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Fund. Pedag. Texto de Apoio 28
Fund. Pedag. Texto de Apoio 28
FUNDAMENTOS
DE
P E D A G O G I A
TEXTO DE APOIO
Dr. Amílcar Paulo Jotamo
1ª UNIDADE TEMÁTICA
O Que é Pedagogia?
- é arte de ensinar
- é ciência e técnica da educação.
- Etimologicamente PEDAGOGIA na língua Grega significa:
Pai ou Paidós = criança
Agõgós = condutor, guia, dirigente
Agém (verbo grego) = levar, conduzir, guiar, dirigir
Paidagõgia = ocupação, encargo, ofício do pedagogo
Paidagogõs = escravo liberto encarregado de levar as crianças à escola; preceptor das
crianças, pedagogo.
Antigamente existia uma única Ciência: a FILOSOFIA - ciência do saber. Todas as outras
estavam integradas nesta. A Pedagogia é também uma das ciências que se desvinculou da
Filosofia para se ocupar inteiramente dos problemas da Educação. Assumindo esta função da
Educação a Pedagogia passa a desempenhar as seguintes funções:
A função de Ciência descritiva - empenhada em descrever e compreender, nos
mínimos detalhes o fenómeno educativo, proporcionando ao educador ampla e
profunda visão de todo o seu mecanismo.
A função de Ciência normativa - proporciona as directrizes e os princípios
necessários do saber - fazer educativo;
A função de Ciência tecnológica - voltada para o desenvolvimento do instrumento
indispensável à consecução (execução) do trabalho educativo e do conhecimento das
técnicas educativas.
Ligadas a estas funções estão as inúmeras disciplinas, pertencentes as Ciências de Educação, que
contribuem para a compreensão e elucidação dos fenómenos educativos e que se encontram
reunidas em três grandes grupos:
FILOSOFIA
PEDAGOGIA
considerando que:
CIÊNCIA – é a busca de conhecimentos, de teorias e de conceitos numa determinada área;
Ciências da Educação?
São uma síntese de diversas disciplinas que se interessam pela pessoa humana no seu dever
educacional.
Com isto, pretende-se dizer que o Homem aprende a ver, a ouvir, a comunicar-se, a mover-se, a
apalpar, a trabalhar para sobreviver. Para sobreviver das intempéries da natureza, dos ataques das
feras, da escassez dos alimentos, aprendeu a viver em comunidade. Ver Max Derruau, p. 29-39 e
355, Geografia Humana.
Como forma mais alta de organização da vida singular e colectiva, aperfeiçoou a comunicação, o
fabrico e uso de instrumentos de trabalho e traçou normas de conduta (moral).
Depois de muitos e muitos séculos, cristalizou-se o modo de vida do homem e formou-se o que
se chama de cultura humana. Com a necessidade de preservar esta cultura, surgiu o que se
denomina de Educação.
Outrora, a aprendizagem era espontânea porque o homem vivia na natureza e com ela se
confundia. Hoje aprende pelas ideias. É por isso que tanto se fala do que devia ser e nunca do
que se deve realizar
A transmissão da cultura e das técnicas das velhas às novas gerações tem como finalidade a
sobrevivência do género humano. A cultura e a técnica devem ser aprendidas, assimiladas por
meio de transmissão, isto é, pela educação
A assimilação dos conteúdos educativos não é instintiva e por isso deve haver um processo de
transmissão e assimilação.
A educação tem como finalidade garantir e manter a vida singular e colectiva do Homem.
O objectivo de Pedagogia
A Pedagogia tem como objectivo habilitar os futuros professores com conhecimentos das
técnicas, métodos, modo e formas de educação.
O homem foi semelhante ao resto dos outros animais ontem e hoje não é. Se concordas comente.
Porque que o Homem decidiu viver em comunidades organizadas? Argumente a tua resposta.
Enumere os inimigos do Homem e causas dessa inimizade.
O Homem conquistou certas vitórias na sua vida, tais que o faz diferente dos outros animais.
Quais?
Ontem, o homem aprendia espontaneamente e hoje, planeia e até aprende pelas ideias.
Argumente por favor esta afirmação.
Que importância tem a educação na vida dos homens? Comentar bem os depoimentos.
De que formas o homem acumulou o que se denomina de cultura humana?
A pedagogia possui ramos os quais saíram dela e dela dependem. Entre esses ramos podemos
destacar os seguintes:
1. Teoria da Educação
2. Didáctica geral
É o ramo da pedagogia que se ocupa da teoria geral de ensino. Investiga, analisa e põe em prática
os processos de instrução e de educação.
3. Metodologias de Ensino
É o ramo que investiga e organiza problemas relacionados com o sistema de educação vigente
num país. Elabora conteúdos e métodos de direcção de uma escola e dos diferentes órgãos da
escola.
5. História da Pedagogia
6. Pedagogia Comparada
7. Educação Sanitária
- Pedagogia Pré-Escolar
- Pedagogia Escolar
- Pedagogia de Ensino Superior
- Pedagogia de Formação profissional
- Metodologia de Investigação
- Pedagógica e Educação Especial.
Com a Fisiologia de Idades- que dela recebe as questões da actividade superior nervosa, no
concernente ao nascimento, desenvolvimento e funcionamento, para depois ter argumentos sobre
o trabalho educativo e constitui grande auxiliar da pedagogia no processo de ensino e
aprendizagem.)
Com a Matemática e Cibernética- que ajuda a Pedagogia no uso de dados obtidos nas
investigações, a fim de orientar para uma planificação mais ou menos precisa dos meios de
ensino e de processos pedagógicos.
Com a Lógica- Auxilia a Pedagogia no estudo das leis e formas de pensamento lógico e
coerente. O equilíbrio mental de cada sujeito pode ser visto e confirmado numa base lógica e
tratado de acordo com os cuidados convenientes.
1.A Educação
Podemos descrevê-la em dois tipos, sendo Educação no sentido lato e Educação no sentido
restrito.
A Educação no sentido lato refere-se à influência educativa, de todo o regime social, incluindo
a do meio ambiente. Queremos falar dos pais, familiares, vizinhança, estruturas sociais do local
de residência entre outros.
Métodos da Pedagogia são caminhos que nos conduzem ao conhecimento do decorrer e do fim
da actividade pedagógica. É o conjunto de todos os processos que tendem a conduzir o aluno e
professor a atingir o nível de saber, saber fazer, saber ser e saber estar.
Para termos o conhecimento exacto do desenvolvimento dos processos pedagógicos, temos que
conhecer primeiramente os objectivos, princípios, conteúdos e métodos de transmissão e de
controle dos resultados planificados.
Vamos destacar alguns métodos pedagógicos usados para a pesquisa e obtenção dos resultados
de Ensino.
Para conhecer a eficácia e eficiência duma escola, precisamos de analisar as actividades dos
alunos, professores e da direcção dessa escola. Depois de analisarmos na base de actividades
realizadas e de documentos escolares, devemos admitir um diálogo e discussão sobre o que
encontramos, para aclarar e compreender melhor.
Método de observação
Estas observações podem ser directas e indirectas, para permitir uma visão assistida e não
assistida, pois quem sabe que esta sendo assistido pode mudar de comportamento e conduzir a
conclusões não reais.
3. Análise documental
São exactamente estes documentos que nos conduzem a observar a eficácia e eficiência dos
processos pedagógicos de uma escola.
4. Experimentação pedagógica
É o método que consiste na criação de condições para a realização de actividades pelos alunos e
professores e depois analisar os efeitos. Este método serve para aprofundar o conhecimento de
fenómenos pedagógicos.
Estes usam a estatística, a probabilidade na base de interpretação dos dados recolhidos numa
investigação pedagógica.
O 2º género, trata de uma educação, portanto, que não nasce daquilo que o homem sabe, mas
daquilo que ele desconhece. A sua acção estava centrada não sobre aquilo que o homem
possui, mas sobre aquilo que ele ainda deseja conseguir.
3.2. A EDUCAÇÃO PARA A SOBREVIVÊNCIA
A história do homem primitivo no decorrer da idade pré-literária pode ser dividida em duas
grandes fases, nomeadamente a fase de homem nómada e a fase do homem sedentário:
O homem nómada
O homem nómada é aquele que não possui lugar habitacional fixo. Sugeitando-se viver
em abrigos temporários das cavernas, que permanecia até que as circunstâncias
ambientais fossem favoráveis à satisfação das suas necessidades básicas.
Porém isto não quer dizer que a educação acontece como coisa meramente acidental. Os
mais velhos desempenhavam um papel preponderante na transmissão dos ensinamentos
aos jovens sucessivos da tribo.
O homem sedentário
Com o decorrer do tempo, o homem mudou o seu modo de vida, deixando de ser nómada
passando desta forma ao modo de vida cedentária, isto é, com habitação fixa. Nesta fase o
homem interfere decisivamente em seu meio, encaminhando a produção de bens,
Segundo as suas necessidades. De simples recolector de frutas e caçador, o homem
primitivo se transforma em semeador de plantas e pastor de animais, utilizando a
agricultura ao seu benefício.
A população se desenvolve e as instituições socias se aperfeiçoam. As sociedades se
organizam em torno de objectivos comuns: a agricultura, a domesticação de animais, a
construção de casas de Madeira ou barro, etc. Todas estas conquistas trazem um sensível
aumento no contexto do ensino. Os jovens tem muita coisa por aprender, mas o sistema
educacional ainda permanence basicamente o mesmo, o ensino sendo realizado de
maneira espontânea e através da imitação. Durante este período (neolítico) o “curiculo”
educacional se aplica e uma nova matéria e introduzida: a da “arte de guerra”.
Assim, para tornar perceptível este tema, temos que incerir no global da Importância da
História da Educação nas seguintes areas:
O homem é feito de tempo - caracterizando a cerca da história e da pedagogia, como teoria
que têm por objecto de acção humana. Ficamos a saber que a história é interpretação da
acção transformadora do homem no tempo e a pedagogia é a teoria crítica da educação, quer
dizer a acção do homem quando transmite ou modifica a herança cultural.
Não ha homem fora da sua prática social, porque este, por sua vez, se encontra dentro do
contexto histórico-social concreto resultante do conjunto das relações sociais, mutáveis no tempo
da sua evolução humana.
Educação Ideologica: situa que, na base da relação criada entre si, os homens encontram
padrões de comportamento, instituições e sabers, cujo aperfeiçoamento é encarregue as gerações
sucessivas, que os assimila, modifica os modelos valorizados para determinada cultura. Sendo a
educação o garante da memória de um povo, cria condições para a sua sobrevivência, tornando
possível a capacidade ente o indivíduo e a sociedade.
O processo não foi linear, muitas vezes registou de certa maneira distorções no tempo, portanto,
no começo, das sociedade tribais a cultura global era transmitida informalmente pelos adultos,
com o fim de encontrar todos os indivíduos. Nas sociendades mais complexas esta transmissão
informal, com o tempo passa para a educação formal, assumindo um carácter intelectualista.
Reconstituindo o Passado
Sabemos de antemão que pelo trabalho o homem actua sobre a natureza, transformando-o. Cada
geração assimila a herança cultural dos seus antepassados, simultaneamente opera projectos de
mudança. O presente da actividade do homem não é o fim, mas adquire sentido pelo seu passado,
para o futuro que o espera.
Recomenda a importância do passado, esclarecendo que o passado nunca deve ser considerado
morto, porque se fundam as raizes do presente, é compreendendo o passado que podemos dar
sentido ao presente e prespectivar o futuro. O homem reconstroe a história a partir do seu
presente e cada novo facto o faz reinterpretar a experiência passada.
A hitória da história
Sabemos que a história resulta da necessidade que o homem tem de reconstruir o passado,
interpretando cronologicamente os acontecimentos pela sua relevância. A memória dos povos
tribais não previlegiou assim, remetendo os acontecimentos da tribo ao passado sagrado a
responsabilidade do senhor Deus.
Ainda nos relatos gregos HOMERO e HESÍODO diziam, “os actos humanos se acham
dependentes da acção divina na guerra de troia (século XII a.c.) por exemplo, cada heroi
se encontra sob a protencção de um Deus de Olimpo, não havendo propiamente história
humana, mas constante intervenção divina no distino dos homens”.
Diz-se que o fenómino educacional se desenrola no tempo e faz parte da história geral.
Esclarecendo-se que essa parte ter sido introduzido na década de 30 a 40, nada está
registado à anterioridade desse período que diz respeito a educação na época primitiva.
Porém, fica-se a conhecer que a educação acentava nos mais velhos antepassados para os
mais novos na condição de transmissão de ensinamento de educação moral e de usos e
costumes de trabalhos das tribos, aperfeiçoada pelas gerações sucessíveis do nível sócio-
cultural dos povos.
As cerimónias de iniciação, como vimos, servem para transmitir aos jovens a explicação do
universo e, assim, torna-los capazes de assegurar um satisfactório ajustamento às suas
exigências.
A Educação na Era das Comunidades Primitivas, não suscita grande interesse e por isso pouco se
sabe. A Educação surge na sociedade dividida em classes e por isso se denomina fenómeno
social
A criança na comunidade primitiva era educada a trabalhar com os adultos e por isso que se diz
que tinha carácter prático. Preparava a criança para o trabalho, no trabalho e pelo trabalho.
b) Na Antiguidade
A Educação para a sociedade, tinha um carácter essencialmente militar. Tinha como objectivo,
preparar o cidadão para a defesa da economia e da ostentação da supremacia militar.
A razão deste tipo de educação era de poder se defender dos povos submetidos. Havia também
uma grande desproporção entre os dominados e dominadores. Uma fraqueza militar significaria
uma derrota dos dominadores e vitória dos dominados. E assim os dominadores deviam se
organizar cada vez mais
As crianças que nasciam débeis eram eliminadas, por serem consideradas inúteis para a sua
própria defesa e para a defesa da nação.
A educação começava aos 7 anos de idade. Crianças eram divididas em idades: dos 7 aos 18, dos
19 aos 30. Permaneciam militares dos 30 anos até aos 60 anos. Realizavam exercícios fortes e
violentos. Faziam muitos sacrifícios para endurecer o corpo e dormiam em camas duras.
Crianças eram divididas em idades para receber educação militar, composta de educação física,
música e danças guerreiras. Rapazes como raparigas eram submetidos aos mesmos exercícios
militares.
O Egipto inventou a escrita «Hieróglifos». Começou por escritas em desenhos e depois passou-
se ao um alfabeto. Dedicaram-se também a arte e a medicina.
Os Babilónios, ensinavam a moral mais avançada de quase todos os tempos. O Livro principal
era a Bíblia Sagrada.
Características:
Amar ao próximo como a ti mesmo, a lei de não fazer ao outro o que não queremos que nos
façam a nós, respeitar aos fracos: mulheres, viúvas, crianças, a vida do semelhante e a nós
próprios.
Pode-se dizer que na antiguidade clássica a humanidade avançou muito no campo de ciências
graças ao tipo de pedagogia utilizada. Houve muito progresso na arte e no desenvolvimento
social.
“A história da educação”
O homem sempre se preocupou em viver em sociedade. Para a continuidade das sociedades era
necessários determinados princípios reguladores. Os homens criaram normas de conduta que
tornassem possível atingir seus objectivos. Uma das normas era educar os seus membros.
Nas cerimónias de valor moral, os jovens são sujeitos a mutilações no corpo, são expostos ao
tempo e temporariamente lhes privam dos alimentos da tribo, com o intuíto de aprenderem a
suportar as dores, as circunstâncias difíceis e a fome.
Nas cerimónias de valor político e social, o indivíduo aprende a obediência e a reverência aos
mais velhos, a servir aos idosos e a suprir necessidades da família.
No que concerne ao valor religioso o indivíduo aprende a venerar o (Totem) que geralmente é
um animal ou vegetal considerado pelo antepassado “mítico” da tribo de quem se espera a
protecção (Deuses), que é o centro de culto nas cerimónias.
Já no valor prático, os jovens aprendem através dos ritos de iniciação, os métodos de capturar
certos animais, as artes de acender fogo, de preparar alimentos e outros de valor prático.
Sobre este mistério, o homem procura exercer algum tipo de controle para afastar as suas
consequências nocivas e atrair as melhores sortes para cada grupo de objectivos desejados existia
um tipo de cerimónia mágica que se caracterizava por um conjunto próprio de rituais. Aprender
a respeitar os ritos destas cerimónias era fundamental na educação do jovem. As cerimónias dos
ritos compreendiam três fases, nomeadamente:
1. Ritos de purificação
Havia uma crença de que a cerimónia de purificação era uma fase preponderante no
preparo dos jovens, esta podia incluir o corte das unhas, do cabelo, a pequena sangria
de algum ponto do corpo como forma de afastar possíveis espíritos maus. Por
exemplo mutilando o corpo, isto é, rectirando alguma parte do aspecto físico,
acreditava-se que o indivíduo se liberta da sua antiga personalidade, de (espíritos
maus).
2. Ritos de iniciação
Esta cerimónia podia incluir:
- A obrigação de permanecer durante dias em completo silêncio, insolados dos demais
membros da comunidade;
- Período de jejum integral como forma de formar um homem obediente e corajoso, esta é
a fase da preparação propriamente dita.
3. Integração
Finalemnte o jovem é admitido no grupo dos guerreiros, tornando-se adulto. Em
suma, todas estas cerimónias possuem um poderoso valor educacional. É através
delas que os anciões mantém o seu controlo autoritário sobre as gerações mais jovens.
e) O animismo na educação primitiva.
Os povos primitivos são todos amnistas. O amnismo consistia na crença de que todas as coisas
possuem uma alma, as pedras, as árvores, os animais, enfim todas as formas de existência
possuem alma ou espírito.
O homem primitivo atribui tudo o que acontece no ambiente a intervenção dos espíritos
amigáveis ou hostis, dependendo se são positivos ou negativos.
Eles acreditam, por exemplo, quando o indivíduo morre, a alma separa-se do corpo e vai numa
viagem que pode não querer voltar ou perde o caminho de volta e forma sua morada num outro
corpo ou objecto. Assim eles encontram a explicação entre os processos comuns da vida e da
natureza.
Período homérico (900 –750 a.C.) – a educação neste período teve um carácter prático, é
neste período que nascem os homéricos (Elida e Odisseia). Estes falam das ideias da
educação da época que compara um duplo ideal do homem, isto é, homem da acção e da
sabedoria. Este duplo ideal compreendia a bravura, que no entanto tinha de ser moderada
pela reverência (veneração) e sofresine (domínio dos desejos e paixões).
O ideal dos gregos era proporção, a harmonia, repugnância dos extremos e de excessos. A
harmonia de pensamento correspondia ao equilíbrio de acção, exigido pelo ideal de
reverência.
Período Espartano ( 750 – 600 a.C.) – no século IX a.C., Os espantas representavam a
mais primitiva forma de cultura grega, mas neste período conquistaram uma posição de
destaque em relação a mais povos Helénicos. Uma das formas de perservar a sabedoria,
foi adoptar a constituicao de Licurdo, assim surgiu um controlo completo do Estado sobre
o indivíduo, assegurado por um sistema de leis que fornecia ao mesmo tempo a base de
procedimento educacional e a contextura estrutural de sua sociedade. Considerado o
exemplo do primeiro Estado socialista, devido ao controlo extremo governamental, toda a
sociedade era uma escola, o adulto tinha a obrigação de participar na educação da
juventude.
Já no século IX, a.C. Licurgo organizou o Estado e a educação em Esparta, uma das cidades
Gregas, Licurgo percebeu a importância do Estado nos assuntos educacionais. Os espartanos que
representavam a mais primitiva forma de cultura grega, conquistaram já no período
HOMÉRICO, uma posição de destaque entre os demais pobres helenícos. Para preservar essa
soberania o povo espartano adoptou a constituição de Licurgo. Surgiu, assim, um Estado que
passou a manter o mais estremado controle governamental sobre a educação. A sociedade inteira
se transformou numa escola em que todo o membro adulto tinha a obrigação de participar como
um importante dever de cidadania na educação da juventude.
O objectivo da educação espartana era dar a cada indivíduo um nível de perfeição física,
coragem e hábito de obediência às leis que o tornassem um soldado ideal. Dessa maneira, o
homem espartano passou a ser um modelo de bravura, vigor e tenacidade. Como essas
qualidades faltavam aos demais povos gregos, o Estado espartano passou a acumular um grande
número de triúnfos militares.
1- Até os sete anos de idade o menino ficava sob os cuidados directos de sua
mãe, de quem recebia um treino rigoroso. Depois era tirado do lar e colocado
em casernas públicas custeados pelo Estado. Nessas casernas os meninos
comiam em mesas comuns, ajudavam no fornecimento do alimento
necessário, caçavam os animais selvagens e participavam de danças corais.
Todo o resto do seu tempo era gasto com o exercício de ginástica que
constituia o elemento principal de sua educação.
2- Dos dezoito aos vinte anos o jovem dedicava-se ao estudo das armas e das
manobras militares. Dos vinte aos trinta anos seu treino era na guerra ou, nos
intervalos de paz, praticados às custas dos ilotas - servos que moravam em
choupanas. Em Esparta nove mil espartanos tinham que dominar vinte mil
ilotas.
3- Com trinta anos o jovem tornava-se maior de idade e continuava a dedicar seu
tempo integral a serviço do Estado, seja nas guerras ou nos treinamentos
necessários.
Enquanto em Esparta se deu muita importância à educação física, a serviço de guerra para
manter o Estado, em Atenas surgiu a ideia da formação completa do homem. Foram colocadas
no mesmo nível a educação física e a educação intelectual.
Em Atenas, a educação da criança, durante os primeiros sete anos estava inteiramente a cargo da
família. A educação na família no entanto, não tinha um carácter tão quanto em Esparta. Em
Atenas geralmente a criança era entregue aos cuidades das amas e escravos, enquanto as mães
espartanas eram famosas em toda a Grécia pelo elevado nível de treino físico e moral que davam
as suas crianças.
O menino ateniense, mal deixava os cuidados da ama, era entregue aos cuidados de um
pedagogo. Os pedagogos eram escravos ou servos a quem os atenienses confiavam as
crianças. A palavra pedagogo (de pais, paidós = criança; agein = conduzir) designa em
sua origem o condutor de meninos; por isso eram chamados de pedagogos os escravos
encarregados de guiar as crianças a escola. O menino ateniense frequentava dois tipos
diferentes de escola, a escola de música, a escola de ginástica ou palestra.
Platão foi outro grande filósofo, ele concordou com Sócrates sobre a necessidade de se procurar
uma nova base moral para a vida: concordou também que essa nova base deveria se encontrar em
ideias e na verdade universal.
Platão aceitou e desenvolveu o dialético de Sócrates; ele definiu como sendo um “continuo
discurso consigo mesmo”, nesse sentido a educação seria um processo do próprio educando,
mediante o qual são dadas à luz as ideias que fecundam sua alma. A educação, portanto, consiste
na actividade que cada homem desenvolve para conquistar as ideias e viver de acordo com elas.
O conhecimento não vem de fora para o homem; conhecimento é o esforço da alma para
apoderar-se da verdade.
A família desempenhava um papel muito importante para educação de carácter moral, cujo pai
era o principal responsável pela educação dos filhos. A educação prática era reservada às
mulheres, tanto para tarefas ligadas ao lar como para outras.
O jovem romano tinha de se tornar piedoso, respeitoso, corajoso, prudente, honesto, sério, pela
imitação do seu pai e de outros romanos cujo heroísmo mereceria a ser consagrado pelas lendas
históricas do país.
Os romanos rejeitavam o treino, a literatura, enfim todos os meios educativos utilizados pelos
gregos, preferindo a promoção do desenvolvimento físico nos campos marciais e no
acampamento e por meios de exercícios militares.
A educação dos meninos era feita ou por um aprendizado dos ofícios do saldado de agricultor de
estadista ou pela participação directa nas actividades que lhe seriam requeridos como cidadão.
O método romano era prático e aprendia-se fazendo o que tinha que fazer.
Na educação romana, a família desempenha um papel muito importante, o Pai é o principal
responsável pela educação dos filhos, mas o carácter próprio do povo romano atribui especial
importância a mulher nessa tarefa e em outras relacionadas como o lar.
A situação da mulher em Roma era mais elevada do que no restante dos impérios da
antiguidade.
Embora não chegasse a participar na vida pública, a mulher exercia grande autoridade
dentro da família
O lar era praticamente a única escola. Bem cedo, porém, o menino tornava-se o
companheiro do seu pai nos negócios públicos e privados, na rua, no forúm e no
acampamento. Dava-se especial importância à educação moral. A disciplina era severa, e
os ideiais eram seguidos rigorosamente.
Durante a última parte desse período surgiram as escolas elementares, que passaram a ministrar
os rendimentos das artes de ler, escrever e contra. Estas escolas eram conhecidas como ludi,
palavra latina que significa jogo, divertimento ou brinquedo.
CONCLUSÃO
Estudar a história da educação permite-nos concluir que de facto a educação é um processo em
constante mutação, e que as nações sempre buscam o melhor para os seus cidadãos.
Alguns ritos praticados pelo nosso povo ainda são válidos como métodos de educação.
Analisadas de forma consciente podem contribuir para o enriquecimento do nosso património
educativo.
A educação na Grécia teve formas diferentes, em Esparta ela assume um papel de preparação
física ou seja, para a Guerra, entretanto, em Atenas assume um papel intelectualista.
Na Grécia como vimos, foi o local onde fluiu a sofistíca. Os sofistas tiveram grande importância
na profissionalização da educação, além disso a Grécia é considerada como o berço da
pedagogia.
Também podemos depreender que, os pedagogos renascientistas contribuiram muito para a
revolução da educação, a prova disto, é que muitas das teorias e métodos pedagógicos por eles
formulados, continuam actualmente em uso nas nossas instituições de ensino.
O clero ficou apenas com a tarefa de difundir a religião, abandonando por completo a educação.
A religião substituiu a cultura neste período. A educação ficou ancila da religião
As escolas ficaram confinadas nas paróquias, mosteiros e catedrais. Dava-se educação nas
paróquias e a educação superior nos mosteiros.
A característica da educação neste período era dupla, educar a parte carnal e espiritual. Dizia-
se que corpo conduz o homem à debilidade moral e pode conduzir o espírito ao inferno.
Criticavam a educação de Roma, justificando que caiu porque estudaram muito e conduziram-se
à satisfação das suas necessidades mundanas.
Todo o desenvolvimento científico existente desde a antiguidade foi combatido por ser
considerado carnal, portanto inimigo da alma.
3.11. Educação na Idade Média
Os alunos aprendiam de cor. Eram métodos escolásticos. As definições por aprender estavam nos
livros sagrados.
Até ao século XV, o ensino estava nas mãos da Igreja e era selectivo. Havia escolas municipais e
escolas paroquiais.