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PROFESSOR ORLANDO SOARES

DISCIPLINA:

CONTROLADORIA
CONTROLADORIA
FINANCEIRA

Prof. Orlando Soares, adaptado de Prof. Marco Antonio Pereira


O Que é Gestão Financeira ?

É o processo contábil/financeiro responsável pelo controle e

monitoramento do desempenho das empresas e no impacto que

as decisões causam no resultado do negócio. Baseia-se nos

conceitos da contabilidade e das teorias de finanças

corporativas empregadas no controle da gestão e criação de

valor, orientados pela mensuração de sua sustentabilidade

econômico-financeira, e no atendimento das diversas demandas


Gestão Financeira

É um conjunto de técnicas de planejamento e controle financeiro e contábil


que, através da obtenção e interpretação de dados internos e externos,
subsidia a empresa na tomada de decisões em níveis estratégicos e táticos
para maximização dos resultados.
A principal razão da existência das organizações modernas é a geração de valor
para seus investidores, ou seja, a sobrevivência de uma empresa está
estritamente relacionada com sua capacidade de gerar riqueza aos seus
acionistas superando suas expectativas e, consequentemente, as taxas
remuneradas pelo mercado
Objetivos

✓ Proporcionar aos gestores uma visão correta do desempenho das empresas


e da rentabilidade dos recursos investidos
✓ Responsabilizar-se pela manutenção da disponibilidade dos recursos
financeiros necessários para a formação do capital de giro, investimentos,
manutenção de ativos fixos e pagamento de dividas
✓ Contemplar mecanismos adequados de controle e acompanhamento
✓ Atuar na gestão das questões de natureza contábil e fiscal
✓ Redução de perdas e desperdícios
✓ Maximização de Ganhos
ABRANGÊNCIA

ESTRATÉGICO

Estratégias
Financeiras
TÁTICO

Orçamento
Financeiro
Matricial e
Fluxo de Caixa OPERACIONAL

Processos e
Controles
Financeiros
Abrangência Estratégica da Gestão Financeira
ESTRATÉGIAS FINANCEIRAS
OBJETIVOS DA EMPRESA PLANO DE LONGO PRAZO

DEMANDA NOSSA
TOTAL PARTICIPAÇÃO
DO MERCADO PREVISÃO DE VENDA DE LONGO PRAZO NO MERCADO
ESTRATÉGIA DE MIX DE MERCADO
PREVISÃO DE VENDAS A CURTO PRAZO

Política de vendas: Política de marketing: Política de pesquisa e Política de controle


▪ Orçamento de ▪ Orçamento de administração geral: financeiro:
vendas; marketing; ▪ Orçamento projetos; ▪ Orçamento de produtos;
▪ Orçamento de ▪Publicidade; ▪ Orçamento de equipe ▪ Orçamento de
recursos materiais; ▪ Orçamento de estrutura executiva; mercadorias;
▪ Orçamento de física. ▪ Processos ▪ Orçamento de serviços.
pessoas
▪ Orçamento de gastos
vários.

Demonstrações financeiras projetadas


Fluxo de caixa e orçamento de caixa
Balanço patrimonial
PLANO DE ATUAÇÃO DA
GESTÃO FINANCEIRA

GESTÃO DE PLANEJAMENTO
GESTÃO PROJETADA
CURTO PRAZO FINANCEIRO

GESTÃO PLANEJADA DE PLANEJAMENTO DO


ENFOCA GESTÃO
CAIXA E LUCRO PARA NEGÓCIO COM OLHAR
FINANCEIRA DE
PERIODOS FUTUROS VOLTADO RETORNO DO
TESOURARIA: FLUXO
ATRAVÉS DA ADOÇÃO DE CAPITAL INVESTIDO NA
DE CAIXA E FORMAS DE
ORÇAMENTO EMPRESA PARA SEU
CAPTAÇÃO DE
ECONÔMICO CRESCIMENTO E
RECURSOS
FINANCEIRO PERPETUIDADE
PERSPECTIVAS DO NEGÓCIO

4 PILARES TÉCNICOS

Cascata de interdependência das


perspectivas de qualquer negócio

FINANCEIRO

MERCADO

PROCESSOS

PESSOAS
Performance do
Investimento

OPERAÇÕES
Investimentos
em
Empresa
Fontes de
Recursos Ativos

Resultado
Retorno

Geração
Ciclo do de Valor
Investimento
Gestão Financeira Compartilhada

Logística

Operação Recursos
Humanos

Diretoria
Suprimentos Financeira Marketing,
Trade e
Comercial

Se caracteriza especialmente pela atuação compartilhada dos diversos departamentos,


onde a administração financeira não será uma responsabilidade exclusiva da diretoria
financeira, mas sim de toda a estrutura organizacional. A interatividade e distribuição de
responsabilidade é a receita do sucesso dos processos financeiros.
PROFESSOR ORLANDO SOARES

DISCIPLINA:

CONTROLADORIA
CONTROLADORIA
FINANCEIRA

Prof. Orlando Soares, adaptado de Prof. Marco Antonio Pereira


GESTÃO DA LIQUIDEZ
O Modelo Fleuriet

Gestão da liquidez é o conjunto de processos que visa garantir a


capacidade de pagamento da organização, considerando o
planejamento financeiro, os limites de riscos e a otimização dos recursos
disponíveis
Modelo Fleuriet

Destaca-se que os ativos e passivos operacionais


possibilitam ações gerenciais com muito dinamismo e
eficácia com resultados imediatos.

Reclassificando o balanço patrimonial em três grandes


grupos; Financeiro (errático), Operacional (cíclico) e a
Longo Prazo (não cíclico), é possível fazer análises
objetivas que identificam e demonstram o desempenho
das operações da empresa, tanto no que concerne a
consumo ou geração de caixa dentro dessas atividades.

15
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Modelo Fleuriet

A seguir, será apresentada a estrutura reclassificada do


balanço patrimonial separando as atividades financeiras,
operacionais e de longo prazos para ativos e passivos.

Em seguida, serão apresentadas técnicas de apuração


das variáveis do modelo (T, NCG e CDG), como também
definições e técnicas de interpretação.

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Balanço Reclassificado – Balanço Financeiro

ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro (AC) Passivo Financeiro (PC)


Caixa Empréstimos e Financiamentos
Leasing, Finame, Partes Relacionadas Estática
Bancos
Financeira
Aplicações Financeiras Desconto de Duplicatas
Dividendos a Pagar

Ativo Operacional (AC) Passivo Operacional (PC)


Clientes
Fornecedores Estática
Estoques Operacional
Impostos a pagar
Outros Ativos Operacionais
Salários a pagar
Outros Passivos Operacionais
Ativo a Longo Prazo (ANC)
Passivo a Longo Prazo
Realizável Longo Prazo Estática de
Longo Prazo
Investimentos (PNC E PL)
Imobilizado Exigível a Longo Prazo
Intangível Patrimônio Líquido
ANÁLISE HORIZONTAL
Tesouraria

T = AF - PF LIQUIDEZ

Necessidade de
Variáveis Capital de Giro

De Liquidez NCG = AO - PO
DEMANDA DE CAPITAL
OPERACIONAL

Capital de Giro
Disponível
ORIGEM DO
CAPITAL DE GIRO
CDG = PLP - ALP
Interpretação
ATIVO PASSIVO

Disponibilidades Dívidas onerosas de


Caixa T (T) curto de prazo

Necessidades
operacionais de
NCG (NCG) Fontes operacionais
de curto prazo
recursos

Aplicações em ativos
(CDG) CDG
Fontes de recursos de
fixos longo prazo

A P

Perfil de T

Liquidez CDG
NCG
Situação Financeira
Ativo Financeiro (Errático)
Passivo Financeiro (Errático)
T = AF - PF

São as disponibilidades da empresa


classificadas no ativo e as
exigibilidades monetárias
classificadas no passivo.
Reclassificação da Tesouraria

Tesouraria do Ativo (AF)


Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras
Tesouraria do Passivo PF

Empréstimos, Financiamentos, Instrumentos


Financeiros, Juros Sobre Capital Próprio e
Dividendos, Leasing, Refis, Partes Relacionadas.
21
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Dinâmica Operacional
Ativo Operacional (Cíclico)
Passivo Operacional (Cíclico)
NCG = AO - PO

Representam as contas relacionadas com a atividade


operacional da empresa. Reclassifica-se o ATIVO
destacando as contas de: clientes, estoque e
outros ativos operacionais, e reclassifica-se o
PASSIVO destacando as contas de: fornecedores
e outros passivos operacionais.

Ativos Passivos
Operacionais (AO) Operacionais (PO)
Duplicatas a Receber Fornecedores
(Clientes)
Outros Passivos
Estoques Operacionais
Outros Ativos Operacionais
22
22
Necessidade de Capital de Giro

25
Necessidade de Capital de Giro

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Estática de Longo Prazo
Ativo a Longo Prazo (Não Cíclico)
Passivo a Longo Prazo (Não Cíclico)

A estática de longo prazo representa as origens e aplicações


de recursos de longo prazo.

Reclassifica-se como origens de longo prazo o total


registrado no PASSIVO ELP e no Patrimônio Líquido, e
reclassifica-se na aplicações de longo prazo o total
registrado no ATIVO RLP e Ativos Fixos (investimentos
imobilizado e intangível)

CDG = PLP - ALP

ALP = RLP + Ativos fixos (APLICAÇÕES) ANC

PLP = PNC + PL (ORIGENS)

CDG = PLP > ALP


ORIGENS > APLICAÇÕES = CCL OU CDG 27
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Performance de Gestão Empresarial
Estilo Conservadora – Prioriza Folga
Financeira

ATIVO PASSIVO
CP
CP Essa estrutura demonstra
PC opção de gestão
AC
conservadora, onde o
Presença Folga
de CDG Financeira capital de giro é formado por
fontes de recursos a longo
LP PNC LP
prazo, compostas por
ANC empréstimos a longo prazo e
PL
fontes do capital próprio, o
que proporciona “ Folga
Financeira”.

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Performance de Gestão Empresarial
Estilo Arrojado – Prioriza Rentabilidade

ATIVO PASSIVO Essa estrutura demonstra opção


CP de gestão mais arrojada, onde
CP
AC não existe capital de giro. As
PC
aplicações de recursos em ativos
Arrocho
Ausência
Financeiro fixos sobrepõem as fontes de
CDG
recursos a longo prazo que
LP LP compostas por empréstimos a
ANC PNC
longo prazo e fontes do capital
PL próprio. Nesse caso, espera-se
uma gestão financeira com
aperto relativo de caixa.

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Perfis de Liquidez
PERFIS DA LIQUIDEZ

ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO

T T T (NCG)
CDG CDG
NCG CDG
NCG
NORMAL OTIMA EXCELENTE
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO
(T)
NCG
NCG CDG NCG (T) (T)
(CDG)
CDG
TOLERÁVEL PERIGOSA GRAVE
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO

T (NCG) (T)
(CDG)
(CDG) (NCG)

30 RISCO RISCO ACENTUADO 30


ANÁLISE HORIZONTAL

ANÁLISE HORIZONTAL
2021 2020 AH %
T
NCG
CDG
Perfis de Liquidez

A P

T
É um perfil SÓLIDO, podemos chamar também de NORMAL.
CDG Tanto a tesouraria quanto a NCG são financiados por fontes
NCG de recursos a longo prazo.

A P

T Esse perfil é um avanço em relação ao perfil anterior,


onde a situação financeira se configura melhor, com
CDG maior disponibilidade de caixa e redução da NCG.
Podemos denomina-lo como um perfil ÓTIMO.
NCG

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Perfis de Liquidez

A P

É um perfil EXCELENTE que demonstra uma geração de


(NCG)
caixa diferenciada. Nesse perfil, não existe necessidade de
T capital de giro. A NCG se torna fonte de recurso operacional
financiando as atividades.
CDG

A P

(T) É um perfil que demonstra uma situação


TOLERÁVEL. Percebe-se que não há folga de caixa,
onde a NCG é financiada por dívidas bancárias de
NCG
CDG curto prazo e de longo prazo, incluindo sócios.
Contudo, ainda a segurança devido ao
endividamento de curto prazo não ser expressivo.

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Perfis de Liquidez

A P

(T)
Esse perfil é uma evolução em relação ao perfil anterior,
NCG onde a situação financeira se agrava. Configura um perfil
PERIGOSO, com elevação do endividamento a curto prazo.
CDG

A P

NCG É um perfil que demonstra uma situação GRAVE. A


fonte dominante é a curto prazo. É necessário
(T) estabelecer um estudo abrangente para analisar os
riscos envolvidos dessa falta de liquidez e
(CDG) concentrado endividamento a curtíssimo prazo.

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Perfis de Liquidez

A P
É uma situação que configura um Perfil MUITO RUIM, devido a
(T) performance de endividamento a curto prazo combinado a fontes
de recursos operacionais (Fornecedores) financiando investimento
(CDG) em ativos fixos. Destaca-se a risco da fonte operacional
(NCG) financiando as atividades. Corre-se o risco da continuidade do
financiamento.

A P
É uma situação de ALTO RISCO, onde os ativos
T operacionais e a longo prazo são financiados
exclusivamente por fontes operacionais. Nesse caso,
(NCG) financiada por fornecedores. O risco está localizado na
continuidade dos contratos com fornecedores ou
(CDG) mudança de regras contratuais reduzindo prazos para
pagamento.

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PROFESSOR ORLANDO SOARES

DISCIPLINA:

CONTROLADORIA
CONTROLADORIA
FINANCEIRA

Prof. Orlando Soares, adaptado de Prof. Marco Antonio Pereira


Exercício sobre Liquidez
A empresa “Paraíso" apresentou o seguinte balanço patrimonial em dezembro de 2010:
Ativo Circulante Financeiro 20.000 Passivo Circulante Financeiro 20.000
Ativo Circulante Operacional 25.000 Passivo Circulante Operacional 30.000
Ativos Fixos 125000 3% Fontes de longo prazo 120.000
####
Ativo Total 170.000 ## Passivo Total 170.000
15%
Com base nesses resultados, a empresa quer saber ainda o seu:

a. CDG = PLP - ALP


b. ALP = RLP + Ativos fixos (APLICAÇÕES) ANC
c. PLP = PNC + PL (ORIGENS)
d. CDG = PLP > ALP
e. ORIGENS > APLICAÇÕES = CCL OU CDG

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Material de responsabilidade do professor Orlando Soares
Exercício sobre Liquidez
A empresa “Paraíso" apresentou o seguinte balanço patrimonial em dezembro de 2010:
Ativo Circulante Financeiro 20.000 Passivo Circulante Financeiro 20.000
Ativo Circulante Operacional 25.000 Passivo Circulante Operacional 30.000
Ativos Fixos 125000 3% Fontes de longo prazo 120.000
####
Ativo Total 170.000 ## Passivo Total 170.000
15%
Com base nesses resultados, a empresa quer saber ainda o seu:

a. CDG = PLP - ALP a.CDG = (5.000)


b. ALP = RLP + Ativos fixos (APLICAÇÕES) ANC
b.ALP = 125.000
c. PLP = PNC + PL (ORIGENS)
c.PLP = 120.000
d. CDG = PLP > ALP
d.CDG = (5.000)
e. ORIGENS > APLICAÇÕES = CCL OU CDG
e.CCL OU CDG (5.000)
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Material de responsabilidade do professor Orlando Soares
Exercício sobre Liquidez, Retorno e EVA
A empresa “Paraíso" apresentou o seguinte balanço patrimonial em dezembro de 2010:
Ativo Circulante Financeiro 20.000 Passivo Circulante Financeiro 20.000
Ativo Circulante Operacional 25.000 Passivo Circulante Operacional 30.000
Ativos Fixos 125000 3% Fontes de longo prazo 120.000
####
Ativo Total 170.000 ## Passivo Total 170.000
15%

Considerando que os três principais componentes do Economic Value Added (EVA) são:
✓ Lucro operacional líquido;
✓ Capital total investido (Dívidas + Patrimônio Líquido);
✓ WACC (Custo Médio Ponderado de Capital, que equivale média ponderada entre o capital de terceiros e
capital próprio investido na empresa);
Com isso, o cálculo do Valor Econômico Adicionado será dado pela seguinte fórmula:
EVA = Lucro operacional líquido após impostos – (Capital total investido x WACC)
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Material de responsabilidade do professor Orlando Soares
Exercício sobre Liquidez, Retorno e EVA
A empresa “Paraíso" apresentou o seguinte balanço patrimonial em dezembro de 2010:
Ativo Circulante Financeiro 20.000 Passivo Circulante Financeiro 20.000
Ativo Circulante Operacional 25.000 Passivo Circulante Operacional 30.000
Ativos Fixos 125000 3% Fontes de longo prazo 120.000
####
Ativo Total 170.000 ## Passivo Total 170.000
15%
Com base nesses resultados, a empresa quer saber:
a. Qual é o retorno das suas aplicações sabendo que é esperado que o ativo circulante renda 3%
e que o Ativos Fixos renda 18%?
b. Qual é o custo das suas fontes de recurso se o passivo circulante custa 1,5% e as fontes de
longo prazo custam 15%?
c. Qual são o CCL e o EVA dessa empresa?
d. A empresa pretende melhorar a sua liquidez para R$7.000. Ela pode fazer isto aumentando o
ativo circulante ou reduzindo o passivo circulante. Qual das duas alternativas é a melhor? Faça
os cálculos para justificar a resposta.
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Material de responsabilidade do professor Orlando Soares
Exercício sobre Liquidez, Retorno e EVA
A empresa “Paraíso" apresentou o seguinte balanço patrimonial em dezembro de 2010:
Com base nesses resultados, a empresa quer saber:
a. Qual é o retorno das suas aplicações sabendo que é esperado que o ativo circulante renda 3% e que o
Ativos Fixos renda 18%?
b. Qual é o custo das suas fontes de recurso se o passivo circulante custa 1,5% e as fontes de longo prazo
custam 15%?
c. Qual são o CCL e o EVA dessa empresa?

Ativo Retorno% Passivo Custo% Situação original R$


AC 45.000 3% PC 50.000 1,5% CCL (5.000)
AP 125.000 18% ELP+PL 120.000 15% Retorno 23.850
AT 170.000 Total 170.000 Custo 18.750
GV 5.100

Gabarito Aula 1 – Risco e Retorno.xls


Material de responsabilidade do professor Orlando Soares
Exercício sobre Liquidez, Retorno e EVA
A empresa “Paraíso" apresentou o seguinte balanço patrimonial em dezembro de 2010:
Com base nesses resultados, a empresa quer saber:
d. A empresa pretende melhorar a sua liquidez para R$7.000. Ela pode fazer isto aumentando o ativo circulante ou
reduzindo o passivo circulante. Qual das duas alternativas é a melhor? Faça os cálculos para justificar a resposta.

Situação Original Aumento do AC Redução do PC

CCL (5.000) CCL 2.000 CCL 2.000

Retorno 23.850 Retorno 24.060 Retorno 23.850

Custo 18.750 Custo 18.750 Custo 19.695

EVA 5.100 EVA 5.310 EVA 4.155

Gabarito Aula 1 – Risco e Retorno.xls


Material de responsabilidade do professor Orlando Soares
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DISCIPLINA:

CONTROLADORIA
CONTROLADORIA
FINANCEIRA

Prof. Orlando Soares, adaptado de Prof. Marco Antonio Pereira


A Necessidade de Capital de Giro pode ser apresentada em
quantidade de dias para os três principais componentes das atividades operacionais:
estoques, contas a receber e fornecedores, onde:
Estoque é PME = Prazo médio dos estoques
Contas a Receber é PMR = Prazo médio de contas a receber
Fornecedores é PMP = Prazo médio de fornecedores

Pode-se então, entender que, Ciclo Financeiro, é a mensuração da necessidade


de capital de giro em quantidade de dias.
VENDAS
NCG
PME = Estoques xn
Os prazos médios e o T
Rec. Liquidas
ciclo financeiro podem CDG
PMR = Clientes xn
ser apurados com as • Lucro
Rec. Liquidas
seguintes fórmulas
PMP = Fornecedores xn
Rec. Liquidas

CF = PME + PMR – PMP (T)

CFNCG = NCG / Rec. Líquidas X n CDG

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O diagrama a seguir, demonstra as transações operacionais
envolvendo os ciclos econômico, financeiro e operacional da
empresa.

mês 0 mês 1 ½ mês mês 2

Compra de Venda Pagamento Recebimento


Matéria Prima Fornecedor Duplicata

Rotação dos Estoques

Prazo Médio de Pagamento

Prazo Médio de Recebimento

Ciclo Econômico
Ciclo Financeiro

Ciclo Operacional

47
47
Capital
Investido
Capital Investido Líquido

O capital investido são os recursos aplicados em


ativos operacionais deduzidos dos passivos
operacionais que seguem um processo cíclico de
curto e longo prazos, compreendendo o conjunto
de operações destinadas à formação dos
resultados, sejam elas de produção,
comercialização ou serviços e sua distribuição.
Estrutura do Capital Investido

(+) Clientes
(+) Estoques
(+) Outros Ativos Operacionais Componentes da NCG

(-) Fornecedores
(-) Outros Passivos Operacionais

= Capital de Giro (NCG) Necessidade de Capital de Giro

(+) Realizável a Longo Prazo


(-) Passivo não Circulante Operacional
(+) Ativos Fixos (Invet. Imobil. Intangível)
= Capital Investido Líquido
Indicadores de Lucratividade

 Lucratividade Mede o retorno das operações

Receita Líquida Mede o desempenho


Margem comercial do negócio, LB
X 100
- Custos Operacionais Bruta compensando os custos
operacionais RL
Lucro Bruto

Mede o desempenho das


- Despesas Operacionais Margem vendas através do LAJIR
Lucro Operacional Operacional comparativo do resultado X 100
operacional RL

- Despesas Financeiras
- Imposto De Renda Mede o retorno líquido
Margem do negócio após LL
Lucro Líquido compensados os gastos
X 100
Líquida RL
com custos e despesas
Conceito de EBITDA

O EBITDA é a sigla inglesa de Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation


and Amortization e que em português significa, literalmente, Resultados
antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. O EBITDA é também
muitas vezes designado por cash-flow operacional, e representa o dinheiro
gerado pela empresa e disponível para:
✓. Financiar os investimentos em bens de capital (capex)
✓. Financiar as necessidades de Fundo das operações
✓. Pagar os juros das dívidas bancárias
✓. Efetuar o pagamento de impostos
✓. Criar reservas
✓. Remunerar os acionistas através de dividendos
Distribuição do EBITDA

RECEITAS DE VENDAS LIQUIDAS

(-) Custos dos Produtos/Mercadorias/Serviços Vendidos

(=) Lucro Bruto

(-) Despesas Operacionais (Administrativas, gerais e com vendas)

(=) EBITDA / LAJIDA (Ganho)


Distribuições (-) Depreciação (Continuidade dos Investimentos)
do EBITDA
destinadas a (=) EBIT/LAJIR
continuidade dos
ativos, (-) Despesas Financeiras (Pagamento das Instituições Financeiras)
pagamento das
despesas (=) LAIR
financeiras,
(-) Impostos Diretos (IR e CS) (Pagamento ao Governo)
governo e sócios.
(=) LUCRO APÓS IMPOSTOS

(-) Dividendos (Pagamento dos Dividendos aos Sócios)

(=) LUCROS RETIDOS

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53
Formas de apuração do EBITDA

Apuração

EBIT (LAJIR) Lucro Operacional Antes dos Juros e Imposto de Renda


(+) Depreciação
(=) EBITDA (LAJIDA)

EBITDA
Margem X 100
do Ebitda Receita
Líquida
Indicadores de Rentabilidade

• Rentabilidade Mede o retorno do capital investido no


negócio ou investido pelos sócios

Retorno Operacional Líquido Sobre o Capital Investido

ROIC = LAJIR / CIL x 100

EVA (Economic Value Added)


Criação de Valor (Spread) = ROIC – WACC
> CRIOU VALOR
EVA = CIL X SPREAD < DESTRUIU VALOR

RENTABILIDADE DO EVA
Lajir
NOPAT 1.000,00 700,00
CIL 10.000,00 10.000,00
ROIC 10% 7%
WACC 8% 8%
SPREAD 2% -1%
CRIOU VALOR DESTRUIU VALOR
EVA 200,00 - 100,00
Bibliografias
• MARTINS, Eliseu, Josedilton Alves Diniz, Gilberto José Miranda. Análise Avançada das
Demonstrações Contábeis. Uma abordagem crítica. São Paulo, Atlas, 2012.
• SOUZA, Alceu, CLEMENTE, Ademir de Souza – Decisões financeiras e análise de investimentos:
fundamentos, técnicas e aplicações. 6 ed. São Paulo, Atlas 2008.
• SILVA, Alexandre Alcantara da, Estrutura, Análise e Interpretação das Demonstrações Contábeis,
3ª ed. São Paulo, Atlas, 2012.
• OLINQUEVITCH, José Leônidas, Armando de Santi Filho, Análise de Balanços para Controle
Gerencial: demonstrativos contábeis exclusivos do fluxo de tesouraria, 5ª ed; São Paulo; Ed. Atlas
2009.
• MIGLIORINI, Evandir, Claudio Parisi, Contabilidade Gerencial. São Paulo , Atlas, 2011.
• PADOVEZE, Clovis, Controladoria Estratégica e Operacional - 3ª Ed. - Cengage Learning, 2012
• MATARAZZO, Dante C.; Análise Financeira de Balanços; 7ª ed; São Paulo; Ed. Atlas; 2010
• SOUZA, Alceu, CLEMENTE, Ademir de Souza – Decisões financeiras e análise de investimentos:
fundamentos, técnicas e aplicações. 6 ed. São Paulo, Atlas 2008.
• ATKINSON, A. A.; et al. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
• FEURIET, Michael, Kehdy Ricardo, Blanc Georges, O Modelo Fleuriet: a dinâmica financeira das
empresas brasileiras: um novo método de análise, orçamento e planejamento financeiro, Rio de
Janeiro: Campus, 2003
• BRASIL. Haroldo Vinagre e Brasil, Haroldo Guimarães, Gestão Financeira das Empresas - Um
Modelo Dinâmico; 4ª ed; Rio de Janeiro, Qualitymark; 2001
• GITMAM, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7. ed., São Paulo: Harbra, 1997.
CONTROLADORIA
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