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Sebenta Faculdade de Farmácia Química Orgânica
Sebenta Faculdade de Farmácia Química Orgânica
Química Orgânica I
1º ano, 2º semestre
2004/2005
PARTE TEÓRICA
REVISÕES DO SECUNDÁRIO…
Orbitais 1s
- Correspondem ao nível de energia mais baixo
- Consiste numa esfera com centro no núcleo
Orbitais 2s
Orbitais 2p
1 – Hidrocarbonetos
Constituídos exclusivamente por C e H.
1.1 – Alcanos
- Saturados.
- Entre átomos de C existem apenas ligações covalentes simples.
- CnH2n+2
1.2 – Alcenos
- Insaturados
- Entre os átomos de C existe pelo menos uma ligação dupla
- CnH2n
1.3 – Alcinos
- Insaturados
- Entre os átomos de C existe pelo menos uma ligação tripla
- CnH2n-2
1.4 – Aromáticos
- Hidrocarbonetos que possuem um anel de benzeno ligado à cadeia principal
1C – meta… 7C – hept…
2C – eta… 8C – oct…
3C – prop… 9C – non…
4C – but… 10C – deca…
5C – pent… 11C – undeca…
6C – hex… 12C – dodeca…
2 – Álcoois
Substâncias químicas constituídas por átomos de O, C e H. Identificam-se pela presença
do grupo funcional –OH.
REGRAS DE NOMENCLATURA
3 – Cetonas
Identificam-se pela presença do grupo funcional carbonilo :
R– C–R
O
O carbono deste grupo é secundário (estabelece ligação química com outros dois átomos
de C). Constituídas por O, C e H.
REGRAS DE NOMENCLATURA
As cetonas obedecem às mesmas regras de nomenclatura dos hidrocarbonetos,
acrescentando o sufixo –ona.
4 – Aldeídos
Identificam-se pela presença do grupo funcional carbonilo:
C=O
|
H
O carbono do grupo carbonilo é primário (estabelece ligação química com um só átomo
de C). Constituídos por C, O e H.
REGRAS DE NOMENCLATURA
Os aldeídos obedecem às mesmas regras de nomenclatura dos hidrocarbonetos
com o sufixo –al.
5 – Ácidos carboxílicos
Substâncias químicas constituídas por C, H e O. Identificam-se pela presença do grupo
funcional carboxilo
REGRAS DE NOMENCLATURA
Para atribuir nome a um ácido carboxílico começa-se obrigatoriamente pela
palavra ácido; de seguida obedece a todas as regras dos hidrocarbonetos com o sufixo –
óico.
6 – Ésteres
Constituídos por C, O e H.
Identificam-se pela presença do grupo funcional:
REGRAS DE NOMENCLATURA
O nome de um éster é constituído por duas partes separadas pela partícula de; a
primeira parte do nome obedece a todas as regras mencionadas para os hidrocarbonetos
6
adicionando a terminação –ato. A segunda parte obedece a todas as regras com a
terminação –ilo.
7 – Éter
Constituídos por C, H e O. Identificam-se pela presença do grupo funcional óxi:
REGRAS DE NOMENCLATURA
Cadeia de carbono menor + óxi + radical menor.
8 – Aminas
Constituídas por C, H e N.
Derivam de uma molécula de amoníaco por substituição de um ou mais átomos de H
por cadeias carbonadas.
- amina secundária
- amina terciária
- amina quaternária
REGRAS DE NOMENCLATURA
Mencionar as cadeias de carbono por ordem alfabética juntando a terminação
amina.
9 – Amidas
Constituídas por C, H, O e N.
Identificam-se pela presença do grupo funcional amidó:
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REGRAS DE NOMENCLATURA
Cadeia carbonada principal + terminação amida.
HIDROCARBONETOS
Alifáticos Aromáticos
- Alcanos - Heterocíclicos
- Alcenos
- Alcinos
mod erado
- Álcool. primário + agente.oxidante ∆ → Aldeído
∆ mod erado
- Álcool. sec undário + agente.oxidante → Cetona
∆
- Aldeído.ou.cetona + agente.oxidante
→ ácido.carboxílico
2 – Reacções de hidrocarbonetos
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B) REACÇÃO DE HALOGENAÇÃO (+Br2(aq) -transforma Hidrocarbonetos
insaturados em Haloalcanos)
A principal função da reacção de halogenação com Br2 é detectar a
presença de hidrocarbonetos insaturados, ou seja, alcenos e alcinos, por
desaparecimento da coloração acastanhada da água de bromo.
Exemplo:
+ Br2
3 – Reacção de esterificação
Reacção de obtenção de um éster.
Exemplo:
+H2O(l)
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4 – Reacções de hidrólise
Reacção inversa da esterificação.
ISÓMEROS
– Substâncias químicas que possuem a mesma composição qualitativa e
quantitativa (possuem a mesma fórmula molecular), mas diferem na fórmula de
estrutura (ou seja, no modo como os átomos se encontram ligados), o que lhes confere
propriedades químicas e físicas diferentes.
TIPOS DE ISOMERIA
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Com R1≠R2 ; R3≠R4 e R2=R3 (ou R4)
- Isómero cis
- Isómero trans
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“O Universo é infinito, logo, as coisas que nele existem também o são”
C. Robson
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Configurações electrónicas
Energia de ionização – energia necessária para fornecer a 1mol de átomos para lhe
retirar 1mol de electrões. Diminui ao longo da TP e aumenta ao longo do período.
Ligação iónica
Existe nos compostos orgânicos mas não é a mais importante. Resulta da transferência
de electrões e é a atracção electrostática entre dois iões de carga oposta.
São típicas dos sais formados pela combinação de elementos metálicos (pouco
electronegativos) – esquerda da TP – com os elementos não metálicos (muito
electronegativos) – direita da TP.
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Ligação covalente
É típica dos compostos de carbono. Os electrões envolvidos são compartilhados pelos
átomos de modo a que estes apresentem a configuração de gás nobre (regra do octeto).
Pode ser polar ou apolar e do tipo sigma ou pi.
A molécula de H2
Observa-se uma ligação covalente simples resultante da sobreposição de um
orbital 1s de cada um dos átomos de H.
A ligação tem uma simetria cilíndrica sobre o eixo que une o centro dos dois
átomos. Isto é conhecido como ligação sigma.
A ligação no H2 (H-H’’) pode ser resumida em:
1s (H) – 1s (H’’) ligação σ
A ligação covalente no H2
Interpenetração de orbitais (ligação sigma s-s)
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POLARIDADE
Momento dipolar
- A molécula de HF tem uma ligação polar – uma separação de cargas devido a
diferença de electronegatividade existente entre F e H.
- A forma da molécula e a grandeza do dipolo explicam a polaridade total da molécula.
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-Em moléculas como CCl4 (tetraédricas), de todos os vectores das ligações polares
individuais resulta um momento dipolar nulo.
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No carbono, assim como em outros átomos semelhantes, não se pode falar de
orbitais puras (s, p, d…). Ocorre
HIBRIDIZAÇÃO
Formação de orbitais híbridos. A modificação que ocorre não é só na forma do
orbital mas também no seu conteúdo energético. O orbital passa a ter um conteúdo
energético diferente dos orbitais que lhe deram origem.
Ou seja:
- É a mistura de orbitais pertencentes a um mesmo átomo, originando novos
orbitais iguais entre si, mas diferentes dos orbitais originais.
- A diferença entre estes orbitais híbridos e os orbitais originais, acontece tanto na
geometria (=forma) como no conteúdo energético.
O nome dos orbitais híbridos depende do nome e do número de orbitais que lhe
deram origem.
s – um orbital
p – três orbitais (px, py, pz)
Hibridização
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Orbitais sp3:
Os orbitais que se fundem através de um processo de hibridização de um orbital s
com 3 orbitais p, são os orbitais sp3.
São característicos da família química dos alcanos, ou seja, todas as ligações
químicas que se formam entre os C e H do alcano são do tipo sp3. Assim, apresentam os
mesmos ângulos e comprimento de ligação.
Estes electrões ligam-se a outros quatro formando quatro ligações. Pode-se dizer
que o carbono é tetravalente.
Pode apresentar orbitais híbridos do tipo sp, sp2 e sp3.
No metano…
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Cada electrão ocupa uma orbital diferente. Só quando todas estão ocupadas se
agrupam em pares com spin diferente.
Numa ligação carbono hidrogénio, distribuem-se dois electrões no orbital s e três
no orbital p. Os orbitais têm diferentes níveis de energia. Quando há hibridização, os
orbitais apresentam todos o mesmo nível energético. Assim cada electrão ocupa o seu
orbital.
Como ocorre formação de orbitais híbridos, cada electrão entra numa ligação
covalente.
A formação da ligação só é possível porque os orbitais estão todos no mesmo
nível energético.
Resumindo:
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! O hidrogénio não tem capacidade de hibridização.
Orbitais sp2:
Envolvem um orbital s e dois orbitais p, num total de três orbitais. Assim,
formam-se três orbitais híbridos. O ângulo de ligação é de 120º e é característico de uma
molécula triangular plana. É uma hibridização característica dos alcenos.
Originam ligações covalentes duplas – ligações π.
No caso do etileno…
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Os carbonos estabelecem uma ligação dupla. O tipo de ligação em cada carbono é
do tipo sp2. O hidrogénio não sofre hibridização porque só tem um orbital. A sua orbital
é do tipo s.
A dupla ligação C=C é estabelecida por dois tipos de orbitais diferentes: uma
ligação simples estabelecida pelas orbitais sp2 – sp2. A ligação dupla é estabelecida pela
interacção entre as orbitais p. A ligação π pressupõe interacção de orbitais.
Os electrões deslocam-se entre as ligações da molécula.
Na ligação dupla (a lilás), forma-se uma densidade electrónica localizada entre os
dois carbonos para cima e para baixo do plano. Esta densidade electrónica constitui a
ligação π originada por dois orbitais p que, como estão paralelos e próximos entre si,
permitem deslocação do electrão entre elas e consequentemente uma densidade
electrónica para cima e para baixo do plano. A ligação simples é rígida e a outra ligação
corresponde a uma deslocação electrónica para cima e para baixo do plano.
A ligação dupla é uma ligação sigma e uma pi.
Os alcenos têm maior reactividade que os alcanos por possuírem estes dois
electrões disponíveis.
Ligação C-C: sigma (sp2-sp2)
Ligação C-H: pi (sp2-s)
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Uma das consequências maiores das ligações é o ângulo de ligação. No caso do
etileno o ângulo de ligação que envolve o carbono não é o mesmo que no caso do
metano.
No aldeído…
O carbono estabelece uma ligação dupla não com o C mas sim com o O. Para se
formar uma ligação dupla é necessária uma hibridização sp2.
No caso do benzeno…
Há duplas ligações alternadas com ligações simples. A hibridização dos C que
estabelecem as duplas ligações é do tipo sp2.
Orbitais sp:
Ocorrem nos alcinos, onde há ligações triplas. As orbitais sp surgem da fusão de
orbitais s com p. A tripla ligação consiste em duas ligações pi (orbitais p-p), uma sigma
(entre carbonos, orbitais sp-sp).
A geometria das moléculas que exibem estas ligações é plana.
O ângulo de ligação é de 180º.
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A amarelo: ligação sp-sp – simples – sigma
A verde e amarelo: ligação sp-s – ligação de
hidrogénio
Há ainda a fórmula condensada que é mais simples, em que os átomos que estão
unidos a um átomo de carbono particular, são escritos imediatamente após este átomo:
CH3CH3 – fórmula condensada
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1 – Átomos de C não se representam – estão implícitos na intercepção de duas
linhas (ligações) e no fim de cada linha;
2 – As ligações C-H não se representam, o que torna implícita a presença de H
(preenche-se mentalmente a valência de 4);
3 – Representam-se todos os elementos que não sejam C e H.
EXEMPLOS
Cloroetileno ou cloreto
de vinilo
2-metil-1,3-butadieno
ou Isopreno
Aspirina ou ácido
acetilsalicílico
C20H30O Vitamina A
MODELOS MOLECULARES
Levam a uma visualização mais real da molécula.
Apesar da existência de modelos moleculares que solucionam o aspecto
tridimensional das moléculas, é necessário arranjar maneira de colocar em evidência
essa estrutura 3D no papel.
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Representação “pau e bola”:
Há uma representação das ligações (pau) e dos diferentes átomos (bola); mas os
átomos aparecem desligados, o que não corresponde à realidade, porque ocorre
coalescência entre dois átomos para formar ligação. No entanto, este tipo de
representação é útil para a melhor compreensão de alguns aspectos químicos e
reactividade.
Projecção de Newman:
Semelhante à representação “pau e bola”, só que as únicas bolas (círculos) são
átomos de carbono.
CARGAS FORMAIS
A carga formal de um elemento é a que resulta da contabilização dos electrões que
esse mesmo elemento detém quando ligado a outros átomos numa molécula.
Assim, embora a maior parte das moléculas orgânicas sejam neutras, os elementos
seus constituintes possuem uma carga formal. A soma das cargas formais de cada átomo
de uma molécula (neutra) deve ser igual a zero.
Carga formal do átomo = (nº de e(s) na última camada do átomo livre) – (nº
de e(s) na última camada do átomo ligado)
Carga formal do átomo = (nº de e(s)na última camada no átomo livre) – (1/2
e(s)ligantes) – (nº e(s) não ligantes)
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- Um átomo de azoto com 4ligações covalentes e sem nenhum electrão não
compartilhado tem carga formal +1.
- Um átomo de azoto com 3ligações covalentes e com dois electrões não
compartilhados tem carga formal 0.
- Um átomo de oxigénio com 2ligações covalentes e dois pares de electrões não
compartilhados tem carga formal 0.
- Um átomo de oxigénio com 1ligação covalente e 3pares de electrões não
compartilhados tem carga formal -1.
EXERCÍCIOS:
b) H2SO3
c) BF4
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i) CH2 (um carbeno)
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nº de electrões na última camada = 7
nº de electrões ligantes = 2 Carga da molécula: 0 + 0 = 0
nº de electrões não ligantes = 6
carga formal do flúor = 7-1-6 = 0 i) Carga formal do carbono:
nº de electrões na última camada = 4
Carga da molécula = 0+0x3= 0 nº de electrões ligantes = 4
nº de electrões não ligantes = 2
f) Carga formal do carbono: carga formal do carbono = 4-2-2 = 0
nº de electrões na última camada = 4
nº de electrões ligantes = 6 Carga formal do hidrogénio: 0
nº de electrões não ligantes = 2
carga formal do carbono = 4-3-2 = -1 Carga da molécula: 0 + 0 = 0
Carga da molécula: 0 + 1 = +1
c)
h) Carga formal do carbono:
nº de electrões na última camada = 4
nº de electrões ligantes = 6
nº de electrões não ligantes = 1
carga formal do carbono = 4-3-1 = 0
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d) e)
f)
Electronegatividade
A ligação covalente polar resulta do facto dos átomos que se unem possuírem
diferenças acentuadas de electronegatividade. No fundo electronegatividade é a
capacidade que um elemento tem de atrair os electrões que está a compartilhar numa
ligação covalente.
A electronegatividade aumenta ao longo do período da TP e diminui ao longo do
grupo.
Nos compostos orgânicos:
- A ligação C-H é apolar pois a diferença de electronegatividade dos dois
elementos é pequena;
- As ligações C-O e O-H são polares pois há uma grande diferença de
electronegatividade entre os elementos.
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Genericamente:
Ligação C – elementos à esquerda na TP electrões são atraídos para o C
Ligação C – elementos à direita na TP electrões deslocados para os elementos e
não para o C
CCl4
µ=0 molécula apolar
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Se se fizer o somatório de todos os vectores µ, estes anulam-se uns aos outros. Sempre
que a molécula é tetraédrica e todos os átomos em torno do central são iguais, as cargas
parciais positivas e negativas anulam-se e a molécula é apolar.
CH3Cl
µ= 1,86 molécula polar
Uma vez que o carbono e o hidrogénio têm electronegatividades semelhantes, a
contribuição das 3ligações C-H para o dipolo total é desprezível. A diferença de
electronegatividade entre C e Cl é grande, e é esta ligação muito polar que explica
grande parte do momento dipolar do CH3Cl.
POLARIZABILIDADE
Capacidade que um átomo tem em se polarizar por influência exterior. No caso de
átomos muito grandes (com os electrões do último nível muito afastados do núcleo)
serão mais polarizáveis. Por exemplo:
I – átomo maior mais polarizável
F – átomo menor menos polarizável
Nas reacções polares os locais ricos em electrões de uma molécula reagem com
locais pobres em electrões de outra molécula.
Assim tem-se:
- QUEBRA DE LIGAÇÕES
Heterolítica
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- QUEBRA DE LIGAÇÕES
Heterogénica
A-: + B+ A:B
A- - REAGENTE RICO EM ELECTRÕES – Nucleofílico – base de Lewis
B+ - REAGENTE POBRE EM ELECTRÕES – Electrofílico – ácido de Lewis
- QUEBRA DE LIGAÇÕES
Homolítica
- FORMAÇÃO DE LIGAÇÕES
Homogénica
Radº +
REACÇÕES PERICÍCLICAS
São as que envolvem uma redistribuição dos electrões duma forma cíclica, ou seja,
há estruturas que se ligam para formar produtos de estrutura cíclica.
Há quatro formas fundamentais dos compostos orgânicos reagirem:
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a)Reacções de adição
Nestas reacções, dois reagentes reagem para originar um produto único:
A+BC
Exemplo:
b)Reacções de eliminação
São o inverso das de adição. Tem-se um produto que se separa em dois:
CA+B
c) Reacções de substituição
Ocorrem sempre que dois reagentes trocam partes deles entre si para originarem
novos produtos:
A-B + C-D A-C + B-D
Exemplo:
d)Reacções de rearranjo
Ocorrem quando um único reagente promove uma reorganização no interior dele
formando um produto isómero
AB
Exemplo:
REACÇÕES POLARES
Resultam da polaridade das moléculas. Têm a ver com a electronegatividade dos
átomos.
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ESPÉCIE ELECTROFÍLICA – tem carga parcial ou formal positiva; toda a
espécie com défice de electrões.
Exemplo:
Reacção polar de adição. Em solução uma espécie é nucleofílica e a outra é
electrofílica.
Efeito indutivo
É meramente electrostático. Representa-se pela letra i. Aqui podem-se ter grupos
substituintes com natureza diferente que “doam” a sua nuvem electrónica à espécie
química ou “captam” a nuvem electrónica dessa espécie originando configurações
diferentes. Os efeitos indutivos podem ocorrer por movimentos electrónicos ao longo de
ligações simples. Podem ser positivos (+I) ou negativos (-I).
O efeito indutivo positivo ou negativo resulta da diferença de electronegatividade
entre os átomos que estão associados à molécula substituinte.
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também com os grupos funcionais éster, éter, álcool, bioéter (S substitui O), aldeído e
amina, com o radical fenil e compostos substituintes insaturados.
Por vezes o efeito –i pode verificar-se ao longo de mais do que uma ligação.
Exemplos:
CH3Cl
Tetrametilchumbo
Efeito de ressonância
Também chamado efeito mesomérico. Ocorre em ligações que tenham electrões
pi porque está relacionado com movimento electrónico.
Ocorre em moléculas com ligações duplas e triplas, em átomos que tenham
electrões não partilhados e em compostos aromáticos.
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Carga parcial vs Carga formal
Carga formal – átomo que a contém tem mais electrões ou menos do que tinha no
estado livre.
Carga parcial – Resulta do efeito indutivo e verifica-se através das próprias ligações
resultando das diferenças de electronegatividade.
MECANISMO:
Forma de traduzir um fenómeno químico sem utilização de palavras, apenas por
simbologia química.
O mecanismo da reacção é a descrição detalhada do que acontece em cada fase de
uma transformação química:
- que ligações se quebram e por que ordem
- que ligações se formam e por que ordem
- quais as velocidades relativas de cada passo
- qual a posição geométrica de cada átomo em cada momento
- quais os reagentes e produtos e em que quantidades relativas
Exemplo:
É de notar que as setas indicam cada uma o movimento de um electrão, por isso a
ponta é só metade ( ).
Cada electrão da ligação fica com cada um dos fragmentos formados, é uma
ruptura simétrica.
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- Rupturas do tipo heterolítico – há rotura de ligação e não há igual distribuição
entre os dois átomos. Formam-se iões, positivou e negativos. Se estes iões forem de
Carbono carregados positivamente, designa-se carbocatião. Se for carregado
negativamente designa-se carboanião. Acontece por exemplo, quando há diferença de
electronegatividade entre os átomos (ex:H-F).
Exemplo:
REACÇÕES DE RADICAIS
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Cloração do metano
Pode-se dar a cloração do metano que se traduz pela reacção:
CH4 + Cl2 CH3Cl + HCl
Esta é uma reacção de substituição radicalar típica que ocorre em 3 fases:
1- INICIAÇÃO
Fase em que se produzem radicais livres
Esta 1º etapa envolve a fragmentação de uma molécula de cloro por calor ou luz.
Essa fragmentação é homolítica.
2- PROPAGAÇÃO
Fase em que os radicais livres promovem a reacção de substituição.
a)
Esta etapa envolve a substituição de um átomo de H de uma molécula do metano
por um átomo de cloro. Esta etapa resulta na formação de uma molécula de cloreto de
hidrogénio e de um radical livre metilo.
b)
O radical metilo, espécie altamente reactiva, reage com uma molécula de cloro,
abstraindo um átomo de cloro. Esta etapa resulta na formação de uma de cloro-metano
(um dos produtos finais da reacção) e de um átomo de cloro. Este pode atacar outra
molécula de metano e determinar a repetição do passo a. Em seguida b é repetido,
depois outra vez a e assim sucessivamente. De cada vez que b se repete, uma molécula
de CH3Cl é produzida.
Esse tipo de reacção sequencial em etapas, em que cada etapa origina a substância
reactiva que promove a etapa seguinte, é chamada reacção em cadeia. Esta fase da
cloração constitui um ciclo autosustentado.
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3 – PROPAGAÇÃO
Fase em que a reacção em cadeia é quebrada.
Estas etapas são pouco frequentes, mas ocorrem o suficiente para consumir um ou
ambos os intermediários reactivos e assim explicar a necessidade de irradiação contínua.
a) Formação do carbocatião:
A ligação dupla actua como nucleófilo pois é um local rico em electrões e vai
atacar o H+ do electrófilo (HBr).
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Deste ataque resulta um carbocatião que é um composto intermediário que possui
um C carregado positivamente e uma orbital p vaga.
Constante de equilíbrio
Todas as reacções são equilíbrios químicos e como tal, pode-se definir uma
constante de equilíbrio
[C ][ D]
K eq =
[ A][ B]
A reacção só se dá no sentido 1 (directo) quando o nível energético dos produtos é
menor que o nível energético dos reagentes.
Keq / Energia
Considera-se para Keq> 103 que a reacção é completa, o que implica que a
reacção se dê no sentido 1 e portanto, haja uma diminuição de energia. Ou seja
Keq Energia libertada
Exemplo:
CH3 + : OH Br: - + CH3OH + energia
K>1 = exotérmica
K<1 = endotérmica
Keq / Velocidade
A Keq não diz qual a velocidade da reacção.
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Energia de Gibbs
Mede a quantidade de energia que se liberta na reacção e é dada por:
∆Gº = Energia livre dos reagentes – Energia livre dos produtos (kcal/mol)
Entalpia
É o calor da reacção e traduz a diferença de enrgia das ligações quebradas e
formadas e é dada por:
∆Hº = Energia das ligações quebradas – Energia das ligações formadas (kcal/mol)
Assim, se:
∆Hº <0 ligações formadas são mais fortes, então a reacção tem tendência para
se dar – é exotérmica.
∆Hº >0 ligações formadas são mais fracas, então a reacção não tem tendência
para se dar – é endotérmica.
Entalpia
Mede o estado de agitação ou movimento das moléculas durante a reacção.
∆Sº = Mudança na liberdade de movimento ou desordem resultante da reacção
(cal/mol)
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Em resumo, pode-se relacionar Keq, ∆Hº, ∆Sº e ∆Gº no sentido de ver se uma
reacção tem tendência ou não para se dar. Conhecendo estas grandezas termodinâmicas
é que podemos definir se uma reacção se dá no sentido directo ou inverso.
A velocidade da reacção também é importante, mas não tem nada a ver com as
grandezas anteriores. Uma reacção pode ser espontânea, exotérmica e dar-se muito
lentamente.
Estados de transição
Correspondem a um determinado arranjo dos átomos das espécies reagentes, à
medida em que estas se convertem de reagentes em produtos. Representam uma
configuração em que se têm ligações parcialmente quebradas e parcialmente formadas.
Os estados de transição correspondem a estados de maior energia numa reacção.
Intermediários
São produtos que não são estáveis, podendo não corresponder ao estado de maior
energia, correspondendo sim, ao reagente que vai ser utilizado para o passo seguinte.
Os intermediários são compostos que podem ter ou não curta duração e podem
ser:
Carbocatiões
Resultam da cisão heterolítica entre um carbono e outro elemento, ficando o
dupleto a pertencer ao átomo que parte
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Quanto à localização da carga, podem ser primários, secundários ou terciários.
Os terciários são mais estáveis que os secundários e estes mais estáveis que os
terciários. Nas reacções formam-se preferencialmente carbocatiões terciários.
Como exemplo, temos a reacção de cloração do metano, que ocorre do seguinte
modo:
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• *∆Gº = Energia de activação = É a energia necessária fornecer para que se atinja
o estado de transição Et.
• ∆Gº = Energia livre de Gibbs = é a diferença de energia entre os produtos e os
reagentes. Através desta grandeza sabe-se se a reacção é exotérmica ou
endotérmica.
• Et = estado de transição
Carboaniões
Resultam da cisão heterolítica entre o carbono e outro elemento, ficando o dupleto
a pertencer ao carbono.
Radicais livres
Resultam da cisão homolítica e apresentam um electrão desemparelhado, que lhes
confere grande reactividade.
Exemplo 2:
A reacção anterior tem um único passo, mas há reacções que ocorrem em mais que
um passo como a de adição do HBr ao etileno.
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Tem que acontecer uma aproximação dos dois reagentes e tem que haver quebra
da ligação pi do etileno para se formar a nova ligação CH2Br, por isso a reacção decorre
em dois passos.
Diagrama energético:
∆Gº – É a energia livre de Gibbs para o 1º passo da reacção. ∆Gº >0, logo, o
passo é endotérmico. Este 1º passo é o limitante da reacção, sendo o passo mais lento da
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reacção. O passo limitante é sempre o que tem maior energia de activação. Mas a
reacção prossegue no sentido da ligação C-Br.
Quando houver mais que dois passos deve-se ver o que acontece para cada passo e
depois deve-se representá-los na globalidade.
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ÁCIDOS E BASES:
Exemplo:
H-Cl + H-O-H H3O+ + Cl-
Segundo Bronsted-Lowry, um ácido forte é aquele que tem um valor baixo de pKa,
quando mais baixo é o pKa, mais forte é o ácido.
Na reacção anterior a água funciona como base. Analogamente, muitos compostos
orgânicos que contêm oxigénio (éteres e álcoois) podem aceitar H+ e funcionar como
bases de Bronsted-Lowry.
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[ H 3O + ].[ A− ]
Keq =
[ HA].[ H 2O]
como [H2O]=constante
Ka = Keq.[H2O]= [H3O+].[A-]/[HÁ]
pKa = -log Ka
Como já se disse, o valor de pKa permite saber qual a força de um ácido, já que quanto
mais baixo o valor de pKa, mais forte é o ácido.
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- Os grupos reagem de uma forma típica segundo o grupo funcional, geralmente
independente do resto da molécula.
- Os grupos funcionais afectam as reacções, a estrutura e as propriedades físicas de
todos os compostos em que estão inseridos.
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C tem carga parcialmente positiva e O parcialmente negativa.
GRUPOS FUNCIONAIS
aldeído
cetona
Ácido carboxílico
Éster
amida
50
HIDROCARBONETOS
ALCANOS
51
- Ligações sigma
- 4 orbitais sp3, provenientes da fusão de um orbital s e três p, todas no mesmo
nível energético
ETANO
- Mantém-se ângulo e comprimento de ligação
- Ligações C-H e C-C
- comprimento ligação C-C = 153pm
- comprimento ligação C-H = 110pm
52
- Dissolvem substâncias apolares1
- As forças intermoleculares são fracas, consequentemente:
- Baixo ponto de fusão e ebulição que variam de acordo com o peso molecular
LINERAES
1
Semelhante dissolve semelhante!!!
53
Ao aumentar o número de átomos de carbono, aumenta a capacidade de polarizar
a outra molécula, logo, asa forças de dispersão de London são mais fortes. Deste modo,
é necessário fornecer mais energia para quebrar essas ligações, aumentando assim os
pontos de ebulição e fusão.
54
No laboratório, um método para distinguir e purificar estes isómeros seria uma
destilação, pois os seus pontos de ebulição são diferentes. Cromatografia também se
poderia efectuar. Há, contudo, isómeros que não se conseguem separar por métodos
directos. São exemplos os isómeros ópticos, que não têm propriedades físico-químicas
diferentes.
Então…
É possível separar isómeros estruturais devido às suas características físicas e
químicas.
TIPOS DE CARBONO:
- Primário – 3H
- Secundário – 2H
- Terciário – 1H
- Quaternário - 0H
TIPOS DE HIDROGÉNIO:
-Primário – localizado num carbono primário
- Secundário – localizado num carbono secundário
-Terciário – localizado num carbono terciário
55
Exemplo
ALCANOS ISÓMEROS
É esperado que, à medida que aumenta o nº de carbonos, cresça igualmente o
número de arranjos possíveis desses átomos. Ao considerar-se sucessivamente os
diversos alcanos, verifica-se que esta previsão se confirma: o número de isómeros dos
sucessivos homólogos é crescente.
São 3 no caso do pentano, 5 no hexano, 9 no heptano e 75 no decano; no caso do
icosano, com 20 átomos de C, são possíveis 366319 estruturas isoméricas.
56
REACÇÕES DOS ALCANOS
Os alcanos são poucos reactivos porque não têm ligações polarizadas.
Não reagem com ácidos, bases nem com a maior parte dos reagentes laboratoriais.
Reagem com oxigénio na combustão e com halogéneos em determinadas
situações experimentais – halogenação.
Combustão
Uma das reacções dos alcanos é a combustão, que quase todos os compostos
orgânicos sofrem.
Reacção simples em que os produtos são CO2 e H2O no estado gasoso:
Alcano + O2
→ CO2 ( g ) + H 2 O( g )
Os produtos da reacção são por vezes utilizados para medir a estabilidade relativa
dos sistemas.
57
Também durante a combustão do petróleo (fonte da maioria dos alcanos) ocorre
também a pirólise, que por acção de altas temperaturas quebra as ligações carbono-
carbono formando radicais, sendo a cisão do tipo homolítica.
PIRÓLISE
Exemplo
58
Então…
Conclui-se que a estabilidade provém dos efeitos indutivos que os grupos metilo
provocam na molécula. Fazem com que as ligações sejam bastante coesas, ou seja,
fortes.
59
O etano exposto ao bromo sob a acção catalítica origina brometo de etilo e ácido
bromídrico.
Esta reacção de substituição tem mais uma etapa, onde o radical vai chocar com o
alcano no mínimo para dar outro radical. Então, a halogenação ocorre em três etapas:
iniciação, propagação e terminação.
60
homolítica C-H no metano, formando-se o radical metilo. Há formação de ácido
clorídrico. O radical metilo, no meio cloro, induz a quebra homolítica de mais uma
molécula de cloro, formando-se cloreto de metilo e mais um radical cloro.
Para purificar estes compostos pode fazer-se uma destilação, pois cada composto
tem propriedades químicas diferentes e pontos de ebulição também diferentes.
61
Quando a reacção é estudada em alcanos que têm uma ligação primária, outros
secundária e outros terciária, verifica-se que a energia necessária não é a mesma, ou
seja, há uma diferença de energia conforme a ligação C-H é primária, secundária ou
terciária, conforme o substrato o balanço energético da reacção. Por exemplo, quando se
faz a halogenação do butano, este reage com o cloro por acção catalítica da luz e origina
predominantemente dois produtos (30% de um e 70% de outro). Esta diferença de
percentagem tem a ver com a energia de ligação.
Utilizando bromo…
Nesta reacção a ligação C-H terciário foi mais fácil de quebrar que a do primário.
62
? Se o cloro e o bromo são muito parecidos e a estrutura de partida era igual ,
porque é que os resultados são diferentes?
Depende dos intermediários que se formam no meio reaccional. Avaliando a
estabilidade dos intermediários que se formam, provenientes deste tipo de alcanos
conclui-se que esses intermediários são todos radicais com um electrão apoiado no
átomo de C. Estes intermediários são todos muito reactivos e por isso são isolados do
meio reaccional, mas também podiam ser radicais primários, secundários e terciários,
conforme o electrão desemparelhado estivesse apoiado no C primário, secundário ou
terciário, por analogia.
Analisando a estrutura deste intermediário, sabendo que qualquer electrão num
alcano tem uma hibridização do tipo sp3 e uma geometria do tipo tetraédrica, nota-se
que há alteração na conformação da molécula e então o C proveniente do radical deixa
de ser sp3 e passa a ser sp2 e a ter uma geometria parecida com os carbonos sp2.
Portanto, qualquer tipo deste radical, seja primário, secundário ou terciário, tem sempre
o seu carbono com uma hibridização sp2, uma geometria trigonal e o electrão é apoiado
numa orbital p.
O radical metilo é planar, o que sugere que o C é sp2 e que o electrão desemparelhado está numa
orbital p.
63
Se o radical for secundário é mais estável do que um radical primário e por sua vez do
que o radical metilo. Um radical terciário, pela mesma analogia, deve ser o radical mais
estável desta série e com maior duração.
64
Devido à diferença entre o cloro e o bromo decidiu-se experimentar outros
halogéneos como o fuor e o iodo.
O flúor é um reagente bastante explosivo, e com o iodo a reacção é tão lenta que
não se conseguem atingir conclusões.
Ordem de reactividade:
65
A selecção do halogéneo é feita segundo a sua reactividade/selectividade. O
halogéneo menos reactivo torna-se mais selectivo. Sendo assim pode-se dizer que o
cloro é mais reactivo, logo menos selectivo, enquanto o bromo é menos reactivo e mais
selectivo. Portanto a reacção demora mais mas torna-se mais selectiva. Assim, o
halogéneo preferível de trabalhar é o bromo, porque como é mais selectivo vai-se
formar um produto com maior selectividade.
Aplicações práticas:
Estas reacções radicalares, devido à impossibilidade de formar diversos compostos
no meio reaccional, não são muito usados a nível químico. Apesar disso estas reacções
têm uma importância muito grande a nível biológico, muitas interacções com os metais,
moléculas que se vão transformando no nosso organismo provenientes de dietas,
medicamentos...
Também muitos danos que se fazem a nível da carcinogénese são por estas
reacções radicalares a nível dos nucleótidos. Tem-se ainda a acção dos antioxidantes
regida por este mecanismo.
66
Em conclusão…
Radicais alquilo:
67
Geometria dos radicais alquilo:
Evidência experimental: A maioria dos radicais alquilo têm geometria trigonal
plana com um electrão desemparelhado.
CICLOALCANOS
2
O ciclopropano existe no crisântemo e é o responsável pelo seu cheiro característico.
68
À medida que aumenta o número de átomos de carbono na cadeia, varia
significativamente o ponto de ebulição da substância.
69
Nos cicloalcanos o carbono tem hibridização sp3, havendo formação de ligações
sigma. O ângulo de ligação é, então, de 109º 5’ e o comprimento de ligação varia
consoante a ligação C-C ou C-H, sendo igual ao dos alcanos lineares.
70
Estes desvios dos ângulos em relação ao tetraédrico provocam nestas moléculas
certa tensão – tensão angular – e daí resulta a sua estabilidade em comparação com as
moléculas cujos ângulos são tetraédricos.
Segundo Bayer, então seriam instáveis o ciclopropano e o ciclobutano; o
ciclopentano seria estável dado que a sua deformação angular em relação ao ângulo
normal é pequena. A partir do cicloexano, como o desvio angular relativamente a 109,5º
se tornaria progressivamente mais elevado, a tensão das moléculas seria cada vez maior.
O ciclopropano e o ciclobutano sofrem reacções de ruptura de anel e sintetizar
anéis maiores que o cicloexano é difícil.
Excepto para o ciclopropano, a suposição de planaridade dos anéis está incorrecta
e os desvios grandes previstos em relação a ângulos de ligação de 109,5º estão erradas
para anéis de 6 membros ou mais. Isto pode-se concluir a partir de evidências
experimentais: através dos calores de combustão dos cicloalcanos pode-se conhecer o
seu estado energético. Por este processo o ciclopentano mostra ter tensão angular e a
partir de 14 átomos de carbono deixa de haver esta tensão.
71
CALORES DE COMBUSTÃO DE CICLOALCANOS:
Calor de
Calor de
Tamanho do combustão Energia total
Cicloalcano combustão
anel (n) por CH2 (kcal/mol)
(kcal/mol)
(kcal/mol)
Ciclopropano 3 499,8 166,6 27,6
Ciclobutano 4 655,9 164,0 26,4
Ciclopentano 5 793,5 158,7 6,5
Ciclohexano 6 944,5 157,4 0
Cicloheptano 7 1108 158,3 6,3
Ciclooctano 8 1269 158,6 9,6
Ciclononano 9 1429 158,8 12,6
Ciclodecano 10 1586 158,6 12,0
Cicloundecano 11 1742 158,4 11,0
Ciclododecano 12 1891 157,6 2,4
Ciclotridecano 13 2051 157,8 5,2
72
Ciclotetradecano 14 2204 157,4 0
n – alcano
alcano 157,4 0
(referência)
Então…
Os factores que determinam a estabilidade de uma conformação são:
Tensão angular:
Qualquer átomo tende a apresentar ângulos de ligação semelhantes aos das
respectivas orbitais de ligação, por exemplo, o ângulo tetraédrico no caso do carbono
3
O cicloexano não possui tensões.
73
hibridizado em sp3. Qualquer desvio do valor “normal” dos ângulos de ligação faz-se
acompanhar de tensão angular.
Tensão torsional:
Em qualquer par de átomos de carbono tetraédricos, ligados um ao outro, as
restantes ligações de cada um deles tende a apresentar-se em estrela relativamente às do
outro. Qualquer desvio do arranjo estrelado é acompanhado de tensão torsional.
Tensão estérica:
Tensão que resulta devido à competição por espaço e interacção de substituintes
volumosos.
CONFORMAÇÕES:
Ciclopropano:
É uma molécula muito instável já que possui tensão angular e torsional pois os átomos
de hidrogénio estão sempre eclipsados. A conformação, portanto, uma eclipse.
As ligações do ciclopropano não são rectas mas sim curvas. Não há ligações sigma
puras pois há coalescência em pouca lateral, não podendo fornecer uma ligação tão
estável como uma ligação sigma, que resultaria duma coalescência cabeça-cabeça.
74
Ciclopropano:
O nível energético que Bayer concebia para o ciclobutano é diferente do obtido na
prática:
- Para evitar a energia torsional, a própria molécula fará com que os átomos não fiquem
eclipsados;
- Ao fazer-se este tipo de tensão, agrava-se a tensão angular e aumentar a energia
potencial. Mas apesar desta, o estado energético é menor do que o de uma conformação
planar.
Ciclopentano:
Se fosse planar teria uma elevadíssima energia torsional causada por 5 pares de átomos
de H. Assim, vai haver um arranjo tridimensional (4 C num plano e um fora), de modo a
diminuir a energia torsional e obter o estado de menor energia.
CONFORMAÇÕES DO CICLOEXANO
Não há um estado de tensão porque a molécula tem uma estrutura tridimensional.
Para além disso, o cicloexano tem grande mobilidade.
Existem dois confórmeros para o cicloexano:
- Conformação em cadeia:
Verificando sucessivamente cada uma das ligações C-C, conclui-se que nesta
conformação as outras ligações dos carbonos estão, em cada caso, em arranjo estrelado.
75
A conformação está isenta, não só de tensão angular como também de tensão
torsional. Corresponde a um mínimo de energia e a forma da cadeia representa a
conformação mais estável do cicloexano e, na realidade de quase todos os derivados do
cicloexano.
- Conformação em barco:
Obtém-se da conformação em cadeia quando se “dobra” a extremidade esquerda
da molécula para cima.
Esta conformação corresponde a um máximo de energia, sendo portanto, pouco
estável. Isto porque há duas ligações C-C que olhadas de topo revelam a existência de
dois conjuntos de ligações em eclipse e, portanto, de considerável tensão torsional tanto
como em duas moléculas de etano.
Além disso, existe tensão estérica devido à aglutinação entre os hidrogénios “dos
paus de bandeira”, que se encontram apenas à distância de 183pm. Esta conformação é
bem menos estável que a de cadeira.
76
Quando a distância dos hidrogénios de cima for igual à dos de baixo, são
atenuadas as interacções entre os hidrogénios em “pau de bandeira”, ou seja, atenua-se a
tensão estérica e a torsional.
77
Com o movimento ring-flip, as substituições axiais passam a equatoriais:
95%
78
facto, estudos efectuados com modelos proporcionais das duas conformações mostram
que quando o grupo metil é axial, está tão próximo dos dois hidrogénios axiais, do
mesmo lado da molécula, que as forças de Van de Walls entre eles são repulsivas.
Em derivados do cicloexano, com substituintes maiores, este efeito é ainda mais
pronunciado. Calcula-se que a conformação do terc-butilcicloexano com o grupo ter-
butil em posição equatorial é mais estável do que a forma axial por 5 kcal/mol. Esta
diferença grande de energia entre as duas conformações significa que, à temperatura
ambiente, praticamente 100% das moléculas são ter-butil-cicloexano equatorial e
portanto não há rinflip para a forma axial:
Exemplo2: Fluorocicloexano
Exemplo3: Terc-butilcicloexano
79
A presença de dois substituintes no anel de um cicloalcano introduz a
possibilidade de isomerismo cis-trans. Até aqui, as posições relativas dos grupos nos
isómeros cis e trans eram designadas com referência a anéis planares: ambos os grupos
se encontram abaixo do plano do anel, ou um grupo encontra-se acima e o outro abaixo
desse plano. A configuração da estrutura nestes termos é no entanto inexacta. Por isso
aplica-se conjuntamente com a isomeria os conceitos de análise conformacional.
Exemplo1: 1,2-dimetilciclopropano
Exemplo2: 1,2-dimetilcicloexano
Isomeria cis
Podem existir duas conformações, em cada uma um CH3 axial e outro equatorial.
A estabilidade das duas é a mesma:
80
Isomeria trans:
81
A análise conformacional dos derivados do cicloexano que contêm substituintes
diferentes processa-se da mesma forma. Por exemplo, o volumoso grupo ter-butilo em
virtude das muito altas interacções 1,3-diaxiais, tende especialmente a acomodar-se em
posição equatorial. Se os outros substituintes forem consideravelmente mais pequenos
do que o terc-butilo, como sucede usualmente, a molécula fica virtualmente presa numa
única conformação: a que tiver o grupo terc-butilo equatorial.
82
Representação planar
Cis Trans
1,2
1,3
1,4
83
Representação de acordo com as conformações:
Cis Trans
1,3
84
ESPIROCÍCLICOS:
Um átomo pertence a dois anéis.
ANÉIS FUNDIDOS
Átomos adjacentes são comuns a dois anéis. Os dois anéis partilham um lado.
85
COMPOSTOS BICÍCLICOS UNIDOS POR UMA PONTE
ESTERÓIDES
O seu esqueleto de carbono é tetracíclico.
86
87
88
COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS
NOMENCLATURA
Exemplo:
neo-pentano
Para designar os diversos alcanos mais altos utiliza-se o sistema IUPAC, cujas
regras se explicam a seguir.
89
Nomenclatura de alcanos de cadeia ramificada
1.Localiza-se a cadeia mais longa e contínua de átomos de carbono; esta cadeia
determina o nome básico do alcano.
2.Numera-se a cadeia mais longa começando-se com a extremidade mais próxima
da ramificação.
3.Usam-se os números obtidos pela regra 2 para designar a localização dos grupos
substituintes:
- 1º: número
- 2º: grupo substituinte
- 3º: nome básico do alcano
4.Quando dois ou mais substituintes estão presentes, atribui-se a cada substituinte
um número correspondente à sua localização na cadeia mais longa.
5.Quando dois ou mais substituintes estão presentes no mesmo carbono usa-se este
número duas vezes.
6.Quando dois ou mais substituintes são idênticos indica-se isto com o uso dos
prefixos di, tri, tetra, e assim por diante. São usadas vírgulas para separar os números
entre si.
7.Quando duas cadeias de igual comprimento competem para a selecção da cadeia
básica, escolhe-se a cadeia com o maior número de substituintes.
90
EXERCÍCIOS
Dê nome aos seguintes compostos:
a)
b)
c)
a) Resposta: 1,1,2-trimetilcicloexano
91
b) Resposta: 4-ciclopentil-2,3-dimetilexano
c) Resposta: 1,2-diciclopropiletano
b) C7H16 (9)
Resposta:
92
Resposta:
b)
Resposta:
c)
Resposta:
93
Respostas:
Conformações e confórmeros
São os diferentes tipos de arranjos espaciais dos átomos em volta das ligações
simples. De modo a compreender a conformação das moléculas, existem duas formas de
as representar:
Representação em cavalete ou “sawhorse”
Pode-se representar a molécula em perspectiva com os átomos no mesmo plano
(traço a cheio), para trás do plano (tracejado), para a frente do plano (cunha). Nesta
representação a molécula é vista de lado. A representação em “sawhorse” também se
pode fazer por meio de paus e bolas.
Exemplo:
94
Representação por projecção de Newman do etano
Conformação do etano
Para o etano existem duas conformações estremas: uma em que os átomos de
hidrogénio ocupam num e noutro átomo de carbono posições exactamente opostas –
conformação em eclipse e outra em que os átomos de hidrogénio dum dos átomos de
carbono estão em posições bissectrizes relativamente aos átomos de hidrogénio do outro
átomo de carbono – conformação em estrela.
Entre as conformações estrela e eclipse existem um número indefinido de
conformações que se chamam oblíquas.
Embora a ligação simples permita uma livre rotação, os átomos têm tendência para
estarem na conformação em estrela que é a conformação mais estável, porque nesta
conformação há o maior afastamento possível das nuvens de H.
Assim, a maioria das moléculas de etano encontram-se na conformação estrela,
ainda que todas as configurações coexistam.
Para uma molécula passar da configuração estrela para qualquer uma das outras,
tem que passar uma barreira de energia – energia tensional, que é a energia necessária
para se produzir rotação dentro da molécula à volta da ligação carbono-carbono.
A energia potencial da molécula passa por um mínimo na conformação em estrela,
aumenta com a rotação e atinge um máximo na conformação em eclipse.
Aqui, diz-se haver tensão torsional onde há formação torsional que é a tensão
exercida pelos +átomos de H numa conformação em eclipse. Resulta da interacção das
nuvens electrónicas dos átomos que estão em eclipse.
95
Conformações do propano
Neste caso também pode haver rotação em volta de duas ligações carbono -
carbono; ela é também praticamente livre. Só que um H foi substituído por um grupo
metilo e embora este seja consideravelmente maior que o H, a energia torsional é apenas
um pouco maior que a do etano e assim e tensão torsional correspondente à
configuração em eclipse é também maior.
Conformações do butano
Se se considerar a rotação em torno de uma ligação C2-C3 do butano, a energia de
torsão também está presente. Há entretanto, factores adicionais. Para vermos quais são,
deve-se olhar para as conformações importantes do n-butano mostradas abaixo:
96
custo total = 3,8 kcal/mol
Estas conformações eclipsadas não só têm tensão torsional como também têm
repulsões de Van der Wals entre os grupos metilo e hidrogénios eclipsados.
Então:
Interacção Conformações Energias Tensão
H-H Eclipse 1,0 kcal/mol Torsional
H-CH3 Eclipse 1,4 kcal/mol Torsional
CH3-CH3 Eclipse 2,5 kcal/mol Torsional+Estérica
CH3-CH3 Gauche 0,9 kcal/mol Esférica
97
Variações de energia potencial devidas à rotação sobre a ligação C2-C3 do n-butano.
Observando este gráfico das variações de energia potencial, poder-se-ia pensar que
num frasco de butano, ele existisse fundamentalmente na projecção anti (a mais
estável). No entanto, tal não acontece pois as diferenças de energia em relação às outras
conformações são pequenas e à temperatura ambiente é possível obter-se a energia
suficiente para que o n-butano adquira todo o tipo de conformações.
Etano…
Conformação em eclipse:
98
Duas ligações são anti quando o ângulo entre elas é de 180º:
Então…
99
100
Propano…
- Conformação em estrela
- Conformação eclipsada
101
102
EXERCÍCIOS
Esterioquímica
Alguns ciclos não contém apenas átomos de carbono, mas também heteroátomos
(N ou S por exemplo) – designam-se heterociclos.
Seguem-se alguns exemplos de ciclos, muitos deles usados como solventes.
103
ENANTIÓMEROS
Moléculas cuja imagem não é sobreponível num espelho.
Quiralidade
104
Os compostos não são sobreponíveis à sua imagem no espelho. Quando essa
sobreposição é possível diz-se haver aquiralidade.
4
Em alguns livros ainda aparecem as designações de carbono assimétrico ou carbono quiral, mas não se
devem usar.
105
Geralmente o estereocentro (*) é um carbono tetraédrico com hibridização sp3, ao
qual estão ligados quatro substituintes diferentes. Existem, contudo, estereocentros
trigonais com heteroátomos.
106
! Compostos quirais estão um para o outro como a imagem para o espelho.
107
! A existência de um estereocentro é suficiente para haver quiralidade, mas não
Então…
Os enantiómeros têm estereoisomeria. Têm uma relação especular entre si, não
sendo sobreponíveis. Para que existam, os compostos têm de ser assimétricos ou quirais.
A assimetria ou quiralidade resulta da existência de um estereocentro e da existência ou
não de planos de simetria.
?? SIMÉTRICO OU ASSIMÉTRICO??
108
109
Então…
110
111
112
113
114
115
116
117
118
Nomenclatura de enantiómeros (Convenção ):
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
Alcenos e Cicloalcenos
Hidrocarbonetos insaturados:
- Alcenos
-Alcinos
- Aromáticos
ETILENO
O ∆Gº desta reacção está muito mais dependente da entropia do que da entalpia
(T∆Sº >>∆Hº), contrariamente ao que se tem verificado. Isto porque a lise das ligações
C-C e C-H possui uma energia bastante elevada (elevada entalpia), mas no entanto os
fragmentos obtidos e a temperatura elevada fazem com que a entropia seja ainda mais
elevada.
129
β-caroteno
Esqualeno
Alceno que tem 6 ligações duplas, mas não conjugadas, sendo o percursor de
todas as hormonas esteroidais.
Farneseno
Exemplo:
a) Calcular o grau de insaturação de um composto de Mr=82.
O composto tem fórmula molecular C6H10 (6x12 + 10 = 82).
Se o composto fosse saturado tinha a fórmula geral dos alcanos CnH2n+2, ou seja,
como não=6, tinha a fórmula molecular C6H14.
Há diferença de 4H. Por cada par de H que saem há a formação de 1ligação dupla,
logo, neste caso, há formação de 2ligações duplas grau de insaturação = 2.
É de notar que por cada 2H que saem há formação de 1anel, logo este composto
podia ter várias estruturas:
130
1) 2 ligações duplas
cicloexeno
3) 2 anéis
4) 1 ligação tripla
NOMENCLATURA DE ALCENOS
As regras IUPAC para a nomenclatura de alcenos são semelhantes em muitos
aspectos às vistas para os alcanos. A única diferença é que agora o sufixo não é ano mas
sim eno. Muitos nomes antigos ainda são usados:
Composto Nome IUPAC Designação antiga
CH2=CH2 Eteno Etileno
CH3CH=CH2 Propeno Propileno
CH3 – C(CH3) = CH2 2-metilpropeno Isobutileno
131
H2C=CH etenilo Vinilo
H2C=CH-CH2 2-propenilo alilo
132
Propriedades físicas e estruturas electrónicas
Os alcenos caracterizam-se pela presença de ligações duplas. Uma ligação dupla é
constituída por uma ligação σ (resultante da coalescência entre duas obitais sp2 dos
carbonos) e por uma ligação π (formada a partir da coalescência lateral de duas orbitais
p não hibridizadas).
133
- Quanto à força da ligação pode-se explicar da mesma forma, pois a ligação π
existente na ligação dupla reforça-a tornando-a mais forte.
- Em relação ao ângulo de ligação, nos alcenos é de aproximadamente 120º devido
à geometria triangular enquanto que nos alcanos é de 109º5’ devido à geometria
tetraédrica.
Isomeria cis/trans
A ligação dupla torna impossível a rotação e portanto a existência de
conformações.
No caso dos alcenos existem não conformações mas sim configurações que
consistem no arranjo de átomos característico de determinado estereoisómero.
134
Estereoisómeros por sua vez são compostos com a mesma fórmula de estrutura mas que
diferem no arranjo espacial dos átomos.
Uma primeira consequência da impossibilidade de rotação em torno da ligação
dupla é a existência nos alcenos de isomeria geométrica ou isomeria cis-trans.
135
Regras sequenciais: nomenclatura Z/E
A nomenclatura cis-trans é aceitável no caso de alcenos di substituídos
complicando-se para alcenos tri e tetrasubstituídos, sendo necessária outro tipo de
nomenclatura: Z/E.
Este tipo de nomenclatura baseia-se em regras sequenciais modificando a
denominação cis e trans e passando a haver:
Z – composto em que os grupos de maior prioridade se encontram para o mesmo
lado (cis)
E – composto em que dois grupos de maior prioridade se encontram para lados
opostos (trans)
Regras sequenciais
136
_____________________________
Logo vem:
E
2) Se a regra anterior não puder ser aplicada, ou seja, se a decisão não puder ser
feita com o 1º átomo faz-se o desempate com o segundo átomo.
Exemplo:
logo vem:
E
137
3) A existência de ligações duplas nos substituintes equivale a ter o mesmo nº de
ligações simples.
O seguinte composto é Z ou E?
PM = 43
PM = 41
Assim…
Z
138
ESTABILIDADE DE ALCENOS: hidrogenação catalítica de alcenos cis e trans
substituídos.
Para avaliar qual dos alcenos cis e trans substituídos seria mais estável recorreu-se
a dois processos:
O facto do isómero cis ser menos estável deve-se à interacção estérica que se
verifica entre os dois grupos substituintes.
HIDROGENAÇÃO CATALÍTICA
É um outro processo de avaliar a estabilidade relativa dos alcenos. Consiste numa
reacção polar de adição na presença de um catalisador (Pl ou Pd), em que é adicionado
H que se liga à ligação dupla para formar um alceno correspondente. Aplicando este
processo, por exemplo ao 2-buteno:
A
partir dos calores de hidrogenação, traçou-se um diagrama de energia para as reacções 1
e 2 anteriores.
139
Através deste diagrama verifica-se mais uma vez que o isómero trans é mais
estável pois é mais difícil a sua hidrogenação para originar o butano. No entanto, este
processo informa que a diferença de estabilidade entre dois isómeros é agora de
1Kcal/mol enquanto que para o processo anterior era de 0,66Kcal/mol – isto pode ser
explicado devido a erros experimentais.
32,8
30,1
30,3
28,6
27,6
28,5
26,9
26,6
De cima para baixo nota-se que aumenta o grau de substituição. E quanto maior o
nº de substituintes, mais baixo o calor de hidrogenação e portanto mais estáveis os
alcenos.
140
Em relação à estabilidade e substituição chega-se à seguinte conclusão:
HIPERCONJUGAÇÃO
É a razão mais defendida. Consiste no efeito estabilizador que resulta da
sobreposição entre a orbital p da ligação π e a orbital σ da ligação C-H do átomo
vizinho do substituinte. Quanto mais substituintes houver, mais o efeito de
hiperconjugação se faz notar.
FORÇAS DE LIGAÇÃO
Baseia-se na análise das diferentes ligações na molécula. As ligações entre dois
carbonos em que nenhum tem uma ligação dupla é sp3 – sp3. Mas a ligação de 1
carbono a outro que tenha ligação dupla é do tipo sp3 – sp2. Como as ligações sp3 – sp2
são mais fortes tem-se que:
141
REACÇÕES DE ADIÇÃO ELECTROFÍLICA A ALCENOS:
142
São reacções típicas dos alcenos. No fundo a reacção processa-se entre um
nucleófilo e um electrófilo.
Sabe-se que nas ligações σ os electrões não estão muito acessíveis. Nas ligações π
os electrões estão estericamente acessíveis. Assim, o facto de existirem ligações duplas
nos alcenos, faz com que haja electrões acessíveis nesta ligação, tornando a molécula
num nucleófilo (rico em electrões). Por sua vez ao alceno é adicionado um ácido
halogenado HX (X é um halogénio) que funciona como electrófilo (ávido de electrões).
143
ADIÇÃO DE HX A ALCENOS
Exemplo:
144
Mecanismo da reacção
1 - O nucleófilo ataca o electrófilo (H+). Este ataque é feito pelos electrões da
ligação π que formam uma nova ligação –ligação σ entre C e H.
Se o nucleófilo cede electrões ao H+, um carbono fica com carga positiva. Tem-se
um electrófilo com uma orbital p vazia (perdeu 2 electrões) – carbocatião
intermediário (é intermediário pois aparece no meio da reacção).
145
Exemplos:
146
Na prática, usa-se a regra de seguinte modo: o hidrogénio do ácido liga-se ao
átomo do carbono que já possuir maior nº de átomos de hidrogénio (usa-se a
mnemónica “a todo o que tem dar-se-lhe-á”.
No caso especial da ligação dupla estar igualmente substituída há uma mistura de
produtos (que podem não estar em partes iguais).
Estabilidade de carbocatiões
Para estudar a estabilidade dos carbocatiões recorre-se às energias de dissociação
heterolítica correspondentes à ionização de halogenetos de alquilo. A reacção genérica
que ocorre é a seguinte:
147
Cada halogeneto de alquilo tem uma ionização mais ou menos difícil, conforme
seja primário, secundário ou terciário:
∆Hº
Formação de:
(Kcal/mol)
Metilo CH3ClCH3+ + Cl- 227
Um carbocatião
CH3CH2Cl CH3CH2+ + Cl- 195
primário
Um carbocatião
173
secundário
Um carbocatião
157
terciário
O que se verifica é que é mais fácil de ionizar o halogeneto terciário (pois o seu
∆Hº é menor), ou seja, é mais fácil formarem-se carbocatiões terciários, que são os mais
estáveis.
Seguindo esta linha de raciocínio:
1) HIPERCONJUGAÇÃO
Já se falou neste tipo de reacções. Sabe-se que consiste na coalescência da orbital
p vaga com a ligação σ C-H vizinha.
Os electrões da ligação σ C-H conseguem uma interacção com a orbital p de modo
à carga positiva ser neutralizada. Quanto maior o número de substituintes, maior é a
148
neutralização, ficando o carbocatião mais estável pois não está tão carregado
positivamente como o carbocatião terciário é o que tem maior nº de substituintes, daí
que seja também o mais estável.
2) EFEITO INDUTIVO
Fenómeno que resulta da electronegatividade. Os grupos alquilo substituintes
“empurram” os electrões para o carbono onde está a carga positiva neutralizando-a.
Têm portanto, efeito +I.
Quanto maior o número de grupos alquilo substituintes, mais electrões são
“empurrados” para o carbono e mais neutralizada fica a carga, resultando num
carbocatião mais estável.
149
Relação entre a estrutura do E.T e a estabilidade do produto:
↑ substituição →↑ estabilidade → o produto final é mais estável e menos
energético: ↓ ∆G*
150
151
152
153
154
POSTULADO DE HAMMOND
Reacções exotérmicas – Os estados de transição assemelham-se ao reagente nas suas
estruturas (são energeticamente) mais próximos.
155
Reacções endotérmicas – os estados de transição assemelham-se aos produtos em
estrutura e energeticamente.
156
Rearranjo de carbocatiões e comprovação de um mecanismo:
Na adição electrofílica o carbocatião intermediário pode sofrer rearranjos
originando um carbocatião mais estável.
Os rearranjos podem-se dar por:
Transferência de hidreto (H:-)
Exemplo:
Por adição de HCl ao 3-metil-1-buteno, produz-se não só o esperado 2-cloro-3-
metilbutano, como também 2-cloro-2-metilbutano:
Transferência de alquilo:
Exemplo:
Por adição de HCl ao 3,3-dimetilo-1-buteno obtém-se não só o esperado 2-cloro-
3,3-dimetilbutano, como também o 2-cloro-2,3-dimetilbutano.
157
↓
Existem várias reacções de eliminação que como tal servem para a preparação de
alcenos, mas só serão focadas as de desidratação de álcoois e a desidrohalogenação.
Desidratação de álcoois:
Fórmula geral:
1- Condições experimentais:
A maioria dos álcoois desidrata-se e forma alcenos quando são aquecidos em
presença de um ácido forte. Os ácidos mais frequentemente usados são doadores de
protões como o ácido sulfúrico e o ácido fosfórico, ou os ácidos de Lewis, como a
alumina (Al2O3).
A facilidade relativa com que os álcoois se desidratam apresenta a seguinte ordem:
158
Facilidade de desidratação:
Regra de Saytzeff
É de notar que em 2 e 3 embora se formem misturas de compostos em diferentes
quantidades, forma-se sempre o alceno mais substituído em maior quantidade:
Exemplo:
Isto é o mesmo que dizer que o OH sai de preferência com o H do carbono mais
pobre em H.
159
Mecanismo de desidratação de álcoois:
1)
O ião axónio formado é muito instável tendo tendência a estabilizar a sua carga
libertando H2O e originando um carbocatião.
2)
3)
carbocatião
160
Passo limitante formação do carbocatião e consequente perda de H2O (1º e 2º).
Desidrohalogenação:
Forma geral (eliminação β):
- Neste tipo de reacção nunca se obtém um produto maioritário mas sim uma
mistura de produtos.
- É necessária a presença duma base forte, como o KOH dissolvido em álcool
etílico, mas os sais de sódio de álcoois são também bastante usados.
- Aqui continua a ser válida a regra de Zaitsev.
- O hidrogénio eliminado na desidrohalogenação é um dos ligados a um carbono
adjacente ao carbono que sustenta o halogéneo. Este carbono é chamado carbono β,
como resultado, estas reacções são geralmente chamadas eliminações β.
Mecanismo de desidrohalogenação
Analise-se a reacção:
1)
161
2)
Como o carbono tem tendência a estabilizar a sua carga, libertará o ião brometo
que ataca o K+.
REACÇÕES DE ADIÇÃO
As reacções características dos alcenos são reacções típicas da ligação dupla:
162
Para além destas reacções características dos alcenos, estes podem sofrer um nº
variado de reacções:
163
Mecanismo de adição de halogéneos:
164
Formação de halohidrinas: mecanismo
Na adição de ácido hipocloroso (HOCl) ou hipobromoso (HOBr) a um alceno,
forma-se cloro ou bromoalcoois, mas como estes ácidos não existem na forma livre,
porque não são estáveis. Obtêm-se por adição de H2O a Cl2 ou a Br2. Os cloros ou
bromoalcoois são designados por halohidrinas.
165
A primeira etapa do mecanismo para a formação de halohidrina é a mesma que no
mecanismo de adição de halogéneos. Entretanto no 2º passo, a água – actuando como
nucleófilo – ataca o ião holónio. O anel de 3 membros do ião abre-se e forma um álcool
protonado. Este perde um protão e leva à formação de haloidrina. A água, porque possui
pares de electrões não ligantes, age como um nucleófilo nesta e em muitas outras
reacções. Neste caso, as moléculas de água são muito mais numerosas que os iões
brometo ou cloreto porque constitui o solvente da reacção. Este facto explica porque a
halohidrina é o produto principal.
O H3O+ resultante liga-se ao Br- formando HBr.
166
É de concluir que sempre que haja moléculas de Br2 e H2O no meio reaccional há
competição Br-/H2O, formando-se uma mistura de produtos, consoante haja adição de
bromo ou de água ao ião bromónio.
Mecanismo
167
Na segunda fase –desmercuração – o borihidreto de sódio (NaBH4) funciona como
agente redutor para retirar o mercúrio (Hg), sendo o resultado final da reacção a
formação de um álcool.
Esta reacção está de acordo com a regra de Markovnikov e tem um elevado
rendimento, em geral acima de 90%.
A oximercuração pode ter diferentes aplicações, consoante os nucleófilos
utilizados pois pode-se dar a formação dum éter metílico ou de um éster metílico ou de
um álcool:
Mecanismo:
168
Hidroboração – OXIDAÇÃO
A hidroboração – oxidação constitui um método para a preparação de álcoois que,
normalmente, não podem ser obtidos pela hidratação de alcenos catalisada por ácidos ou
pela oximercuração – desmercuração.
A hidroboração consiste na adição de BH3 à ligação dupla, formando-se um novo
composto – organoborano.
169
Como o borano (BH3) é um gás altamente instável, porque o boro tem 6 electrões
de valência, tem que se fazer uma solução de borano em tetrahidrofurano (THF),
originando um complexo estável BH3-THF.
170
No início dá-se uma reacção ácido-base entre os electrões π e a orbital vaga do
boro originando um complexo intermediário, que se forma através de uma reacção
polar.
O intermediário prossegue a reacção através de um estado de transição cíclico de 4
membros. Chama-se estado de transição porque as ligações começam a formar-se e a
quebrar-se.
171
As ligações C-H e C-B formam-se simultaneamente e definitivamente do mesmo
lado da ligação dupla, quebrando-se a ligação H-B.
172
Forma-se um carbocatião terciário parcial (mais estável) em vez de um
carbocatião secundário parcial. Como o átomo de boro é volumoso, tem que se ligar ao
carbono menos impedido estericamente. Por isso se diz que a adição é aparentemente
não Markovnikov, pois embora no final o hidrogénio fique ligado ao carbono menos
hidrogenado contrariando a regra. Terá de ser assim pois trata-se do caminho mais
estável, o que está de acordo com a regra que evidencia a necessidade de seguir o
caminho mais estável.
Iniciação:
173
Propagação:
O radical terciário requer menos energia para se formar, sendo portanto mais
estável. Assim, verifica-se que as estabilidades relativas estão na seguinte ordem:
174
terciário > secundário > primário > metílico
175
Transferência paulatina de átomos de hidrogénio formando-se um alcano antes
que a molécula orgânica abandone a superfície do catalisador.
Hidroxilação de alcenos
Consiste na adição de –OH a cada um dos carbonos insaturados. Para efectuar esta
reacção utilizam-se permanganato de potássio (KMnO4) em meio alcalino ou o
tetróxido de ósmio (OsO4).
Trata-se de uma reacção de oxidação pois há um aumento do número de oxigénio.
176
177
A reacção com o OsO4 é mais eficiente. Com o KMnO4 obtém-se apenas 37% do
produto.
178
Esta reacção trata-se, portanto, de uma reacção de clivagem. Dentro dos vários
reagentes de clivagem o mais importante é o ozono (O3) que é um poderoso oxidante
que se forma a partir de 3O2 por meio de uma descarga eléctrica.
O ozono tratado com diclorometano e a temperaturas muito baixas reage com os
alcanos para formar compostos instáveis – os molozonidos.
Os molozonidos não podem ser isolados por serem explosivos, mas sofrem
arranjos espontaneamente para originar um composto que não é dotado de grande
estabilidade, mas que já se conseguem isolar – ozonido.
Quando o ozonido é tratado com zinco (agente redutor), obtêm-se compostos
carbonil. Quando isto acontece diz-se que a ozonólise é seguida de redução.
179
180
Clivagem oxidativa de 1,2-dióis
A clivagem 1,2-diol apresenta-se como alternativa à ozonólise-redução, pois
ambos conduzem ao mesmo tipo de compostos.
Os 1,2-dióis podem ser clivados por meio de ácido periódico, havendo oxidação e
formação de compostos carbonílicos.
181
Carbenos e adição de diclorocarbenos – Reacção de Simmons – Smith
Este carbenóide funciona como dador de carbeno, sem q este exista no meio
reaccional.
182
A adição é sempre syn.
183
184
185
186
187
188
189
190
191
192
193
194
ALCENOS, RESUMO…
195
ALCINOS
Fórmula geral:
CnH2n-2
Os alcinos são moléculas lineares. A ligação tripla é constituída por duas ligações
π e uma ligação σ, sendo a rotação impossível e portanto não existem confórmeros.
A hibridização é do tipo sp e portanto a geometria é linear e os ângulos de 180º.
O Alcino mais simples é o acetileno que é também o mais importante que há em
termos industriais pois podem-se obter muitos produtos a partir deste.
Quanto à nomenclatura, os alcinos são designados do mesmo modo que os alcenos
com a terminação –ino.
196
197
198
199
Reacções de alcinos: Hidratação, hidroboração e redução
Todas as reacções apontadas que justificavam a reactividade dos alcenos também
se aplicam aos alcinos que não são mais reactivos. As reacções características são
também de adição.
200
201
202
203
Hidratação
A hidratação de alcinos é mais difícil, necessitando de sulfato de mercúrio para
que se dê.
Desta reacção produz-se inicialmente um enol que é geralmente instável, e se
rearranja rapidamente para formar uma cetona ou aldeído.
204
O rearranjo do enol a um aldeído ou cetona é designado por tautomeria
cetoenólica ou equilíbrio tautomérico.
R2C (carbenos):
- Moléculas neutras
- Carbono bivalente
- 6 electrões de valência
- Não são isoláveis, funcionam como intermediários reaccionais
- Alta reactividade
- São electrófilos e portanto estão em condições de reagir com nucleófilos
(alcenos).
205
É de notar que é fácil substituir os grupos Cl por aqueles radicais que nos serão
mais convenientes (substituição nucleofílica) conduzindo ao carbeno desejado.
Diclorocarbeno: Carbocatião:
3
- carbono hibridizado sp - carbono hibridizado sp2
- orbital p vaga - orbital p vaga
Hidroboração
Não envolve a formação de carbocatiões. Decorre num único passo e o resultado é
também um enol e depois uma cetona.
206
Acidez de alcinos: formação de aniões acetileto – alquilação
Os alcinos terminais são fracamente ácidos porque quando tratados com uma base
forte podem ceder um protão (isto só acontece com alcinos terminais – H ligado ao
carbono).
Originam o anião acetileto que resulta de um ácido fraco, logo é uma base muito
forte o que implica que seja fortemente nucleofílico – tem capacidade de atacar um
halogeneto de alquilo, fazer com que o Br- se desligue e forme uma ligação C-C – 1ª
reacção que permite fazer ligação C-C.
207
208
Alcinos: Resumo
HALOGENETOS DE ALQUILO
São compostos bastante importantes para a indústria e são usados como:
Solvente Refrigerante
(1,2-dicloroetano)
(freon 12)
Anestésico
Fumigante
(Halotano)
209
e halogenetos de vinilo:
210
Sistemas insaturados conjugados
Uma ligação dupla afecta as propriedades de qualquer espécie tendo uma orbital p
num átomo a ela adjacente.
Um sistema conjugado é um qualquer sistema com uma orbital p num átomo
adjacente à ligação dupla.
Podem ser de 3 tipos:
A conjugação permite que as duas unidades funcionais dentro de uma molécula
interajam entre si, apresentando reactividade qualitativamente diferente das unidades
isoladamente.
Grupo alilo CH2=CHCH2-
Carbocatião alílico C=C-C+
Substituinte alílico aquele que está ligado a um carbono alílico.
Substituição alílica:
211
212
213
Estabilidade do radical alilo: ressonância
Estabilidade:
Alílico ou alilo > radicais terciários > secundários > primários > vinilo
214
Ressonância – Regras importantes sobre os híbridos
1- Os contribuintes para um híbrido de ressonância só existem no papel, são
imaginários, não são reais.
2- Os contribuintes para um híbrido de ressonância só diferem na
localização dos electrões π ou dos electrões não compartilhados.
3- Diferentes contribuintes de uma mesma substância não têm de ser
equivalentes.
215
Os reagentes de Grignard permitem a obtenção de alcanos pois são dadores de
carboaniões:
Catião alilo
Estabilidade:
alílico > terciário > alilo > secundário > primário > virilo
Dienos conjugados
1,3-butadieno, a progesterona e o benzeno
Dienos conjugados são compostos com ligações duplas alternadas com ligações
simples. O dieno conjugado mais simples é o 1,3-butadieno.
H2C=CH – CH = CH2
Os dienos conjugados existem nos pigmentos de flores e frutos-polienos.
Exemplo:
Neste caso, quanto maior for o número de cromóforos, mais corado é o composto.
Existem também na progesterona que provém de cetona + alceno.
216
COMPOSTOS AROMÁTICOS
estrona
Morfina, adrenalina, vitamina E, Peniciliva V, Benzeno, naftalina, xileno, indeno,
naftaleno, bifenil.
A principal origem destes compostos é o carvão. São encontrados como produtos
da destilação do carvão.
Produtos de síntese:
Exemplo:
217
Fenol Ácido benzóico
(pe 43ºC) (pe 122ºC)
Anilina Benzonitrilo
(pe 134ºC) (pe 191ºC)
Acetofenona Orto-xileno
(pe 21ºC) (pe 144ºC)
Cumeno Estireno
(pe 152ºC) (pe 145ºC)
2) O que está ligado ao benzeno pode ser maior que o anel (mais de 6C)
Neste caso o anel aromático é considerado como grupo fenilo e o grupo alquilo a
ele ligado é considerado como cadeia principal.
218
Derivados dissubstituidos do benzeno:
Posição orto:
Posição meta:
Posição para:
Policiclos condensados
Tem numeração especial.
219
Estrutura do benzeno: proposta de Kekulé/Josef Laschmidt
Em 1800 conhecia-se já a fórmula molecular do benzeno – C6H6. Sabia-se também
que se tratava de um composto insaturado, no entanto, apesar disso o benzeno não
promovia as reacções dos alcenos. De facto, por adição de Br2, não se verificava a
formação de um produto de adição mas sim de substituição:
C6H6 + Br2 → C6H5Br (produto de substituição) → 3 isómeros C6H4Br2 (produto de dissubstituição)
220
Enquanto que o benzeno não reage com qualquer dos reagentes.
Este facto só pode ser explicado estudando a estabilidade do benzeno.
Estabilidade do benzeno
Estabilidade do benzeno
Chegou-se às seguintes conclusões:
O benzeno não promove reacções de adição electrofílica;
Analisando-se todos os compostos insaturados semelhantes ao benzeno,
verificava-se que todos libertavam cerca de 28,6 Kcal/mol por ligação dupla, segundo o
quadro:
Reagente Produto ∆Hº (kcal/mol)
cicloexeno cicloexano 28,6
1,3-cicloexadieno cicloexano 55,4
221
Observa-se que no benzeno, todos os electrões têm os seus spins emparelhados e
não há electrões nas orbitais antiligantes – o nível ligante está completo, que explica, em
parte, a estabilidade do benzeno.
Representações do benzeno
Uma única estrutura de Kekulé não é satisfatória para justificar as propriedades do
benzeno. Assim o benzeno é um híbrido de ressonância em que cada um dos
contribuintes é uma estrutura de Kekulé.
222
Visão segundo Kekulé (as ligações duplas são mais curtas que as
simples)
Regra de Hückel
Em 1931 definem-se os compostos aromáticos como sendo compostos que:
- têm 1 só plano
- têm 1 sistema monocíclico conjugado, com 1 orbital p em cada C
- Contêm 4n+2 electrões π, sendo não um nº inteiro (incluindo o 0)
Iões aromáticos
223
No entanto a única que obedece à regra de Hückel é o anião que em 8 electrões π.
224
ressonância. Logo o C3 é menos atacante para o electrófilo porque o intermediário que
se forma é menos estável.
Estes compostos são muito menos básicos que as aminas alifáticas porque o par de
electrões ao nível do N não está livre, mas sim integrado no sexteto aromático, não
sofrendo reacções de adição, mas sim de substituição electrofílica.
Piridina
π deficiente:
COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS
São compostos cíclicos para além dos átomos de carbono têm um heteroátomo (N,
S ou O). Estes compostos são muito abundantes na natureza, tendo actividade
farmacológica e bacteriológica. Por exemplo:
Pirrol:
O pirrol tem 6 electrões π, sendo aromático, pois todos os C têm hibridização sp2,
com electrões π na orbital p e o Não tem um par de electrões não ligantes que vão
conjugar com os outros electrões das orbitais o, formando um sexteto aromático.
225
Obedece à regra de Hückel. Diz-se que o pirrol é um núcleo π excedente, o que se
verifica pelas estruturas de ressonância que apresenta:
ESPECTOFOTOMETRIA
Espectofotometria IV
Para o tolueno, o espectro de IV apresenta uma banda correspondente à tensão da
ligação C-H a 3030 cm-1 e apresenta as características da dupla ligação aromática de
1450 a 1600 cm-1, dependendo do tipo de conjugação.
De 600 cm-1 a 900 cm-1 existe a zona que permite fazer o diagnóstico da
substituição. Assim tem-se:
690 a 710 cm-1
Monossubstituído
730 a 770 cm-1
Ortossubstituído 735 a 770 cm-1
690 a 710 cm-1
Metassubstituído
810 a 850 cm-1
Parassubstituído 810 a 840 cm-1
Espectrofotometria UV
Obtêm-se duas bandas principais:
-205 nm – intensa
- entre 255 e 275 nm
226
benzeno tem uma energia de activação muito maior do que o alceno, apesar do produto
final do benzeno ser menos energético.
2º - Retenção da aromaticidade
Bromação
1º passo – Formação do carbocatião
227
Neste 1º passo notam-se já diferenças entre os alcenos e os anéis aromáticos: os
anéis aromáticos são menos reactivos que os alcanos perante electrófilos
O ião Br- (ou outra base presente no meio) retira um protão do carbono que já tem
um bromo originando um produto de substituição.
Neste caso já existe uma grande diferença em relação aos alcenos – ocorre
substituição e não adição.
228
Iodação
O iodo é muito pouco reactivo, não reagindo directamente e sendo necessários
promotores – agentes oxidantes como H2O2 e CuCl2 que oxidam o iodo tornando-o
num poderoso electrófilo reagendo como se fosse I+.
I2 + 2Cu2+ 2I+ + 2Cu+
Reacção geral:
Nitração aromática
Reacção geral:
Mecanismo:
1º Formação do ião nitrónio
2º Formação do carbocatião
229
3º - Retenção da aromaticidade
Nota: ! Para não se trabalhar em laboratório com ácidos concentrados pode-se usar
como fonte de NO2+ o tetrafluorocarbonato de nitrónio (NO2+ BF4-).
Sulfonação
Reacção geral:
Mecanismo:
1º passo – formação de SO3
2H2SO4 SO3 + HSO4- + H3O+
2º passo – formação do carbocatião
230
3º passo - retenção da estabilidade
Mecanismo:
Por exemplo a reacção
2º - Formação do carbocatião
231
3º - retenção da aromaticidade
Limitações:
1 – Só ocorre com halogenetos de alquilo RX (em q X= Cl, Br, F ou I). Não
Mecanismo
Por exemplo para a reacção
232
1º - Ionização da molécula de cloreto de acetilo:
2º - Formação do carbocatião:
3º - Retenção da aromaticidade
Activantes
São grupos que têm a capacidade de ceder electrões ao anel aromático e por isso
activam o anel aromático para a substituição electrofílica.
Ex:
233
Desactivantes
São grupos que têm capacidade de captar electrões dos anel aromático e por isso
tornam o anel manos reactivo.
Ex:
-Halogéneos: F, Cl, Br, I
- NO2
-SO3H
-COOH
-COH
Efeito indutivo
Já foi estudado que os grupos activantes cedem electrões ao anel, logo, estes
grupos têm efeito indutivo +I.
Os grupos descativantes, por sua vez, como retiram electrões do anel têm efeito
indutivo –I.
Efeito de ressonância
Através do efeito de ressonância (deslocalização de electrões), os substituintes
podem captar electrões (desactivantes) ou ceder electrões (activantes).
234
Ataque para:
Ataque meta:
CH3:
Neste e nos grupos alquilo verifica-se a acção do efeito indutivo.
Ataque orto:
Ataque para:
Ataque meta:
As posições orto e para são mais estáveis pois têm um contribuinte com a carga
positiva no carbono que contém o CH3 facilitando o efeito +I deste.
235
Desactivantes orto e para orientadores
São os halogéneos. Sofrem a acção do efeito indutivo e de ressonância.
Ataque orto
Ataque para:
Ataque meta:
A reacção não decorre por SN1 nem por SN2. Substituições nucleofílicas
aromáticas decorrem por mecanismo de “adição-eliminação”.
236
Adição nucleofílica de ião hidróxido ao anel aromático pobre em electrões
originando um carboanião estável. O carboanião promove a eliminação de Cl-
originando o produto de substituição.
A SNA só ocorre em halobenzenos com substituintes retiradores de electrões em
posição orto e/ou para.
↑nº substituintes → ↑ velocidade da reacção
Estrutura electrónica:
:
- Ligação sigma por coalescência sp2 - sp2
- Ligação pi por coalescência p-p
- Ligação pi por coalescência sp2 – sp2
237
- Coalescência fraca de duas orbitais sp2
Ar – R Ar-COOH
Cadeias laterais alquílicas são facilmente oxidadas a ácidos benzóicos
butilbenzeno
Mecanismo provavelmente radicalar: as ligações C-H vizinhas do anel aromático
são atacadas formando radicais benzílicos
238
Estabilidade por ressonância.
O anel aromático activa a posição benzílica para a oxidação.
Redução de BIRCH
Anéis aromáticos:
Menos reactivos que os alcenos para a hidrogenação catal
Mais reactivos que os alcenos para a redução por bases
239
Reagente:
Sódio ou lítio metálico em amónia e etanol.
Redução de alquilarilcetonas
- Acilação seguida de redução. Evita o rearranjo de carbocatião que surge por alquilação
directa com halogeneto de alquilo.
C= O CH2
Está limitada a arilalquilcetonas.
A presença do anel aromático é fundamental para aumentar a reactividade do carbono
para a hidrogenação
m-nitroacetofrnona m-etilanilina
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PARTE LABORATORIAL
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Cristalização
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Série eluotrópica
262
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264
Extracção
265
> Líquido – líquido – a substância (sólida ou líquida) está diluída, imiscível ou
emulsionada num líquido.
Exemplo:
Para extrair um principio activo de um xarope, pode-se aplicar uma extracção líquido –
líquido. Num comprimido, a extracção seria sólido – líquido.
Transferência entre duas fases líquidas. Tem-se um solvente extractor e uma fase
de extensão da substância a extrair. As duas fases devem ser imiscíveis, é o principio
fundamental desta separação.
266
A distribuição de uma substância dissolvida entre duas fases é dada pela razão
entre a concentração do solvente extractor em g/ml sobre o solvente no qual a
substância se encontra também em g/ml.
Quando o coeficiente é menor que 100, tanto a extracção simples como a múltipla
não são eficientes, recorre-se à extracção contínua.
267
CARACTERÍSTICAS SO SOLVENTE EXTRACTOR
Imiscíveis com a água (a maior parte das extracções efectuam-se em meio aquoso)
268
Os solventes mais utilizados em extracção na extracção líquido – líquido, química
ou não, são o éter dietílico, o diclorometano, tetraclorometano, acetato de etilo, etano,
tolueno entre outros.
Nas aulas práticas serão utilizados solventes mais densos que a água –
clorofórmio, diclorometano, tetracloreto de amónio – e têm baixo ponto de ebulição.
269
Manusear a ampola:
270
Podem ainda haver resíduos de água em solução com os componentes da solução.
Usa-se, então, um agente secante – sulfato de sódio anidro – estes na forma hidratada
eliminam a água da solução. Procede-se a filtração
271
A extracção contínua usa-se quando a solubilidade está limitada ou quando a
quantidade a separar é elevada. Passa-se o solvente continuamente pela amostra.
Quando se tem líquido procede-se à extracção líquido – líquido. Coloca-se o líquido
num balão que é aquecido. O solvente evapora e flui para um local onde se encontra a
amostra. Se o solvente extractor é menos denso que o solvente no qual a amostra se
encontra (situação 2), ao fluir não tem como entrar em contacto com a solução. Quando
enche o tubo volta a cair para o balão sendo de novo evaporado e assim sucessivamente.
272
273
No sistema de balão e condensador.
Coloca-se a substância em papel de filtro. O solvente extractor está no balão e
evapora pelo braço do sistema, chegado ao condensador reflui e entra em contacto
íntimo com a fase da qual se pretende retirar a substância, pelo que se pode extrair. A
substância passa por um tubo e quando passa para outro tubo baixa o efeito de pressão.
Reflui de novo. O solvente evapora e obtém-se a substância – extracção contínua.
274
275
EXERCÍCIOS
276
1 – Escreva a fórmula de Kekulé e a de ligação para o composto 4-etil-2,4-
dimetilexano.
Solução:
Solução:
2,2,4,4-tetrametilpentano
Solução: 2,3,5-trimetilhexano
277
b)
c)
d)
Solução: 1,3,5-trimetil-4-propileptano
e)
f)
278
5) Quais os tipos de hidrogénio do composto que se segue? Verifique se são ou não
quimicamente equivalentes.
CH3 A
|
H3C – CH – CH2CH3
B D E C
Solução:
A, B e C são hidrogénios metílicos. D é um hidrogénio metínico e E é um hidrogénio
metilénico.
B e A são hidrogénios quimicamente equivalentes.
Solução:
Composto trisubstituido.
- é o mesmo que ter
peso molecular = 36 + 5 = 41
279
ou
No plano:
2-buteno ; 2-metilbuteno
Resposta:
Sim, podem. Os três primeiros originam por hidrogenação um alcano (butano); o quarto
origina por hidrogenação o 2-metilpropano.
280
- Ciclobutano
- Metilciclopropano
Resposta:
A +
A= (3-metil-1-penteno)
A
Resposta:
A=
281
Nota teórica:
282
13) Escreva o produto de:
Resposta:
+ 2H3O CH2=CH-CH=CH2 + 2H
Resposta:
283
Respostas:
a)R b)S c)S
Nota: poderá existir mais que uma projecção de Fisher para cada fórmula
tridimensional.
Resposta:
Resposta:
284
20) Diga se as seguintes fórmulas em cada conjunto são idênticas, enantiómeros ou
estereoisómeros.
Respostas:
285
É necessário ter 2-hexeno.
Então:
Resposta:
Resposta:
286
25) Nomeie os seguintes alcenos e especifique a sua configuração pelo sistema E/Z.
Respostas:
a) (E) – 1-cloro-2,3-dimetil-2-penteno
b) (Z)-1-bromo-1-cloro-1-propeno
c) (E)-2,3,4-trimetil-3-hepteno
d) 2-cloro-1,3-butadieno
e) 2-isobutil-1-hepteno
f) cis-1,2-divinil-cicloexano
287
26) Indique e justifique qual dos seguintes alcenos seria um produto major
resultante da desidratação com catálise ácida do 2-etil-1-butanol.
288
27) Indique e justifique qual o produto major resultante da desidratação com
catálise ácida do álcool neopentílico.
289
28) Desenhe as fórmulas de estrutura para os carbocatiões isoméricos que se
formam por adição de H+ aos seguintes alcenos:
Respostas:
290
29) Cada um dos seguintes alcenos reagiu com ozono para formar um ozonido e a
seguir com sulfureto de dimetilo. Desenhe as fórmulas de estrutura do(s)
produto(s) orgânicos formados a partir de cada alceno.
Resposta:
Resposta:
291
31) A reacção do 1-metilciclopenteno com os seguintes compostos mostra um
elevado grau de regio- e de estereoselectividade. Proponha um mecanismo para
cada reacção e explique a selectividade observada.
Resposta:
292
32) Cada um dos seguintes alcenos é tratado com diborano em THF para dar um
trialquilborano e em seguida com peróxido de hidrogénio em NaOH aquoso.
Desenhe a fórmula de estrutura em cada caso. Especifique a estereoquímica
quando achar apropriado.
Resposta:
Resposta:
293
34) Justifique a formação do produto representado por reacção de (A) com HBr.
Respostas:
isobutano, 2,2 dimetil butano, 2-metil pentano, 2,5-dimetil-4-isopropil heptano
294
Respostas:
Isopropil-3-metilciclopentano, trans-Biciclo [4,3,0]nonano, cis-Biciclo[3,3,0] octano
7,7-dimetil-biciclo[2,2,1]heptano, trans-1,3-dibromocicloexano, cis-1,2-
dibromocicloexano
40) A forma gauche do 1-clorobutano é 1,3 KJ/mol mais estável que a anti
(considerar C1-C2)*
Resposta:
295
41) A forma anti do 1-clorobutano é 1,7 KJ/mol mais estável que a gauche
(considerar C2-C3)
Resposta:
42) Éteres com a fórmula geral R-O-CH2X tem a conformação gauche mais estável
. Explique usando projecção de Newman
-H 0 -F 0,25
Resposta:
296
44) Indicar qual cicloexano é cis ou trans , e desenhar a estrutura do confórmero
mais estável
Resposta:
1,2 halo-ácido = cis 1,2 halo-Me= trans 1,3 halo-hidróxi = cis
1,2 amino éter =trans 1,4 metil-éter = trans 1,2 isopropil-hidroxi = cis
1,2 halo-amina = trans 1,4tButil cicloexanol = cis 1,2 halo-isopropil = trans
45) Indicar a conformação dos compostos abaixo, e quando for o caso desenhar o
confórmero mais estável : a) cicloexanol b) trans-metil-cicloexanol c) cis-1,2
dimetil cicloexano.
Resposta:
297
48) Indicar um exemplo de molécula sem plano de simetria e sem eixo de simetria
(Assimétrica)
Resposta:
50) Indicar, quando for o caso, centro quiral, plano de simetria, centro
estereogénico, molécula quiral dos nove compostos abaixo
Resposta:
298
51) Porque os N nas moléculas acima não são quirais ?
Resposta:
Inversão de Walden
Resposta:
Resposta:
Resposta:
299
Composto PM alfa observado concentração alfa espec.
Resposta:
300
57) Indicar qual a relação entre a estrutura 1 e as estereorepresentações abaixo
Resposta:
Resposta:
Resposta:
301
60) Quais os compostos são meso
Resposta:
302
64) Epinefrina natural tem [α
α] = -50 para uso medicinal. Uma farmácia enviou
uma amostra para analisar de uma solução contendo 1g/ 20 ml de líquido. Você
efectuou análise polarimétrica obtendo αobs = - 2,5 . Qual a pureza da amostra ?
É seguro seu uso ?
Resposta:
alfa específico = -2,5/ 0,05 = -50 (pureza de 100%)
Resposta:
303
67) Qual a Configuração absoluta, e qual o enantiómero de cada um dos
compostos ?
Resposta:
só não tem plano de simetria estas duas moléculas
Resposta:
304
69) Indicar
Resposta:
305
Resposta:
Resposta:
72) Qual o produto da reacção do ião cianeto, relação molar com substrato 1:1,
frente a
a) meso-2,4-dibromopentano b) trans-1-iodo-4-metilcicloexano
Resposta:
Resposta:
Resposta:
306
75) Indicar qual o Nucleófilo mais forte :
a) CH3SeCH3 b) CH3NH2
c) -NH2 d) HSCH3
Resposta:
a) -SeCH3 b) CH3NH- c) -NH2 > -OH, > F- > água> NH3 d) HSeCH3
76) Considerando a reacção: CH3Cl + OCH3 _____ CH3 OCH3 + Cl- , o que
ocorre se
a) trocarmos o substrato por CH3I b) trocarmos o nucleófilo por CH3S – c)
trocarmos o substrato por (CH3 )2CHCl
Resposta:
307