Você já observou, no passado, o elefante no circo?
Durante o espetáculo, o enorme animal fazia demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, ele permanecia preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisionava uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca era só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir. Que mistério! Por que o elefante não fugia? O elefante do circo não escapava porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Ele puxava, forçava, tentando se soltar e não conseguia. A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo. Então, aquele elefante enorme não se soltava porque acredita que não podia. Para que ele conseguisse quebrar os grilhões seria necessário que ocorresse algo fora do comum, como um incêndio, por exemplo. O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse. Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando em um montão de coisas que não podemos ter, que não podemos ser, que não podemos fazer e que não vamos conseguir, simplesmente porque, o cultivo do autoconhecimento, tem os olhos voltados para observar as fraquezas do outro e não identificamos as nossas. Assim, acostumamos com uma rotina que é uma mera acomodação na zona do conforto e não procuramos conhecer os nossos potenciais, nossas forças, para transformá-las em virtudes, que nos liberta da corrente presa à “estaca da mesmice,” porque mudar à nossa maneira de viver, “sempre foi assim.” Poderia dizer que o fogo para nós seria: a perda de um emprego, doença de alguém próximo sem que tivéssemos dinheiro para fazer o tratamento, ou seja, algo muito grave que nos fizesse sair da zona de conforto. A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes! Não espere que o seu circo pegue fogo para começar a se movimentar. Vá em frente!