CEEPFCCMS – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DA FLORESTA DO CACAU E DO CHOCOLATE

MILTON SANTOS
COMPONENTE CURRICULAR: POLÍTICAS AMBIENTAIS
DOCENTE: Isaac de Carvalho – CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

DISCENTE:__________________________________________________________________

AULA 1: Política Nacional de meio Ambiente – Lei federal 6.938/81

1. Definição de Políticas Públicas Ambientais Destacou-se, nesse entremeio, a criação de
algumas Unidades de Conservação:
Entende-se por política ambiental o conjunto
de normas, leis e ações públicas visando à • A criação do Parque Nacional de Itatiaia (na
preservação do meio ambiente em um dado divisa de Minas Gerais e Rio de Janeiro);
território. No Brasil, essa prática só veio a ser • Parque de Iguaçu (entre o Paraná e a Argentina);
CEEPCMS – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO CAMPO MILTON SANTOS
adotada a partir da década de 1930. • Serra dos Órgãos (também no estado do Rio de
Janeiro).
Políticas Públicas também são diretrizes e
princípios norteadores da ação do poder público. Além disso, foi elaborado, em 1934, o primeiro
Código Florestal Brasileiro para regulamentar o
1.1. Sua efetividade uso da terra no sentido de preservar o meio natural.
No entanto, graças ao processo de
Para que a proposta da política ambiental
expansão industrial que se intensificou
funcione no país, é necessário a motivação de
no país a PARTIR DA DÉCADA DE 1950
fatores como a conscientização dos governantes
sobre o tema e influências externas a que seu – quando o objetivo era atrair indústrias
governo está atrelado (plataforma, militâncias, estrangeiras e impulsionar o desenvolvimento
posicionamento dos partidos). Isso pode ser uma econômico financeiro do país –, AS POLÍTICAS
questão-chave para o desenvolvimento das políticas AMBIENTAIS FORAM DEIXADAS DE LADO e,
públicas ambientais, tendo em vista da capacidade consequentemente, seus avanços estagnaram.
de influência desses fatores em relação ao gestor Na década de 1960, algumas ações ainda foram
público. realizadas, com destaque para a promulgação do
Novo Código Florestal Brasileiro, que estabelecia
O Poder Público representa, por meio dos seus alguns novos parâmetros, como a criação das APPs
níveis federal, estadual e municipal, o principal (Áreas de Proteção Permanente) e a
agente do meio ambiente. responsabilização dos produtores rurais sobre a
criação de reservas florestais em seus terrenos.
A política ambiental constitui o
conjunto de metas e Nos anos seguintes, graças às pressões realizadas
instrumentos que visam reduzir pelos movimentos ambientalistas, além da
os impactos negativos da ação realização da Conferência de Estocolmo de 1972,
humana sobre o meio ambiente. o Brasil retomou o emprego de ações direcionadas
a ampliar a política ambiental no país.
1.2. Primeiras ações no Brasil
A primeira grande atitude foi a criação, no ano de
As primeiras ações governamentais em prol da 1973, da Secretaria Especial de Meio Ambiente
preservação ambiental no país pautaram-se na (SEMA), cuja orientação girava em torno da
criação de parques nacionais, localizados em pontos preservação do meio ambiente e da manutenção
onde ocorriam as expansões agrícolas e os dos recursos naturais no país.
consequentes processos de desmatamento.

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2. Política Nacional de Meio Ambiente – PNMA
A política ambiental constitui o conjunto de metas e
instrumentos que visam reduzir os impactos
negativos da ação humana sobre o meio ambiente.
• Possui justificativa para sua existência;
• Fundamentação teórica;
• Metas e instrumentos;
• E, prevê penalidades para quem não cumpre as
normas pré-estabelecidas.
Importância da PNMA
- Institucionalizar e destinar recursos para áreas
específicas.
- Criar Instrumentos de Regulação do uso dos
recursos naturais;
- Garantir a proteção do bem ambiental.
Sua finalidade conforme art. 1º da lei 6.938/81
- Constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente –
SISNAMA;
- Cria o Conselho Superior do Meio Ambiente –
CSMA, e
- Institui o Cadastro de Defesa Ambiental.
Objetivos da PNMA
- Preservação melhoria e recuperação da qualidade
ambiental propícia a vida;
- Assegurar no País as condições ao
desenvolvimento socioeconômico;
- Assegurar os interesses da Segurança Nacional e
- A proteção da dignidade da vida humana.
Sua Efetividade
A PNMA declara que o MEIO AMBIENTE é um
patrimônio público, e precisa ser protegido.
Valoriza o uso coletivo dos recursos naturais e
amplia a participação da comunidade nas tomadas
de decisões relacionadas às questões ambientais
As normas e diretrizes da Política Nacional do Meio
Ambiente foram formuladas, destinados a orientar a
ação dos Governos da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.
AS LEIS NO PAÍS SÃO COMPLEMENTARES,
NUNCA DIVERGENTES, ÀS VEZES RESTRITIVAS
2.1. Sistema Nacional de Meio Ambiente –
SISNAMA
É formado por uma rede de órgãos e instituições
ambientais, que por sua vez, são compostas pelo
Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder
Judiciário e Ministério Público. Foi criado na década
de 1980, junto com o Conselho Nacional de Meio
Ambiente (CONAMA). No mesmo período foi criado
também o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Com a promulgação da Constituição Federal de
1988, a Política Ambiental no Brasil conheceu os
seus maiores avanços quando foi elaborada aquela
que é considerada uma das leis ambientais mais
avançadas em todo o mundo. Tal referência deve-
se, principalmente, ao fato de a legislação abarcar
tanto os deveres dos cidadãos quanto das
empresas, instituições e o próprio governo. A crítica,
a partir de então, deixou de ser direcionada sobre a
legislação, passando a questionar acerca de sua
aplicação, uma vez que inúmeros crimes
ambientais – sobretudo aqueles cometidos por
grandes empresas – geralmente acabam sem
punição.
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 2.2. Órgãos de Gestão Ambiental do
SISNAMA
A gestão ambiental é regida por princípios e
direcionamentos gerais, de onde partem todas as
ações secundárias, formulados para resolver
problemas ambientais que afetam a sociedade.
Esfera Federal
Órgão Superior: O Conselho de Governo, formado
pela Casa Civil e todos os Ministros; tem a função de
assessorar o Presidente da República na formulação
da Política Nacional do Meio Ambiente.
Órgão Consultivo e Deliberativo: O Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) reúne os
diferentes setores da sociedade e tem caráter
normatizador dos instrumentos da Política
Ambiental. É a entidade que estabelece padrões e
normas federais.
Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente (MMA),
agente formulador de Políticas Públicas Ambientais.
Órgão Executor: Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA), tem a tarefa de executar e fazer executar
as Políticas Ambientais e o Instituto Chico Mendes
da Biodiversidade – ICMBIO, atuam na gestão das
Unidades de Conservação instituída a partir do
Sistema Nacional de Unidades de Conservação –
SNUC.
Esfera Estadual
Em geral, Secretarias Estaduais do Meio Ambiente
com a função de executar a Política Ambiental.
Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades
estaduais responsáveis pela execução de programa,
projetos e pelo controle e fiscalização de atividades
capazes de provocar a degradação ambiental;
Na Bahia temos o INEMA, como órgão gestor dos
recursos naturais e fiscalizador ambiental e o
Conselho Estadual de Meio Ambiente – CEPRAM.
Esfera Municipal
Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais
responsáveis pelo controle e fiscalização dessas
atividades, nas suas respectivas áreas de jurisdição.
O CONAMA é um colegiado representativo dos
setores federais, estaduais e municipais,
empresarial e sociedade civil. É presidido pelo
Ministro do Meio Ambiente e composto pelas
seguintes instâncias: Plenário, Câmaras Técnicas
e Grupos de Trabalho.
Os Órgãos Gestores e as Políticas Ambientais
servem como mediadoras para a solução dos
conflitos ambientais, visto que estão inseridas em
um contexto definido por PROCESSOS
PARTICIPATIVOS no tocante às demandas
socioambientais.
2.3. Alguns conceitos colocados pela PNMA
A Lei 6.938/81, com redação dada pela Lei nº
7.804 de 18 de julho de 1989, estabelece que, para
os fins previstos na lei, entende-se por:
• Meio Ambiente - o conjunto de condições, leis,
influência e interações de ordem física, química
e biológica, que permite, abriga e rege a vida em
todas as suas formas;
• Degradação da qualidade ambiental – a
alteração adversa das características do meio
ambiente;
• Poluição – a degradação da qualidade
ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente:
a) Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-
estar da população;
b) Criem condições adversas às atividades sociais
e econômicas;
c) Afetem desfavoravelmente a biota;
d) Afetem as condições estéticas ou sanitárias do
meio ambiente; e
e) Lancem matérias ou energia em desacordo com
os padrões ambientais estabelecidos.
• Poluidor – a pessoa física ou jurídica, de direito
público ou privado, responsável, direta ou
indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental; e
• Recursos Ambientais – a atmosfera, as águas
interiores, superficiais e subterrâneas, os
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os
elementos da biosfera, e fauna e flora.
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 Recursos Naturais X Recursos Ambientais
Os recursos naturais podem ser classificados
em recursos naturais renováveis, se após seu uso
podem ser renovados, isto é, voltarem a estar
disponíveis (flora, fauna, entre outros); e em
recursos naturais não renováveis (petróleo, água,
entre outros). O uso desses termos tem ocorrido
com mais frequência para se referir a formas
econômicas e racionais de utilizá-los de modo que
os renováveis não se esgotem por mau uso e os não
renováveis rapidamente deixem de existir.
Embora o termo “recursos naturais” seja
bastante utilizado como referência aos cuidados
com o ambiente, quase não faz mais parte da
legislação brasileira recente, que adotou
preferencialmente o termo “recursos ambientais”.
Podemos, então, considerar que o conceito
de recurso ambiental se refere não mais
somente à capacidade da natureza de fornecer
recurso físico, mas também de prover serviços e
desempenhar funções de suporte à vida.
A palavra RECURSO significa algo a que se possa
recorrer para obtenção de algo.
2.4. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA
AMBIENTAL
Os instrumentos de política ambiental têm como
principal função a de internalizar o custo externo
ambiental. São divididos em três grupos:
- Instrumentos de comando e controle (ou
regulação direta);
- Instrumentos econômicos (ou de mercado);
- Instrumentos de comunicação (mídia, educação
ambiental).
COMANDO E CONTROLE ECONÔMICOS
Controle ou proibição de produtos Taxas e tarifas
Controle de processos Subsídios
Proibição ou restrição de atividades Certificados de emissão
transacionáveis
Especificações tecnológicas Sistemas de devolução de
depósitos
Controle de uso de recursos naturais
Padrões de poluição para fontes
específicas
Dos Instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente
I. O estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental;
II. O zoneamento ambiental;
III. A avaliação de impactos ambientais;
IV. O licenciamento e a revisão de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras;
V. Os incentivos a produção e instalação de
equipamentos e a criação ou absorção de
tecnologia, voltados para a melhoria da
qualidade ambiental;
VI. A criação de espaços territoriais especialmente
protegidos pelo poder Público Federal, Estadual
e Municipal, tais como áreas de proteção
ambiental, de relevante interesse ecológico e
reservas extrativistas:
VII. O sistema nacional de informações sobre o
meio ambiente;
VIII. O Cadastro Técnico Federal de Atividades e
Instrumentos de Defesa Ambiental;
IX. As penalidades disciplinares ou compensatórias
ao não cumprimento das medidas necessárias
à preservação ou correção da degradação
ambiental;
X. A instituição do Relatório de Qualidade do Meio
Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
XI. A garantia da prestação de informações
relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o
Poder Público a produzi-las, quando
inexistentes:
XII. O Cadastro Técnico Federal de Atividades
potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos
recursos ambientais.
COMUNICAÇÃO
Fornecimento de informação
Acordos
Criação de redes
Sistema de gestão ambiental
Selos ambientais
Marketing ambiental
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 2.5. Sobre os Instrumentos da PNMA:
Estabelecimento de Padrões de qualidade
ambiental
Diz respeito a normas gerais sobre a defesa
ambiental baixadas pela União (§ 1º, art. 24 da CF),
podendo os Estados e o Distrito Federal baixa-los
em caráter suplementar.
No processo de estabelecimento de padrões de
qualidade ambiental, desenvolve-se a procura de
níveis ou graus de qualidade, de elementos,
relações ou conjuntos de componentes, níveis
esses geralmente expressos em termos numéricos
que atendam a determinadas funções, propósitos
ou objetivos, e que sejam aceitos pela sociedade.
Os padrões de qualidade ambiental são
estabelecidos no Brasil por Resoluções do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
No presente, já estão regulamentados os Padrões
de Qualidade do Ar, das Águas e dos Níveis de
Ruídos.
• Padrões de qualidade do ar
O Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), através da Resolução 005/89, de 5 de
junho de 1989, criou o Programa Nacional de
Controle da Qualidade do Ar (PRONAR). Esse
programa tem por finalidade estabelecer limites de
poluentes no ar atmosférico com vistas à proteção
da saúde, do bem-estar das populações e à
melhoria da qualidade de vida. Essa resolução fixa
o limite máximo de emissão de poluentes no ar
atmosférico (partículas totais em suspensão,
fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre,
monóxido de carbono, ozônio e dióxido de
nitrogênio).
A resolução 008/90, de 6 de dezembro de 1990
estabelece limites máximos de emissão de
poluentes no ar em decorrência de processos de
combustão externa, como por exemplo, dióxido de
enxofre. Essa resolução fixa padrões de qualidade
do ar em primários (níveis máximos toleráveis) e
secundários (níveis desejados).
Mas o que são Poluentes Atmosféricos?
A resolução 003/90, de 28 de junho de 1990, do
CONAMA, por sua vez, definiu poluente atmosférico
como “qualquer forma de matéria ou energia
com intensidade e em quantidade,
concentração, tempo ou caraterísticas em
desacordo com os níveis estabelecidos, ou que
tornem ou possam tornar o ar:
I. Impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;
II. Inconveniente ao bem-estar público;
III. Danoso aos materiais, à fauna e flora;
IV. Prejudicial a segurança, ao uso e gozo da
propriedade e às atividades normais da
comunidade”
art. 1º, parágrafo único. Por fim esta resolução
estabelece um plano de emergência para episódios
críticos de poluição do ar, quando os poluentes
ultrapassarem os limites pré-estabelecidos,
colocando em risco a saúde humana.
• Padrão de Qualidade das Águas
O CONAMA, através da resolução 357/05, de
17 de março de 2005, classifica as águas em:
doces, salobras e salinas. As águas doces
possuem um grau de salinidade inferior a 0,5‰; as
águas salobras possuem um grau de salinidade
entre 0,5‰ e 30‰; e as águas salinas possuem um
grau de salinidade superior a 30‰. Tal resolução
revoga a anterior (resolução 20/86, de 18 de junho
de 1986).
Essa classificação tem por escopo, estabelecer
o uso preponderante dos corpos d’água. É com
base nessa classificação que se dará o destino do
uso da água. A avaliação da qualidade dos corpos
d’água deverá ser realizada pelo Instituto Nacional
de Meteorologia, Normalização e Qualidade
Industrial (INMETRO).
A classificação das águas de acordo com o uso
preponderante foi regulamentada pela resolução
12/00, de 19 de julho de 2000, do Conselho
Nacional de Recursos Hídricos. Esse
enquadramento tem por escopo fixar os critérios do
uso dos corpos d’água em conformidade com os
padrões estabelecidos pelas resoluções
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 E água para abastecimento humano?
O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial
da União do dia 14 de dezembro de 2011 a Portaria
nº 2.914, de 12-12-2011, que dispõe sobre os
procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu
padrão de potabilidade.
Esta portaria revoga e substitui integralmente a
Portaria MS nº 518, de 25-03-2004, que estabelecia
os procedimentos e responsabilidades relativos ao
controle e vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de potabilidade.
De acordo com o texto, água para consumo
humano é a água potável destinada à ingestão,
preparação e produção de alimentos e à higiene
pessoal, independentemente da sua origem.
Caberá à Secretaria de Vigilância em Saúde
(SVS/MS) promover e acompanhar a vigilância da
qualidade da água para consumo humano, em
articulação com as Secretarias de Saúde dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e
respectivos responsáveis pelo controle da qualidade
da água.
• Padrões de qualidade para ruídos
Os ruídos podem causar graves danos ao
aparelho auditivo do ser humano, especialmente se
ultrapassarem os limites estabelecidos pelas
normas e de forma contínua. Foi com base na
possibilidade de causarem danos à saúde humana
que o CONAMA, através da resolução 01/90, de 08
de março de 1990, deu validade a NBR no 10.152
da ABNT, que dispõe sobre a avaliação de ruídos
em áreas habitadas. Essa norma ainda estabelece
que “a emissão de ruídos, em decorrência de
quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais
ou recreativas, inclusive as de propaganda política,
obedecerá, no interesse da saúde, do sossego
público, aos padrões, critérios e diretrizes
estabelecidos nesta resolução.
Há também outras resoluções estabelecendo
normas para o controle dos ruídos.
Zoneamento Ambiental
Tem como principal função o planejamento
do uso do solo baseado nas características de cada
localidade e de forma a mapear o potencial de cada
região, definindo os usos possíveis sem
comprometer seus recursos naturais e o meio
ambiente. O zoneamento ambiental deve ser
efetuado em nível nacional (macrozoneamento),
regional e municipal. A CF deu competência à União
para elaborar e executar planos nacionais e
regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social. No
desenvolvimento social, deve ser inserido o meio
ambiente que faz parte do Título VII – Da Ordem
Social.
Os Estados com base na competência
comum e na concorrente, poderão estabelecer seus
zoneamentos ambientais. Nesse contexto, a Lei
6.803 de 27 de julho 1980, que dispõe sobre as
diretrizes básicas para o zoneamento industrial,
prevê que os Estados estabeleçam leis de
zoneamento nas áreas críticas de poluição que
compatibilizem as atividades industriais com a
proteção ambiental.
O município deverá prever na Lei do Plano
Diretor, conforme art. 182, §1º da CF, o zoneamento
ambiental ao lado do urbanístico, que se
confundirão por meio de lei própria em um só
esquema.
O Decreto nº 4.297 de 10/07/02 estabelece
critérios para o Zoneamento Ecológico – Econômico
no Brasil, regulamentando o disposto na Lei nº
6.938. Entretanto, antes mesmo de haver este
decreto algumas formas de ZEE já haviam sido
feitas pelo país, porém elas eram esparsas e
utilizavam metodologias diferentes e, muitas vezes,
conflitantes, dificultando o processo de
interpretação.
Segundo o Artigo 2º do Decreto o ZEE é
definido como um “... instrumento de organização
do território...” que “... estabelece medidas e
padrões de proteção ambiental destinados a
assegurar a qualidade ambiental, dos recursos
hídricos e do solo e a conservação da
biodiversidade, garantindo o desenvolvimento
sustentável e a melhoria das condições de vida da
população.”.
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O Que é Território de Identidade? REFERÊNCIAS

O conceito de Território de Identidade advém
do processo iniciado pelo Ministério do
Desenvolvimento Agrário, com toda a discussão
para composição dos territórios rurais em 2003. Na
Bahia, naquela ocasião, após diversos encontros e
discussões entre atores sociais e gestores públicos,
formaram-se 26 territórios rurais que,
posteriormente, vieram a compor os 26 Territórios
de Identidade da Bahia.
Os Territórios de Identidade buscam
consolidar-se enquanto objeto de planejamento e
implantação de políticas públicas, reconhecendo a
necessidade de descentralização e do envolvimento
dos agentes locais como essenciais para o
desenvolvimento.
BRASIL, Lei Federal 6.938/81 – Política Nacional de
Meio Ambiente
Licenciamento Ambiental em Mato Grosso. Disponível
em:<http://www.licenciamentoambiental.eng.br/recursos
-ambientais-e-recursos-naturais/> Acessado no dia 02
de Nov de 2016
BRASIL ESCOLA. Política Ambiental no Brasil.
Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/brasil/politica-
ambiental-no-brasil.htm>.
BRASIL ESCOLA. Políticas Públicas Ambientais.
Disponível em:
<https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/geografi
a/politicas-publicas-ambientais.htm>.

Território de Identidade da Bahia.

Nº Território de Identidade
01 Bacia do Jacuípe
02 Bacia do Paramirim
03 Bacia do Rio Corrente
04 Bacia do Rio Grande
05 Baixo Sul
06 Chapada Diamantina
07 Costa do Descobrimento
08 Extremo Sul
09 Irecê
10 Itaparica
11 Litoral Norte e Agreste Baiano
12 Médio Sudoeste da Bahia
13 Litoral Sul Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Barro
Preto/Lomanto Junior, Buerarema, Camacan,
Canavieiras, Coaraci, Floresta Azul, Ibicaraí,
Ilhéus, Itabuna, Itacaré, Itajú do Colônia,
Itajuípe, Itapitanga, Jussari, Maraú, Mascote,
Pau-Brasil, Santa Luzia, São José da Vitória,
Ubaitaba, Una, Uruçuca.
14 Médio Rio de Contas
15 Metropolitano de Salvador
16 Piemonte da Diamantina
17 Piemonte do Paraguaçu
18 Piemonte Norte do Itapicuru
19 Portal do Sertão
20 Recôncavo
21 Semiárido Nordeste II
22 Sertão do São Francisco
23 Sertão Produtivo
24 Sisal
25 Sudoeste Baiano (Vitória da Conquista
26 Vale do Jiquiriçá
27 Velho Chico

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COMPONENTE CURRICULAR: POLÍTICAS AMBIENTAIS
DOCENTE: Isaac de Carvalho – CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
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Atividade de Fixação
1. Assinale V para Verdadeiro e F para Falso nas
3. Baseado em aulas ministradas e material de
seguintes afirmações: apostila, como as políticas aplicadas ao
meio ambiente podem contribuir com a
I. As políticas ambientais servem para ( ) qualidade de vida das pessoas, assim como
minimizar os impactos ambientais também, reduzindo os Gases do Efeito
gerados pelo crescimento econômico e Estufa na Atmosfera GEE, e as
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urbano contaminações do solo e da água?

II. Os municípios de Arataca, Camacan e ( ) 4. A resolução 003/90, de 28 de junho de 1990,

Santa Luzia estão localizados no do CONAMA, define poluentes
Território Litoral Sul atmosféricos, quanto a sua capacidade de
poluir o ar. Além disso, quais outros efeitos
III. A lei 12.305/2010, estabelece a Política ( ) danosos podem causar para o meio
Nacional do Meio Ambiente – PNMA ambiente?

IV. A palavra recurso tem a conotação de ( ) 5. Defina água para o consumo humano:
aquisição de algo
6. Baseado em aulas ministradas, defina
2. Segundo a lei nº 6.938/81 são objetivos da Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE e
Política Nacional do Meio Ambiente todas as como é possível agregar aspectos
alternativas abaixo, EXCETO: socioeconômicos e ambientais em uma
localidade. Cite exemplos:
a) Visar à compatibilização do desenvolvimento
econômico-social com a preservação da 7. Diferencie os Instrumentos de Comando e
qualidade do meio ambiente e do equilíbrio Controle, dos Econômicos e de
ecológico. Comunicação:
b) Visar à definição de áreas prioritárias de ação
governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio 8. Explique qual a principal finalidade dos
ecológico, atendendo aos interesses da União, Padrões de Qualidade Ambiental:
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios. 9. O que são Territórios de Identidade, qual a
função deles? A Bahia está dividida em
c) Visar ao estabelecimento de critérios e padrões de quantos territórios?
qualidade ambiental e de normas relativas ao uso
e manejo de recursos ambientais.
10. Você compreendeu a definição de
d) Visar ao desenvolvimento de pesquisas e de Recursos Naturais para Recursos
tecnologias nacionais orientadas para o uso Ambientais? Cite a principal diferença:
racional de recursos ambientais.
e) Visar à criação de atividades geradoras de renda
que promovam um aceleramento da economia de
forma a contribuir com o crescimento econômico
do país.

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