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Universidade Pedagógica

Planificação Administração e Gestão da Educação

FUNDAMENTOS

DE

P E D A G O G I A

TEXTO DE APOIO
Dr. Amílcar Paulo Jotamo

1ª UNIDADE TEMÁTICA

1. NOÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS USADOS EM PEDAGOGIA E NAS CIÊNCIAS DA


EDUCAÇÃO

TEMA 1: A PEDAGOGIA E AS CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

O Que é Pedagogia?
- é arte de ensinar
- é ciência e técnica da educação.
- Etimologicamente PEDAGOGIA na língua Grega significa:
 Pai ou Paidós = criança
 Agõgós = condutor, guia, dirigente
 Agém (verbo grego) = levar, conduzir, guiar, dirigir
 Paidagõgia = ocupação, encargo, ofício do pedagogo
 Paidagogõs = escravo liberto encarregado de levar as crianças à escola; preceptor das
crianças, pedagogo.

Desenvolvendo assim o conceito, a Pedagogia é, portanto, saber conduzir os meninos para a


escola. E Pedagogo é aquele que conduz as crianças a escola.

No sentido amplo e mais abrangente, a PEDAGOGIA é um campo de conhecimentos que


investiga a natureza das finalidades da Educação numa determinada sociedade, bem como os
meios apropriados para a formação dos indivíduos, tendo em vista prepará-los para as tarefas
da vida social.

Qual é OBJECTO DA PEDAGOGIA COMO CIÊNCIA?


É a Educação do Homem.

Antigamente existia uma única Ciência: a FILOSOFIA - ciência do saber. Todas as outras
estavam integradas nesta. A Pedagogia é também uma das ciências que se desvinculou da
Filosofia para se ocupar inteiramente dos problemas da Educação. Assumindo esta função da
Educação a Pedagogia passa a desempenhar as seguintes funções:
 A função de Ciência descritiva - empenhada em descrever e compreender, nos
mínimos detalhes o fenómeno educativo, proporcionando ao educador ampla e
profunda visão de todo o seu mecanismo.
 A função de Ciência normativa - proporciona as directrizes e os princípios
necessários do saber - fazer educativo;
 A função de Ciência tecnológica - voltada para o desenvolvimento do instrumento
indispensável à consecução (execução) do trabalho educativo e do conhecimento das
técnicas educativas.

Ligadas a estas funções estão as inúmeras disciplinas, pertencentes as Ciências de Educação, que
contribuem para a compreensão e elucidação dos fenómenos educativos e que se encontram
reunidas em três grandes grupos:

 As disciplinas Filosóficas - Filosofia Educacional, Política Educacional e História da


Pedagogia;
 As disciplinas Científicas: Psicologia Educacional, Sociologia da Educação, Biologia
Educacional, Estatística Educacional, História da Educação e Educação Comparada;
 As disciplinas Técnicas - Didáctica, Administração e Gestão Escolar, Orientação
Educacional e Higiene Escolar.

Esquematizando a Evolução da Pedagogia como Ciência temos o seguinte:

FILOSOFIA

PEDAGOGIA

Disciplinas Filosóficas Disciplinas Científicas Disciplinas Técnicas

 Filosofia Educacional  Psicologia Educacional  Didáctica


 Política Educacional  Sociologia Educacional  Ad. e Gestão Escolar
 História da Pedagogia  Biologia Educacional  Orientação Educacional
…. Estatística Educacional Higiene Escolar
…. História da Educação
…  Educação Comparada

considerando que:
CIÊNCIA – é a busca de conhecimentos, de teorias e de conceitos numa determinada área;

ARTE – é aplicação desses conhecimentos;

Na sua maneira de ver: a Pedagogia é mais Ciência ou mais Arte?

Ciências da Educação?
São uma síntese de diversas disciplinas que se interessam pela pessoa humana no seu dever
educacional.

1.1. O Conceito Educação:

O Homem apareceu na face da Terra com semelhança de um animal qualquer. E um animal


homotermo de pele nua. O facto de possuir uma faculdade de uso imediato dos órgãos dos
sentidos e pronta actuação do psíquico, o Homem distancia se do resto dos animais.

Assim, o Homem revelou-se o ser do escalão mais alto do Reino Animal.

Ele conseguiu domesticar certos animais e transformar as plantas selvagens em plantas


cultiváveis viveu antes no nomadismo e depois sedentarisou-se. A principal razão de trocar o
nomadismo por sedentarismo e contiguidade, é sem dúvida, a ameaça do meio ambiente, tanto
natural como da natureza humana.

Com isto, pretende-se dizer que o Homem aprende a ver, a ouvir, a comunicar-se, a mover-se, a
apalpar, a trabalhar para sobreviver. Para sobreviver das intempéries da natureza, dos ataques das
feras, da escassez dos alimentos, aprendeu a viver em comunidade. Ver Max Derruau, p. 29-39 e
355, Geografia Humana.

Como forma mais alta de organização da vida singular e colectiva, aperfeiçoou a comunicação, o
fabrico e uso de instrumentos de trabalho e traçou normas de conduta (moral).

Depois de muitos e muitos séculos, cristalizou-se o modo de vida do homem e formou-se o que
se chama de cultura humana. Com a necessidade de preservar esta cultura, surgiu o que se
denomina de Educação.

Outrora, a aprendizagem era espontânea porque o homem vivia na natureza e com ela se
confundia. Hoje aprende pelas ideias. É por isso que tanto se fala do que devia ser e nunca do
que se deve realizar

O que é a Educação? O que é a cultura? (Golias, M.; Bordeau, P.; Abbagnano,N.;Peixoto,A.)

A educação é um fenómeno social porque surgiu com o aparecimento da sociedade. A Educação


consiste na transmissão da cultura do grupo, das gerações velhas às novas gerações.

A transmissão da cultura e das técnicas das velhas às novas gerações tem como finalidade a
sobrevivência do género humano. A cultura e a técnica devem ser aprendidas, assimiladas por
meio de transmissão, isto é, pela educação

A assimilação dos conteúdos educativos não é instintiva e por isso deve haver um processo de
transmissão e assimilação.
A educação tem como finalidade garantir e manter a vida singular e colectiva do Homem.

1.2. Conceito, Objecto e Objectivos da Pedagogia


A Pedagogia é a ciência e técnica de educar. Literalmente, Pedagogia se traduz “guia de
criança”.
Abbagnano, pg 19, I volume.

O objecto de estudo de pedagogia é a educação do Homem como um processo organizado e


dirigido.

O objectivo de Pedagogia
A Pedagogia tem como objectivo habilitar os futuros professores com conhecimentos das
técnicas, métodos, modo e formas de educação.

O homem foi semelhante ao resto dos outros animais ontem e hoje não é. Se concordas comente.
Porque que o Homem decidiu viver em comunidades organizadas? Argumente a tua resposta.
Enumere os inimigos do Homem e causas dessa inimizade.
O Homem conquistou certas vitórias na sua vida, tais que o faz diferente dos outros animais.
Quais?
Ontem, o homem aprendia espontaneamente e hoje, planeia e até aprende pelas ideias.
Argumente por favor esta afirmação.
Que importância tem a educação na vida dos homens? Comentar bem os depoimentos.
De que formas o homem acumulou o que se denomina de cultura humana?

2. Estrutura da ciência Pedagógica

2.1. Ramos da Pedagogia

A pedagogia possui ramos os quais saíram dela e dela dependem. Entre esses ramos podemos
destacar os seguintes:

1. Teoria da Educação

Teoria da Educação é o ramo da Educação que investiga e analisa os processos da Educação,


ligados à formação das consciências, de comportamento, atitudes, hábitos e ao surgimento das
qualidades de carácter, das convicções e crenças.

2. Didáctica geral

É o ramo da pedagogia que se ocupa da teoria geral de ensino. Investiga, analisa e põe em prática
os processos de instrução e de educação.

Investiga as regularidades concernentes à formação da personalidade, o desenvolvimento das


capacidades, habilidades e aptidões.

No processo da instrução, encarrega-se pela elaboração de princípios didácticos, métodos de


ensino, elaboração e aplicação de meios de ensino, planificação, execução, e análise das aulas.

3. Metodologias de Ensino

É o ramo que investiga as particularidades da natureza de cada disciplina escolar e selecciona


métodos mais apropriados de acordo com as especificidade de processo de ensino. Também se
chama Didáctica Específica, as diferentes metodologias que se estudam e se aplicam nas
disciplinas de Ensino.

4. Planificação e Organização Escolar

É o ramo que investiga e organiza problemas relacionados com o sistema de educação vigente
num país. Elabora conteúdos e métodos de direcção de uma escola e dos diferentes órgãos da
escola.

5. História da Pedagogia

É ramo que investiga e analisa o desenvolvimento da Educação no processo histórico da


humanidade. Forma bases para uma actuação correcta e planificação acertada da educação. Ela
ajuda também a observar aspectos negativos e positivos que devem ser tomados em conta na
reforma do sistema de educação num determinado período da aplicação de um sistema educativo.

6. Pedagogia Comparada

Investiga as tendências da educação e de posições pedagógicas nos diferentes países e nas


diferentes épocas. Indica semelhanças, diferenças e causas da política educacional de um país em
relação com o outro. Também ajuda os planificadores para efectuarem acertos necessários no
sistema de Educação consoante o estudo e comparação com outros sistemas.

7. Educação Sanitária

Investiga as necessidades de higiene físico-mental no processo de educação. Orienta questões


relacionadas com as salas de aulas, no concernente à sua construção, constituição, capacidade, a
iluminação, a lotação, o arejamento, a limpeza do pátio, condições do tecto, a pintura
conveniente para o processo de ensino e aprendizagem entre outras.

Além desses, existem outros ramos como:

- Pedagogia Pré-Escolar
- Pedagogia Escolar
- Pedagogia de Ensino Superior
- Pedagogia de Formação profissional
- Metodologia de Investigação
- Pedagógica e Educação Especial.

2.2. Pedagogia e sua relação com outras Ciências


Com a Filosofia - Todas as ciências, incluindo a Pedagogia, nasceram da Filosofia e se
desenvolvem juntamente com ela. A base dos métodos da pedagogia é a Filosofia. A Filosofia se
ocupa das teorias do conhecimento, das fontes e das leis gerais, forma-se métodos sobre o
conhecimento, na base do meio ambiente humano. A pedagogia é um conjunto de teses
justificadas por outras ciências numa base filosófica.

Com a Sociologia- A Sociologia, como ciência sobre leis do funcionamento e desenvolvimento


da sociedade, relaciona-se com a Pedagogia, para esta, direccionar a matéria a estudar, a
personalidade a formar e modos da aplicação de acordo com as particularidades fornecidas pela
Sociologia. Nem todos os povos podem aprender da mesma maneira e daí existe uma forma de
direccionamento de saberes para cada povo segundo suas características específicas.

Com a Psicologia- Para receber as indicações mais precisas da natureza do psíquico, do


comportamento da criança, do jovem, do adolescente e do adulto a fim de dar melhor orientação
no processo de Ensino-Aprendizagem.

Com a Fisiologia de Idades- que dela recebe as questões da actividade superior nervosa, no
concernente ao nascimento, desenvolvimento e funcionamento, para depois ter argumentos sobre
o trabalho educativo e constitui grande auxiliar da pedagogia no processo de ensino e
aprendizagem.)

Com a Matemática e Cibernética- que ajuda a Pedagogia no uso de dados obtidos nas
investigações, a fim de orientar para uma planificação mais ou menos precisa dos meios de
ensino e de processos pedagógicos.

Com a Lógica- Auxilia a Pedagogia no estudo das leis e formas de pensamento lógico e
coerente. O equilíbrio mental de cada sujeito pode ser visto e confirmado numa base lógica e
tratado de acordo com os cuidados convenientes.

Com a História- a Pedagogia, ciência que nasceu para o desenvolvimento da educação do


Homem, tem relações com a História, porque ela educa e forma o homem de acordo com o seu
passado histórico, suas pretensões presentes e seus interesses futuros. É na história onde reside o
capital cultural do homem e daí para desenvolvê-lo precisa de conhecimento correcto por parte
da pedagogia.

Com a Geografia- porque o Homem desenvolve-se sob condições do meio geográfico


A Pedagogia necessita do conhecimento desse meio para localizar e utilizar meios de
sobrevivência do Homem no seu ambiente natural.

2.3. Categorias pedagógicas.

A pedagogia desenvolve-se na base das suas categorias. As suas manifestações constituem


conceitos precisos de acordo com as conformidades da sua natureza. Os seus conceitos e sua
natureza justificam-na como ciência e suas formas de operacionalização.
Das suas categorias podemos destacar:

1.A Educação
Podemos descrevê-la em dois tipos, sendo Educação no sentido lato e Educação no sentido
restrito.

A Educação no sentido lato refere-se à influência educativa, de todo o regime social, incluindo
a do meio ambiente. Queremos falar dos pais, familiares, vizinhança, estruturas sociais do local
de residência entre outros.

A Educação no sentido restrito, trata-se da educação que compreende o trabalho educativo,


planificado e dirigido para a formação de certas qualidades de carácter. É aquela em que actuam
elementos pedagógicos para a formação e desenvolvimento da personalidade. Realiza-se nas
instituições como creches, jardins infantis, escola e nas outras instituições de ensino.

2. Auto Educação- É o trabalho individual consciente, a sua formação em si. Formam-se


qualidades, traços individuais e formas de comportamento seleccionados individualmente.

3. Instrução- é o processo e o resultado da apropriação pelos alunos, do sistema de


conhecimentos científicos, habilidades, experiências cognitivas, na base das quais se forma a
concepção do mundo e as qualidades morais.

Pela instrução formam-se também forças criativas e se desenvolvem as qualidades intelectuais.

4. Auto-Instrução- Pressupõe o trabalho individual ligado à assimilação do saber no campo de


interesse pessoal. Parte da influência da informação dos meios de ensino e do meio ambiente
circundante. Exemplo, a escolha individual de um ídolo e a imitação das suas características.

Concluindo podemos dizer que o desenvolvimento da pessoa depende de processos internos e


externos, dirigidos e espontâneos.

5. Ensino- É o processo de cooperação aluno-Professor, no qual se realiza a instrução, a


educação e o desenvolvimento intelectual da pessoa. Como processo de cooperação, o processo
passa a se chamar de Ensino-Aprendizagem.

2.4. MÉTODOS DE PEDAGOGIA

Métodos da Pedagogia são caminhos que nos conduzem ao conhecimento do decorrer e do fim
da actividade pedagógica. É o conjunto de todos os processos que tendem a conduzir o aluno e
professor a atingir o nível de saber, saber fazer, saber ser e saber estar.

Para termos o conhecimento exacto do desenvolvimento dos processos pedagógicos, temos que
conhecer primeiramente os objectivos, princípios, conteúdos e métodos de transmissão e de
controle dos resultados planificados.

Vamos destacar alguns métodos pedagógicos usados para a pesquisa e obtenção dos resultados
de Ensino.

Método de Análise e Avaliação

Para conhecer a eficácia e eficiência duma escola, precisamos de analisar as actividades dos
alunos, professores e da direcção dessa escola. Depois de analisarmos na base de actividades
realizadas e de documentos escolares, devemos admitir um diálogo e discussão sobre o que
encontramos, para aclarar e compreender melhor.

Método de observação

Os fenómenos pedagógicos são claramente visíveis quando assistimos as aulas e observamos o


que se passa realmente na sala. E também é necessário acompanhar os alunos nos intervalos e
inteirar-se do que os professores fazem nesse período em que os alunos estão no intervalo.

Estas observações podem ser directas e indirectas, para permitir uma visão assistida e não
assistida, pois quem sabe que esta sendo assistido pode mudar de comportamento e conduzir a
conclusões não reais.

3. Análise documental

Se analisarmos os documentos escolares compreendemos os objectivos e as finalidades das


actividades pedagógicas. São resultados das provas, de exercícios, das redacções dos alunos, dos
planos de aulas dos professores, de actividades práticas e outros.

Além destes documentos, devemos também consultar relatórios da direcção Distrital da


Educação, da Direcção Provincial, da Inspecção e do Conselho da Direcção da Escola

São exactamente estes documentos que nos conduzem a observar a eficácia e eficiência dos
processos pedagógicos de uma escola.

4. Experimentação pedagógica

É o método que consiste na criação de condições para a realização de actividades pelos alunos e
professores e depois analisar os efeitos. Este método serve para aprofundar o conhecimento de
fenómenos pedagógicos.

5. Métodos Lógico e Matemático

Estes usam a estatística, a probabilidade na base de interpretação dos dados recolhidos numa
investigação pedagógica.

3. Resenha histórica do Desenvolvimento da Pedagogia


3.1. A EDUCAÇÃO PRIMITIVA E OS PRIMEIROS PASSOS DA VIDA HUMANA NO
PLANETA
(Na Grécia antiga e na Roma)”, as transformações verificadas ao longo das fases ditaram a
evolução do homem na terra.
Os meios e finalidades pelos quais os homens interferem no ambiente natural merecem uma
especial observação, porque tais actividades estão directamente relacionadas com o processo
educacional desenvolvido ao longo da sua história.

A actividade imparável de intervenção do homem no ambiente natural é um facto óbvio ao


qual, infelizmente poucos se dispõe pensar e esclarecer os seus porquês. A maioria das
pessoas nascidas nas grandes cidades raramente se detem sobre a importância dessa
actividade, embora vivem num mundo povoado pelas invenções humanas, isto para mostrar
que poucos estão conscientes no real significado de toda esta transformação.

É importante salientar que o homem primitivo desenvolveu várias actividades na natureza


pela crescente necessidade de garantir sua sobrevivência, tais actividades, reflectiram-se no
desenvolvimento das suas capacidades intelectuais.

Começa então o processo de educação entre as comunidades primitivas, na aurora da vida


humana sobre o planeta. Mas desde o início, podemos dividir esta educação em dois géneros
distintos:

No 1º genero, vamos encontrar uma educação voltada para a transmissão de conhecimentos


reais, que, de uma maneira ou de outra, são úteis na garantia da sobrevivência humana. Este é
o género da educação que procura transmitir os conhecimentos práticos e concretos,
conseguidos através das primeiras intervenções do homem no mundo exterior (idade pré-
literária).

O 2º género, trata de uma educação, portanto, que não nasce daquilo que o homem sabe, mas
daquilo que ele desconhece. A sua acção estava centrada não sobre aquilo que o homem
possui, mas sobre aquilo que ele ainda deseja conseguir.
3.2. A EDUCAÇÃO PARA A SOBREVIVÊNCIA
A história do homem primitivo no decorrer da idade pré-literária pode ser dividida em duas
grandes fases, nomeadamente a fase de homem nómada e a fase do homem sedentário:
O homem nómada
O homem nómada é aquele que não possui lugar habitacional fixo. Sugeitando-se viver
em abrigos temporários das cavernas, que permanecia até que as circunstâncias
ambientais fossem favoráveis à satisfação das suas necessidades básicas.

Movido pelo sentimento de inferioridade muscular em relação à animais ferozes e


sentindo a necessidade de aumentar a sua força, ele acabou usando a sua inteligência para
modificar aquela situação de inferioridade, e acabou criando os seus primeiros
instrumentos de auxílio dentre os quais, um machado que foi de tal importância para o
homem, este período ficou conhecido como paleolítico ou idade da pedra lascada.

A educação durante o período paleolítico se desenvolveu de uma maneira bastante


espontânea e sempre vínculada à realização de alguma terefa que deveria ser ensinada;
ex.: “a caça era ensinada quando a tribo estivesse na caça”. Ou seja, não havia aulas de
simulação de qualquer que fosse a actividade. Deste modo, o jovem, participando das
actividades da tribo, acabava aprendendo por imitação, sem horários pré-determinados e
segundo um sistema bastante assistemático.

Porém isto não quer dizer que a educação acontece como coisa meramente acidental. Os
mais velhos desempenhavam um papel preponderante na transmissão dos ensinamentos
aos jovens sucessivos da tribo.

O homem sedentário
Com o decorrer do tempo, o homem mudou o seu modo de vida, deixando de ser nómada
passando desta forma ao modo de vida cedentária, isto é, com habitação fixa. Nesta fase o
homem interfere decisivamente em seu meio, encaminhando a produção de bens,
Segundo as suas necessidades. De simples recolector de frutas e caçador, o homem
primitivo se transforma em semeador de plantas e pastor de animais, utilizando a
agricultura ao seu benefício.
A população se desenvolve e as instituições socias se aperfeiçoam. As sociedades se
organizam em torno de objectivos comuns: a agricultura, a domesticação de animais, a
construção de casas de Madeira ou barro, etc. Todas estas conquistas trazem um sensível
aumento no contexto do ensino. Os jovens tem muita coisa por aprender, mas o sistema
educacional ainda permanence basicamente o mesmo, o ensino sendo realizado de
maneira espontânea e através da imitação. Durante este período (neolítico) o “curiculo”
educacional se aplica e uma nova matéria e introduzida: a da “arte de guerra”.

3.3. EDUCAÇÃO PRIMITIVA


No tema “educação primitiva” fica evidente que seu estudo seja imprescindível o reparo
deste na história da educação, como forma de busca da evolução educacional no tempo e
no espaço, perante a sua contribuição no convívio na vida das tribos que compunham os
primeiros povos da época primitiva.

Os povos da época primitiva, levaram formas de vida tradicional de recolectores, pastorícia,


sedentária, remetidos por valorização ao ambiente colectivo de vivência por descoberta da
forma dessa convivência facilitando a resolução dos problemas de protenção contra o ataque
dos animais ferrozes e daninhos, no aproveitamento dos rios para a pesca e quer das zonas
agro-pecuária e uso das fluvias nas deslocações.

Esta situação de aprefeiçoamento de novas práticas de vida, obriga que haja


necessariamente a chamada divisão de tarefas, consequentemente de trabalho criando
dicotomia de tratamento de trabalho para homens e para as mulheres, tornando agil o
resto em conformidade com a capacidade física humana dos convívios.

Assim, para tornar perceptível este tema, temos que incerir no global da Importância da
História da Educação nas seguintes areas:
O homem é feito de tempo - caracterizando a cerca da história e da pedagogia, como teoria
que têm por objecto de acção humana. Ficamos a saber que a história é interpretação da
acção transformadora do homem no tempo e a pedagogia é a teoria crítica da educação, quer
dizer a acção do homem quando transmite ou modifica a herança cultural.

Sendo o trabalho a acção transformadora do homem sobre a natureza, modificando a


maneira de pensar, agir e sentir, que no fim de uma jornada quer que seja, nunca
permanence o mesmo, é assim que se fala – o homem se autoproduz ao mesmo tempo
que produz a sua própria cultura.

Não ha homem fora da sua prática social, porque este, por sua vez, se encontra dentro do
contexto histórico-social concreto resultante do conjunto das relações sociais, mutáveis no tempo
da sua evolução humana.
Educação Ideologica: situa que, na base da relação criada entre si, os homens encontram
padrões de comportamento, instituições e sabers, cujo aperfeiçoamento é encarregue as gerações
sucessivas, que os assimila, modifica os modelos valorizados para determinada cultura. Sendo a
educação o garante da memória de um povo, cria condições para a sua sobrevivência, tornando
possível a capacidade ente o indivíduo e a sociedade.

O processo não foi linear, muitas vezes registou de certa maneira distorções no tempo, portanto,
no começo, das sociedade tribais a cultura global era transmitida informalmente pelos adultos,
com o fim de encontrar todos os indivíduos. Nas sociendades mais complexas esta transmissão
informal, com o tempo passa para a educação formal, assumindo um carácter intelectualista.

Reconstituindo o Passado
Sabemos de antemão que pelo trabalho o homem actua sobre a natureza, transformando-o. Cada
geração assimila a herança cultural dos seus antepassados, simultaneamente opera projectos de
mudança. O presente da actividade do homem não é o fim, mas adquire sentido pelo seu passado,
para o futuro que o espera.
Recomenda a importância do passado, esclarecendo que o passado nunca deve ser considerado
morto, porque se fundam as raizes do presente, é compreendendo o passado que podemos dar
sentido ao presente e prespectivar o futuro. O homem reconstroe a história a partir do seu
presente e cada novo facto o faz reinterpretar a experiência passada.

A hitória da história
Sabemos que a história resulta da necessidade que o homem tem de reconstruir o passado,
interpretando cronologicamente os acontecimentos pela sua relevância. A memória dos povos
tribais não previlegiou assim, remetendo os acontecimentos da tribo ao passado sagrado a
responsabilidade do senhor Deus.

Ainda nos relatos gregos HOMERO e HESÍODO diziam, “os actos humanos se acham
dependentes da acção divina na guerra de troia (século XII a.c.) por exemplo, cada heroi
se encontra sob a protencção de um Deus de Olimpo, não havendo propiamente história
humana, mas constante intervenção divina no distino dos homens”.

No século V a.c. o grego Heródoto, participando para a alteração de mentalidade que


vinha ocorrendo na Grécia em diversos sectores de (arte, filosofia, política, ciência, etc.)
modifica essa tendência mítica, o Heródoto é conhecido como o Pai da história por se
propor a relatar os factos da forma mais objectiva possível, desvinculando-os das
explicações sobrenatural da divinidade.

Soubemos como a chamada História Oficial silenciou o pobre, o Negro, a mulher e os


excluidos da escola, cujas histórias são interpretadas apenas Segundo os interesses dos
que ocupam o poder. Houve concepções que procuram colocar os factos de modo linear,
descrevendo os homens em busca do aperfeiçõamento progressivo de uma realidade
latente. Foram analisadas as civilizações como resultado do movimento de ascenção,
apogeu e declíneo.

Diz-se que o fenómino educacional se desenrola no tempo e faz parte da história geral.
Esclarecendo-se que essa parte ter sido introduzido na década de 30 a 40, nada está
registado à anterioridade desse período que diz respeito a educação na época primitiva.
Porém, fica-se a conhecer que a educação acentava nos mais velhos antepassados para os
mais novos na condição de transmissão de ensinamento de educação moral e de usos e
costumes de trabalhos das tribos, aperfeiçoada pelas gerações sucessíveis do nível sócio-
cultural dos povos.

Foram as principais caracteristicas da educação primitiva:


3. processo assistemático;
4. ensinar a moral,
5. as boas maneiras e
6. prática do trabalho da tribo;
Objectivo da educação primitiva:
Formar o homem para servir às sociedades.

3.4. CARACTERÍSTICAS DO ANEMISMO


O anemismo consiste na crença de que todas as coisas possuem uma alma. As pedras, as arvores,
os animais, enfim todas as formas de exisntência possuem alma ou espírito.
Por causa da crença o homem primitivo atribuiu tudo o que acontece no ambiente à intervenção
de espíritos amigáveis ou hostis, se as ocorrências são, respectivamente, positiva ou negativa.
Assim, na busca dos meios necessários para a sobrevivência, o homem primitivo procura agir de
maneira a não ofender o espírito que habita os objectos de que precisa. Para isso, ele deve seguir
certos métodos que são produtos da experiência de gerações passadas. O aprendizado desses
métodos, que apaziguarão o mundo dos espíritos, constitui a parte mais importante da sua
educação.

As cerimónias de iniciação, como vimos, servem para transmitir aos jovens a explicação do
universo e, assim, torna-los capazes de assegurar um satisfactório ajustamento às suas
exigências.

a) Nas comunidades Primitivas

A Educação na Era das Comunidades Primitivas, não suscita grande interesse e por isso pouco se
sabe. A Educação surge na sociedade dividida em classes e por isso se denomina fenómeno
social
A criança na comunidade primitiva era educada a trabalhar com os adultos e por isso que se diz
que tinha carácter prático. Preparava a criança para o trabalho, no trabalho e pelo trabalho.

No período da decadência ou de transição das comunidades primitivas para a da Antiguidade, a


criança é educada para o trabalho e a conhecer os chefes da tribo, chefes militares, fariseus,
escribas e sacerdotes, com o objectivo de respeitá-los.

O período coincide com o aumento de produção e surgimento de excedentes e consequentemente


o aparecimento de intelectuais. É nesta fase em que surgem as instituições organizadas. Os
chefes se desligam do trabalho manual para realizar o controlo dos produtos, dos produtores e
dos meios de produção.

b) Na Antiguidade

Período da Escravatura. Trata-se do período também chamado de Feudalismo. Na Grécia, surge a


educação de Esparta e de Atenas. Foi exactamente na Grécia onde apareceram as primeiras
teorias pedagógicas com os filósofos Demócrito, Sócrates, Platão e Aristóteles

A Educação para a sociedade, tinha um carácter essencialmente militar. Tinha como objectivo,
preparar o cidadão para a defesa da economia e da ostentação da supremacia militar.

A razão deste tipo de educação era de poder se defender dos povos submetidos. Havia também
uma grande desproporção entre os dominados e dominadores. Uma fraqueza militar significaria
uma derrota dos dominadores e vitória dos dominados. E assim os dominadores deviam se
organizar cada vez mais

As crianças que nasciam débeis eram eliminadas, por serem consideradas inúteis para a sua
própria defesa e para a defesa da nação.

A educação começava aos 7 anos de idade. Crianças eram divididas em idades: dos 7 aos 18, dos
19 aos 30. Permaneciam militares dos 30 anos até aos 60 anos. Realizavam exercícios fortes e
violentos. Faziam muitos sacrifícios para endurecer o corpo e dormiam em camas duras.

Crianças eram divididas em idades para receber educação militar, composta de educação física,
música e danças guerreiras. Rapazes como raparigas eram submetidos aos mesmos exercícios
militares.

Roma, dedicava-se ao ensino da Retórica, estudos de Direito e Gramática, além de educação


militar. Todos sabiam manejar as armas
No Egipto, na Fenícia e na Babilónia, na mesma época, surgiram escolas organizadas.

O Egipto inventou a escrita «Hieróglifos». Começou por escritas em desenhos e depois passou-
se ao um alfabeto. Dedicaram-se também a arte e a medicina.

Os Babilónios, ensinavam a moral mais avançada de quase todos os tempos. O Livro principal
era a Bíblia Sagrada.
Características:
Amar ao próximo como a ti mesmo, a lei de não fazer ao outro o que não queremos que nos
façam a nós, respeitar aos fracos: mulheres, viúvas, crianças, a vida do semelhante e a nós
próprios.

Os Fenícios inventaram o alfabeto composto de 22 letras (o que usamos até hoje).

Pode-se dizer que na antiguidade clássica a humanidade avançou muito no campo de ciências
graças ao tipo de pedagogia utilizada. Houve muito progresso na arte e no desenvolvimento
social.

“A história da educação”

O homem sempre se preocupou em viver em sociedade. Para a continuidade das sociedades era
necessários determinados princípios reguladores. Os homens criaram normas de conduta que
tornassem possível atingir seus objectivos. Uma das normas era educar os seus membros.

3.5. A EDUCAÇÃO PRIMIIVA E EDUCAÇÃO QUE OCORREU ANTES DA


EXISTÊNCIA DA ESCOLA.
Nas sociedades primitivas não existiam escolas e nem métodos de educação conscientemente
reconhecidos, no entanto existia a educação. Existia muitas formas de transmitir conhecimentos
aos jovens. Existia uma classe de docentes que tinham a tarefa de educar a crianças para
superarem as imposições naturais que qualquer indivíduo vivendo nesta sociedade para garantir a
continuidade da tribo ou da sociedade.

a) Característica da educação primitiva


A característica essencial da educação nesta época era promover o ajustamento da criança ao
meio ambiente físico e social, por meio de aquisição de experiências de gerações passadas. Era
uma educação com valores morais, onde a criança aprendia a suportar a dor, a tolerar as
circunstâncias difíceis e a fome.
Através da educação prática os jovens, eram treinados nos processos de obtenção de alimentos,
vestuário e de abrigo. E, através da educação teórica, os jovens eram instruídas através de
cerimónias, danças e práticas da feitiçaria, cujo objectivo principal era obter conhecimento da
vida tradicional, da vida intelectual e espiritual de seus povos. Essas execuções, tidas como culto
religioso dos povos primitivos, eram os rituais mais importantes e, eram realizadas antes de
qualquer actividade social.

b) Educação através do método de imitação

A educação através da imitação era feita de forma inconscientemente e consciente. Na forma


inconsciente, as crianças, nos primeiros anos de vida brincam com a reprodução dos
instrumentos utilizados pelos adultos e mais tarde manejam os verdadeiros. E, na forma
consciente, as crianças participam nas actividades dos adultos e aprendem por imitação. Esta fase
começa quando os adultos exigem trabalho das crianças, pouco a pouco vão aprendendo as
diversas ocupações da tribo, como, construção de utensílios para pesca e caça, etc.
c)A educação nas cerimónias de inicição.

Importa-nos referir que em todos os povos primitivos encontramos as cerimónias de iniciação


que possui um valor especialmente educativo, moral, social e político, religioso e prático. Estas
cerimónias diferem de tribo em tribo, observam-se desde o início da adolescência, culminando
com a admissão dos jovens à comunidade adulta da tribo, sendo umas destinadas para meninas e
outras para os rapazes, orientadas por mulheres e homens respectivamente.

Nas cerimónias de valor moral, os jovens são sujeitos a mutilações no corpo, são expostos ao
tempo e temporariamente lhes privam dos alimentos da tribo, com o intuíto de aprenderem a
suportar as dores, as circunstâncias difíceis e a fome.

Nas cerimónias de valor político e social, o indivíduo aprende a obediência e a reverência aos
mais velhos, a servir aos idosos e a suprir necessidades da família.

No que concerne ao valor religioso o indivíduo aprende a venerar o (Totem) que geralmente é
um animal ou vegetal considerado pelo antepassado “mítico” da tribo de quem se espera a
protecção (Deuses), que é o centro de culto nas cerimónias.

Já no valor prático, os jovens aprendem através dos ritos de iniciação, os métodos de capturar
certos animais, as artes de acender fogo, de preparar alimentos e outros de valor prático.

d)A educação para o mistério


Para o homem primitivo, as técnicas de caça, incluindo o manejo de armas e luta com os animais,
criam um comportamento repititivo, tornando-se portanto uma acção conhecida. Havia um
mistério sobre os possíveis riscos que se poderiam correr na actividade de caça, o que gera
tensões e ansiedade dos colaboradores.

Sobre este mistério, o homem procura exercer algum tipo de controle para afastar as suas
consequências nocivas e atrair as melhores sortes para cada grupo de objectivos desejados existia
um tipo de cerimónia mágica que se caracterizava por um conjunto próprio de rituais. Aprender
a respeitar os ritos destas cerimónias era fundamental na educação do jovem. As cerimónias dos
ritos compreendiam três fases, nomeadamente:
1. Ritos de purificação
Havia uma crença de que a cerimónia de purificação era uma fase preponderante no
preparo dos jovens, esta podia incluir o corte das unhas, do cabelo, a pequena sangria
de algum ponto do corpo como forma de afastar possíveis espíritos maus. Por
exemplo mutilando o corpo, isto é, rectirando alguma parte do aspecto físico,
acreditava-se que o indivíduo se liberta da sua antiga personalidade, de (espíritos
maus).

2. Ritos de iniciação
Esta cerimónia podia incluir:
- A obrigação de permanecer durante dias em completo silêncio, insolados dos demais
membros da comunidade;
- Período de jejum integral como forma de formar um homem obediente e corajoso, esta é
a fase da preparação propriamente dita.
3. Integração
Finalemnte o jovem é admitido no grupo dos guerreiros, tornando-se adulto. Em
suma, todas estas cerimónias possuem um poderoso valor educacional. É através
delas que os anciões mantém o seu controlo autoritário sobre as gerações mais jovens.
e) O animismo na educação primitiva.
Os povos primitivos são todos amnistas. O amnismo consistia na crença de que todas as coisas
possuem uma alma, as pedras, as árvores, os animais, enfim todas as formas de existência
possuem alma ou espírito.

O homem primitivo atribui tudo o que acontece no ambiente a intervenção dos espíritos
amigáveis ou hostis, dependendo se são positivos ou negativos.

Eles acreditam, por exemplo, quando o indivíduo morre, a alma separa-se do corpo e vai numa
viagem que pode não querer voltar ou perde o caminho de volta e forma sua morada num outro
corpo ou objecto. Assim eles encontram a explicação entre os processos comuns da vida e da
natureza.

f) Os UEM foram os primeiros professores primitivos


Embora todos os homens participassem nas cerimónias de iniciação, havia determinadas pessoas
as quais cabia a direcção das mesmas cerimónias, como, feiticeiros, curandeiros “xamãs”,
(homens que consultavam espíritos familiares), os chefes de grupos familiares, constituíam os
professores mais primitivos.

Estes chefes de grupos familiares mais tarde constituiram um sacerdócio especial.

Os sacerdotes constituíram os primeiros professores profissionais e ajudavam as famílias na


educação das crianças e nos vários percursos das cerimónias tradicionais, porque as famílias
eram largas e os pais não conseguiam educa-las. Assim, o ensino permanece como um direito
especial do clero em muitos séculos.
Embora todos os homens participassem das cerimónias de iniciação, havia
determinadas pessoas às quais cabia a direcção das mesmas. Essas pessoas eram denominadas
segundo os diferentes casos, feiticeiros, curandeiros, xamãs, esconjuradores ou homens que
consultam os espíritos familiares. Constituem os professors mais primitivos. “Inicialmente, esta
classe é formada pelos chefes dos grupos familiares, mas como os deveres do Pai se tornam
multíplos complexos, constitui-se um Sacerdócio especial.

3.6. EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE


A Grécia é considerada o berço da civilização ocidental. Com os gregos nasce um novo conceito
das civilizações – a educação do homem livre que o habilita a tirar o direito da sua liberdade.

 Período homérico (900 –750 a.C.) – a educação neste período teve um carácter prático, é
neste período que nascem os homéricos (Elida e Odisseia). Estes falam das ideias da
educação da época que compara um duplo ideal do homem, isto é, homem da acção e da
sabedoria. Este duplo ideal compreendia a bravura, que no entanto tinha de ser moderada
pela reverência (veneração) e sofresine (domínio dos desejos e paixões).
O ideal dos gregos era proporção, a harmonia, repugnância dos extremos e de excessos. A
harmonia de pensamento correspondia ao equilíbrio de acção, exigido pelo ideal de
reverência.
 Período Espartano ( 750 – 600 a.C.) – no século IX a.C., Os espantas representavam a
mais primitiva forma de cultura grega, mas neste período conquistaram uma posição de
destaque em relação a mais povos Helénicos. Uma das formas de perservar a sabedoria,
foi adoptar a constituicao de Licurdo, assim surgiu um controlo completo do Estado sobre
o indivíduo, assegurado por um sistema de leis que fornecia ao mesmo tempo a base de
procedimento educacional e a contextura estrutural de sua sociedade. Considerado o
exemplo do primeiro Estado socialista, devido ao controlo extremo governamental, toda a
sociedade era uma escola, o adulto tinha a obrigação de participar na educação da
juventude.

3.6.1. COMO ERA A EDUCAÇÃO NA GRÉCIA ANTIGA (ESPARTANA)


A educação na Grécia teve formas diferentes. Na Grécia Antiga (Espartana) esta assume um
papel de preparação para a guerra. Os jovens era preparados para ter uma perfeição física
excelente, coragem e hábito de obediência completa às leis, de modo a se tornar um soldado
ideal e insuperável. O Estado tinha todo domínio sobre o indivíduo e, todo o adulto tinha a
obrigação de participar na educação da juventude. Dada a esta característica de educação, o
Estado espartano possuía uma estabilidade e um recorde de triunfos militares inigualáveis na
Grécia.

Já no século IX, a.C. Licurgo organizou o Estado e a educação em Esparta, uma das cidades
Gregas, Licurgo percebeu a importância do Estado nos assuntos educacionais. Os espartanos que
representavam a mais primitiva forma de cultura grega, conquistaram já no período
HOMÉRICO, uma posição de destaque entre os demais pobres helenícos. Para preservar essa
soberania o povo espartano adoptou a constituição de Licurgo. Surgiu, assim, um Estado que
passou a manter o mais estremado controle governamental sobre a educação. A sociedade inteira
se transformou numa escola em que todo o membro adulto tinha a obrigação de participar como
um importante dever de cidadania na educação da juventude.

O objectivo da educação espartana era dar a cada indivíduo um nível de perfeição física,
coragem e hábito de obediência às leis que o tornassem um soldado ideal. Dessa maneira, o
homem espartano passou a ser um modelo de bravura, vigor e tenacidade. Como essas
qualidades faltavam aos demais povos gregos, o Estado espartano passou a acumular um grande
número de triúnfos militares.

Faltava aos espartanos, no entanto os sentimentos mais delicados e a sensibilidades dos


atenienses. Assim, Esparta não participou muito do explendor artístico, literário e filosófico de
Atenas.

1- Até os sete anos de idade o menino ficava sob os cuidados directos de sua
mãe, de quem recebia um treino rigoroso. Depois era tirado do lar e colocado
em casernas públicas custeados pelo Estado. Nessas casernas os meninos
comiam em mesas comuns, ajudavam no fornecimento do alimento
necessário, caçavam os animais selvagens e participavam de danças corais.
Todo o resto do seu tempo era gasto com o exercício de ginástica que
constituia o elemento principal de sua educação.

2- Dos dezoito aos vinte anos o jovem dedicava-se ao estudo das armas e das
manobras militares. Dos vinte aos trinta anos seu treino era na guerra ou, nos
intervalos de paz, praticados às custas dos ilotas - servos que moravam em
choupanas. Em Esparta nove mil espartanos tinham que dominar vinte mil
ilotas.

3- Com trinta anos o jovem tornava-se maior de idade e continuava a dedicar seu
tempo integral a serviço do Estado, seja nas guerras ou nos treinamentos
necessários.

3.6.2. A EDUCAÇÃO NA GRÉCIA MODERNA (ATENAS)

Na Grécia Moderna (Atenas) a educação assumia um papel mais intelectual. A educação


intelectual se obtinha por meio do convívio com os mais velhos, conversação nos banquetes, da
frequência aos teatros e tribunais, onde o indivíduo adquiria o conhecimento das leis e dos
costumes morais necessários para adquirir a sua conduta.

Enquanto em Esparta se deu muita importância à educação física, a serviço de guerra para
manter o Estado, em Atenas surgiu a ideia da formação completa do homem. Foram colocadas
no mesmo nível a educação física e a educação intelectual.
Em Atenas, a educação da criança, durante os primeiros sete anos estava inteiramente a cargo da
família. A educação na família no entanto, não tinha um carácter tão quanto em Esparta. Em
Atenas geralmente a criança era entregue aos cuidades das amas e escravos, enquanto as mães
espartanas eram famosas em toda a Grécia pelo elevado nível de treino físico e moral que davam
as suas crianças.

O menino ateniense, mal deixava os cuidados da ama, era entregue aos cuidados de um
pedagogo. Os pedagogos eram escravos ou servos a quem os atenienses confiavam as
crianças. A palavra pedagogo (de pais, paidós = criança; agein = conduzir) designa em
sua origem o condutor de meninos; por isso eram chamados de pedagogos os escravos
encarregados de guiar as crianças a escola. O menino ateniense frequentava dois tipos
diferentes de escola, a escola de música, a escola de ginástica ou palestra.

3.6.3. OS PRIMEIROS PROFESSORES NA GRÉCIA (PROFESSORES SOFISTAS E


FILÓSOFOS)
Os sofistas foram, pois, a nova classe de professores que surgiram em resposta às novas
exigências, social e política. Muitos não eram filhos de Atenas. Eram estudiosos profissionais
com larga sabedoria relativa às forças e fenómenos naturais, à vida política, às instituições
sociais e às questões populares do dia. Os sofistas aparecem no momento em que Atenas passava
por uma fase de crescimento cultural e económico, a aristocracia perdia o poder e a democracia
já era eminente. Os sofistas ensinavam principalmente a retórica por meios de discurso público,
que é a arte da persuasão, instrumento importante para o cidadão que vivia a democracia e,
cobravam uma remuneração muito alta. Mas também davam cursos completos de ciências
naturais e históricas da época.
O Sofistas (de sophós = sábios) surgiram como sendo a nova classe de professors que a
sociedade exigia. Geralmente os sofistas eram professors ambulantes que percorriam as grandes
cidades. Eles ensinavam as ciências e as artes com finalidades práticas, principalmente a
eloquência em troca de uma elevada contribuição financeira.
Muitos Sofistas davam apenas uma preparação superficial que, geralmente consistia em fornecer
aos seus alunos discursos feitos sobre certos tópicos a serem repetidos em determinadas ocasiões
tais como nos processos perante os tribunais. Transmitiam aos alunos sentenças inteligentes ou
informações fragmentárias para serem utilizados nos momentos oportunos. Outros sofistas
davam um curso mais completo, que abramgia o estudo das ciências naturais e história da época
e um treino dialéctico, por meio de discussão , e em retórica, por meio do discurso público.
Os sofistas em seus ensinamentos acentuavam de forma exagerada o valor da individualidade,
entre eles não havia um sistema comum de ideias. A única ideia comum era que não havia ideias
universais de conduta. Nas palavras de Protágoras, um dos maiores sofistas , “o homem é a
medida de todas as coisas”. Assim o indivíduo situava-se num tal nível de independência que
ficava acima dos deveres dos cidadãos.

3.7. A EDUCAÇÃO GREGA


O contacto seguido com outros povos, fez com que a educação romana deixa-se de ser
estritamente nacional e passasse a receber grande influência de outros elementos culturais. “os
militares, comerciantes e diplomatas necessitavam do conhecimento da lingua grega para melhor
desempenho de seus empreendimentos, a guerra e a política se tornaram cada vez mais
complexas e dificeis; a jurisprudência foi se convertendo numa disciplina que exigia certos
conhecimentos não mais susceptíveis de serem aprendidos pela audição das dicertações públicas;
por fim, a arte oratória chegou a ser meio mais eficaz para ocupar as magistraturas ou influir
poderosamente na vida social.

3.8. EXPERIÊNCIAS MAIS IMPORTANTE DOS GRANDES FILÓSOFOS (, Sócrates,


Platão e Aristóteles)
Principais ideias destes filósofos e experiências desenvolvidas por estes para a educação.

Principais contribuições de:

3.8.1. Sócrates (469 – 399 a.C.)


o O conhecimento possui um valor prático ou moral, isto é, um valor de natureza
universal e não individual – conhecimento é procura daquilo que é comum a todos
e que constitui a verdade universal válida. O indivíduo seria incapaz, sem
instrução, de descobrir em sua experiência essa verdade de validez universal. Para
Sócrates, o objectivo geral da educação era de desenvolver no indivíduo o poder
de formular verdades universais.

o O processo objectivo para se obter conhecimento é o de conversão; o seu


objectivo é o de reflexão organizacional da própria experiência, isto é, o
conhecimento deriva da própria experiência e constitui a base da boa conduta.

o A educação tem por objectivo imediato o desenvolvimento da capacidade de


pensar, não apenas de ministrar conhecimentos.

Ministrar saber ao indivíduo, pelo desenvolvimento do seu poder de pensamento. Todo o


indivíduo tem em si mesmo a capacidade de conhecer e apreciar tais verdades com as de
fidelidade, honestidade, verdade, amizade, sabedoria, virtude, ou pode adquirir essa capacidade.
Sócrates foi o primeiro filósofo a definir o problema do conflito entre a velha e a nova
educação, entre interesse social e individual. Ele tomou como ponto de partida o
princípio básico da doutrina sofista “o homem é a medida de todas as coisas”, a primeira
obrigação de todo o homem é conhecer-se a si mesmo. Diz Sócrates, que se deve
procurar os elementos determinantes da finalidade da vida e da educação.

As principais contribuições de Sócrates para a educação :


1. O conhecimento possui um valor prático ou moral, isto é, um valor de natureza
universal e não individualista;
2. O processo objectivo para obter-se conhecimento é o de conversação; o objectivo é o
de reflexão e organização da própria experiência.
3. A educação tem por objectivo imediato o desenvolvimento da capacidade de pensar,
não apenas de ministrar conhecimentos.

3.8.2. Platão (427 – 347 a. C.)


o É função da educação determinar o que cada indivíduo está mais apto, por
natureza, a fazer, e, então, prepará-lo para esse serviço.
o A mais elevada aquisição possível para um indivíduo era, pois, o conhecimento.

Platão foi outro grande filósofo, ele concordou com Sócrates sobre a necessidade de se procurar
uma nova base moral para a vida: concordou também que essa nova base deveria se encontrar em
ideias e na verdade universal.

Platão aceitou e desenvolveu o dialético de Sócrates; ele definiu como sendo um “continuo
discurso consigo mesmo”, nesse sentido a educação seria um processo do próprio educando,
mediante o qual são dadas à luz as ideias que fecundam sua alma. A educação, portanto, consiste
na actividade que cada homem desenvolve para conquistar as ideias e viver de acordo com elas.
O conhecimento não vem de fora para o homem; conhecimento é o esforço da alma para
apoderar-se da verdade.

Diferênça entre Sócrates e Platão


A diferênça entre Sócrates e Platão refere-se ao aspecto de quem tem capacidade para adquirir
conhecimentos. Platão afirma que apenas algumas pessoas têm capacidade para adquirir
conhecimentos, enquanto Sócrates afirmava que todos têm essa capacidade.

3.8.3. Aristóteles (384-322 a. C.)


o Enquanto para Sócrates e Platão a virtude do indivíduo era a posse de
conhecimento, para Aristóteles, a virtude estava na conquista da felicidade ou do
bem, mas, num estado da vontade.
o Há duas espécies de bem, o bem do intelecto e o bem de carácter. O primeiro é
produzido e ampliado no ensino e é produto da experiência e tempo. E o segundo
é resultado do hábito (exposto na natureza e o todo o homem pode alcançar, pela
formação de hábitos correctos).
o A felicidade é o resultado das suas ideias na vida social.
Este apresentou uma visão bastante diferente da de Sócrates e Platão. Enquanto estes dois
afirmavam que a posse do conhecimento pelo indivíduo sonstituia a virtude, Aristóteles afirmava
que a virtude está na conquista da felicidade e do bem.
Aristóteles desenvolveu seu conceito de educação partindo da ideia de imitação. O que
nos animais é apenas capacidade imitative, no homem se converte numa arte. O homem
se educa na medida em que copia a forma de vida dos adultos. Ele se educa porque
actualiza suas energies. Segundo a doutrina da potência e do acto de Aristóteles, o
educando é potencialmente um sábio e, com a educação, ele actualiza o que é susceptível
de desenvolver.

Assim, o processo de ensino deve corresponder ao seguinte plano metódico:


4. O mestre deve, em primeiro lugar, expor a matéria do conhecimento;
5. Em seguida tem de cuidar que se imprima ou retenha o exposto na mente do aluno;
Por fim, tem de buscar que o educando relacione as diversas representações mediante o
exercício.

3.9. EDUCAÇÃO ROMANA


A educação romana é prática. Os romanos tinham uma mentalidade prática, pois procuravam
alcançar resultados concretos adoptando os meios aos fins. O ideal romano da educação residia
na concepção de direitos e deveres. Para um homem ter direito, deve corresponder a um dever.

A família desempenhava um papel muito importante para educação de carácter moral, cujo pai
era o principal responsável pela educação dos filhos. A educação prática era reservada às
mulheres, tanto para tarefas ligadas ao lar como para outras.

Outro método de educação utilizado pelos romanos era o método de imitação.

O jovem romano tinha de se tornar piedoso, respeitoso, corajoso, prudente, honesto, sério, pela
imitação do seu pai e de outros romanos cujo heroísmo mereceria a ser consagrado pelas lendas
históricas do país.

Os romanos rejeitavam o treino, a literatura, enfim todos os meios educativos utilizados pelos
gregos, preferindo a promoção do desenvolvimento físico nos campos marciais e no
acampamento e por meios de exercícios militares.

A educação dos meninos era feita ou por um aprendizado dos ofícios do saldado de agricultor de
estadista ou pela participação directa nas actividades que lhe seriam requeridos como cidadão.

O método romano era prático e aprendia-se fazendo o que tinha que fazer.
Na educação romana, a família desempenha um papel muito importante, o Pai é o principal
responsável pela educação dos filhos, mas o carácter próprio do povo romano atribui especial
importância a mulher nessa tarefa e em outras relacionadas como o lar.

A situação da mulher em Roma era mais elevada do que no restante dos impérios da
antiguidade.

Embora não chegasse a participar na vida pública, a mulher exercia grande autoridade
dentro da família

A característica fundamental do método de educação romana era a imitação, o jovem


romano tinha de tornar-se piedoso, respetoso, corajoso, varonil, prudente, honesto pela
imitação do seu pai e de outros romanos cujo heroísmo merece ser consagrado pelas
lendas e histórias do País.

O lar era praticamente a única escola. Bem cedo, porém, o menino tornava-se o
companheiro do seu pai nos negócios públicos e privados, na rua, no forúm e no
acampamento. Dava-se especial importância à educação moral. A disciplina era severa, e
os ideiais eram seguidos rigorosamente.

Durante a última parte desse período surgiram as escolas elementares, que passaram a ministrar
os rendimentos das artes de ler, escrever e contra. Estas escolas eram conhecidas como ludi,
palavra latina que significa jogo, divertimento ou brinquedo.

CONCLUSÃO
Estudar a história da educação permite-nos concluir que de facto a educação é um processo em
constante mutação, e que as nações sempre buscam o melhor para os seus cidadãos.

Todas as práticas da educação conhecidas, desde à primitiva até a romana, visam o


desenvolvimento da personalidade do indivíduo como um ser social e preservar e garantir a
continuidade da sociedade onde ele encontra-se inserido.

As experiências da educação Esparta, “obrigação dos adultos participarem na educação dos


jovens” foi uma prática que contribui bastante para a educação moral dos jovens no passado
próximo no nosso país, o que quer dizer, o jovem olhava o adulto para aprender deste para
futuramente ele também ensinar. Os exercícios físicos são práticas que trazem muitas vantagens
para qualquer individuo, ainda hoje válidas.

Alguns ritos praticados pelo nosso povo ainda são válidos como métodos de educação.
Analisadas de forma consciente podem contribuir para o enriquecimento do nosso património
educativo.

A educação na Grécia teve formas diferentes, em Esparta ela assume um papel de preparação
física ou seja, para a Guerra, entretanto, em Atenas assume um papel intelectualista.
Na Grécia como vimos, foi o local onde fluiu a sofistíca. Os sofistas tiveram grande importância
na profissionalização da educação, além disso a Grécia é considerada como o berço da
pedagogia.
Também podemos depreender que, os pedagogos renascientistas contribuiram muito para a
revolução da educação, a prova disto, é que muitas das teorias e métodos pedagógicos por eles
formulados, continuam actualmente em uso nas nossas instituições de ensino.

3.10. Educação na Época do Feudalismo


O período de esclavagismo é substituído pelo de feudalismo. O pensamento pedagógico neste
período caracteriza-se pela redução da intelectualidade, existindo indivíduos com baixa cultura.
O saber cultural que muito se desenvolveu no esclavagismo (Grécia, Roma, Babilónia e Fenícia)
foi destruído pelas guerras e invasão dos bárbaros.

O clero ficou apenas com a tarefa de difundir a religião, abandonando por completo a educação.
A religião substituiu a cultura neste período. A educação ficou ancila da religião

As escolas ficaram confinadas nas paróquias, mosteiros e catedrais. Dava-se educação nas
paróquias e a educação superior nos mosteiros.

A característica da educação neste período era dupla, educar a parte carnal e espiritual. Dizia-
se que corpo conduz o homem à debilidade moral e pode conduzir o espírito ao inferno.
Criticavam a educação de Roma, justificando que caiu porque estudaram muito e conduziram-se
à satisfação das suas necessidades mundanas.

O Cristianismo seleccionou conteúdos e métodos da educação essencialmente virados ao


catecismo. Muitas crianças não souberam ler e escrever, mas sabiam a doutrina, orações, hinos
religiosos e interpretação de passagens bíblicas. Sabiam ler escritos em latim.

Todo o desenvolvimento científico existente desde a antiguidade foi combatido por ser
considerado carnal, portanto inimigo da alma.
3.11. Educação na Idade Média

Foi a continuação da pedagogia feudal, com tendência de evolução. O conteúdo da educação


eram as Artes Liberais, gramática, retórica, dialéctica, aritmética, geografia, astronomia e
música. A disciplina fundamental era a Teologia. Durou cerca de mil anos.

Os alunos aprendiam de cor. Eram métodos escolásticos. As definições por aprender estavam nos
livros sagrados.
Até ao século XV, o ensino estava nas mãos da Igreja e era selectivo. Havia escolas municipais e
escolas paroquiais.

3.12. Pedagogia na Idade Moderna

Coincide com o tempo de Renascimento. Verifica-se grande aumento de produção, surge o


mercantilismo como destaque. Tenta-se a recuperação da ciência. Há descobertas no campo de
ciências. Inventa-se a máquina de Impressa, a descoberta do caminho marítimo para Índia e a
descoberta da América.

O estudo da aritmética, astronomia, mecânica, geografia e ciências naturais, começa a separar-se


de dogmas religiosos. Renascimento como movimento pedagógico, significava a renovação do
Homem Surgem os humanistas

Do grupo dos Humanista desta época destacamos :

Thomas More da Inglaterra;


Montagne da França
Robelais da França

4. ÉPOCAS, PEDAGOGOS E IDEIAS PEDAGÓGICAS

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