demonstrar interesse por
algum produto/serviço. Consequentemente a automação de marketing
gera agilidade para a organização, pois, por meio de ferramentas de au-
tomação, a empresa pode se fazer presente na vida dos clientes mesmo
durante períodos de recessos. A ideia é que por meio dessas ferramen-
tas também se faça a personalização de mensagens de marketing para
77
clientes com base em seus comportamentos, preferências, atividades de
compra, dentre outros, de modo que sinta que essas mensagens tenham
sido elaboradas exclusivamente para cada um deles; dessa forma, obterá
uma clientela fiel e que elogia os produtos/serviço da empresa (MAIL-
CHIMP , acesso em: 19/02/2021, s/p., tradução nossa).
Como exemplo de ferramentas de automação, pode-se citar as
seguintes (PEÇANHA, 2020): (I) HubSpot: trata-se de uma das princi-
pais ferramentas de automação de marketing do mundo, pois ela é bem
completa, atendendo todas as necessidades para a jornada do cliente;
(II) RD Station: é a ferramenta mais conhecida no Brasil. Ela é uma fer-
ramenta bem completa e suporta planos para empresas de qualquer se-
tor de negócio; (III) Mailchimp: consiste em um dos softwares de e-mail
marketing mais conhecidos no mundo.
As principais motivações para se investir em automação de
marketing são: aumento das vendas e receita; diminuição dos custos de
aquisição de clientes e melhoria na retenção de clientes (RESULTADOS
DIGITAIS , acesso em: 18/02/2021).

Assunto: Automação de Marketing


Link do assunto: https://mailchimp.com/marketing-glos-
sary/marketing-automation/ ; https://rockcontent.com/br/blog/o-
MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

-que-e-inbound-marketing/ e também no link: https://resultadosdi-


gitais.com.br/especiais/automacao-de-marketing/

78
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: Analista Adminis-
trativo – Gestão Hospitalar Nível: Médio.
O marketing é um processo social, com o desenvolvimento, a
oferta e a livre negociação, as pessoas adquirem os produtos ou
serviços que necessitam. Muitas vezes, a função de marketing é
confundida com vender produtos, no entanto, precisamos enten-
der que as vendas fazem parte do marketing. Assinale a alternativa
que apresenta o objetivo principal do marketing.
a) O principal objetivo é fazer com que a empresa alcance sua visão.
b) O principal objetivo é engajar colaboradores.
c) O principal objetivo é conhecer e entender tão bem o cliente, fazendo
com que o produto ou o serviço se adéque a ele e se venda naturalmente.
d) O principal objetivo é fidelizar clientes.
e) O principal objetivo é fazer a empresa ganhar visibilidade e popularida-
de com as pessoas certas, nos canais certos e nos melhores momentos.

QUESTÃO 2
Ano: 2019 Banca: IBFC Órgão: PM-BA Prova: Soldado Nível: Fácil
“A Inteligência Artificial (IA) está transformando a maneira como faze-
mos negócios. A adoção de aprendizado de máquina, Big Data, Analy-
tics e outras novas tecnologias em busca de automação não é mais
estritamente uma questão de tecnologia de informação e se tornou

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


um fator chave na tomada de decisões que agora envolve os líderes e
objetivos de negócios da empresa” (CIO, 2019). Assinale a alternativa
correta que apresenta uma vantagem da inteligência artificial.
a) Aumento substancial de erros na produção.
b) Maior tempo de trabalho e de produção.
c) Queda na eficiência e na produtividade.
d) Dificuldade na tomada de decisão e na solução de problemas.
e) Modernização das etapas de produção.

QUESTÃO 3
Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: IBGE Prova: Agente Censitário
Municipal (ACM) / Agente Censitário Supervisor (ACS) Nível: Fácil.
O crachá é o documento que credencia o funcionário a realizar a
pesquisa para o IBGE cujos itens são: foto, dados do recenseador
e o QRcode.
De acordo com a informação acima, o QRcode constante no cra-
chá de identificação do Recenseador serve para que o informante
79
possa:
a) confirmar os dados do recenseador diretamente do site do IBGE.
b) realizar seu cadastramento junto ao site do IBGE.
c) acessar todos os resultados obtidos pelo IBGE ao final do censo.
d) obter todas as perguntas que serão realizadas pelo recenseador.
e) confirmar a realização da pesquisa em sua residência junto ao site
do IBGE.

QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: TCE-MG Prova: Analista de Con-
trole Externo – Ciência da Computação Nível: Difícil.
Em machine learning, a categoria de aprendizagem por reforço
identifica as tarefas em que:
a) um software interage com um ambiente dinâmico, como, por exem-
plo, veículos autônomos.
b) as etiquetas de classificação não sejam fornecidas ao algoritmo, de
modo a deixá-lo livre para entender as entradas recebidas.
c) o aprendizado pode ser um objetivo em si mesmo ou um meio para
se atingir um fim.
d) o objetivo seja aprender um conjunto de regras generalistas para
converter as entradas em saídas predefinidas.
e) são apresentados ao computador exemplos de entradas e saídas
desejadas, fornecidas por um orientador.

QUESTÃO 5
MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MJSP Prova: Cientista


de Dados – Big Data Nível: Difícil.
A inteligência artificial (IA) pode ser aplicada hoje em diferentes
áreas. Uma dessas áreas é a de análise de dados que, dependendo
do contexto, refere-se a uma grande quantidade de possíveis ope-
rações de dados, às vezes específicas de determinados setores ou
tarefas. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta corre-
tamente as quatro grandes categorias do processo de análise de
dados com o uso da IA.
a) Carga, correção, transformação e uso.
b) Identificação, transformação, apresentação e decisão.
c) Triagem, carga, limpeza e apresentação.
d) Processamento, modelagem, triagem e apresentação.
e) Transformação, limpeza, inspeção e modelagem.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


As estratégicas de marketing: Inbound e Outbound têm se tornado mui-
80
to populares. Entretanto, ainda existem organizações e profissionais
que desconhecem a importância desses termos ou mesmo não sabem
nem a diferença entre eles.
Sobre o enunciado acima, discorra sobre as principais diferenças e be-
nefícios dessas duas estratégias de marketing.

TREINO INÉDITO
___________ refere-se ao cliente em potencial, ou seja, é aquele
consumidor que evidenciou interesse no produto ou serviço da or-
ganização. A palavra que completa corretamente a lacuna acima é:
a) SEO
b) Lead
c) Persona
d) ETL
e) OLAP

NA MÍDIA
PSIQUIATRA FRANCÊS TRATA MEDO DE PEGAR COVID-19 COM
REALIDADE VIRTUAL
O psiquiatra francês, Eric Malbos, que trabalha no hospital francês Con-
ception, lançou recentemente um livro intitulado de “Psicoterapia e Rea-
lidade Virtual”. Esse livro, na verdade, é mais um guia para médicos e
o público em geral, em que são descritas técnicas que são aplicadas
há 18 anos. Essas técnicas se mostram eficazes para o tratamento de
ansiedade, fobias e transtornos obsessivos-compulsivos.

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


De acordo com o psiquiatra, em uma entrevista concedida à RFI Brasil,
aumentou o número de pacientes com fobias devido à pandemia. Segun-
do ele, muitos pacientes desenvolveram o medo patológico de contrair a
Covid-19. Para esses pacientes, o simples fato de tocar na maçaneta de
uma porta é um desafio. Para tratar essa fobia, o médico, que também é
designer de ambientes virtuais, criou um software que, por meio de ócu-
los de realidade virtual, expõe os pacientes gradativamente a situações
de risco de contaminação ao Coronavírus, como a sensação de entrar em
hospitais e de se aproximar de pessoas que tossem, que espirram etc.
Fonte: UOL
Data: 23 de fevereiro de 2021.
Leia a notícia na íntegra: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/
rfi/2021/02/23/psiquiatra-frances-trata-medo-de-pegar-covid-19-com-
-realidade-virtual.htm

NA PRÁTICA
O Grupo SEB é um dos grandes grupos de educação fundamental do
81
Brasil, dentre as instituições estão: a Escola SEB, Pueri Domuns e Dom
Bosco. Cada uma dessas instituições possui suas próprias regras de
matrícula/rematrícula com os prazos variáveis, níveis de descontos e
prorrogações. Até o segundo semestre de 2018, toda a comunicação da
instituição ocorria por meio de disparos realizados manualmente pela
equipe de comunicação. Esse trabalho manual gastava muitas horas de
trabalho e, além disso, gerava erros no processo.
Como o Grupo SEB utilizava o sistema CRM da Microsoft, denominado
de Dynamics CRM, como centralizador das regras comerciais e base de
contatos e, como esse sistema é compatível com o Acoustic Campaign,
ele foi o escolhido para a automação de marketing. Dessa forma, foi
possível entregar mais trabalho com o menor esforço possível dos co-
laboradores da gestão de comunicação. As premissas foram: (I) criação
de uma régua de rematrícula com 5 mensagens, que são: lembrete
por mês, semana, dia, prorrogação, último dia. Tudo isso ao longo de 5
meses; (II) criação de e-mails de marketing personalizados por: escola,
unidade, descontos progressivos, prazos de vencimentos e identidade
visual de cada marca (instituição); (III) utilização de SMS para períodos-
-chave da matrícula; (IV) criação de regras de negócio, como prazos e
valores de descontos que podem ser alterados a qualquer momento,
conforme a necessidade da equipe comercial.
Fonte: MATH MARKETING. Rematrícula utilizando ferramenta de auto-
mação de marketing. Disponível em: < https://math.marketing/cases/re-
matr%C3%ADcula-automa%C3%A7%C3%A3o-de-marketing/>. Aces-
so em: 19/07/2021.
MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

82
No decorrer desta unidade, foram abordados os impactos provo-
cados pelos avanços tecnológicos das últimas décadas, como o surgimen-
to de novas plataformas digitais (como as mídias sociais, os blogs, e-mails
etc.), máquinas inteligentes e autônomas devido ao uso de IA, computação
em nuvem, internet das coisas e até a automação do marketing.
Também foi visto nessa unidade, que a transformação digital
vem mudando a forma como os negócios são realizados e, em alguns
casos, até criando novas classes de negócios como foi o caso da em-
presa Netflix. A transformação digital fez com que empresas tradicionais
dessem um passo para trás e revisassem a forma desde como ocorria
a gestão dos processos, para tomarem melhores decisões, até a intera-
ção com os seus clientes. Essas inovações tecnológicas dão a possibi-
lidade de as empresas se manterem competitivas no mercado.
Além dessas mudanças nas organizações, a transformação
digital também foi a responsável por promover modificações nas pro-
fissões, como a extinção de algumas e também atualizações de outras,
como por exemplo a de professor, visto que tem sido comum a atua-
ção de professores de forma on-line. Também ocorreu o nascimento
de novas profissões, como as de influenciador digital, gestor de mídias
sociais, profissionais de marketing digital etc.

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

83
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Como já se observa, conhecimentos e habilidades em determinadas


tecnologias já deixaram de ser diferenciais e se tornaram aptidões obri-
gatórias. O próximo passo é estudar muito para melhorar as suas habi-
lidades e competências por meio de cursos, graduações e/ou pós-gra-
duações e, dessa forma, conseguir evoluir na carreira profissional.
É muito importante que tanto os profissionais que pretendem continuar
no mesmo ramo ou, então, aqueles que almejam mudar de profissão,
consigam acompanhar todas as mudanças, mantenham-se atualizados,
independentemente, se a carreira está diretamente ligada à área de tec-
nologia ou não. Atualmente, o profissional que se destaca no mercado
de trabalho é aquele que está constantemente se atualizando e sabe
aplicar seus conhecimentos no seu quotidiano.
MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

TREINO INÉDITO
Gabarito: A

84
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

O BI e o Big Data possuem objetivos distintos, no entanto, são tecnologias


complementares, que podem trabalhar em conjunto. Tal fato possibilitaria
aperfeiçoar a análise e compreensão dos dados. O BI tem seu foco na co-
leta, organização, transformação e disponibilização de dados estruturados
(os de bancos de dados relacionais) para facilitar a tomada de decisão dos
gestores da organização. Além disso, fornece insights e tendências aos
gestores para que possam criar diretrizes eficazes e eficientes para alcan-
çar os resultados aspirados pelos gestores da empresa.
Já o Big Data possibilita a análise de dados não estruturados (imagens,
áudios etc), além do mais, mira em mostrar os caminhos e correlações
antes desconhecidos nos grandes volumes de dados, em tempo hábil
(às vezes até em tempo real). Portanto, a diferença mais marcante entre
essas tecnologias é que: (I) o BI permite a análise dos dados já exis-
tentes, determinando as melhores hipóteses; (II) enquanto, o Big Data
possibilita a interpretação e a análise de dados futuros.
O BI possibilita uma fácil interpretação dos dados para auxiliar na ges-

MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS


tão de qualquer negócio, pois é possível identificar novas oportunidades
e implementar uma estratégia eficaz com base nos dados analisados,
como por exemplo compreender em qual região as vendas aumenta-
ram ou diminuíram, tendo como meta promover negócios com vanta-
gem competitiva no mercado. Já o Big Data possibilita a utilização de
diferentes ferramentas para analisar diferentes fontes de dados, como
de redes sociais, imagens e outros dados não estruturados. Todos es-
ses dados ajudarão as organizações a melhorarem o seu desempenho
e aperfeiçoarem seus processos internos.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B

85
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

O outbound marketing, que é também denominado de marketing tradi-


cional/clássico, tem a função de trazer clientes através do oferecimento
de produtos/serviços, isto é, ir atrás do cliente. Como exemplo de ações
do outbound marketing, tem-se: as propagandas de TV, rádio, folhetos
de promoção e divulgação, carros de som, dentre outros. Já a estratégia
inbound marketing, também chamada de “Marketing de Atração”, faz jus
ao seu nome, pois, a ideia dessa estratégia é exatamente essa: fazer o
cliente sentir atração pelo produto/serviço e ir até a empresa. Essa atra-
ção é feita por meio da criação de conteúdos que despertem o interesse
do cliente pelos produtos/serviços que a empresa oferece.
Atualmente, a principal forma de fazer os consumidores chegarem até
a organização é criando conteúdo. Essa estratégia recebe o nome de
marketing de conteúdo. Em suma, o outbound marketing usa ações
mais tradicionais, como propagandas físicas e digitais. Já o inbound
marketing, procura estimular o interesse do cliente por meio de conteú-
dos relevantes para que ele chegue à empresa. Essa estratégia ganhou
MEIOS DIGITAIS & O PROFISSIONAL DO FUTURO - GRUPO PROMINAS

forças devido à popularização da internet e das plataformas digitais,


como redes sociais, blogs etc. É importante salientar que, apesar de
se tratarem de técnicas diferentes, elas se completam e ambas podem
trazer sucesso para qualquer empresa.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B

86
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