Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Kalanchoë VS Jararaca
Kalanchoë VS Jararaca
NATAL, RN
2019
JÚLIA MORAIS FERNANDES
ORIENTADOR:
Profª. Drª. Silvana Maria Zucolotto Langassner
CO-ORIENTADOR:
Prof. Dr. Matheus Freitas Fernandes Pedrosa
NATAL, RN
2019
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS
À Aida Maria de Morais, minha mãe, meu espelho e inspiração, a pessoa mais forte e
determinada desse mundo, uma mulher batalhadora e vencedora, fonte inesgotável de amor e
dedicação, o melhor que há em mim! Amo-te com o amor mais verdadeiro desse mundo!
A Rayllan Rodrigues, meu amor, meu lar, meu abrigo mais seguro, seu amor,
paciência, confiança e compreensão foram a motivação para que eu conseguisse vencer mais
essa etapa tão importante da minha vida. Amo-te!
À tia Aíla, meu ponto forte e me amparo nas horas mais duras e difíceis, sua alegria,
ternura, carinho e compaixão me inspiram todos os dias, e foram combustível para que eu
conseguisse alcançar mais essa vitória.. Amo-te com o amor de uma filha!
A José Maria (in memoriam), meu voinho, que se estivesse ainda entre nós nessa vida
terrena estaria se regozijando com essa conquista em minha vida, mas tenho certeza que seja
aonde ele estiver, está comemorando comigo esse momento. Saudades eternas!
Ao meu tio José Ailson (in memoriam), que nos deixou tão cedo, mas que vibrava
comigo e se alegrava a cada vitória. Sua alegria, fé e bom humor sempre foram inspiradoras
para mim. Saudades eternas!
AGRADECIMENTOS
A Deus - Pai, Filho e Espírito Santo - meu refúgio e minha fortaleza, meu alicerce,
minha força e vida. O autor dessa vitória! À Nossa Senhora que sempre foi meu amparo em
momentos de desespero e de esperança, que sempre me acompanhou e nunca me deixou abalar!
Rezar, sempre foi a melhor maneira de acalmar meu coração e diminuir a ansiedade que me
acometeu durante essa fase tão complicada. Se Deus não está fazendo, é porque Ele já fez.
A Rayllan Rodrigues por todo seu amor, amizade, companheirismo, incentivo, ânimo,
e, principalmente paciência. Obrigada por me ajudar a superar todos obstáculos de mais uma
etapa, muitas vezes acreditando mais em mim do que eu mesma. Obrigada por ter feito esse
doutorado comigo, ajudando-me muitas vezes em experimentos desde muito cedo da manhã até
muito tarde da noite, ou por me acompanhar aos finais de semana ao laboratório, ou por ser
figurinha carimbada nas minhas coletas e durante as épocas de cultivo. Obrigada por ter sido o
maior incentivador do período sanduíche e por ter atravessado o Atlântico só me fazer
companhia e aplacar um pouco a saudade. Você é o meu lar!
À minha mãe, Aida M. Morais, minha rainha, por fazer com que tudo isso fosse
possível! Se hoje posso completar outra etapa da minha vida, a senhora é a força, o incentivo,
o amparo mais protetor e o alicerce de toda essa vitória.
À tia Aíla, a quem dedico o amor de uma filha, que me amparou nas infinitas vezes que
precisei, das gargalhadas que me arrancou em momentos de aflição, por ser um porto seguro,
pelos conselhos e afagos que me faziam sempre mais forte para continuar.
Ao meu pai, Jonas Fernandes, por todo amor, carinho, incentivo e compreensão.
Aos meus irmãos, Victor, Sara, Lucas e Bruna por me proporcionarem alegria quando
mais preciso, por me encherem de orgulho todos os dias, por todo amor, incentivo, força e fé.
À minha irmã Sara, amiga, cúmplice, confidente e companheira de todas as horas e
momentos. Sempre somos tão fortes juntas! Minha sis que me auxiliou em tantas coletas e até
em preparo de amostras, sempre dando muitas gargalhadas com nossos mungangos, e tornando
aquele trabalho menos árduo. Obrigada por ter sido um dos meus pontos mais fortes durante o
período sanduíche, sem sua companhia diária, mesmo distante, eu não teria conseguido!
Obrigada por ter ido até lá aplacar um pouco a nossa saudade! Você é a minha pessoa!
À Profa. Silvana Zucolotto, minha eterna orientadora, por todo ensinamento, apoio,
carinho, amizade e confiança, além de paciência e compreensão nas horas em que tanto precisei.
Nosso encontro aconteceu na hora certa em minha e só me trouxe coisas boas. Deus sabe de
tudo nessa vida, e hoje vejo o propósito Dele nesse nosso encontro. São quase dez anos nessa
caminhada juntas, e só tenho coisas boas para falar de ti e a agradecer por essa parceria incrível
que construímos nesses anos com bastante transparência e sinceridade. Obrigada pela primeira
oportunidade quando me aceitastes na iniciação científica, sendo sua primeira aluna na UFRN,
e por todas as outras que vieram depois. Sou extremamente grata por me orientar com tanta
dedicação, e por me incentivar sempre a galgar algo novo nessa caminhada. Obrigada por
ensinar-me tanto com suas atitudes e ações, fazendo-me crescer como profissional e como
pessoa. Como te disse uma vez, sou extremamente privilegiada por te ter como orientadora!
Ao meu co-orientador, Prof. Matheus Pedrosa, pelas oportunidades dadas e por todo
conhecimento na área de toxinologia que vem me transmitindo.
Ao Prof. Raphael Grougnet, meu co-orientador estrangeiro, por ter recebido-me de
braços abertos em seu laboratório na Université Paris Descartes. Por toda atenção e cuidado
dispensado durante todo o meu período sob sua tutela nesse estágio doutoral. Agradeço
imensamente por ensinar-me com enorme paciência, das horas que gastou comigo no RMN
tanto para que eu aprendesse a operar o equipamento com total segurança e liberdade, quanto
para discutir infinitos espectros em frente ao computador. Não tenho palavras para agradecer o
quanto você foi indispensável para o meu crescimento e amadurecimento científico.
Ao Prof. Edgar pela valiosa ajuda na execução das análises quimiométricas do estudo
metabolômico e interpretação dos resultados. Obrigada pela disponibilidade de sempre sanar
os diversos questionamentos que tenho sobre essa área.
À Profa. Raquel Brandt pelo apoio, ensinamentos e carinho, auxiliando-me com suas
tão valiosas contribuições e ideias.
À Profa. Renata Mendonça pelas ideias, carinho e apoio, pela valiosa ajuda nos
experimentos de RMN e de CLAE. Além de tudo, por ter trazido as mudas autênticas de K.
laciniata e B. pinnatumda UFC para que pudéssemos iniciar todo esse trabalho.
Agradeço imensamente ao Prof. Lula, que me deu a primeira oportunidade na pesquisa
e me ajudou a entender melhor o que eu queria. Recebeu-me de braços abertos em seu
laboratório naquela sua tranquilidade característica.
À Dra. Katerina, do Benaki Institute, em Atenas, pela ajuda na realização das análises
por CLUE-EM/EM dos extratos da metabolômica da B. pinnatum.
Ao Prof. Josean Tavares e ao doutorando Lucas Silva, da UFPB, pela ajuda na realização
das análises por CLAE-EM/EM dos extratos da metabolômica de K. laciniata.
Ao Prof. Eduardo Azevedo pela valiosa ajuda na revisão do inglês dos artigos.
Aos Profs. Raquel Brandt, Renata Mendonça e Arnóbio Silva por terem aceito fazer
parte da minha banca de Exame de Qualificação de Doutorado, e pelas valiosas sugestões e
contribuições para melhorar esse trabalho.
Carol, Laís, Cláudio e Diogo) e aos funcionários Fred, Ablo (in memoriam) e Jane. Esse período
foi mais fácil por contar com a amizade de vocês!
Aos funcionários sempre tão solícitos, Bênia, Roger, Nilma, D. Ana e Fernando.
À Capes pelo auxílio financeiro concedido na forma de bolsa de doutorado e na forma
de bolsa de doutorado sanduíche no exterior (Capes/PDSE). Ao CNPq pela aprovação do
projeto Universal nº 14/2014. E ao CNRS, órgão que fomenta a pesquisa na França, por todos
os recursos disponibilizados durando o estágio doutoral na Université Paris Descartes.
E a todos aqui não citados, que de alguma forma contribuíram com uma parcela especial
para a realização deste trabalho.
RESUMO
ABSTRACT
Kalanchoe laciniata (L.) DC. and Bryophillum pinnatum (Lam) Pers. (Crassulaceae)
known populary as saião or coirama are used in Brazil, mainly in the Northeast region, and
their use remarks in the anti-inflammatory problems treatment. Regarding chemical
composition, patuletin, kaempferol and quercetin glycosylates derivates are the main
compounds decribed, however the active compounds are not known. Besides, there are not
enough control quality studies that can be contribute to authentication and differentiation
between K. laciniata and B. pinnatum, especially by High or Ultra Performance Liquid
Chromatography (HPLC or UPLC) coupled Mass Spectrometer (MS) and/or Nuclear Magnetic
Resonance (NMR). Once B. pinnatum is in Renisus (Relação Nacional de Plantas Medicinais
de Interesse do SUS), it is necessary to increase studies with the both species to ensure safety,
efficacy and quality of the possible herbal drug can be developed and distributed by SUS. In
this context, the proposal is performed a metabolomic and pharmacologic approach with K.
laciniata and B. pinnatum species. To achieve this goal, the methodology was divided: i:
isolation and characterization of main compounds of leaves extracts of both species; ii:
quantification of chemical markers; iii: metabolomic approach of the extracts in response to
stress induced by drought and salt stress; iv: in vitro assays to evaluate the inhibitory effects of
the extracts against the enzymes that trigger the Bothrops erythromelas envenomation. The
most significant results were i. by the centrifugal partition chromatography (CPC) technique
application, it was possible to isolate quickly and efficiently the majors flavonoids of B.
pinnatum, besides it has enabled the isolation of substance not described for the genus, named
sarmentosin; ii. a) to quantify three flavonoids in the extract of B. pinnatum by UPLC-DAD
and to suggest the flavonoid quercetin 3-O-α-L-arabinopyranosyl-(1→2)-O-α-L-
rhamnopyranoside as a specific marker it, and b) to develop and validate an NMR methodology
to quantify sarmentosin in the extract of B. pinnatum; iii. metabolomic approach obtained by
UPLC-MS/MS data showed that drought and salinity conditions can influence production of
different metabolites, indicating that both species are resistant to watering suspension up to the
20th day, but that the lower amount of salinity in the irrigation water already induces differences
in metabolic production, mainly phenolic compounds; iv. in vitro activities showed the potential
of the species in inhibiting PLA2, an important toxin in poisoning, and showed that extracts
obtained from saline and water stress directly influence its inhibition. In this context, this work
represented a chemical and pharmacological advance in the study of these species. Thus,
through an efficient and green methodology developed by CPC, the markers of B. pinnatum
extract in large quantities were obtained, as well as the validation of a method to quantify them
according to the parameters of RDC 166/2017, until so not found in the literature. In addition,
it was possible to suggest certain cultivation conditions that influence the production of
metabolites by plants, possibly linked with the antivenom activity presented by extracts of both
species.
LISTA DE FIGURAS
Figura 80 - Gráfico que ilustra a média em % (±DP) o rendimento do estresse salino para B.
pinnatum. ................................................................................................................................ 204
Figura 81 - PCA realizado com todos os grupos tratados versus grupos controles do estresse
salino. Dados no modo positivo. ............................................................................................ 206
Figura 82 - PCA realizado com todos os grupos tratados versus grupos controles do estresse
salino. Dados no modo negativo............................................................................................. 206
Figura 83 - PLS realizado com todos os grupos tratados versus grupos controles do estresse
salino. Dados no modo positivo. ............................................................................................ 207
Figura 84 - PLS realizado com todos os grupos tratados versus grupos controles do estresse
salino. Dados no modo negativo............................................................................................. 207
Figura 85 - Gráfico que ilustra a média da concentração de sarmentosina em mg/g do extrato
de B. pinnatum obtido do estudo de estresse hídrico.............................................................. 209
Figura 86 - Registo da evolução morfológica macroscópica das mudas de B. pinnatum durante
o estudo de estresse salino. ..................................................................................................... 211
Figura 87 - Gráfico que ilustra a média da concentração de sarmentosina em mg/g do extrato
de B. pinnatum obtido do estudo de estresse hídrico.............................................................. 211
Figura 88 - Inibição da atividade fosfolipásica da peçonha de B. erythromelas para os extratos
de cada grupo controle e tratamento de estresse hídrico de B. pinnatum. .............................. 222
Figura 89 - Inibição da atividade fosfolipásica da peçonha de B. erythromelas para os extratos
de cada grupo controle e tratamento de estresse salino de B. pinnatum................................. 223
Figura 90 - Inibição da atividade fosfolipásica da peçonha de B. erythromelas para os extratos
de cada grupo controle e tratamento de estresse hídrico de K. laciniata................................ 224
Figura 91 - Inibição da atividade fosfolipásica da peçonha de B. erythromelas para os extratos
de cada grupo controle e tratamento de estresse salino de K. laciniata. ................................ 225
LISTA DE TABELAS
Tabela 23 - Concentração dos compostos Bp1, Bp2 e Bp3 nas amostras do EHEL de B.
pinnatum ................................................................................................................................. 146
Tabela 24 - Parâmetros de validação do método analítico para o sarmentosina. .................. 151
Tabela 25 - Procedimentos realizados por CPC para a espécie K. laciniata. ........................ 160
Tabela 26 - Procedimentos realizados por CLAE prep para a espécie K. laciniata. ............. 161
Tabela 27 - Fases móveis utilizadas para cada procedimento de CLAE em escala preparativa
para K. laciniata. .................................................................................................................... 161
Tabela 28 - Procedimento realizado por CLMP para a espécie K. laciniata. ........................ 162
Tabela 29 - Especificações de fase móvel e amostras da 1ª CLMP de K. laciniata.............. 162
Tabela 30 - Dados espectroscópicos de RMN de 1H (400 MHz) para Kl2 em MeOD. ....... 176
Tabela 31 – Análise da água de irrigação. ............................................................................. 188
Fr. Fração
His Histidina
HMBC Heteronuclear MultipleBond Correlation Spectroscopy
HMQC Heteronuclear MultipleQuantum CorrelationSpectroscopy
ICH International Conference on Harmonisation
IL-7 Interleucina 7
i.p. Intraperitoneal
KMC Dimalato de Kalancosine
KL Kalanchoe laciniata
Kl Denominação dos compostos isolados de K. laciniata (Kl1, Kl2, Kl3, Kl4, Kl5 e
Kl6)
Lys Lisina
Lys49 Lisina na posição 49
MeOD Metanol Deuterado
MeOH Metanol
MPO Mieloperoxidase
MPV Matéria prima vegetal
m massa
N Números de pratos teóricos
OMS/WHO Organização Mundial de Saúde/ World Health Organization
OMS Organização Mundial da Saúde
PLA2 Fosfolipase
QB Quantidade de Biomassa
RDC Resolução da Diretoria Colegiada
Renisus Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS
RDC Resolução da Diretoria Colegiada
r Resolução dos picos
RMN Ressonância Magnética Nuclear
RMN de Ressonância Magnética Nuclear de Carbono 13
13
C
RMN de 1H Ressoância Magnética Nuclear de Hidrogênio
Rf Fator de Retenção
SAB Soro antibotrópico
SABC Soro antibotrópico-crotálico
SABL Soro antibotrópico-laquético
SAV Soroterapia antiveneno
SUS Sistema Único de Saúde
TFA Ácido Trifluoroacético
TPO Tireóide-peroxidase
t Tailing factor (fator de calda)
UV Ultravioleta
USP United States Pharmacopeia
Vol. Volume
Tr Tempo de retenção
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 24
APÊNDICES
Apresentação
APRESENTAÇÃO
O presente estudo tem como objetivo realizar uma abordagem metabolômica e
antiofídica dos extratos das espécies Kalanchoe laciniata e Bryophyllum pinnatum, obtidos sob
as diferentes condições de cultivo de suspensão de rega e salinidade. A partir da proposta
pretende-se também fornecer dados sobre segurança e eficácia de extratos de Kalanchoe
laciniata e Bryophyllum pinnatum. É importante destacar que Bryophyllum pinnatum está na
Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do SUS (RENISUS), publicada pelo
Ministério da Saúde em fevereiro de 2009, com a sinonímia de Kalanchoe pinnata, o que
justifica a necessidade de desenvolver estudos comparativos entre essas espécies. Os resultados
podem contribuir ainda para o desenvolvimento de fitoterápicos, a partir do fortalecimento de
toda cadeia produtiva de um produto que possa ser desenvolvido com essas espécies, tanto pelo
desenvolvimento de metodologias analíticas para o controle de qualidade do derivado vegetal
e do produto acabado através da quantificação dos marcadores quanto pela padronização de
condições de cultivos da matéria-prima vegetal.
É importante salientar que esse trabalho é a continuação do mestrado da autora, e
contempla algo ainda não encontrado na literatura, que é a investigação da produção de
metabólitos pelas espécies frente a condições de estresse salino e hídrico, e como essas
condições podem interferir na atividade biológica dos extratos. Além disso, foram conduzidos
estudos in vitro com os extratos para avaliar a inibição da atividade fosfolipásica da peçonha
de Bothrops erythromelas, uma das toxinas mais importantes envolvidas nos efeitos locais e
sistêmicos desencadeados pelo envenenamento botrópico.
Adicionalmente, foi realizado um estágio doutoral no exterior, em Paris, França, no
Laboratoire de Pharmacognosie e Chimie de Substances Natureles, da Université Paris
Descartes, supervisionado pelo MCF-HDR Dr. Rapahel Grougnet. O estágio doutoral foi
realizado no período de 1 ano, iniciando em abril de 2017 e terminando em março de 2018, e
teve como objetivos: i. aplicar a técnica de Cromatografia de Partição Centrífuga (CPC),
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) Preparativa e Cromatografia Líquida de
Média Pressão (CLMP) no isolamento dos compostos majoritários nos extratos de B. pinnatum
e K. laciniata; ii. usar as técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e Espectrometria
de Massas (EM) na elucidação estrutural de compostos isolados; iii. usar a RMN como
ferramenta para desenvolvimento e validação de metodologia analítica para quantificação de
compostos; iv. analisar por Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência acoplada a EM/EM para
análise do perfil metabólico dos extratos obtidos a partir de mudas submetidas aos estresses
salino e hídrico.
Resumidamente, para atingir esse objetivo, a metodologia do estudo foi dividida nas
seguintes partes: i: isolamento e caracterização dos marcadores químicos do extrato das folhas
das espécies; ii: quantificação dos marcadores químicos; iii: abordagem metabolômica dos
extratos em resposta ao estresse induzido suspensão de rega e salinidade; iv: ensaios não-
clínicos in vitro para avaliar os efeitos inibitórios dos extratos frente a PLA2, que serão divididas
em diferentes capítulos para facilitar o entendimento.
Diante dos objetivos expostos, a tese foi organizada em sete capítulos, a saber:
O Capítulo 1 apresenta o artigo de revisão desenvolvido durante o doutorado e publicado
na Revista Brasileira de Farmacognosia, contemplando uma revisão integrativa a respeito das
espécies K. laciniata e B. pinnatum.
O Capítulo 2 apresenta o estudo fitoquímico do extrato das folhas de B. pinnatum
abordando o isolamento dos compostos majoritários através de técnicas de CPC e CLMP e as
suas identificações por RMN e EM, além do desenvolvimento e validação de metodologia de
duas metodologias analíticas, uma por CLUE-DAD para quantificação dos flavonoides
majoritários do extrato e a outra por RMN para quantificação de sarmentosina. Adicionalmente,
foi realizada pequena revisão de literatura sobre CPC e controle de qualidade de plantas
medicinais e fitoterápicos.
O Capítulo 3 descreve apresenta o estudo fitoquímico do extrato das folhas de K.
laciniata abordando o isolamento dos compostos majoritários através de técnicas de CPC,
CLAE preparativa e CLMP e a elucidação completa por RMN e EM de um flavonoide isolado,
e a análise preliminar dos demais por RMN.
O Capítulo 4 aborda todo o estudo metabolômico conduzido para investigar as
alterações na produção de metabólitos frente aos estresses hídrico e salino de B. pinnatum e K.
laciniata.
O Capítuto 5 descreve os estudos in vitro dos extratos de B. pinnatum e K. laciniata
obtidos a partir de diferentes condições de cultivo de estresse salino e hídrico frente enzimas
do veneno de B. erythromelas
Review article
1
Grupo de Pesquisa em Produtos Naturais Bioativos, Laboratório de Farmacognosia,
Brazil
2
Laboratório de Tecnologia e Biotecnologia Farmacêutica, Universidade Federal do Rio
Received 19 September 2018; Accepted 30 January 2019; Available online 7 June 2019.
www.elsevier.com/locate/bjp
Review
a r t i c l e i n f o a b s t r a c t
Article history: The species Kalanchoe laciniata (L.) DC. and Bryophyllum pinnatum (Lam) Pers. are native from Brazil and
Received 19 September 2018 Madagascar, respectively. Both belonging to the Crassulaceae family and being widely used by popu-
Accepted 30 January 2019 lation as a natural anti-inflammatory agent. These species have similar leaf morphology and for this
Available online 7 June 2019
reason, they are known by the same popular name as “saião” or “coirama”. Several studies have been
published involving different parts and preparations of these species. Therefore, this review aims to pro-
Keywords: vide an update overview about the traditional uses, chemical constitution, pharmacology and toxicology
Comparison
of K. laciniata and B. pinnatum species. An extensive literature review was conducted in different sci-
Flavonoid
Traditional use
entific databases. Various chemical constituents have been identified in extracts from different parts of
Phytochemical K. laciniata and B. pinnatum, being flavonoids the major compounds. They have been traditionally used
Pharmacology to treat inflammation, microbial infection, pain, respiratory diseases, gastritis, ulcers, diabetes and can-
Toxicology cer tumors. Non-clinical in vitro assays evaluated mainly the antimicrobial and antioxidant activities,
while in vivo assays evaluated the leishmanicide, anti-inflammatory and immunomodulatory activities.
Regarding toxicity, few studies have been conducted for the two species. The information reported in
this work might contribute to the recognition of the importance of K. laciniata and B. pinnatum species,
as well as to direct further studies.
© 2019 Published by Elsevier Editora Ltda. on behalf of Sociedade Brasileira de Farmacognosia. This is
an open access article under the CC BY-NC-ND license (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/
4.0/).
Introduction laciniata (L.) DC. is native from Brazil and Bryophyllum pinnatum
(Lam) Pers. from Madagascar (Allorge-Boiteau, 1996; Gehrig et al.,
The Crassulaceae family comprises approximately 33 genera 2001). Even though these plants are naturalized in Brazil, they are
and 1500 species distributed worldwide, except for Australia and not endemic (Zappi, 2015).
the Pacific Islands (Allorge-Boiteau, 1996). This family presents Kalanchoe laciniata and B. pinnatum are both popularly known
xeromorphic characteristics that allows its species to adapt to as “saião” or “coirama” and have been used to treat inflammatory
bright light and water scarcity (Herrera, 2008). It has an important disorders (Amaral et al., 2005). Due to the various ethnopharmaco-
role on the research of biochemical, ecophysiological and phyloge- logical reports attributed to these species, several research groups
netic aspects related to the Crassulacean Acid Metabolism (CAM), have conducted studies to prove their pharmacological or biological
which is an evolutive adaptation of the pathway of photosynthetic properties. In addition, some researchers have carried out phyto-
carbon assimilation (Osmond, 1978). Among species, Kalanchoe chemical studies resulting in the identification of different classes
of secondary metabolites, as well as the isolation of various con-
stituents, specially from their leaves and aerial parts. Therefore,
this review aims to provide an updated overview about the tradi-
∗ Corresponding author. tional uses, chemical constitution as well as pharmacological and
E-mail: silvanazucolotto@ufrnnet.br (S.M. Zucolotto).
https://doi.org/10.1016/j.bjp.2019.01.012
0102-695X/© 2019 Published by Elsevier Editora Ltda. on behalf of Sociedade Brasileira de Farmacognosia. This is an open access article under the CC BY-NC-ND license
(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
530 J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558
Fig. 1. Leaves (A) and inflorescences (B) of Kalanchoe laciniata (L.) DC.
toxicological aspects of K. laciniata and B. pinnatum species. This Kalanchoe laciniata constitutes a subligneous and perennial veg-
study might be used as a guide to further investigations involving etable with 30–100 cm in height. Its leaves are succulent, oval
these species. or obval, opposites, shortly petiolate and crenate (Corrêa, 1984;
Barroso, 1991; Amaral et al., 2005). The flowers are yellow-orange
Material and methods in collor, small, abundant, arranged in composite summits of
stamps or paniculate, hermaphrodites, gamopetalas with corolla
An extensive literature review was conducted in different scien- longer than the cup, with the presence of scaly carpels that become
tific databases such as PubMed, Web of Science, Scopus, Scielo, The polispermos follicles. Their fruit is a follicle with 6 cm long that con-
Cochrane Library. The study covered several aspects of the vegetal tains brown oblong seeds (Lorenzi and Matos, 2000; Amaral et al.,
species like botany, phytochemistry, traditional uses, pharmacol- 2005).
ogy and toxicology. In addition, the scientific names, synonyms The Bryophyllum pinnatum (Lam) Pers. species (Fig. 2) is
and popular names of major species identified by the botanical popularly known as “saião” and “coirama” throughout Brazil;
databases “Flora do Brasil”, Tropicos, International Plant Names “folha-de-pirarucu”, in Pará State; “fortuna” and “roda-da-fortuna”
Index and The Plant List were included. The common names found in Minas Gerais; “zakham-hayat” in Asia and Africa; life-plant in
in the book “Coletânea científica de plantas de uso medicinal” Mexico; love-plant, canterburry, bells and cathedral bells in the
(Amaral et al., 2005) were also used. The data were updated in April United States of America and Europe (Amaral et al., 2005; Joseph
2018. et al., 2011). This species is found in Brazil, China, India and Africa
and in all tropical countries. In Brazil, it is found in Northeast (Bahia,
Botanical information Ceará and Paraíba), North (Acre), Southeast (Espírito Santo, Rio
de Janeiro, Minas Gerais and São Paulo), Midwest (Distrito Fed-
Kalanchoe laciniata and Bryophyllum pinnatum exhibit similari- eral, Mato Grosso do Sul and Mato Grosso) and South (Paraná, Rio
ties concerning their leaf morphologies, which include decussate, Grande do Sul and Santa Catarina) regions, mainly in the coastal
succulent, glabrous, oval to elliptical leaves with crenate border and Caatinga zones (Amaral et al., 2005; Zappi, 2015). B. pinnatum
(Hyakutake and Grotta, 1972; Anjoo and Saluja, 2010; Moreira (Lam) Pers. is the accepted name and B. calycinum and Kalanchoe
et al., 2012). Due to such similarities, these species are known by pinnata are its botanic synonyms (The Plant List, 2010; Zappi, 2015;
the same popular name (Moreira et al., 2012). The knowledge of Tropicos, 2019).
leaf anatomy is important for registration purpose and for quality Bryophyllum pinnatum is a perennial, succulent and corpulent
control of herbal medicines (Moreira et al., 2012; Anvisa, 2014). vegetable with glabrous and tuberous stem. This species can reach
The K. laciniata (L.) DC. specie (Fig. 1) is popularly known up to 150 cm in height. The oldest stalks have a light color while
as “saião”, “corama-branca”, “folha-da-fortuna”, “para-tudo”, the youngest ones are reddish with defilements. Its leaves are vari-
“fortuna-de-flores-amarelas”, “folha-da-costa”, “folha-grossa” in able and decussates, being the lowest ones generally simple or
Alagoas, “coerana” in Pernambuco, and “erva-da-costa” in Bahia. sometimes imparinates. The leaves are 30 cm long, the upper are
This species is found in almost all states of the Northeast region (Rio 3-5-7 foliated, long petiolate, thick, fleshy and dark with crenate
Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Bahia and Sergipe), borders. The inflorescences are hermaphrodites, tubular, pendu-
Southeast (Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais and São lous, monopetalas, pale green or yellow-red, with cup swollen and
Paulo), South (Paraná and Santa Catarina), Midwest (Federal Dis- corolla longer than the cup. The fruit are in the form of hoods
trict and Mato Grosso do Sul) and North (Acre) regions, mainly in which become scaly polispermos follicles that are housed within
the coastal zone (Allorge-Boiteau, 1996; Amaral et al., 2005; Zappi, the hoods (Amaral et al., 2005; Jessica, 2008; Joseph et al., 2011;
2015). The accepted name for this specie is K. laciniata (L.) DC. Moreira et al., 2012).
and others botanics synonyms are Kalanchoe brasiliensis and Kalan- The main characteristic that differentiates K. laciniata and B. pin-
choe crenata (The Plant List, 2010; Zappi, 2015; Tropicos, 2019). natum species is the leaf aspect as K. laciniata has a corrugated or
Although K. laciniata is the accepted name, most of the works found subcrenated border (Fig. 3), whereas B. pinnatum leaf is significantly
use its synonym of K. brasiliensis. crenate (Lorenzi and Matos, 2000).
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 531
Fig. 2. Leaves (A) and inflorescences (B) of Bryophyllum pinnatum (Lam) Pers.
Chemical constituents have been described for B. pinnatum but derived from canferol
(Tatsimo et al., 2012). However, a quick search in the literature
Various chemical constituents for K. laciniata and B. pinnatum reveals that acetylated rhamnoses of patuletin have only been
have been reported in the literature, where they have been isolated described for K. laciniata and K. gracilis by Costa et al. (1994) and
mainly from the leaves of both species. The aqueous and methanolic Liu et al. (1989), respectively. Thus, these compounds are consid-
are the most commonly used extracts of K. laciniata and B. pinnatum, ered as potential candidates for specific markers of these species by
respectively. Among the constituents that have been identified so presenting themselves as differentiators in relation to most other
far, flavonoids represent the class of secondary metabolites most species, especially B. pinnatum. It is worth pointing out that until
commonly found, being the major component in both species. the date of this publication, no study have been published about
However, for K. laciniata, some patuletin aglycone derivatives have the description of the bioactive compounds for this specie as only
been identified, whereas for B. pinnatum, quercetin, kaempferol and two studies were conducted by bioassay-guided isolation by Costa
luteolin aglucons were found. In addition, chlorophylls, carotenoids et al. (1994) and Trevisan et al. (2006). Box 1 summarizes the main
and polysaccharides have been identified for K. laciniata. compounds already described for K. laciniata.
Despite the widespread use of K. laciniata and B. pinnatum by folk Widely used by the general population, B. pinnatum species
medicine practitioners, their chemical constituents have not been has several studies that dealt with the isolation and elucidation
fully elucidated. Moreover, only few studies involved the isolation of its major compounds. Several classes of chemical compounds
and elucidation of their chemical constituents, where the major- have been described for B. pinnatum, which includes fatty acids,
ity of the studies indicates the presence of glycosylated flavonoids, acyclic and aromatic organic acids, amino acids, sugars, vitamins,
derived from the acetylation of the rhamnose ring of patuletin in minerals, bufadienolides, ketones, fenantrenics derivatives, sterols,
different positions. The acetylation occurs at the end of the biosyn- flavonoids, long chain hydrocarbons, triterpenoids, phenolic acids,
thetic route of flavonoids, usually through esterifications of the saponins and gums (Amaral et al., 2005). However, flavonoids,
hydroxyl groups (Aguiar et al., 2007). Flavonoids derived from pat- steroids and terpens are the compounds most frequently isolated
uletin have already been described for another species of the genus, from B. pinnatum. In relation to flavonoids, glycosylated derivatives
K. spathulata (Gaind et al., 1981). Acetylated rhamnose flavonoids from the quercetin, kaempferol and luteolin aglycones have been
532 J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558
described for this species. Quercetin 3-O-␣-l-arabinopyranosyl- very peculiar molecule has been described for few species of other
(1 → 2)-O-␣-l-rhamnopyranoside was the first derivative isolated botanical families, but not as the major compound. Nascimento
for B. pinnatum, as reported by Muzitano et al. (2006a,b). Although et al. (2018) state that this unusual flavonoid can be used as a
quercetin is a common aglycone derivate, its 3-O diglycosidic bond marker for B. pinnatum. In addition, this major component has
is quite peculiar as it is a rhamnose–arabinose dimer that is not shown potent anti-inflammatory (Ferreira et al., 2014) and leish-
very common and in fact, has never been reported for leaves of manicidal (Muzitano et al., 2009) activities. The compounds already
other species of the genus Kalanchoe (Nascimento et al., 2015). This described for B. pinnatum are summarized in Box 2
.
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 533
Box 2: Continued
Leaves Phenols, flavonoids Petroleum ether, chloroform, – Bhatti et al. (2012)
ethanol 95% extract
Leaves Cardiotonic glycosides, Chloroform extract – Mahata et al. (2012)
alkaloids
Leaves Flavonoids Methanolic extract Kaempferitrin (46); kaempferol Tatsimo et al. (2012)
3-O-␣-L-(2-acetyl)
rhamnopyranoside-7-O-␣-L-rhamnopyranoside
(47); kaempferol 3-O-␣-L-(3 -acetyl)
rhamnopyranoside-7-O-␣-L-rhamnopyranoside
(48); kaempferol 3-O-␣-L-(4-acetyl)
rhamnopyranoside-7-O-␣-L-rhamnopyranoside
(49); kaempferol 3-O-␣-D-glucopyranoside-7-O-
␣-L-rhamnopyranoside (50); afzelin (51);
␣-rhamnoisorobin (52)
Air- Flavonol glycosides Petroleum ether extract 7-O-methylkaempferol-3-O-␣-L-rhamno- Bodakhe et al. (2013)
dried pyranosyl-(1 → 6)-O--D-galactopyranoside
pow- (53); kaempferol-14-O-␣-L-rhamnopyranosyl-
dered (1 → 3)-O-␣-L-rhamnopyranosyl-(1 → 6)-O--D-
leaves galactopyranoside
(54)
Dried Flavonol Methanolic extract 3 ,4 -Dimethoxy quercetin (55) Darmawan et al. (2013)
leaves
Leaves Flavonol glycosides, Methanolic extract 4 -O--D-glucopyranosyl-cis-p-coumaric acid; Fürer et al. (2013)
flavonoids, phenolic syringic acid -D-glucopyranosyl ester
glycosides
Shoots Steroid Petroleum ether extract Stigmasterol Kamboj and Saluja
(2017)
Leaves Flavonoids, steroids, Ethanolic extract – Joshi and Chauhan
terpenoids, phenolics, (2013)
alkaloids, glycosides,
tannins.
Dried Flavonoid, phenolic Ethyl acetate fraction of Quercetin Aoki et al. (2014)
leaves acids methanolic extract Chibli et al. (2014)
Dried Flavonoids, saponins Aqueous extract – Alhaji et al. (2014)
leaves
Leaves Flavonoids Methanolic extract Rutin; luteolin; luteolin 7-O--glucoside (56) Chibli et al. (2014)
Leaves Steroidal glycoside, Methanol, ethylacetate, – Tariq et al. (2015)
bufadienolides petroleum ether extracts
Leaves Bufadienolides Dichloromethane, ethanol Bersaldegenin-1-acetate (57); Oufir et al. (2015)
extracts Bersaldegenin-3-acetate (58);
Bersaldegenin-1,3,5-orthoacetate (59); Bufalin
(60)
Leaves Phenolic compounds Acetone and methanol extracts KPB-100; KPB-200 Cryer et al. (2017)
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 535
Box 2: Continued
Traditional uses species against snake and scorpion bites have also been reported
elsewhere.
The traditional medicinal uses of K. laciniata and B. pinnatum are The extract of K. laciniata leaves has been used for the treat-
shown in Boxes 3 and 4 , respectively. As can be seen from these ment of chilblains, burns, erysipelas, wounds, cough, bronchitis,
boxes, the leaf is the part of the plant mostly used by the popula- flu, gastritis, ulcers, otitis, kidney stone, diabetes, anxiety, microbial
tion, whereas the juice is the most frequent mode of preparation for diseases, snakebite, pain and inflammation. In addition, it has been
both species. Some of the properties are common for both species used to treat cancerous tumors, osteoarticular rheumatism, jaun-
and those have been used to treat: (i) skin problems, (ii) problems dice, yellow fever, other liver disorders, headache, prostate tumors
in the respiratory system, (iii) pain, (iv) inflammation and (v) dis- and hemorrhoids. K. laciniata have been used mainly in the form of
orders in the gastrointestinal system. The inflammatory and gastric decoction, syrup, juice, poultice and maceration of its leaves (Silva
problems (ulcers and gastritis) are the most commonly treated dis- et al., 2002). The popular uses of K. laciniata species are reported in
orders. In addition, K. laciniata and B. pinnatum have been used in Box 3.
the form of plaster or poultice to treat dermatological disorders The extract of B. pinnatum leaves have been used for the
and burn wounds. The antivenom activities of the leaves of both treatment of severe disorders such as gastritis, ulcers, cough,
536 J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558
bronchitis, various bacterial, viral and fungal infections, leishma- Other activities
niasis, pain, inflammation, some tumors, respiratory infections,
diabetes, hypertension, flu and fever (Perry and Metzger, 1980; Action on immune system
Silva et al., 1995; Moreira et al., 2002; Medeiros et al., 2004; Amaral Action on nervous system
et al., 2005; Kamboj and Saluja, 2009). This species is part of the
traditional Indian medicine. The part of the plant mostly used is its Action on urinary system
leaves, prepared as decoction, infusion, juice, syrup, poultice and Gastroprotective action
paste. The popular uses of the species B. pinnatum are summarized
Anti-snake action
in Box 4.
Antidysiphydeemic action
Antidiabetic action
Pharmacological activities
Antioxidant action
Leaves Bruises, swellings Raw leaf applied directly to the affected area Arnason et al. (1980)
Not reported Tonic – Mello (1980)
Leaves Otitis, sinusitis – Sandberg and Cronlund (1982)
Leaves Boils, sores Warm leaf juice applied over the injured area Sebastian and Bhandari (1984)
two or three times a week. Leaves are bound on
wounds to hasten suppuration
Not reported Dermatological disorders – Esquivel and Zolla (1986)
Leaves Leprous sores and motor disorders. The leaves are dry-fried and used in a complex Elliott and Brimacombe (1987)
Fever preparation. The juice of the leaves is rubbed
on the forehead to reduce fever
Not reported Cancer – Mathew and Unithan (1992)
Leaves Scabies, leucoderma Juice and decoction Bhandary et al. (1995)
Leaves Hypertension Decoction Longuefosse and Nossin (1996)
Leaves Constipation, fever Juice Ong and Nordiana (1999)
Not reported Inflammation, stomach pain Tea Muñoz et al. (2000)
Leaves General pain, cough, bronchitis, flu, – Begoss et al. (2002)
pneumonia, dermatitis
Leaves Bronchitis, ulcers, chilblain Juice with milk and smear leaves Moreira et al. (2002)
treatment, at syrup form
Whole plant, leaf Rheumatoid arthritis, tummy bug, Medicine bath, rubbing or massage Long and Li (2004)
injuries from falls, numbness of
limbs, bruise, burn, ulcer
Leaves Cough, bronchitis, chilblain, ulcer Syrup, juice with milk, smear leaves Medeiros et al. (2004)
Leaves Bladder problems, “cooling”, – Lans (2006)
kidney and other urinary problems,
bladder stones, hypertension, high
cholesterol
Leaves Abscess The leaves are crushed and the paste is layered Saikia et al. (2006)
on the boils
Leaves Analgesic, psychotropic Decoction, squeezed sap after healing, boiled Banzouzi et al. (2008)
Leaves Relieve abdominal and back pain, Decoction, poultice Coe (2008)
stop postpartum abdominal pain,
stop excessive menstrual
hemorrhage, reduce fever
Leaves Burn, wound Pounded Inta et al. (2008)
Liniment and poultices
Leaves Wounds, bruises, boils, jaundice, – Sikdar and Dutta (2008)
snakebite, dysentery, urinary
trouble and quick healing of
wounds
Leaves Gastritis, ulcer, kidney, dry cough Mixture, syrup, cataplasm, mixture or Coelho-Ferreira (2009)
with chest pain, cough, erysipelas, compress, distillate, “garrafada”
any swelling, cataract, ulcer
Leaves Fever, headache, nausea, wound Direct application of the leaves on the site Giovannini and Heinrich (2009)
Leaves Coughs, mucus, fever, sudden loss Juice squeezed from the leaves is taken two Hossan et al. (2009)
of consciousness (epilepsy-like), teaspoonfuls twice daily. Paste of leaves is
constipation, piles applied to rectum
Leaves Kidney stone One teaspoonful juice was taken twice a day up Kosalge and Fursule (2009)
to 1 month
Leaves Asthma Heated on low fire, sap squeezed, mixed with Ruysschaert et al. (2009)
melasse (juice of Saccharum officinale and
juice of Citrus aurantifolia and drunk
Leaves Headache, pain, depurative if high Crushed and rubbed on the forehead; Sanz-Biset et al. (2009)
dose – emetic; mal aire squeezed, the juice obtained is drunk; slightly
boiled, for drinking and bathing (for children)
Leaves Lumbar pain In natura – plaster Garcia et al. (2010)
Leaves Cancer, inflammation Infusion Kamboj and Saluja (2009)
Leaves Migraine, headache Juice with coconut or andiroba oil Kamboj and Saluja (2009)
Leaves Furuncle, skin ulcers Heat the leaves and use them topically Kamboj and Saluja (2009)
Seed Stye disease Juice obtained from crushed seeds is applied to Rahmatullah et al. (2010)
eyes (1–2 drops, 2–3 times daily)
Leaves Headache Crumpled leaf application Boulogne et al. (2011)
Leaves Liver problems In nature Costa and Mayworm (2011)
Leaves Bone pain, inflammation, Crushed and compressed Panyaphu et al. (2011)
muscular-skeletal system disorders
(broken bone)
Leaves Bone fracture, constipation and Paste (topical) and water decoction with sugar Tangjang et al. (2011)
kidney stone problem (oral)
Leaves Antidiabetic Juice of boiled leaves (100 g) is prescribed Tarak et al. (2011)
orally twice a day
Leaves Cuts – Bhat et al. (2012)
Leaves Stomach ulcer Raw leaves eaten daily in empty stomach Bosco and Arumugam (2012)
Leaves, roots Hypertension Decoction, infusion, mixture Gbolade (2012)
Leaves Wart. Skin diseases, wounds, Prepare a poultice and apply on wart Nunkoo and Mahomoodally
scabies, stop bleeding (2012)
538 J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558
Box 4: Continued
Leaves Scorpion sting Venomous insect Paste (external) Prabu and Kumuthakalavalli
bite, rheumatism, stiff joints, kidney (2012), Bahekar et al. (2012)
stones
Leaves Treating amenorrhea Treating Hot infusion Srithi et al. (2012)
morning sickness
Leaves Sexual transmitted infections A mixture of chopped leaves, chopped Opuntia Wet et al. (2012)
(gonorrhea) stricta stem and Euphorbia hypericifolia (whole
plant) all boiled in 2 l of water and administered
once a day as an enema
– Gastrointestinal disorders The dose is 45–180 grains mixed with twice its Kadir et al. (2013)
amount of melted butter
Leaves Remove kidney stone, bladder, Extract, paste Mahmood et al. (2013)
pancreatic, emollient
Aerial herbal material Guinea worm Poultice as a paste and decoction Agyare et al. (2014)
Leaves Eczema, pruritus – Bhat et al. (2014)
Leaves, flower Diabetes, hypertension, analgesic, Juice extract Ezuruike and Prieto (2014)
inflammation, wound ulcers,
anti-parasitic, insect bites,
anti-cancer, cough, diarrhea,
sedative, diuretic, anti- microbial,
convulsions
Leaves, root Cholera, diarrhea, and dysentery, Juice, decoction Islam et al. (2014)
ulcer, urinary diseases, Leaf juice and decoction of root
gastrointestinal disorders
Leaves Kidney stone 1 cup (50 ml) fresh juice three times a day for Choudhury et al. (2014)
5–10 days or till removal of stones
Leaves Coughing, whooping cough 2–3 spoonful of leaf paste is taken as drink 2–3 Kadir et al. (2014)
times daily for 3 weeks
Leaves Pain in the feet, diabetic Prepare a decoction with the leaves and use it Mootoosamy and
neuropathy (diabetes and related as a footbath Mahomoodally (2014)
complications)
Leaves Snakebite 1–2 spoons of leaf decoction are given every 1 h Félix-Silva et al. (2017), Sarkhel
after snakebite (2014), Sikdar and Dutta (2008)
Leaves Legs pain, body ache, Decoction Sreekeesoon and
antimicrobial, anti-ulcer, Heated oil is applied evenly on leaf which is Mahomoodally (2014)
antinociceptive, anti-inflammatory, carefully tied to pain site. Bath with decoction
antidiabetic, neurosedative and of leaves for legs pain and body ache
muscle relaxant, hepatoprotective,
joint pain (rheumatism)
Leaves Stone disease, kidney stone – Agarwal and Varma (2015)
Leaves Allergy, dysentery Crushed extract Choudhury et al. (2015a)
Leaves Digestive system disorder Extract from the crushed leaves Choudhury et al. (2015b)
Leaves Malaria, fever Leaves juice (orally administered) for malaria Frausin et al. (2015)
and fever
Leaves Cold Decoction, juice Picking et al. (2015)
Whole plant Diabetes Fresh juice Tarafdar et al. (2015)
Leaves Menstrual pain, kidney stone, – Xavier et al. (2015)
worms in stomach
Stem, leaves Antitumor activity – Tene et al. (2007) apud
Bailon-Moscoso et al. (2015)
Leaves Sprain Leaves decocted or grilled on fire. Applied the Chassagne et al. (2016)
leaves on the affected limb for few hours
Several non-clinical studies have investigated the numerous phar- Bryophyllum pinnatum
macological activities of K. laciniata. Summaries of the non-clinical Several non-clinical in vitro and in vivo studies have been
in vitro and in vivo studies are presented in Boxes 5 and 6 , respec- reported for B. pinnatum as summarized in Boxes 7 and 8 , respec-
tively. tively. In contrast to the K. laciniata species where most studies
Regarding the non-clinical in vivo studies, anti-inflammatory investigated its anti-inflammatory activity, the studies performed
and immunomodulatory have been the most frequently investi- for B. pinnatum evaluated its leishmanicidal, anti-diabetic, anti-
gated activities so far. This fact is probably due to the popular inflammatory, immunomodulatory and anti-cancer properties.
use of K. laciniata for treating inflammatory disorders. Besides B. pinnatum is used in folk medicine to treat various diseases. For
these activities, K. laciniata have been investigated to treat against this reason, several in vitro studies were carried out in order to ver-
snake bites by Bothrops species, B. jararaca and B. arternus, where ify the pharmacological properties of those species, which includes
it showed great potential to ameliorate the local effects induced hepatoprotective, leishmanicide, immunomodulatory, antimicro-
by the snake venom, especially the hemorrhagic reaction. Finally, bial, antioxidant, anticancer, and antiurolithiatic activities. Studies
although often recommended by folk medicine practitioners to use have shown the potential activity of B. pinnatum against hemato-
K. laciniata for gastroprotection, there is only one article that inves- logical parasites such as Leishmania, Plasmodium and Trypanossoma,
tigated its potential use to treat gastric ulcer. Therefore, there are whose properties are important due to the very limited pharma-
so many pharmacological activities that still lack investigation on cological alternatives for treating these neglected diseases, where
this species. researches in this area are of outmost importance.
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 539
Anti-inflammatory activity
Leaves Aqueous 1 (before 0.25, 0.5, 1.0, Paw edema Wistar rats All concentrations of extract 1 Mourão et al.
flowering) Aqueous 2.0 g/kg, i.p. induced by inhibited the paw edema 4 h (1999)
2 (after flowering) carrageenan after carrageenan injection,
while the extract 2 showed no
anti-inflammatory activity.
Aerial parts Juice and a product 480 mg/kg (juice), Paw edema C57B110 male The dose 240 mg/kg, i.p., KMC Costa et al.
of juice purification i.p.; 240 mg/kg induced by mice significantly reduced the rats (2006)
(KMC) (kalanchosine zymosan popliteal lymphonodes
dimalate – KMC – in increasing. The dose
water), i.p. 480 mg/kg, i.p., of juice of K.
laciniata obtained the similar
result, indicating that KMC is at
least twice more active then the
juice.
Leaves Methanol extract 300, 600 mg/kg, Paw edema Wistar rats The dose 600 mg/kg exhibited Dimo et al.
oral induced by the maximum (2006)
carrageenan anti-inflammatory effect
(43.47%) in 30 min.
Adjuvant treatment to poisoning (local anti-inflammatory activity)
Aerial parts Aqueous extract Extract and topic Hemorrhagic Adult mices The extract and the formulation Fonseca et al.
formulation (3:7 – activity induced showed significant results in (2004)
extract:lanette and by Bhotrops reducing edema, hemorrhagic
cream) alternus halo and necrosis prevention
induced by Bothrops alternatus
venom.
Leaves Aqueous extract Preincubation of Hemorrhagic assay Swiss mice In the concentration 1:48 the Moura et al.
venom with the induced by B. extract showed a significant (2015)
extract jararaca reduction in hemorrhage (57%).
Leaves Hydroethanolic 125, 250, Paw edema and Swiss albino In pre-treatment protocol, the Fernandes et al.
extract 500 mg/kg, i.p. hemorrhagic mice extract reduced the (2016)
activity induced by hemorrhagic activity reaching
Bhotrops jararaca about 40%, and in the
post-treatment protocol, it did
not show activity. In the
antiendematogenic activity, K.
laciniata did not show any
antiendematogenic activity in
both treatment protocols.
Immunomodulatory activity
Leaves Aqueous extract 200 l, oral; 160, Paw edema C57B110 male The inflammation was reduced Ibrahim et al.
320, 480 or induced by mice after 7 days of treatment. (2002)
960 mg/kg, i.p. zymosan
Aerial parts Product of juice 480 mg/kg of juice Administration of C57BL/10 and KMC promoted selective Paiva et al.
purification (w/o and 160 mg/kg of juice and KMC at C57BL/10ScCr inhibition of B-cell (2008)
use of solvents): KMC (kalanchosine the mice with male mice lymphopoiesis, by inhibiting
KMC dimalate), i.p. posterior removal IL-7.
of cells for analysis
Anti-dyslipidemic potential
Whole plant Methanolic extract 50, 68 mg/kg, oral Diabetes and Male Wistar After six weeks of treatment, Fondjo et al.
nephropathy were rats the doses reduced the blood (2012)
induced in the rats level of the glucose, the
with streptozotocin triacylglycerides, the total
cholesterol and the LDL
cholesterol. The HDL level was
enhanced and hence decreased
the atherogenic index. The
extract reduced the glucosuria
and proteinuria.
Antihyperglycaemic potential
Whole plant Hydroethanolic 135, 200 mg/kg, oral Diabetes was Adult male Both doses reduced the blood Kamgang et al.
extract induced by Wistar rats glucose levels in normal and (2008)
hypercaloric diabetic rats without real
sucrose diet over 4 dose-dependant effect, 6 h after
months a single oral administration.
Analgesic activity
Leaves Methylene 150, 300 mg/kg, oral Writhing test, Adult Swiss The extract significantly Nguelefack
chloride/methanol Formalin test and albino mice reduced the writhing reaction et al. (2006)
(1:1) extract Analgesy meter test and adult induced by acetic acid, reduced
Wistar rats the licking time at the first
phase of observation, in the
second phase, animals treated
showed no sign of pain and
reduced the animal’s sensitivity
to pain.
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 541
Box 6: Continued
Plant part Extract/fraction/compound Dose and rout Method Animal model Result Reference
Anticonvulsant activity
Leaves Methylene 150, 300, Pentylenetetrazol, Adult Swiss The extracts increased the Nguelefack
chloride/methanol 600 mg/kg, oral Thiosemicarbazide albino mice latency period and reduced the et al. (2006)
(1:1) extract and Strychnine and adult duration of seizures in a dose
sulphate-induced Wistar rats dependent manner. The dose
seizures 600 mg/kg delayed the onset of
convulsion and reduced the
duration of convulsion.
Cardiovascular effects
Leaves n-Butanol extract 2, 5, 10 mg/kg, via Effect of extract on Guinea pigs The slow administration of the Nguelefack
cannula in the right blood pressure, n-butanol extract resulted in a et al. (2008)
femoral vein heart rate, ECG significant transient fall in
blood pressure that lasted for
4 min, induced a dose
dependent fall in heart rate and
a modification of the
electrocardiogram curve.
Antitumor activity
Leaves Hydroethanolic 62.5, 250 mg/kg, i.p. Implant in mice Female albino Both doses showed an upper Silva (2007)
extract tumor cells: Ehrlich Swiss mice inhibition to 50% for
carcinoma and sarcoma-180. For Ehrlich
sarcoma-180 Carcinoma, the highest
inhibition was 66.59% for the
higher dose.
Leaves Aqueous extract 50 mg/kg, i.p. Antitumor activity Female albino The extract showed inhibitory Machado and
in mice infected Swiss mice effect of tumor growing against Melo-Júnior
with sarcoma-180 sarcoma-180, with tumor mass (2009)
reduction 52.8%.
Gastroprotective
Leaves Aqueous extract 125, 250, Gastrics lesions Female Wistar The pre-treatment protects the Araújo et al.
500 mg/kg, oral induced by ethanol rats mucosa of rats against the (2018)
and indomethacin gastric damage and
significantly reduced damage
by improving parameters
related to oxidative stress and
inflammation on mucosal
structures.
The potential use of B. pinnatum against Leishmania amazonensis extract of this plant was able to antagonize the hemorrhage and
has been investigated in vitro (Muzitano et al., 2006a,b) and in vivo edema as well as to inhibit the phospholipase A2 from the venom.
(Muzitano et al., 2009), where the authors demonstrated such activ- The extract of B. pinnatum was active in pre- and post-treatment
ity with the leaves extract (320 mg/kg body weight), as well as protocols, indicating the potential antiophidic activity of Kalanchoe
with the isolated flavonoids, 3-O-␣-l-arabinopyranosyl (1 → 2)-␣- species against local effects induced by B. jararaca snake, suggesting
l-rhamnopyranoside and quercetrin (16 mg/kg body weight), with their potential use as a new source of bioactive molecules against
both being able to significantly reduce parasite load (Muzitano bothropic venom.
et al., 2009). In the same article, Muzitano et al. (2009) studied the Unlike K. laciniata, the antiulcer activity of B. pinnatum has
oral metabolism of flavonoids from B. pinnatum in a murine model been studied extensively in recent years. The work published by
of cutaneous leishmaniasis. In addition, they performed another Araújo et al. (2018) showed that the pre-treatment with B. pinna-
study investigating the influence of cultivation conditions, season tum juice protects the mucosa of rats against the gastric damage
of collection and extraction method on the content of antileishma- of indomethacin and ethanol-induced gastric lesions and reduced
nial flavonoids, where they demonstrated that active flavonoids damage by improving parameters related to oxidative stress and
were more abundant when the leaves were collected during the inflammation on mucosal structures. However, additional stud-
summer season and after aqueous extraction at 50 ◦ C. ies are necessary in order to investigate what active components
Regarding the in vivo studies, the most investigated activ- are responsible for such activity and the mechanisms of action
ities are leishmanicidal, hepatoprotective, immunoprotective, involved. In addition, further clinical studies are necessary to prove
anti-inflammatory, anti-ulcer, antihypertensive, antinociceptive, the gastroprotective activity of B. pinnatum in humans.
wound healing, anti-asthmatic, antitussive, antidiabetic and anti- In this current literature review, only one clinical study was
convulsant. Although these studies have demonstrated the several found that evaluated the efficacy and safety of capsules contain-
pharmacological activities attributed to B. pinnatum, it seems that ing B. pinnatum extract in the treatment of overactive bladder
its full potential is far from being proved and additional studies are syndrome. The clinical study of phase II, prospective, multicenter,
needed in order to fully investigate its pharmacological properties, double-blind randomized, placebo-controlled was conducted with
its mechanisms of action and its pharmacokinetics. twenty female patients and suggests that this species might have
Another interesting area of research is the anti snake-bite activ- potential use in the treatment of overactive bladder (Betschart et al.,
ity. Snake-related accidents are a serious public health problem and 2013). In addiction to this article, the same research group investi-
have been included on the WHO’s List of Neglected Tropical Dis- gated the effects of the leaves juice, fractions enriched in flavonoids
eases since 2009 (Gutiérrez et al., 2013). Fernandes et al. (2016) and bufadienolides as well as a flavonoid aglycone mixture and
investigated the activity of B. pinnatum against the local effects individual aglycones on detrusor contractility as a major target in
induced the venom of B. jararaca, where they showed that the overactive bladder treatment, where the authors found that several
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 545
Box 7: Continued
Plant part Extract/fraction/compound Method Result Reference
Leaves Juice Salmonella/mammalian At a dose 0.25 mg/ml, the juice caused a statistically Umbuzeiro-Valent et al.
microsome assay significant reduction in the mutagenicity of 2AA (1999)
(Ames test) (p ≤ 0.05) and the percent of inhibition was more then
90% at higher doses in all conditions tested.
Hepatoprotective activity
Leaves Juice, ethanolic extract Isolation of hepatocytes The concentrate and ethanolic extract significantly Yadav and Dixit (2003)
and examination of the decreased the GOT (glutamyl oxalacetic acid
effect of toxicants along transaminase) level by 55.55 and 36.50% and GPT
with the test samples (glutamyl pyruvate transaminase) level by 69.57 and
38.61%, respectively.
Acetylcholinesterase activity
Leaves Ethyl acetate, methanol Microplate assay to The ethyl acetate extract showed a strong inhibition of Feitosa et al. (2011)
extracts AChE inhibitory activity acetylcholinesterase activity.
and positive and false
positive activity in TLC
Antidiabetic activity
Stalk Aqueous, ethanolic ␣-Amylase inhibition The ethanol extract showed significant inhibitory Matthew et al. (2013a)
extracts activity of ␣-amylase enzyme in relation to the aqueous
extract.
Phospholipase A2 activity
Leaves Hydroethanolic 50% Phospholipase A2 The extract showed significant inhibitory activity of Fernandes et al. (2016)
extract activity was determined PLA2 .
turbidimetrically in
96-well microplates
using an egg yolk
suspension
Gastroprotective activity
Leaves Methanolic extract 100, 300 mg/kg, i.p. Ulcer induced by Charles-Foster rats, The extract exhibited a Pal and Chaudhuri
indomethacin, albino guinea pigs significant inhibitory effect on (1991)
serotonin, reserpine, aspirin-induced ulcers.
acetic acid ethanol and Pretreatment at 300 mg/kg
stress; Lesion gastric in inhibited the formation of
pylorus-ligated induced indomethacin-induced gastric
by acetylsalicylic acid, ulcers. There was a significant
Duodenal ulcers inhibitory effect on ulcer
induced by histamine formation by serotonin and
reserpine. The extract protected
against of ulcers by stress. The
extract reduced the severity of
ulcers and caused a significant
reduction of ulcer index in the
ethanol-induced ulcers.
Leaves Methanolic extract 10, 20, 40 mg/kg of Indomethacin induced Adult male albino The extract had a Adesanwo et al.
aqueous extract gastric ulceration Wistar rats dose-dependent (2007)
gastro-protective effect on
indomethacin induced
ulceration. With results, the
extract could probably be more
potent then propranolol in the
measured variables.
Leaves Aqueous extract 1 and 2 g/kg, oral Gastric lesion induced Male Wistar rats The aqueous extract showed Braz et al. (2013)
by indomethacin significant anti-ulcerogenic
effect when compared with the
negative standard. The
ranitidine and aqueous extract
at 1 and 2 g/kg reduced the
ulceration in 45.49%, 49.51%,
respectively.
Whole plant Aqueous extract 500 and 750 mg/kg Ulcer induced by Female Wistar rats The extract at dose of Sharma et al. (2014)
and mucilage ethanol 750 mg/kg p.o. and mucilage at
dose of 500 mg/kg p.o.
markedly decrease the
incidence of ulcers in rats.
There was a decrease in the
gastric volume, free and total
acidity and ulcerative index
was 72.69 for extract and
69.65% for mucilage.
542 J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558
Anti-helmintic activity
Aerial herbal material Hydroethanolic (50:50, Anti-helmintic activity No activity was observed for the extract of B. pinnatum. Agyare et al. (2014)
v/v) extract against the free-living
model nematode
Caenorhabditis elegans
Antibacterial and antifungal activities
Leaves Methanolic extract Agar-well diffusion Five of the tested bacteria (Bacillus subtilis, Escherichia Akinpelu (2000)
(60%) method coli, Proteus vulgaris, Shigella dysenteriae and S.
aureus) were sensitive to extract at 25 mg/ml. K.
pneumoniae, P. aeruginosa and C. albicans were
resistant to the extract.
Leaves Ethanolic extract (70%) Agar-well diffusion Broad-spectrum antimicrobial activity was detected in Aqil and Ahmad (2003)
method crude extracts, being active against Gram-positive and
Gram-negative bacteria, yeast and filamentous fungi
(C. albicans, Rhizoctonia bataticola, A. niger and
Alternaria alternate).
Leaves Aqueous, methanolic Agar-well diffusion, The methanolic extract was most active, inhibiting S. Akinsulire et al. (2007)
extracts, extract with MIC and minimum aureus, Enterococcus faecalis, B. subtilis e P.
Palmwine and with gin bactericidal aeruginosa. The other extracts showed moderate
and with brew corn concentration (MBC) activity.
Leaves Alcoholic (90%), Cup Plate Method The most active extract was the aqueous one followed Jain et al. (2010)
aqueous extract (Zone of Inhibition) by the alcoholic extract. The susceptibility decreasing
order for the aqueous extract: Enterobacter
aerogenes > E. coli > Shigella dysenteriae > Salmonella
enterica var. Typhi > S. aureus > B.
subtilis > Staphylococcus epidermidis > Micrococcus
luteus. And for the ethanolic extract: S. aureus > S.
enterica var. Typhi > S. dysenteriae > E. aerogenes > E.
coli > B. subtilis.
Stem Methanolic, aqueous Agar-diffusion method The methanol extract had significant antibacterial Nwadinigwe (2011)
extracts action against B. subtilis and S. aureus at 100, 50 and
25 mg/ml. Also, the aqueous extract presented
antibacterial effect against S. enterica var. Typhi and B.
subtilis at the same concentrations.
Leaves, stems Petroleum ether, Agar-disc diffusion Both extracts showed moderate activity against all Chowdhury et al. (2011)
aqueous extracts method tested fungal strains (A. niger, Blastomyces
dermatitides, C. albicans, Pityrosporum ovale,
Trichophyton spp. and Microsporum spp.). The
petroleum ether extract was more effective against
Microsporum spp., whereas C. albicans was more
susceptible to aqueous extract.
Leaves Chloroform extract Agar-disc diffusion The extract exhibited low level of antibacterial activity Biswas et al. (2012)
method against B. subtilis, B. megaterium, S. aureus, E. coli, P.
aureginosa, S. enterica var. Typhi and S. dysenteriae.
The highest inhibition was against E. coli, while no
antibacterial activity was found against V. cholerae.
Whole plant Methanolic extract Disk-diffusion method The methanol exhibited weak antimicrobial effect Sharker et al. (2012)
against B. cereus, Bacillus megaterium, B. subtilis,
Sarcina lutea, S. aureus, E. coli, Salmonella entérica
var. Typhi, Salmonella paratyphi, Shigella boydii, S.
dysenteriae, P. aeruginosa, Vibrio mimicus, Vibrio
parahaemolyticus, Aspergillus niger, C. albicans and
Sacharomyces cerevisiae.
Whole plant Methanolic extract MIC The extract presented antibacterial and antifungal Tatsimo et al. (2012)
activities with MIC values ranging from 32 to 512 g/ml.
The microorganisms tested were S. aureus, P.
aeruginosa, Salmonella enterica var. Typhi, C. albicans,
Candida parapsilosis and Cryptococcus neoformans.
Root, stem, leaf and Methanolic, aqueous MIC, agar-well diffusion The stem methanolic extract showed higher Sharma et al. (2014)
whole plant extracts method antibacterial activity being effective against
Corynebacterium diphtheriae, Micrococcus luteus, B.
subtilis, Alcaligenes faecalis, Bordetella bronchiseptica
and Serratia marcescens. Aqueous extract of leaf was
only active against B. subtilis and A. faecalis, while
methanolic extract had no activity.
Leaves Methanolic and ethyl Anti-Helicobacter Methanol extract showed a significant anti-Helicobacter Mabeku et al. (2017)
acetate extracts activity for activity with MIC and MBC values of 32 and 256 g/ml,
determination of MIC respectively
and MBC
Antitrypanosomal activity
Leaves Aqueous extract Micro titer plate No observable reduction in motility at 10 mg/ml, Alhaji et al. (2014)
method motility reduced slightly at 20 mg/ml and highly
reduced motility at 40 mg/ml.
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 543
Box 7: Continued
Plant part Extract/fraction/compound Method Result Reference
Box 7: Continued
Plant part Extract/fraction/compound Method Result Reference
Immunomodulatory activity
Leaves Aqueous extract Mast cell degranulation The extract prevented the mast cell degranulation Cruz et al. (2008)
in mesentery and antigen-induced, at 100 g/ml for 30 min, and the
histamine release assay histamine release at 0.5 mg/ml for 1 h.
Leaves Aqueous extract, Effect of Kp, flavonoid Treatments with Kp and QE inhibited degranulation and Cruz et al. (2012)
isolated compounds quercetin (QE), cytokine production of bone marrow-derived mast cells
quercitrin (QI) on mast following IgE/FcRI crosslinking. Treatment with Kp
cell activation significantly reduced levels of TNF in supernatant.
Antiproliferative activity
Leaves Ethanolic extract, acid Evaluation in The acid fraction was 20 times more effective then the Almeida et al. (2000)
fraction lymphocytes of mice ethanolic extract in inhibiting lymphocyte proliferation.
BALB/c inguinal
lynphonodes and
human peripheral
blood
Thombolytic activity
Whole plant Methanolic extract Method of Prasad The extract presented moderate thrombolytic activities Sharker et al. (2012)
(16.41%).
Treatment of the overactive bladder syndrome
Leaves Juice Strips of porcine The juice extract inhibited contractions induced by Schuler et al. (2012)
detrusor were prepared electrical field stimulation and relaxes
in Krebs solution and carbachol-induced contractions.
contractility was
measured
Leaves Methanolic extract Detrusor muscles trips At 10% concentration, the extract reduced the Fürer et al. (2015)
were prepared from contractility of the detrusor to 58.6 ± 13.3% after 74 min,
porcine bladder sand, after a dose-independent initial increase in contractility
the electrically induced during the first 40 min.
muscle contractility
measured
Leaves Juice Detrusor muscles trips The pretreatment increased contraction strength of Bachamann et al. (2017)
were prepared from porcine detrusor strips relative to the negative control.
porcine urinary
bladders
Antiurolithic activity
– Ethanolic extract Crystallization of The extract has antiurolithic activity and has the ability Yasir and Waqar (2011)
calcium oxalate crystals in reduced the size of crystals.
Leaves Aqueous extract Nucleation assay The extract had greater capacity to dissolve calcium Phatak and Hendre
(turbidity method), oxalate. The extract inhibited the crystallization. The (2015b)
aggregation assay extract was slightly better in comparison to Cystone
(standard) in inhibiting the formation of COD crystals.
Tocolysis activity
Leaves Aqueous extract Contractility was Inhibition of spontaneous contraction was Gwehenberger et al.
measured in strips of concentration-dependent. The extract increased (2004)
term myometrium contraction frequency by 91% and inhibited
exposed to increasing oxytocin-stimulated contractions by 20% with slightly
concentrations of B. decreased frequency.
pinnatum
– Juice Stimulation by oxytocin The juice prevented the oxytocin-induced increase in Simões-Wüst et al.
activity [Ca2+ ]i in human myometrial cells in a dose-dependent (2010)
manner, reaching a ca. 80% inhibition at a 2%
concentration.
Leaves Leaf press juice (BPJ) Repeated addition of The BPJ decreased amplitude and inhibited Wächter et al. (2011)
BPJ in several dilutions contractility significantly faster and increased
(undiluted, 1–10%) on frequency significantly faster then the control.
myometrium strips
Anticancer activity
Leaves Bufadienolides of Inhibitory effect on All bufadienolides showed inhibitory activity and Supratman et al. (2001)
methanolic extract early antigen of briofilin A exhibited the highest activity (IC50 = 0.4 M)
Epstein–Barr virus in among the compounds. Thus, bufadienolides are
the induction Raju cell potential cancer chemopreventive agents.
activation by a tumor
promoting gene
Leaves Chloroform extract MTT, electrophoretic The extract inhibited cervical cancer cell growth by Mahata et al. (2012)
mobility shift, northern 30%. Results shown depict a dose-dependent decrease
blotting and assays in in the level of HPV18 transcripts in cells treated with
cervical cancer cells crude extract.
Antimutagenic activity
Leaves Ethyl acetate, Antimutagenic activity The ethyl acetate and petroleum ether extracts Obaseiki-Ebor et al.
methanol, petroleum against EMS (ethyl exhibited potent antimutagenic activities at the (1993)
ether extracts methanosulfonate)- non-toxic concentrations of 200 and 400 g/plate.
induced reversion
mutations in S.
typhimurium
546 J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558
Box 8: Continued
Plant part Extract/fraction/ Dose and route Method Animal model Result Reference
compound
Leaves Aqueous extract 125, 250, Gastrics lesions Female Wistar rats The pre-treatment with protects Araújo et al. (2018)
500 mg/kg, oral induced by ethanol and the mucosa of rats against the
indomethacin gastric damage of
indomethacin and
ethanol-induced gastric lesions,
and significantly reduced
damage by improving
parameters related to oxidative
stress and inflammation on
mucosal structures.
Helicobacter pylori activity
Leaves Methanolic extract 125, 250, Inoculation of H. pylori Swiss mice The extract showed a Mabeku et al. (2017)
500 mg/kg, oral in mice significant anti-Helicobacter
activity and reduced H. pylori
colonization of gastric tissue
from 100% to 17%.
Anti-inflammatory activity
Leaves Aqueous extract 25–800 mg/kg, oral Fresh egg Young adult Wistar The extract produced dose- and Ojewole (2005)
albumin-induced paw rats time-related, significant
edema reductions in the fresh egg
albumin-induced acute
inflammation in the rat hind
paw.
Leaves Methanolic extract 500 mg/kg, i.p. Paw edema induced by Sprague Dawley Significant activity was Gupta et al. (2009)
formaldehyde in rats rats and Swiss observed at the third hour after
albino mice carrageenan injection, with
72.64% reduction in paw
volume.
Leaves Aqueous extract 400 mg/kg (AQ); Carrageenan induced Wistar albino rats The AE and ED were active in Afzal et al. (2012)
(AE), esteroidal 300 mg/kg (ED), rat paw edema method reducing inflammation (87.29
derivative (ED) oral and 84.45% respectively)
somewhat less then diclofenac.
Leaves Ethanolic extract 0.1, 0.5, 1.0 mg/ear Ear edema induced by Male Swiss albino The topical application of Chibli et al. (2014)
in 20 ml of acetone, croton oil, arachidonic mice extract (0.5 and 1 mg/ear)
topically applied on acid (AA), phenol and significantly inhibited the
the right ear ethyl phenylpropiolate croton oil induced mice ear
(EPP), capsaicin. edema as well as the edema
caused by AA, phenol,
capsaicin and EPP.
Flowers Aqueous extract 3, 10, 30 mg/kg, Croton oil-induced Adult male Swiss Extract produced a Ferreira et al. (2014)
subcutaneously mice ear edema mice (25–35 g) dose-related antiedematogenic
effect evidenced by the
reduction in croton oil-induced
mice ear edema by 50.8, 54.2,
and 64.4%, respectively.
Flowers Aqueous extract 300 mg/kg, Carrageenan-Induced Adult male Swiss The pretreatment with extract Ferreira et al. (2014)
subcutaneously Pleurisy mice (25–35 g) or dexamethasone reduced the
leukocyte migration into the
pleural cavity by 56.1 and
43.9%, respectively. The
pretreatment reduced the
TNF-␣ concentration in pleural
exudates by 44.7 and 69.8%,
respectively.
Immunomodulatory activity
Leaves Aqueous extract 400 mg/kg by Shock anaphylactic Male BALB/c mice Oral protection was Cruz et al. (2008)
gavage; 200 mg/kg, model and Lou-M rats accompanied by decreased
i.p. production of OVA specific IgE
antibodies, reduction of
eosinophilia, and decreased
production of IL-5, IL-10 and
TNF-␣.
Leaves Aqueous extract 400 mg/kg by Airway allergic disease BALB/c mice The extract decreased the Cruz et al. (2012)
intragastric model development of
hyporesponsiveness airway,
metaplasia and caliciform cells
and IL-5, IL-5 and TNF
production.
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 547
Box 8: Continued
Plant part Extract/fraction/ Dose and route Method Animal model Result Reference
compound
Box 8: Continued
Plant part Extract/fraction/ Dose and route Method Animal model Result Reference
compound
Box 8: Continued
Plant part Extract/fraction/ Dose and route Method Animal model Result Reference
compound
Box 8: Continued
Plant part Extract/fraction/ Dose and route Method Animal model Result Reference
compound
Leaves Aqueous extract 25 mg/kg/day, Extract effect on blood Male albinos Wistar The extract significantly Bopda et al. (2014)
50 mg/kg/day or pressure in rats prevented the increase in
100 mg/kg/day by, normotensive and systolic and diastolic blood
gavage hypertensive rats (NaCl pressure in rats with high level
18% for 4 weeks) of salt. The co-administration of
25, 50 and 100 mg/kg/day,
significantly decreased the
blood pressure at 32, 24 and
47% (PAS) and 35, 33 and 56%
(for DBP) respectively. No
significant changes were
reported for cardiac frequency.
Antidiabetic activity
Leaves Aqueous extract 25, 50, 100, 200, Streptozotocin Young adult Wistar Pre-treatment of the fasted rats Ojewole (2005)
400, 800 mg/kg, (STZ)-induced diabetes rats with relatively moderate to
oral mellitus high doses aqueous extract
produced significant reductions
in the blood glucose
concentrations of both fasted
normal and fasted diabetic rats.
Leaves Ethanolic extract 500 mg/kg Streptozotocin-induced Wistar strain albino The postprandial test results Ogbonnia et al.
diabetic rats rats showed that the plant extract (2008)
exerted some hypoglycaemic
effects on the blood glucose
level in the fasting normal rats.
Stalk Aqueous and 300, 600 mg/kg, Diabetes I Wistar rats The extracts had a good Matthew et al.
ethanolic extracts oral Alloxan-induced hypoglycemic and (2013a)
antihyperglycemic activity.
Leaves Aqueous extract Oral: 200, 400 and Diabetes induced by Albino rats The extract decreased the Aransiola et al.
800 mg/kg and D-glucose glucose level after 120 min (2014)
glybenclamide administration. The dose of
2 mg/k + 800 mg/kg 200 mg/kg showed significant
of extract decrease in the glucose level
compared to the other doses
performance. The association
of glybenclamide promoted the
major decreased in the glucose
level.
Leaves Aqueous extract 3 mature leaves Streptozotocin-induced Adult Sprague rats There was a decreasing trend Menon et al. (2015)
∼9.96 g/70 kg or diabetic rats in the average food intake
about 0.14 g/kg among the groups (normal
group > diabetic group > treated
diabetic group.
Leaves Aqueous extract 3 mature leaves Streptozotocin-induced Adult There was weight loss and Menon et al. (2016)
∼9.96 g/70 kg or diabetic rats Sprague–Dawley reduced food consumption in
about 0.14 g/kg rats the treated diabetic group.
Serum glucose levels were
reduced. Serum catalase
activity was significantly
increased in the treated diabetic
group. There was a significant
increase in Mg ATPase activity.
Hypocholesterolemic activity
Leaves Ethanolic extract 500 mg/kg Evaluation of Wistar strain albino The extract clearly Ogbonnia et al.
hypolipidaemic effects rats demonstrated the presence (2008)
in animals treated with hypolipidemic agents in the
extract for 21 days extract. There was also a
significant decrease in both
triglyceride and LDL cholesterol
levels while significant increase
in HDL cholesterol levels.
Leaves Aqueous extract 3 mature leaves Streptozotocin-induced Adult Sprague rats There was a significant Menon et al. (2015)
∼9.96 g/70 kg r diabetic rats elevation in triglyceride level in
about 0.14 g/kg the diabetic group, which was
reduced toward normal level by
the treatment. Total cholesterol
level was also elevated in the
diabetic group and there was a
decreasing trend toward the
normal group by the treatment.
Additionally, HDL cholesterol
was significantly reduced.
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 551
Box 8: Continued
Plant part Extract/fraction/ Dose and route Method Animal model Result Reference
compound
Hormonal activity
Leaves Aqueous extract 4.0 mg/kg, s.c. Effects on the release of Wistar rats The rats that received the juice Nassis et al. (1996)
(Juice) gonadotropins showed lordosis coefficient
(sexual receptivity) higher then
the control group. It was
observed a significancy for
latency to ejaculation treated
animals compared to control.
Effect on hematological parameters
Leaves Methanolic extract 100, 200, 400, Animals were treated Adult male Wistar Hemoglobin, packed cell Ufelle et al. (2011)
600 mg/kg, oral with extracts at the rats volume and total white blood
doses once daily during cell of all treated rats were
28 days increased. The platelet count
was decreased in all treated
groups but only in group A
(100 mg/kg). The blood film
report revealed normocytic and
normochromic red blood cells.
Nephroprotective activity
Leaves Aqueous extract 125 mg/kg/day, i.p. Nephrotoxicity induced Male albino Wistar The extract protects rat kidneys Harlalka et al.
by gentamicine at the rats from gentamicin-induced (2007)
dose 100 mg/kg/day histopathological changes. This
during 8 days extract also normalized the
gentamicin-induced increases
in urine and plasma creatinine,
blood urea and blood urea
nitrogen levels.
Leaves Aqueous extract 25 and 50 mg/kg, Nephrotoxicity induced Albino Wistar rats The pre-treatment with the two Anadozie et al.
oral for 14 days by CCl4 i.p. during 7 doses inhibits arginase II (2018)
days preventing renal oxidative
damage occasioned by CCl4 . In
addiction reduced endothelial
NO, functional SH groups,
oxidative enzymatic antioxidant
status and normalizing the
histological architecture of the
kidney.
Antilithic activity
Leaves Ethanolic and 100, 200, Renal calculi induced Male albino Wistar The extracts attenuated the Yadav et al. (2016)
hydroethanolic 70% 400 mg/kg, oral by ethylene glycol rats EG-induced decrease in body
extracts weight and elevation in urinary
parameters and serum
biochemical parameters. Also
decrease in urine volume, pH,
magnesium and creatinine
clearance, oxidative and
histological damages in
kidneys.
Adjuvant treatment to poisoning (local anti-inflammatory activity)
Leaves Hydroethanolic 125, 250, Paw edema and Swiss albino mice In the pre-treatment protocol, Fernandes et al.
50% extract 500 mg/kg, i.p. hemorrhagic activity the extract reduced the (2016)
induced by Bhotrops hemorrhagic activity reaching
jararaca about 40% and in the
post-treatment protocol about
30%. In the antiedematogenic
activity, B. pinnatum was active
inhibiting about 66% and 30%
in pre and post-treatment
protocols, respectively.
metabolites of the leaves juice may inhibit detrusor contractility in vivo toxicity assays reported in the literature for K. laciniata and
(Bachamann et al., 2017), supporting the previous clinical study. B. pinnatum species are shown in Boxes 9 and 10, respectively.
Although most studies have shown that both species present
low toxicity and good safety, one study observed some reactions
to the central nervous system attributed to K. laciniata, as well as
Toxicology
spasms, tachycardia, fine and coarse tremors and aggression (Silva,
2007). Other study reported a reduction in the sensitiveness of the
Acute toxicity of K. laciniata species has been investigated in
rats to noise and touch, which also presented jerkiness and lethargy
various types of extracts made from leaves or the whole plant.
(Fondjo et al., 2012). For B. pinnatum, some studies have reported
On the other hand, the toxicological studies involving B. pinnatum
cytotoxicity (Sowemimo et al., 2007; Abdellaoui et al., 2010; Biswas
were performed mainly with extracts of the leaves. The in vitro and
552 J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558
Box 9: Non-clinical in vitro and in vivo toxicity studies reported for Kalanchoe laciniata.
Plant part Extract Dose and rout Method Result Reference
In vitro toxicity
Leaves Methanolic extract – Cytotoxicity against K. crenata showed Kuete et al. (2017)
human carcinoma cells good cytotoxicity
activity against
mesothelioma, lung
and breast cancer cells,
but the best activity
was against
mesothelioma. The
extract induced
apoptosis via ROS
production.
Whole plant Methanolic 70% and – Genotoxic potential The methanolic and Sharif et al. (2017)
hexane extract using Ames assay n-hexane extracts
(Salmonella exhibited significant
typhimurium) and mutagenicity and
cytotoxicity was cytotoxicity.
evaluated using MTT
assay
In vivo toxicity
Leaves Aqueous 1 (before 0.25–5 g/kg, i.p. Acute toxicity using No toxicity was Mourão et al. (1999)
flowering) and aqueous Swiss mice observed within 48 h of
2 (after flowering) administration.
Leaves Hydroethanolic extract 1000–3000 mg/kg, i.p. Acute toxicity using The LD50 was Silva (2007)
(90%) Swiss mice 1925 mg/kg and
numerous reactions to
central nervous system
level to escape
reactions, spasms,
tachycardia, fine and
coarse tremors,
aggression, among
others were observed.
Whole plant Water–ethanol extract 0.2, 0.4, 0.8, 1.5, 3, Acute toxicity using Neither mortality nor Kamgang et al. (2008)
5 g/kg, oral male Wistar rats gross behavior change
was observed at
different doses up to
5 g/kg.
Leaves Hydroethanolic extract 250 mg/kg, gavage Mutagenicity: A mutagenic effect of Paiva and Batitucci
(50%) micronucleus assay the extract was (2008)
in vivo in mouse bone observed. However,
marrow using mice more studies are
necessary to prove and
evaluate the effects.
Whole plant Methanol extract 2, 4, 6, 8, 10 g/kg, oral Acute toxicity using The doses 4, 6, 8 and Fondjo et al. (2012)
male Wistar rats 10 g/kg reduced the
sensitiveness of rats to
noise and touch, which
also showed jerkiness
and lethargy, and
induced soft feces and
66% mice death within
30 min of
administration. The
10 g/kg dose caused
100% mice death. The
LD50 was 4.4 g/kg.
Leaves Hydroethanolic extract 250, 500, 1000, Acute toxicity and The extract showed low Fonseca (2014),
(50%) 2000 mg/kg, gavage subchronic toxicity acute and subchronic Fonseca et al. (2018)
using Swiss mice in vivo toxic effects.
Swiss mice The biochemical
parameters were not
affected and there were
no significant
hematologic changes
between the groups
studied. The extract
showed slight liver
changes at doses 500
and 1000 mg/kg
through the liver
enzymes linked to the
hepatic histopathology,
as a characteristic sign
extract metabolism.
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 553
Box 10: Non-clinical in vitro and in vivo studies reported for Bryophyllum pinnatum.
Plant part Extract Dose and route Method Result Reference
In vitro toxicity
Whole plant Ethanolic extract – Brine shrimp lethality LD50 values of extracts with Sowemimo et al.
(80%) test and standard ≤100 mg/ml was considered active (2007)
telomerase elongation and those with <20 were
assay TRAP (telomere considered very active.
repeat amplification
protocol)
Stalks, Ethanolic extract – Cytotoxicity against six Non-cytopathogenic effect at Gonçalves et al.
leaves, flowers cell lines concentrations between 2 and 5%. (2009)
Leaves Methanolic extract – Cytotoxicity in The extract had strong cytotoxicity, Abdellaoui et al.
keratinocytes for 48 h because the viability of (2010)
keratinocytes is fully recovered
only for the extract at lower
concentrations (≤0.78 mg/ml).
Leaves, Petroleum ether, – Brine shrimp lethality Both extracts exhibited lethality Chowdhury et al.
stems aqueous extracts bioassay against the brine shrimp nauplii. (2011)
The respective LC50 and LC90 of the
petroleum ether (25.12 and
177.83 g/ml) and aqueous extract
(25.12 and 173.78 g/ml) were
assessed.
Leaves Chloroform extract – Brine shrimp lethality Moderate level of general toxicity Biswas et al. (2012)
bioassay in the brine shrimp lethality
bioassay (LC50 125.89 and LC90
234.42 g/ml) was observed.
Leaves Hexane, – MTT assay The extracts exhibited potential Kaewpiboon et al.
dichloromethane, in vitro cytotoxicity against the four (2012)
ethanolic extract human cell lines tested.
Leaves Aqueous, ethanolic, – MTT assay in BHK The aqueous and ethanolic extracts Joshi and Chauhan
methanolic extract assay; and neutral red showed better responses compared (2013)
assay (cytotoxicity) to the methanolic one. The
concentration of 10 mg/ml of the
ethanolic extract inhibited the
cancerous growth.
In vivo toxicity
Leaves Aqueous extract 16 mg/0.2 ml Normal BALB/c mice Absence of chronic toxicity to the Torres-Santos et al.
PBS/day; 30 days received 16 mg the liver, heart or kidney. (2003)
gavage for 30 days
Whole plant Ethanolic extract 10, 100, 1000 g/ml Brine shrimp lethality Bryophyllum calycinum was Sowemimo et al.
(80%) test considerably toxic and consistent (2007)
with the brine shrimp results.
Leaves Methanolic, 350–2600 mg/kg Swiss albino male mice The LD50 values of methanolic Devbhuti et al.
aqueous extracts methanolic and and rats, i.p., with extract in mice and rats were (2008)
aqueous; graded doses. The 1159.03 and 1459.69 mg/kg,
500–3000 mg/kg methanolic and respectively, and the aqueous
methanolic, i.p. aqueous extracts were extract were 957.02 and
also administered 1064.21 mg/kg, respectively. The
orally in graded doses extracts were non-toxic orally in
in mice and rats to test doses up to 3 g/kg body weight in
their oral toxicity mice and rats.
Leaves Aqueous extract 1, 2, 3, 4, 5 g/kg, Acute and sub-acute The oral LD50 of the extract was Ozolua et al. (2010b)
oral toxicological indeterminable as there were no
experiments in deaths recorded and no obvious
Sprague-Dawley rats toxicological signs at 5 g/kg body
weight. However, by the
intraperitoneal route, the LD50 was
estimated in 1.8 g/kg.
Leaves Aqueous, ethanolic 5, 50, 500, Acute toxicity by OECD The extracts were safe up to a dose Afzal et al. (2013)
extracts 2000 mg/kg, oral 420 using male Wistar of 2000 mg/kg.
rats
Leaves Ethanolic extract 100, 200 mg/kg, oral Effect of extract on The extract at the doses showed Akpantah et al.
microanatomy of male abnormalities in the animal’s testis, (2014)
Wistar rat’s testis for 8 as increasing numbers of
weeks intercellular spaces within the
seminiferous epithelium, reduction
and increase of the lumen,
suggesting cell disintegration.
Leaves Ethanolic and 2000 mg/kg, oral Acute toxicity by OECD No toxic symptoms or mortality or Yadav et al. (2016)
hydroethanolic 70% 423 using Male albino moribund stage observed with
extracts Wistar rats single acute limit dose level of
2000 mg/kg in any animal during 14
consecutive days.
554 J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558
et al., 2012; Kaewpiboon et al., 2012). In addition, abnormalities in Aguiar, C.M., Alencar, S.M., Tsai, S.M., Park, Y.K., 2007. Transformações enzimáticas
the animal’s testis were observed in one study (Akpantah et al., de flavonoides. Bol. Centro Pesqui. Process. Aliment. 25, 61–76.
Agyare, C., Spiegler, V., Sarkodie, H., Asase, A., Liebau, E., Hensel, A., 2014. An
2014). ethnopharmacological survey and in vitro confirmation of the ethnopharmaco-
Therefore, it seems likely to infer that K. laciniata and B. pinnatum logical use of medicinal plants as anthelmintic remedies in the Ashanti region,
are safe to use acutely but is necessary performed additional studies in the central part of Ghana. J. Ethnopharmacol. 158, 255–263.
Akihisa, T., Kokke, W.C.M.C., Tamura, T., Matsumoto, T., 1991. Sterols of Kalanchoe
to investigate their sub-chronic and chronic toxicity. pinnata: first report of the isolation of both C-24 epimers of 24-alkyl-25 -sterols
from a higher plant. Lipids 26, 660–665.
Conclusion Akinpelu, D.A., 2000. Antimicrobial activity of Bryophyllum pinnatum leaves. Fitoter-
apia 71, 193–194.
Akinsulire, O.R., Aibinu, I.E., Adenipekun, T., Adelowotan, T., Odugbemi, T., 2007.
Several studies related to the botanical, chemical, ethnopharma- In vitro antimicrobial activity of crude extracts from plants Bryophyllum pinna-
cological, pharmacological and toxicological aspects of B. pinnatum tum and Kalanchoe crenata. Afr. J. Tradit. CAM 4, 338–344.
Akpantah, A.O., Obeten, K.E., Edung, E.S., Eluwa, M.A., 2014. The effect of ethanolic
have been conducted. On the other hand, only few studies about the extract of Bryophyllum pinnatum on the micro anatomy of the testes of adult
chemical and pharmacological aspects of K. laciniata species have males Wister rats. Eur. J. Biol. Med. Sci. Res. 2, 37–44.
been reported. Toxicological studies are scarce for both species. Albertasse, P.D., Thomaz, L.D., Andrade, M.A., 2010. Plantas medicinais e seus usos na
comunidade da Barra do Jucu, Vila Velha, ES. Rev. Bras. Plantas Med. 12, 250–260.
Therefore, when we consider the several traditional uses of K. Albuquerque, U.P., Monteiro, J.M., Ramos, M.A., Amorim, E.L.C., 2007a. Medicinal and
laciniata, it becomes detrimental to scientifically evaluate the phar- magic plants from a public market in northeastern Brazil. J. Ethnopharmacol.
macological properties that have been attributed to this species. 110, 76–91.
Albuquerque, U.P., Medeiros, P.M., Almeida, A.L.S., Monteiro, J.M., Lins Neto, E.M.F.,
Despite the various traditional uses and non-clinical pharmacolog- Melo, J.G., Santos, J.P., 2007b. Medicinal plants of the caatinga (semi-arid)
ical studies reported for B. pinnatum and K. laciniata, clinical studies vegetation of NE Brazil: a quantitative approach. J. Ethnopharmacol. 114,
are still scarce. More studies should be conducted in order to iden- 325–354.
Alhaji, U.I., Samuel, N.U., Aminu, M., Chidi, A.V., Umar, Z.U., Umar, U.A., Adewale,
tify the specific compounds that are responsible for the reported
B.M., 2014. In vitro antitrypanosomal activity, antioxidant property and phy-
pharmacological activities for both species. Finally, the information tochemical constituents of aqueous extracts of nine Nigerian medicinal plants.
reported in this review may contribute to recognizing the impor- Asian Pac. J. Trop. Dis. 4, 348–355.
tance of K. laciniata and B. pinnatum as important plant sources for Allorge-Boiteau, L., 1996. Madagascar centre de speciation et d’origine du genre
Kalanchoe (Crassulaceae). In: Lourenço, W.R. (Ed.), Biogéographie de Madagas-
alternative treatment of the several disorders herein reported. car. ORSTOM, Paris, pp. 137–145.
Almeida, C.C.S., Bogossian, F.B., Doi, A.P.K., Isoyama, D., Sih, G.H., Zanolla, W.R., Nassis,
C.Z., 1997. Estudo da atividade antihistamínica da Kalanchoe brasiliensis. Arq.
Authors’ contributions Med. ABC 1–2, 7–10.
Almeida, A.P., Silva, S.A.G., Souza, M.L.M., Lima, L.M.T.R., Rossi-Bergmann, B., Moraes,
JMF and LMC contributed in data collect, systematization of arti- V.L.G., Costa, S.S., 2000. Isolation and chemical analysis of a fatty acid fraction of
Kalanchoe pinnata with a potent lymphocyte suppressive activity. Planta Med.
cles in boxes and drafter the first version of the paper. JMF and
66, 134–137.
EMGL were responsible for drawn chemical structures and in chem- Almeida, A.P., Muzitano, M.F., Costa, S.S., 2006. 1-Octen-3-O-␣-
ical box. JMF contributed in drafter the final version of the paper l − arabinopyranosymbeta-glucopyranoside, a minor substance from the
leaves of Kalanchoe pinnata (Crassulaceae). Rev. Bras. Farmacogn. 16, 485–489.
and to critical reading of the manuscript. MFP and EPA contributed
Amaral, A.C.F., Simões, E.V., Ferreira, J.L.P., 2005. Coletânea científica de plantas de
to critical reading of the manuscript. EPA was responsible for the uso medicinal. Fiocruz, Curitiba.
revision of the English manuscript. SMZL was responsible for the Anadozie, S.O., Akinyemi, J.A., Agunbiade, S., Ajuboye, B.O., Adewale, O.B., 2018.
project concept and, critical reading of the manuscript and super- Bryophyllum pinnatum inhibits arginase II activity and prevents oxidative dam-
age occasioned by carbon tetrachloride (CCl4 ) in rats. Biomed. Pharmacother.
vision of this study. All the authors have read the final manuscript 101, 8–13.
and approved the submission. Anjoo, K., Saluja, A.K., 2010. Microscopical and preliminary phytochemical studies
on aerial part (leaves and stem) of Bryophyllum pinnatum Kurz. Pharmacogn. J.
2, 254–259.
Conflicts of interest Anvisa, 2014. Resolução de Diretoria Colegiada n◦ 26 de 13 de maio de 2014.
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a
notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. Ministério da Saúde, Agên-
The authors declare no conflicts of interest.
cia Nacional de Vigilância Sanitária, http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
anvisa/2014/rdc0026 13 05 2014.pdf (accessed January 2017).
Appendix A. Supplementary data Aoki, C., Hartati, S., Santi, M.R., Firdaus, R.L., Hanafi, M., Kardono, L.B.S., Shimizu, Y.,
Sudarmono, P., Hotta, H., 2014. Isolation and identification of substances with
anti-hepatitis C virus activities from Kalanchoe pinnata. Int. J. Pharm. Pharm. Sci.
Supplementary data associated with this article can be found, in 6, 211–215.
the online version, at doi:10.1016/j.bjp.2019.01.012. Aqil, F., Ahmad, I., 2003. Broad-spectrum antibacterial and antifungal properties of
certain traditionally used Indian medicinal plants. World J. Microbiol. Biotech-
nol. 19, 653–657.
References Aransiola, E.F., Daramola, M.O., Iwalewa, E.O., Seluwa, A.M., Olufowobi, O.O., 2014.
Anti-diabetic effect of Bryophyllum pinnatum leaves. Int. J. Biol. Vet. Agric. Food
Abat, J.K., Mattoo, A.K., Deswal, R., 2008. S-Nitrosylated proteins of a medicinal CAM Eng. 8, 95–99.
plant Kalanchoe pinnata – ribulose-1,5-biphosphate carboxylase/oxygenase Araújo, E.R.D., Guerra, G.C.B., Araújo, D.F.S., Araújo, A.A., Fernandes, J.M., Araújo-
activity targeted for inhibition. FEBS J. 275, 2862–2872. Júnior, R.F., Silva, V.C., Carvalho, T.G., Ferreira, L.S., Zucolotto, S.M., 2018.
Abdellaoui, S., Destandau, E., Tori, A., Elfakir, C., Lafosse, M., Renimel, I., André, P., Can- Gastroprotective and antioxidant activity of Kalanchoe brasiliensis and Kalanchoe
cellieri, P., Landemarre, L., 2010. Bioactive molecules in Kalanchoe pinnata leaves: pinnata leaf juices against indomethacin and ethanol-induced gastric lesions in
extraction, purification and identification. Anal. Bioanal. Chem. 398, 1329–1338. rats. Int. J. Mol. Sci. 19, http://dx.doi.org/10.3390/ijms19051265.
Adesanwo, J.K., Raji, Y., Olaleye, S.B., Onasanwo, S.A., Fadare, O.O., Ige, O.O., Odusanya, Arnason, T., Uck, F., Lambert, J., Hebda, R., 1980. Maya medicinal plants of San Jose
O.O., 2007. Antiulcer activity of methanolic extract of Bryophyllum pinnatum in Succotz, Belize. J. Ethnopharmacol. 2, 345–364.
rats. J. Biol. Sci. 7, 409–412. Awortwe, C., Manda, V.K., Avonto, C., Khan, S.I., Khan, I.A., Walker, L.A., Bouic,
Afzal, M., Gupta, G., Kazmi, I., Rahman, M., Afzal, O., Alam, J., Hakeem, K.R., Pravez, P.J., Rosenkranz, B., 2015. In vitro evaluation of reversible and time-dependent
M., Gupta, R., Anwar, F., 2012. Anti-inflammatory and analgesic potential of a inhibitory effects of Kalanchoe crenata on CYP2C19 and CYP3A4 activities. Drug
novel steroidal derivative from Bryophyllum pinnatum. Fitoterapia 83, 853–858. Metab. Lett. 9, 48–62.
Afzal, M., Ahmad, K., Saleem, S., Kazmi, I., Anwar, F., 2013. Effect of Bryophyllum Bachamann, S., Betschart, C., Gerber, J., Furer, K., Mennet, M., Hamburger, M.,
pinnatum Lam. on N-diethylnitrosamine induced hepatic injury in rats. Pharma- Potterat, O., Mandach, U., Simões-Wust, A.P., 2017. Potential of Bryophyllum
cologia 4, 82–88. pinnatum as a detrusor relaxant: an in vitro exploratory study. Planta Med. 83,
Agarwal, K., Varma, R., 2015. Ethnobotanical study of antilithic plants of Bhopal 1274–1280.
district. J. Ethnopharmacol. 174, 17–24. Bahekar, M., Kale, R., Nagpure, S., 2012. A review on medicinal plants used in scorpion
Agostinho, A.G., Freitas, A.L.P., Miaguchi, A.S., Pieralini, C., Sacco, P.C.N., Nassis, C.Z., bite treatment in India. Mintage J. Pharm. Med. Sci. 1, 1–6.
1992. Estudo da ação do suco extraído das folhas de Bryophyllum calycinum. Arq. Bailon-Moscoso, N., Romero-Bonavides, J.C., Tinitana-Imaicela, F., Ostrosky-
Med. ABC 15, 14–18. Wegman, P., 2015. Medicinal plants of Ecuador: a review of plants with
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 555
anticancer potential and their chemical composition. Med. Chem. Res. 24, Costa, S.S., Souza, M.L.M., Ibrahim, T., Melo, G.O., Almeida, A.P., Guette, C., Férézou,
2283–2296. J., Koatz, V.L.G., 2006. Kalanchosine dimilate, an anti-inflammatory salt from
Banzouzi, J.T., Koubemba, M.C.M., Prost, A., Mbatchi, B., Abena, A.A., 2008. Survey Kalanchoe brasiliensis. J. Nat. Prod. 69, 815–818.
of analgesic plants used by tradipractitioners in Congo Brazzaville. Int. J. Bot. 4, Costa, V.P., Mayworm, M.A.S., 2011. Plantas medicinais utilizadas pela comunidade
176–185. do bairro dos Tenentes – município de Extrema, MG, Brasil. Rev. Bras. Plantas
Barroso, G.M., 1991. Sistemática de Angiosperma do Brasil. Imprensa Universitária, Med. 13, 282–292.
Minas Gerais. Costa, A.C.O., Fernandes, J.M., Negreiros Neto, T.S., Mendonça, J.N., Tomaz, J.C., Lopes,
Begossi, A., Hanazaki, N., Tamashiro, J.Y., 2002. Medicinal Plants in the Atlantic Forest N.P., Soares, L.A.L., Zucolotto, S.M., 2015. Quantification of chemical marker of
(Brazil): Knowledge, Use, and Conservation. Hum. Ecol 30, 281–299. Kalanchoe brasiliensis (Crassulaceae) leaves by HPLC–DAD. J. Liq. Chromatogr.
Betschart, C., Mandach, U.V., Seifert, B., Scheiner, D., Peruchini, D., Fink, D., Relat. Technol. 38, 795–800.
Geissbuhler, V., 2013. Randomized, double-blind placebo-controlled trial with Cryer, M., Lane, K., Greer, M., Cates, R., Burt, S., Andrus, M., Zou, J., Rogers, P., Hansen,
Bryophyllum pinnatum versus placebo for the treatment of overactive bladder in M.D.H., Burgado, J., Panayampalli, S.S., Satheshkumar, S., Day, C.W., Smee, D.F.,
postmenopausal women. Phytomedicine 20, 351–358. Johnson, F.B., 2017. Isolation and identification of compounds from Kalanchoe
Bhandary, M.J., Chandrashekar, K.R., Kaveriappa, K.M., 1995. Medicinal ethnobotany pinnata having human alpha herpesvirus and vaccinia virus antiviral activity.
of the Siddis of Uttara Kannada district, Karnataka, India. J. Ethnopharmacol. 47, Pharm. Biol. 55, 1586–1591.
149–158. Cruz, E.A., Silva, S.A.G., Muzitano, M.F., Silva, P.M.R., Costa, S.S., Rossi-Bergmann, B.,
Bhat, P., Hegde, G., Hegde, G.R., 2012. Ethnomedicinal practices in different com- 2008. Immunomodulatory pretreatment with Kalanchoe pinnata extract and its
munities of Uttara Kannada district of Karnataka for treatment of wounds. J. quercitrin flavonoid effectively protects mice against fatal anaphylactic shock.
Ethnopharmacol. 143, 501–514. Int. Immunopharmacol. 8, 1616–1621.
Bhat, P., Hegde, G.R., Hegde, G., Mulgund, G.S., 2014. Ethnomedicinal plants to cure Cruz, E.A., Reuter, S., Martin, H., Dehzad, N., Muzitano, M.F., Costa, S.S., Rossi-
skin diseases – an account of the traditional knowledge in the coastal parts of Bergmann, B., Buhl, R., Stassen, M., Taube, C., 2012. Kalanchoe pinnata inhibits
Central Western Ghats, Karnataka, India. J. Ethnopharmacol. 151, 493–502. mast cell activation and prevents allergic airway disease. Phytomedicine 19,
Bhatti, M., Kamboj, A., Saluja, A.K., Jain, U.K., 2012. In vitro evaluation and comparison 115–121.
of antioxidant activities of various extracts of leaves and stems of Kalanchoe Darmawan, A., Megawati, Fajriah, S., 2013. 3 ,4 -Dimethoxy quercetin, a flavonol
pinnatum. J. Green Pharm. 6, 340–347. compound isolated from Kalanchoe pinnata. J. Appl. Pharm. Sci. 3, 88–90.
Bhatti, M., Kamboj, A., Saluja, A.K., 2013. Spectrophotometric estimation of total Devbhuti, D., Gupta, J.K., Devbhuti, P., Bose, A., 2008. Phytochemical and acute toxi-
polysaccharides in Kalanchoe pinnatum and Kalanchoe crenata. Int. J. Pharm. city study on Bryophyllum calycinum Salisb. Acta Pol. Pharm. 65, 501–504.
Pharm. Sci. 5, 40–41. Dimo, T., Fotio, A.L., Nguelefack, T.B., Asongalem, E.A., Kamtchouing, P., 2006.
Biswas, S.K., Chowdhury, A., Raihan, S.Z., Muhit, M.A., Akbar, M.A., Mowla, R., 2012. Antiinflammatory activity of leaf extracts of Kalanchoe crenata Andr. Indian J.
Phytochemical investigation with assessment of cytotoxicity and antibacterial Pharmacol. 38, 115–119.
activities of chloroform extract of the leaves of Kalanchoe pinnata. Am. J. Plant Elliott, S., Brimacombe, J., 1987. The medicinal plants of Gunung Leuser National
Physiol. 7, 41–46. Park, Indonesia. J. Ethnopharmacol. 19, 285–317.
Bodakhe, K.S., Namdeo, K.P., Bodakhe, S.H., Pandey, D.P., 2013. A new flavonol gly- Esquivel, M.Z., Zolla, C., 1986. Enfermedades dermatologicas en la medicina tradi-
coside from Kalanchoe pinnata leaves. Asian J. Chem. 25, 9763–9765. cional de México. Bol. Sanit. Panam. 101, 339–347.
Bopda, O.S.M., Longo, F., Bella, T.N., Edzah, P.M.O., Taïwe, G.S., Bilanda, D.C., Tom, Ezuruike, U.F., Prieto, J.M., 2014. The use of plants in the traditional manage-
E.N.L., Kamtchouing, P., Dimo, T., 2014. Antihypertensive activities of the aque- ment of diabetes in Nigeria: pharmacological and toxicological considerations.
ous extract of Kalanchoe pinnata (Crassulaceae) in high salt-loaded rats. J. J. Ethnopharmacol. 155, 857–924.
Ethnopharmacol. 153, 400–407. Feitosa, C.M., Freitas, R.M., Luz, N.N.N., Bezerra, M.Z.B., Trevisan, M.T.S., 2011. Acetyl-
Bosco, F.G., Arumugam, R., 2012. Ethnobotany of irular tribes in redhills, Tamilnadu, cholinesterase inhibition by somes promising Brazilian medicinal plants. Braz.
India. Asian Pac. J. Trop. Dis. 2, S874–S877. J. Biol. 71, 783–789.
Boscolo, O.H., Valle, L.S., 2008. Plantas de uso medicinal em Quissamã, Rio de Janeiro, Félix-Silva, J., Silva-Júnior, A.A., Zucolotto, S.M., Fernandes-Pedrosa, M.F., 2017.
Brasil. Iheringia. Sér. Bot. 63, 263–277. Medicinal plants for the treatment of local tissue damage induced by snake
Boulogne, I., Germosén-Robineau, L., Ozier-Lafontaine, H., Fleury, M., Loranger- venoms: an overview from traditional use to pharmacological evidence. Evid.
Merciris, G., 2011. Tramil ethnopharmacological survey in Les Saintes Based Complement. Altern. Med., http://dx.doi.org/10.1155/2017/5748256.
(Guadeloupe, French West Indies): a comparative study. J. Ethnopharmacol. 133, Fernandes, J.M., Félix-Silva, J., Cunha, L.M., Gomes, J.A.S., Siqueira, E.M.S., Gimenes,
1039–1050. L.P., Lopes, N.P., Soares, L.A.L., Fernandes-Pedrosa, M.F., Zucolotto, S.M., 2016.
Braz, D.C., Oliveira, L.R.S., Viana, A.F.S.C., 2013. Atividade antiulcerogênica do extrato Inhibitory effects of hydroethanolic leaf extracts of Kalanchoe brasiliensis and
aquoso da Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz. Rev. Bras. Plantas Med. 15, 86–90. Kalanchoe pinnata (Crassulaceae) against local effects induced by Bothrops
Cartaxo, S.L., Souza, M.M.A., Albuquerque, U.P., 2010. Medicinal plants with bio- jararaca snake venom. PLOS ONE 11, e0168658.
prospecting potential used in semi-arid northeastern Brazil. J. Ethnopharmacol. Ferreira, A.C.F., Rosenthal, D., Carvalho, D.P., 2000. Thyroid peroxidase inhibition by
131, 326–342. Kalanchoe brasiliensis aqueous extract. Food Chem. Toxicol. 38, 417–421.
Chassagne, F., Hul, S., Deharo, E., Bourdy, G., 2016. Natural remedies used by Bunong Ferreira, R.T., Coutinho, M.A.S., Malvar, D.C., Costa, E.A., Florentino, I.F., Costa,
people in Mondulkiri province (Northeast Cambodia) with special reference to S.S., Vanderlinde, F.A., 2014. Mechanisms underlying the antinociceptive,
the treatment of 11 most common ailments. J. Ethnopharmacol. 191, 41–70. antiedematogenic and anti-inflammatory activity of the main flavonoid from
Chibli, L.A., Rodrigues, K.C.M., Gasparetto, C.M., Pinto, N.C.C., Fabri, R.L., Scio, E., Kalanchoe pinnata. Evid. Based Complement. Altern. Med., http://dx.doi.org/
Alves, M.S., Del-Vechio-Vieira, G., Sousa, O.V., 2014. Anti-inflammatory effects 10.1155/2014/429256.
of Bryophyllum pinnatum (Lam.) Oken ethanol extract in acute and chronic cuta- Fondjo, F.A., Kamgang, R., Oyono, J.E., Yonkeu, J.N., 2012. Anti-dyslipidemic and
neous inflammation. J. Ethnopharmacol. 154, 330–338. antioxidant potentials of methanol extract of Kalanchoe crenata whole plant
Choudhury, J., Bora, D., Baruah, D., Borah, T., Bharali, B.K., 2014. Portrayal of folk in streptozotocin-induced diabetic nephropathy in rats. Trop. J. Pharm. Res. 11,
medicinal practices among the indigenous people of north Tripura district of 767–775.
Tripura, India. Int. J. Res. Ayurveda Pharm. 5, 480–488. Fonseca, A.G., (Master dissertation) 2014. Avaliação toxicológica aguda e subcrônica
Choudhury, P.R., Choudhury, M.D., Ningthoujam, S.S., Das, D., Nath, D., Talukdar, das folhas de Kalanchoe brasiliensis (Crassulaceae) em camundongos Swiss. Uni-
A.D., 2015a. Ethnomedicinal plants used by traditional healers of North Tripura versidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, pp. 75.
district, Tripura, North East India. J. Ethnopharmacol. 166, 135–148. Fonseca, F.V., Melo, M.M., Silva, J., Pereira, G.P., Dantas-Barros, A.M., 2004. Extratos
Choudhury, P.R., Choudhury, M.D., Ningthoujam, S.S., Mitra, A., Nath, D., Taluk- de Curcuma longa L. e Kalanchoe brasiliensis Camb. no tratamento local do enve-
dar, A.D., 2015b. Plant utilization against digestive system disorder in Southern nenamento por Bothrops alternatus. Rev. Bras. Farmacogn. 14, 26–29.
Assam, India. J. Ethnopharmacol. 175, 192–197. Fonseca, A.G., Dantas, L.S.F.R., Fernandes, J.M., Zucolotto, S.M., Lima, A.A.N., Soares,
Chowdhury, A., Biswas, S.K., Das, J., Karmakar, U.K., Shill, M.C., Dutta, N., 2011. Inves- L.A.L., Rocha, H.A.O., Lemos, T.M.A.M., 2018. In vivo and in vitro toxicity evalua-
tigation of cytotoxicity and antifungal activities of petroleum ether and aqueous tion of hydroethanolic extract of Kalanchoe brasiliensis (Crassulaceae) leaves. J.
extracts of leaves and stems of Kalanchoe pinnata L. (Crassulaceae). Asian J. Plant Toxicol., http://dx.doi.org/10.1155/2018/6849765.
Sci 10, 274–277. Fonseca-Kruel, V.S., Peixoto, A.L., 2004. Etnobotânica na reserve extrativista marinha
Coe, F.G., 2008. Rama midwifery in eastern Nicaragua. J. Ethnopharmacol. 117, de Arraial do Cabo, RJ, Brasil. Acta Bot. Bras. 18, 177–190.
136–157. Frausin, G., Hidalgo, A.F., Lima, R.B.S., Kinupp, V.F., Ming, L.C., Pohlit, A.M., Milliken,
Coelho-Ferreira, M., 2009. Medicinal knowledge and plant utilization in an Amazo- W., 2015. An ethnobotanical study of anti-malarial plants among indigenous
nian coastal community of Marudá, Pará State (Brazil). J. Ethnopharmacol. 126, people on the upper Negro River in the Brazilian Amazon. J. Ethnopharmacol.
159–175. 174, 238–252.
Corrêa, M.P., 1984. Dicionário de Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas. Fürer, K., Raith, M., Brenneisen, R., Mennet, M., Simões-Wüst, A.P., von Mandach, U.,
Imprensa Nacional, Rio de Janeiro. Hamburger, M., Potterat, O., 2013. Two new flavonol glycosides and a metabo-
Cos, P., Hermans, N., Bruyne, T., Apers, S., Sindambiwe, J.B., Witvrouw, M., Clercq, lite profile of Bryophyllum pinnatum, a phytotherapeutic use in obstetrics and
E., Berghe, D.V., Pieters, L., Vlietinck, A.J., 2002. Antiviral activity of Rwandan gynaecology. Planta Med. 79, 1565–1571.
medicinal plants against human immunodeficiency virus typo-1 (HIV-1). Phy- Fürer, K., Eberli, D., Betschart, C., Brenneisen, R., De Mieri, M., Hamburger, M.,
tomedicine 9, 62–68. Mennet-von Eiff, M., Potterat, O., Schnelle, M., Simões-Wüst, A.P., von Mandach,
Costa, S.S., Jossang, A., Bodo, B., 1994. Patuletin acetylrhamnosides from Kalanchoe U., 2015. Inhibition of porcine detrusor contractility by the flavonoid fraction of
brasiliensis as inhibitors of human lymphocyte proliferative activity. J. Nat. Prod. Bryophyllum pinnatum – a potential phytotherapeutic drug for the treatment of
57, 1503–1510. the overactive bladder syndrome. Phytomedicine 22, 158–164.
556 J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558
Gaind, K.N., Gupta, R.L., 1972. Alkanes, aklanols, triterpenes and sterols of Kalanchoe activities of selected Thai medicinal plants. BMC Complement. Altern. Med.,
pinnata. Phytochemistry 11, 1500–1502. http://dx.doi.org/10.1186/1472-6882-12-217.
Gaind, K.N., Singla, K.A., Wallace, J.W., 1981. Flavonoid glycosides of Kalanchoe Kamboj, A., Saluja, A.K., 2009. Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz.: phytochemical
spathulata. Phytochemistry 20, 530–531. and pharmacological profile: a review. Pharmacog. Rev. 3, 364–374.
Garcia, D., Domingues, M.V., Rodrigues, E., 2010. Ethnopharmacological survey Kamboj, A., Saluja, A.K., 2017. Development of validated HPTLC method for quan-
among migrants living in the Southeast Atlantic Forest of Diadema, São Paulo, tification of stigmasterol from leaf and stem of Bryophyllum pinnatum. Arab. J.
Brazil. J. Ethnobiol. Ethnomed. 6, 1–19. Chem. 10 (Suppl. 2), S2644–S2650.
Gbolade, A., 2012. Ethnobotanical study of plants used in treating hypertension in Kamgang, R., Mboumi, R.Y., Fondjo, A.F., Tagne, M.A.F., N’dillé, G.P.R.M., Yonkeu, J.N.,
Edo State of Nigeria. J. Ethnopharmacol. 144, 1–10. 2008. Antihyperglycaemic potential of the water–ethanol extract of Kalanchoe
Gehrig, H., GauBmann, O., Marx, H., Schwarzott, D., Kluge, M., 2001. Molecu- crenata (Crassulaceae). J. Nat. Med. 62, 34–40.
lar phylogeny of the genus Kalanchoe (Crassulaceae) inferred from nucleotide Khan, M., Patil, P.A., Shobha, J.C., 2004. Influence of Bryophyllum pinnatum (Lam.)
sequences of the ITS-1 and ITS-2 regions. Plant Sci. 160, 827–835. leaf extract on wound healing in albino rats. J. Nat. Remedies 4, 41–46.
Ghasi, S., Egwuibe, C., Achukwu, P.U., Onyeanusi, J.C., 2011. Assessment of the med- Kosalge, S.B., Fursule, R.A., 2009. Investigation of ethnomedicinal claims of some
ical benefit in the folkloric use of Bryophyllum pinnatum leaf among the Igbos of plants used by tribals of Satpuda Hills in India. J. Ethnopharmacol. 121, 456–461.
Nigeria for the treatment of hypertension. Afr. J. Pharm. Pharmacol. 5, 83–92. Lans, C.A., 2006. Ethnomedicines used in Trinidad and Tobago for urinary problems
Giovannini, P., Heinrich, M., 2009. Xki yoma’ (our medicine) and xki tienda (patent and diabetes mellitus. J. Ethnobiol. Ethnomed. 2, 1–11.
medicine) – interface between traditional and modern medicine among the Lebedeva, A.A., Zakharchenko, N.S., Trubnikova, V., Medvedeva, O.A., Kuznetsova,
Mazatecs of Oaxaca, Mexico. J. Ethnopharmacol. 121, 383–399. T.V., Masgutova, G.A., Zylkova, M.V., Buryanov, Y.I., Belous, A.S., 2017. Bacteri-
Gomes, D.C.O., Muzitano, M.F., Costa, S.S., Rossi-Bergmann, B., 2009. Effectiveness cide immunomodulating, and wound healing properties of transgenic Kalanchoe
of the immunomodulatory extract of Kalanchoe pinnata against murine visceral pinnata synergize with antimicrobial peptide cecropin P1 in vivo. J. Immunol.
leishmaniasis. Parasitology 137, 613–618. Res., http://dx.doi.org/10.1155/2017/4645701.
Gonçalves, A.R., Wiest, J.M., Roehe, P.M., Carvalho, H.H., 2009. Citotoxicidade de plan- Leitão, F., Fonseca-Kruel, V.S., Silva, I.M., Reinert, F., 2009. Urban ethnobotany in
tas com indicative etnográfico para a desinfecção de água. Rev. Bras. Plantas Med. Petrópolis and Nova Friburgo (Rio de Janeiro, Brazil). Rev. Bras. Farmacogn. 19,
11, 305–309. 333–342.
Gupta, R., Lohani, M., Arora, S., Rehni, A.K., Chauhan, R., 2009. Anti-inflammatory Lisboa, M.S., Ferreira, S.M., Silva, M.S., 2006. Uso de plantas medicinais para tar-
activity of extracts and isolated alkaloidal fraction from leaves of Bryophyllum tar úlceras e gastritis pela comunidade do povoado Vila Capim, Município de
pinnatum. Pharmacologyonline 2, 873–886. Arapiraca-Al, Nordeste do Brasil. Setientibus Sér. Ciênc. Biol. (Etnobiol.) 6, 13–20.
Gupta, S., Adak, S., Rajak, R.C., Banerjee, R., 2015. In-vitro efficacy of Bryophyllum Liu, K.C.S., Shi-Lin, Y., Roberts, M.F., Phillipson, J.D., 1989. Flavonols glycosides with
pinnatum leaf extracts as potent therapeutics. Prep. Biochem. Biotechnol. 46, acetyl substitution from Kalanchoe gracilis. Phytochemistry 28, 2813–2818.
489–494. Long, C., Li, R., 2004. Ethnobotanical studies on medicinal plants used by the Red-
Gutiérrez, J.M., Warrell, D.A., Williams, D.J., Jensen, S., Brown, N., Calvete, J.J., Haris- headed Yao People in Jinping, Yunnan Province, China. J. Ethnopharmacol. 90,
son, R.A., 2013. The need for full integration of snakebite envenoming within a 389–395.
global strategy to combat the neglected tropical diseases: the way forward. PLoS Longuefosse, J., Nossin, E., 1996. Medical ethnobotany survey in Martinique. J.
Negl. Trop. Dis. 7, e2162. Ethnopharmacol. 53, 117–142.
Gwehenberger, B., Rist, L., Huch, R., von Mandach, U., 2004. Effect of Bryophyllum pin- Lorenzi, H., Matos, F.J.A., 2000. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Insti-
natum versus fenoterol on uterine contractility. Eur. J. Obstet. Gynecol. Reprod. tuto Plantarum, Nova Odessa.
Biol. 113, 164–171. Machado, M.C.F.P., Melo-Júnior, M.R., 2009. Avaliação do efeito antitumoral da
Hara, K., Someya, T., Sano, K., Sagane, Y., Watanabe, T., Wijesekara, R.G.S., 2018. Kalanchoe brasiliensis sobre o sarcoma 180 em camundongos. Rev. Eletr. Farm.
Antioxidant activities of traditional plants in Sri Lanka by DPPH free radical- 6, 1–6.
scavenging assay. Data Brief 17, 870–875. Mahata, S., Maru, S., Shukla, S., Pandey, A., Mugesh, G., Das, B.C., Bharti, A.C.,
Harlalka, G.V., Patil, C.R., Patil, M.R., 2007. Protective effect of Kalanchoe pinnata Pers 2012. Anticancer property of Bryophyllum pinnata (Lam.) Oken. Leaf on
(Crassulaceae) on gentamicin-induced nephrotoxicity in rats. Indian J. Pharma- human cervical cancer cells. BMC Complement. Altern. Med., http://dx.doi.org/
col. 39, 201–205. 10.1186/1472-6882-12-15.
Herrera, A., 2008. Crassulacean acid metabolism and fitness under water deficit Mahmood, A., Mahmood, A., Malik, R.N., Shinwari, Z.K., 2013. Indigenous knowledge
stress: if not for carbon gain, what is facultative CAM good for? Ann. Bot 103, of medicinal plants from Gujranwala district, Pakistan. J. Ethnopharmacol. 148,
645–653. 714–723.
Hossan, M.S., Hanif, A., Khan, M., Bari, S., Jahan, R., Rahmatullah, M., 2009. Ethnob- Majaz, Q., Khurshid, M., Nazim, S., Rahil, K., Siraj, S., 2011. Evaluation of antioxidant
otanical survey of the Tripura tribe of Bangladesh. Am. Eurasian J. Sustain. Agric. activity of Kalanchoe pinnata roots. Int. J. Res. Ayurveda Pharm. 2, 1772–1775.
3, 253–261. Mabeku, L.B.K., Bille, B.E., Tchouangueu, T.F., Nguepi, E., Leundji, H., 2017. Treatment
Hubert, D.J., Céline N., Michel, N., Gogulamudi, V.R., Florence, N.T., Johnson, B.N., of Helicobacter pylori infected mice with Bryophyllum pinnatum, a medicinal
Bonaventure, N.T., Singh, I.P., Sehgal, R., 2013. In vitro leishmanicidal activity of plant with antioxidant and antimicrobial properties, reduces bacterial load.
some Cameroonian medicinal plants. Exp. Parasitol. 134, 304–308. Pharm. Biol. 55, 603–610.
Hyakutake, S., Grotta, A.S., 1972. Contribuição para o estudo morfológico e Maksyutina, N.P., Zub, M.R., 1969. A flavonoid bioside from the cell sap of Kalanchoe
anatômico de Kalanchoe brasiliensis Cambressèdes – Crassulaceae. Rev. Farm. pinnata. Khim. Prir. Soednin. 5, 597.
Bioquim. Univ. São Paulo 10, 217–237. Mans, D.R.A., Toelsie, J.R., Oedairadjsingh, K., Magali, I., Soekhoe, R., Bipat, R., 2015.
Ibrahim, T., Cunha, J.M.T., Madi, K., Fonseca, L.M.B., Costa, S.S., Koatz, V.L.G., 2002. Evaluation of Surinamese medicinal plants for their potential bronchospas-
Immunomodulatory and anti-inflammatory effects of Kalanchoe brasiliensis. Int. molytic effects in isolated guinea pig tracheal chains. Red. J. Med. Plant 9,
Immunopharmacol. 2, 875–883. 14–23.
Inta, A., Shengji, P., Balslev, H., Wangpakapattanawong, P., Trosonthi, C., 2008. A com- Mathew, P.J., Unnithan, C.M., 1992. Search for Plants Having Anti-Cancer Properties
parative study on medicinal plants used in Akha’s traditional medicine in China Used by the Tribals of Wayanad, Malappuram and Palakkad Districts of Kerala,
and Thailand, cultural coherence or ecological divergence? J. Ethnopharmacol. India. Aryavaidyan 6, 61–67.
116, 508–517. Matthew, S., Singh, D., Jaiswal, S., Kumar, M., Jayakar, B., Bhowmik, D., 2013a. Antidi-
Islam, M.K., Saha, S., Mahmud, I., Mohamad, K., Awang, K., Uddin, S.J., Rahman, M.M., abetic activity of Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers inalloxan induced diabetic rats.
Shilpi, J.A., 2014. An ethnobotanical study of medicinal plants used by tribal J. Chem. Pharm. Sci. 6, 1–7.
and native people of Madhupur forest area, Bangladesh. J. Ethnopharmacol. 151, Matthew, S., Jain, A.K., Matthew, C., Kumar, M., Bhowmik, D., 2013b. Antidepressant
921–930. activity of ethanolic extract of plant Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers in mice. Indian
Jain, V.C., Patel, N.M., Shah, D.P., Patel, P.K., Joshi, B.H., 2010. Antioxidant and antimi- J. Res. Pharm. Biotechnol. 1, 153–155.
crobial activities of Bryophyllum calycinum Salisb leaf. Pharmacologyonline 1, Medeiros, M.F.T., Fonseca, V.S., Andreata, R.H.P., 2004. Plantas medicinais e seus usos
393–405. pelos sitiantes da Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, RJ, Brasil. Acta Bot. Bras.
Jessica, L.K., 2008. Investigation of Kalanchoe homeobox 1 (Kh1) gene in Apical 18, 391–399.
Meristems of Kalanchoe pinnatum. In: Undergraduate Honors Theses. Butler Mello, J.F., 1980. Plants in traditional medicine in Brazil. J. Ethnopharmacol. 2, 49–55.
University, Indiana USA. Menon, N., Sparks, J., Omoruyi, F., 2015. Hypoglycemic and hypocholes-
Joseph, B., Sridhar, S., Sankarganesh, J., Edwin, B.T., 2011. Rare medicinal plant – terolemic activities of the aqueous preparation of Kalanchoe pinnata leaves in
Kalanchoe pinnata. Res. J. Microbiol. 6, 322–327. streptozotocin-induced diabetic rats. Asian Pac. J. Trop. Biomed. 5, 3–9.
Joshi, A., Chauhan, R.S., 2013. Phytochemical analysis and cytotoxicity studies of Menon, N., Sparks, J., Omoruyi, F.O., 2016. Oxidative stress parameters and erythro-
Bryophyllum calycinum in BHK-21 cells A. Sch. Acad. J. Pharm. 2, 190–194. cyte membrane adenosine triphosphatase activities in streptozotocin-induced
Kadir, M.F., Sayeed, M.S.B., Mia, M.M.K., 2013. Ethnopharmacological survey of diabetic rats administered aqueous preparation of Kalanchoe pinnata leaves.
medicinal plants used by traditional healers in Bangladesh for gastrointestinal Pharmacogn. Res. 8, 85–88.
disorders. J. Ethnopharmacol. 147, 148–156. Mootoosamy, A., Mahomoodally, M.F., 2014. Ethnomedicinal application of native
Kadir, M.F., Sayeed, M.S.B., Setu, N.I., Mostafa, A., Mia, M.M.K., 2014. Ethnophar- remedies used against diabetes and related complications in Mauritius. J.
macological survey of medicinal plants used by traditional health practitioners Ethnopharmacol. 151, 413–444.
in Tanchi, Bandarban Hill Tracts, Bangladesh. J. Ethnopharmacol. 155, Morais, S.M., Dantas, J.D.P., Silva, A.R.A., Magalhães, E.F., 2005. Plantas medicinais
495–508. usadas pelos índios Tapebas do Ceará. Rev. Bras. Farmacogn. 15, 169–177.
Kaewpiboon, C., Lirdprapamongkol, K., Srisomsap, C., Winayanuwattikun, P., Yong- Mora-Pérez, A., Hernández-Medel, M.R., 2016. Actividad anticonculsivante del
vanich, T., Puwaprisirisan, P., Svasti, J., Assavalapsakul, W., 2012. Studies extract metanólico de tallo y raíz de Kalanchoe pinnata Lam. en ratones: com-
of the in vitro cytotoxic, antioxidant, lipase inhibitory and antimicrobial paración con diazepam. Neurologia 31, 161–168.
J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558 557
Moreira, N.S., Nascimento, L.B.S., Leal-Costa, V., Tavares, E.S., 2012. Comparative Okwu, D.E., Nnamdi, F.U., 2011b. Two novel flavonoids from Bryophyllum pinnatum
anatomy of leaves of Kalanchoe pinnata and K. crenata in sun and shade con- and their antimicrobial activity. J. Chem. Pharm. Res. 3, 1–10.
ditions, as a support for their identification. Rev. Bras. Farmacogn. 22, 929–936. Ong, H.C., Nordiana, M., 1999. Malay ethno-medico botany in Machang, Kelantan,
Moreira, R.C.T., Costa, L.C.B., Costa, R.C.S., Rocha, E.A., 2002. Abordagem etnobotânica Malaysia. Fitoterapia 70, 502–513.
acerca do uso de plantas medicinais na Vila Cachoeira, Ilhéus, Bahia, Brasil. Acta Osmond, C.B., 1978. Crassulacean acid metabolism: a curiosity in context. Ann. Rev.
Farm. Bonaer. 21, 205–211. Plant Physiol. 29, 379–414.
Morshed, A., Hossain, M.H., Shakil, S., Nahar, K., Rahman, S., Ferdausi, D., Hossain, Oufir, M., Seiler, C., Gerodetti, M., Gerber, J., Fürer, K., Eiff, M.M., Elsas, S., Bren-
T., Ahmad, I., Chowdhury, M.H., Rahmatullah, M., 2010. Evaluation of antinoci- neisen, R., von Mandach, U., Hamburger, M., Potterat, O., 2015. Quantification of
ceptive activity of two Bangladeshi medicinal plants, Kalanchoe pinnata (Lam.) bufadienolides in Bryophyllum pinnatum leaves and manufactured products by
Pers. and Lagerstroemia speciosa (L.) Pers. Adv. Nat. Appl. Sci. 4, 193–197. UHPLC–ESIMS/MS. Planta Med. 81, 1190–1197.
Moura, V.M., Sousa, L.A.F., Santos, M.C., Raposo, J.D.A., Lima, A.E., Oliveira, R.B., Silva, Ozolua, R.I., Eboka, C.J., Duru, C.N., Uwaya, D.O., 2010a. Effects of aqueous leaf extract
M.N., Mourão, R.H.V., 2015. Plants used to treat snakebites in Santarém, west- of Bryophyllum pinnatum on guinea pig tracheal ring contractility. Niger. J. Phys-
ern Pará, Brazil: an assessment of their effectiveness in inhibiting hemorrhagic iol. Sci. 25, 149–157.
activity induced by Bothrops jararaca venom. J. Ethnopharmacol. 161, 224–232. Ozolua, R.I., Idogun, S.R., Tafamel, G.E., 2010b. Acute and sub-acute toxicological
Mourão, R.H.V., Santos, F.O., Franzotti, E.M., Moreno, M.P.N., Antoniolli, A.R., 1999. assessment of aqueous leaf extract of Bryophyllum pinnatum (Lam.) in Sprague-
Antiinflammatory activity and acute toxicity (LD50 ) of the juice of Kalanchoe Dawley rats. Am. J. Pharmacol. Toxicol. 5, 145–151.
brasiliensis (Comb.) leaves picked before and during blooming. Phytother. Res. Paiva, C.L., Batitucci, M.C.P., 2008. Avaliação do potencial efeito mutagênico do
13, 352–354. extrato bruto hidroalcoólico de Kalanchoe brasiliensis utilizando o teste do
Muñoz, V., Sauvain, M., Bourdy, G., Callapa, J., Rojas, I., Vargas, L., Tae, A., Deharo, micronúcleo em medula óssea de roedores. In: 54◦ Congresso Brasileiro de
E., 2000. The search for natural bioactive compounds through a multidisci- Genética, Salvador, Brasil.
plinary approach in Bolivia. Part II. Antimalarial activity of some plants used Paiva, L.S., Hayashi, E.A., Melo, G.O., Costa, S.S., Koatz, V.L.G., Nobrega, A., 2008. Inhi-
by Mosetene Indians. J. Ethnopharmacol. 69, 139–155. bition of B cell development by kalanchosine dimalate. Int. Immunopharmacol.
Muzitano, M.F., (Ph.D. thesis) 2006. Flavonóides de Kalanchoe pinnata (Cras- 8, 828–835.
sulaceae): avanços na pesquisa da utilização desta espécie medicinal no Pal, S., Chaudhuri, A.K.N., 1991. Studies on the anti-ulcer activity of a Bryophyl-
tratamento da Leishmaniose cutânea. Universidade Federal do Rio de Janeiro, lum pinnatum leaf extract in experimental animals. J. Ethnopharmacol. 33,
Rio de janeiro, pp. 199. 97–102.
Muzitano, M.F., Cruz, E.A., Almeida, A.P., Silva, S.A.G., Kaiser, C.R., Guette, C., Panyaphu, K., On, T.V., Sirisa-ard, P., Srisa-nga, P., Chansakaow, S., Nathakarnkitkul,
Rossi-Bergmann, B., Costa, S.S., 2006a. Quercitrin: an antileishmanial flavonoid S., 2011. Medicinal plants of the Mien (Yao) in Northern Thailand and their
glycoside from Kalanchoe pinnata. Planta Med. 72, 81–83. potential value in the primary healthcare of postpartum women. J. Ethnophar-
Muzitano, M.F., Tinoco, L.W., Guette, C., Kaiser, C.R., Rossi-Bergmann, B., Costa, macol. 135, 226–237.
S.S., 2006b. The antileishmanial activity assessment of unusual flavonoids from Pereira, R.C., Oliveira, M.T.R., Lemos, G.C.S., 2005. Plantas utilizadas como medicinais
Kalanchoe pinnata. Phytochemistry 67, 2071–2077. no município de Campos de Goytacazes – RJ. Rev. Bras. Farmacogn. 14, 37–40.
Muzitano, M.F., Falcão, C.A.B., Cruz, E.A., Bergonzi, M.C., Bilia, A.R., Vincieri, F.F., Perry, L.M., Metzger, J., 1980. Medicinal plants of East Asia attributed properties and
Rossi-Bergmann, B., Costa, S.S., 2009. Oral metabolism and efficacy of Kalan- uses. MIT Press, Cambridge, pp. 109–110.
choe pinnata flavonoids in a murine model of cutaneous leishmaniasis. Planta Phatak, R.S., Hendre, A.S., 2015a. Free radical scavenging activities of different frac-
Med. 75, 307–311. tions of Kalanchoe pinnata. Int. J. Pharm. Tech. Res. 8, 854–863.
Nascimento, L.B.S., Leal-Costa, M.V., Coutinho, M.A.S., Moreira, N.S., Lage, C.L.S., Barbi, Phatak, R.S., Hendre, A.S., 2015b. In vitro antiurolithiatic activity of Kalanchoe pinnata
N.S., Costa, S.S., Tavares, E.S., 2015. Increased antioxidant activity and changes extract. Int. J. Pharmacogn. Phytochem. Res. 7, 275–279.
in phenolic profile of Kalanchoe pinnata (Lamarck) Persoon (Crassulaceae) spec- Picking, D., Delgoda, R., Younger, N., Germosén-Robineau, L., Boulogne, I., Mitchell,
imens grown under supplemental blue light. J. Photochem. Photobiol. B 89, S., 2015. Tramil ethnomedicinal survey in Jamaica. J. Ethnopharmacol. 169,
391–399. 314–327.
Nascimento, L.B.S., Aguiar, P.F., Leal-Costa, M.V., Coutinho, M.A., Borsodi, M.P.G., Prabu, M., Kumuthakalavalli, R., 2012. Folk remedies of medicinal plants for snake
Rossi-Bergmann, B., Tavares, E.S., Costa, S.S., 2018. Optimization of aqueous bites, scorpion stings and dog bites in Eastern Ghats of Kolli Hills, Tamil Nadu,
extraction from Kalanchoe pinnata leaves to obtain the highest content of an India. Int. J. Res. Ayurveda Pharm. 3, 696–700.
anti-inflammatory flavonoid using a response surface model. Phytochem. Anal. Rahmatullah, M., Rahman, A., Hossan, S., Taufiq-Ur-Rahman, M., Jahan, R., Mollik,
28, 308–315. A.H., 2010. A pharmacological and phytochemical evaluation of medicinal plants
Nassis, C.Z., Bagarollo, C.A., Monteiro, N.C., Ozores, D.P., Yamashiro, K., Freitas, A.L.P., used by the Harbang Clan of the Tripura tribal community of Mirsharai area,
1995. Efeitos do suco extraído de folhas de Bryiphylllum calycinum Salisb (Cras- Chittagong district, Bangladesh. J. Altern. Complem. Med. 16, 769–785.
sulaceae) sobre o aprendizado da esquiva ativa, em ratos. Arq. Med. ABC 1, Rodrigues, E., Tabach, R., Galduróz, J.C.F., Negri, G., 2008. Plants with possi-
7–9. ble anxiolytic and/or hypnotic effects indicated by three Brazilian cultures
Nassis, C.Z., Salaroli, G.R., Rosa, R.C.I., Marques, F.F., Fattrah, S.A., 1996. Efeito do – Indians Afro-Brazilians and River-Dwellers. Stud. Nat. Prod. Chem. 35,
suco extraído das folhas de Bryophyllum calycinum Salisb (Crassulaceae) sobre a 549–595.
liberação de gonadotrofinas. Arq. Med. ABC 1, 6–10. Ruysschaert, S., van Andel, T., Putte, K.V., Damme, P.V., 2009. Bathe the baby to make
Nayak, B.S., Marshall, J.R., Isitor, G., 2010. Wound healing potential of ethanolic it strong and healthy: plant use and child care among Saramaccan Maroons in
extract of Kalanchoe pinnata Lam. leaf – a preliminary study. Indian J. Exp. Biol. Suriname. J. Ethnopharmacol. 121, 148–170.
48, 572–576. Saikia, A.P., Ryakala, V.K., Sharma, P., Goswami, P., Bora, U., 2006. Ethnobotany of
Ngezahayo, J., Havyarimana, F., Hari, L., Stévigny, C., Duez, P., 2015. Medicinal plants medicinal plants used by Assamese people for various skin ailments and cos-
used by Burundian traditional healers for the treatment of microbial diseases. J. metics. J. Ethnopharmacol. 106, 149–157.
Ethnopharmacol. 173, 338–351. Salami, E.O., Ozolua, R.I., Okpo, S.O., Eze, G.I., Uwaya, D.O., 2013. Studies on the
Nguelefack, T.B., Nana, P., Atsamo, A.D., Dimo, T., Watcho, P., Dongmo, A.B., Tapond- anti-asthmatic and antitussive properties of aqueous leaf extract of Bryophyllum
jou, L.A., Njamen, D., Wansi, S.L., Kamanyi, A., 2006. Analgesic and anticonvulsant pinnatum in rodent species. Asian Pac. J. Trop. Med. 6, 421–425.
effects of extracts from the leaves of Kalanchoe crenata (Andrews) Haworth Sandberg, F., Cronlund, A., 1982. An ethnopharmacological inventory of medicinal
(Crassulaceae). J. Ethnopharmacol. 106, 70–75. and toxic plants from Equatorial Africa. J. Ethnopharmacol. 5, 187–204.
Nguelefack, T.B., Dimo, T., Dongmo, A.B., Sontia, B., Fotio, A.L., Watcho, P., Kamanyi, Sanz-Biset, J., Campos-de-la-Cruz, J., Epiquién-Rivera, M.A., Cañigueral, S., 2009. A
A., Vierling, W., 2008. Cardiovascular effects of the n-butanol extract from Kalan- first survey on the medicinal plants of the Chazuta valley (Peruvian Amazon). J.
choe crenata leaves. Pharm. Biol. 46, 1–8. Ethnopharmacol. 122, 333–362.
Nunkoo, D.H., Mahomoodally, M.F., 2012. Ethnopharmacological survey of native Sarkhel, S., 2014. Ethnobotanical survey of folklore plants used in treatment of
remedies commonly used against infectious diseases in the tropical island of snakebite in Paschim Medinipur district, West Bengal. Asian Pac. J. Trop. Biomed.
Mauritius. J. Ethnopharmacol. 143, 548–564. 4, 416–420.
Nwadinigwe, A.O., 2011. Antimicrobial activities of methanol and aqueous extracts Schiavo, P.A., (M.Sc. thesis) 2005. Atividade antiviral de Kalanchoe brasiliensis
of the stem of Bryophyllum pinnatum Kurz (Crassulaceae). Afr. J. Biotechnol. 10, (“saião”) frente a herpesvírus tipo I in vitro. Universidade Federal do Rio de
16342–16346. Janeiro, Rio de Janeiro, pp. 111.
Obaseiki-Ebor, E.E., Odukoya, K., Telikepalli, H., Mitscher, L.A., Shankel, D.M., 1993. Schuler, V., Suter, K., Fürer, K., Eberli, D., Horst, M., Betschart, C., Brenneisen, R.,
Antimutagenic activity of extracts of leaves of four common edible vegetable Hamburger, M., Mennet, M., Schnelle, M., Simões-Wüst, A.P., von Mandach, U.,
plants in Nigeria (West Africa). Mutat. Res. 302, 109–117. 2012. Bryophyllum pinnatum inhibits detrusor contractility in porcine bladder
Ogbonnia, S.O., Odimegwu, J.I., Enwuru, V.N., 2008. Evaluation of hypoglycaemic strips – a pharmacological study towards a new treatment option of overactive
and hypolipidaemic effects of aqueous ethanolic extracts of Treculia africana bladder. Phytomedicine 19, 947–951.
Decne and Bryophyllum pinnatum Lam. and their mixture on streptozotocin Sebastian, M.K., Bhandari, M.M., 1984. Medico-ethno botany of Mount Abu,
(STZ)-induced diabetic rats. Afr. J. Biotechnol. 7, 2535–2539. Rajasthan, India. J. Ethnopharmacol. 12, 223–230.
Ojewole, J.A.O., 2005. Antinociceptive, anti-inflammatory and antidiabetic effects of Sharif, A., Akhtarl, M.F., Akhtar, B., Saleem, A., Manan, M., Shabbirl, M., Ashaf, M.,
Bryophyllum pinnatum (Crassulaceae) leaf aqueous extract. J. Ethnopharmacol. Peerzada, S., Ahmed, S., Raza, M., 2017. Genotoxic and cytotoxic potential of
99, 13–19. whole plant extracts of Kalanchoe laciniata by Ames and MTT assay. EXCLI J. 16,
Okwu, D.E., Jsiah, C., 2006. Evaluation of the chemical composition of two Nigerian 593–601.
medicinal plants. Afr. J. Biotechnol. 5, 357–361. Sharker, S.M., Hossain, M.K., Haque, M.R., Chowdhury, A.A., Kaisar, M.A., Hasan, C.M.,
Okwu, D.E., Nnamdi, F.U., 2011a. A novel antimicrobial phenanthrene alkaloid from Rashid, M.A., 2012. Chemical and biological studies of Kalanchoe pinnata (Lam.)
Bryophyllum pinnatum. E-J. Chem. 8, 1456–1461. growing in Bangladesh. Asian Pac. J. Trop. Biomed., S1317–S1322.
558 J.M. Fernandes et al. / Revista Brasileira de Farmacognosia 29 (2019) 529–558
Sharma, A., Bhot, M., Chandra, N., 2014. In vitro antibacterial and antioxidant Tarak, D., Namsa, N.D., Tangjang, S., Arya, S.C., Rajbonshi, B., Samal, P.K., Mandal,
activity of Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz. Int. J. Pharm. Pharm. Sci. 6, M., 2011. An inventory of the ethnobotanicals used as anti-diabetic by a rural
558–560. community of Dhemaji district of Assam, Northeast India. J. Ethnopharmacol.
Sharma, A.L., Bhot, M.A., Chandra, N., 2014a. Gastroprotective effect of aqueous 138, 345–350.
extract and mucilage from Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz. Anc. Scice Life Tariq, A., Mussarat, S., Adnan, M., 2015. Review on ethnomedicinal, phytochemical
33, 252–258. and pharmacological evidence of Himalayan anticancer plants. J. Ethnopharma-
Siddiqui, S., Faizi, S., Siddiqui, B.S., Sultana, N., 1989. Triterpenoids and phenan- col. 164, 96–119.
threnes from leaves of Bryophyllum pinnatum. Phytochemistry 28, 2433–2438. Tatsimo, S.J.N., Tamokou, J.D., Havyarimana, L., Csupor, D., Forgo, P., Hohmann, J.,
Sikdar, M., Dutta, U., 2008. Traditional phytotherapy among the Nath people of Kuiate, J., Tane, P., 2012. Antimicrobial and antioxidant activity of kaempferol
Assam. Ethno-Medicine 2, 39–45. rhamnoside derivatives from Bryophyllum pinnatum. BMC Res. Notes 5, 1–6.
Silva, S.A.G., Costa, S.S., Mendonça, S.C.F., Silva, E.M., Moraes, V.L.G., Rossi-Bergmann, The Plant List, 2010. Version 1. Published on the Internet http://www.theplantlist.
B., 1995. Therapeutic effect of oral Kalanchoe pinnata leaf extract in murine org/ (accessed February 2019).
leishmaniasis. Acta Trop. 60, 201–210. Torres-Santos, E.C., Silva, A.G., Costa, S.S., Santos, A.P.P.T., Almeida, A.P., Rossi-
Silva, M.G., Diniz, M.F.F.M., Oliveira, R.A.G., 2002. Fitoterápicos: Guia do Profissional Bergmann, B., 2003. Phytother. Res 17, 801–803.
de Saúde. Ed. Universitária, João Pessoa. Trevisan, M.T.S., Bezerra, M.Z.B., Santiago, G.M.P., Feitosa, C.M., 2006. Atividades
Silva, M.S., Antoniolli, A.R., Batista, J.S., Mota, C.N., 2006. Plantas medicinais usadas larvicida e anticolinesterásica de plantas do gênero Kalanchoe. Quim. Nova 29,
nos distúrbios do trato gastrintestinal no povoado Colônia Treze, Lagarto, SE, 415–418.
Brasil, 20. Acta Bot. Bras., pp. 815–829. Tropicos, 2019. http://tropicos.org/Name/8900471 and http://tropicos.org/Name/
Silva, J.G., (M.Sc. thesis), 2007. Avaliação do potencial farmacológico de Kalan- 8900302 (accessed February 2019).
choe brasiliensis Cambess. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Ufelle, S.A., Ukaejiofo, E.O., Neboh, E.E., Achukwu, P.U., Nwagha, U.I., Ghasi, S., 2011.
pp. 88. The effect of crude methanolic leaf extract of Bryophyllum pinnatum on some
Silva, J.G., Pereira, M.S.V., Gurgel, A.P.D., Siqueira-Júnior, J.P., Souza, I.A., 2009. Ativi- haematological parameters in Wistar rats. Res. J. Pharmacol. 5, 14–17.
dade inibitória das folhas e caule de Kalanchoe brasiliensis Cambess frente a Umbuzeiro-Valent, G., Roubicek, D.A., Haebisch, E.M.A.B., 1999. Mutagenic and
microrganismos com diferentes perfis de resistência a antibióticos. Rev. Bras. antimutagenic evaluation of the juice of the leaves of Bryophyllum calycinum
Farmacogn. 19, 790–794. (Kalanchoe pinnata), a plant with antihistamine activity. Environ. Mol. Mutagen.
Simões-Wüst, A.P., Grãos, M., Duarte, C.B., Brenneisen, R., Hamburger, M., Mennet, 33, 325–327.
M., Ramos, M.H., Schnelle, M., Wächter, R., Worel, A.M., von Mandach, U., 2010. Wächter, R., Brenneisen, R., Hamburger, M., Mennet, M., Schnelle, M., Worel, A.M.,
Juice of Bryophyllum pinnatum (Lam.) inhibits oxytocin-induced increase of the Simões-Wüst, A.P., von Mandach, U., 2011. Leaf press juice from Bryophyllum
intracellular calcium concentration in human myometrial cells. Phytomedicine pinnatum (Lamarck) Oken induces myometrial relaxation. Phytomedicine 19,
17, 980–986. 74–82.
Singh, N., Kaushik, N.K., Mohanakrishnan, D., Tiwari, S.K., Sahal, D., 2015. Antiplas- Wet, H., Nzama, V.N., van Vuuren, S.F., 2012. Medicinal plants used for the treat-
modial activity of medicinal plants from Chhoranagpur plateau, Jharkhand, ment of sexually transmitted infections by lay people in northern Maputaland,
India. J. Ethnopharmacol. 165, 152–162. KwaZulu – Natal Province, South Africa. South Afr. J. Bot. 78, 12–20.
Sowemimo, A.A., Fakoya, F.A., Awopetu, I., Omobuwajo, O.R., Adesanya, S.A., 2007. Xavier, T.F., Kannan, M., Auxilia, A., 2015. Observation on the traditional phytother-
Toxicity and mutagenic activity of some selected Nigerian plants. J. Ethnophar- apy among the Malayali tribes in Eastern Ghats of Tamil Nadu, South India. J.
macol. 113, 427–432. Ethnopharmacol. 165, 198–214.
Sreekeesoon, D.P., Mahomoodally, M.F., 2014. Ethnopharmacological analysis of Xiuzhen, Y., Kuohsiung, L., Takashi, Y., 1992. Isolation and identification of cytotoxic
medicinal plants and animals used in the treatment and management of pain in components from Bryophyllum pinnatum. Chin. J. Cancer Res. 4, 1–3.
Mauritius. J. Ethnopharmacol. 157, 181–200. Yadav, N.P., Dixit, V.K., 2003. Hepatoprotective activity of leaves of Kalanchoe pinnata
Srithi, K., Trisonthi, C., Wangpakapattanawong, P., Balslev, H., 2012. Medicinal plants Pers. J. Ethnopharmacol. 86, 197–202.
used in Hmong women’s healthcare in northern Thailand. J. Ethnopharmacol. Yadav, M., Gulkari, V., Wanjari, M.M., 2016. Bryophyllum pinnatum leaf extracts
139, 119–135. prevent formation of renal calculi in lithiatic rats. Anc. Sci. Life 36, 90–97.
Stobart, A.K., McLaren, I., Thomas, D.R., 1967. Chlorophylls and carotenoids of colour- Yasir, F., Waqar, M.A., 2011. Effect of indigenous plant extracts on calcium oxalate
less callus, green callus and leaves of Kalanchoe crenata. Phytochemistry 6, crystallization having a role in urolithiasis. Urol. Res. 39, 345–350.
1467–1474. Yemele, M.D., Telefo, P.B., Lienou, L.L., Tagne, S.R., Fodouop, C.S.P., Goka, C.S., Lem-
Supratman, U., Fujita, T., Akiyama, K., Hayashi, H., 2000. New insecticidal bufadieno- fack, M.C., Moundipa, F.P., 2015. Ethnobotanical survey of medicinal plants used
lide, bryophyllin C, from Kalanchoe pinnata. Biosci. Biotechnol. Biochem. 64, for pregnant women’s health conditions in Menoua division-West Cameroon. J.
1310–1312. Ethnopharmacol. 160, 14–31.
Supratman, U., Fujita, T., Akiyama, K., Hayashi, H., Murakami, A., Sakai, H., Koshimizu, Yemitan, O.K., Salahdeen, H.M., 2005. Neurosedative and muscle relaxant activities
K., Ohigashi, H., 2001. Anti-tumor promoting activity of bufadienolides from of aqueous extract of Bryophyllum pinnatum. Fitoterapia 76, 187–193.
Kalanchoe pinnata and K. daigremontiana × tubiflora. Biosci. Biotechnol. Biochem. Zakharchenko, N.S., Belous, A.S., Biryukova, Y.K., Medvedeva, O.A., Belyakova,
65, 947–949. A.V., Masgutova, G.A., Trubnikova, E.V., Buryanov, Y.I., Lebedeva, A.A., 2017.
Tangjang, S., Namsa, N.D., Aran, C., Litin, A., 2011. An ethnobotanical survey of Immunomodulating and Revascularizing Activity of Kalanchoe pinnata Syner-
medicinal plants in the Eastern Himalayan zone of Arunachal Pradesh, India. gize with Fungicide Activity of Biogenic Peptide Cecropin P1. J. Immunol. Res,
J. Ethnopharmacol. 134, 18–25. 1–9, ID 3940743.
Tarafdar, R.G., Nath, S., Talukdar, A.D., Choudhury, M.D., 2015. Antidiabetic plants Zappi, D., 2015. Crassulaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico
used among the ethnic communities of Unakoti district of Tripura, India. J. do Rio de Janeiro http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB22581
Ethnopharmacol. 160, 219–226. (accessed January 2019).
58
1 INTRODUÇÃO
Bryophyllum pinnatum (Lam) Oken, nativa de Madagascar, conhecida popularmente
como saião ou coirama, é usada largamente na medicina tradicional, na forma de suco das
folhas, por sua ação anti-inflamatória (AMARAL; SIMÕES; FERREIRA, 2005). No tocante a
sua origem, é um espécie naturalizada no Brasil, no entanto não é endêmica, visto que pode ser
encontrada em diversos biomas ou regiões brasileiras, especialmente nas regiões nordeste,
sudeste e sul (GIUFFRE; GOEBEL; CADDAH, [s.d.]). O nome desse gênero é sinônimo
heterotípico de Kalanchoe (GIUFFRE; GOEBEL; CADDAH, [s.d.]), e a espécie, Bryophyllum
pinnatum é o nome aceito (THE PLANT LIST, 2013), por isso foi escolhido para ser utilizado
nesse trabalho. B. pinnatum apresenta diversas sinonímias (TROPICOS.ORG, [s.d.]), dentre as
quais a mais comumente utilizada em grande parte dos trabalhos publicados é Kalanchoe
pinnata (Lam.) Pers. (TROPICOS.ORG, [s.d.]). K. pinnata, no entanto, também é um nome
aceito segundo o site Flora do Brasil 2020. Através da revisão integrativa realizada para essa
espécie (capítulo 1), é possível contabilizar mais de uma centena de trabalhos científicos
realizados com B. pinnatum. Dentre os trabalhos químicos, é possível dizer que os flavonoides
são a classe de metabólitos secundários mais descritos e considerados de grande importância
para a espécie, sendo tratados como majoritários.
Diversos flavonoides já foram descritos para B. pinnatum, a maioria deles derivados da
quercetina e do canferol (DE ARAÚJO et al., 2018; FERNANDES et al., 2016; MUZITANO
et al., 2006a). Um deles merece especial atenção, a quercetina 3-O-α-L-arabinopiranosil-
(1→2)-O-α-L-ramnopiranosídeo, isolado pela primeira vez para a espécie por Muzitano e cols
(2006). Estudo realizado por Nascimento e cols (2018) reforçaram que esse flavonoide
incomum pode ser usado como marcador para B. pinnatum. Nesse trabalho foi realizado um
estudo de otimização da metodologia de obtenção do extrato aquoso para aumentar o teor dessa
substância e reduzir os custos do processo extrativo. Os resultados mostraram que a obtenção
de um extrato enriquecido com esse flavonoide majoritário pode ser melhorada com o aumento
da temperatura de extração para 40 ºC e redução do tempo de extração (NASCIMENTO et al.,
2018). Somado a isso, para esse componente majoritário, há relatos na literatura de sua
atividade anti-inflamatória (FERREIRA et al., 2014) e leishimanicida (MUZITANO et al.,
2006a), apresentando-se como candidato a marcador ativo para esta espécie.
Nosso grupo de pesquisa vem desenvolvendo trabalhos com B. pinnatum há cerca de 10
anos, especialmente na área de fitoquímica, por meio da análise dos extratos hidroetanólicos e
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Figura 4 – Modus operandi das técnicas de separação em contracorrente do tipo hidrostática, como a CPC.
devido às complexas misturas fitoquímicas presentes nas plantas medicinais e fitoterápicos, sua
padronização não é uma tarefa fácil (INDRAYANTO, 2018; PFERSCHY-WENZIG; BAUER,
2015; KUNLE; EGHAREVBA; AHMADU, 2012).
A padronização de extratos de fitoterápicos é realizada com base no teor de substância
marcadora presente no extrato. A RDC 26/2014, legislação que dispõe sobre fitoterápicos no
Brasil, determina a caracterização do marcador e sua posterior quantificação no
desenvolvimento de um produto fitoterápico, garantindo sua presença desde a matéria-prima
(IFAV - insumo farmacêutico ativo vegetal) até o produto acabado (fitoterápico). Nesse
contexto, marcador é definido como substância ou classe de substâncias utilizada como
referência no controle da qualidade da matéria-prima vegetal e do fitoterápico,
preferencialmente tendo correlação com o efeito terapêutico do fitocomplexo, sendo
denominado de marcador ativo, mas também como marcador analítico quando não
demonstrada, até o momento, sua relação com a atividade terapêutica do fitocomplexo
(BRASIL, 2014a, 2014b; SOARES; FERREIRA, 2016). A variação permitida de teor de
marcador no produto acabado não pode ser maior que 15%, quando se tem o marcador ativo,
ou 20%, quando se tem o marcador analítico (BRASIL, 2014b).
Os marcadores são escolhidos conforme sua indispensabilidade a eficácia dos produtos
(marcadores clínicos), na sua importância farmacológica (marcadores ativos) ou apenas na sua
finalidade analítica (marcadores analíticos). Nesse âmbito, os extratos vegetais passaram a ser
classificados de acordo com o conhecimento sobre seu conteúdo químico em: extratos
padronizados, extratos quantificados e outros extratos. No primeiro deles, extratos
padronizados são aqueles cujos marcadores são substâncias conhecidas com atividade
terapêutica comprovada (marcadores clínicos), em detrimento dos extratos quantificados nos
quais não se conhece os efeitos terapêuticos das substâncias no extrato e sua eficácia é atribuída
a um intervalo de concentração de substâncias farmacológicas relevantes. Por últimos, os outros
extratos são aqueles nos quais a eficácia está relacionada a reprodutibilidade do processo de
fabricação e os marcadores analíticos são usados no controle de processo (SOARES;
FERREIRA, 2016; EMA, 2011).
Previamente a padronização ou quantificação dos marcadores, o método analítico deve
ser validado. A validação do método é aplicada para garantir a confiabilidade, reprodutibilidade
e qualidade do método (MOEIN; EL BEQQALI; ABDEL-REHIM, 2017). Existem diferentes
tipos de validação: i. o primeiro é a validação completa e é executado para o novo método
bioanalítico desenvolvido; ii. a segunda é a validação parcial e é executada quando são feitas
modificações do método bioanalítico já validado (por exemplo: novo sistema de detecção,
apesar de crescente nos últimos anos (SIMMLER et al., 2014; PAULI; JAKI; LANKIN, 2005).
Por isso, tem se tornado valiosa para a análise de misturas complexas e quantificação sem a
necessidade de separação cromatográfica (SIMMLER et al., 2014).
É importante ressaltar que o desenvolvimento do método é a etapa que exige mais
cuidado, uma vez que a otimização dos parâmetros de aquisição e processamento vão garantir
a precisão e reprodutibilidade das análises espectrais baseada na integração dos sinais de
interesse. A intensidade da integração é proporcional ao número de núcleos que aquele sinal
representa dentro de uma molécula, informação valiosa para RMNq (PAULI; JAKI; LANKIN,
2005; SIMMLER et al., 2014). Recentemente, um método desenvolvido para quantificar
prunasina e amigdalina, glicosídeos cianogênios, mostrou que RMN é um método rápido e de
alto desempenho para quantificar esse tipo de metabólito secundário (PIMENTA et al., 2014).
Para se validar um método por RMNq, um padrão interno (PI) ou externo (PE) é
requerido. As características de um padrão interno requeridas são: alta pureza, baixo custo,
estável e quimicamente inerte, não volátil e não higroscópico e solúvel nos solventes de RMN
usados rotineiramente. Além disso, o sinal do solvente deve ter o mínimo de interferência
possível com o sinal que se deseja quantificar (PAULI; JAKI; LANKIN, 2005).
3 OBJETIVOS
4 METODOLOGIA
Essa parte do trabalho foi realizada em parceria com o Laboratoire de Pharmacognosie
(UMR CNRS 8638) da Université Paris Descartes – Paris V, sobre a supervisão do MCF-HDR
Professor Dr. Raphael Grougnet, em estágio doutoral realizado no período de um ano. Além
disso, a parte de validação de método por CLUE-DAD foi realizada no Instituto de Química da
UFRN. As análises por CLUE-EM/EM foram realizadas em parceria com a pesquisadora Dra.
Aikaterini Termentzi do Benaki Phytoptological Institute em Atenas, Grécia.
e 340 nm com a aquisição de espectros UV na faixa de 190 a 450 nm. A temperatura da coluna
foi mantida em 30 ºC.
• Preparação das amostras:
As amostras foram solubilizadas em uma mistura de metanol e água (1:1, v/v). A
concentração final do EHEL de B. pinnatum foi de 2 mg/mL e para os compostos isolados e
frações, 100 μg/mL. Após a total dissolução e previamente às análises, as amostras foram
filtradas em membranas de 0,45 μm (MillexTM, Merck®).
Insolúvel → 2,0644 g
Legenda: EHEL BP – Extrato Hidroetanólico Liofilizado de B. pinnatum; - Sol. – parte solúvel; ppt – parte
precipitada. Fonte: Autoria própria.
Proporção
Sistema Tempo de separação
AcOEt: EtOH: H2O (v/v/v)
I 7:1:4 15 s
II 7:1:5 40 s
III 7:2:5 3 m 40 s
IV 8:2:5 2 m 01 s
V 8:3:5 28 s
VI 8:2,5:5 2 m 08 s
VII 9:3:5,5 18 s
VIII 9:3:6 40 s
Legenda: AcOEt – acetato de etila, EtOH – etanol; H2O – água; m – minutos; s – segundos.
Fonte: Autoria própria.
Tabela 7 - Procedimento realizado por CC em gel de filtração molecular para a espécie B. pinnatum.
Amostra Massa da Dimensões da Fase Fluxo
Código Adsorvente n
utilizada amostra coluna (suporte) móvel (mL/min)
Fr 96-131/ Sephadex
1ª SEPH BP 65,9 mg 23 x 1,5 cm MeOH 0,7 60
4ª CPC BP LH 20
Legenda: SEPH – Coluna Clássica com Sephadex LH-20; BP – Bryophyllum pinnatum; MeOH – Metanol.
Fonte: Autoria própria.
4.8.1 Seletividade
Foi determinada por análise e comparação dos dados cromatográficos (tempo de
retenção e pureza de pico observada pelo espectro de UV) no EHEL das folhas de B. pinnatum
com aqueles obtidos dos compostos isolados Bp1, Bp2 e Bp3 em triplicata.
4.8.2 Linearidade
A linearidade de um método deve ser demonstrada por meio da sua capacidade de obter
respostas analíticas diretamente proporcionais à concentração de um analito em uma amostra,
estabelecendo uma relação linear por toda a faixa de trabalho. Essa determinação deve ser feita
usando no mínimo, 5 (cinco) concentrações diferentes para as soluções preparadas em, no
mínimo, triplicata (BRASIL, 2017a).
A linearidade e a subsequente quantificação foram realizadas a partir das curvas de
calibração de cada composto isolado (Bp1, Bp2 e Bp3) em 7 níveis de concentração (25 % a
175 %) separadamente. As áreas dos picos do cromatograma obtidas no comprimento de onda
de 340 nm foram plotadas em função das concentrações das soluções de Bp1, Bp2 e Bp3, para
a obtenção das equações da reta (regressão linear). A linearidade da equação de regressão foi
determinada para cada composto separadamente a partir do coeficiente de correlação (r²).
As soluções estoque (70 µg/mL para Bp1 e 10 µg/mL para Bp2 e Bp3) foram diluídas
separadamente em MeOH:H2O (1:1, v/v) de maneira a obter a solução que foi diluída para obter
as seguintes concentrações 8.75, 17.5, 26.25, 35, 43.75, 52.5 e 61.25 para Bp1; 1.25, 2.5, 3.75,
5, 6.25, 7.5 e 8.75 μg/mL para Bp2 e 0.75, 1.5, 2.25, 3, 3.75, 4.5 e 5.25 μg/mL para Bp3. Cada
solução foi analisada em triplicata. O esquema de diluições para melhor entendimento está
descrito na figura 7.
Figura 7 – Diluições da curva de calibração de cada flavonoide isolado (BP1, BP2 e BP3).
4.8.3 Precisão
A precisão deve ser demonstrada pela dispersão dos resultados, calculando-se o desvio
padrão relativo (DPR) da série de medições conforme a fórmula "DPR = (DP/CMD) x 100",
em que DP é o desvio padrão e CMD, a concentração média determinada. E deve ser
determinada por meio da repetibilidade e precisão intermediária (BRASIL, 2017a).
Foram preparadas três amostras individuais para cada concentração e depois analisadas
em triplicatas.
4.8.4 Exatidão
A exatidão de um método analítico deve ser obtida por meio do grau de concordância
entre os resultados individuais do método em estudo em relação a um valor aceito como
verdadeiro (BRASIL, 2017a). A exatidão foi determinada pelo método da recuperação (RCP),
no qual quantidades conhecidas da substância referência (flavonoides isolados Bp1, Bp2 e Bp3)
foram adicionadas a amostra (EHEL 2 mg/mL). Foram realizadas 9 determinações
contemplando o intervalo linear do método analítico, ou seja, 3 concentrações (baixa 50 %,
média 100 % e alta 150 %) com 3 réplicas em cada nível (figura 11). A fórmula abaixo foi
utilizada para calcular a recuperação: RCP % = [(amostra fortificada – extrato) / padrão] x 100.
IC IC
4.8.6 Robustez
A robustez indica a capacidade do método analítico em resistir a pequenas e deliberadas
variações das condições analíticas (BRASIL, 2017a). Para validação do método desenvolvido,
a robustez foi avaliada por meio de pequenas modificações no fluxo da fase móvel e na
temperatura da coluna.
A cafeína (95 % de pureza), usada como padrão interno (PI), foi adquirida de Sigma-
Aldrich®. A solução de PI foi preparada a 2 mg/mL, diariamente, previamente às análises.
Todos os solventes utilizados nos experimentos foram obtidos de Eurisop® (Metanol d-
4 – MeOD:água > 0,02 e 99,80 % D; Óxido de Deutério – D2O: 99,90 % D).
Transformate), obtendo os espectros de RMN de 1H, que posteriormente que tiveram suas fases
corrigidas (do inglês phasing) manualmente e, suas linhas de base corrigidas automaticamente,
para então ser realizada a integração dos picos de interesse.
4.9.5.1 Linearidade
As curvas de calibração foram realizadas pela adição de quantidades conhecidas de PI
as soluções diluídas do extrato liofilizado de B. pinnatum. As soluções dos pontos da curva de
calibração foram nas concentrações de 50 a 150 %, de modo que as concentrações do extrato
foram de 15, 30, 45, 60 e 105 mg/mL. A razão entre as integrações dos sinais de sarmentosina
versus cafeína e a concentração correspondente das soluções da curva foram determinadas por
regressão linear.
4.9.5.2 Precisão
A precisão foi determinada pela repetibilidade (precisão intra-dia) e precisão
intermediária (inter-dia) da seguinte maneira:
• Repetibilidade: 9 determinações contemplando o intervalo linear do método analítico,
ou seja, 3 concentrações (baixa, média e alta) com 3 réplicas em cada nível.
• Precisão intermediária: 9 determinações contemplando o intervalo linear do método
analítico, ou seja, 3 concentrações (baixa, média e alta) com 3 réplicas em cada nível,
em 3 dias diferentes.
4.9.5.4 Seletividade
Segundo a RDC Nº 166 de 2017, estão isentos de demonstração da seletividade,
métodos não cromatográficos, como a RMN. Mas a seletividade foi avaliada pela ausência de
sobreposição (overlapping) de pelo menos um sinal de sarmentosina com o sinal de outros
constituintes dos PI cafeína no espectro de RMN de 1H.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Legenda: Fase móvel: (A) acetato de etila: ácido fórmico: MeOH: H2O (10:0,5:0,6:0,2, v/v/v); (B) acetato de etila:
ácido fórmico: MeOH: H2O (10:0,5:0,6:0,2, v/v/v); Adsorvente: gel de sílica 60 F254; Revelador: (a) vanilina
sulfúrica + aquecimento e (b) UV 254 nm. BP – B. pinnatum. Fonte: Resultados Experimentais.
O EHEL também foi analisado por CLUE-DAD para investigação do perfil químico e
foi possível observar a presença de compostos fenólicos, sobretudo flavonoides a partir das
informações dos espectros UV dos picos e comparação com a literatura (MABRY;
MARKHAM; THOMAS, 1970), como ilustrado na figura 13 e tabela 8. Nessa técnica, a
identificação dos flavonoides foi realizada com base na comparação do tempo de retenção, por
espectro de UV dos picos majoritários e co-injeção das substâncias isoladas e/ou padrão +
extrato, pela observação de aumento da área do pico. Os cromatogramas foram visualizados
sob dois comprimentos de onda: 254 nm e 340 nm (MABRY; MARKHAM; THOMAS, 1970;
SANTOS et. al, 2005; MATSUBARA; RODRIGUEZ-AMAYA, 2006).
Em relação aos flavonoides, o espectro UV apresenta duas bandas de absorção máxima.
A primeira delas, a banda II, encontra-se entre 240 e 285 nm, correspondendo à absorção do
grupo benzoíla, relacionada ao anel A. A banda I, possui absorção 300 e 400 nm,
correspondente ao grupo cinamoil e relacionada aos anéis B e C (MABRY; MARKHAM;
THOMAS,1970). O tipo de flavonoide e o esquema de oxigenação da sua estrutura ocasionam
alterações na posição e intensidade relativa de cada um dos máximos de absorção. Substituintes
simples, tais como metil, metoxila e grupo hidroxila não-dissociados, geralmente efetuam
apenas pequenas alterações na posição da absorção máxima. Sabe-se que, na maioria das vezes,
um aumento da oxigenação na estrutura química provoca um desvio das bandas para maiores
comprimentos de onda (MABRY; MARKHAM; THOMAS,1970).
Em relação a constituição química, diversos flavonoides já foram descritos para B.
pinnatum, a maioria deles derivados da quercetina e do canferol (AFZAL et al., 2012; CHIBLI
et al., 2014; DE ARAÚJO et al., 2018; FERNANDES et al., 2016b; MUZITANO et al., 2006a).
Figura 13 - Cromatograma CLUE-DAD do EHEL de B. pinnatum (A) 254 nm e (B) 340 nm.
Legenda: FE: coluna C18 Phenomenex (150 x 4,6 mm, 2,6 µm); FM: gradiente ACN:TFA 0,3%; fluxo: 0,7 mL/min;
detecção: 254 (A) 340 nm (B). Fonte: Resultados experimentais.
Na análise por CLUE-EM/EM (figura 14) foi possível confirmar a presença dos
flavonoides. No fragmentograma, todas as substâncias que apresentaram tempo de retenção
superior a 8 min foram identificadas como fenóis, com destaque aos flavonoides do tipo O-
glicosídicos, como descrito por Fernandes e cols (2016). As agliconas encontradas foram a
flavona eupafolina (316 m/z) e os flavonóis patuletina (332 m/z), quercetina (302 m/z) e
canferol (286 m/z). Os açúcares conjugados com essas estruturas são hexoses (como a glicose),
pentose (como arabinose) e desóxi-hexoses (como a ramnose). Os compostos foram
identificados com base no espectros de massas dos íons precursores e íons produtos nos modos
MS1, MS2 e MS3.
Figura 14 - Cromatograma CLUE-EM/EM do EHEL de B. pinnatum (A) modo negativo e (B) modo positivo.
Legenda: FE: coluna C18 Hypersil Gold UPLC (100 x 1,9 mm, 2,1 µm); FM: gradiente ACN: ácido fórmico 0,1%;
fluxo: 0,22 mL/min; eluição acompanhada nos modos negativo (A) e positivo (B) (item 3.4). Fonte: Resultados
experimentais.
Em estudos prévios realizado por nosso grupo de pesquisa, alguns flavonoides já haviam
sido isolados em pequenas quantidades, por técnicas cromatográficas clássicas, o que dificultou
a completa elucidação estrutural e impossibilitou caracterizar os compostos ativos, o
mecanismo de ação e realizar a avaliação do teor nos extratos. Dessa forma, uma marcha de
isolamento foi desenvolvida para obter quantidades suficientes de compostos, especialmente,
que pudessem ser caracterizados e utilizados como marcadores das espécies, e, também para
obter quantidade suficiente para testar atividade biológica, a fim de caracterizar o marcador
ativo, ou seja, um dos compostos responsável pela atividade biológica no extrato.
Figura 15 – Fragmentação EM/EM do composto nitrogenado sarmentosina no modo positivo (superior) e no modo
negativo (inferior).
ciclohexano (CHex) para acelerar a separação de fases. Logo, o sistema VII ficou AcOEt:
EtOH: H2O:CHex (9:3:5,5:0,5, v/v/v/v).
O método de separação desenvolvido por CPC mostrou-se eficiente, especialmente para
substâncias de polaridade intermediária e, também, polares. A partir dos processos por CPC foi
possível obter quatro flavonoides, simultaneamente, em um único processo (dois derivados
glicosilados da quercetina – flavonoides Bp3 e Bp1 – e dois derivados glicosilados do canferol
– flavonoides Bp4 e Bp2). Foi isolado também um ácido orgânico, denominado Bp5, e uma
mistura desse ácido com outra substância, denominada Bp6, numa proporção provável de 2:1.
Além disso, foram obtidas frações enriquecidas que podem posteriormente serem purificadas.
A partir de frações purificadas da extrusão da CPC, também foi possível identificar outra
substância parcialmente purificada, Bp7, um glicosídeo hidroxinitrila já descrito na literatura
para a família, no entanto sendo este o primeiro relato para o gênero. Embora não fosse o
objetivo, essa substância também foi isolada em trabalhos posteriores, seja possível avaliar sua
influência na atividade do extrato. Somado a isso, como essa substância se apresentou
majoritária nas frações, seria interessante investigar o seu potencial como marcador, uma vez
que até o momento, apenas flavonoides foram os descritos como possíveis marcadores para
essa espécie. Para a obtenção dessa substância pura, foi utilizada a técnica de CLMP a partir
das frações da extrusão da 2ª e 3ª CPC BP, como descrito na tabela 3.
Foi identificado um álcool vinílico nas frações purificadas da CPC, uma substância
minoritária no extrato, denominado Bp8, o qual só foi possível a elucidação estrutural após
purificação da fração por uma CC com Sephadex LH-20. A identificação desse álcool vinílico
não era o objetivo desse procedimento.
A partir desses resultados é possível afirmar que o processo de isolamento por CPC para
a espécie B. pinnatum foi satisfatório pela obtenção de seis substâncias ao final dos processos
e de frações promissoras para isolamento. Uma análise por CPC durou, no máximo, 2 h, e os
rendimentos dos componentes majoritários são incomparáveis com outras técnicas já descritas
para a espécie. Em apenas uma análise, com 8 g de fração aquosa (proveniente do XAD-4), foi
possível obter, pelo menos 149,9 mg do flavonoide majoritário (Bp1), um rendimento
aproximado de 1,86 %. Utilizando uma fração enriquecida em flavonoides proveniente do
fracionamento por XAD-4 (4º CPC BP), o rendimento apresenta-se ainda melhor, no qual a
partir de 1 g dessa fração foram obtidos 177 mg do flavonoide majoritário com rendimento
aproximado de 17,7 %.
Essa não é a primeira vez que a técnica de CPC é utilizada para B. pinnatum, Abdellaoui
e cols. (ABDELLAOUI et al., 2010), obtiveram uma fração polar ativa a partir do extrato
Legenda: Fase móvel para análise das CCDs: AcOEt: HCOOH: MeOH: H2O (10:1,5:1,6:0,5, v/v/v/v) e revelação com Vanilina sulfúrica + aquecimento. Fonte: Autoria própria
baseada em resultados experimentais
Dados: Fase Móvel – AcOEt: Ácido Fórmico: Água: Metanol (10:1,5:1,6:0,5, v/v/v/v); Adsorvente – gel de sílica
60 F254; Revelador - Vanilina Sulfúrica + aquecimento e visualização no visível. Legenda: F1 – flavonoide Bp4;
F2 – flavonoide Bp3; F3 – flavonoide Bp2; F4 – flavonoide Bp1. Fonte: Adaptado de resultados experimentais.
Legenda: FE: coluna C18 Phenomenex (150 x 4,6 mm, 2,6 µm); FM: gradiente ACN:TFA 0,3%; fluxo: 0,7 mL/min;
detecção: 340 nm (item 3.4). Fonte: Adaptado de resultados experimentais.
Com parte da massa obtida de cada substância pura foram realizadas as análises por
ressonância magnética nuclear como RMN de 1H, COSY, HSQC, HMBC e quando necessário
NOESY, sendo possível atribuir deslocamentos químicos para cada hidrogênio e carbono. O
solvente utilizado para obtenção dos espectros foi MeOD. Para a elucidação estrutural foram
utilizados os espectros de RMN e comparação com dados da literatura.
A seguir será descrito detalhadamente o flavonoide Bp1, por ser majoritário para a
espécie, e posteriormente os outros flavonoides de maneira mais sucinta, seguindo a ordem:
flavonoide Bp2, Bp3 e Bp4. Uma vez que a estruturas desses flavonoides estão todas
relacionadas ao Bp1 não será necessária uma descrição detalhada, e a elucidação será baseada
nas diferenças em relação ao primeiro flavonoide. Além disso, não se trata de compostos
inéditos, pois já foram isolados pelo menos uma vez para B. pinnatum, e alguns também já
foram descritos para outras espécies.
hidrogênios anoméricos, respectivamente, H-1” e H-1”’. Além disso, foi possível sugerir que
uma dessas unidades de açúcar é a ramnose, uma vez que foi observada a presença de um
dubleto em 1,04 ppm (3J = 6,2 Hz) relativo a uma metila. Técnicas de RMN bidimensionais de
HMBC e HMQC comprovaram a presença de uma unidade de α-arabinose.
Essas técnicas bidimensionais são importantes para conseguir se estabelecer correlações
2-3
entre hidrogênios que estão acoplados JH-H (COSY); correlação direta entre os núcelos de
carbono e hidrogênio (HMQC) e correlação a longa distância entre os núcleos de carbono e
hidrogênio (HMBC). Nas técnicas de HMQC e HMBC, o eixo horizontal corresponde aos δH e
o eixo vertical aos deslocamentos δC (PAVIA et al., 2012; SILVERSTEIN; WEBSTER;
KIEMLE, 2012).
A atribuição dos sinais de todos os hidrogênios dos açúcares foi feita por meio da técnica
de COSY (figura 22) pois permitiu encontrar todas as correlações entre os hidrogênios vizinhos,
os valores são descritos na tabela 10. Ao final dessa análise, juntamente com os dados obtidos
por HSQC, que relaciona C e H ligados, foi possível determinar todos os valores para
deslocamentos de carbono da aglicona e dos açúcares que possuíam hidrogênio ligado a eles,
sendo possível sugerir que o outro açúcar se trata de uma arabinose (figura 23).
A presença de e uma 3-O-glicosilação no anel C do flavonoide Bp1 pode ser confirmada
por meio do espectro de HMBC (figura 24), por meio da correlação entre o C-3 (134,78 ppm)
e o H-1” da ramnose (5,40 ppm), uma vez que este espectro permite correlação entre os núcleos
de 1H com os núcleos de 13
C com duas ou mais ligações de distância, sendo possível definir
deslocamentos de alguns carbonos que não possuem hidrogênio ligado. Além disso, concluiu-
se que a unidade de arabinose está ligada ao carbono 2 (C-2”) da ramnose (81,79 ppm), devido
ao H-2” da ramnose (4,22 ppm) estar correlacionado ao C-1’” da arabinose (105,87 ppm),
indicando uma ligação interglicosídica do tipo (1→2) (MUZITANO et al., 2006ª; FLAMINI et
al., 2002; MABRY; MARKHAM; THOMAS, 1970).
O flavonoide Bp1 apresentou como dados do EM para o modo negativo [M–H]- m/z
579,1 e para o positivo [M+Na]+ m/z 603,1, deduzindo a fórmula molecular de C26H28O15, a
partir do íon pseudomolecular. Essa massa é condizente com aquela apresenta por Muzitano e
cols (2006) e Jou e cols (2004) para esse flavonoide. Diante do exposto, foi possível concluir
que Bp1 é a quercetina 3-O-α-L-arabinopiranosil-(1→2)-α-L-ramnopiranosídeo (figura 25).
A tabela 9 descreve as atribuições para cada hidrogênio de Bp1 e o comparação com os
dados encontrados por Muzitano e cols (2006).
Figura 23 - Espectro de RMN HSQC do flavonoide Bp1 (MeOD, 400 MHz e 100 MHz).
Figura 24 - Espectro de RMN HMBC do flavonoide Bp1 (MeOD, 400 MHz e 100 MHz).
Tabela 9 - Dados espectroscópicos de RMN de 1H (400 MHz) para o flavonoide Bp1 de B. pinnatum em MeOD.
H Bp1 - δH Mult. (J Hz) QAR - δH Mult. (J Hz)
Aglicona
2 - -
3 - -
4 - -
5 - -
6 6,21 s 6,19 d (2,00)
7 - -
8 6,37 s 6,37 d (2,00)
9 - -
10 - -
1’ - -
2’ 7,38 d (2,0) 7,36 d (2,07)
3’ - -
4’ - -
5’ 6,94 d (8,3) 6,93 d (8,32)
6’ 7,32 dd (8,3; 2,0) 7,29 dd (2,07; 8,32)
Ramnose
1” 5,40 s 5,37 d (0,93)
2” 4,22 m 4,19 m*
3” 3,91 dd (9,7; 3,2) 3,89 dd (3,70; 9,70)
4” 3,38 d (9,6) 3,35 dd* (9,70; 9,70)
5” 3,90 m 3,87 dq* (9,70; 6,20)
6” 1,04 d (6,2) 1,10 d (6,20)
Arabinose
1’” 4,24 s 4,20 d (7,10)
2’” 3,53 m 3,54 dd (7,10; 9,28)
3’” 3,50 dd (9,2; 2,9) 3,47 dd (3,25; 9,28)
4’” 3,75 m 3,72 m*
5’” 3,68 m 3,65 dd* (12,45; 2,27)
3,40 (12,3) 3,37 br d* (12,45)
Legenda: QAR: quercetina 3-O-α-L-arabinopiranosil-(1→2)-O-α-L-ramnopiranosídeo isolado por Muzitano e
cols (2006). *Sinais não bem definidos. Fonte: Resultados experimentais em MeOD a 400 MHz e Muzitano e cols
(2006a) em MeOD a 500 MHz.
(FERNANDES et al., 2016), objetivos de estudo do nosso grupo de pesquisa e que ainda não
foram abordados na literatura.
• Biossíntese de Bp1:
A etapa inicial da via consiste na formação do núcleo flavilium, o esqueleto de base de
todos os flavonóides, a partir de três moléculas de malonil-CoA, originados da via do
acetato/malonato sendo responsáveis pela formação do anel A, e uma de 4-cumaril-CoA,
originada via do chiquimato, responsável pela formação do anel B e a ponte de 3 carbonos (que
dará origem ao anel C) (DIXON, STEELE, 1999; DEWICK, 2002; PRETUSSA et al., 2013).O
cumaril-CoA origina-se a partir da fenilalanina através da via do ácido chiquímico (DEWICK,
2002; FERREYRA et al., 2012) como ilustrado na figura 26.
A chalconasintase (CHS) é a enzima envolvida na condensação das três moléculas de
malonil-CoA e uma de 4-cumaril-CoA, produzindo a tetrahidrochalcona, que posteriormente
sofre ação da chalconaisomerase (CHI) para transformar-se na flavanona chamada narigenina
(LIPINIEC et al., 2006; PETRUSSA et al., 2013). A oxidação na posição 3 desta pela enzima
flavanona 3-hidroxilase (F3H) produz o dihidrocanferol, um dihidroflavonol, que é hidroxilado
na posição 3' do anel B, pela enzima flavanona 3'-hidroxilase (F3'H) (PETRUSSA et al., 2013).
Esta por sua vez se transforma em quercetina por ação da enzima flavonol sintase (FLS) que
cataliza a formação da dupla ligação entre os carbono 2 e 3 (WINKEL-SHIRLEY, 2001;
SAITO et al., 2012). Por fim, sugere-se que por ação das glicosiltransferases, enzimas que
catalizam a transferência de açúcar para uma larga escala de moléculas aceptoras, adicionem
unidades de ramnose e arabinose ao núcleo quercetina na posição 3 (CHEYNIER et al., 2013).
De acordo com a literatura, em flavonols a 3-O-glicosilação ocorre primeiro, sendo adicionados
nessa posição glicose, ramnose ou arabinose (SAITO et al., 2012). A figura 27 ilustra a rota
biossintética de Bp1.
Tabela 10 - Dados espectroscópicos de RMN 1H (400 MHz) para o flavonoide Bp2 de B. pinnatum em MeOD.
H Bp2 - δH Mult. (J Hz) CAR - δH Mult. (J Hz)
Aglicona
2 - -
3 - -
4 - -
5 - -
6 6,21 d (2,0) 6,20 d (1,87)
7 - -
8 6,38 d (2,0) 6,38 d (1,87)
9 - -
10 - -
1’ - -
2’ 7,79 d (8,8) 7,78 d (8,68)
3’ 6,96 d (8,8) 6,94 d (8,70)
4’ - -
5’ 6,96 d (8,8) 6,94 d (8,70)
6’ 7,79 d (8,8) 7,78 d (8,68)
Ramnose
1” 5,50 s 5,47 d (1,37)
2” 4,23 d (1,2) 4,20 m*
3” 3,85 dd (9,7; 3,5) 3,82 dd (3,42; 9,66)
4” 3,36 dd (9,8; 5,0) 3,32 dd* (9,62; 9,62)
5” 3,73 m 3,73 m*
6” 1,00 d (6,2) 0,98 d (6,17)
Arabinose
1’” 4,28 d (7,2) 4,25 d (7,15)
2’” 3,57 d (7,3) 3,55 dd (7,38; 9,56)
3’” 3,51 dd (9,3; 3,3) 3,47 dd (3,25; 9,15)
4’” 3,73 m 3,73 m*
5’” 3,66 m 3,68 m*
3,42 d (11,9) 3,42 br d* (12,65)
Legenda: CAR: canferol 3-O-α-L-arabinopiranosil-(1→2)-O-α-L-ramnopiranosídeo isolado por Muzitano e cols
(2006). *Sinais não bem definidos. Fonte: Resultados experimentais em MeOD a 400 MHz e Muzitano e cols
(2006a) em MeOD a 500 MHz.
Os dados do EM para o modo negativo [M–H]- m/z 563,1 e para o positivo [M+Na]+
m/z 587,1, sugerem a fórmula molecular de C26H28O14. O fragmento de m/z 455,2 confirma a
presença de uma arabinose terminal, pela perda de 132 unidades do íon molecular por meio de
uma reação de eliminação. Esses achados corroboram com os dados apresentado por Muzitano
e cols. (2006a).
Assim, Bp2 foi caracterizado como canferol 3-O-α-L-arabinopiranosil-(1→2)-α-L-
ramnopiranosídeo (figura 29) ou kapinatosídeo, sendo descrito até o momento somente em B.
pinnatum (MUZITANO et al., 2006).
Esse flavonoide Bp2, após análise qualitativa por CLUE-DAD não se apresenta como
um composto majoritário do extrato hidroetanólico B. pinnatum, no entanto, devido a sua
exclusividade para a espécie até o momento, pode vir a se tornar um marcador analítico
A partir desses dados foi possível concluir que o flavonoide 2 é a quercetina 3-O-α-L-
ramnopiranosídeo (quercitrina) (figura 31). Como é uma substância extremamente descrita para
plantas ricas em flavonoides, há uma ampla gama de referências que podem ser usadas para
elucidação e por isso, os dados de RMN de 1H e COSY foram suficientes para comparação e
identificação da substância.
Tabela 11 - Dados espectroscópicos de RMN 1H (400 MHz) para o flavonoide Bp2 de B. pinnatum em MeOD.
H Bp3 - δH [Mult., J (Hz)] (A) Quercitrina - δH Mult. (J Hz) (B) Quercitrina - δH Mult. (J Hz)
Aglicona
2 - - -
3 - - -
4 - - -
5 - - -
6 6,22 d (2,0) 6,28 d (2,1) 6,19 s
7 - - -
8 6,39 d (1,9) 6,45 d (2,1) 6,36 s
9 - - -
10 - - -
1’ - - -
2’ 7,36 d (2,0) 7,41 d (2,1) 7,33 d (2,0)
3’ - - -
4’ - - -
5’ 6,93 d (8,3) 7,0 d (8,1) 6,91 d (8,30)
6’ 7,32 dd (8,3; 2,0) 7,39 dd (8,1;2,1) 7,30 dd (8,30;2,10)
Ramnose
1” 5,37 d (1,4) 5,43 d (1,5) 5,34 d (1,40)
2” 4,24 dd (3,2; 1,7) 4,30 dd (3,3; 1,5) 4,22 m
3” 3,77 dd (9,3; 3,3) 3,82 dd (9,0; 3,3) 3,75 dd (9,35; 3,30)
4” 3,37 m 3,45 m* 3,42 m*
5” 3,44 dq (12,2; 6,1) 3,50 m* 3,35 d (2,0)
6” 0,96 d (6,1) 1,03 d (5,9) 0,94 d (6,10)
Legenda: Quercitrina: quercetina 3-O-α-L-ramnopiranosídeo. *Sinais não bem definidos. Fonte: Resultados
experimentais em MeOD a 400 MHz, (A) Slowing e cols (1994) em MeOD a 200 MHz e (B) e Zhu e cols (2016)
em MeOD a 500 MHz.
Tabela 12 - Dados espectroscópicos de RMN 1H (400 MHz) para o flavonoide Bp4 de B. pinnatum em MeOD.
H Bp3 - δH [Mult., J (Hz)] (A) Afzelina - δH Mult. (J Hz) (B) Afzelina - δH Mult. (J Hz)
Aglicona
2 - - -
3 - - -
4 - - -
5 - - -
6 6,20 d (2,0) 6,19 d (2,44) 6,22 d (2,0)
7 - - -
8 6,87 d (2,0) 6,36 d (2,2) 6,42 d (2,0)
9 - - -
10 - - -
1’ - - -
2’ 7,79 d (8,8) 7,76 dd (8,76) 7,76 d (9,0)
3’ 6,95 d (8,8) 6,93 d (8,88) 6,91 d (9,0)
4’ - - -
5’ 6,95 d (8,8) 6,93 d (8,88) 7,76 d (9,0)
6’ 7,79 d (8,8) 7,76 dd (8,76) 6,91 d (9,0)
Ramnose
1” 5,39 s 5,36 d (2,2) 5,30 d (1,7)
2” 4,24 m 4,21 dd (3,42; 1,7) 4,63 dd (3,2; 1,7)
3” 3,72 m 3,71 m 3,98 dd (9,3; 3,2)
4” 3,40 m 3,60 m 3,08 – 3,18 m
5” 3,35 m 3,47 m 3,08 – 3,18 m
6” 0,94 d (5,6) 0,91 d (5,6) 0,80 d (6,0)
Legenda: Afzelina: canferol 3-O-α-L-ramnopiranosídeo. *Sinais não bem definidos. Fonte: Resultados
experimentais em MeOD a 400 MHz, (A) Lee e cols (2014) em MeOD a 400 MHz e (B) e Mok e Lee (2013) em
DMSO-d6 a 500 MHz.
Na figura 34, segue uma breve comparação entre as estruturas químicas dos flavonoides
isolados de B. pinnatum.
vanilina sulfúrica (dados não mostrados). O mesmo aconteceu para o composto Bp5, foi
observado somente uma banda cromatográfica violácea na análise por CCD. Essas duas
amostras foram analisadas por RMN de 1H e 13
C, COSY, HSQC e HMBC utilizando como
solvente deuterado D2O. Os dados de deslocamento químico, multiplicidade e constante de
acoplamento estão na tabela 14 em comparação com a literatura (COSTA et al., 2006), bem
como são descritos nos próximos parágrafos.
Para Bp6, os dados de RMN de 1H foram analisados conjuntamente com a análise do
experimento de COSY para compreender melhor a estrutura daquela amostra ainda
desconhecida (espectros nas figuras 35 e 36, respectivamente). Os primeiros sinais a serem
descritos são os duplo-dubletos em 2,61 ppm (J = 17,2 e 5,3 Hz) e em 2,75 ppm (J = 16,4 e
7,0), cada um com integração para 2 hidrogênios, característicos de prótons metilenos geminais
(H-2 e H-7, respectivamente). A alta constante de acoplamento sugere um sistema ABX e o
valor de deslocamento químico sugere a proximidade com uma carbonila. A parte X do sistema
é caracterizada por um sinal duplo-dubleto em 3,39 ppm (J = 9,0 e 5,5 Hz), com integração
para 2 hidrogênios, característico de um próton metina (H-3 e H-6), que correla com o outro
dubleto de próton metina em 4,42 ppm (J = 3,4 Hz; i = 2 H) (H-4 e H-5). Esses sinais foram
confirmados por meio do espectro de 13C e dos experimentos de HSQC e HMBC (figura 37, 38
e 39, respectivamente), provando a existência do grupo metileno em 32,33 ppm (C-7) e dos
dois grupos metinas em 44,50 (C-3) e 70,31 ppm (C-4). Também é possível visualizar a
presença de um sinal carboxila com integração para 2 carbonos em 175,84 (C-1 e C-8). Esses
foram os sinais característicos da primeira molécula dessa mistura.
Outro sistema ABX, referente a outra parte da mistura, foi encontrado em 2,75 ppm (dd;
J = 16,4 e 7,0 Hz; i = 1 H) (Ha-2’) e 2,82 ppm (dd; J = 16,6; 4,6 Hz, i = 1 H) (Hb-2’), e a parte
X em 4,50 ppm (dd; J = 6,7; 4,6; i = 1 H) (H-3’), com correspondência para os sinais no espectro
de 13C em 38,31 ppm (C-2’) e 66,38 ppm (C-3’), respectivamente. Além disso é possível ver a
presença de 2 grupos carboxilas (C-1’ e C-4’, respectivamente) em 176,41 e 174,41 ppm no
espectro de RMN de 13C. Esses dados foram comparados com a literatura (COSTA et al., 2006),
e o composto sugerido trata-se de uma mistura denominada dimalato de kalanchosina (222,1
mg).
Kalanchosina (1)
Kalanchosina (1)
Kalanchosina (1)
Os dados estão descritos na tabela 14 e a figura 41 ilustram a sua estrutura. Costa e cols.
(2006) relataram pela primeira vez o dimalato de kalanchosina (KMC) para K. laciniata (K.
brasiliensis), um sal formado a partir de um complexo entre kalanchosina e ácido málico (1:2).
A proporção é sugerida por meio das integrações dos sinais de hidrogênio no espectro de RMN
de 1H. Esta é a primeira vez que este complexo é descrito e isolado para B. pinnatum.
Após a elucidação do KMC foi fácil descobrir que o composto Bp5 (figura 41) tratava-
se do ácido málico (86 mg). Os dados de RMN de 1H e 13C para essa substância também estão
descritos na tabela 14 e, foram comparados com os sinais apresentados por Costa e cols. (2006).
O espectro de hidrogênio está ilustrado na figura 40.
Tabela 14 - Dados espectroscópicos de RMN de 1H (400 MHz) para KMC e Ácido Málico em D2O.
Kalanchosina
1 - - - 175,84 - 178,64
2 - - 2,61 dd (17,2; 5,3) 32,33 2,56 dd (17,2; 5,5) 35,2
- - 2,75 dd (16,4; 7,0) - 2,73 dd (17,2; 9,0) -
3 - - 3,39 dd (9,0; 55) 44,50 3,34 ddd (9,0; 5,5; 3,3) 47,7
4 - - 4,42 d (3,4) 70,31 4,39 d (3,3) 73,1
5 - - 4,42 d (3,4) 70,31 4,39 d (3,3) 73,1
6 - - 3,39 dd (9,0; 55) 44,50 3,34 ddd (9,0; 5,5; 3,3) 47,7
7 - - 2,61 dd (17,2; 5,3) 32,33 2,56 dd (17,2; 5,5) 35,2
- - 2,75 dd (16,4; 7,0) - 2,73 dd (17,2; 9,0) -
8 - - - 175,73 - 178,57
Ácido Málico
1’ - 176,54 - 176,41 - 179,5
2’ 2,66 dd (16,1; 7,8) 38,57 2,75 dd (16,4; 7,0) 38,31 2,70 dd (17,4; 6,1) 41,2
2,82 dd (16,1; 4,3) - 2,82 dd (16,6; 4,6) - 2,79 dd (17,4; 5,0) -
3’ 4,50 dd (7,8; 4,4) 66,88 4,50 dd (6,7; 4,6) 66,38 4,46 dd (6,1; 5,0) 69,5
4’ - 174,67 - 174,41 - 177,2
Fonte: Resultados experimentais em D2O a 400 MHz e Costa e cols (2006).
composto, frações da extrusão das CPCs realizadas, foram submetidas a CLMP, utilizando um
gradiente de solventes composto por AcOEt e MeOH. Ao final de todos os processos, foi
possível obter 61 mg dessa substância.
Essas duas amostras foram analisadas por RMN de 1H e 13C, COSY, HSQC, HMBC e
quando necessário NOESY utilizando como solvente deuterado MeOD. Os dados de
deslocamento químico, multiplicidade e constante de acoplamento estão na tabela 15 em
comparação com a literatura (CHEN et al., 2016; NAHRSTEDT; WALTHER; WRAY, 1982;
NISHIDA; ROTHSCHILD, 1995; NISHIDA; ROTHSCHILD; MUMMERYT, 1994), bem
como são descritos nos próximos parágrafos. Os dados foram confirmados por espectros
bidimensionais de COSY, HSQC, HMBC e NOESY.
Os dados de RMN de 1H (figura 42) foram analisados conjuntamente com a análise do
experimento de COSY para compreender melhor a estrutura daquela doe Bp7. Os primeiros
sinais a serem descritos são os duplo-dubleto-tripletos em 4,52 ppm (J = 14,0; 6,7; 1,1 Hz) (Hb-
1) e em 4,64 ppm (J = 14,0; 6,2; 1,3 Hz) (Ha-1), característicos de hidrogênios metilenos
geminais, com integração para 1 hidrogênio cada. O valor da constante de acoplamento sugere
um sistema ABX e o deslocamento químico sugere a proximidade com uma insaturação. A
parte X do sistema é caracterizada por um sinal triplo-tripleto em 6,70 ppm (J = 6,3; 1,5 Hz),
característico de hidrogênio vinílico (H-2), como integração para 1 hidrogênio. O último sinal
da aglicona fica em 4,18 ppm, um quarteto de 3J igual a 1,2 Hz característico de um CH2
próximo a uma hidroxila (H-4). O sinal em 4,35 ppm (d; 7,8 Hz) deixa claro a presença de uma
molécula de açúcar. Foi possível sugerir ainda a presença de um carboidrato através do sinal de
hidrogênio ligado a carbono anomérico em 4,35 ppp (d, J = 7,8 Hz), com integração para 1
13
hidrogênio (H-1’). Com o auxílio dos experimentos de RMN de C (figura 43), e os
bidimensionais COSY (figura 44) e HSQC (figura 45) foi possível atribuir todos os hidrogênios
e carbonos, caracterizando esse açúcar como a β-D-glicose. O experimento de HMBC (figura
46) ajudou a descobrir em qual carbono da aglicona estava ligada a glicose, através da
correlação entre os sinais dos hidrogênios anoméricos em 4,35 ppm (d; J = 7,8 Hz) e o carbono
1 da cadeia alifática em 66,82 ppm. Os dados estão todos descritos na tabela 16.
Para melhor caracterização e confirmação dessa substância foi realizada análise por EM,
obtendo [M + Na]+ m/z 298.1, confirmando a fórmula molecular como C11H17NO7,
corroborando com dados da literatura descritos por Chen e cols. (2016).
Todos os dados em conjunto sugerem que esse composto trata-se da sarmentosina, um
glicosídeo hidroxinitrila, isolada primeira vez isolada para plantas do gênero Kalanchoe. A
figura 47 ilustra a estrutura de sarmentosina.
A partir de frações purificadas da extrusão, foi identificado uma substância quase pura,
a sarmentosina, um glicosídeo hidroxinitrila descrito pela primeira vez para o gênero. Essas
frações foram submetidas a técnica de CLMP para se obter a sarmentosina isolada.
A respeito da sarmentosina, é importante salientar que não era um composto esperado,
pois não se tinha conhecimento desse tipo substância para plantas do gênero Kalanchoe ou
sistema é um sinal duplo-dubleto-dubleto em 5,88 ppm (J = 17,4; 10,5; 7,0 Hz) (H-2),
característico de hidrogênio vinílico, como integração de 1 hidrogênio. A aglicona dessa
substância é uma cadeia alifática com oito carbonos com um grupo vinílico na porção terminal.
Todos os hidrogênios e carbonos dessa cadeia estão descritos na tabela 16 e foram
atribuídos a partir dos experimentos de COSY e HSQC. Também é possível observar a presença
de dois açúcares devido a presença dos sinais de hidrogênios anoméricos H-1’ em 4,34 ppm
(dd; 7,1 e 4,5 Hz; i = 1) e H-1” em 4,34 ppm (dd; J = 7,1 e 4,5 Hz; i = 1). Todos os hidrogênios
dos dois açúcares foram atribuídos por meio dos dados de correlações de COSY e HSQC, na
qual foi possível identificar o primeiro açúcar como glicose e o segundo como arabinose. A
partir dos espectros de HMBC foi possível concluir que o primeiro açúcar está ligado ao C-3
pela presença da correlação entre este carbono 81,44 ppm e o hidrogênio anomérico H-1’ em
4,34 ppm (dd; 7,1 e 4,5 Hz) da glicose. Também é possível observar que os dois açúcares
estavam ligados na forma de dímeros por meio da correlação entre o hidrogênio anomérico H-
1” em 4,34 ppm (dd; 7,1 e 4,5 Hz) e o C-6 da molécula de glicose em 67,92 ppm. Após
comparação com os dados da literatura (ALMEIDA; MUZITANO; COSTA, 2006), a
substância foi identificada como 1-octen-3-O-α-L-arabinopiranosil-(1→6)-β-glicopiranosideo
(figura 49).
(MUZITANO et al., 2011; NASCIMENTO et al., 2013, 2018). Nesse contexto, esse trabalho
foi o primeiro a validar uma metodologia analítica por CLUE-DAD para a quantificação dos
flavonoides majoritários no EHEL de B. pinnatum, isto é, uma metodologia que seja além de
linear, também sensível, precisa, exata e robusta. A validação desses parâmetros é fundamental
para avaliação de qualidade no desenvolvimento de fitoterápicos.
Previamente ao início da validação, foi realizada o system suitability (verificação da
adequabilidade do sistema) do método desenvolvido para o EHEL de B. pinnatum de acordo
com os parâmetros estabelecidos na United States Pharmacopeia (USP) para garantir resolução
(r > 1,5), pratos teóricos, (P > 2000), fator de calda (T ≤ 2,0) e fator de capacidade (k’ ≥ 2,0)
para cada pico a ser validado e subsequentemente quantificado (USP, 2003). As análises foram
realizadas em triplicata com três replicatas para cada injeção e a média e o desvio padrão
relativo (DPR) foram calculados. Os valores obtidos estão descritos na tabela 17. O sistema
apresentou conformidade de acordo com a literatura.
Posteriormente, foi realizada a linearidade para os três flavonoides (Bp1, Bp2 e Bp3).
Neste trabalho, para construir a curva de calibração, a área do pico foi a resposta analítica
utilizada em função da concentração do analito. Foi calculado o coeficiente de correlação de
Pearson (r), que representa o grau de associação linear entre as variáveis. Quanto maior o valor
de r, mais forte é a correlação entre as duas variáveis e mais realista é o modelo (equação)
proposto (BRASIL, 2017b). O valor mínimo aceito para r é de 0,990, conforme disposto no §
3º do art. 27 da RDC 166/2017 (BRASIL, 2017a). Quanto mais próximo de 1,0, menor a
incerteza dos coeficientes angulares e lineares obtidos pelas curvas dos compostos, ou seja,
mais próximos os resultados são da realidade. Os gráficos gerados para cada flavonoides
individual, bem como seus valores de r, podem ser visualizados na figura 50.
Através das retas obtida (figura 50), os pontos testados podem ser observados,
confirmando assim a área do picos do cromatograma proporcionalmente crescente à medida
que a concentração dos flavonoides Bb1, Bp2 e Bp3 é aumentada. O coeficiente de correlação
para cada composto isolado foi maior que 0,99 como está descrito na RDC Nº 166/2017, com
DPR (desvio padrão relativo) menor que 5 % para todos os pontos.
A regressão linear também foi aplicada para soluções do EHL de B. pinnatum em 5
concentrações diferentes como descrito por Costa e cols (2016). A análise gerou uma reta para
cada tempo de retenção correspondente ao composto isolado, cujas equações foram originadas
e o coeficiente de regressão (r2) obtido, conforme apresenta do na figura 51. Nessa análise,
foram analisados Bp1, Bp2, Bp3 e também Bp4. O coeficiente r2 demonstrou-se satisfatório,
com DPR menor que 5 % para todos os pontos, para cada pico avaliado de acordo com os
critérios estabelecidos pela Anvisa (BRASIL, 2017a).
Essa estratégia de linearidade do extrato, como a realizada por Costa e cols (2016), não
é comum na literatura, mesmo artigos mais recentes, abordam uma linearidade com padrões
isolados ou mistura de padrões (NGUYEN NGOC et al., 2018; MESQUITA; MONTEIRO,
2018; MOTTA; DA COSTA; BASTOS, 2017; NGUYEN NGOC et al., 2018; DA SILVA et
al., 2017; CHU et al., 2012), que não reproduz a complexidade de uma matriz.
O parâmetro seguinte analisado foi a precisão, tanto a intra-dia (repetibilidade), quanto
a inter-dia (precisão intermediária), como descrito no item 3.8 da metodologia. Conforme
descrito na RDC 166/2017, o valor máximo aceitável de desvio padrão relativo para
repetibilidade e precisão intermediária deve ser definido de acordo com a metodologia
empregada, a concentração do analito na amostra, o tipo de matriz e a finalidade do método
(BRASIL, 2017a). Neste trabalho, a precisão foi realizada em três níveis de concentração
(média, alta e baixa) no mesmo dia (repetibilidade) e em três dias diferentes com analistas
diferentes (precisão intermediária), como descrito em Silva e cols (2017) e Mesquita e cols
(2018). Outros autores trabalharam com a mesma concentração e múltiplas injeções,
normalmente um n = 6, e utilizando dois dias diferentes de análise na avaliação da precisão
intermediária (MOTTA; DA COSTA; BASTOS, 2017; RAJAURIA, 2018). Ambos os métodos
são aceitos pela legislação brasileira (BRASIL, 2017a). A precisão foi expressa como desvio
padrão relativo (DPR) e apresentou uma variação adequada para o método dentro do
estabelecido pela RDC Nº 166/2017, para cada composto analisado (Bp1, Bp2 e Bp3), como
mostrado nas tabelas 19, 20 e 21. Adicionalmente, foi realizada a repetibilidade também para o
EHEL de B. pinnatum, como mostrado na tabela 22, que apresentou DPR menor que 5 % nas 3
concentrações do extrato, 1, 3 e 5 mg/mL, indicando a precisão das análises.
A robustez do método analítico foi avaliada por injeções em triplicata do extrato com
variações de fluxo de fase móvel e temperatura do forno da coluna. Apesar de haver uma
pequena variação de tempo de retenção dos compostos, não houve alteração dos parâmetros de
system suitability (figura 52). Além disso, é importante destacar aqui que a diminuição do fluxo,
praticamente, não alterou o tempo de retenção do pico majoritário, mas causou um retardamento
na eluição dos demais picos. As alterações de tempo de retenção causadas pela mudança de
temperatura são esperadas devido a essa variável interferir na viscosidade da fase móvel e na
solubilidade dos compostos (LANÇAS, 2009).
Tabela 23 - Concentração dos compostos Bp1, Bp2 e Bp3 nas amostras do EHEL de B. pinnatum
Bp1 Bp2 Bp3
Conc. Conc. Conc.
mg/mL Conc. DPR Conc. Conc. DPR Conc. Conc. DPR Conc.
a (mg/g de (mg/g de (mg/g de
(µg/mL) (%) (%) (µg/mL)a (%) (%) (µg/mL)a (%) (%)
extrato) extrato) extrato)
1 25,100 0,153 25,100 2,510 2,485 1,171 2,485 0,249 3,318 1,106 3,318 0,332
2 48,950 0,083 24,475 2,448 4,939 1,654 2,470 0,247 6,605 0,489 3,303 0,330
3 73,813 0,158 24,604 2,460 7,593 1,601 2,531 0,253 10,065 0,132 3,355 0,336
4 94,951 0,208 23,738 2,374 9,914 0,095 2,479 0,248 13,046 0,241 3,262 0,326
5 118,731 0,137 23,746 2,375 12,406 0,038 2,481 0,248 16,342 0,385 3,268 0,327
Média 2,433 Média 0,249 Média 0,330
DP 0,059 DP 0,002 DP 0,004
DPR (%) 2,415 DPR (%) 0,970 DPR (%) 1,157
NOTA: a Média das amostras analisadas (n=3). Fonte: Resultados experimentais.
usado a proporção de 1:1 p/v, as folhas utilizadas eram frescas, portanto, foi usada uma
quantidade menor de planta para obter a mesma massa.
Por fim, considerando Bp1 como um flavonoide bioativo incomum e importante, nossos
achados são relevantes, especialmente porque as folhas de B. pinnatum constituem uma fonte
dessa substância (MUZITANO et al., 2011; NASCIMENTO et al., 2015, 2018). Alguns
trabalhos como o de Muzitano e cols (2011) e Nascimento e cols (2015 e 2018) investigaram
as influências do método extrativo, da época do ano e da suplementação de radiação UV no teor
desse composto no extrato aquoso de B. pinnatum, sugerindo que esse possa ser um marcador
específico para essa espécie.
Figura 54 - Espectros de RMN de 1H 400 MHz do extrato de B. pinnatum (A), da sarmentosina (B) e do padrão
interno cafeína (C) em MeOD:D2O (3:2, v/v).
Figura 56 - Espectro de RMN de 1H 400 MHz do EHEL de B. pinnatum com o padrão interno
cafeína em MeOD:D2O (3:2, v/v).
Sarmentosina
Legenda: Parte ampliada → região entre 6,0 e 8,0 ppm; sinal singleto da cafeína (A); sinal triplo-tripleto da
sarmentosina (B). Fonte: Resultados experimentais
A quantificação por RMN foi realizada conforme Karkoula e cols (2012), sendo baseada
na razão da integração entre o sinal do próton vinílico do sarmentosina em 6,7 ppm e o sinal do
próton da cafeína em 7,9 ppm (situado estruturalmente entre dois nitrogênios). Devido aos
valores de deslocamentos químicos dos sinais escolhidos, a região trabalhada no espectro foi
entre 6,0 e 8,0 ppm a qual mostrou-se bem resolvida tornando-se viável a integração do sinal
sarmentosina e sua comparação com o pico do padrão interno. A cafeína foi escolhida como
padrão interno, pois não apresenta sobreposição do sinal usado como referência para
quantificação com o sinal do sarmentosina. E a mistura MeOD:D2O (3:2, v/v) foi usada por
obter o melhor espectro comparado as diluições em i. MeOD, ii. D2O e iii. MeOD:D2O (5:5,
v/v).
Por fim, o EHEL 50 % das folhas de B. pinnatum utilizado para desenvolvimento e
validação do método analítico, apresentou um teor de sarmentosina de 20,7 mg/g extrato, ou
2,07 % de sarmentosina. Essa quantificação foi realizada, substituindo o valor da integração
relativa do sinal do sarmentosina (0,895) na equação da regressão linear (figura 56 e tabela 24)
no valor do y, achando-se a concentração do sarmentosina (x) de 1,243 mg/mL em 60 mg/mL
de extrato. E por fim fazendo uma regra de três para encontrar a quantidade de sarmentosina
em mg/g de extrato.
É possível sugerir a sarmentosina como uma das substâncias majoritárias para B.
pinnatum, também podendo se tornar um marcador para a espécie. No entanto, por estar
presente também em K. laciniata, não pode ser usada como substância de diferenciação. Essa
mesma metodologia foi utilizada para dosear a sarmentosina nos extratos obtidos sob estresse
salino como será discutido mais adiante.
6 CONCLUSÕES
1 INTRODUÇÃO
Kalanchoe laciniata (L.) DC. é naturalizada do Brasil, e não endêmica, pois pode ser
encontrada em diversos biomas ou regiões brasileiras, especialmente nas regiões nordeste e
sudeste (GIUFFRE; GOEBEL; CADDAH, [s.d.]). Assim como B. pinnatum, é conhecida
popularmente como saião ou coirama, e usada largamente na medicina tradicional, na forma de
suco das folhas, por sua ação anti-inflamatória (AMARAL; SIMÕES; FERREIRA, 2005). O
nome da espécie aceito no Tropicos.org é Kalanchoe laciniata (L.) DC., além desse, também é
aceito no Flora do Brasil 2020 e no The Plant List o nome Kalanchoe crenata (Andrews) Haw.
Como sinônimo heterotípico, foi encontrado Kalanchoe brasiliensis Larrañaga (GIUFFRE;
GOEBEL; CADDAH, [s.d.]) e Kalanchoe brasiliensis Cambess (TROPICOS.ORG, [s.d.]).
Pela pesquisa nos site botânicos de referência, é possível perceber que ainda existe uma
discordância entre nomes aceitos e sinonímias para esta espécie.
Através de uma busca na literatura realizada com os dois nomes aceitos e o sinônimo
mais utilizado (K. brasiliensis), é possível constatar que, embora seja extenso o uso popular,
seus constituintes químicos ainda não foram totalmente esclarecidos. Além disso, há uma
escassez de estudos voltados para isolamento e elucidação de compostos, sendo a grande
maioria dos trabalhos relataram a presença de flavonoides (COSTA et al., 2015, 1994; DE
ARAÚJO et al., 2018; FERNANDES et al., 2016).
Os flavonoides de K. laciniata são particulares pois são agliconas metoxiladas
(patuletina e eupafolina) e substituídas nas posições 3 (anel C) e/ou 7 (anel A) por ramnoses,
na maioria das vezes, acetiladas em diversas posições (COSTA et al., 2015, 1994; DE ARAÚJO
et al., 2018; FERNANDES et al., 2016). Dentre os trabalhos encontrados, dois se destacam, o
primeiro realizado por Costa e cols. (1994), no qual sete substâncias provenientes do suco das
folhas frescas de K. brasiliensis, todos derivados glicosilados da patuletina (3,3’,4’,5,7-
pentahidroxi-6-metoxiflavona), foram isoladas e identificadas. O outro, é um artigo mais
recente no qual Costa e cols (2015) descreveram o isolamento de um metabólito secundário
majoritário derivado da patuletina e o quantificaram por CLAE-DAD no extrato hidroetanólico
das folhas da espécie.
A aglicona metoxilada patuletina (6-metóxiquercetagenina) é um flavonoide raro com
poucas fontes conhecidas no reino vegetal (BAICEANU et al., 2015). A partir da uma busca
rápida em um dos bancos de dados mais conhecidos, o Pubmed, com a palavra-chave
(patuletin), foi possível encontrar apenas 65 resultados, e quando se utiliza a estratégia de busca
(patuletin) AND (isolation), esse número foi reduzido para 28, dentre os quais, a maioria aborda
a patuletina conjugada com diversos outros açúcares, com exceção da ramnose. Apenas o artigo
de Costa e cols (1994) reporta derivados glicosilados da patuletina com ramnoses acetiladas
derivadas de K. brasiliensis (ou K. laciniata). Resultado similar ocorre com a eupafolina (6-
metoxiluteolina), quando a procura foi pela chave de busca (eupafolin) foram encontrados
apenas 38 resultados, e com a estratégia de busca (eupafolin) AND (isolation), apenas 13 artigos
foram encontrados e nenhum deles aborda ramnoses acetiladas. Apenas um artigo encontrado
(contudo não por meio dessas pesquisas), o de Liu e cols (1989), relata isolamento de
flavonoides ramnose acetilados derivados de patuletina e da eupafolina para K. gracilis. Essa
espécie apresenta distribuição restrita e, até o momento, relatada na China segundo
Tropicos.org. Não foram encontrados registros de K. gracilis no Flora no Brasil 2010.
Flavonoides derivados da patuletina já foram descritos para outra espécie do gênero, a
K. spathulata (GAIND; SINGLA; WALLACE, 1981). Flavonoides ramnose acetilados têm
sido descritos para B. pinnatum, no entanto, derivados da aglicona canferol e reportados como
minoritários (TATSIMO et al., 2012). A literatura relata que ramnoses acetiladas derivadas da
patuletina só foram descritas até o momento para K. laciniata e K. gracilis, respectivamente,
por Costa e cols (1994) e Liu e cols (1989).
Dessa forma, os flavonoides de K. laciniata podem ser candidatos adequados para se
tornarem marcadores da espécie, visto que, não são comuns a outras espécies do gênero
Kalanchoe, especialmente B. pinnatum. É importante ressaltar que apenas um estudo, realizado
por Costa e cols (2015) no nosso grupo de pesquisa, mostrou que essa substância pode ser usada
como marcador do extrato hidroetanólico 50 % das folhas de K. laciniata.
Assim como para a espécie B. pinnatum, para K. laciniata também não tem estudos
voltados para o controle de qualidade do IFAV (insumo farmacêutico ativo vegetal). Estudos
prévios do nosso grupo de pesquisa (DE ARAÚJO et al., 2018, 2019; FERNANDES et al.,
2016) tem demonstrando um importante potencial farmacológico dessa espécie.
Nesse contexto, foi utilizada a Cromatografia de Partição Centrífuga (CPC) para obter
os compostos majoritários de K. laciniata de uma forma rápida e com um bom rendimento. Por
fim, é importante ressaltar que, além de conhecer melhor a constituição química de K. laciniata,
o objetivo desse fracionamento foi a obtenção em quantidades suficientes dos compostos
majoritários para serem usados como substâncias de referência para a quantificação do extrato,
para o estudo metabolômico e, também, para investigação da atividade biológica. Uma breve
revisão sobre a CPC pode ser encontrada na Fundamentação Teórica do Capítulo 1 desta tese.
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
Essa parte do trabalho foi realizada em parceria com o Laboratoire de Pharmacognosie
(UMR CNRS 8638) da Université Paris Descartes – Paris V, sobre a supervisão do MCF-HDR
Professor Dr. Raphael Grougnet, em estágio doutoral realizado no período de um ano. As
análises por CLUE-EM/EM foram realizadas em parceria com a pesquisadora Dra. Aikaterini
Termentzi do Benaki Phytoptological Institute em Atenas, Grécia.
carregada com rotação de 1200 rpm e fluxo de até 20 mL/min até atingir o equilíbrio entre as
duas fases. As amostras utilizadas para separação por CPC foram dissolvidas no sistema
solvente compostos por 80 % de fase inferior e 20 % de fase móvel. Após coletar todas as
frações com a fase móvel, foi realizada extrusão da fase estacionária e as frações também foram
coletadas. Após uso, a limpeza do rotor foi sempre realizada com MeOH:H2O (1:1), e os
primeiros 300 mL coletados separadamente para verificar se não havia nenhuma substância
retida.
Tabela 25 - Procedimentos realizados por CPC para a espécie K. laciniata.
Massa Vol. Fluxo FE Vol. Fr.
Amostra Fluxo FM
Código Rotor da Fr. N Ext. Ext. n
utilizada (mL/min)
amostra (mL) (mL/min) (mL)
1ª CPC KL 1 Ex. HE KL 10 g 13 20 121 60 30 50
Legenda: CPC – Cromatografia de Partição Centrífuga; Vol. – volume; Fr. – Frações; N – número de
frações coletadas; FM – Fase móvel; FE – Fase Estacionária; Ext. – Extrusão; Ex. HE KL – extrato hidroetanólico
de K. laciniata. Fonte: Autoria própria.
3.5.2 Isolamento por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência Preparativa (CLAE prep)
Foram selecionadas três frações ricas em flavonoides da 1ª CPC KL para o isolamento
por CLAE em escala preparativa. Para obter sucesso nessa técnica, é necessário previamente
desenvolver o método de separação por CLAE analítica, e posteriormente realizar um scale-up
para maiores proporções.
Assim, as três frações foram analisadas em CLAE-DAD, utilizando o Cromatógrafo
Líquido de Alta Eficiência da marca Merck-Hitachi®, modelo Prostar, com bomba quaternária,
detector de arranjos de fotodiodo (DAD) e autoinjetor. Para a análise dos flavonoides das
frações foi utilizado o método com coluna C18 Phenomenex® (250 x 4,6 mm, 5 μm), com um
gradiente de fase móvel de acetonitrila (solvente A) e ácido acético 0,3 % (B), com 7-15 %, de
0-5 min; 15-24 %, de 5-35 min; 24-25 %, de 35-43 min; 25-30 %, de 43-60 min (FERNANDES
et al., 2016). O fluxo foi mantido constante em 0,7 mL/min e a detecção realizada a 254 e 340
nm com a aquisição de espectros UV na faixa de 200 a 800 nm. O volume de injeção foi de 20
μL. O método de eluição (ou sistema solvente/fase móvel) foi otimizado para obter uma melhor
separação dos compostos. As frações analisadas foram solubilizadas em MeOH:H2O (1:1, v/v)
na concentração de 100 μg/mL e filtradas em membranas de 0,45 μm (MillexTM, Merck®).
As condições de cada procedimento por CLAE em escala preparativa estão descritas
nas tabelas 26 e27. O Cromatógrafo líquido preparativo utilizado foi um sistema composto por
uma bomba binária Armen-Gilson®, com injetor manual, detector UV-Vis Buchi® e coletor de
frações Buchi® C-660. As amostras para isolamento em escala preparativa foram solubilizadas
em MeOH:H2O (1:1, v/v) para atingir a concentração máxima de 1 mg/mL, e então filtradas em
membranas de 0,45 μm (MillexTM, Merck®).
Tabela 26 - Procedimentos realizados por CLAE prep para a espécie K. laciniata.
Amostra Massa da Fase estacionária Fase móvel Fluxo Vol
Código Injeções n
utilizada amostra FE FM FM Fr.
1ª CLAE Fr 11-19/
149,1 mg Coluna preparativa 3 13
prep KL 1ª CPC KL
C18 Macherey-
2ª CLAE Fr 20-24/ 45 20
98,5 mg Nagel®, Modelo Tabela 27 2 13
prep KL 1ª CPC KL mL/min mL
Nucleoder, 250 x
2ª CLAE Fr 25-32/
99,3 mg 32 mn, 5 µm 1 9
prep KL 1ª CPC KL
Legenda: CLAE prep – Cromatografia Líquida de Alta Eficiência Preparativa; KL – Kalanchoe laciniata; CPC –
Cromatografia de Partição Centrífuga; Vol. – volume; Fr. – Frações; N – número de frações coletadas; FM – Fase
móvel; FE – Fase Estacionária. Fonte: Autoria própria.
Tabela 27 - Fases móveis utilizadas para cada procedimento de CLAE em escala preparativa para K. laciniata.
Fase Móvel
Código
A (%) B (%) Tempo (min)
93 7 0
82 18 5
1ª CLAE prep KL
78 22 20
76 24 50
84 16 0
82 18 10
81 19 30
2ª CLAE prep KL
78 22 50
78 22 60
75 25 70
93 7 0
82 18 5
2ª CLAE prep KL
80 20 35
78 24 50
Legenda: CLAE prep – Cromatografia Líquida de Alta Eficiência Preparativa; KL – Kalanchoe laciniata; A –
Água Milli-Q®; B – Acetonitrila (ACN); min - minuto. Fonte: Autoria própria.
As frações foram analisadas por CCD com as condições descritas na tabela 1 do capítulo
2, e quando necessário foi realizada análise por RMN, possibilitando a identificação do
isolamento de sarmentosina também das folhas de K. laciniata.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Legenda: Fase móvel: (A) acetato de etila: ácido fórmico: MeOH: H2O (10:0,5:0,6:0,2, v/v/v); (B) acetato de etila:
ácido fórmico: MeOH: H2O (10:0,5:0,6:0,2, v/v/v); Adsorvente: gel de sílica 60 F254; Revelador: (a) vanilina
sulfúrica + aquecimento e (b) UV 254 nm. BP – B. pinnatum. Fonte: Resultados Experimentais
Na análise por CLUE-EM/EM (figura 58) foi possível confirmar a presença dos
flavonoides sugeridos pela literatura (COSTA et al., 2015, 1994; DE ARAÚJO et al., 2018;
FERNANDES et al., 2016). No fragmentograma, todos os compostos que eluem após 8 min de
tempo de retenção foram identificados como fenóis, principalmente flavonoides do tipo O-
glicosídicos, como descrito por Fernandes e cols (2016). Foi possível isolar os íons das
agliconas m/z 333 e 317, relativa à estrutura da patuletina e da eupafolina, respectivamente. Os
açúcares conjugados com essas estruturas são hexoses (como a glicose), pentose (como
Figura 58 - Cromatograma CLUE-EMAR/EM do EHEL de K. laciniata (A) modo negativo e (B) modo
positivo.
Legenda: FE: coluna C18 Hypersil Gold UPLC (100 x 1,9 mm, 2,1 µm); FM: gradiente ACN: ácido fórmico 0,1%;
fluxo: 0,22 mL/min; eluição acompanhada nos modos negativo (A) e positivo (B) (item 3.4). Fonte: Resultados
experimentais.
Legenda: Composto Kl1 à Kl11. Fase móvel para análise das CCDs: AcOEt: HCOOH: MeOH: H2O
(10:1,5:1,6:0,5, v/v/v/v) e revelação com Vanilina sulfúrica + aquecimento. Fonte: Autoria própria baseada em
resultados experimentais.
desses flavonoides são importantes para atribuir um perfil característico a essa espécie e,
também para serem utilizados como marcadores, ajudando no controle de qualidade do IFAV
de K. laciniata.
A substância Kl2 foi elucidada a partir da técnica de RMN. Para a elucidação desta
molécula os dados obtidos por RMN foram comparados com dados da literatura: Mabry;
Markram; Thomas (1970), Breitmaier e Voelter (1984), Costa, Jossang e Bodo (1994), Trevisan
e cols (2002).
A análise de RMN de 1H de Kl2 foi realizada em 400 MHz, utilizando MeOD como
solvente (figura 61). O espectro de RMN de 13C de Kl2 foi realizado em 400 MHz, utilizando
MeOD como solvente (figura 2).
O espectro de RMN de 1H mostrou a presença de 29 hidrogênios e apresentou sinais
característicos de agliconas de flavonoides entre 7,5 e 6,6 ppm. Nesta região foram observados
quatro sinais, cada um com integração relativa a um hidrogênio. No espectro de RMN de 13C
foram observados 32 sinais, 16 atribuídos à aglicona e 16 atribuídos aos carbonos das duas
unidades de ramnose. Os sinais observados em 178,98 ppm, entre 158,58 e 106,06 ppm, em
98,60 e 61,00 ppm correspondem aos deslocamentos químicos para os carbonos da aglicona.
O espectro de RMN de 1H apresentou sinais característicos de agliconas de flavonoides
entre 7,36 e 6,22 ppm. Foi possível observar um sinal em 6,96 ppm que trata-se de um dubleto
com constante de acoplamento J igual a 8,24 Hz, que foi atribuída ao H-5’ (anel B). Em um
campo um pouco mais desprotegido, 7,36 ppm, observa-se um dubleto (H-6’), que apresenta J
de 8,27 Hz. O quarto sinal observado é um singleto situado em 7,41 ppm (H-2’). Esses sinais
são compatíveis com um acoplamento orto. Dessa forma, o padrão de sinais e multiplicidade
observadas são compatíveis com um anel B 3’,4’-di-hidroxilado. O dubleto referente ao H-5’ é
observado em um campo mais blindado que o dubleto de H-6’ e o singleto de H-2’, devido ao
efeito mesomérico da hidroxila livre em C-4 e da influência da desblindagem do anel C sobre
os H-2’ e H-6’. Em relação ao anel A, o sinal que se encontra no campo mais protegido, situado
em 6,66 ppm é do tipo singleto e foi atribuído ao H-8, sugerindo um anel A pentassubistituído.
Foi encontrado também um sinal sugestivo de uma metoxila na posição 6 em uma região mais
protegida, um singleto em 3,93 ppm com integração para três hidrogênios, caracterizando uma
posição meta em relação ao H-8. Assim, com base no espectro RMN de 1H foi possível sugerir
a aglicona como sendo o flavonol patuletina (6-metoxiquercetina ou quercetagetina 6-metill
éter) (figura 61).
13
No espectro de RMN de C (figura 62), os carbonos anoméricos, ou seja, o C-1 do
açúcar, em flavonoides O-glicosilados aparece na região entre 112 e 98 ppm, que pode não ser
facilmente definido devido aos sinais de C-6 e C-8 da aglicona em flavonoides 5,7-hidroxilados
(AGRAWAL; BANSAL, 1989). Os sinais em 98,88 ppm e em 16,08 ppm atribuídos aos
carbonos anoméricos C-1” e metila C-6”, respectivamente, confirmaram a presença de uma O-
glicosilação, sugerindo a presença de uma unidade de ramnose, que foi confirmada por
experimentos bidimensionais. O restante dos sinais das moléculas de açúcar aparece entre 60 e
85 ppm (AGRAWAL; BANSAL, 1989). É importante ressaltar que o sinal de C-5 da ramnose
próximo a 69 ppm, indica que trata-se de uma α-ramnose (AGRAWAL; BANSAL, 1989). O
C-5” está em 68,15 ppm indicando que a primeira unidade de ramnose se trata de uma α-
ramnose. A segunda unidade de ramnose foi observada pela presença de um sinal metila em C-
6’” com deslocamento químico em 16,67 ppm e do carbono anomérico está situado em 101,21
ppm. Adicionalmente, há dois sinais em 171,24 e 171,14 ppm referentes aos carbonos das
carbonilas dos grupos acetil que estão ligados aos açúcares. Técnicas de RMN bidimensionais
de HSQC e HMBC comprovaram a presença de uma segunda unidade de uma α-ramnose.
A tabela 30 mostra os deslocamentos químicos de RMN de 1H e de 13C em MeOD, para
o flavonoide Kl2.
As técnicas de RMN bidimensionais são muito importantes para conseguir se
estabelecer correlações entre hidrogênios que estão acoplados 2-3JH-H (COSY); correlação direta
entre os núcleos de carbono e hidrogênio (HMQC) e correlação a longa distância entre os
núcleos de carbono e hidrogênio (HMBC). Nas técnicas de HSQC e HMBC, o eixo horizontal
corresponde aos δH e o eixo vertical aos deslocamentos δC (PAVIA et al., 2012;
SILVERSTEIN; WEBSTER; KIEMLE, 2012). Os dados de COSY, HSQC e HMBC serão
apresentados nas figuras 3, 4 e 5.
Figura 63 - Espectro de RMN Cosy do flavonoide Kl2 (MeOD, 400 MHz e 100 MHz).
Figura 64 - Espectro de RMN HSQC do flavonoide Kl2 (MeOD, 400 MHz e 100 MHz).
Figura 65 - Espectro de RMN HSQC do flavonoide Kl2 (MeOD, 400 MHz e 100 MHz).
Em relação à Kl11, foi identificada como sarmentosina (figura 47), sua identificação e
elucidação estrutural já foram descritas anteriormente no tópico 5.2.2 do Capítulo 2, após ser
isolado da espécie de B. pinnatum. Após comparação cuidadosa dos espectros de ambas as
substâncias e confirmação com dados da literatura, foi comprovada sua identidade estrutural.
Essa substância foi descrita pela primeira vez para a espécie Sedum sarmentosum, em
1978, por Fang e cols (NISHIDA; ROTHSCHILD; MUMMERYT, 1994), e posteriormente em
Sedum cepaea, em 1982 (NAHRSTEDT; WALTHER; WRAY, 1982), mas também já foi
descrito para espécies de Rhodiola (YOSHIKAWA et al., 1996), ambas pertencentes a família
Crassulaceae, apresentando-se como um possível candidato a marcador quimiotaxonômico para
esta família.
Apesar de não ter sido realizada a quantificação desse composto para K. laciniata, é
possível sugerir que a sarmentosina é um dos compostos majoritários para a espécie, no entanto,
seu uso como marcador pode ser questionado, pois não é uma substância de distribuição restrita
para essa espécie, uma vez que já foi encontrada em B. pinnatum e não poderia ser usada com
substância diferenciadora entre esses espécies em caso de verificação de autenticidade do
material vegetal.
5 CONCLUSÕES
1 INTRODUÇÃO
A metabolômica é uma das mais recentes técnicas “ômicas”, na qual os metabólitos na
amostra são quali e/ou quantitativamente analisados, tornando-se uma ferramenta bastante útil
na investigação metabólica do controle de qualidade de produtos naturais para consumo
humano, como os fitoterápicos (CHOI et al., 2014; FUNARI et al., 2013; WOLFENDER et al.,
2013; VERPOORTE et al., 2007), podendo contribuir na padronização de extratos, etapa
importante para o desenvolvimento dos mesmos, assim como para a solicitação do registro
(BRASIL, 2014a), garantindo segurança no uso de produtos fitoterápicos pela população.
A abordagem metabolômica tem sido muito utilizada para caracterizar as respostas
metabólicas frente a estresses abióticos, como hídrico e salino que são os maiores fatores
ambientais adversos que diminuem o crescimento e a qualidade da planta (COLQUHOUN,
2007; SHULAEV et al. 2008; FUNARI et al., 2013; GIESSER et al., 2015; RIZWAN et al.,
2015), alterando o teor de substâncias e desenvolvendo respostas adaptativas para minimizar os
efeitos dos estresses. O controle de qualidade dos produtos naturais depende das concentrações
de substâncias ativas e diversos fatores podem afetar o seu teor, como clima, condições de
cultivo ou método de extração, colocando em risco a saúde e a segurança do paciente
(ALAERTS et al., 2010; TIRSTAERT; DEJAEGHER; HEYDEN, 2011).
Em relação a estudos abióticos relacionados a espécie B. pinnatum, foram encontrados
trabalhos que avaliaram a influência da radiação ultravioleta bem como solar na biossíntese dos
flavonoides da espécie (CRUZ et al., 2012; MUZITANO et al., 2011; NASCIMENTO et al.,
2015), já para a espécie K. laciniata, só foi encontrado um estudo realizado por Cruz e cols
(2012), que avaliou o perfil de antocianinas frente a radiação ultravioleta. No entanto, não foram
encontrados trabalhos que mostrem como a salinidade e a suspensão de rega podem influenciar
na alteração desses metabólitos. Isso se torna ainda mais importante, se tratando de cultivo em
regiões semiáridas, castigadas pelo longo período de estiagem, como é o caso do estado do Rio
Grande do Norte. Assim, esse trabalho constitui uma abordagem inédita para essas espécies.
Por fim, é importante destacar ainda que a abordagem metabolômica se torna
particularmente útil para análise de plantas medicinais devido ao programa criado pelo
Ministério da Saúde (MS) para viabilizar o uso de fitoterápicos pelo Sistema Único de Saúde
(SUS) (BRASIL, 2009) e atender aos regulamentos da Anvisa para o seu uso seguro. Ainda,
constitui uma estratégia que vai de encontro a Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos (decreto presidencial no. 5.813, de 22 de junho de 2006). Os princípios
norteadores do referido decreto enfatizam a necessidade do uso sustentável da biodiversidade
brasileira, já que plantas medicinais de uso tradicional selecionadas, com procedimentos de
controle de qualidade bem estabelecidos e executados, poderiam ampliar o leque de opções
terapêuticas e contribuir para a ampliação e melhoria do SUS (FUNARI et al., 2013).
É importante destacar que K. pinnata (B. pinnatum) está na Relação Nacional de Plantas
Medicinais de Interesse do SUS (RENISUS), publicada pelo MS em fevereiro de 2009. Nesse
contexto, esse trabalho poderá contribuir na comprovação do uso seguro e eficaz de
Bryophyllum pinnatum e Kalanchoe laciniata, fornecendo subsídios para a inclusão desta
última na RENISUS, uma vez que é uma planta medicinal nativa do Brasil. Esses esforços
poderão ainda fortalecer a cadeia de produção de um possível fitoterápico que possa ser
desenvolvido com essas espécies.
Dentro desse contexto, a abordagem metabolômica será utilizada na investigação de
alterações de metabólitos secundários nos extratos de B. pinnatum e Kalanchoe laciniata em
resposta ao cultivo submetido aos estresses hídrico e salino, para caracterizar as diferenças
obtidas nas condições ecofisiológicas estabelecidas. Assim, pretende-se correlacionar as
condições de cultivo com o resultado farmacológico, em busca de encontrar uma estratégia útil
na obtenção de extratos ativos quantificados.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
metabólito) e targeted analysis (análise direcionada ou análise alvo) (SHULAEV et al., 2008).
As duas primeiras também são chamadas de untargeted ou non-targeted analysis, ou seja,
análises não direcionadas ou não-alvo, quando não se objetiva um grupo específico de
metabólitos, e sim uma análise global (SHULAEV, 2006).
No fingerprinting metabólico é realizada a detecção de todos os metabólitos dentro de
uma amostra geralmente associada a resposta de um estresse, sem levar em conta a identificação
e quantificação precisa de todos os diferentes metabólitos na amostra, nesse caso há o
estabelecimento de um padrão de reconhecimento do extrato. Em contrapartida, no perfil
metabólico há a detecção e identificação e, quando possível, análise semi-quantitativa de
metabólitos (todos ou um conjunto deles) dentro de um extrato. Por fim, a análise direcionada,
ou targeted analysis, é a abordagem analítica mais desenvolvida na metabolômica, utilizada
para medir com precisão a concentração de um número limitado de metabolitos conhecidos,
sendo necessário conhecer a estrutura do metabólito alvo e desenvolver um método analítico
para medir adequadamente sua concentração na amostra (ALAERTS et al., 2010; ALLWOOD;
ELLIS; GOODACRE, 2008; GOODACRE et al., 2003; HONG et al., 2016; JORGE et al.,
2015; SHULAEV, 2006; SHULAEV et al., 2008).
É importante salientar que o uso fingerprintings, ou seja, a impressão digital
espectroscópica e/ou cromatográfica, vem emergindo como ferramenta alternativa para garantir
a qualidade dos materiais e preparações à base de plantas. No caso de fingerprintings
metabólicos, as técnicas de RMN e EM por injeção direta são bastante utilizadas (ALAERTS
et al., 2010; ALLWOOD; ELLIS; GOODACRE, 2008; SHULAEV, 2006).
Por fim, é importante deixar claro que diversos métodos espectroscópicos vêm sendo
utilizados para as análises metabolômicas (HONG et al., 2016), especialmente cromatografia
líquida acoplada a EM (ALLWOOD; GOODACRE, 2010), mas também a RMN vem
emergindo como ferramenta importante para essas análises (EMWAS et al., 2019). Assim,
metabolômica envolve uma larga quantidade de amostras e os espectros resultantes são
geralmente complexos com sobreposições de sinais, o que requer uma análise multivariada de
dados, supervisionada ou não (por exemplo, PLS – Partial Least Squares – e PCA – Principal
Component Analysis – , respectivamente). Dessa forma, métodos quimiométricos são utilizados
para extrair a maior quantidade de informações relevantes para a interpretação dos espectros
(ALLARD et al., 2018; SIMMLER et al., 2014; BARTHI; ROY, 2012; IZQUIERDO-GARCIA
et al., 2011).
3 OBJETIVOS
4 METODOLOGIA
Essa parte do trabalho foi realizada em parceria com a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ-
UFRN) e com o Instituto de Química da UFRN sob colaboração com o Prof. Dr. Edgar Perin
Moraes. Análises de RMN e CLUE-EM/EM foram realizadas, respectivamente, no Laboratoire
de Pharmacognosie (UMR CNRS 8638) da Université Paris Descartes – Paris V, com
colaboração do MCF-HDR Professor Dr. Raphael Grougnet, e no Benaki
Phytopharmacological Institute (BPI), com a colaboração da Dra Katerina Termentzi para as
análises do perfil metabólico de B. pinnatum. A quantificação dos flavonoides de B. pinnatum
por CLUE-DAD foi realizada no Instituto de Química da UFRN. A análise do perfil metabólico
de K. laciniata ainda não foi realizada, apenas as análises morfológicas e de rendimento.
Para o cálculo da quantidade de NaCl desejada para obter as concentrações de 50, 100 e 200
mM, foi utilizada a seguinte fórmula:
quantidade necessária para cada concentração. Dessa forma, as quantidades utilizadas para
preparar um litro de água salinizada foram:
1
Quenching metabólico: interrupção imediata da atividade enzimática.
2
O pool de indivíduos para avaliação farmacológica foi preparado a partir de um extrato que continha duas folhas
de cada indivíduo de um mesmo grupo (2 folhas coletadas de cada indivíduo N=10, para cada tratamento).
R = mEHEL x 100
mMPV
LTQ orbritap (EMFT) no modo full scan, aplicando uma resolução de 70000, enquanto a
aquisição dos espectros de massas foi realizada sempre usando o modo centroide. Foi usada
uma resolução de 35000 para a aquisição dos dados, permitindo um fragmentação EM/EM dos
três íons mais intensos de cada pico excedendo o limiar predefinido, aplicando uma exclusão
dinâmica de 10s. A energia de colisão normalizada foi estabelecida em 40,60 e 100. A aquisição
e a análise de dados foram concluídas empregando o software Xcalibur® 2.1.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste trabalho foram avaliados como os estresses hídrico e o salino podem influenciar
no desenvolvimento e na alteração no conteúdo de metabólitos secundários nas espécies B.
pinnatum e K. laciniata. Essa avaliação torna-se bastante interessante, uma vez que espécies
resistentes aos estresses salino e hídrico são importantes para a melhorar a produtividade em
regiões áridas e semiáridas (RIZWAN et al., 2015; ARBONA et al., 2013; SREENIVASULU
et al., 2000).
Figura 69 - Registo da evolução morfológica macroscópica das mudas de B. pinnatum durante o estudo de estresse hídrico.
Figura 70 - Gráfico que ilustra a média em % (±DP) o rendimento do EHEL do estresse hídrico de B. pinnatum.
Legenda: Dias de tratamento (suspensão de rega) - T0, T5, T10, T20, T10c e T30; C - Controle; T - Tratamento. Valores expressos como média ± EPM (n = 10/ grupo). *P<0,005
quando comparado ao grupo T0 após ANOVA de uma via seguido de teste de Tukey. Fonte: Resultados experimentais.
Um dado importante a acrescentar nesse estudo hídrico foi a recuperação do T10c, que
apresentou um maior rendimento em relação a todos grupos (grupos tratados e controle), apesar
de que, estatisticamente, ele só foi significativamente diferente do seu respectivo controle T20C
e dos tratamentos T20T e T30T. Esse dado do T10cT é bastante interessante, pois vai de
encontro ao trabalho recente publicado por Wang e cols (2018), no qual mostrou que a presença
de um gene em Kalanchoe daigremontiana, após uma re-irrigação, estimula uma floração mais
precoce das folhas do tabaco. Estudos adicionais devem ser realizados para confirmar a possível
presença desse gene em B. pinnatum, e se ele poderia também influenciar nesse caso.
No estresse hídrico, um dos parâmetros fisiológicos mais importantes alterados é a
fotossíntese, o que provoca uma severa e progressiva redução da capacidade de assimilação de
CO2. Esta diminuição na taxa fotossintética é primeiramente associada a um fechamento
estomático induzido por um declínio no turgor das células foliares que limita a difusão de CO2
para a câmara subestomática. Ainda é possível induzir a fotorrespiração e a produção de H2O2
(peróxido de hidrogênio), e consequentemente, após o declínio da fotossíntese, a produção de
espécies reativas do oxigênio (ROS) é a primeira resposta, causando dano celular, mas também
um sinal a ser transmitido. Nesse contexto, a planta pode responder ao estresse com a
superprodução de metabólitos antioxidantes como os polifenóis. Além disso, o estresse hídrico
induz, como resposta geral, o acúmulo de vários aminoácidos, como valina, leucina, isoleucina
e agmatina (como precursor de poliaminas) juntamente com carboidratos que, em combinação
com prolina podem exercer papel osmoprotetor (ARBONA et al., 2013; CATTIVELLI et al.,
2008; CHAVES; FLEXAS; PINHEIRO, 2009).
A análise dos dados de rendimento sugere provável resistência a escassez de água pelo
metabolismo dessa planta. Essa resistência pode ser justificada por essa espécie pertencer a
família Crassulaceae, que tem o metabolismo do ácido crassuláceo (CAM), o que lhe confere
adaptação a regiões áridas (BORLAND et al., 2014, 2015; DAVIS; LEBAUER; LONG, 2014).
O CAM é definido a partir de uma flutuação diurna de acidez devido à produção de
ácido málico. A flutuação desse ácido orgânico resulta da fixação noturna de CO2, catalisada
pela PEP carboxilase usando fosfoenolpiruvato (PEP) para produzir oxalacetato, que é
rapidamente reduzido a malato catalisado pela malato desidrogenase. O malato é transportado
até os vacúolos e armazenado na forma de ácido málico que, durante o dia, inunda o vacúolo e
é descarboxilado para produzir CO2 e um fragmento de 3 carbonos, tal como piruvato ou PEP.
Na planta CAM típica, os estômatos são fechados durante a fase de descarboxilação, ou seja,
durante o dia, diminuindo a perda de água, e, o CO2 liberado nos tecidos é fixado
fotossinteticamente pelo ciclo de pentose redutora. Os estômatos abrem a noite, quando a perda
de água transpiracional é baixa. Assim, a maior parte das trocas gasosas em plantas de CAM é
à noite e não durante o dia (CUSHMAN, 2001; DAVIS; LEBAUER; LONG, 2014; GARCIA
et al., 2014; TING, 2003). Isso fornece plasticidade às plantas CAM para otimizar o ganho de
carbono e o uso da água, estendendo ou reduzindo o período de absorção líquida de CO2 em
qualquer período de 24 horas. A plasticidade fotossintética sustenta a diversidade ecológica das
espécies de CAM e contribui para o potencial de alta produção de biomassa em habitats
limitados pela água (BORLAND et al., 2011)
O CAM é tão importante para plantas de regiões áridas, que técnicas de engenharia
genética são utilizadas para introduzi-lo em culturas de plantas C3, para tentar conferir
resistência a escassez de água, inclusive devido ao aumento da temperatura do planeta em
decorrência do aquecimento global (BORLAND et al., 2014, 2015). Além disso, recentemente,
foi identificado por Wang e cols (2018) na espécie Kalanchoe daigremontiana, um gene que
confere resistência a condições de seca. Segundo o estudo, o gene KdNOVEL41, além de
conferir resistência a estresse hídrico, poderia afetar o desenvolvimento da planta (WANG et
al., 2018).
Para análise do metaboloma das mudas submetidas a estresse hídrico, foi realizada a
análise do perfil metabólico por CLUE-EM/EM. Após obtenção dos dados, as análise
quimiométricas foram realizadas no programa R® correlacionando as variáveis tempo de
retenção (min) x m/z de todos os picos do cromatograma como explicado anteriormente na
metodologia deste capítulo. Os resultados das análises de PCA e PLS estão ilustrados nas
figuras 71, 72, 73, 74, 75 e 76.
O primeiro teste realizado foi a análise de PCA, este teste trata-se de uma análise não
supervisionada, ou seja, o software é alimentado com os dados, mas não é especificado a que
grupo cada dado pertence. É utilizado para se obter uma visão geral dos dados e como está a
variabilidade dentro dos grupos e entre os grupos (WEHRENS, 2011). Nas figuras 71 e 72 estão
ilustradas as análises de PCA realizadas com todos os dados do modo positivo e negativo,
respectivamente, mostrando que apenas os grupos tratamento T20 e T30 conseguem se
distanciar dos demais grupos em relação a alteração de metabólitos, pois estão mais
correlacionados com as componentes principais (PC1 e PC2), sugerindo que os indivíduos de
B. pinnatum mostram alterações de metabólitos após a 20 dias de suspensão de rega. Esses
achados podem corroborar com os resultados de rendimento, no qual apenas T20T e T30T
(figura 66) apresentam diferenças em termos de biomassa em relação ao controle.
Figura 71 - PCA realizado com todos os indivíduos submetidos ao estresse hídrico de B. pinnatum. Dados no
modo positivo.
Figura 72 - PCA realizado com todos os indivíduos submetidos ao estresse hídrico de B. pinnatum. Dados no
modo negativo.
Nas figuras 73 e 74, temos a análise por PCA direcionada apenas aos grupos T20 e T30.
Nesse caso, é possível perceber cada indivíduo dos grupos tratamentos, tanto T20 quanto T30,
em posições diferentes do gráfico quando comparada com os grupos controles, reforçando a
Figura 73 - PCA realizado com todos os grupos T20 e T30 versus Grupos controles. Dados no modo positivo.
Figura 74 - PCA realizado com todos os grupos T20 e T30 versus Grupos controles. Dados no modo negativo.
Figura 75 - PLS realizado com todos os grupos T20 e T30 versus Grupos controles. Dados no modo positivo.
Figura 76 - PLS realizado com todos os grupos T20 e T30 versus Grupos controles. Dados no modo positivo.
análises adicionais de PLS estão sendo conduzidas para uma análise comparativa melhor entre
esses grupos.
Para análise do metaboloma global, as razões m/z dos compostos que são os marcadores
diferenciais entre os grupos estão em identificação e provavelmente serão utilizados para
sugestão de rotas biossintética. Na figura 14 do capítulo 2, é possível visualizar o fingerprint
cromatográfico de B. pinnatum por CLUE-EM/EM. A análise do metaboloma alvo (target
analysis), no qual é quantificado o teor de flavonoides em cada grupo, está fase de
experimentação por CLUE-DAD.
Figura 77 - Registo da evolução morfológica macroscópica das mudas de K. laciniata durante o estudo de estresse hídrico.
Figura 78 - Gráfico que ilustra a média em % (±DP) o rendimento do EHEL do estresse hídrico para K. laciniata
Legenda: Dias de tratamento (suspensão de rega) - T0, T5, T10, T20, T10c e T30; C - Controle; T - Tratamento. Valores expressos como média ± EPM (n = 10/ grupo). *P<0,005
quando comparado ao grupo T0C e **P<0,001, quando comparado ao grupo T10T após ANOVA de uma via seguido de teste de Tukey. Fonte: Resultados experimentais.
Figura 79 - Registo da evolução morfológica macroscópica das mudas de B. pinnatum durante o estudo de estresse salino.
Figura 80 - Gráfico que ilustra a média em % (±DP) o rendimento do estresse salino para B. pinnatum.
Legenda: G0 - controle após 30 dias, G1- 50 mM, G2 - 100 mM e G3 - 200 mM; C - Controle; T - Tratamento. Valores expressos como média ± EPM (n = 10/ grupo).
***P<0,0001, quando comparado ao grupo T0G0 após ANOVA de uma via seguido de teste de Tukey. Fonte: Resultados experimentais.
salino, em contrapartida, é possível visualizar que a menor concentração de sal consegue alterar
significativamente a composição de metabólitos de B. pinnatum.
Figura 81 - PCA realizado com todos os grupos tratados versus grupos controles do estresse salino. Dados no
modo positivo.
Figura 82 - PCA realizado com todos os grupos tratados versus grupos controles do estresse salino. Dados no
modo negativo.
Nas figuras 83 e 84, é possível visualizar a análise supervisionada de PLS para confirmar
a interpretação que os dados de PCA nos forneceram. É possível verificar a diferença entre os
grupos controle e tratamento. No gráfico, todos os grupos que foram submetidos a salinidade
foram tratados como saline stress.
Figura 83 - PLS realizado com todos os grupos tratados versus grupos controles do estresse salino. Dados no
modo positivo.
Figura 84 - PLS realizado com todos os grupos tratados versus grupos controles do estresse salino. Dados no
modo negativo.
Para análise do perfil metabólico, as razões m/z dos compostos que são os marcadores
diferenciais entre os grupos estão em identificação e provavelmente serão utilizados para
sugestão de rotas biossintética. Na figura 14 do capítulo 2, é possível visualizar o fingerprint
cromatográfico de B. pinnatum por CLUE-EM/EM. No entanto, é importante fazer algumas
considerações acerca de como a salinidade pode influenciar na produção de metabólitos pelas
plantas.
O estresse salino pode levar a um desbalanço osmótico na célula vegetal, levando ao
aumento da produção dos aminoácidos prolina e glicina betaína (GB) (PARIHAR et al., 2015),
mas também outros como a alanina, arginina, leucina, valina, serina e ornitina (ASHRAF;
HARRIS, 2004). É interessante notar também que em plantas submetidas a condições de
estresse salino, há um aumento da produção de espécies restivas do oxigênio (ROS) induzido
pelo ABA, o que desencadeia a produção e a acumulação de flavonoides em células-guarda
(HEDRICH; SHABALA, 2018; WATKINS; CHAPMAN; MUDAY, 2017). A análise do
metaboloma alvo, no qual é quantificado o teor de flavonoides em cada grupo, está fase de
experimentação no CLUE-DAD.
Os efeitos do estudo de estresse salino de B. pinnatum também foi avaliado por RMNq
de 1H para análise do metaboloma alvo. Nesse caso, foi analisada a concentração de
sarmentosina em mg/g de extrato conforme descrito anteriormente, no item 5.4 do capítulo 2,
através da equação da reta determinada pela linearidade (y = -1,3775 + 2,6068), de maneira
análoga à realizada para determinação de sarmentosina no EHEL de B. pinnatum. Até o
momento, somente o sinal da sarmentosina foi estudado, mas outros sinais, especialmente
aqueles relativos a flavonoides, também serão inclusos nas análises futuras, bem como a
interpretação do fingerprint metabólico obtido pelo RMN. Na figura 54 A está ilustrado o
fingerprint por RMN para o EHEL de B. pinnatum. Na figura 85 são ilustrados os valores de
concentração de sarmentosina em mg/g de extrato de B. pinnatum.
Figura 85 - Gráfico que ilustra a média da concentração de sarmentosina em mg/g do extrato de B. pinnatum
obtido do estudo de estresse hídrico.
mg sarmentosina/g de extrato
30
*
20
10
0
0
3
0
0G
0G
0G
0G
G
T0
T3
T3
T3
T3
Legenda: G0 - controle após 30 dias, G1- 50 mM, G2 - 100 mM e G3 - 200 mM; C - Controle; T - Tratamento.
Valores expressos como média ± EPM (n = 10/ grupo). ***P<0,005, quando comparado ao grupo T0G0 após
ANOVA de uma via seguido de teste de Tukey. Fonte: Resultados experimentais.
A partir dos resultados expostos é possível notar que não há alteração da concentração
de sarmentosina com o tratamento salino durante 30 dias. Essa ausência de diferença é sugerida,
pois o grupo T0G0, que é o controle da coleta no primeiro dia de tratamento de estresse salino,
apresenta uma concentração de sarmentosina praticamente igual aos demais grupos tratados
com a solução (G1, G2 e G3, respectivamente, 50, 100 e 200 nM) em diferentes concentrações.
Apesar de haver diferença estatística do grupo T30G3 em relação ao T0G0 a um P<0,05, essa
diferença não é visível no gráfico. Além disso, com exceção do T30G1 que possui uma leve
diferença em relação ao T30G0 (P<0,05), essa diferença não é vista para os grupos T30G2 e
T30G3. Entre os grupos é possível perceber que não há diferenças estatísticas na concentração
de sarmentosina à medida que se aumenta a concentração de NaCl na solução de rega.
Ou seja, é possível sugerir que a alteração da rega com diferentes concentração de NaCl
não altera a produção de sarmentosina em B. pinnatum. Não foram encontrados dados na
literatura que relacionem o teor de γ-HNG com o aumento da salinidade na solução de rega.
Isso pode estar associado à isoleucina, aminoácido precursor na biossíntese de sarmentosina,
uma vez que não foi encontrado na literatura que o estresse salino possa alterar o conteúdo
desse aminoácido, o que talvez possa justificar a não interferência no seu teor nas mudas de B.
pinnatum submetidas ao estresse salino.
Figura 86 - Registo da evolução morfológica macroscópica das mudas de B. pinnatum durante o estudo de estresse salino.
Legenda: G0 - controle após 30 dias, G1- 50 mM, G2 - 100 mM e G3 - 200 mM; C - Controle; T - Tratamento. Valores expressos como média ± EPM (n = 10/ grupo). **P<0,001
e ***P<0,0001, quando comparado ao grupo T0G0 após ANOVA de uma via seguido de teste de Tukey. Fonte: Resultados experimentai
6 CONCLUSÕES
7 PERSPECTIVAS
1 INTRODUÇÃO
Os acidentes causados por serpentes são considerados um problema de saúde pública,
não somente pela sua alta magnitude, mas também pela gravidade e sequelas marcantes, geradas
por cada um dos seus gêneros (BRASIL, 2010). A fauna ofídica brasileira de interesse médico
está representada pelos gêneros Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus, que tem como
principais representantes as serpentes popularmente conhecidas como, “jararaca”, “cascavel”,
“surucucu” e “coral-verdadeira”, respectivamente (BRASIL, 2001). Dentre eles, o gênero
Bothrops representa o grupo mais importante das serpentes peçonhentas, com mais de 60
espécies encontradas em todo o território brasileiro (BRASIL, 2005). Segundo o Ministério da
Saúde, esse gênero é responsável por cerca de 90% dos casos no Brasil (BRASIL, 2009b;
PINHO; PEREIRA, 2001). As principais espécies deste gênero são: B. atrox (acidente mais
frequente na Amazônia); B. erythromelas (regiões litorâneas e úmidas da região Nordeste); B.
jararaca (tem grande capacidade adaptativa, e comumente encontrada na região Sudeste); B.
jararacassu (predominante no Sul e Sudeste); B. moojeni (principal espécie do cerrado) e B.
alternatus (região Centro-Oeste a Sul) (BRASIL, 2005).
O tratamento específico do envenenamento consiste na administração o mais
precocemente possível, por via endovenosa do soro antibotrópico (SAB) e, na falta deste, das
associações antibotrópico-crotálico (SABC) ou antibotrópico-laquético (SABL), em ambiente
hospitalar (PINHO; PEREIRA, 2001). No entanto, o soro antiofídico, geralmente, não é capaz
de reverter com eficiência os efeitos locais teciduais causados pelo envenenamento, devido a
isso, o uso de anti-inflamatórios esteroidais ou não-esteroidais é comum para o alívio da dor e
de alguns sintomas locais, como edema e hemorragia (ARAÚJO et al., 2007; BRASIL, 2001;
GUTIÉRREZ; LOMONTE, 1989).
Dentro deste contexto, plantas com potencial antiofídico tem despertado crescente
interesse, visando ao tratamento adjuvante à soroterapia e à fisiopatologia do envenenamento,
especialmente no tratamento de efeitos locais, visto que são fonte de inibidores naturais e de
substâncias farmacologicamente ativas (FÉLIX-SILVA et al., 2017; GUTIÉRREZ; LEÓN;
BURNOUF, 2011; GUTIÉRREZ, 2002; HOUGHTON; OSIBOGUN, 1993).
Nesse âmbito, outra proposta do presente trabalho foi avaliar e comparar os efeitos
inibitórios locais dessas espécies no envenenamento induzido por Bothrops erythromelas, tendo
em vista seu amplo uso popular para tratar problemas inflamatórios, e que os acidentes causados
por serpentes são um grave problema de saúde pública, e figuram na Lista de Doenças Tropicais
Negligenciadas da OMS desde 2009 (GUTIÉRREZ et al., 2013).
A literatura popular relata o uso das folhas da espécie B. pinnatum no uso de picadas de
serpentes e escorpiões (BAHEKAR; KALE; NAGPURE, 2013; SARKHEL, 2014; FÉLIX-
SILVA et al., 2017b). Estudos que avaliem a atividade antiofídica das espécies do gênero
Kalanchoe não são comuns na literatura. Foram encontrados apenas dois trabalhos com a
espécie K. laciniata que mostram a antagonização dos efeitos inflamatórios locais como
diminuição do grau de edema e do halo hemorrágico in vivo (FONSECA et al., 2004; MOURA
et al., 2015), no entanto, são resultados preliminares. No primeiro estudo, realizado por Fonseca
e cols (2004), foi realizada avaliação da atividade anti-hemorrágica in vivo do extrato por via
tópica, tanto administrado isoladamente quando incorporado ao creme lanete. No segundo,
Moura e cols (2015), a avaliação dos efeitos anti-hemorrágicos foi realizada por via
intradérmica, com a peçonha e o extrato administrados conjuntamente após pré-incubação nas
proporções 1:12 e 1:48 (veneno:extrato, p/p).
Nosso grupo de pesquisa trabalha com B. pinnatum e K. laciniata no envenenamento
botrópico desde 2013, e em estudo prévio, foi observada atividade inibitória dos extratos de
ambas espécies contra os efeitos locais induzidos pelo veneno de B. jararaca por via i.p. nas
doses de 125, 250 e 500 mg/kg (FERNANDES et al., 2016). Nesse estudo, realizamos uma
comparação entre essas espécies, e avaliamos as atividades anti-hemorrágica e
antiedematogênica no pré- e no pós-tratamento, bem como a inibição da ação fosfolipásica in
vitro. Esse foi o primeiro trabalho publicado na literatura com avaliação da espécie B. pinnatum,
além de ser o primeiro que aborda uma avaliação mais completa do potencial das espécies frente
a antagonização dos efeitos locais induzidos pelo envenenamento causado por B. jararaca.
Dentro desse contexto, há a necessidade de continuar investigando as espécies também com
outras serpentes do gênero Bothrops, como a B. erythromelas, sobretudo com os extratos
obtidos a partir das diferentes condições de cultivo empregadas no presente trabalho, bem como
encontrar os compostos responsáveis pela atividade.
O envenenamento botrópico causa hemorragia, incoagulabilidade sanguínea, choque
hipovolêmico, alterações cardiovasculares e renais, e um intenso processo inflamatório, com
lesão endotelial, dor, rubor e hemorragia, o que pode causar necrose no local de injeção do
veneno, que é geralmente atribuído à ação conjunta de diversas substâncias presentes no veneno
(GUTIÉRREZ; LOMONTE, 1989; PINHO; PEREIRA, 2001; BRASIL, 2005).
Os venenos ofídicos são constituídos por uma mistura complexa de proteínas e
polipeptídeos farmacologicamente ativos, algumas com atividades enzimáticas, responsáveis
pelos efeitos locais e sistêmicos. As principais toxinas encontradas em venenos ofídicos são
fosfolipases A2 (PLA2), serinoproteases (SVSPs), metalloproteases (SVMPs),
acetilcolinesterases (AChEs), L-aminoacido-oxidases (LAAOs), nucleotidases e hialuronidases
(GUTIÉRREZ, 2002; PINHO; PEREIRA, 2001; KANG et al., 2011).
As PLA2s do veneno de serpentes são enzimas que possuem similaridade estrutural e
função catalítica semelhante à de mamíferos, no entanto são muito tóxicas e induzem um largo
espectro de efeitos farmacológicos. Hidrolisam especificamente a ligação éster sn-2-acil de
fosfolipídios, de foma cálcio dependente, liberando ácidos graxos livres e lisofosfolipídeos
(KINI, 2003; KINI, 2005; KANG et al., 2011). Essas enzimas podem conter um resíduo de
aspartato ou arginina na posição 49, sendo a presença de Asp49 essencial para a ligação do
cálcio (co-fator enzimático) a essas enzimas, assim, classificadas em PLA2 Asp49 ou Lys49
(LOMONTE; ANGULO; CALDERÓN, 2003; LOMONTE; RANGEL, 2012). As PLA2 com
Asp49 são enzimaticamente ativas, enquanto PLA2 com Lys49 apresentam pouca ou nenhuma
atividade enzimática, embora biologicamente os dois tipos sejam ativos (GUTIÉRREZ;
LOMONTE, 1995; ARNI; WARD, 1996; LOMONTE; RANGEL, 2012).
Sua atividade catalítica resulta na liberação do ácido araquidônico, desencadeando a
reação inflamatória. Frequentemente apresentam atividade hemorrágica, miotóxica, hemolítica,
formação do edema, hipotensiva, neurotóxica pré e pós-sináptica, cardiotóxica, de agregação
plaquetária e convulsivante, o que confere lhe um caráter altamente tóxico. Diversos estudos
demosntram que as PLA2s de venenos botrópicos estão envolvidos em respostas inflamatórias
tais como edema, dor, migração leucocitária, necrose e miotoxicidade (GUTIÉRREZ;
LOMONTE, 2013; 1995; 1989; ARNI; WARD, 1996).
Nesse contexto, os extratos obtidos dos estudos de cultivo submetidos aos estresses
abióticos de salinidade e suspensão de rega foram comparados farmacologicamente a partir da
avaliação da inibição in vitro da PLA2, a fim de comparar de que forma esses estresses podem
estar relacionados com aumento ou diminuição da inibição dessa enzima pelos extratos.
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
Para avaliação das atividades in vitro, seria inviável testar cada indivíduo
separadamente, uma vez que cada grupo possui um n de 10 indivíduos. Devido a isso, foram
coletados três pools (1 folha por indivíduo de cada grupo controle ou tratamento, totalizando
um pool com 10 folhas para a produção do EHEL) para cada grupo de cada estresse, salino e
hídrico, como descrito no item 3.3 deste capítulo. Dessa forma, buscando reduzir o número de
indivíduos mas garantindo a homogeneidade de cada grupo.
Primeiramente, gema de ovo foi misturada com PBS na proporção 1:3 (v/v, gema de ovo:
PBS) e centrifugada a 400 rpm por 2 min a temperatura ambiente, para a partir do sobrenadante
obter-se a suspensão estoque de gema de ovo. A concentração de substrato a ser utilizada nos
ensaios foi determinada como aquela com absorbância de 0,6 a 925 nm, que foi uma diluição
de 10% da suspensão estoque de gema de ovo em tampão Tris-HCl 50 mM pH 7,4 contendo
NaCl 200 mM e CaCl2 5 mM.
Para o ensaio, diferentes concentrações de peçonha foram pré-incubadas por 30 min a
37ºC em um volume final de 100 μL. Em seguida, 100 μL de substrato foram adicionados e
incubados por 30 min a 37ºC. Passado o período de incubação, a absorbância foi lida a 925 nm,
utilizando uma leitora de microplacas (Epoch-BioTek, Winooski, VT, EUA). Brancos foram
preparados da mesma forma, substituindo o substrato por igual volume de tampão. Uma
concentração mínima fosfolipásica foi definida como a menor quantidade de peçonha capaz de
produzir um decréscimo de 50% da turbidez em relação ao controle em que se incubou apenas
substrato (ausência de peçonha).
Para os ensaios de inibição, a concentração mínima fosfolipásica (5 µg) foi pré-incubada
com todos os EHEL, provenientes dos pools de indivíduos, a 1 mg/mL, a 37ºC por 30 min, e
em seguida o ensaio realizado conforme descrito anteriormente. Os resultados foram expressos
como porcentagem de atividade fosfolipásica em relação ao controle em que apenas peçonha
foi incubada (considerado 100% de atividade fosfolipásica), com n = 3.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As fosfolipases A2 (PLA2s) representam uma superfamília de enzimas lipolíticas que
catalisam, especificamente, a hidrólise da ligação éster na posição sn-2 de glicerofosfolipídeos,
resultando na geração de ácidos graxos (araquidonato) e lisofosfolipídeos (DE PAULA et al.,
2009). Além de sua função catalítica, PLA2s de venenos ofídicos também possuem atividades
farmacológicas adicionais que podem ser dependentes ou independentes de sua atividade
catalítica. Atividades hemorrágica, miotóxica, hemolítica, edematogênica e neurotóxica são
exemplos de atividades descritas para PLA2s, implicando a participação dessas toxinas em
diversos efeitos tóxicos e/ou farmacológicos observados em envenenamentos ofídicos (ARNI;
WARD, 1996).
A atividade fosfolipásica in vitro testada dos extratos obtidos do cultivo de indivíduos de
B. pinnata e K. laciniata submetidas aos estresse hídrico e salino, neste estudo, avaliou, apenas
as Asp49 PLA2s, ou seja, as enzimaticamente ativas. Nas Figuras 88, 89, 90 e 91, podem ser
visualizados os valores de concentração inibitória em porcentagem dos extratos a 1 mg/mL para
cada grupo controle e tratado dos estresses de salinidade e suspensão de rega, tanto para B.
pinnata quanto para K. laciniata. Seguindo a mesma tendência do que obtivemos em estudo
anteriores (FERNANDES et al., 2016), os extratos de B. pinnatum demonstraram uma maior
atividade em relação aos de K. laciniata, especialmente nas condições de estresse hídrico.
Como pode visualizado na figura 88, há diferenças estatisticamente significativas
(P<0,05) entre os grupos tratamento T10T, T20T, T10cT e T30T em relação ao grupo controle
T0 (ou seja, aquele que reflete as condições da planta antes de começarem os tratamentos).
Outro dado importante a se notar é que houve um aumento da inibição da atividade fosfolipásica
da peçonha, se compararmos o T5T em relação aos demais grupos tratamento T10T, T20T e
T30T, com exceção do T10cT no qual não houve diferenças estatísticas em relação ao T5T
(P<0,05). Ainda seguindo esse raciocínio, uma dado interessante a se discutir é que a inibição
da atividade fosfolipásica da peçonha no T20T é maior que no T30T, sugerindo que até 20 dias
de suspensão de rega, temos o aumento da inibição, ou seja, temos o extrato mais ativo, no
entanto, após um período mais prolongado de 30 dias de suspensão de rega começa a haver uma
diminuição da eficácia do extrato frente a PLA2. Comparando com os dados obtidos das
análises quimiométricas, figuras de 71 a 76 (Capítulo 4), há ligeiras diferenças entre esses dois
grupos em relação a correlação as componentes principais. Isso sugere que talvez uma alteração
no rendimento não influencie na atividade do extrato, mas apenas a produção de compostos
relacionados.
Figura 88 - Inibição da atividade fosfolipásica da peçonha de B. erythromelas para os extratos de cada grupo
controle e tratamento de estresse hídrico de B. pinnatum.
Legenda: Dias de tratamento (suspensão de rega) - T0, T5, T10, T20, T10c e T30; C - Controle; T - Tratamento.
Valores expressos como média ± EPM (n = 5/ grupo). ***P<0,001, quando comparado ao T5T após ANOVA de
uma via seguido de teste de Tukey. Fonte: Resultados experimentais.
Na indução do estresse salino de B. pinnatum (figura 89), temos outro resultado bastante
interessante em relação a atividade fosfolipásica que contrasta com as observação da
composição química após a análise quimiométrica (figuras de 81 a 84 do capítulo 4). Nos testes
de PCA e PLS, não houve diferenças entre as constituições químicas entre os grupos salino, no
entanto, na avaliação da inibição da atividade fosfolipásica, é possível sugerir que o grupo
T30G3 apresentou menor ou nenhuma inibição dessa enzima. Além disso, é possível perceber
que atividade do extrato no grupo T30G1 não é diferente do T0G0 (P<0,05), sugerindo que
uma salinidade mínima pode favorecer a inibição da atividade da fosfolipase pelo extrato de B.
pinnatum. Assim, pode-se afirmar que, no estudo de estresse salino, as condição de salinidade
a 50 e 100 mM (G1 e G2, respectivamente) são importantes para a manutenção da atividade do
extrato de B. pinnatum frente a ação fosfolipásica da peçonha de B. erythromelas.
Figura 89 - Inibição da atividade fosfolipásica da peçonha de B. erythromelas para os extratos de cada grupo
controle e tratamento de estresse salino de B. pinnatum.
Legenda: G0 - controle após 30 dias, G1- 50 mM, G2 - 100 mM e G3 - 200 mM; C - Controle; T - Tratamento.
Valores expressos como média ± EPM (n = 3/ grupo). **P<0,01, quando comparado aos grupos T30G1 e T30G2
após ANOVA de uma via seguido de teste de Tukey. Fonte: Resultados experimentais.
do extrato frente a PLA2 até 20 dias de suspensão de rega, voltando a diminuir com 30 dias,
mas não na mesma intensidade que se visualiza do T30T de K. laciniata.
Ainda na figura 90, vale salientar que não existe diferenças estatisticamente
significativas entre os grupos controle e tratamento de cada condição de estresse hídrico, a saber
T5 (5 dias de suspensão de rega), T10 (10 dias de suspensão de rega), T20 (20 dias de suspensão
de rega), T30 (30 dias de suspensão de rega) e T10c (10 dias de suspensão de rega, seguido de
10 dias de rega normal).
Por fim, ao contrário do que aconteceu na avaliação do estresse hídrico de B. pinnatum,
na qual grupo T20T apresentou melhor atividade inibitória, para K. laciniata, a melhor condição
foi o T5T, apresentando-se como uma condição cultivo importante para aumento da atividade
frente a ação da PLA2 de B. erythromelas para essa espécie. No entanto, é necessário que essa
avaliação seja realizada novamente, uma vez que há também a diminuição da atividade dos
grupos controles, o que significa um possível viés para esse resultado.
Figura 90 - Inibição da atividade fosfolipásica da peçonha de B. erythromelas para os extratos de cada grupo
controle e tratamento de estresse hídrico de K. laciniata.
Legenda: Dias de tratamento (suspensão de rega) - T0, T5, T10, T20, T10c e T30; C - Controle; T - Tratamento.
Valores expressos como média ± EPM (n = 3/ grupo). ***P<0,001, quando comparado ao T5T após ANOVA de
uma via seguido de teste de Tukey. Fonte: Resultados experimentais.
comparação entre esses grupos e o grupo T30G3, há uma marcante diminuição da atividade,
assim como em B. pinnatum. Há um fato bastante curioso no estresse salino de K. laciniata
quando comparado ao de B. pinnatum em relação a inibição da PLA2 da peçonha, pois nesta
última apesar de nos T30G1 e T30G2 haver maior atividade quando comparados aos mesmos
grupos de K. laciniata, o T30G3 é mais ativo que o T30G3 de B. pinnatum. Diante do exposto,
e corroborando com os resultados de B. pinnatum, pode-se afirmar que, no estudo de estresse
salino, as condição de salinidade a 50 e 100 mM (G1 e G2, respectivamente) são importantes
para a manutenção da atividade do extrato de K. laciniata frente a ação fosfolipásica da peçonha
de B. erythromelas.
Figura 91 - Inibição da atividade fosfolipásica da peçonha de B. erythromelas para os extratos de cada grupo
controle e tratamento de estresse salino de K. laciniata.
30
% de inibição
20
10 **
0
0
3
0
G
0G
0G
0G
0G
T0
T3
T3
T3
T3
Legenda: G0 - controle após 30 dias, G1- 50 mM, G2 - 100 mM e G3 - 200 mM; C - Controle; T - Tratamento.
Valores expressos como média ± EPM (n = 3/ grupo). **P<0,001, quando comparado aos grupos T30G1 e T30
G2 após ANOVA de uma via seguido de teste de Tukey. Fonte: Resultados experimentais.
5 CONCLUSÕES
Referências Bibliográficas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABDELLAOUI, S. EL; DESTANDAU, E.; TORIBIO, A.; ELFAKIR, C.; LAFOSSE, M.;
RENIMEL, I.; ANDRÉ, P.; CANCELLIERI, P.; LANDEMARRE, L. Bioactive molecules in
Kalanchoe pinnata leaves: Extraction, purification, and identification. Analytical and
Bioanalytical Chemistry, v. 398, n. 3, p. 1329–1338, 2010.
AFZAL, M.; GUPTA, G.; KAZMI, I.; RAHMAN, M.; AFZAL, O.; ALAM, J.; HAKEEM,
K. R.; PRAVEZ, M.; GUPTA, R.; ANWAR, F. Anti-inflammatory and analgesic potential of
a novel steroidal derivative from Bryophyllum pinnatum. Fitoterapia, v. 83, n. 5, p. 853–858,
2012.
ALLARD, P. M.; BISSON, J.; AZZOLLINI, A.; PAULI, G. F.; CORDELL, G. A.;
WOLFENDER, J. L. Pharmacognosy in the digital era: shifting to contextualized
metabolomics. Current Opinion in Biotechnology, v. 54, p. 57–64, 2018.
BAHEKAR, M.; KALE, R.; NAGPURE, S. A review on medicinal plants used in scorpion
bite treatment in india. Mintage Journal of Pharmaceutical & Medical Sciences, v. 1, n. 1,
p. 1-6, 2012.
BAICEANU, E.; VLASE, L.; BAICEANU, A.; NANES, M.; RUSU, D.; CRISAN, G. New
Polyphenols Identified in Artemisiae abrotani herba Extract. Molecules, v. 20, p. 11063–
11075, 2015.
BERTHOD, A.; MARYUTINA, T.; SPIVAKOV, B.; SHPIGUN, O.; SUTHERLAND, I. A.;
RUIZ-ÁNGEL, M. J.; CARDA-BROCH, S. Countercurrent chromatography: People and
applications. Pure and Applied Chemistry, v. 1216, n. 19, p. 355–387, 2009b.
BIANCHI, S. E.; KAISER, S.; PITTOL, V.; DONEDA, E.; DE SOUZA, K. C. B.;
BASSANI, V. L. Semi-preparative isolation and purification of phenolic compounds from
Achyrocline satureioides (Lam) D.C. by high-performance counter-current chromatography.
Phytochemical Analysis, v. 30, n. 2, p. 182–192, 2018.
BJARNHOLT, N.; ROOK, F.; SADDIK, M.; CORNETT, C.; CHARLOTTE, J.; ERIK, C.;
JAROSZEWSKI, J. W.; LINDBERG, B. Diversification of an ancient theme : Hydroxynitrile
glucosides. v. 69, p. 1507–1516, 2008.
BLOOM, A. J. Salt Requirement for Crassulacean Acid Metabolism in the Annual Succulent,
Mesembryanthemum crystallinum. Plant Physiology, v. 63, n. 4, p. 749–753, 2008.
2011.
BRASIL. Guia de Vigilância Epidemiológica. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2009b. 816
p.
BRASIL Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8th ed. Brasília: Ministério da
Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, 2010. 444 p.
BURTON, A.; SMITH, M.; FALKENBERG, T. Building WHO ’ s global Strategy for
Traditional Medicine ଝ. European Journal of Integrative Medicine, v. 7, n. 1, p. 13–15,
2015.
CHAVES, M. M.; FLEXAS, J.; PINHEIRO, C. Photosynthesis under drought and salt stress:
Regulation mechanisms from whole plant to cell. Annals of Botany, v. 103, n. 4, p. 551–560,
2009.
CHEN, J.-H.; LAI, W.-H.; LIN, S.-D.; LAN, C.-F.; HSU, S.-L.; LIAO, M.-Y. Comparison
of Antioxidant Capability after Isopropanol Salting-Out Pretreatmente and n-Butanol
Partition Extraction, and Identification and Ealuation of Antioxidants of Sedum
formasanum N.E.Br.Molecules, 2016.
CHOI, Y. H.; VERPOORTE, R. Metabolomics : What You See is What You Extract.
Phytochemical Analysis, v. 25, p. 289–290, 2014.
CHU, J.; LI, S. L.; YIN, Z. Q.; YE, W. C.; ZHANG, Q. W. Simultaneous quantification of
coumarins, flavonoids and limonoids in Fructus Citri Sarcodactylis by high performance
liquid chromatography coupled with diode array detector. Journal of Pharmaceutical and
Biomedical Analysis, v. 66, p. 170–175, 2012.
COSTA, S. S.; JOSSANG, A.; BODO, B.; SOUZA, M. L. M.; MORAES, V. L. G. Patuletin
acetnrhamnosides from Kalanchoe brasiliensis as inhibitors of human lymphocyte
proliferative activitY. Journal of Natural Products, v. 57, n. 11, p. 1503–1510, 1994.
CRUZ, B. P.; CHEDIER, L. M.; PEIXOTO, P. H. P.; FABRI, R. L.; PIMENTA, D. S. Effects
of light intensity on the distribution of anthocyanins in. v. 84, p. 211–217, 2012.
CUSHMAN, J. C.; AGARIE, S.; ALBION, R. L.; ELLIOT, S. M.; TAYBI, T.; BORLAND,
A. M. Isolation and Characterization of Mutants of Common Ice Plant Deficient in
Crassulacean Acid Metabolism. Plant Physiology, v. 147, n. 1, p. 228–238, 2008a.
DAVIS, S. C.; LEBAUER, D. S.; LONG, S. P. Light to liquid fuel: Theoretical and realized
energy conversion efficiency of plants using Crassulacean Acid Metabolism (CAM) in arid
conditions. Journal of Experimental Botany, v. 65, n. 13, p. 3471–3478, 2014.
DESTANDAU, E.; ALAOUI, M.; ZUBRZYCKI, S.; AKSSIRA, M.; EL, L.; ELFAKIR, C.
Centrifugal partition chromatography elution gradient for isolation of sesquiterpene lactones
and flavonoids from Anvillea radiata. v. 985, p. 29–37, 2015.
EMWAS, A.; ROY, R.; MCKAY, R. T.; TENORI, L.; SACCENTI, E.; GOWDA, G. A. N.;
RAFTERY, D.; ALAHMARI, F.; JAREMKO, L.; JAREMKO, M.; WISHART, D. S. NMR
Spectroscopy for Metabolomics Research. 2019.
FAHAD, S.; HUSSAIN, S.; MATLOOB, A.; AHMED, F. Phytohormones and plant
responses to salinity stress : a review. p. 391–404, 2015.
FLAMINI, G.; PARDINI, M.; MORELLI, I.; ERTUGRUL, K.; DURAL, H.; BAGCI, Y.;
KARGIOGLU, M. Flavonoid glycosides from Centaurea pseudoscabiosa subsp .
pseudoscabiosa from Turkey. v. 61, p. 433–437, 2002.
FONSECA, F. V.; MELO, M. M.; SILVA J.; PEREIRA G. P.; DANTAS-BARROS A.M.
Extratos de Curcuma longa L. e Kalanchoe brasiliensis Camb. no tratamento local do
envenenamento por Bothrops alternatus. Revista Brasileira Farmacognosia, [S.l.], v. 14,
supl. 01, p. 26-29, 2004.
estado da arte, perspectivas e desafios. Quim. Nova, v. 36, n. 10, p. 1605-1609, 2013.
GANGADASU, B. R.; G., N. R.; K., D. Comparison of UPLC with UFLC: Liquid
Chromatography. International Journal of Pharmaceutical Sciences Review and
Research, v. 31, n. 20, p. 97–101, 2015.
GUTIÉRREZ, J. M.; LEÓN, G.; BURNOUF, T. Antivenoms for the treatment of snakebite
envenomings: the road ahead. Biologicals, v. 39, n. 3, p. 129-142, 2011.
JORGE, T. F.; RODRIGUES, J. A.; CALDANA, C.; SCHIMIDT, R.; DONGEN, J. T. VAN;
THOMAS-OATES, J.; ANTÓNIO, C. Mass spectrometry-based plant metabolomics:
metabolite responses to abiotic stress. Mass Spectrometry reviews, v. 35, p. 620–649, 2015.
JOU, S. J.; CHEN, C. H.; GUH, J. H.; LEE, C. N.; LEE, S. S. Flavonol glycosides and
cytotoxic triterpenoids from Alphitonia philippinensis. Journal of the Chinese Chemical
Society, v. 51, n. 4, p. 827–834, 2004.
KANG, T. S.; GEORGIEVA, D.; GENOV, N.; MURAKAMI, M. T; SINHA, M.; KUMAR,
R. P.; KAUR, P.; KUMAR, S.; DEY, S.; SHARMA, S.; VRIELINK, A.; BETZEL, C.;
TAKEDA, S.; ARNI, R. K.; SINGH, T. P.; KINI, R. M. Enzymatic toxins from snake venom:
structural characterization and mechanism of catalysis. FEBS Journal, v. 278, n. 23, p. 4544-
4576, 2011.
KINI, R. M. The intriguing world of prothrombin activators from snake venom. Toxicon, v.
45, n. 8, p. 1133-1145, 2005.
KU, Y.; LEE, K. C. Removal of phenols from aqueous solution by XAD-4 resin. Journal of
Hazardous Materials, v. 80, n. 1–3, p. 59–68, 2000.
LEE, S. Y.; SO, Y.-J.; SHIN, M. S.; CHO, J. Y.; LEE, J. Antibacterial Effects of Afzelin
Isolated from Cornus macrophylla on Pseudomonas aeruginosa, A Leading Cause of Illness
in Immunocompromised. Molecules, v. 19, p. 3173–3180, 2014.
LIANG, Y.; XIE, P.; CHAN, K. Quality control of herbal medicines. Journal of
Chromatography B, v. 812, p. 53–70, 2004.
LIU, C.; ZHU, C.; ZENG, H. M. Key KdSOC1 gene expression profiles during plantlet
morphogenesis under hormone , photoperiod , and drought treatments. Genetics and
molecular research, v. 15, n. 1, p. 1–14, 2016.
LIU, Y.; FRIESEN, J. B.; MCALPINE, J. B.; PAULI, G. F. Solvent System Selection
Strategies in Countercurrent Separation. Planta Medica, v. 81, n. 17, p. 1582–1591, 2015.
MANDOVA, T.; AUDO, G.; MICHEL, S.; GROUGNET, R. Off-line coupling of new
generation centrifugal partition chromatography device with preparative high pressure liquid
chromatography-mass spectrometry triggering fraction collection applied to the recovery of
secoiridoid glycosides from Centaurium erythra. Journal of Chromatography A, v. 1513, p.
149–156, 2017.
MOREL, S.; LANDREAU, A.; NGUYEN, V. H.; DERBRÉ, S.; GRELLIER, P.; PAPE, L.;
PAGNIEZ, F.; RICHOMME, P. Preparative Isolation, Fast Centrifugal Partition
Chromatography Puri fi cation and Biological Activity of Caja flavanone from Derris
ferruginea Stems. Phytochemical Analysis, v. 23, p. 152–158, 2012.
MOSIHUZZAMAN, M.; CHOUDHARY, M. I.; KUMAR, V.; LAJIS, N. H.; CRAGG, G.;
DAGNE, E.; WAGNER, H.; MUKHERJI, B.; NAHAR, N.; ROKEYA, B.; RAHMAN, M.
Protocols on safety , efficacy , standardization , and documentation of herbal medicine (
IUPAC Technical Report ). International union of pure and applied chemistry, v. 80, n.
10, p. 2195–2230, 2008.
MOURA, V. M.; SOUSA, L. A. F.; DOS-SANTOS, M. C.; RAPOSO, J. D. A.; LIMA, A. E.;
OLIVEIRA, R. C.; SILVA, M. N.; MOURÃO, R. H. V. Plants used to treat snakebites in
Santarém, western Pará, Brazil: an assessment of their effectiveness in inhibiting hemorrhagic
activity induced by Bothrops jararaca venom. Journal of Ethnopharmacology, v. 161, p.
224-232, 2015.
MUZITANO, M. F.; BERGONZI, M. C.; DE MELO, G. O.; LAGE, C. L. S.; BILIA, A. R.;
VINCIERI, F. F.; ROSSI-BERGMANN, B.; COSTA, S. S. Influence of cultivation
conditions, season of collection and extraction method on the content of antileishmanial
flavonoids from Kalanchoe pinnata. Journal of Ethnopharmacology, v. 133, n. 1, p. 132–
137, 2011.
NARUSAKA, Y.; NAKASHIMA, K.; SHINWARI, Z. K.; SAKUMA, Y.; FURIHATA, T.;
ABE, H. Interaction between two cis -acting elements , ABRE and DRE , in ABA-dependent
expression of Arabidopsis rd29A gene in response to dehydration and high-salinity stresses.
The Plant Journal, v. 3, p. 137–148, 2003.
NGUYEN NGOC, H.; NGHIEM, D. T.; PHAM, T. L. G.; STUPPNER, H.; GANZERA, M.
Phytochemical and analytical characterization of constituents in Urceola rosea (Hook. &
Arn.) D.J. Middleton leaves. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis, v. 149,
p. 66–69, 2018.
OLIVER, S. G.; WINSON, M. K.; KELL, D. B.; BAGANZ, F. Systematic functional analysis
of the yeast genome. Trends in Biotechnology, v. 16, n. 9, p. 373–378, 1998.
PARIHAR, P.; SINGH, S.; SINGH, R.; SINGH, V. P.; PRASAD, S. M. Effect of salinity
stress on plants and its tolerance strategies: a review. Environmental Science and Pollution
Research, v. 22, n. 6, p. 4056–4075, 2015.
RAJAURIA, G. Optimization and validation of reverse phase HPLC method for qualitative
and quantitative assessment of polyphenols in seaweed. Journal of Pharmaceutical and
Biomedical Analysis, v. 148, p. 230–237, 2018.
RIZWAN, M.; ALI, S.; IBRAHIM, M.; FARID, M.; ADREES, M.; BHARWANA, S. A.;
ZIA-UR-REHMAN, M.; QAYYUM, M. F.; ABBAS, F. Mechanisms of silicon-mediated
alleviation of drought and salt stress in plants: a review. Environmental Science and
Pollution Research, v. 22, p. 15416–15431, 2015.
ROULARD, R.; FONTAINE, J.; JAMALI, A.; CAILLEU, D.; TAVERNIER, R.; GUILLOT,
X.; RHAZI, L.; PETIT, E.; MOLINIE, R.; MESNARD, F. Use of qNMR for speciation of
flaxseeds (Linum usitatissimum) and quantification of cyanogenic glycosides. p. 7011–7026,
2017.
SAHU, P. K.; RAMISETTI, N. R.; CECCHI, T.; SWAIN, S.; PATRO, C. S.; PANDA, J. An
overview of experimental designs in HPLC method development and validation. Journal of
Pharmaceutical and Biomedical Analysis, v. 147, p. 590–611, 2018.
SHEN, Y.; LU, T.; TANG, J.; LIU, R.; LI, H.-L.; ZHANG, W.-D. Chemical constituents
from Incarvillea delavayi. Chemistry of Natural Compounds, v. 46, n. 2, p. 256–257, 2010.
v. 7, n. 2, p. 128–139, 2006.
SHULAEV, V.; CORTES, D.; MILLER, G.; MITTLER, R. Metabolomics for plant stress
response. Physiologia Plantarum, v. 132, n. 2, p. 199–208, 2008.
THOMFORD, N. E.; SENTHEBANE, D. A.; ROWE, A.; MUNRO, D.; SEELE, P.; ID, A.
M.; DZOBO, K. Natural Products for Drug Discovery in the 21st Century : Innovations for
Novel Drug Discovery. International Journal of Molecular Science, v. 19, p. 1578-1607,
2018.
WAGNER, H.; BLADT, S. Plant drugs analysis: A thin layer chromatography atlas. 2 Ed
ed. Germany: Springer, 1996.
WINTER, K.; GARCIA, M.; HOLTUM, J. A. M. On the nature of facultative and constitutive
CAM : environmental and developmental control of CAM expression during early growth of
Clusia , Kalanchoe Opuntia. Journal of Experimental Botany, v. 59, n. 7, p. 1829–1840,
2008.
WOLFENDER, J. L.; RUDAZ, S.; CHOI, Y. H.; KIM, H. K. Plant metabolomics: from
holistic data to relevant biomarkers. Current Medicinal Chemistry, v. 20, p. 1506–1590,
2013.
XUE, Y.; WANG, W.; LIU, Y.; ZHAN, R.; CHEN, Y. Two new flavonol glycosides from
Dimocarpus longan leaves. Natural Product Research, v. 29, n. 2, p. 163–168, 2015.
YIN, R.; MESSNER, B.; FAUS-KESSLER, T.; HOFFMANN, T.; SCHWAB, W.;
HAJIREZAEI, M. R.; VON SAINT PAUL, V.; HELLER, W.; SCHÄFFNER, A. R.
Feedback inhibition of the general phenylpropanoid and flavonol biosynthetic pathways upon
a compromised flavonol-3-O-glycosylation. Journal of Experimental Botany, v. 63, n. 7, p.
2465–2478, 2012.
ZENG, Z.; CHAU, F.; CHAN, H.; CHEUNG, C.; WEI, S.; MOK, D. K.; CHAN, C.; LIANG,
Y. Recents approaches to the quality control of herbal medicines. Chinese Medicine Biomed
Central, v. 3, n. 9, p. 1–7, 2008.
ZHU, Y.; YE, F. M.; REN, J.; XIE, Y. G.; WANG, X.; SHEN, Y. H.; JIN, H. Z.
FLAVONOIDS FROM Illicium wardii. Chemistry of Natural Compounds, v. 52, n. 5, p.
767–768, 2016.
Apêndices
5. DE ARAÚJO, E.; GUERRA, G.; ARAÚJO, D.; DE ARAÚJO, A.; FERNANDES, J.; DE
ARAÚJO JÚNIOR, R.; DA SILVA, V.; DE CARVALHO, T.; FERREIRA, L.; ZUCOLOTTO,
S. Gastroprotective and Antioxidant Activity of Kalanchoe brasiliensis and Kalanchoe pinnata
Leaf Juices against Indomethacin and Ethanol-Induced Gastric Lesions in Rats. International
Journal of Molecular Sciences, v. 19, p. 1265, 2018.
11. GOMES, J. A. S.; FÉLIX-SILVA, J.; FERNANDES, J. M.; GERALDO AMARAL, J.;
LOPES, N. P. ; TABOSA DO EGITO, E. S.; DA SILVA-JÚNIOR, A. A.; ZUCOLOTTO, S. ;
FERNANDES-PEDROSA, M.ATHEUS F. Aqueous Leaf Extract of Jathropha mollissima
(Pohl) Bail Decreases Local Effects Induced by Bothropic Venom. BioMed Research
International, v. 2016, p. 1-13, 2016.
Citações:1