Scribd Logo
Fazer o upload

Bem-vindo(a) ao Scribd!

  • Arquivo Trilha8

    Enviado por

    Ana Soares
    11 visualizações5 páginas

    Título original

    arquivo-trilha8

    Direitos autorais

    © © All Rights Reserved

    Formatos disponíveis

    PDF ou leia online no Scribd

    Você considera este documento útil?

    Este conteúdo é inapropriado?

    Denunciar este documento

    Direitos autorais:

    © All Rights Reserved
    Baixe no formato PDF ou leia online no Scribd
    Sinalizar o conteúdo como inadequado
    11 visualizações5 páginas

    Arquivo Trilha8

    Enviado por

    Ana Soares

    Direitos autorais:

    © All Rights Reserved
    Baixe no formato PDF ou leia online no Scribd
    Sinalizar o conteúdo como inadequado
    de 5
    HELEN BEE ° DENISE BOYD A CRIANGA ig¢ao im [A CRIANGA EM DesenvoLvimen tum pouco de égua sea misturada na arcia, mas entio clas veem que muita 4gua também impede que a montanha fique de pé. Através desse tipo de experimentagao e modificagao de acdes, Piaget acredi tava, as criangas com frequencia estimulam seu pr6prio desenvolvimento cognitive. ‘Um lugar onde as criangas sio expostas a muitas oportunidades tanto para transmissio so- cial quanto para experincia é a escola. De fato, estudos em todo o mundo demonstraram que as criangas que frequentam a escola atravessam mais rapidamente os estagios de Piaget do que aquelas que nao frequentam (Mishra, 2001), Esses estudos dao peso afirmagao de Piaget de que ‘© movimento de um estagio cognitivo para outro nao é simplesmente uma questio de amadure- cimento, mas o resultado de uma interagdo complexa entre varidveis internas ¢ ambientais, Cada uma dessas variaveis, Piaget sugeriu, 6 necessdria mas nao suficiente para produzir movimento de ‘um estégio cognitivo para o seguinte. Em outras palavras, certo grau de amadurecimento cere: bral é necessério para cada estagio, mas o desenvolvimento cerebral por si s6 no pode fazer uma crianga progredir para o estagio seguinte, Todos os fatores causais ~ equilibragio, amadureci- ‘mento, transmissao social e experigncia ~ devem interagir e apoiar um 20 outro a fim de que 0 desenvolvimento cognitive prossiga Infancia ‘A teoria de Piaget supe que o bebé assimila informagio dentro da série limitada de esquemas sensoriais e motores com os quais ele nasceu ~ tais como olhar, escutar, sugar e agarrar - e aco moda aqueles esquemas com base em suas experiéncias. Este € 0 ponto de partida para todo 0 processo de desenvolvimento cognitive. ——— - = See ET A visdo de Piaget do periodo sensério-motor (Gia No ini, na visio de Paget o ebt est ntirament ligado ao presente ime- | vento copathe nos primes Gos Gino reapondendo todos oseatmlon que eum daponie He nto ema [ sos de van? eventos ou colts de um enconvo pars © suite eno prec planjr OU pe, tender Joh Fell sure tao oo primorosamente ‘Como Piaget descreveu 0 desenvol [0 bebe] exibe um tipo de funcionamento intelectual inteiramente prético, de perceber-e-azer,ligado ago; ele nto exibe o tipo mais contemplativo, reflexivo, manipuladar de simbolo no qual geralmente ppensamas em associagt0 A cognigto. O bebe “save” no sentido de reconkecer ou antecipar objetos acontecimentos familiares, recozrentes,e “‘pensa” no sentido de se comportar em relaglo a cles com reagdes crculares primi ‘baca, mao, alhos, outros instrumentos sensério-motores de formas previsiveis, organizadas e feequen- as Expressio ce Piaget temente adaptativas, (1985, p. 13) para descrever acées = see padrdo muda gradualmente durante os primeiros 24 mest, quando o bebe comeca_PECV=S SMP co bebe a entender que os objetos continuam a existir mesmo estando fora de vista (ver Capitulo 5) € — sersério-mosee orgenizad quando ele se torna capar. de se lembrar de objetos, de asdes e de individuos durante periodos em tornado propo compe, de tempo. Contudo Piaget insstia que no periodo sensorio-motor,o bebé ainda nao €capaz de éobebéextrepete ah manipular essas primeiras imagens mentais ou memérias. Nem usa simbolos para representar 3 2¢80 de modo que o objetos ou eventos. F a nova capacidade de manipular simbolos internos, tais como palavras ou (@s¥tado desejado ocorra imagens, que marca o inicio do estigi seguinte,o estigio de pensamento pré-operacional, que TOW#TeNe come sug seu surge na maioria das eangas em algum momen entre IBe 24 meses. pol prep 22 ‘A mudanga do repertoro limitado de esquemas dsponiveis ao recém-nascido para a ca: pole pacidade de usar simbolos entre os 18 os 24 meses é gradual, embora Piaget identificase seus subestigios, resumidos na Tabela 6.1, Cada subestagio representa algum avanso espectico. O *ielare secur subestigio 2 & marcado pelo inicio daguelas coordenagdes importantes entre olhareescutan es» SAMs MSS TU tender o brago e olhar ~estender o brago e sugar sio aspects centrais dos meios de exploragio Teale motor orastace do mundo do bebé de 2 meses. O termo reagOes circulates primérias se refere’s muitas agdes sobre obetosextemoso repatitivas simples vistas no subestagio 2, cada uma organizada em torno do corpo do proprio bebe reper alga acto Debé. O bebe acidentalmente suga seu polegar um dia, acha prazeroso e repete a agdo. As reagues fim de desencadear uma circulares secundérias, no subestégio 3, diferem apenas no fato de que o bebé esta agora repetin- “883° fora de seu proprio do alguma ado a fim de desencadear uma reagio fora de seu préprio corpo. © bebé balbucia e “0*Po come Oster em um rages circulares secun- 172__Hesen ee & Dewist Bovo bebé acidentalmente bate no mobile pendurado em cima do bergo ¢ 0 objeto se move, ele entdo repete 0 movimento de seu brago, aparentemente com alguma intengéo de fazer o mobile se mover novamente, Essas primeiras as- sociagdes entre agdes corporais ¢ consequéncias externas sio razoavelmente autométicas, muito semelhantes a um tipo de condicionamento operante. Durante esse subestigio, os bebés constroem os esquemas importantes que fundamentam 0 conceito de objeto, um conjunto de marcos discutidos ex- tensamente no Capitulo 5. Recorde o que a permanéncia do objeto, ou 0 centendimento de que os objetos continuam a existir mesmo quando estéo fora de vista, é um dos mais importantes desses marcos. (© subestigio 4 traz consigo o inicio de um entendimento real de asso- iagoes causais. Nesse ponto, 0 bebé muda para aatividade exploratéria. No ssubestigio 5, esse comportamento exploratério se torna mais marcado com 0 ssurgimento daquilo que Piaget chamou de reagoes circularestercidrias. Nes te subestigio, o bebé nao se contenta meramente em repetir a agao ativadora ‘original, mas experimenta variagies. Ele poderia testar muitos outros sons ou ‘expressoes faciais para verificar se provocardo um sorriso na mae ou tentar ‘mover sua mao de forma diferente ou em novas diregdes a fim de fazer 0 _maébile se mover de novas maneiras. Nesseestégio, o comportamento do bebé ‘Andrea com 3 meses pode estar apresentando uma tem uuma qualidade intencional, experimental. Contudo, Piaget pensava que ‘eagio crcularsecundtia aut acuindo sa "$0 "© mesmo no subestégio 5 0 bebé nao tem simbolos internos para representar petdumente pare ur 00m do chocaho, Um treo A {Soprendizagemaraquesprnesoeesexpermenta _objetos. O desenvolvimento desses simbolos éa marca do subestagio 6. dd ouvir o som esta reforando seu compertanento de [As descrig6es de Piaget dessa sequéncia de desenvolvimento, largamen- saeudramio, te baseadas em observagdes notavelmente detalhadas de seus pr6prios filhos, provocaram uma série muito rica de pesquisas, algumas que confir- mam os esbocos gerais de suas proposigées e algumas que os refutam. Os resultados de pesquisa descritos no Capitulo 5, juntamente com outra pesquisa sobre meméria € imitagZo do bebs, levam & conclusio de que em intimeros aspectos importantes, Piaget subesti- ‘mou a capacidade dos bebes de armazenar, lembrar e organizar informagao sensorial e motora, VEE ue Desafios a visao da infancia de Piaget sobre acapacidade do bebé delembrar | Embora a pesquisa em geral tenha apoiado a sequéncia de desenvolvimento cog e imiar a ages dos outros? nitivo descaberta por Piaget, hi muitos achados que desafiam sua visto, Confor- me voce aprendeu no Capitulo 5, a pesquisa de Elizabeth Spelke e Renée Baillar 1g¢0, entre outros, nos forneceu umm relato mais dtalhado do entendimento de objetos das bebés ddo que os estudos de Paget. O trabalho dees sugere que os bebéstém um entendimento muito mais sofistcado de objetos do que Piaget concuiu,lgualmente,a pesquisa examinando o funcio namento da meméria de bebés sua capacidade para imitagdo também sugere que Piaget pode ter subestimado as capacidades deles (© que os pesquisadores deseabriram Mem« ‘Uma indicagao de que os bebés sto capazes de feitos de meméria maiores do que Piaget propds é pesquisa mostrando que habituago e desabituago esti presenes no nasci mento ~ pesquisa sobre a qual voc! le no Capitulo 3. Ahabituagdo, voct vailembra,envolve uma diminuigho de esposa a um estima repetdo, Por exemplo, ui recémenasido parade exibir uma resposta de sobressalo a um som apés ter sido exposto a cle diversas veues. Dara ahabituacio fenterdimento de que ter posivel o bebé deve ter pelo menos alguma capacidade de armazenar (embrar)informagso objetos a. 2exstt sobre as ocorréncias anteriores, Similarmente, para a desabituacao ocorrer, o bebé deve reconhecer mesraguerdorio pede gue um novo evento é um pouco diferente, iso que sugeze que a meméria do bebé contém uma imagem ou um modelo razoavelmente detahado do evento original (Schneider e Bjorklund, 198). ‘Uma segunds fonte de evdencia de que bebés muito jvens podem lembra vents expeiios fae Aepermenticio durante periodos de tempo ver de uma sre de estudos bikantes elzados por Carlyn Rovee elbenchcomvaractes “Colire eolaboradotes (Bhat e Rovee-Coliey, 1996; Gerhardstein, Adler e RoveeCller, 2000 SRESESSE,SES, artshom e Rovee-Colles, 1997; Hayne e Rovee-Colier, 1995; Rove-Callir, 1983). Em se pro- poiodo senoro-never ce cedimento mais amplamente conhecido, Rovee Collier usa umn engenhosavariag3o de uma esr: ord com Page tégia de condiconammento operate. Ela primeiro pendura um mébile traente sobre obergo de um reacées circulares tere rlas Acxperientacio A CRIANGA EM Desenvowvinento 173 Tabela 61 Subestigios do estagio sensério-motor de Paget Subestigio dade Rétuo de Piaget Canctristias 1 Nascmeno-1més —eflexos Uso de esqueras u flo ints, tas como sugar ou lh ser nite: em pacdade de interarnformcdo de verso sentids. 2 emeses Reagbesctcures prides Acorovacio de escueas bso [agar lar, sugar enquantoobebé os patica infistamente rico da corderarSo de esquerus de deretes sentides,taiscoma ‘lar na dregio de un sem:o be anda na associa cbs corpora alga result co fora do corpo, 3 Sameses Reagbescrcues ‘© bebé se ea muito mas consent de eventos fra de seu prépio corpo eos secunditias faz acontecer rovarerte, em un ti de aprerczagem detetatiare-eo,Intacso| pode ocorer as aenas de esquemas extents repre do bebe no do centendmente co “carceto de objet 4 BN meses Coordenaiodeesqueras _Comportumento de meiosis intecional aro. bebé no apenas va ats do que seeunditos «per as pode cara dis squemas para far, tal como at um taessero para scangar um bringuedo Imago de conpertamenes nove ocre bem come ‘tasferénca de informa de um sentido para 0 auto fransferénia moval cruzad 5 aie meses Reagbescrcules teas Comeca.a “experimentacio"na qua obebé testa nov formas de bina com ou ‘manipula objets Exploracio de renatia-e-ero muito ava mut intencina. 6 82 meses rico co pensamento Deservavimento do wo de simbolos parrepresertarobjtes cu eventos A circa representa «ertende que o smbol separa do objeto. mitacto aida ocoe primero neste tio. bebe observa como o bebé responde. Em particular, ela est interessada em deseobrir com que frequenciao bebe chuta suas pernas enquanto olha para © mobile. Apés 3 minutos dessa observacio “bésica, ela prende um cordio do mébile até a perna do bebé, conforme se vé na Figura 6.1, assim, toda ‘vez que o bebé chuta, o mobile se move. Os bebés aprendem muito répido a chutar repetidamente a fim de fazer essa nova coisa interessante acontecer (Piaget chamaria de uma reagao circular secundaria). Dentro de 3 16 minu- tos, bebés de 3 meses duplicam ou triplicam suas taxas de chute, mostrando que a aprendizagem claramente ocorreu. Rovee-Collier entio testa a memé- ria do bebé ou relacio a essa aprendizagem retornando alguns dias mais ar- dee pendurando 0 mesmo mébile sobre o bergo, mas sem prender 0 cordio a0 pé da crianga. Se o bebé lembrar a ocasiio anterior, devers chutar a uma ‘taxa mais lta do que quando viu o mobile pela primeira vez 6 precisamente ‘oquebebés de 3 meses fazer, mesmo apds uma demora de até uma semana. Esses estudos mostram que o bebé jovem € cognitivamente muito mais sofisticado do que os desenvolvimentalistas (e Piaget) um dia su- puseram, Ao mesmo tempo, o trabalho de Rovee-Collier também oferece algum apoio para as visGes de Piaget, uma vez que ela observa ganhos sistemiticos durante os meses da infancia na capacidade de lembrar. Um bebe de 2 meses pode lembrar a agéo de chutar por apenas um dias um ‘bebe de 3 meses pode lembrar por mais de uma semana; a0s 6 meses, um bebe pode lembrar por mais de duas semanas. Rovee-Collier também cconstatou que todas essas primeiras memérias do bebe estdo fortemente ligadas ao contexto especifico no qual a experiéncia original ocorreu. Mes- 1mo bebés de 6 meses nao reconhecem ou lembram do mébile se o investi- gador fizer até mesmo uma mudanga muito pequena, tal como pendurar tum pano diferente em torno do bergo no qual a crianga foi originalmente ‘testada. Portanto, os bebés lembram muito mais do que Piaget acreditava mas suas memérias si altamenteespecificas. Com a idade, suas memé- Figura 61 Estudos de Rovee-Collier da aprendi sagem do bebé ste Bebé de 3 moses, e7 um dos experiments de memévia de Rovee-Colier aprender rapidamerte a chutarseu pea fim ce fazer ombile te mover€viris cis ma tarde, ee lembrar esta assocaczo ent chute o mobile (fone vee Cole, 9941) rias se tornam cada vez menos ligadas a sugestoes ou contextos especificas (DeFrancisco e Rovee- Collier, 2008; Hsu e Rovee-Collier, 006; Learmonth, Lamberth e Rovee-Collies,2004). 174 __Hesen Bee & Denise Bovo Figura 62 _Imitacio ber os pesquadores anda

    Você também pode gostar