Em primeiro lugar, para entendermos o que são riscos financeiros pessoais, é
preciso entender o que significa-os. A palavra risco é conceituada como qualquer coisa incerta que possa impedir o sucesso, uma ameaça, e assim como temos e passamos por ameaças e coisas incertas em diversas áreas da vida, não seria diferente com as finanças pessoais e os riscos que podemos correr com o mau desenvolvimento desse segmento. Os riscos financeiros estão associados à possibilidade da ocorrência de qualquer evento que possa causar danos ao patrimônio de uma pessoa e gerar prejuízos, eventos esses que podem surgir em decorrência de um mau planejamento financeiro, como por exemplo, não ter uma renda extra reservada para urgências ou ter gastos superiores ao dinheiro que entra na conta, gerando dívidas. Além disso, vale ressaltar que a ausência desse planejamento está diretamente associada ao consumismo e afeta não somente a saúde financeira pessoal, como também o desenvolvimento da sustentabilidade a longo prazo, assim sendo, Portilho (2005, p. 36) afirma que o consumo está ganhando espaço no debate ambiental internacional, vindo a tornar-se um dos principais aspectos na busca da sustentabilidade. Portanto, controlar o consumismo e ter o hábito de monitorar as finanças se faz necessário não somente para evitar gastos indevidos, como também por ser um ato de cidadania em relação à sustentabilidade. O gerenciamento de riscos é importante pois é através dele que se tem uma visão geral dos gastos necessários e despesas, e como controlá-los, para evitar cobranças indesejadas e também ajudar a criar metas e investir o dinheiro da maneira correta. Ademais, a importância do gerenciamento de riscos e finanças pessoais é valida para quem deseja abrir o próprio negócio, pois como já citado, ele irá ajudar a controlar os gastos fazendo com que o dinheiro renda mais, é preciso também conhecer quais são os tipos de riscos financeiros que estamos sujeitos dentro de uma empresa e como fazer para preveni-los.
A priori, o gerenciamento de riscos é importante tanto para a vida pessoal como
também para quem deseja abrir sua empresa, por meio dessa gestão e controle é possível identificar todos os gastos e as movimentações de capital, conseguindo assim um monitoramento das finanças e evitando possíveis prejuízos. Entretanto, mesmo sendo necessário para a vida de qualquer pessoa, inclusive de jovens e adolescentes, não é algo habitual e praticado pela grande maioria da sociedade, desuso advindo da falta de educação financeira e outros fatores, e devido a isso acabam ficando sujeitos a diversas consequências onde muitas vezes nem sabem que a principal causa é a falta desse gerenciamento. Essas consequências afetam não somente a saúde financeira, mas também o cotidiano das pessoas, através das dividas inevitáveis que com o tempo vão só crescendo e se tornando incontroláveis devido o aumento dos juros, a falta de dinheiro no final do mês, que além de gerar prejuízos e não suprir urgências imprevistas restringe-as de ter momentos de lazer, criar metas futuras e as vezes acabam tendo a sensação de estarem trabalhando mais por não usufruírem do seu próprio montante.
Um dos fatores que contribui para a elevação do consumo é a facilidade de
acesso ao crédito, salientando-se que o crédito usado de modo consciente é bom para as economias, promove o desenvolvimento econômico, amplia a produção e o acesso aos bens e serviços disponíveis no mercado, contudo usado indiscriminadamente, leva a inadimplência, ao endividamento e a outros problemas dele decorrentes. Ademais, o que pode contribuir também para um desequilíbrio, é a ausência da educação financeira no currículo escolar estimulando desde criança a saber como lidar com o teto de gastos, ou seja, ao se deparar com a vida adulta muitas vezes não sabem gerenciar os custos, ou até mesmo não sabem como começar a aplicar no mercado de trabalho e investir da forma correta.