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Estrutura e processo de construcao da Monografia 4 Estrutura e processo de constru¢do da monografia 4.1 Componentes obrigatérios da Monografia Acestrutura da Monografia obedece a uma ordenagio logica, podendo ser subdivi- dida em elementos pré-textuais, textuais e pés-textuais, como mostra 0 Quadro 6. Quadro 6 — Estrutura da Monografia Estrutura Elementos Capa (obrigatério) Folha de rosto (obrigatério) Errata (opcional) Folha de aprovacao (obrigatério) Dedicatoria (opcional) ‘Agradecimentos (opcional) Epigrafe (opcional) Resumo (obrigatério) Resumo em lingua estrengeira (obrigatério) Sumario (obrigatério) sta de ilustragies (opcional) Lista de tabelas e quadros (opcional) Lista de abreviaturas (opcional) Lista de simbolos (opconal) Tntrodugo Textuais Desenvolvimento Conclusio Referencias bibliograficas (obrigatério) Apéndice (opcional) Pés-textuais ‘Anexo (opcional) Glossério (opcional) indices (opcional) Pré-textuals AABNT ~ NBR 14724 (2005) denomina “opcionais” alguns itens que compdem © trabalho cientifico. Porém, isso nao significa que fica a critério do pesquisador inclui-los ou nao no relatério final de pesquisa. As listas de figuras, tabelas, quadros, apéndices anexos devem constar na Monografia; existindo quadros ou figuras ¢ havendo entrevis- tas ou questionérios no trabalho académico, é obrigatdria a sua apresentago nas listas apéndices ou anexos. a Pesquisa em Eaucagto Fisica 4.1.1 Elementos pré-textuais Segundo a ABNT — NBR 14724 (2005), os elementos pré-textuais antecedem 0 texto da pesquisa cientifica com informagdes que ajudam na identificagao do trabalho, 4.1.1.1 Capa Accapa é a parte externa do trabalho, elemento obrigatorio, para protecgo € iden- tificagdio do estudo. Os componentes da capa so: nome da instituigdo, nome do autor, titulo e subtitulo (se houver), local (cidade) no qual esta sediada a instituigdo de ensino superior e o ano da entrega, sempre com espagamento simples entre linhas ¢ letra maitis- cula e negritada, Padronizagao da capa: nome da instituigao de ensino superior centrado na pri- meira linha da folha, com fonte Arial ou Times New Roman 12, cm letra maidiscula e em negrito, Na linha seguinte, nome do departamento ¢/ou faculdade (opcional), centrado em relae2o a0 nome da universidade, utilizando o mesmo padro de letra ¢ negrito. O titulo do trabalho deve ser escrito no centro da pagina, com fonte Arial ou Times New Roman 12, em letras maiiisculas e negrito, podendo utilizar caracteres em itélico € centralizada. O subtitulo (se houver) deve ser colocado na seqtiéncia do titulo ena mesma formatacio. O nome do autor deve ser escrito em Arial ou Times New Roman 12, com alinha- mento centralizado seis linhas abaixo do titulo, em letras maitisculas ¢ negrito. O nome da cidade deve estar centralizado na peniiltima linha da folha, ou seja, a dois espacejamentos da borda inferior, seguindo, na linha de baixo, 0 ano da entrega do trabalho na titima linha da capa, como se observa no modelo, 124 « processo de construcio da Menoaratia, UNIFMU - CENTRO UNIVERSITARIO FACULDADE DE EDUCACAO FISICA. JOGOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO DE VIVENCIAS COR- PORAIS DO BASQUETEBOL ADRIANO JOSE ROSSETTO JUNIOR SAO PAULO 2001 125 etodologia da Pesquies em Educagto Fisica 4.1.1.2 Capa de tosto A capa de rosto € elemento obrigatério, contendo os elementos essenciais para a identificagao do trabalho académico. A folha de rosto deve vir logo apés a capa, mos- trando seu anverso. Todo 0 texto desta pagina deve ser redigido com espacejamento entre linhas simples e com fonte em negrito. primeiro item é 0 nome do autor, na primeira linha da folha de rosto, centraliza- do e digitado em letras maitisculas ¢ negrito, em Arial ou Times New Roman 12. O titulo do trabalho e 0 subtitulo, se houver, também constam da folha de rosto, escritos como na capa, em letras maitisculas, negritadas, ¢ centralizados. A natureza do trabalho (Tese, Dissertagao, Monografia, entre outros), 0 objetivo (aprovagao em disciplina, grau pretendido e outros), a instituigo de ensino e a area de concentragao do estudo € 0 nome do orientador sao redigidos, na folha de rosto, em um pequeno texto inserido entre o titulo da pesquisa e a tiltima linha da pagina, em Arial ou ‘Times New Roman 12, com espacejamento simples, alinhamento justificado; a margem esquerda do texto encontra-se préxima ao centro da folha A4, Exemplo: Monografia apresentada ao Centro de Pés- graduacao e Pesquisa da UNIFMU CEN- TRO UNIVERSITARIO, como requisito parcial para obtencao do titulo de espe- cialista em Educagio Fisica Escolar, sob orientacao do Prof. Dr. Mauro Gomes de Mattos. No final da folha de rosto apresenta-se 0 local (cidade) da instituigao em que sera apresentado 0 trabalho ¢ 0 ano da entrega. A disposicao de todos os elementos pode ser observada a seguir: 126 Estrutura € processo de construcio da Monograne ADRIANO JOSE ROSSETTO JUNIOR JOGOS E BRINCADEIRAS NO DESENVOLVIMENTO DE VIVENCIAS COR- PORAIS DO BASQUETEBOL Monografia apresentada ao Centro de Pés-gradu- agao e Pesquisa da UNIFMU ~ CENTRO UNI- VERSITARIO, como requisito parcial para a ob- tengo do titulo de Especialista em Educagio Fi- siea Escolar, sob a orientagao do Prof. Dr. Mauro Gomes de Mattos. SAO PAULO. 2001 127 Metodolocia da Pesquisa en Educacto Fisica 4.1.1.3 Errata Elemento opcional, constituido pela referéncia e pelo texto da errata, exemplo: ERRATA, Folha nha Onde se I Lele-se 43 8 educagso educacao 4.1.1.4 Folha de aprovacGo Constituida pelo nome do autor, titulo ¢ subtitulo (se houver), instituigo de en- sino superior, rea de concentragao ¢ linhas para insergio dos nomes ¢ assinaturas dos examinadores, suas instituigdes ¢ data de aprovagao. 4.1.1.8 Dedicatéria Elemento opcional, nele, o autor do trabalho presta uma homenagem ou dedica seu tra~ balho a alguém que o auxiliou de alguma forma no desenvolvimento pessoal e/ou profissional, por exemplo, pais, esposa, filhos ete. A palavra “DEDICATORIA” deve aparecer em letras ‘maitisculas, em negrito e centralizada. A forma de apresentar 0 texto da dedicatéria & de respon- sabilidade do autor, redigindo com liberdade e utilizando livremente fontes e diagramagio. 4.1.1.6 Agradecimentos Também opcionais, os agradecimentos sio dirigidos as pessoas ou instituiges que contribuiram para a elaboragio do trabalho. Muitos alunos perguntam sobre a necessidade de fazer agradecimentos no traba- Tho. Como ninguém consegue realizar sozinho um trabalho desse porte, pessoas envolvi- das merecem ser lembradas. O termo “AGRADECIMENTOS? deve aparecer em letras maitisculas, em negri- toe centralizado. A forma de apresentagio dos sgradecimentos fiea a critério do autor. 4.1.1.7 Epigrate Elemento opcional, é 2 citagio de frase relacionada com o tema, com a indicagio da autoria. A diagramagao é de responsabilidade do autor. 4.1.1.8 Resumo Segundo a ABNT — NBR 14724 (2005), 0 resumo, elemento obrigatério da Mono- grafia, ¢ a apresentacao concisa dos pontos relevantes da pesquisa, uma visio rapida do conte- tido € conclusdes do trabalho, Sua finalidade é demonstrar ao leitora idéia completa da pesquisa, apresentando todas as informagées e contribuigdes, justificando e motivando a leitura, 128 Eatrtura e processo de construsio de Monografia Os elementos obrigatérios do resumo de uma pesquisa de campo ou laboratorial so: ‘© natureza da pesquisa; © objeto de estudo; # objetivos do trabalho; «principais referéneias tebricas; « _ procedimentos metodolégicos; «resultados; e ‘© conclusao ou consideracées finais. Em ambos os tipos de pesquisa, devem ser escritos em pardgrafo tinico, com no maximo 500 palavras, digitados com espacamento simples entre linhas. Recomenda-se utilizar um nimero menor de palavras do que 0 maximo proposto pela ABNT ~ NBR 14724 (2005), pois 200 a 300 palavras so suficientes para a sintese da Monografia, a fim de nao estender a argumentacao ¢ abordando aspectos pertinentes & parte textual. Congressos, simpdsios e semindrios geralmente exigem resumos de 200 300 palavras. Praticar a sintese é uma boa experiéneia para as participagdes em eventos cientificos. Para se formular 0 resumo de uma pesquisa direta em no maximo 500 palavras, primeiramente apresenta-se uma introdugdo ao tema estudado, indicando os objetos de es- tudo analisados e a natureza da pesquisa realizada. Posteriormente, relatam-se as principais fontes teéricas que subsidiaram a composigao da revisdio de literatura, procurando expor as principais idéias dos autores. Depois, apresentam-se os objetivos da pesquisa. Na seatiéncia, descreve-se 0 método de estudo, expondo a amostra, os instrumentos utilizados na coleta de dados ¢ os procedimentos empregados. Os proximos itens s4o os resultados registrados na pesquisa, que permitem finalizar o resumo com a redagao da sintese da conclusdo. No final do resumo so descritas as palavras-chaves do trabalho ou descritores, {que sto termos representativos da pesquisa. Nas Monografias sio apresentados trés e nas dissertagdes € teses, cinco palavras-chaves. Exemplo de resumo de uma pesquisa direta de campo ou laboratorial: RESUMO Esta pesquisa de campo [...] (natureza da pesquisa) enfocou os seguintes as- pectos: [..] (apresentar os assuntos que abordou objetos de estudo). Baseando-se nos estudos de [..] (relatar os principais referenciais tedricos, que balizaram a pesquisa). Assim, o presente estudo teve como objetivo diagnosticar a relagao entre [...] (des- ctever os objetivos). A amostra da pesquisa foi composta por [...]; para levantamento dos dados, foram utilizados um questionério ¢ o teste de VO,max. em esteira rolan- te (procedimentos metodoldgicos). As diferengas dos resultados do pré-teste para pés-teste foram de [..] (resultados), Dessa forma, conclui-se, nesta investigagao, que [-.] (Sintese da conclusaio). PALAVRAS-CHAVES: 129 Metodologia de Pesquisa em Educagéo Fisica Exemplo, agora completo, de resumo de uma pesquisa de campo: “Consideragées sobre a composigao corporal relacionada A satide do aluno terceiro-anista do ensino mé- dio” (ROSSETTO JUNIOR e ARDIGO JUNIOR, 2004). RESUMO (Introdugao: objetos de estudo) A pritica de atividade fisica regular, na melho- ra da qualidade de vida, ver despertando enorme aten¢ao no mundo, principalmente quanto 2 complexa relacio dos niveis de pritica da atividade fisica, dos composicio corporal ¢ da chamada aptidao fisica com o estado de satide das pesso% aluno terceiro-anista do ensino médio, em especial, passa por uma mudanga nas sas atividades do cotidiano, a proximidade do vestibular faz com que dedique um periodo do dia para o estudo regular ¢ o tempo restante em “cursinhos pré-vestibulares”. (Prin- cipais referéncias teéricas) Assim, de acordo com Guedes ¢ Guedes (1989) e Plates (1999), diminui consideravelmente a sua atividade fisica, altera seus habitos alimen- tares, reduz sua jornada de sono, tomnando-se mais estressado. Dessa forma (Natureza da pesquisa), esta pesquisa de campo levanta um questionamento: estariam os alunos do ensino médio prejudicando sua saide, ¢, as yezes, até mesmo dificultando seu in- gresso na universidade? (Objetivo) O estudo verificou o indice de composi¢ao corpo- ral e o nivel de aptidio fisica para diagnosticar a satide dos alunos do ensino médio. (Método: amostra e procedimentos) Foram avaliadas, em um estudo longitudinal, as composigées corporais de 360 alunos, de ambos 0s scxos, do Colégio Magno, durante © transcorrer do ensino médio (3 anos), comparando os resultados obtidos aos 14 ou 15 anos, com os constatados aos 17 ou 18 anos, dos alunos que freqtientaram regularmente as aulas de Educagio Fisica do Ensino Médio. (Instruments) A composicio corporal foi medida pelo teste de bioimpedancia, conforme normas padronizadas pelo Body Comp I - versio 1.5. (Resultados) Constata-se que em todas faixas etérias as meninas tém, em média, peso gordo e percentual de gordura maior que os meninos (nivel de significdncia de 99,5%, apontado pelo t de student). Na I* séric, as alunas apresentam, em média, 22,3% e os meninos 12,4% de percentual de gordura. Os dados recolhidos na 3* série do ensino médio, quando os alunos estiio entre os 17 ¢ 18 anos, indicam que ambos 0s sexos apresentam um aumento do percentual de gordura, meninas 26,4% © meninos 17,3%, sendo que os meninos, no iiltimo ano, tendem a se aproximar das me- ninas com relago ao peso gordo (12,0 kg meninos 14,6 kg meninas), 0 que demonstra aumento do actimulo de massa gorda, prineipalmente nos meninos. (Conclusées ou Consideragées Finais) Conclui-se que devido as modificagdes nas atividades fisicas do terceiro-anista, ocorre diminuigo da aptidiio fisica dos discentes durante o curso do en- sino médio, acarretando a alterago da composig&o corporal, que, somados ao estresse da concorréncia as universidades, influenciam no estado geral de satide destes alunos, aspectos que tendem a prejudicar a performance no vestibular. PALAVRAS-CHAVE: ensino médio; aptidio fisica; atividade fisica. Mais um exemplo de resumo de pesquisa de campo: “O Esporte educacional na formagao de valores humanos” (ROSSETTO JUNIOR e CIRIACO, 2007), 130 _ sce crses sora RESUMO No cotidiano social, ocomtem intimeros atos de violéncia, agressbes, desrespeito, riginados de conflitos entre as pessoas € a educagao deve preocupar-se com a formagdio de valores humanos. A partir dos estudos sobre esporte educacional e formacdo de valores humanos de Bracht, Broto, Craxi e Craxi, Mesquita e Migliori, analise-se a interveniéncia do Esporte Educacional na formagao de valores humanos € comparam-se 08 valores in- temalizados e relatados por 85 alunos, de 9 € 10 anos, matriculados em escola publica do ‘Municipio de Sto Paulo, pertencentes a grupo experimental de esporte educacional (22 alu- 1nos), com 0s alunos que nzio vivenciam o esporte (grupo controle), Utilizou-se questionério isto, que propos a questo para identificar os valores humanos: “O que € preciso para ser ‘camped dentro e fora da quadra?”. Os resultados demonstram que 63,64% dos alunos do ‘grupo experimental relacionam a resposta ao aspecto sécio-afetivo, 36,36 % wo psicomo- tor e no houve indicacdo do aspecto cognitivo. Jé dos alunos do grupo controle, 38,73% aponta 0 aspecto sécio-afetivo, 33.33% o psicomotor e 7.94% 0 cognitivo. A maioria dos alunos relata que, para serem bem sucedidos, é preciso adotar aco correta, paz, amor, no violéncia e verdade. Entretanto, consegue-se identificar pequena superioridade de aponta- mentos aos aspectos s6cio-afetivos dos alunos que frequentam Projeto Rexona/Ades de ‘Yoleibol, comparados aos outros alunos. Assim, entende-se que 0 Esporte Educacional pode interferir na formagzio de valores humanos, apesar de nao termos como comprové-lo, em razio de as criancas conviverem em diversos ambientes sociais e da complexidade das imeragbes sociais vivenciadas. PALAVRAS-CHAVE: esporte educacional; valores humanos; s¢cio-educativo. Elementos obrigatorios do resumo de uma pesqi © natureza da pesquisa; bibliografia indireta: # objeto de estudo; * objetivo do trabalho; ‘* principais referéncias tebricas; * conclusdes ou consideragdes finais. No resumo de pesquisas indiretas, apresenta-se uma introdugao ao tema estudado, indicando os objetos de estudo, a natureza da pesquisa realizada ¢ os objetives da pesqui- sa, Posteriormente, relatam-se as principais fontes tedricas que subsidiaram a composigaio da revisao de literatura, expondo as principais premissas dos autores que levaram a reda~ do (sintese) da conclusio. Como mostra o exemplo. 134 Metodologia de Pesquiso em Educogo Fisce RESUMO Esta pesquisa bibliogritica [...] (natureza da pesquisa) aborda a relagio (...] (apre- sentar os assuntos que abordou objetos de estudo). Tendo como objetivo identificar e clas- sificar as [..] (desctever os objetivos). Baseando-se nos estudos de [...] (relatar os principais referenciais tedricos que balizaram a pesquisa). Conelui-se que [...] (sintese da conclusio ‘ou consideragdes finais). Exemplo de resumo de pesquisa indireta bibliogrifica: “A pritica da abordagem cultural dda Educagao Fisica na superagao do sexismo” (SANTOS; OLIVEIRA € MOURA, 2006). RESUMO (introdugdio: objetos de estudo) As relagdes dos meninos e meninas nas au- las de Educagio Fisica ainda hoje sito permeadas por representages sexistas que criam estereétipos relacionados 20 género, promovendo desigualdades no espago es- colar. (Natureza da pesquisa) Esta pesquisa bibliogrifica aborda conhecimento do conceito de género; as causas e representagSes do sexismo existentes nas relagdes sociais entre meninos e meninas, especificadamente nas aulas de Educagio Fisica € como estas a reproduzem; a abordagem cultural; a organizagio de um curriculo sociocultural e as intervengdes pedagégicas necessérias em prol de uma Educagio Fisica reflexiva e participativa, que possa contextualizar as relagdes de género nas aulas. (Objetivo) O objetivo é identificar as contribuigdes da abordagem cultural na superagiio do sexismo. (Principais referéncias teéricas) Baseando-se principalmente nos estudos de Souza e Altmann (1999), Louro (1997), Kunz (2003), Moreira e Silva (2005) e Neira e Nunes (2006). (Consideragdes Finais ou Conclusdes) Infere-se que a abordagem cultural, pautada nos referenciais da pedagogia critica e pés-critica, pode contribuir para uma relaco dialética entre os alunos na construgao e ressigni- ficagdo da cultura corporal de movimento, utilizando intervengdes pedagdgicas que estimulem discussies e problematizacSes a respeito das diferengas entre meninos € meninas, que transforme a pritica escolar em espaco de luta, a fim de gerar igualdade de oportunidades nas relagdes, pela superaczio de mitos culturais. PALAVRAS.CHAVE: abordagem cultural; Edueagio Fisica escolar; sexisma Alguns simposios, congressos e seminarios costumam determinar em tomo de 150 2300 palavras para inserigao de trabalhos académicos nos eventos cientificos, obrigando 0 pesquisador a ser mais sucinto na claboragio do resumo. Nesses casos, a alternativa é des- crever diretamente os itens obrigatérios do resumo, reduzindo a introdugao e suprimindo a sintese das fontes tedricas, como se observa no resumo (com 147 palavras) do artigo “Os jogos na aprendizagem das habilidades do basquetebol” (ROSSETTO JUNIOR, 2007). 132 Estruturae processo de construsao 62 Monegrana RESUMO No jogo esportivo, ndo ha unanimidade sobre o método para introdugovin gf, Atualmente, nota-se desinteresse pela pritica do basquetebol nas escolas, o que leva a questionar os métodos aplicados no processo ensino-aprendizagem. Em contrapartida, investe-se em propostas de ensino com caracteristicas Iidicas, pela relevdincia dos jogos no desenvolvimento das criangas. Assim, a pesquisa de campo procura verificar se viven- ciar jogos e brincadeiras favorece 0 desenvolvimento dos fundamentos do basquetebo! pela transferéncia de aprendizagem. Realizaram-se pré-testes de desempenho dos fundamentos com 22 alunos de ambos os sexos, com idades de 7 e 8 anos. Apds 8 meses de priticas de jogos, com 2 aulas semanais, foi feita reavaliagio no pés-teste. A andlise das médias dos resultados e porcentagens obtidas pela diferenga entre pré e pds-teste aponta melhora nai performance dos fundamentos avaliados e conclui-se que ha transferéncia de aprendizagem das habilidades fundamentais das atividades kidicas para as habilidades esportivas. PALAVRAS-CHAVE: jogos, transferéncia de aprendizagem, habilidadles do hasquetebol. 4. .1.9 Resumo em lingua estrangeira Elemento obrigatério, que consiste na digitagao de todo o resumo da pesquisa em folha separada, em ingles (abstract), espanhol (resumen) ou franeés (résumé). 4.1,1.10 Listas AS listas de ilustrages, tabelas, quadros, simbolos, siglas, abreviaturas ¢ outras ‘aparecem logo apés 0 sumério, em paginas préprias, na ordem em que aparecem no tra- balho, ou seja, na seqiiéneia numérica destinada a elas quando da composigio do texto. Sao clementos obrigatdrios quando utilizados para ilustrar ou explicitar parte do texto. Dessa forma, no caso do trabalho apresentar qualquer um desses itens, torna-se necessdria a confecgio de lista, mesmo quando tiver apenas um grifico ou tabela em todo 0 texto. Recomendam-se listas separadas para ilustragdes, tabelas, quadros ete. 4.1.1.10.1 Lista de ilustragdes Exemplo de lista de figuras: LISTA DE FIGURAS Figura 1: Perspectiva da rea e infra-estrutura esportiva dispontvel Figura 2: Fotos de praticantes de esportes de aventura em agio ... Figura 3: Festa de confraternizagiio da etapa de esportes de aventura 133 4.1.1.10.2 Listas de tabelas e quadros: As listas de tabelas ¢ quadros devem ser elaboradas de acordo com a ordem em que ‘parecer no texto, incluindo mimero, titulo e pagina, conforme se observa no exemplo: LISTA DE QUADROS Quadro 1: Tema das produgGes ...cmneensennsnnnnen 180 Quadro 2: Referenciais te6ricos utiizados pelos pesquisadores 184 Quadro 3: Métodos de pesquisas it 192 Quadro 4: Técnicas e instrumentos da coleta de dacos . 231 Quadro 5: Fontes para coleta de dados 234 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Produgao discente sobre jogos na educagio ~ 1981 a 1998, ‘Tabela 2: Distribuigdo regional das pesquisas discentes ~ 1981 a 1998 .. Tabela 3: Distribuigao estadual das pesquisas discentes ~ 1981 a 1998 .. Tabela 4: Distribuigao anual das dissertagoes e teses ~ 1981 a 1998 .. Tabela 5: Distribuigao por nivel das pesquisas discentes ~ 1981 a 1998 ... 4.1.1.10.3 Lista de abreviaturas e sigias Elemento opcional, consiste na relagao alfabética das abreviaturas e siglas utiliza- das no texto, seguidas das palavras ou expresses correspondentes grafadas por extenso. Segundo Bastos ef alii (1996), nio se deve abusar do uso de abreviaturas e siglas em Monografias e trabalhos académicos, o que, muitas vezes, torna dificil a compreen- sfo do texto. Na primeira vez em que aparecem no texto, devem vir precedidas do nome completo que representam; depois, usar apenas as abreviaturas ou siglas. Exemplo: ‘A Universidade de Stio Paulo (USP) pode ser considerada a maior univer- sidade da cidade de Sio Paulo. Algumas faculdades da USP, entretanto, nao estio instaladas dentro da Cidade Universitéria, como € 0 caso da Faculdade de Direito, que se localiza no Largo Sao Francisco. 134 Esirutura © processo de construgio da Monegrata LISTA DE SIGLAS ANPEd —_Associagao Nacional de P6s-Graduagao em Educacao .. IESAE Instituto de Estudos Avangados em Educagao PUCIRI Pontificia Universidade CatGlica - Rio de Janeiro .. PUCIRS Pontificia Universidade Cat6lica - Rio Grande do Sul usP. Universidade de Sao Paulo... Nota: as listas de ilustragdes, tabelas, quadros, siglas (abreviaturas) e simbolos devem ser inseridas aps 0 sumério, com numeragao, titulo e pagina, de acordo com a ordem em que aparecem no texto. 4.1.1.11 Sumario: Elemento obrigatério dos trabalhos académicos, consiste na numerago das prin- cipais divisdes, segdes, capitulos ¢ outras partes da pesquisa, na mesma grafia e ordem que aparecem no trabalho, acompanhando os nimeros e paginas, com margem iinica para 6s itens (resumo, capitulo I, capitulo Il, capitulo IIL, listas, referéncias bibliogrificas), e margem diferenciadas para as seqdes e subsegdes. No sumério constam os itens: resumo, listas (se houver), capitulo I — introdugio, capitulo II ~ revisio de literatura, capitulo III - metodologia (nos casos de pesquisa de campo), capitulo IV ~ apresentagio e anilise dos resultados (somente nas pesquisas de campo), capitulo V —conclusao (para as pesquisas de campo) ou capitulo II —conclusio (nas pesquisas bibliograficas), apéndice, anexo e referéncias, como mostra 0 modelo: 136 Metadologla da Pesquisa em Educacd0 Fisica SUMARIO AGRADECIMENTOS . RESUMO . LISTA DE QUADROS LISTA DE TABELAS CAPITULO I- INTRODUGAO- 1.1 DEFINICAO DO PROBLEMA. 1.2 OBJETIVOS ... 1.3 QUESTOES QUE ORIENTAM 0. ESTUDO. 1.4 JUSTIFICATIVA CAPITULO II - REVISAO DE LITERATURA 2.1 OS JOGOS E BRINCADEIRAS.. 2.1.1 Tipos de jogos segundo uma abordagem psicoldgica 2.1.2 Jogos na educagao infantil. 2.2 CARACTERISTICAS DA FAIXA ETARIA DEO A 3 ANOS, 2.2.1 Caracteristicas fisicas e fisiolégicas ., 2.2.2 Caracteristicas cognitivas .... 2.2.3 Caracteristicas afetivo-sociais vs 2.3.DESENVOLVIMENTO AFETIVO-SOCIAL .... 2.3.1, Desenvolvimento afetivo-social de 0 a3 anos .... 2.3.2. Contribuigao dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento ‘ocial de criangas de 0 a 3 anos... CAPITULO II ~ CONCLUSAO.. 2.0.0. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS APENDICE A ANEXO A 136 Estrutura e proceso de construe da Monografia 4.1.2 Elementos textuais Os elementos textuais sao também chamados de texto do trabalho ¢ compreendem trés partes definidas: introduco, desenvolvimento e conclusao. 4.1.2.1 Introdugdo Segundo a ABNT — NBR 14724 (2005), a introdugaio é a parte inicial do trabalho, nna qual o pesquisador expde 0 assunto, ¢ na qual devem constar antecedentes ¢ tendéneias sobre o tema, delimitagio e definigao do problema estudado, objetivos, desdobramento da quest2o central que origina as questdes que crientam o estudo, justificativas do trabalho ¢, se necessirio, definigao de termos. Inicia-se relatando os antecedentes do problema: as tendéncias atuais sobre o tema, citam-se os estudos dos principais autores que abordaram ¢ realizaram consideragSes a respeito do assunto, procurando apontar as preocupagdes sociais ¢ os pontos de debate. Devem-se citar os aspectos especificos ¢ propésitos de estudo com rigor cientifico. Dessa forma, apresenta a drea tematica do estudo, delimitando a pesquisa, seus objetivos ¢ os autores que contribuem para o estudo do tema. Isso tende a dar maior credibilidade ¢ veracidade a0 estudo, pois demonstra uma preocupagdo profissional ¢ ientifica, e no apenas pessoal. Posteriormente, deve-se definir claramente o problema de pesquisa, ou seja, qual € a questo basica ou central do estudo, o ponto de partida para iniciar a pesquisa, que possibilita cxaminar, analisar, contestar e comparar com as obras e documentos, com a realidade ¢ as priticas sociais que se relacionam a questio, na tentativa de resolver 0 pro- blema central do estudo. ‘Aborda-se de maneira geral, procurando problematizar 03 antecedentes e as ten- déncias do momento, levantando ¢ indicando necessidades sentidas pela rea profissional ce pela sociedade em geral, finalizando a delimitagdo e definigao do problema de pesquisa, com a apresentagdo da questo basica que pretende solucionar. Exemplo de parte de antecedentes do problema como mostra Rossetto Jinior (2007), no exemplo: 137 da Pesquise em Educasso Fisica CAPITULO 1 - INTRODUCAO, Durante muito tempo e até os dias atuais, a metodologia para 0 ensino dos esportes limitou-se a considerar a justaposigao das partes: condicao fisica, mais téc- nica © mais forga (BENDA e GRECO, 1998). Dessa forma, 0 processo de ensino € aprendizagem analitico é formatado em uma sequéncia pedagdgica e somente apos aquisig’o de habilidades e tcnicas possibilita-se 0 jogo. O aprendizado torna-se, assim, repetitivo, monétono ¢ desestimulante, devido ao rigor na execugao dos fun- damentos, em especial para criangas. Observa-se nas literaturas de ensino dos esportes perspectiva de autores pe- dagogos como Garganta (1995), Graga ¢ Oliveira (1997), Mattos ¢ Neira (1999) e Souza (1999) entendem que somente se pode aprender um jogo jogando, com as experiéneias do proprio jogo. Autores técnicos, como Comas (1991), Daiuto (1971), De Rose e Ferreira (1984) ¢ Stocker (1973) entendem que, apos a pratica das técni- cas, com relativa eficiéncia, seria possivel dedicar-se ao jogo propriamente dito. Ja Albert ¢ Rotenberg (1984), Benda ¢ Greco (1998), Bercowits (1996) e Kasler (1983) propdem antepor pequenos jogos ¢ jogos esportives, em uma seqiiéncia, com a com binagdo de série de exercicios para a condugdo do desenvolvimento ascendente das habilidades. 0 jogo tem se tomado objeto de estudo por diversos prismas, dando lugar a uma gama variada de pesquisas e projegdes. As recentes investigagées nas areas de Educagdo e Psicologia tém ressaltado a relevincia dos jogos e brincadeiras infantis em diferentes campos de aprendizagem, Matemitica, Fisica, Lingus, ete, Com base em Leontiey, Piaget, Vygotsky, Wallon e outros, pesquisadores de diversas partes do mundo investem em novas propostas de ensino com caracteristices lidicas. s jogos sempre constituiram uma forma de atividade do ser humano, tanto no sentido de recrear como no de educar. Almeida (1984) relata que, entre os egip- ios, gregos, romanos, maias e mesmo indigenas, os jogos jé serviam como m para a geragao adulta transmitir aos mais jovens seus conhecimentos. Nesse sentido, existem propostas de valorizagio do liidico como a de Piaget (apud MACEDO, 1994, p. 138) “[...] dai decorre a importincia, em uma perspectiva cognitiva, de se trabalhar a crianga em contextos coneretos, por exemplo, utilizando jogos de regras, situacdes problemas, circunstincias da realidade vivida, etc”. A Educagiio Fisica, que ha muito inclui a disciplina Recreagdo em seu curri- culo, tem repensado o trabalho com jogo e brincadeira. O brincar nao pode ser visto apenas como uma ocupacio do tempo da erianga, mas é fundamental no émbito da motricidade, da inteligéncia, das emogGes e das relagées sociais e afetivas. 138 Estrutura e processo de construsSo da Monografis Exemplo 2: CAPITULO I-INTRODUCAO Para Maturana e Rezepka (1995), a funcao da educagao escolar atual € a for- magao humana, com a socializago dos alunos (internalizacao ¢ respeito pelas dife- rentes formas de organizacao social) e a capacitagao, pela apropriacao dos diferentes, conhecimentos que se acreditam titeis para viver na sociedade. Desse modo, a tarefa educacional esti tanto na formagao como na informacao. Arespeito de como a educacao deve proceder no intuite de alcangar seus ob- jetivos, Zabala (1998) entende que 0 aluno deve ter oportunidade de se desenvolver plenamente, uma vez que a escola nio deve privilegiar certos tipos de informagies 0u aspectos do comportamento humano em detrimento da formagao do individuo. Todas as reas do conhecimento devem caminhar juntas para as metas educacionais: o bem-estar do educando ¢ a formagao do cidadaio. Entretanto, de acordo com Zabala (1998, p. 28), “o papel atribuido ao ensino tem priorizado as capacidades cognitivas, mas nem todas, ¢ sim aquelas que se tém considerado mais relevantes € que, como sabemos, correspondem a aprendizagem das disciplinas ou matérias tradicionai A escola fragmenta o ser humano sem pereeber que, isso nao é possivel, pois como afirma Zabala (1998, p. 28), “educar quer dizer formar cidadios, que nfo estio parcelados em compartimentos estangues, em capacidades isoladas”. As disciplinas de sala de aula privilegiam apenas os aspectos cognitivos ¢ a Educagio Fisica, os mo- tores. Porém, como relatam Mattos ¢ Neira (1998, p. 16), “o corpo, tao privilegiado nas aulas de movimento, ¢ 0 mesmo que incomoda as aulas de racioeinio”. Dessa forma, por que nao estruturar a educagdo do homem de forma integral (natural), 20 invés de separar (culturalmente)? ‘A Educagiio Fisica Escolar, hi muito tempo sem identidade propria e em bus- ca de rumos, enconira-se em crise na tentativa de se fundamentar (BRACHT, 1997). Para Santin (1989, p. 25), “falar de Educagdo Fisica Escolar como uma atividade ceducativa implica defender a idgia da totalidade do ser humano. Nao apenas como uma totalidade individual, mas como uma totalidade social [...]”. A Educagdo Fisica Escolar deve identificar-se com uma pritica pedagogica que se sustente em objetivos ¢ contetidos que possibilitem aos alunos a compreensio de si mesmos ¢ da sociedade a que pertencem, 0 que remete a discussao dos objeti- vos, contetidos ¢ praticas pedagdgicas que a escola e, especificamente, a Educagio Fisica devem buscar, para serem coerentes com os fins educacionais. Desde as décadas de 1980, ocorrem debates e propostas de Educagao Fisica no sen- tido de aleangar da formago e a informagio dos alunos. A nova tendéncia de Educagio F sica, diferentemente das anteriores, caracteriza-se por estudar os estimulos e as influéncias do meio fisico ¢ social sobre o desenvolvimento do ser humano. Essa tendéncia, sociocul- tural, entende o aluno como um ser historicamente situado, dono de um saber significativo sua vida em sociedade, com capacidade critica para situar-se no mundo, para opor-se as condigdes pré-estabelecidas, modifici-las e transformé-las (GALLARDO, 1998). ‘As aulas de Educagio Fisica, durante tanto tempo vistas como responsdveis apenas pelo desenvolvimento dos aspectos motores, buscam adequar-se a este conceito de educacao integral e critica, sendo responsivel pelo desenvolvimento global das criangas e adolescentes. Como ja descrevia Freire (1989), 0 intuito é possibilitar uma educagao de corpo inteiro. 139 Metedoloaia da Pesquisa em Ecucagho Fisica Portanto, configura-se como problema de pesquisa: a pergunta central do estudo, a divida que sera sanada na conclusito do estudo, Apos abordar @ quesizio de maneira geral, conclui-se a apresentagao do cendrio que levou a formulagao do problema de pesquisa da seguinte forma: Exemplo 1: Assim, este estudo tem como problema: hé relagio entre a prética de jogos da cultura infantil e a aprendizagem de habilidades esportivas, em razio da transferéncia de aprendizagem? Exemplo 2: Configura-se como problema de pesquisa: quais os objetivos e contetidos da propos- ta sociocultural da Educagaio Fisica que promovem a formagio integral do ser humano? Exemplo 3: A partir do exposto, levanta-se como questio central do estudo: quais as impli cages dos jogos e brincadeiras, na Educago Infantil, para o desenvolvimento afetivo-social de criangas de 0 a3 anos? O préximo passo ¢ explicitar os objetos de estudo da pesquisa, definindo o que a Pesquisa trata, o que estuda, desereve € anal -se a busca de material bibliogrifico referente aos assuntos ¢ problemas abordados. Para demonstrar os objetos de estudo, deve-se desdobrar a questto basica em novas pergunias, definindo os itens da revisdo de literatura e referéncias tedricas para esclarecer essas quesides. Essas perguntas desdobradas do problema configuram-se nas quest0es que orientam o estudo. Pela somatéria das respostas a essas perguntas, que se originaram do problema central, soluciona-se 0 problema de pesquisa nas pesquisas bibliogriticas. ‘Veja o mesmo exemplo 3 de problema: quais as implicagdes dos jogos e brinca- deiras no desenvolvimento afetivo-social em criangas de 0.a 3 anos da Educagao Infantil? Como desdobrar o problema nas questOes que orientam o estudo? Para resolver a questio bisica de estudo, torna-se necess4rio responder as indagagoes: © que so jogos e brincadeiras? Quais 0s jogos praticados na educagiio infantil? Quais os tipos de jogos realizados pela faixa etaria, segundo uma abordagem psicolégica? Quais as fungSes dos jogos para as criangas? Quais as caracterfsticas da faixa etétia de 0 a 3 anos de idade? O que € desenvolvimento infantil? Como se define 0 aspecto afetivo-social do desenvolvimento humano? 140 Estruture ¢ processo de consirugdo de Monagraia Que comportamentos do dominio afetivo-social apresentam as criangas de Oa 3 anos de idade’? Quais 0s fatores que interferem no desenvolvimento s6cio-afetivo das criangas? Quais as relagdes entre os jogos € brincadeiras ¢ o desenvolvimento afetivo-so- cial de criangas de 0a 3 anos de idade? Apos definir 0 problema ¢ os objetos de estudo da pesquisa, toma-se necesséirio explicitar o que se pretende fazer na execugao da pesquisa. E 0 momento de escrever os objetives do estudo, ou seja, definir com precisio para © que se realiza 0 trabalho. Esse elemento vincula-se diretamente & propria signi- ficagdo da tese proposta pelo pesquisador ¢ 4 colocagdo de propésitos dirctamente rela- cionades com 0 problema de pesquisa. Em pesquisas académicas utilizam-se 0s verbos “verificar”, “observar”, “identificar”, “evidenciar”, “analisar”, “comparar”, “descrever”, “examinar”, “diagnosticar”, “exaltar”, “comprovar”, “classificar”, “mapcar”, “demons- trar”, entre outros, Observe, a seguir, exemplos de como redigir objetivos a partir dos mesmos pro- blemas descrito amteriormente: Exemplo 1: Analisar ¢ comprovar se as vivéncias de jogos e brincadeiras favorecem a aprendizagem dos fundamentos do basquetebol, com o intuito de diagnosticar me- todologia que vA ao encontro das atuais necessidades e interesses das criangas e que tenham real significado para elas. Exemplo 02: Mapear os objetivos da Educagdo Fisica escolar propostos pela tendéncia sociocultural ¢ identificar ¢ classificar os contetidos da Educagdo Fisica escolar que proporcionam a formagaio global das criangas ¢ adolescentes, Exemplo 03: Este estudo tem como objetivo identificar as conseqiiéncias das aulas de Edu- cagio Fisica no desenvolvimento afetivo-social de criangas de 0 a 3 anos, bem como evidenciar a importincia da Educagdo Fisica na educagao infantil. Os objetivos podem ser varios ou apenas um, porém é necessério que todos sejam atingidos. O pesquisador deve ter critérios para definir os objetivos, os quais contribuem para

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