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Disciplina - ___________________________

Professora – _________________________
Aluno/a - ____________________________ Disciplina - ___________________________
Curso Técnico em ____________________ Professora – _________________________
Data - _______/_____/______ Aluno/a - ____________________________
Série - _____ Turma - _____ Turno - ______ Curso Técnico em _____________________
Data - ______/_____/______
O Coveiro e o bêbado
Série - _____ Turma - _____ Turno - ______
Millôr Fernandes
O Coveiro e o bêbado
Ele foi cavando, cavando, cavando, pois,
Millôr Fernandes
sua profissão - coveiro - era cavar. Mas, de repente,
na distração do ofício que amava, percebeu que
Ele foi cavando, cavando, cavando, pois,
cavara demais. Tentou sair da cova e não
sua profissão - coveiro - era cavar. Mas, de repente,
conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que
na distração do ofício que amava, percebeu que
sozinho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém
cavara demais. Tentou sair da cova e não
atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio.
conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que
Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar,
sozinho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém
desistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova,
atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio.
desesperado. A noite chegou, subiu, fez-se o
Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar,
silêncio das horas tardias. Bateu o frio da
desistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova,
madrugada e, na noite escura, não se ouviu um
desesperado. A noite chegou, subiu, fez-se o
som humano, embora o cemitério estivesse cheio
silêncio das horas tardias. Bateu o frio da
de pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco
madrugada e, na noite escura, não se ouviu um
depois da meia-noite é que vieram uns passos.
som humano, embora o cemitério estivesse cheio
Deitado no fundo da cova o coveiro gritou.
de pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco
Os passos se aproximaram. Uma cabeça
depois da meia-noite é que vieram uns passos.
ébria apareceu lá em cima, perguntou o que havia:
Deitado no fundo da cova o coveiro gritou.
O que é que há? O coveiro então gritou,
Os passos se aproximaram. Uma cabeça
desesperado: Tire-me daqui, por favor. Estou com
ébria apareceu lá em cima, perguntou o que havia:
um frio terrível! Mas, coitado! - condoeu-se o
O que é que há? O coveiro então gritou,
bêbado - Tem toda razão de estar com frio. Alguém
desesperado: Tire-me daqui, por favor. Estou com
tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho!
um frio terrível! Mas, coitado! - condoeu-se o
E, pegando a pá, encheu-a e pôs-se a cobri-lo
bêbado - Tem toda razão de estar com frio. Alguém
cuidadosamente.
tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho!
E, pegando a pá, encheu-a e pôs-se a cobri-lo
Atividades sobre o texto para responder no
cuidadosamente.
caderno:
Atividades sobre o texto para responder no
1. Identifique no texto os personagens da
caderno:
história.
2. Onde a história acontece?
1. Identifique no texto os personagens da
3. Qual é o tipo de narrador? (foco narrativo)
história.
4. Qual é o momento de maior tensão na
2. Onde a história acontece?
história?
3. Qual é o tipo de narrador? (foco narrativo)
5. Como se dá o desfecho (Conclusão, o final,
4. Qual é o momento de maior tensão na
como termina a história) da narrativa?
história?
6. Em que tipo de narração este texto pode se
5. Como se dá o desfecho (Conclusão, o final,
encaixar? Objetiva ou Subjetiva?
como termina a história) da narrativa?
7. A que gênero da Narrativa pertence este
6. Em que tipo de narração este texto pode se
texto?
encaixar? Objetiva ou Subjetiva?
FERNANDES, Millôr, Socorro. Fábulas fabulosas. Rio de 7. A que gênero da Narrativa pertence este
Janeiro, Nórdica, 1977. p.13. texto?
FERNANDES, Millôr, Socorro. Fábulas fabulosas. Rio de
Janeiro, Nórdica, 1977. p.13.

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