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Atividade 1

Essa atividade auxiliará o professor a identificar se os alunos reconhecem a


importância da leitura na vida das pessoas. Para tanto, ele poderá realizar uma
pesquisa inicial, por meio de um questionário que deverá ser respondido pelos
alunos, iniciando com uma conversa motivadora, como por exemplo:
“Com certeza, um dia no passado, não muito distante, você sentiu-se importante
quando conseguiu ler as primeiras letras, as primeiras palavras e depois as
histórias. Vamos fazer uma retrospectiva no tempo e relembrar esses momentos
diferentes que aconteceram em sua vida por meio de um questionário, que será
dividido desse modo: uma parte oral e outra, escrita.”

PERGUNTAS SUGERIDAS SOBRE A LEITURA

1- Para você, o que é ler?


2- Você considera a leitura importante? Por quê?
3- Tente se lembrar do título do primeiro livro que leu, nos primeiros anos
escolares.
4- Você gosta de ler? Está lendo algum livro atualmente?
5- Lê por prazer ou por imposição?
6- Amigos, pessoas da família, professores. Quem dessas pessoas exerce mais
influência sobre seus hábitos de leitura?
7- Jornais, quadrinhos, revistas, lendas, textos da internet, contos, outros. O que
mais gosta de ler?
8- Quais suas temáticas preferidas ao realizar uma leitura: aventura, suspense,
humor, terror, religião, esporte, temas sociais, autoajuda, outros?
9- Ao ler um texto ou um livro, sua escolha é pelo tema, pelas capas, pelas figuras,
pelo tamanho das letras, pelo número de páginas ou por algum outro motivo?
10- Na sua opinião, a leitura auxilia no bom desempenho da escrita?
11- A família, mais precisamente seus pais, exige que você leia os livros cobrados
pela escola? Justifique.
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• Apresentação do vídeo: A importância da leitura


Em seguida, após a sondagem sobre a leitura, a professora fará o trabalho
com um vídeo sobre a importância da leitura:
“E agora vamos aprender um pouco mais sobre esse assunto, que é a leitura,
assistindo ao vídeo A importância da leitura, que mostra muito claro, o quanto é
fundamental a prática da leitura, o valor que ela representa em nossas vidas”.
O vídeo se encontra disponível no link:
http://www.youtube.com/watch?v=5D3BO7DyQ3M&feature=related.
em que mostra uma sequência de imagens e frases sobre a importância da leitura.
Após a exibição, o professor conduzirá um debate sobre o texto do vídeo e
pedirá aos alunos que anotem os argumentos que considerarem mais interessantes
para discussão. Cada um irá relatar, oralmente, as suas opiniões para a turma.

• Apresentação do filme “A menina que odiava livros”

Para complementar o trabalho será exibido o vídeo: A menina que odiava


livros, disponível no link : http://www.youtube.com/watch?v=geQI2cZxR7Q .

“Que tal conversarmos sobre o filme e descobrir o que essa história revela para nós?
Coloque sua opinião, o que entendeu sobre o filme, de forma escrita em seu caderno,
respondendo o questionário abaixo”.

PERGUNTAS SOBRE O FILME: “A MENINA QUE ODIAVA LIVROS”


1- Como a menina se comportava em meio a tantos livros espalhados pela casa?
2- O que aconteceu na casa dela para que a obrigasse a mudar de atitude em
relação aos livros?
3- Em sua casa, seus pais têm o hábito de ler textos ou livros, qual gênero? Ou
contam histórias?
4- Você já vivenciou a mesma situação da menina? Quando? Por quê?
5- Houve mudança no comportamento dela após passar pela experiência da leitura,
por necessidade? Sim, não? Explique.
6-Toda história traz uma mensagem. Identifique a mensagem dessa história,
fazendo seus comentários por escrito.
7- Ilustre uma parte do filme, de sua preferência.
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CAPÍTULO 2

• Objetivo

Analisar o conhecimento prévio dos educandos quanto ao gênero Lenda,


ampliar e complementar esse conhecimento por meio de um questionário oral e
escrito.

• Atividade 2

“Você já ouviu falar de muitas histórias contadas pelos nossos pais, avós, familiares. Então
vamos relembrar e identificar as histórias que são chamadas de lendas”.

1- Você conhece lenda?


2- Já leu, ouviu falar de alguma? De qual mais gostou? Por quê? Poderia contá-la à classe?
3- Vocês vão falar com seus familiares sobre esse assunto e trazer por escrito uma lenda
que eles conhecem, que já ouviram ou mesmo uma curiosidade sobre esse assunto para
apresentar aos colegas da sala.
4- Em grupos, lembrem-se, agora , de uma delas, registrando o que se pede abaixo:

PERSONAGENS ENREDO (RESUMO)


____________________ _______________________________________
5- Agora tente definir , com as informações discutidas pela sala, o gênero LENDA.
6- Você já percebeu que uma lenda não é uma narrativa qualquer. Ela tem um jeito bem
próprio de ser escrita. A seguir, você terá trechos de textos diversos. Procure localizar os
que são de lendas, marcando-os com um X.
( ) Um corvo tendo roubado um pedaço de carne, pousou sobre uma árvore. Uma
raposa o viu e ...
( ) O índio, mal havia começado sua caçada e logo ouviu um canto maravilhoso,
mais bonito que o uirapuru e foi andando em direção à origem da bela melodia...
( ) Nenhum vidro quebrado, trancas e cadeados intactos, silêncio absoluto naquela
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madrugada, tudo parecia tão normal, mas o espetacular roubo acontecera.


( ) Todos comemoravam o casamento do príncipe e da princesa com muita alegria,
luxo e eles viveram felizes para sempre.
( ) Um susto na madrugada fria e deserta para o casal de idosos quando se
depararam com um bebê, enrolado em um cobertorzinho, na calçada, portão da casa
deles...
( ) Ao perceber que se tratava de um viajante, corria e assobiava aos ouvidos deles,
deixando-os desorientados pelo susto, fazendo-os perderem o rumo que seguiam.

• Atividade 3

A seguir, o professor dará continuidade à ampliação dos conhecimentos,


trabalhando o texto abaixo e as questões a seguir:

“Você sabe o que são, e de onde vêm as lendas?”

São textos que falam sobre as origens do universo, da humanidade, dos


sentimentos de um povo e da forma como a sociedade pode se organizar ao
estabelecer seus valores. As lendas não são textos que nasceram por acaso, sem
nenhuma intenção, são criações muito antigas, contadas às pessoas de geração em
geração, com o propósito de transmitir-lhes fatos e casos, ensinamentos, diversão,
crítica, às vezes, até fazer alguém desistir de um desejo que lhe traga situação
desfavorável. Numa época que ainda não existia a ciência, acredita-se que as
pessoas, por meio dessas histórias, encontraram uma forma de explicar os
processos e fenômenos da natureza, de contar fatos, explicar e compreender o
mundo em que elas viviam. Essas histórias vão passando de boca em boca, ou seja,
pela palavra falada, pela oralidade, com versões diferentes, isto é, diferem de região
para região. Não existe data ou lugar específico de onde elas surgiram, nem autoria
determinada. Sabe-se que essas manifestações culturais apareceram nas classes
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populares e são próprias de cada cultura. As lendas podem ser contadas por
qualquer pessoa, a qualquer momento. Referem-se aos feitos de personagens,
chamando a atenção para o aspecto físico sobrenatural de certos animais, entes e
figuras mitológicas, utilizando-se da fantasia ou ficção, misturando-as com a
realidade. O Brasil está repleto de lendas e histórias que povoam o folclore
brasileiro. Grande parte dessas lendas diz respeito a entidades sobrenaturais que
povoam e protegem a fauna e a flora, ou seja, os animais, as florestas e matas, das
impiedosas ações dos caçadores e destruidores da natureza.

Fonte:http://ensinandoemprosaeverso.blogspot.com/2009/10/folclore-brasileiro-augusta-
schimidt-o.html

• TRABALHANDO O TEXTO

a. Como já mencionamos, as lendas são histórias antigas, contadas de


geração em geração. Quem contava, ou conta até hoje, e para que serviam?
b. Geralmente, que tipo de assunto é narrado nas lendas?
c. Essas histórias eram transmitidas de que forma e em que locais
costumavam ser contadas e como permanecem vivas até hoje?
d. Atualmente, se quisermos ler as lendas, em que locais ou materiais
podemos encontrá-las?
e. Você acha que as lendas estão já estão ultrapassadas ou têm algo a dizer
nos dias de hoje? O quê? A quem?
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De posse das respostas dos alunos, o professor conduzirá uma conversação


sobre a origem das lendas.

CAPÍTULO 3

• Objetivo

Exercitar a leitura, a oralidade e a escrita.

• Atividade 4

Para essa atividade, foram selecionados alguns textos que tratam de uma
mesma lenda que aparece com características diferentes e ao mesmo tempo,
semelhantes, em regiões diferentes do Brasil.

“A partir da leitura dos textos vamos entender melhor o gênero lenda.


Inicialmente faremos leitura silenciosa, depois cada um irá ler um trecho dos textos,
permitindo assim a participação de todos.”
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TEXTO 1
O CAAPORA (versão paranaense)

O caapora é um estranho indivíduo de basta melena, que tem o corpo coberto


de pelo idêntico ao do catetu e o rosto, os olhos e os bigodes semelhantes aos do
gato. É de elevada estatura e possui extraordinária força muscular.
Geralmente mora com os seus em um covil na serra e a beira de curso
d’água. Alimenta-se de exclusivamente de frutas e de mel silvestre. Exibe-se com
um volumoso pito com canudo de mais de metro. Anda sempre montado num
catetus, no maior deles. Percorre a mata a fim de verificar se nela não se encontra
algum caçador. É por isso que muitos inimigos das aves e dos bichos têm aparecido
nas garras afiadas dos catetus.
Morava outrora no sertão da Ribeira, no Paraná, um jovem roceiro que
gostava imensamente de mel de tronco. Numa tarde resolveu tirar mel na floresta
munido de bom machado e porungas. Ao chegar perto da árvore que continha o mel
desabou um forte aguaceiro com trovões e corisco. Corre daqui, corre dali, o jovem
logrou abrigar-se sob a árvore que era enorme. Em dado momento notou que havia
alguém do lado oposto da mesma árvore. Então viu um indivíduo peludo, lambuzado
de mel e que tremia como vara verde. A cada trovão, ou corisco, fazia sinais
misteriosos. Era um caapora.
O roceiro compreendeu tudo. O estranho ser se havia regalado com o mel,
não lhe deixando nenhum favo e indignado resolveu vingar-se. Aproximou-se,
ergueu o machado e fê-lo descer sobre a cabeça do tal, visando dividi-la em duas
partes. Quando o gume da ferramenta alcançava a cabeleira, o caapora saiu a
correr pala floresta a gritar como um possesso: Cana brava!Cana verde! Canjarana!
Pica-pau de mata virgem! Julgara-se atingido por um raio.

(Fonte: MELO, Anísio. Estórias e lendas da Amazônia).


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TEXTO 2

O CURUPIRA (interior do Brasil)

O folclore brasileiro é rico em personagens lendários e o curupira é um dos


principais. Índios já o conheciam desde a época do descobrimento. Índios e os jesuítas o
chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas. De acordo com a lenda, contada
principalmente no interior do Brasil, o curupira habita as matas brasileiras. De estatura
baixa, possui cabelos avermelhados (cor de fogo), pelos e dentes verdes e seus pés são
virados para trás, que servem para despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir
rastros falsos. É poderoso e muito forte. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe
mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às
vezes chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de Pai
ou Mãe do Mato, Curupira e Caapora. Para os índios Guaranis, ele, é o Demônio da
Floresta. Às vezes é visto montando um Porco do Mato. Como protetor das árvores e dos
animais, costuma punir os agressores da natureza e o caçador que mate por prazer.
Uma carta do Padre Anchieta, datada de 1560, dizia: “Aqui há certos demônios a que
os índios chamam Curupira, que os atacam muitas vezes, no mato, dando-lhes açoites e
ferindo-os bastante”. Os índios, para lhes agradar, deixavam nas clareiras, penas, esteiras e
cobertores. De acordo com a crença, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um rolo de
fumo para agradá-lo, no caso de cruzar com ele.
(Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/literatura-infantil-lendas-e-mitos-do-
folclore/cipora-ou-curupira.php)

Fonte: http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Ficheiro:Caapora.jpg
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TEXTO 3
O CURUPIRA (Pernambuco)

O curupira é representado em Pernambuco por um gentiozinho de cocar e


tanga de penas, armado de arco e flechas. Em uma carta de 1500, o padre José de
Anchieta inclui esse duende entre as aparições noturnas que costumam assustar os
índios. Para o sacerdote, que entre nós esteve quando o Brasil amanhecia, o
Curupira, muitas vezes, ataca os índios nos bosques, açoita-os, atormenta-os, mata-
os. Os índios costumam deixar penas de aves, abanozinhos, flechas e outras coisas
semelhantes, num ponto da estrada do sertão, ou de alcantiladas serras, quando
passam por lá, como se fossem uma oferenda e, humildemente imploram a essa
personagem da superstição, que não lhes faça mal.

A seguir, conseguimos os versos populares da legenda pernambucana sobre


o assustador Curupira:

I V
De dia não busca a estrada Montado numa queixada,
O guerreiro Curupira, Rompe do bosque a espessura;
Porque dorme a sono solto Da onça não teme as garras,
À sombra da sucupira. Tendo três palmos de altura!
II VI
Mas de noite, quando a lua Da jandaia a verde pluma
Prateia as águas da fonte, Na fronte reluz, ondeia;
E a fresca brisa sussurra; O arco, as pequenas flechas,
Ei-lo que surge do monte. Garboso nas mãos meneia.

III VII
Assim anda, pula e corre Irado solta do peito
De noite pelas estradas; Agudo silvo, estridente;
E após si, em tropel, marcha E logo em volta se ajunta
Uma vara de queixadas A sua guerreira gente
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IV VIII
O grunhido, o som dos passos Os olhos tornam-se brasas;
O estalar dos rijos dentes, Põe-se em ordem de batalha;
Quebranta a mudez da selva A queixada amola os dentes
Acorda os pobres viventes Que cortam como navalha.

IX XI
Pula aterrado o macaco Ai! Do pobre caminhante,
Verga as folhas das palmeiras; Se o temor o tem tomado;
Sai a cutia da toca, Perde a fala, fica escravo,
Foge do mato às carreiras. Sendo um porco transformado!

X XII
Quando encontra o Curupira Mas, se investe os inimigos
No caminho, um viajante, E de nada se apavora,
Para depressa e atrevido De repente, o Curupira
Opõe-se a que marche avante. Pelo valor se enamora

XIII
Da peleja cede o campo
E reparte o seu tesouro;
Ricas pedras de brilhantes,
Rubis esmeralda e ouro.
(Autor: COSTA, Francisco Augusto Pereira da)
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As atividades serão diversificadas, como nas sugestões abaixo:

“Agora, vocês vão se organizar em duplas para responder o que se pede


sobre as três histórias lidas. Completem a cruzadinha com palavras que encontram-
se nos textos, seguindo as orientações abaixo, que indicam o significado dessas
palavras”.
1 - Treino vocabular – CRUZADINHA

1-H
2 -v
1-H
2-H

3-H 5 -v
3 -v 4 -v 6-v
4-H 5-H

6-H

- HORIZONTAL

1- Formação arbórea densa, matas.


2- Em outro tempo, antigamente.
3- Substantivo derivado do verbo defender, proteção.
4- Onde as abelhas fazem, depositam o mel.
5- Prazeroso, presenteado, que causa prazer.
6- Ato de respeitar, tratar com dignidade.
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B - VERTICAL
1- Raio, relâmpago.
2- Dizer em voz baixa, segredar.
3- Conjunto de animais próprios de uma região.
4- Existência, vitalidade, viver.
5- Que ataca, que agride, que provoca.
6- Meio onde cerca, vivem, ou envolve os seres vivos, as coisas.

2 - Assinale o certo:

• Comparando os três textos lidos, marque X na(s) alternativa(s) abaixo que


melhor os definam.
( ) Tratam do mesmo conteúdo, ou seja, a história narrada é a mesma;
( ) A atitude da personagem, ou seja, o que ela pretende não é a mesma;
( ) Embora tenham o mesmo tema, a forma de organização dos textos é
diferente.

• Se houve modificações nos três textos, estas se devem:


( ) À necessidade de adequar-se a linguagem ao público para o qual era e
ainda é narrada a lenda;
( ) ao fato de um autor achar mal escrito o texto do outro;
( ) Por serem épocas diferentes em que foram escritos,representando a
maneira de falar e de escrever própria de um momento da História.

• Nas versões tradicionais:


( ) O texto do autor é importante;
( ) Só os textos atuais são importantes;
( ) Os dois tipos são importantes.
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3- Se as diferenças se evidenciam nas três histórias, basicamente se


referem à extensão, escolha das palavras empregadas. Portanto, responda:

a- Identifique em qual dos textos o autor optou por uma forma mais simples e
resumida de escrever, mantendo o sentido original da lenda?

b- Em qual texto a linguagem empregada se distancia mais do jeito de


escrever, de falar atual? Dê exemplos de palavras e descubra o sinônimo para cada
uma delas.

c- Criando um jeito novo de contar, o autor escreveu a lenda. Que tipo de


texto ele produziu, ou seja, qual é o gênero empregado? Justifique sua resposta
escrevendo um trecho da lenda.

d- São diferentes as ações do Curupira, apresentadas nos textos? Sim, não


Exemplifique, escrevendo duas passagens.

4 - Terminaram? Agora, vocês poderão colorir o desenho.

(Fonte: Lendas Brasileiras/Projeto Brasileirinho.)


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5- Assim como o Curupira caçava os inimigos nas florestas, vamos caçar algumas
palavras que representam valores implícitos nas histórias.

F U R C D E F E N S O R U L
O Z E T A F S M A T A S A E
L A S F C A T E T U S U M N
C B P D F U E B U I L M A D
L N E V L N C U R U P I R A
O H I G O A P R E S E R V E
R I T D R L O T Z W R T S Z
E F O P A H S X A C E J G I

CAPÍTULO 4

• Objetivo

Reconhecer a cultura oral e a memória de um povo, a partir dos dados


coletados durante a pesquisa.

• Atividade 5

Nessa etapa, dividiremos os alunos em cinco grupos, para realizarem a


pesquisa em diferentes fontes. Eles receberão um roteiro para facilitar o trabalho. A
pesquisa poderá ser realizada nos livros da biblioteca da escola, com os familiares
(pais, tios, avós...) na internet, dentre outros.
Como vimos no capítulo anterior, a lenda é um texto muito antigo que foi
sendo contado de boca em boca, reescrito e lido por muita gente, por isso, uma
mesma lenda apresenta versões diferentes de fatos e casos da vida comum, de
acordo com a região, povo, cultura, ouvinte/leitor e a época em que era contada e
escrita. Assim, sobrevivem de geração em geração.
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“Vocês formarão grupos de cinco alunos e cada grupo pesquisará sobre


duas lendas em regiões diferentes, ou seja:
Grupo 1: pesquisar lendas referentes à Região Sul do País;
Grupo 2: região Norte;
Grupo 3: região Centro- Oeste;
Grupo 4: região Sudeste;
Grupo 5: região Nordeste.
Para desenvolver esse trabalho, terão o prazo de uma semana. Depois, as
lendas pesquisadas serão discutidas em sala de aula.”

A seguir, as produções serão coletadas pela professora que fará as correções


necessárias.

DICAS PARA O PROFESSOR

Sites disponíveis para a sua pesquisa, sobre os mitos e lendas brasileiras:


http://sitededicas.uol.com.br/cfolc.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/literatura-infantil-lendas-e-mitos-do-
folclore

ROTEIRO PARA PESQUISA:


a- Local da Pesquisa;
b- Região do Brasil a ser pesquisada:
c- Nome das lendas pesquisadas;
d- Um resumo de cada lenda pesquisada.
e- Colocar uma ilustração alusiva à história.

“Mãos à obra! Após o tempo regulamentado e a entrega das lendas


corrigidas, vocês passarão a limpo e cada grupo apresentará para a turma o nome
das lendas e falará resumidamente sobre elas, dramatizando ou apresentando de
outras formas, à escolha do grupo”.
A apresentação do trabalho será realizada num momento pré-agendado pela
professora.
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CAPÍTULO 5

• Objetivo

Estimular a oralidade contando uma lenda, utilizando como recurso visual,


uma maquete que retrata a história.

• Atividade 6

Quem vai contar uma lenda, agora, é a professora, utilizando uma maquete
que situa e mostra a história da Bruxa Nicácia, tornando- a, o mais real possível,
com seus personagens, local e tempo.

(Nota da autora: maquete confeccionada pela professora Maria de Lourdes Marinozi.(email:


celiasas@seed.pr.gov.br).
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Depois desse momento, serão realizadas algumas atividades de


compreensão do texto e de análise linguística.

A professora distribuirá aos alunos, tiras de papel contendo os parágrafos


escritos, da história contada por ela, para que ordenem a mesma.

1- Descubra a sequência da história contada pela professora, montando as tiras que


contém os parágrafos, na ordem correta dos acontecimentos. Depois colem- nas em
seus cadernos.

A bruxa vivia com a sua amiga coruja, numa cabana afastada de todos. Quando ela
sumia, todos diziam que ela ia visitar o diabo. De vez em quando, um fio negro de
fumaça saía da cumieira de sua choupana e desenhava figuras monstruosas. Era o
aviso de que a feiticeira voltava das suas visitas das terras do inferno.

Ao alvorecer, a calma envolvia a natureza, mas nem da cabana, nem da bruxa


feiticeira restava o menor vestígio, depois de ser transformada por um coro de
moleques, num bicho horroroso, foi vista tomando sol, nas margens do rio,
espantando as lavadeiras com seus roncos e urros de monstros.

Depois de passada a chuva, a bruxa, sua cabana e sua coruja sumiram. Alguns
contam que ela foi arrastada para o fundo de um poço, agora na forma de um
animal horrendo. Seus cabelos cresceram tanto até chegarem aos pés, seu corpo
cobriu-se de pelo, as unhas ficaram enormes e aguçadas, os dentes se alongaram
como presas de porco, pés e mãos criaram barbatanas.
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É uma lenda do sertão nordestino, onde o regime irregular de chuva criou esse
personagem. Conta a lenda que há muitos anos atrás, no sítio das Limeiras, sertão
do Piauí, vivia uma horrenda moradora, feiticeira, a bruxa Nicácia. Era a sétima
filha de um casal, e tinha que cumprir o triste destino de sugar o sangue das
criancinhas, na quaresma.

Então, quando ela sumia todos diziam que ela ia visitar o diabo e quando voltava,
preparava suas terríveis poções e fazia previsões, como a de que um dia o rio
Corrente sairia de seu leito, causando uma enchente e afogaria a todos. E assim
cumpriu-se a sua profecia.

À noite conversava com os monstros do rio, que lhe obedeciam fielmente, porque
todos haviam sido amansados por uma reza que fazia de trás para diante, tendo
então, domínio sobre eles, que ajudavam-na a praticar suas maldades. Quando o
corujão espantoso piava, gelava o sangue dos caboclos; era o aviso de que as
trevas transformariam as matas em fantasmas, nos rios surgiriam monstros, o riso
do Coisa-Ruim ecoaria pelo ar, anunciando o terror.

Certa noite houve uma terrível tempestade, durante uma noite inteira,
amedrontando o povo da região. As árvores tombadas e queimadas pelo fogo do
céu, as águas em rebojo, o grito horripilante do Pé-de-pato, ventania forte que
assobiava levando o que tinha pela frente, inundando tudo.

CAPÍTULO 6

• Objetivo

Favorecer a compreensão dos mecanismos de funcionamento da Língua.


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• Atividade 7

1- Releia o trecho seguinte:

Todos haviam sido amansados por uma reza que fazia de trás para diante,
tendo então, domínio sobre eles, os quais ajudavam-na a praticar suas maldades.

a- Observando o parágrafo acima, do texto estudado anteriormente, a palavra


destacada foi empregada para evitar repetição de um nome. Qual?

b- As palavras ”os quais e eles” se referem a qual palavra no mesmo


parágrafo? Essa mesma palavra significa quem?

2- Uma das qualidades que fazem um BOM TEXTO,é a NÃO repetição de


palavras. Para tanto, podemos substituir os nomes por PRONOMES. Confira:

Exemplo: A bruxa espantava as lavadeiras, a bruxa corria para amedrontar as


lavadeiras.
R: A bruxa espantava as lavadeiras, ela corria para amedrontá-las.

• Reescreva as frases abaixo evitando a repetição de nomes, empregando


pronomes:

a- A ventania derrubou as árvores, a ventania deixou as árvores no chão.

b- Os pescadores tremiam ao ouvir o assobio do Coisa-Ruim. Os pescadores


queriam se livrar do Coisa-Ruim.
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3- A lenda da Bruxa Nicácia não apresenta falas das personagens, isto é, o


DISCURSO DIRETO. Somente o narrador conta os fatos. Vamos imaginar como
seria uma das falas da bruxa quando se encontrava com os monstros do rio e criar
um diálogo entre ela e eles, empregando a pontuação correta: ( : ___ ? , ! . ) .
Use a sua criatividade e capriche!

4-Observe as seguintes palavras negritadas: grito horripilante e povo da


região.
As palavras acima destacadas caracterizam os substantivos: grito e povo.
São chamadas de ADJETIVOS. ADJETIVOS são palavras que modificam os
substantivos, atribuindo-lhes certas características, como qualidades,
defeitos, estados, locais, modo de ser.
Na lenda que estudamos, vimos que há adjetivos que representam atitudes e
comportamentos próprios de seres, locais, coisas e de pessoas. Relacione, a
seguir, quais adjetivos caracterizam as personagens.
1- corujão { } tombadas
2- sertão { } em rebojo
3- povo { } terríveis
4- figuras { } espantoso
5- fio { } nordestino
6- poções { } da região
7- árvores { } negro
8- águas { } monstruosas

5- Partindo da palavra bruXa, que também é formada pelo fonema X,


descobriremos os vários sons que ele apresenta, com o exercício abaixo:
- Pesquise, junto com um amigo, cinco palavras escritas com X que
apresentam sons diversos:
X= S X= Z X= CH X= CS X= SS
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Em seguida, escolha quatro palavras da tabela para encontrar as palavras


cognatas, como você verá no exemplo a seguir:

experimentar – experimento – experimental – experimentamos – experiência


– experimentados – experimentou.

Agora é a sua vez:


___________________________________________________________________
____________________________________________________________
_____________________________________________________________

CAPÍTULO 7

• Objetivo

Produzir um texto, gênero lenda, a partir dos dados coletados durante as


pesquisas e aulas trabalhadas sobre o tema.

• Atividade 8

Formando grupos de três a cinco alunos cada um, vamos para mais uma etapa
do nosso trabalho.

“Até que enfim chegou o momento de vocês criarem uma lenda e vocês serão os
autores. Parece complicado? Que nada! Vocês, com certeza, estão bem preparados
para essa tarefa, já que, juntos tivemos a oportunidade de conhecer várias lendas,
as curiosidades, mensagens e ensinamentos que elas trazem, fazendo com que
compreendamos o nosso jeito de ser, ver, entender e pensar o mundo em que
vivemos”.
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PROPONDO A ESCRITA DE UMA LENDA

Como vocês aprenderam, a lenda é uma narrativa, que conta os feitos de


personagens, chamando a atenção para o aspecto físico sobrenatural de certos
animais, entes e figuras mitológicas, utilizando-se da fantasia ou ficção, misturando-
as com a realidade. Os fatos e acontecimentos explicam ou estão relacionados aos
fenômenos que ocorrem na natureza.
O narrador é sempre um observador que não participa da história.
Certamente o repertório de lendas de vocês aumentou muito no decorrer
desse projeto, além das lendas lidas e estudadas aqui. Vocês pesquisaram e
compartilharam com sua turma, tantas outras, enriquecendo, assim, o acervo
relativo a esse gênero. Então, lembrem-se das histórias conhecidas e criem uma
nova lenda, pensando, por exemplo: Que história vocês criariam para explicar o
fenômeno TSUNAMI, ou como reagiria o homem das cavernas se visse um avião
cruzando o céu sobre o local onde vivia?
Essas são algumas sugestões, mas, deixem a imaginação voar e criem suas
histórias!

• Atividade 9

Ao escrever, primeiramente, seu rascunho, prestem atenção nas dicas


a seguir que farão de seus textos, um BOM TEXTO:
- sobre o que vai escrever; início da história;
- lembrem-se de que o narrador somente conta os fatos sem participar
diretamente deles (narrador observador);
- personagem central e secundários, descrevendo aspectos físicos e
psicológicos;
- descrevam o lugar, tempo, onde acontecem os fatos, problemas
enfrentados;
- evitem repetições de palavras, usem bem o recurso da pontuação;
- coloquem um título na história.
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• Atividade 10

ASPECTOS A OBSERVAR: de acordo melhorar


1- Criou personagens característicos de uma
lenda?
2- Descreveu-os de maneira adequada com a
história?
3- Na história, as atitudes e o modo de ser das
personagens condizem com o gênero lenda?
4- Criou uma situação problema, envolvendo as
personagens, criando, assim, um conflito?
5- A ideia central da história combina com a lenda e
com sua intenção?
6- O texto reuniu informações, organizando as
ideias de forma clara, coesas, usando sinais de
pontuação?
7- Evitou repetições de palavras, substituindo-as
por pronomes, sinônimos ou simplesmente
eliminando-as, caso faça sentido?
8- Utilizou um narrador observador para contar os
fatos?
9- O tempo e o espaço estão presentes na história?
10- A história passa uma mensagem ou algum
ensinamento para o leitor?
11- O título está adequado ao texto e é típico de
uma lenda?
12- Houve muitos erros de ortografia?
13- A história teve introdução, desenvolvimento e
desfecho?

A avaliação dos alunos, nesse projeto, terá início na primeira atividade com a
observação do professor, na participação do aluno, individual, no grupo ou
coletivamente, em cada uma das etapas ou tarefas propostas até o término delas,
ou seja, será uma avaliação diagnóstica e somativa no decorrer do trabalho e
posteriormente, será atribuída uma nota a cada um deles, no final do bimestre.
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• Atividade 11

Depois do texto corrigido, os alunos vão reescrever seus textos. O professor fará
os comentários sobre os aspectos positivos ou negativos, enfim, destacará as
contribuições que forem necessárias.

• Atividade 12

Finalizando mais uma etapa, será agendada uma data para que apresentem a
lenda, à turma, em forma de teatro, ou apresentando o trabalho, com a exposição de
uma maquete, confeccionada pelo grupo, que retratará local, personagens e a
história que as envolve.
Para o sucesso do trabalho, a arte final é indispensável. O visual, o colorido, a
dedicação, complementam esse trabalho trazendo emoção, alegria e sensação de
dever cumprido, mas um novo texto que se cria, engrandece, enriquece, amplia e
complementa o já existente. Portanto,

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