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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

ÁREA DO CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIA


DISCIPLINA DE DINÂMICA TRANSLACIONAL E ROTACIONAL

CAMILA MENDONÇA DE FREITAS


RODRIGO JOSÉ RIBEIRO
WILLIAN BOEIRA BARBOZA

CARRO DE PROPULSÃO ELÁSTICA

CAXIAS DO SUL
2022
CAMILA MENDONÇA DE FREITAS
RODRIGO JOSÉ RIBEIRO
WILLIAN BOEIRA BARBOZA

CARRO DE PROPULSÃO ELÁSTICA

Trabalho da disciplina de Dinâmica


Translacional e Rotacional, como parte dos
requisitos para aprovação na disciplina,
Universidade de Caxias do Sul, Área do
Conhecimento de Ciências Exatas e
Engenharias.

Orientador(a): Prof. Dr. Cristiane Marin

CAXIAS DO SUL
2022
CAMILA MENDONÇA DE FREITAS
RODRIGO JOSÉ RIBEIRO
WILLIAN BOEIRA BARBOZA

CARRO DE PROPULSÃO ELÁSTICA

Trabalho da disciplina de Dinâmica


Translacional e Rotacional, como parte dos
requisitos para aprovação na disciplina,
Universidade de Caxias do Sul, Área do
Conhecimento de Ciências Exatas e
Engenharias.

Orientador(a): Prof. Dr. Cristiane Marin

Aprovado(a) em:

Banca Examinadora

___________________________________
Prof. Dr. Cristiane Marin
Universidade de Caxias do Sul
RESUMO

A Energia Potencial Elástica é uma energia agregada à compressão e distensão de um objeto


elástico, como por exemplo, uma mola. O carro de propulsão elástica é um protótipo movido
à energia elástica através do movimento de compressão e distensão da mola de uma ratoeira
que, ao liberar energia potencial através da sua ativação, a transforma em energia cinética,
responsável por iniciar o seu movimento. Esse trabalho tem como objetivo desenvolver um
carro de propulsão elástica baseando-se em diversos conceitos físicos, como Energia
Potencial Elástica e Energia Cinética, visando relacionar o conteúdo teórico visto em sala de
aula com o procedimento experimental, aprofundando o conhecimento durante a construção
do modelo. O experimento foi constituído por materiais reaproveitados, sendo eles um molde
de madeira com uma ratoeira tradicional em cima, além de tampas de plástico envolvidas por
balões e tubos de caneta para confecção dos eixos dianteiro e traseiro e dos pneus.

Palavras-chave: Energia, CPE, Ratoeira.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Exemplo de aplicação da Energia Cinética ……………………. 11

Figura 2 - Exemplo de aplicação da Energia Potencial Gravitacional ………. 11

Figura 3 - Exemplo de sistema massa-mola …………………..………………. 13

Figura 4 - Protótipo do CPE desenvolvido pela equipe ……………………..… 17

Figura 5 - Fluxograma da construção do CPE ………………………………… 19

Figura 6 - Colagem dos ganchos para apoio dos eixos ………………………... 20

Figura 7 - Parafusamento da ratoeira na base do CPE ………………………… 21

Figura 8 - Corte dos limitadores dos eixos …………………………………….. 21

Figura 9 - Complementação dos eixos ………………………………………… 22

Figura 10 - Junção do fio de lã com o martelo da ratoeira ……………………… 22

Figura 11 - Gráfico x versus t …………………………………………………… 24

Figura 12 - Gráfico v versus Gráfico x versus t ………………………………… 25


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Estado da Arte de Exemplos do CPE ………..………………………. 16

Tabela 2 - Lista de Materiais para Construção do CPE ………………………… 17

Tabela 3 - Dados Experimentais do Protótipo ………………………………….. 23

Tabela 4 - Dados para o cálculo da velocidade média ………………………….. 23


LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

U Energia Potencial

𝑘 Constante Elástica

𝑥 Deformação da Mola

v Velocidade

K Energia Cinética

𝑦 Altura

𝑓K Força de Atrito Cinético


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO………………………………………………………… 9
.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA …………………………………….. 10

2.1 ENERGIA ………………………..……………………………………. 10

2.2 ENERGIA CINÉTICA ……………………………………………….… 10

2.3 ENERGIA POTENCIAL ..……………………………………………... 11

2.4 ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL……..…………………… 12

2.5 ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA …………………………………. 12

2.6 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ………………………………………. 13

2.7 ENERGIA TÉRMICA ………………………………………………….. 14

2.8 ENERGIA TOTAL ……………………………………………………... 14

3 DISCUSSÃO E DESENVOLVIMENTO ……………………………. 15

3.1 ESTADO DE ARTE ……………………………………………………. 15

3.2 PROTÓTIPO DE CPE …………………………………………………. 17

3.3 MATERIAIS ……………………………………………………………. 18

3.4 DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO ……………………………. 18

3.5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ……………………………….. 23

4 CONCLUSÃO …………………………………………………………. 25

5 REFERÊNCIAS ……………………………………………………… 26
9

1 INTRODUÇÃO

A Mecânica é uma parte da física que se dedica ao estudo do estado de movimento


dos corpos, sendo considerada uma área de extrema importância para pesquisas nas áreas
relacionadas a Energia, que está entrelaçada com os conceitos mecânicos.
A Energia é uma grandeza física que designa a capacidade de um corpo de realizar
trabalho, estando relacionada com o movimento dos corpos e com propriedades que permitem
a sua transformação mediante a aplicação de uma força. Por ser um assunto vasto, diversos
acadêmicos acreditam que a energia é completamente variável, entretanto, de acordo com
Halliday (2016, p. 148), “a energia pode mudar de forma e ser transferida de um objeto para
outro, mas a quantidade total de energia permanece constante”.
Ela pode ser dividida em diversos tipos, sendo eles energia potencial gravitacional,
energia potencial elástica, energia cinética e energia mecânica, onde a última é resultado da
soma entre energia potencial e energia cinética. A variedade dos assuntos relacionados a
energia possibilita o desenvolvimento de diversos projetos, como por exemplo, carros
movidos a Propulsão Elástica (CPE).
Nesse projeto será construído um protótipo de CPE através da utilização de softwares
de desenho como SolidWorks e materiais caseiros como uma ratoeira, tampinhas de garrafa e
tubos de caneta, visando relacionar os conteúdos teóricos vistos em sala de aula com a prática
experimental, além de compreender as transformações de energia que ocorrem durante o
movimento. Além disso, serão realizados testes experimentais para verificar a eficiência do
projeto e pontuar as possíveis melhorias que poderão ser efetuadas sobre o modelo.
10

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em geral, para o funcionamento do carro de propulsão elástica, existem alguns


conceitos importantes que necessitam ser compreendidos para facilitar seu desenvolvimento,
como por exemplo, a energia.

2.1 ENERGIA

Com a ascensão da Física e seu aprofundamento por tudo aquilo que nos cerca,
muitos tópicos passaram a ser estudados: mecânica, cinemática, dinâmica e energia. Apesar
de ser um termo amplo e difícil de ser explicado, a Energia é facilmente identificada em nossa
rotina, desde as guerras vivenciadas até a estação espacial que encontra-se em órbita .
A energia, segundo Halliday D. et al (2016), além de ser uma grandeza escalar, pode
ser visualizada como um número associado a um ou mais objetos que varia conforme esse
sistema entra em movimento, devido à aplicação de uma força qualquer. Ainda que exista a
crença vaga de que energia é algo estático, ela na verdade é transmutável e pode ser
transferida de um objeto para outro, entretanto, mesmo com suas permutação, sua quantidade
permanece constante e ela se mantém constante. Tal processo é denominado Lei de
Conservação de Energia.

2.2 ENERGIA CINÉTICA

A Energia Cinética (K), na Física, está relacionada ao estado de movimento de um


objeto, sendo descrita como um objeto de massa m cuja velocidade v é muito menor do que a
velocidade da luz. Seguindo esse conceito, quanto maior for a velocidade com a qual um
objeto se move, maior será a energia cinética realizada pelo mesmo. Entretanto, se o objeto
estiver em repouso, sua energia cinética será nula.
A Energia Cinética é representada pela equação (1):

1
𝐾= 2
𝑚𝑣² (1)

Onde K é equivalente a Energia Cinética, m representa massa (Kg) e v velocidade


(m/s). Mensurada em joule (J), segundo o Sistema Internacional (SI), pode-se citar como
11

exemplo um martelo, de massa m, que ao se movimentar em direção ao prego, o faz com uma
velocidade v (Figura 1).

Figura 1 - Exemplo de aplicação da Energia Cinética

Fonte: Yokogawa Europe B.V. (2013)

2.3 ENERGIA POTENCIAL

A Energia Potencial é uma energia que pode ser armazenada nos corpos de um
sistema e é dependente do tipo de interação e da posição apresentadas por esse mesmo corpo
em relação ao seus semelhantes. Um exemplo desse conceito é um tomate ao ser lançado para
cima. Ao iniciar sua trajetória de subida, a força gravitacional extrai energia da energia
cinética; porém, ao iniciar seu movimento de queda, a energia potencial gravitacional do
tomate passa a fornecer energia cinética para o mesmo (Figura 2).

Figura 2 - Exemplo de aplicação da Energia Potencial Gravitacional.

Fonte: HALLYDAY (2016)


12

Sabendo que a variação da energia potencial associada a mudança de configuração é


equivalente à equação (2), pode-se introduzir a Força Gravitacional no sistema.

𝑥𝑓
ΔU= ∫ F(x) dx (2)
𝑥𝑖

2.3.1 ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL

A força gravitacional, considerada uma força conservativa, que age sobre dois corpos
que deslocam-se entre dois pontos, yi à yf, através de modificações aritméticas, pode ser
medida a partir da tese de que a diferença entre a energia potencial passa a ser associada a um
sistema partícula-Terra, dependente especificamente da posição vertical (ou altura) y da
partícula em relação à posição de referência, sendo esta igual a zero (Halliday et al, 2016).
Essa nova equação desenha-se da seguinte forma:

𝑈(𝑦) = 𝑚𝑔𝑦 (3)

Tendo em mente o exemplo do tomate, é possível identificar que a força


gravitacional é responsável tanto pela extração da energia do tomate durante a subida quanto
pelo fornecimento de energia ao tomate durante a queda, sendo o trabalho realizado por essa
força nulo, o que comprova que a força gravitacional é uma força conservativa e não depende
da sua trajetória.

2.3.2 ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA

A Energia Potencial Elástica leva em consideração sistemas massa-mola, como por


exemplo, um bloco de massa m que, a partir do seu ponto de repouso (xi = 0), move-se para o
ponto extremo da direita quando há a contração de uma mola de constante elástica k e retorna
para o extremo (ponto máximo) esquerdo quando há a expansão da mesma (Figura 3).
13

Figura 3 - Exemplo de sistema massa-mola.

Fonte: HALLYDAY (2016)

Sendo assim, a expressão aritmética que melhor define essa variação de energia
potencial quando o bloco está em seu estado relaxado é:

1
𝑈(𝑥) = 2
𝑘𝑥 ² (4)

Onde k é equivalente ao valor da constante elástica e x² representa a deformação do


objeto ao quadrado, sendo o valor resultante mensurado em N/m (Newton por metro).
Tendo os conceitos de Energia Cinética e Energia Potencial, pode-se introduzir um
novo tópico extremamente importante no estudo da física, denominado Conservação de
Energia Mecânica.

2.6 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA MECÂNICA

Segundo a obra bibliográfica “Fundamentos da Física - Vol. 1 - Mecânica, 10ª


edição” escrita por Hallyday et al (2016) “A Energia Mecânica Emec de um sistema é a soma
da energia potencial U com a energia cinética K dos objetos que compõem o sistema.”. Sendo
assim, ela pode ser calculada através da equação (5):

Emec = K+ U (5)

Entretanto, quando se busca conservá-la, é preciso levar alguns pontos importantes


em consideração, como as transferências de energia (produzidas apenas por forças
14

conservativas), forças às quais os objetos estão sujeitos (nesse caso, desconsidera-se as forças
de atrito e arrasto), além de considerar que nenhuma força externa produzida por um objeto
fora do sistema ocasiona variações de energia no sistema (Halliday, 2016).
Sabendo que a variação de energia potencial elástica equivale ao trabalho positivo e a
energia potencial gravitacional equivale ao trabalho negativo, é possível igualar as duas
constantes e encontrar a fórmula para conservação da energia mecânica, sendo ela:

K2 + U2 = K1 + U1 (6)

Em casos como esse, onde possuímos um sistema isolado e apenas forças


conservativas atuam sobre os objetos e causam variações de energia, a energia potencial e a
energia cinética podem variar, porém a energia mecânica se mantém constante.

ΔEmec = ΔK + ΔU = 0 (7)

Além disso, a utilização do sistema de conservação de energia mecânica possibilita a


resolução de problemas complexos para a aplicação das leis de Newton.

2.7 ENERGIA TÉRMICA

A energia térmica Et é uma energia associada ao movimento aleatório dos átomos e


moléculas e geralmente varia conforme uma força dissipativa age sobre um sistema. Na
linguagem matemática, a energia térmica Et é igual ao produto do módulo da força de atrito
cinético fK por d, sendo a constante equivalente ao módulo do deslocamento. Ou seja:

ΔEt = fK . d (8)

2.8 ENERGIA TOTAL

Durante a transferência de energia entre um objeto e o sistema em que ele está


inserido, a energia total E segue a lei da conservação da energia, que indica que não há
variação de energia no sistema, onde a mesma quantidade de energia que entra no sistema, sai
dele. Ela é definida pela equação (8):

W = ΔE = ΔEmec + ΔE t + ΔE int, (9)


15

Onde ΔEmec corresponde a variação de energia mecânica, ΔEt está relacionada com a
energia térmica (sendo esta uma energia associada ao movimento aleatório dos atómos e
moléculas) e ΔEint se refere a variação de quaisquer outros tipos de energia interna presentes
no sistema.
Segundo Halliday (2016), no caso de um sistema isolado não há a variação de
energia total em relação ao ambiente, entretanto, podem ocorrer transferências de energia
dentro desses sistemas, como por exemplo, entre a energia cinética e a energia térmica. A lei
da conversão de energia em um sistema isolado pode ser descrita de duas maneiras, sendo elas
equivalentes a equação (9) e (10).

ΔEmec + ΔE t + ΔE int = 0 (10)

ΔEmec,2 = ΔE mec,1 - ΔE t - ΔE int, (11)

Ou seja, dentro de um sistema isolado é possível relacionar a energia total em um


dado instante à energia total presente em outro instante sem considerar a energia existente em
instantes intermediários (Halliday, 2016).
16

3 DISCUSSÃO E DESENVOLVIMENTO

Nesta etapa do projeto, com base nos conceitos estudados em sala de aula, o grupo se
voltou para a pesquisa e definição do modelo a ser construído e, logo após, realizou a
separação dos materiais a serem utilizados.

3.1 ESTADO DE ARTE

Visando desenvolver o protótipo de CPE, fez-se necessário investigar os modelos


pré-existentes para que fosse possível coletar informações e encaixá-los em nossos objetivos.
Sendo assim, construiu-se um Estado da Arte utilizando três exemplos de CPE com o enfoque
em projetos universitários didáticos para facilitar a compreensão dos assuntos abordados em
sala de aula (Tabela 1).

Tabela 1 - Estado da Arte de Exemplos do CPE


Figura do CPE Princípio de Funcionamento Referência

Enrola-se um fio no eixo


propulsor do carrinho ou em um
mecanismo apropriado e que pode
ser adaptado. Quando a ratoeira é Thelemarck, C. (2018)
desarmada, o fio é puxado,
transferindo a energia da mola
para a roda propulsora.

Da mesma forma que o primeiro


exemplo, enrola-se um fio no eixo
propulsor do carrinho ou em um
mecanismo apropriado que
possibilita adaptações. Quando a
ratoeira se desarma, puxa-se o fio STEM Inventions
e transfere-se a energia da mola
para a roda propulsora.

Enrola-se um fio no eixo


propulsor do carrinho ou em um
mecanismo apropriado. Ao
desarmar a ratoeira, puxa-se o fio Braga, Newton C. (2008)
e transfere-se a energia da mola
para a roda propulsora.

Fonte: Os autores (2022)


17

3.2 PROTÓTIPO DE CPE

Conforme o Estado de Arte disponibilizado, desenvolveu-se o primeiro modelo de


CPE utilizando o software SolidWorks. Visando ampliar a distância percorrida e,
consequentemente, aumentar a velocidade, resolveu-se construir um carro com o eixo
dianteiro menor, resultando em uma inclinação ao contrastar com o eixo traseiro mais largo.
Devido ao fato de adaptarmos o nosso modelo para esse formato, as rodas dianteiras serão
menores em comparação às rodas traseiras, conforme é possível perceber na Figura 4.

Figura 4 - Protótipo do CPE desenvolvido pela equipe.

Fonte: Os autores (2022)

3.3 MATERIAIS

Na Tabela 2, encontram-se os materiais que serão utilizados para a construção do


protótipo.

Tabela 2 - Lista de materiais para construção do CPE

Material Quantidade

Madeira 1 un.

Parafusos 4 un.

Tampa de garrafa 4 un.

Barra metálica 2 un.


18

(conclusão)
Material Quantidade

Ratoeira 1 un.

Alicate 2 un.

Barbante 1 un.

Porca 12 un.

Arruela 12 un.

Gancho 4 un.

Furadeira 1 un.

Tubo de caneta 1 un.


Fonte: Os autores (2022)

3.4 DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO

Para a construção do protótipo, realizou-se cada etapa de forma separada, visando


facilitar o procedimento e evitar possíveis erros, conforme é possível observar no fluxograma
disposto abaixo na Figura 5.
19

Figura 5 - Fluxograma da construção do CPE.

Fonte: os autores (2022).

Para a construção do protótipo, iniciou-se marcando a base do CPE com régua e


lápis, para facilitar a etapa de corte do modelo. Em seguida, realizou-se o corte da base com
um serrote e lixou-se as rebarbas para evitar qualquer possibilidade de danos futuros.
Após realizar o corte da base, furou-se as tampinhas aproximadamente no centro de
cada uma delas, de forma que fosse possível encaixar os eixos tranquilamente, e cortou-se a
barra de ferro roscada (com espessura de aproximadamente 3mm) em duas partes iguais.
Posteriormente, pegou-se uma das barras de ferro cortadas e realizou-se um furo no centro
(visando possibilitar o encaixe do fio de lã para retardar o movimento de ativação da ratoeira).
Conforme realizou-se a furação e marcação necessárias, colou-se os ganchos na parte
inferior da base com cola Promabond, conforme é possível observar na Figura 6 abaixo.
20

Figura 6 - Colagem dos ganchos para apoio dos eixos.

Fonte: os autores (2022)

Após a colagem dos ganchos, esperou-se que eles secassem e realizou-se a furação
da base do CPE com uma furadeira para o encaixe da ratoeira, parafusando-a logo em
seguida, conforme Figura 7.
21

Figura 7 - Parafusamento da ratoeira na base do CPE.

Fonte: os autores (2022)

Em seguida, adicionou-se os eixos dianteiro e traseiro nos ganchos e realizou-se o


corte dos limitadores dos eixos, visando impedir que os eixos se movessem de um lado para o
outro e travassem o movimento, conforme mostra a Figura 8.

Figura 8 - Corte dos limitadores dos eixos.

Fonte: os autores (2022)


22

Após realizar o corte dos limitadores, montou-se o eixo dianteiro e traseiro unindo o
conjunto completo de peças: porcas, arruelas, limitadores e rodas, conforme mostra a Figura
9.

Figura 9 - Complementação dos eixos.

Fonte: os autores (2022)

Após realizar a fixação de ambos os eixos, prendeu-se o fio de lã no martelo da


ratoeira e realizou-se as medidas necessárias, como é possível observar na Figura 10.

Figura 10 - Junção do fio de lã com o martelo da ratoeira.

Fonte: os autores (2022)


23

3.5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Para a coleta de dados, realizou-se cinco procedimentos experimentais de


deslocamento do carrinho em uma pista improvisada, sendo a distância traçada de metro em
metro (com o auxílio de uma trena), conforme Tabela 3 abaixo.

Tabela 3 - Dados Experimentais do Protótipo.

TESTES 1 2 3 4 5

Distância
Alcançada (m) 2,21 2,40 2,38 2,34 2,38

Tempo gasto
(s) 4 5 5 4,5 5

Velocidade
Média (m/s) 0,55 0,48 0,47 0,52 0,48
Fonte: os autores (2022)

Na tabela acima, a velocidade média foi calculada através da equação tradicional,


sendo ela a razão entre a variação da posição e a variação do tempo, conforme é possível
observar na equação 12.

∆𝑥
Vmédia = ∆𝑡 (12)

Em seguida, seguindo a equação, dispôs-se os dados encontrados de deslocamento e


tempo e montou-se a Tabela 4 com a velocidade média de cada tentativa.

Tabela 4 - Dados para o cálculo da velocidade média.


Vmédia (m/s) Δx (xf - x0) Δt (tf - t0)

0,55 m/s 2,21 - 0 4-0

0,48 m/s 2,40 - 0 5-0

0,47 m/s 2,38 - 0 5-0

0,52 m/s 2,34 - 0 4,5 - 0

0,48 m/s 2,38 - 0 5-0


Fonte: os autores (2022)
24

Utilizando a maior distância alcançada pelo modelo e o tempo medido através do


procedimento experimental, construiu-se o gráfico de deslocamento versus tempo no
programa Desmos, como é possível observar na Figura 11.

Figura 11 - Gráfico x versus t

Fonte: os autores (2022)

Seguindo o mesmo procedimento e utilizando o mesmo programa, construiu-se o


gráfico de velocidade em função do tempo, conforme a Figura 12.

Figura 12 - Gráfico v versus t

Fonte: os autores (2022)


25

4 CONCLUSÃO

Através do procedimento experimental realizado e da repetição frequente e testagem


do modelo, é possível concluir que o modelo desenvolvido possui características a serem
aprimoradas, como o rolamento do eixo traseiro, as rodas, o fio utilizado e o limitador dos
eixos. Entretanto, o protótipo foi bem sucedido, portando-se de forma fluida, e os materiais
utilizados contribuíram para a sua estabilidade, deslocamento e velocidade.
Além disso, foi possível comparar a teoria por trás da energia, principalmente a
energia potencial elástica estudada em sala de aula, com o procedimento experimental
realizado pela equipe durante a construção do CPE, sendo esse processo importante para
visualização dos conceitos físicos e matemáticos estudados..
26

REFERÊNCIAS

[1] Braga, Newton C. Carro Ratoeira. Revista Mecatrônica Fácil, Nr. 37, Edição Digital,
(2008). Disponível em: http://www.einsteinlimeira.com.br/portal/images/docs/46/46_37.pdf.
Acesso em: 19 abr. 2022.

[2] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física - Vol.
1 - Mecânica, 10ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016. 9788521632054. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521632054/. Acesso em: 04 abr.
2022.

[3] STEM INVENTIONS. Mousetrap Car. Disponível em:


<https://www.stem-inventions.com/mousetrap-car>. Acesso em 19 abr. 2022.

[4] THELEMARCK, C. Build a Mousetrap Car: 8 steps. Instructables. 2018. Disponível


em: https://www.instructables.com/Build-a-Mousetrap-Car/. Acesso em: 19 abr. 2022.

[5] YOGOWAKA, Europe B.V. Kinetic Energy Recovery System for the Automotive
Industry. 2013. Disponível em: https://www.azom.com/article.aspx?ArticleID=9503. Acesso
em 24 abr. 2022.

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