Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Freud e A Religião
Freud e A Religião
FACULDADE FIDELIS
TEXTO DE APROFUNDAMENTO
FREUD E A RELIGIÃO
Curitiba
2022
1
Priscila Carolina Montoski
FREUD E A RELIGIÃO
Dissertação submetida ao programa
de graduação em Bacharelado em
Psicologia da Faculdade Fidelis em
Curitiba como requisito parcial de
obtenção de nota.
Curitiba
2022
2
A palavra religião deriva do termo latino “Re-Ligare”, que significa “religação”
com o divino. Essa definição engloba necessariamente qualquer forma de
aspecto místico e religioso, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras
doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica
fundamental um conteúdo Metafísico, “ou seja, de além do mundo físico”. Para
alguns indivíduos, a religião faz parte de uma cultura que habita em uma
civilização ou sociedade, como talvez se fosse algo natural do cotidiano ou algo
importante, e para alguns pensadores, a religião foi um objeto de crítica. Para
Sigmund Freud que escreveu o livro “O Futuro de uma Ilusão” (1927), onde ele
traz reflexões sobre a Religião e segundo o mesmo a religião pode ser vista
como farsa e uma ilusão. Freud se posiciona neste livro para tomar um rumo
sob o subsolo da mente humana para tornar o tema da “religião” como objeto
da pesquisa. É notável a posição de Freud sobre o pensamento religioso em
questão e trazendo a sua postura do Iluminismo Clássico. O Iluminismo, que
prezava tanto pela razão, colocou nos ideais culturais a imagem de um sujeito
que pudesse se soltar da voz da autoridade (político-religiosa), e assim servir-
se do próprio entendimento.
Freud, então, sem mais delongas assume que a humanidade logo deixará
esta fase neurótica, da mesma forma que crianças deixam para trás a neurose
à medida que vão crescendo – a neurose é um distúrbio neurótico e que se
3
refere aos desequilíbrios mentais de angústia e ansiedade, que não afetam ao
pensamento racional, porém ela se torna um problema quando fica obsessiva.
Ao que tudo indica, Freud foi impossibilitado de notar outro lugar para a
religião além de uma expressão coletiva de uma ilusão; essa compreensão já
havia sido deixada clara em sua conhecida frase no texto extraído do ensaio de
“Atos Obsessivos e Práticas Religiosas” quando sugere ser a neurose
obsessiva a contrapartida patológica (doentia) da formação da religião, a
neurose como uma religiosidade individual e a religião como uma neurose
obsessiva universal.
4
religião/fé/espiritualidade com doenças. A teoria desenvolvida por Freud
estabelecia que as pessoas que ficavam com a mente doente eram aquelas
que não colocavam seus sentimentos para fora. Algumas pessoas podem
adoecer por aquilo que não dizem, guardam para si um grande estresse e até
mesmo pessoas não liberam perdão. Algumas pessoas deixam de falar e
expressar seus sentimentos, escondendo o que realmente sentem de verdade,
e isso pode causar problemas de relacionamento, sintomas emocionais e
físicos, como o próprio Freud diz: "O que não é falado vira sintoma”. Algumas
pessoas tinham e TEM a capacidade de se fechar de tal maneira e esses
sentimentos dentro de sua mente, que após algum tempo acabavam
adoecendo o físico e alguns podem terminar em casos de profunda depressão
e pensamentos suicidas. E é claro que isso continua até os dias atuais. Com
isso, é possível achar um panorama das manifestações físicas relacionadas
com questões de sentimentos negativos, tensões e problemas psicoemocionais
em diferentes sistemas do corpo. Podemos até mesmo ver que a Bíblia pode
afirmar isso, conforme está escrito no livro de Salmos 73:21 “Assim, o meu
coração se azedou, e sinto picadas nos meus rins”.
5
BIBLIOGRAFIA