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Curso de Teologia a Distância

SPRBC.com 1
Aconselhamento
Pastoral
Prof. Pr. Rogério Tolentino
Módulo 1
Aula 02 – Ansiedade
Ansiedade
• 85% das pessoas que vivem nas grandes
cidades são ou possuem sinas de
ansiedade.

• 1 entre 4 pessoas no Brasil sofre de


transtorno de ansiedade.

• 20% dos brasileiros experimentaram as


conseqüências do transtorno de
ansiedade nos últimos 12 meses, e sua
incidência é maior que os transtornos de
humor, depressão e outros distúrbios
ligados à emoção.
• Dependendo do grau a ansiedade tira o
sono, deixa a pessoa mais pré-disposta a
sofrer enfermidades cardiovasculares e a
priva de sair de casa, devido ao medo
exacerbado.

• Isso sem falar que os transtornos de


ansiedade desencadeam, outros
distúrbios como TOC (transtorno obsessivo
compulsivo); Síndrome do Pânico; Fobias
sociais etc.
Mas, o que é Ansiedade?
• “A ansiedade é um sentimento
desagradável, vago, indefinido,
inquietador, que PODE vir acompanhado
de sensações como frio no estômago,
aperto no peito, coração acelerado,
sudorese e tremores, podendo haver
também sensação de falta de ar.

• É um sinal de alerta, que faz com que a


pessoa possa se defender e proteger-se
de ameaças, sendo uma REAÇÃO
NATURAL e NECESSÁRIA para a auto-
preservação.”
Mas, o que é Ansiedade?
• Não é um estado normal, mas é uma
reação normal, esperada em
determinadas situações.

• A ansiedade faz parte de nossa


constituição. Nosso corpo foi planejado,
articulado, organizado de tal maneira
que, ao sermos colocados diante de
situações de risco nos preparemos para
a fuga ou o confronto (embora alguns
paralisem).
Ansiedade é Reação
Como REAÇÃO a ansiedade é normal e
salutar, porém, como ESTADO ela é
prejudicial e patológica e designada
como Transtorno. Transtorno de
Ansiedade.

Pessoas que vivem com um frio na


barriga, mãos suando, coração
disparado constantemente estão
doentes e precisam de tratamento...
“Personalidade” Ansiosa
• Agora, há um terceiro aspecto da ansiedade
que é importante salientarmos. É que, além da
reação e do estado (transtorno) de
ansiedade, há, o que poderíamos chamar de
“personalidade” ansiosa. Pessoas que são
ansiosas, que possuem um “traço de
ansiedade”. Não necessariamente vivem com
uma “borboleta na boca do estômago”, não
estão sempre com mãos suadas, coração
disparado, mas vivem apreensivas,
amedrontadas, preocupadas, inquietas
internamente.
“Ser ansioso é possuir sensação de
tensão, apreensão e inquietação,
dominando todos os demais
aspectos da personalidade. Estar
ansioso é tudo isso acompanhado
por manifestações orgânicas tais
como palpitações (taquicardia),
suor intenso (sudorese), tonturas,
náuseas, dificuldade respiratória,
extremidades frias etc”.
(Ana Beatriz Barbosa Silva., Mentes Brilhantes.)
Recapitulando
• A ansiedade é uma reação natural a todas as
pessoas.
• Há pessoas “naturalmente” ansiosas ou que
possuem um “traço de ansiedade” ( vivem
numa apreensão e incomodo constante).
• E há o estado de ansiedade que é
acompanhado de transtornos físicos e
emocionais.

“As pessoas “naturalmente” ansiosas são mais


suscetíveis aos estados/transtorno de ansiedade...
Fontes Causadoras da
Ansiedade.

1. A Genética.
Filhos de pais ansiosos podem ter
predisposição a ansiedade.
2. Fisiológicas.
“Em indivíduos ansiosos, a amígdala apresenta
menos conectividade com a região do cérebro
que determina a importância do estimulo. Isso
significa que eles tem dificuldade em discernir as
preocupações verdadeiras daquelas que não
apresentam perigo. Ao mesmo tempo,
manifestam maior conexão com uma rede
neuronal associada à execução de atividades e
controle de emoções. Eles querem exercer
controle sobre seus sentimentos. Isso explica por
que a ansiedade é caracterizada por uma
obsessão de pensamentos. As pessoas não
entendem por que estão preocupadas e tentam
raciocinar muito. Esse excesso de raciocínio
pode funcionar por um tempo, mas depois vira
um problema”.
2. Fisiológicas.
“Nos menos ansiosos, o córtex pré-frontal medial,
responsável pela interpretação da importância
do estímulo, tem mais atividade expressiva. (Ver.
Istoé 2217 9/5/2012).

Isso sem falar que substancias como adrenalina,


noradrenalina, cortisol são extremamente
importantes para o bom funcionamento do
Sistema Nervoso Central.
3. O ambiente.
a. Ambiente em que crescemos.
• O ambiente em que uma pessoa cresce contribui
ou não para existência da ansiedade...
• Se o individuo foi criando num ambiente rígido,
amedrontador, negativista, crítico, desconfiado,
punitivo etc. a probabilidade dele ser ansioso é
extremamente alta.

b. Ambiente em que vivemos.


• Se vivemos num ambiente (trabalho, família, igreja)
de cobranças, disputas, disse-me- disse, ameaças,
joguinhos emocionais e comportamentais,
provavelmente seremos sugados pela ansiedade.
4. Traumas.

• Traumas são rupturas, quebras,


fragmentações.

• Há situações, decepções, perdas na vida que


quebram, estilhaçam nossas emoções. E
como reflexo ou conseqüência dessas
quebras emocionais podemos nos tornar
ansiosos.
5. Estressores do Século.

Cada geração produziu seus próprios estressores


particulares...

• Alguns estressores atuais.

A. Capitalismo.
Consumo, dinheiro, posses.

B. Competitividade.
Não basta ser e ter. É preciso ser melhor e ter
mais que os outros. Parece que precisamos estar
sempre provando algo a alguém e estar sempre
à frente do outro.
5. Estressores do Século.
C. Conceitos Distorcidos.
o Conceito é uma frase (juízo) que diz o que
uma coisa é ou deve ser e como funciona.
o Existem conceitos pessoas e sociais.
o O detalhe é que, os conceitos sociais, muitas
vezes determinam os conceitos pessoas. E
obvio: se os conceitos sociais são distorcidos,
os pessoas provavelmente, também, o serão.
• Alguns Conceitos Distorcidos.
- Conceito de beleza.
- Conceito de moral.
- Conceito de verdade.
- Conceito de prosperidade/sucesso.
Alguns caminhos preliminares para
lidarmos, tratarmos e superarmos a
ansiedade.
1. Diagnostico.
Seja através de um profissional da área, seja através de
uma auto-avaliação, o diagnostico é o primeiro passo.

2. Aceitação.
É preciso aceitar o problema para poder tratá-lo.
“A negação não trará a solução”.
3. Tratamento.
• Pastoral/Terapêutico/medicamentoso.
4. Fé.
“A fé propicia menores níveis de ansiedade,
de depressão, maior aceitação da doença.
O fato de o paciente “entregar a Deus o
seu sofrimento” possibilita o aparecimento
de mecanismos anti-stress intensos para o
tratamento dos pacientes, que, em certos
casos, mesmo sabendo da probabilidade
de insucesso terapêutico, conseguem
manter qualidade de vida nos dias que
antecedem a sua morte”. (O Dr. Roque Marcos Savioli é
cardiologia pela Faculdade de Medicina da USP, diretor da Unidade de Saúde
Suplementar do INCOR, membro da Association Medical Internationale de
Lourdes – França)
A atuação do Conselheiro.

1. Descobrindo suas nascentes.


Algumas destas nascentes.
a. Prisão às palavras negativas.
b. Baixa auto estima.
c. Perdas.
d. Traumas.
e. Medos.
f. Culpas.
g. Pre-ocupaçãos
2. Interpretar.
3. Elaborar.
4. Resignificar
5. Tratar com o sistema e não com o
sintoma.
6. Pastorear.
MEDO
• Estudo realizado por uma Universidade de
Michigan, E.U.A.:
• 60% dos nossos medos, são totalmente
infundados porque nunca acontecerão...
• 20% dos nossos medos, estão fora do nosso
controle...
• 10% dos nossos medos, são tão pequenos
que não fazem qualquer diferença...
• E dos 10% restantes; apenas 4 ou 5% são
reais e justificados.

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