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DIREITO ADMINISTRATIVO

Instrutor: 3º Sgt Alex


98111-6898
CURSO DE HABILITAÇÃO DE OFICIAIS
CHOA.CEHO.CHOM/2020
DISCIPLINA:
DIREITO ADMINISTRATIVO

- Carga Horária da Disciplina - 30 Horas/Aula


DIREITO ADMINISTRATIVO
Aplicado a Atividade Bombeiro Militar
INTRODUÇÃO
- O DIREITO ADMINISTRATIVO
- ORIGEM DO D. ADMINISTRATIVO
- FONTES DO D. ADMINISTRATIVO
- CONCEITO DA DISCIPLINA
- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

- REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO


- PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
REVISÃO
Origem:
- Ramo autônomo do D. Com a queda dos Regimes Absolutistas, criação
do D. Const. e outros ramos do D. Pub.
- Princípios bases para efetivação do D. Adm. (1.Legalidade e 2.
Separação dos poderes).
Objeto do D. Adm.:
- Regulamentar toda e qualquer atividade da administração pública
seja ela do Executivo, Legislativo ou do Judiciário.
REVISÃO
FONTES DO D. ADM.
Fontes Formais (primárias)
- 1 - Constituição APLICAÇÃO IMEDIATA
- 2 - Lei Parcialmente Formal para as
Jurisprudências de efeito
- 3 - Atos Normativos da Vinculante
Administração Pública
E
Parcialmente Material para as
- *4 - Jurisprudência jurisprudências sem o efeito
vinculante (facultativa e
- 5 - Doutrina orientativa)
- 6 - Costume Fontes Materiais (secundárias)
APLICAÇÃO MEDIATA
- 7 - Princípios Gerais do Direito
REVISÃO

- Conceito de D. Administrativo
- “O ramo do direito público que tem por objeto os
órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que
integram a Administração Pública, a atividade jurídica
não contenciosa que exercer e os bens de que se utiliza
para a consecução de seus fins, de natureza pública.”
REVISÃO

- Conceito de Administração
- “É a emanação de atos de produção jurídica
complementares, em aplicação concreta do ato de
produção jurídica primária e abstrato contido na lei; o
órgão atua como parte das relações a que os atos se
referem; a administração atua independentemente de
provocação.”
CONCEITO - DIREITO PÚBLICO
CONCEITO - DIREITO PÚBLICO
- Direito Público - Direito Privado

- Preponderância do - Supremacia da
interesse público sobre o manifestação da
individual vontade
- Ex: Direito Administrativo, - Ex: Direito Civil,
Tributário, Constitucional Empresarial
INTRODUÇÃO
- O DIREITO ADMINISTRATIVO

O
- ORIGEM DO D. ADMINISTRATIVO

AD
- FONTES DO D. ADMINISTRATIVO

S
-

VI
CONCEITO DA DISCIPLINA

RE
- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

- REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO


- PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
-
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO

- Conjunto de Normas (Leis, Regulamentos, Princípios) que


dará identidade ao Sistema Jurídico da Administração

- O regime jurídico administrativo tipificam o D. Administrativo


colocando a administração Pública numa posição
privilegiada, vertical na relação jurídico-administrativa

- PRERROGATIVAS
E
- SUJEIÇÕES
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
- Tem por finalidade proteger o INTERESSE DA COLETIVIDADE
- PRERROGATIVAS (poderes especiais)
- SUJEIÇÕES (limitações, restrições)

- Ao Mesmo tempo em que as prerrogativas


colocam a Administração em posição de
Supremacia perante o particular, sempre o
objetivo de atingir o benefício da coletividade,
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
- Tem por finalidade proteger o INTERESSE DA COLETIVIDADE
- PRERROGATIVAS (poderes especiais)
- SUJEIÇÕES (limitações, restrições)

- As restrições a que está sujeito limitam a sua


atividade a determinados fins e princípios que,
se não observados, implicam em desvio de poder
e consequente nulidade dos atos da
Administração
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO

- Base de sustentação do

REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO


1 - PRINCÍPIO DA 2 - PRINCÍPIO DA
SUPREMACIA DO INDISPONIBILIDADE
INTERESSE PÚBLICO DO INTERESSE
SOBRE O PARTICULAR PÚBLICO
São dois PRINCÍPIOS
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
São também denominados de: Supraprincípios do Direito
Administrativo

Os supraprincípios são aqueles considerados centrais,


dos quais decorrem todos os demais.

1 - PRINCÍPIO DA
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
SOBRE O PARTICULAR

2 - PRINCÍPIO DA
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE
PÚBLICO
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
PRINCÍPIO DA
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR

Significa que os interesses da coletividade são mais


importantes que o os interesses individuais, portanto, a
Administração Pública tem poderes especiais, não
conferidos aos particulares.

Administração Pública está em uma posição de


superioridade em relação aos particulares
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
PRINCÍPIO DA
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR

INTERESSE PRIMÁRIO - prevalência deve ser em prol da


Coletividade, da população em geral.

INTERESSE SECUNDÁRIO - é do próprio Estado, das próprias


pessoas jurídicas que compõem a administração

Ex: $$$ Tributo com arrecadação máxima para mostrar serviço


à população, tributação elevada causa problemas até mesmo
para a economia (vantagem apenas do ente estatal e não da
Coletividade) $$$
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
PRINCÍPIO DA
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR
EXEMPLO:
- Concurso Público para selecionar os Agentes e servidores dos
entes

- Desapropriação (retirada de imóvel para construção de uma


rodovia que vá melhorar o trânsito de determinado local) -
Indenização, porém por ser um interesse geral, não tem como
resistir.

- Licença para construir - Alvará


- Licença para dirigir - Carteira de Habilitação

- VISTORIA ?
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
PRINCÍPIO DA
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR

EXEMPLO:

- Nos Contratos a administração poderá operar:


ACRÉSCIMOS ou SUPRESSÕES de até 25% do
valor ou da quantidade

*EXORBITAM o cômodo dos contratos

*FAVORECEM o interesse público


REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
PRINCÍPIO DA
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO

Prevê que os agentes públicos não são os donos do


interesse por eles defendidos, de forma que não podem
dispor desses interesses.

- Como vimos, no regime absolutista o patrimônio público


era tido como do REI, e com o surgimento da Constituição
e no Princípio da legalidade para não usurpar os direito,
por se sujeitar à Lei.
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
PRINCÍPIO DA
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO

Proteção dos Direito individuais


Proteção do Patrimônio Público

Os agentes, no exercício da função administrativa, estão


obrigados a atuar conforme o determinado em lei e não de
acordo com a vontade própria.

Decorre desse princípio a vedação de que o agente


público renuncie aos poderes que lhe foram legalmente
conferidos.
PRINCÍPIOS
REGRAS X PRINCÍPIOS
REGRA (NORMA):
- Determinar que se FAÇA ou que NÃO FAÇA.
Comando específico e Objetivo

Exemplo:
A) Obrigatoriedade de voto para cidadãos acima de 18 anos (FAZER)
b) Não ultrapassar o limite de velocidade ou Não realizar
ultrapassagem (NÃO FAZER)
PRINCÍPIOS
PRINCÍPIOS: REGRAS X PRINCÍPIOS
- Fator de ponderação, comandos gerais, ajudam na
interpretação da norma jurídica, SUBJETIVO.

Exemplo:
Princípios da RAZOABILIDADE e PROPORCIONALIDADE
(Vedação a excessos)
PRINCÍPIOS
REGRAS X PRINCÍPIOS
Normas em conflito, vai para a interpretação do tudo ou nada.
X
PRINCÍPIOS
REGRAS X PRINCÍPIOS
Princípios em conflito, se realiza o juízo de Ponderação.

Exemplo:
Conflito entre:
P. da Legalidade X P. Da Razoabilidade
PRINCÍPIOS
Também chamados de "POSTULADOS BÁSICOS"

Expressos (Explícitos): São Institutos presentes na


constituição de 1988 ou em algum outro ato normativo
oque recebe um NOME.

Ex. Princípio da Ampla Defesa, Princípio do Contraditório.


PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

Art.37. A administração pública direta e indireta de


qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
LIMPE:
- LEGALIDADE
- IMPESSOALIDADE
- MORALIDADE
- PUBLICIDADE
- EFICIÊNCIA
PRINCÍPIOS
Art.37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
PRINCÍPIOS
Art.37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- LEGALIDADE:

- A administração pública só pode agir quando houver


lei que determine ou autorize sua atuação. Assim, a
eficácia da atividade da administração pública está
condicionada ao que a lei permite ou determina.

- Para o os particulares: significa que “podem fazer tudo


o que a lei não proíba”;

- Para a administração pública: significa que o


administrador “só pode fazer o que a lei autorize ou
determine”.
PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- LEGALIDADE:

- Esse princípio é o que melhor caracteriza o Estado de


Direito, pois o administrador público não pode agir de
acordo com sua própria vontade e sim de acordo com
o interesse do povo, titular do poder.

- Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo,


através de seus representantes, pressupõe-se que estão
de acordo com o interesse público.
PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- IMPESSOALIDADE:

- O administrador público deve ser impessoal, tendo


sempre como finalidade a satisfação do interesse
público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si
ou determinada pessoa.

- Esse princípio é visto sob dois aspectos:


PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- IMPESSOALIDADE:

- A) como determinante da finalidade de toda atuação


administrativa - inevitavelmente, determinados atos
podem ter por consequencia benefícios ou prejuízos
a alguém, porém, a atuação do administrador deve
visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser
considerado nulo por desvio de finalidade;
PRINCÍPIOS

Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- IMPESSOALIDADE:

- B) como vedação a que o agente público valha-se


das atividades desenvolvidas pela administração
para obter benefício ou promoção pessoal - é
vedado a promoção pessoal do agente público pela
sua atuação como administrador.
LICITAÇÃO
CONCURSO PÚBLICO
PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- MORALIDADE:

- A moral administrativa está ligada à ideia de ética,


probidade e de boa-fé. Não basta que a atuação do
administrador público seja legal, precisa ser moral
também, já que nem tudo que é legal é honesto.

- Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou


inconveniente, é considerado nulo.
EXEMPLO
PRINCÍPIOS
"Súmula Vinculante n.13" – "A nomeação de cônjuge,
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma ….. viola a
Constituição.” NEPOTISMO
PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- PUBLICIDADE:
- Esse princípio é tratado sob dois prismas:

- A) exigência de publicação em órgão oficial como


requisito de eficácia dos atos administrativos gerais
que devam produzir efeitos externos ou onerem o
patrimônio público - enquanto não for publicado, o ato
não pode produzir efeitos.
PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- PUBLICIDADE:

- B)exigência de transparência da atuação


administrativa - finalidade de possibilitar, de forma
mais ampla possível, controle da administração
pública pelo povo.

- Não é absoluto, pois é preciso preservar direitos à


privacidade, intimidade, segurança nacional (sigilo)
PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- EFICIÊNCIA:

- princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37


através da EC 19/1998. Visa a atingir os objetivos de
boa prestação dos serviços, de modo mais simples,
rápido e econômico, melhorando a relação custo/
benefício da atividade da administração pública com
intuito de se obter melhores RESULTADOS .

- O administrador deve ter planejamento, procurando a


melhor solução para atingir a finalidade e interesse
público do ato.
PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- EFICIÊNCIA:

- Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já


que não é possível afastar os outros princípios da
administração sob o argumento de dar maior eficiência
ao ato. Por exemplo, não se pode afastar as etapas
legais (princípio da legalidade) de um procedimento
licitatório a fim de ter maior eficiência.

- CF, Art. 41, § 1º O servidor público estável só perderá o


cargo: (...) III - mediante procedimento de avaliação
periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- *EFICÁCIA: Chegar ao objetivo, ter término da atividade


da administração pública ser concretizada,
independente dos gastos e objetivos utilizados, não se
preocupou com os meios para se chegar a finalidade.
PRINCÍPIOS
Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- *EFETIVIDADE: Capacidade de medir seu desempenho, por


meio gráficos, tabelas, relatórios, ferramentas de
tecnologia. Possuir dados, consistência na Gestão.

- Demonstra em vez de falar.


- Se foi eficiente, Por que foi eficiente?
- Se foi eficaz, Por que foi eficaz?
- Se não foi nenhum dos dois, Porque não foi ?

Ex. Gráficos da Central de Licitações e Contratos-CLC/PGE


PRINCÍPIOS

Princípios Constitucionais Básicos Explícitos

- EFICIÊNCIA: Melhores resultados, preocupando com


planejamento e com os meios da atividade para
satisfazer a finalidade com o menor custo.

Ex. Processos Licitatórios conjuntos.


QUESTÃO
Considere as seguintes afirmações a respeito dos princípios
constitucionais da Administração pública:

I. Viola o princípio da ........ o ato administrativo incompatível com


padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.
II. Atende ao princípio da ........ o agente público que exerce suas
atribuições do melhor modo possível, para lograr os melhores
resultados para o serviço público.
III. Viola o princípio da ........ o ato administrativo praticado com vistas a
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas.

Os trechos acima transcritos tratam, respectivamente, dos princípios da


a) I − moralidade, II − eficiência e III − impessoalidade.
b) I − moralidade, II − eficiência e III − razoabilidade
c) I − moralidade, II − razoabilidade e III − impessoalidade.
d) I − dignidade da pessoa humana, II − eficiência e III − igualdade.
e) I − dignidade da pessoa humana, II − razoabilidade e III − igualdade.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

Conceito:
- Conjunto de prerrogativas ou de
competências de direito público,
conferidas à Administração, com o
objetivo de permitir a aplicação da
supremacia do interesse público e
a realização do bem comum.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
Características:

- Exercício obrigatório

- Irrenunciáveis

- Condicionado aos limites legais


PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
Exercício obrigatório

- Exercício do poder não representa uma simples


faculdade para o administrador. Uma vez caracterizado
o interesse público, ele terá o dever de agir.

- A Administração, apesar das prerrogativas inerentes à


supremacia do interesse público, não tem a mesma
autonomia e liberdade que os particulares quando
exercitam os seus direitos, em razão da função pública
que exerce.

- Portanto, quem os titulariza, tem em suas mãos,


poderes-deveres de interesse alheio.
EXERCÍCIO OBRIGATÓRIO

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do DIREITO À VIDA, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

Irrenunciáveis:

- Em razão do princípio da indisponibilidade do


interresse público, os poderes da administração são
irrenunciáveis, vale dizer, não estão sob a livre-
disposição do administrador.

- A vedação para renúncia total ou parcial de poderes


está prevista expressamente no inciso II do art. 2o da
Lei no 9.784/99.
IRRENUNCIÁVEIS
Art. 2 da Lei 9784/99
II - atendimento a fins de interesse geral, VEDADA RENÚNCIA total
ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;

Art. 144…§ 5º CF/88 - Às polícias militares cabem a polícia


ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de
bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei,
incumbe a execução de atividades de DEFESA CIVIL.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

Condicionado aos limites legais:


- Relembrando o princípio da legalidade, o
administrador só pode fazer o que a lei autoriza e
determina. É necessário grifar que o exercício dos
poderes administrativos está condicionado aos limites
legais, inclusive quanto às regras de competência,
devendo o agente público ser responsabilizado pelos
abusos, sejam eles decorrentes das condutas
comissivas ou omissivas
CONDICIONADO AOS LIMITES LEGAIS:
EX.
- Uso e Abuso de Poder: Usar normalmente o poder é
uma prerrogativa, é empregá-lo segundo as normas
legais, a moral da instituição, a finalidade do ato e as
exigências do interesse público, devendo ser utilizado
sempre em benefício da coletividade administrativa.

- Abuso de poder é o fenômeno que se verifica sempre


que uma autoridade ou um agente público pratica um
ato, ultrapassando os limites das suas atribuições ou
competências, ou se desvia das finalidades
administrativas definidas pela lei.
CONDICIONADO AOS LIMITES LEGAIS:
EX.
- a) Excesso de Poder: quando a autoridade, embora
competente para praticar o ato, vai além do permitido
e exorbita no uso de suas faculdades administrativas,
ultrapassando os limites legais.

- b) Desvio de Poder ou desvio de finalidade: a


autoridade atua nos limites de sua competência,
entretanto com motivos ou com fins diversos dos
objetivados pela lei, caracterizando uma violação
ideológica, um vício subjetivo, dificilmente sendo
possível se comprovar a ilegalidade.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
São eles:
1. PODER VINCULADO
2. PODER DISCIRCIONÁRIO
3. PODER REGULAMENTAR
4. PODER DISCIPLINAR
5. PODER HIERÁRQUICO
6. PODER DE POLÍCIA
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

1. PODER VINCULADO

- É aquele em que o administrador


não tem liberdade de escolha;

- A Lei define uma única Ação Viável.


CBM NA CF/88

Art. 42…§ 1º Aplicam-se aos


militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios, além do
que vier a ser fixado em lei, as
disposições…

…sendo as patentes dos oficiais


conferidas pelos respectivos
governadores.
 
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

2. PODER DISCRICIONÁRIO

- O administrador também está subordinado à lei,


diferenciando-se do Vinculado, porque o agente tem
liberdade para atuar de acordo com um juízo de
conveniência e oportunidade, de tal forma que,
havendo duas alternativas, o administrador poderá
optar por uma delas, escolhendo a que, em seu
entendimento, preserve melhor o interesse público.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
2. PODER DISCRICIONÁRIO
- A prorrogação do prazo de validade de concurso público, prevista no art. 37, III,
da CF/1988, constitui ato discricionário da Administração, do que se conclui que o
candidato aprovado não possui direito subjetivo à prorrogação do certame.
Precedentes do STF.
-
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
3. PODER REGULAMENTAR

- É o poder conferido ao administrador, em regra, chefe do


Poder Executivo, para a edição de normas
complementares à lei, permitindo a sua fiel execução.

- O Poder Regulamentar
se expressa através
de: decretos, resoluções,
portarias, deliberações,
instruções e regimentos.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
3. PODER REGULAMENTAR

- Cmdt Geral, conceder ferias, homologar deslocamentos,


promoção dos praças, etc
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

4. PODER DISCIPLINAR

- É o poder conferido à Administração Pública lhe


permite punir e apenar a prática de infrações
funcionais dos servidores e de todos que estiverem
sujeitos à disciplina dos órgãos e serviços da
Administração, como é o caso daqueles que com
ela contratam, que estão na sua intimidade. (punir
empresas por descumprimento de obrigação
contratual).
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
4. PODER DISCIPLINAR

- Para a maioria da doutrina e a jurisprudência


entende que a Administração não tem liberdade de
escolha entre punir ou não. Uma vez tendo
conhecimento da infração, tem a obrigação de
instaurar o processo administrativo disciplinar.
Trata-se, portanto, de ato vinculado, sob pena de
praticar crime de condescendência criminosa (art.
320 do CP) e improbidade administrativa (art. 11, II,
da Lei no 8.429/92) pela conduta omissiva do
Administrador.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
4. PODER DISCIPLINAR
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
5. PODER HIERÁRQUICO
- É o poder conferido ao administrador a fim de distribuir e
escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e rever a atuação
de seus agentes, estabelecendo uma relação de hierarquia, de
subordinação
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

5. PODER HIERÁRQUICO

- Como resultado dessa estrutura hierarquizada, é


possível a identificação de algumas consequências,
como o dever de obediência em face dos comandos
emanados pelos superiores, as faculdades de dar
ordens e de fiscalizar, bem como as de delegar5 e
avocar as atribuições e de rever os atos dos que se
encontram em níveis inferiores da escala
hierárquica
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO

6. PODER DE POLÍCIA

- É um instrumento conferido ao
administrador que lhe permite
condicionar, restringir, frenar o
exercício de atividade, o uso e
gozo de bens e direitos pelos
particulares, em nome do
interesse da coletividade.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
6. PODER DE POLÍCIA

- Código Tributário Nacional, em seu art. 78, estabelece o


conceito de Poder de Polícia, definindo que

- “Considera-se poder de polícia atividade da


administração pública que, limitando ou disciplinando
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato
ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do poder público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e
aos direitos individuais ou coletivos”.
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
6. PODER DE POLÍCIA
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
6. PODER DE POLÍCIA
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
6. PODER DE POLÍCIA

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