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Colegio LOGOTERARIA Engh name prin Tg tori Meet scot Bandas / son Pde) eee Pmdomet © Se EE ain Ani asi: Uma iro a pensmant Fr ‘Berg ess cade Ano Fata optope Omit fon pander tr rn Rater © ke Ea oid Marg Met Viner E Educac4o em busca de sentido Pedagogia inspirada em Viktor Franki Eloisa Marques Miguez, ‘ented ‘mao en cade en: pda ‘igmeaitpnic fee ditg22 (ke Lope) ws oe 1 0 3g Pd eon a cng (Satan oat ier et sos lll A Comunidade Senhor da Vida, ‘com a qual partiho 2 f incondicional no sentido da existéncia. piv psn 3.5 Educar para a responsabilidade sds manor d er a gh i enrages jatar "ea do mierda mod gue fois) “Zona nara na rin atv do temporal AN Wheat 351A tien a reponsilidade Max Weber, em sua obra Cifncia ¢ politica ~ das swcagies examina o problema da rlagio entre ica € Po » omni dat de pico na confirma ie cia dca nas cage GF, Gn pal Iisica,€em que medida ica exprime “digidade”: cm ‘qualquer ccunstinca © aphcando-se a todos? Levande c fem conta que um principio €ico visas determinado fim, foutra questo parece Fundamental: um fim bom ou justo pode jusifcar um meio (uma asi) nem sempre hones (qUE‘ autor caracteriza como desonesto ou perigoso? ‘Qualquer tipo de “ica absoluta” (sea de carter po Itico, religioso..), para Webes, alo se preocupe com 2s consequéncas da ario que desencadla, ou sj, abstém-se da responsabiidade de seus aos, mas tem como fnaldade cous amar act pine -dastsina abso Jit Dai que diferencia 0 que denomina “évica da convi 80" de “ica da de” Ne “dea da convcp2o™ no hi posbldade des en contrat um fandamentorcionl sem abrir concesto Ge que os fins justificam or meios.E tal fto €0 que cloca “em xeque a ética da convicsio, pois ncnhuma ica pode -dizer-nos em que medida um fim moralmente bom justi mcios moralmente desonests ou perigasos. Nao the testarkoutra possblidade sento a de condenar ta mcios (Caso contro, apareceré como um “profes milena” aque prega algo num momento ~ por exemplo,o amor 00 Toga da violencia ~ e, em seguda, dante da “realidade”, far o contri apela i viléncia como nica possibildade de angio fim deeingdo,———___ partdiro da Serica da responstbilidade™ sréro, diz Weber (CP, p. 113), “eontark com a8 raguezas comuns do homem [..] eentenderd que nfo pode lansar 2 “ombrosalheos as consequéncias prevsiis de sus propia agio”. Em politica, i rmar-se a ética da tesponsi- bilidade, a Gnica que responde pelas consequéncias de seus atos. E quem se dedica & politica deve tomar consciéncia ‘dos paradoxos aos quais se expde préprios da ética dares . away Ponsabilidade, por exemplo, a questio de necessariamente campos de concentrasio, porém, Frank! foi testemunhs ‘er de operar com o instramento politico da viléncia: “a de quem é 0 homem em sua quintessenci, isto é, aquele ‘otiginalidade propria dos problemas éticos no campo da ‘apaz de fazer ainda uma escolha tltima, nao anulada pe politica reside, pois, em sua relgio com o instramento es las condigdes limite da existéncia; portato, testemunhou pecifico da violencia lptima instrumento de que dispOem, como a vontade lve ainda pode tera slkima palava,¢ com ‘s agrupamentos bumanos” (CP, p. 118). isso enaltece 0 poder da consciéncia humana em seu foro Para Weber, opartiario da “éica da convicsio” corre ‘mais intimo, que revela 0 ea como “grande” em sua fora 6 risco de ser ingnuo quanto 20s “diabelicos poderes que de resistencia. A ética da responsabildade pessoal, neste entram em jogo” 20 se buscar aingir determinados objet: ‘cso, estérelacionada, em primeiza instincia, 8 responsa ‘vos Sem stber ver as “realidades da vids” e as consequéncas bilidade de arcar com a exigtncia de configurar sentido & para outros quando nao se assume a responsabilidade dos cxisténcia pessoal proprios tos. Porém, o autor acaba dizendo que alo cabe ‘A érica da responsabilidade em Frankl tem e 4 ninguém recomendar quando atuar segundo uma ética 10 [ugar um cariter privado, parte dé uma convicsio a pria- ‘0u outra. O problema é quando alguém inspirado pela éti- ‘ride que a vida tem sentido em qualquer circunsténcia ¢ «3 da conviegio tem uma atitade messiinicae se considera "que a propria vida que coloes contisuamente perguntas aquele que pode salvar a humanidade, essa attade é no mt 4 que se deve responder nio com palavas, mas com agBes nimo romantica, quando nfo reflexo de um desequiliorio ‘esponsiveis ¢ intransexiveis, Porém, pela propria nosso Psicol6gico ou mental. Por outro lado, o homem maduco, “de autotranscendéncia, responder tas apeos significa res. ‘gue sempre agiu pea éica da responsabilidade, pode « ponsabilizar-se pelo outro e pelo mundo. A possbiidade sara declarar que daguele determinado ponto nio poderia de sentido esté sempre além de mim mesmo, o,sentido € continuar a agit semi fet de fato sua comltnda: Por iso, transubjetivo e se configura medida que realize valores nas pigs iais de sua obra, Weber airma que as duas ét Diz Frankl (1994, p. 110, tradugio nosa) «as (embora nio se conciliem) nao se contrapoem: “mas se (66 om med cus qu os ctpunce, mon moines ¢ ne completam e, em conjunto, formam o homem auténtco, aandonamor 20 mando ¢ i incunbénca © eign gue isto é, um homem que pode asprar & ‘vocagzo politia”™ arte dele introdsnem em aoe via, 6a media em (CR, p. 122) os importa o mando que eta fos oben ma 90 ne ere ereree ‘inpeimor com inaimbtnca einen ete resente nessa pesquisa foi a oposiglo en ea et ee «a do sobrevivencialismo, citada por Lasch em sua obra O ee . ‘minima ew, fzendo wma etica a Frankl, que, como sobre- Buscando uma maior aproximasio com a visio de We- vivente de Auschwitz, afirma “antiquados femas humanis- ber, de fato a éica nfo pode “exprimir dignidade” se se 123” como liberdade, valores et., ou sj afirma uma éiea quer aplicar uma ézca de convigio a todos, como ilastra | dla responsabilidade pessoal. Em sua experiéncia de quatro usando uma passagem do evangelho: a maxima de oferecer — 7 wy wy 2 outra face 6 devia a0 “santo”, caso contricio pode ser interpretada como uma agdo que nio confere dignidade, / pois pode significa ser conivente com o mal. uma ques: ‘0 complexa que exgitia buscar um argumento teol6gicos de qualquer forma, para Frankl, no hum sentido “Sal para todos, mas 36 hi entids singulaces implica sieuarBes individuals, o que nfo quer dizer um relatvismo | ~ ico como se entende normalmente ~ 0 sentido abitréro, {que 56 depende de interesses pessoas, politicos ec. Frankl nio discute a ética em termos de oposisao entre Ambito privado on pblico, ou enue éica da convicgfo € di respomsabilidade. Para cle, 0 homem € essencialmente | tim ser esponsivel -capaz de responder pessoal e ctatva: Inente aoe apelos que a vida Ihe faz. A étiea de conviesEo Cntendida como horizonte pessoal de valores de referén- “Gi€ imprescindvel para a configuracio do sentido da vida ‘pesoal, porém nio hi contradicdo para Frankl com o que ‘Weber denomina ética de responsabilidade, no sentido de ‘que a rexponsabilidade pelos préprios aos & sempre intrans- ~Ferivel, em qualquer ambito que se dé, privado ou piblico: ‘Algm do que, na €ca fankiana, jamais os fins jostifcam Jos, pois hd meios que podem chegar a prossituic 0 fim mais justficado, e isso cle afirma nas poucas referéncias | que faz a politica, quando fala de suas experiéncias €-de- eps0es com o marxismo. E também nests casos, apela ‘conseléaca: “Finalmente, a consciéncia€ a que me dirk em “iltima instincia se na hut politica se podem aplicar ow nio ‘determinados meios, inclusive em vista dos fins mais just- fcados” (FRANKL, 2005b, p. 71). “Também para Weber a referéncia aos valores €impres | indivel, 20 menos como eritéio usado na ciénea para se | efetmaraselepto do objeto a ser indagado: que fendmenos 1 caadar sob qual poto de vista te, Como a realidade € n= | finita,o conhecimento hi que se ssn (Frankl concord om esta visio) ca referencia oCrlons) impressive para “escolha”; fase necessria eleigio de win “deus” 3 cee ve oie ou pila cate paca o.conhecimento. Contado, esa referencia 48 valores Cheick, apenas um principio que s uuliza para ee Ger conteidos ¢crtéios, um principio que ndo tem lngae dentro da ciéncia porque algo subjetive, Weber es _acordo.com.n moderno relativism dos valoies defends um “poiteismo™ dos valores como ofato de estes serem determinados socal ¢ culturalmemt, Fles nio tem {uma natureza ca intrinseca, eampouco sto “universais de Sentido” referentescondigio humana, como pensa Frankl Ginda que se relizem ad personam ad siasioncr) "A dtica da responsabiidade vai asumindo wm sarws cada vez mais clevado na socidade contemporines, com diferentes enfoques. O fl6sofo alemio-Ffans Jon sua obra O principio responsabilidade ~ rst oma erica ‘para a civil tecnoldgica, fa 0 resgate da ca da rs ponsabilidade sugerida por Max Weber no inicio do século, ‘oloeando em foco o tema da sobrevivéacia, em sentido ‘ico e espiritual, a humanidade, Trata-se de uma avalasto texttemamente critica da ciéncia moderna e da tecnologia, {gue aleangaram tamanho poder em mlos humanas que © faz urgente pensar uma nova étca, capaz de dar conta sesse novo momento da contemporancidade, a saber, uina re- configuragio da éica da responsabilidad Para 0 autor, a *téenica modema introduzix a¢des de tal ordem inédita de grandeza, com tais objets c com Sequéncias que a moldura da ética antiga nlo consegue mals enguadré-las” (JONAS, 2006, p. 39). O uso ind de Criminado ¢ inadequado da tecnologia com seu poder de” destruisio, desde Hiroshima e Nagasaki, vem colocando sradativamenteem rico a eisténcia humana, © aleance ee Ntoprevidade de sus consequéncias Ruuras para a humane lama epenac aca, ae ent rest 208 Tnuts do sez humano e ao compromisio com o momento prosene. A nova exgénca de esponsabiidade relaions re agora,}agZo que afta também 2 nautens das coat cher humanas e que pode comprometero fro, ‘Em mubsteuigio tos anigos imperatives Ecos, entre ct quis o imperative kmstano, Jonas prope um noi pet categérco, mas adequado i pova mani de agi Ca um novo sujto: “Aja de el modo a que os efiion Ga ta ago sejam computes com a perfnanénca ema atin vida kumana sobre «tea; ou expe negat Yamente:“Aje de modo aque sees da tua ato nto se jam destotvs para a posblidade futura de ma tal vida” JONAS, 2006, p. 47-48) i (O clement especfcador da mora é agi em fancio dx") ampouco se concebe uma apelasio T VORTSTE do ponto de vista “voluntariaico”.Apelar 3 voatade de sentido quer dizer mais proriamente fazer resplandecer 0 sentido ou provocar eoaffonto com o mesmo; caberé 3 vontade o desej-o, Na priticaeducatva,cumpre promorer vvén- cis carregadas de sentido, referentes is propia uci € incumbénciasexigidas plas stuages de trabalho, de jogo co de convivénca, O senido david, portato, somente se pode aventar deforma concreta, somente st pode rs fer de modo pessoal eativo: “responsabilizar-se™ signi-_ ~fica“efeuar as resposta” (FRANKL, 1994, p. 245). - 1) O sentido se descobre e se realiza na propria biografia, pois a propria vida integra duas realidades distintas: primei- ro, a vida fica a vida facultativa; segundo, a existéncia dada ea existéncia como uma tarefs, O segundo polo dessa dlicotomia, ou sea, o elemento facultatvo, é 0 sentido do primeiro polo ~ 0 elemento fitico da vida. Essa ideia cen- tral do pensamento frankliano merece se retomada porque ctf na base do que se entende por educar para a respon sabilidade: ig revela um carter disco, uma exrtura pola que € gel ‘i citénca no wer humane © homem, com efit, nunca", tna vem ers 0 homem: nana pode die "eu sou 0 queso", tna “cu sou o qe chego se, oa “ea chego aso que fo" thegoa se ao (em readade) 0 qu sou" em patent (posi leads) (FRANKL, 1994, p. 245, eadago nos), ssa distinia, ess dscrepincia entre a essEncia por ‘um lado € a existéncia por outro é propria do ser humano. Frank insite que esa exséncia nunca pode ser entendida como uma realidade do homem em cada “trae eda realizago da posblidaqe aologiaJservada a cada individuo”, 08 sea, nfo se tata somenté de chegar 2 serhomem, mas 2 ser “si mesmo” (FRANKL, 1994, p 245), em sentido concreto c individual “Aeeducag na perspecivafranlina sera 0 chams- do Spotencaismo”. Dienelt far uma investgnsso sobre ce tenn pasando pels pcs profi < ens autores que influenciaram o-“expeesionismo pedagéico”” ncepeio de educariocujo objeuvo tdesenvolver as disposi geese posblidades do educando. Ness sentido,| nsfiiente, pois a proposta € ao 56 “chega a ser 0 que és”, mas também a de chegar a ser ‘0 que se faz € se cria de si mesmo. Portanto, no se ata) ‘de modo algun de realizazio das possibilidades existentes ~ ih 0 homem & sempre em si mesmo; mas de realizar, segundo Prankl, as possibi \dades de sentido presentes no mundo. “A decsio sobre qual das respectivas possiblidades €digna de ser rcalizada se enfrenta com a problemitica do valor, 0 que quer dizet om nossa respoassbilidade” (DIENELT, 1979, p. 267), Frankl dria: “Chega a ser 0 que deves ser”. Tratase de tum deslocamenito da énfase colocada estritamente no ser (como realizagio de si mesmo ou de suas possiilidades intrinsecas) para 0 cumprimento do sentido que ¢ cransub jetivo, ou de uma realzacio de valores: ‘Ao imperatvo de Pindar de que © homem deve chegaea sr 9 (ue te abt de tl modo seu carter ingeato ee caso fa mama tee indicatv, que psa a significa nto coneret= mente aims io que o homer deve chega 2, sempre o i E prediumente porno no rec preocuparse com det 0, pare expeslo prafcamente, ao acesita extender 2 mo is ‘hea pura apronimé la data, poise que austere meso, ‘Gama esta RANKL, 1964 spud DIENELT, 1970 . 272, teaduo nos)! ‘Talvez se possa considerar o imperativo: de Pindaro como suficiente, se este nio perder a forsa do seu

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