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A Fé Elaborada No Concílio de Niceia
A Fé Elaborada No Concílio de Niceia
RA: 00222159
Para combater tal heresia o Concílio de Niceia fará sua definição em forma
de adendos ao chamado Símbolo de Cesareia, que já tinha sido formulado anos
antes. Fora acrescido então as proposições em relação ao Filho: “[...] Cremos em
um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado do Pai, único gerado, isto é, da
substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem tudo foi feito, o que está no céu
e o que está na terra...”
A primeira proposição em relação ao Filho diz “Isto é da substância do Pai”,
a pretensão portanto é esclarecer que o Filho é verdadeiramente gerado do Pai,
tendo ambos a mesma natureza, e o primeiro tem sua origem no último. A Escritura
fornece abundantes testemunhos em relação à consubstancialidade do Pai com o
Filho, especialmente o Evangelho de João, em que frases como “Eu e o Pai somos
um”; “Quem me vê, vê o Pai”; “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus,
e o Verbo era Deus” são bases para o assentimento dado pelos padres conciliares e
Niceia.
Assim, este Concílio teve muita relevância porque abriu um precedente para
os concílios posteriores, uma vez que representou a primeira discussão técnica
acerca de aspectos da cristologia com a elaboração de esmerados artigos que
dirimiram dúvidas e heresias acerca da divindade do Filho. Portanto, houve uma
defesa do depósito da fé transmitido até então, em que sempre se afirmou que
Jesus Cristo era Deus, vide o testemunho das Escrituras e da Tradição Apostólica.