Direitos Reais

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não basta o contato

Posse físico, o poder de fato


Corpus
+ sobre a coisa.
Animus
exercício dos poderes de Essencial ter a intenção
fato, efetivo e ostensivo Teorias da Subjetiva clássica de ter a coisa para si
sobre uma coisa (Savigny)
posse

Posse é poder fático de dispor Problema:


Art 1208 mesmo quando a posse é a) pessoas que se distanciam da coisa
adquirida de forma violenta ou materialmente da coisa com
intenção de tê-la para si deixam de ser possuidoras
clandestina não deixa de ser posse b) o animus retira a condição de possuidor
comodatários, locatários… (não podem
invocar tutela possessória)

Possuidor é aquele que não precisa ter a


Teoria Objetiva intenção de ter a
exerce poderes
(Ihering) coisa para si
inerentes à propriedade
CC/02 Fundamento da posse é defesa
da propriedade, somente é
possuidor qum age como Agir com
adotou a teoria objetiva proprietário aparência de dono
En 492, JDC:
da posse, mas incorporou
Posse constitui direito
teorias que a desvinculam
autônomo a propriedade
da propriedade

Certa tensão entre a teoria


Posse é elemento autônomo em
adotada pelo código e a
relação a propriedade
concepção social da posse
Teoria Subjetiva:
Posse é fato na origem e direito
na consequência
Natureza jurídica
da posse
Teoria Objetiva:
Posse é um direito com objetivo
de tutela da propriedade

En 308, IV JDC
Requisitos: §4º
possuidores de baixa renda;
desapropriação é realizada pelo poder
● A justa indenização
público, que participará do processo que
1228, §§4º e 5º Desapropriação Judicial levará ao pagamento de indenização
Sacrifício da propriedade sem
função social Bens Públicos En 304

O proprietário perderá a Desapropriação judicial e


propriedade para possuidores Usucapião coletiva
que exerçam poder de fato
conferindo função social a
coisa.
Art 1197, CC Teoria objetiva da posse
Objeto da Posse não precisa ter contato físico
A coisa corpórea e material Desdobramento da posse com a coisa para o corpus

Possuidor, com base em uma


Pressupostos da posse indireta
relação jurídica transfere o
poder de fato sobre a coisa a) coisa na posse de outrem;
para outrem. b) relação jurídica entre os dois
possuidores

Possuidor indireto ainda Possuidor x Possuidor


Não pressupõe que o possuidor reserva para si alguns direto indireto Ambas as posses são tuteladas, cada
indireto seja proprietário poderes sobre a coisa possuidor pode defendê-la de forma
autônoma e independente por meio
de interditos possessórios

poder sobre a coisa


é temporário e defesa da posse contra
limitado perturbação, esbulho, moléstia
ou ameaça

fim da relação jurídica: Vício de precariedade:


possuidor direto tem violação do dever de restituição nos
que restituir a coisa casos de desdobramento da posse
para possuidor indireto
não há identificação da Fâmulo da posse:
1199, CC
parcela de cada possuidor 1998 e 1208, CC exerce poderes sobre a coisa em nome de
outrem com relação de dependência e
Composse Detenção subordinação com o real possuidor
Se encerra com a divisão da
São posses simultâneas, Sujeito que mesmo ● Sempre age no interesse do possuidor
coisa ou posse exclusiva de um
exercidas por duas ou mais exercendo poderes sobre a ● Exemplo: Caseiro, age no interesse do
dos compossuidores
pessoas em relação a um bem coisa não será possuidor patrão

não depende de título de


propriedade
não tem legitimidade para usar
não se define a parcela de interditos possessórios
cada possuidor

O modo como se exerce os ato


possessório determinará se será
Detenção dependente Detenção desinteressada posse ou detenção

● A alteração do comportamento
relação a coisa pode converter a
Tolerância: possuidor detenção em posse
Permissão: autorização expressa Enquanto perdurar a violência
para uso da coisa de maneira sacrifica e limita a extensão e clandestinidade não haverá
temporária da posse para cooperar com posse, mas detenção Violência e clandestinidade
alguém que ocupa o espaço são vícios originários

precisa de autorização 187, CC


cessada a violência e
expressa do possuidor Decorre de consentimento Omissão o inércia prolongada:
clandestinidade a detenção Pode haver supressão do direito
tácito
se converte em posse injusta do possuidor de proclamar a
posse e o detentor surge direito
supressão de uso a qualquer elevado à condição de posse
instante pelo real possuidor
Depende da existência de
Vícios (1200, C)
Justa x Injusta
relacionados à aquisição Violência:
Classificação da Posse material Aquisição por força
● Justa:
física, moral ou ameaça
não for adquirida de maneira
Importante para os efeitos violenta, clandestina ou precária
jurídicos da posse Somente ocorrerá posse
● Injusta:: quando a clandestinidade cesar Conduta do sujeito com
Ostenta qualquer dos vícios (Art 1208 possuir tem potencial para intimidar e
objetivos condições de tomar ciência) afetar a posse da vítima

Art 1198 Clandestina:


o possuidor não consegue
Adquirida de forma oculta,
perceber os atos de
sem que o possuidor
esbulho e turbação
perceba a ocupação

Esbulho: Turbação: Precária:


Perda total da posse esbulho parcial, ou seja, é a perda A posse que era justa se torna
de alguns poderes sobre a coisa injusta com a recusa da restituição -
nasce da posse direta

Convalescimento Possuidor injusto não tem tutela


Mudança do caráter da posse: possessória contra possuidor
ocorre do comportamento do justo
possuidor em relação à coisa com
função social + Omissão do que foi Os vícios são temporários e
vítima de violência relativos a vítima dos atos ilícitos
(não alcança terceiros).
1201, CC Só mantém esse caráter
Boa-fé x Má-fé 1202 + citação é o
até o possuidor de boa-fé
marco mais seguro
tomar ciência do vício
Classificação da Posse ● Boa-fé:
Adquire a posse sem ter
ciência do vício objetivo

● Má-fé

Ad Interdicta x Ad Usucapionem

● Ad Interdicta:
Pode invocar os interditos
possessórios (é possuidor justo)

● Ad Usucapionem:
Pode levar a usucapião (viabiliza
a aquisição da propriedade)

1204 e 1205, CC
Modos de aquisição da posse

1223 CC
Perda da posse
● Quando cessar o exercício dos
poderes de fato inerentes à
propriedade:
1204, CC
Vício de violência e Aquele que possuía em nome
Posse originária e Posse derivada clandestinidade são
Constituto Possessório próprio passa a possuir em
originários nome alheio
Aquele que transmite a posse
Aquisição originária:
mantém poder material sobre
Ausência de relação jurídica com Posse pela posse: se dá
a coisa, como detentor ou
antigo possuidor ou proprietário pela apreensão
possuidor indireto
(ausência de transmissão)

Posse natural A vende casa para B

Aquisição derivada:
Poderes possessórios são
Decorre de uma relação jurídica
subordinados e depende de
precedente, da posse anterior
relação jurídica material B permite que A fica
transmitida. A será detentora
na casa 10 dias
Pode ser decorrente de:
● desdobramento da posse: contrato
de locação, comodato…
● sem desdobramento: doação,
alienação…

Posse Civil

Vícios originários
contaminam a posse
Exercício dos Poderes de fato por Presunção dos móveis na
ato próprio ou por terceiro posse de imóvel
1209, CC
1205, I, CC: Em regra, a posse é Requisito:
Princípio da gravitação jurídica
adquirida pessoalmente, mas pode ● Concorrência das duas vontades
(acessórios seguem o principal)
ser por outrem ou representante (representante e representado)

Transmissão da Posse e Somente os móveis acessórios


não ostentam autonomia,
Ato de vontade não altera o tem relação de
Acessão da Posse caráter da posse estão inclusos no artigo 1209
dependência com a coisa
1206 e 1207, CC

Sucessão causa mortis:


Princípio da continuidade dos
a posse transmite-se com as
caracteres da posse
mesmas características

Acessão da Posse:
a) Sucessão: sucessor universal adquire a
posse por herança
b) União: o sucessor singular não está
obrigado a unir sua posse com a do
antecessor
● os vícios objetivos contaminam a
posse.
Efeitos da Posse Principais efeitos
1210 a 1222
Autotutela e invocação dos
1) Proteção possessória
interditos possessórios
Possuidor justo:
Pode invocar tutela 2) Percepção de frutos
possessória

3) Indenização por benfeitorias

4) Responsabilidade civil pela


perda ou deterioração da coisa

5) Presunção de propriedade

6) Direito de retenção

7) Usucapião
Só pode ser invocada desde que não
Efeitos da Posse Proteção possessória
seja contra aquele que de quem se
1210 a 1222 adquiriu a posse com vícios objetivos

Em caso de turbação, esbulho ou


ameaça possuidor tem direito de Autotutela:
ser mantido na posse pelas ações Tem que preencher os requisitos do 1210 §1º
possessórias - Legítima defesa (turbação)
- Desforço imediato - restituição
(esbulho)

Requisitos:
Terceiro de boa-fé é o possuidor:
1) Imediatismo
Não se pode ingressar com ação
2) Proporcionalidade entre agressão reação: não
possessória - só dá para ajuizar
pode ir além do necessário)
ação reivindicatória

1 ano e 1 dia Ação de força nova:


Interditos possessórios Posse Nova x Posse velha
terá direito a mandado liminar
554, CPC desde cumpridos os requisitos do
558, CPC
Reintegração de posse: 562, CPC
Caso de esbulho, pois busca-se a Ultrapassado o prazo legal, o possuidor
Características da Ações: recuperação da coisa perdida terá que seguir o rito ordinário
1) Fungibilidade: juiz pode adaptar
a causa de pedir ao pedido mais Manutenção de posse:
Questão da melhor posse
adequado Caso de turbação, pois não há perda
1210, §2º 1211, CC
2) Cumulação de pedidos da posse, mas embaraço e incômodo
Não é possível discussão de - A melhor posse é do possuidor que lhe
3) Caráter dúplice: o réu também no exercício
propriedade em ação possessória confere a posse a função social
pode fazer pedidos contra o
Interdito proibitório: (normalmente, o que estiver na coisa)
autor da ação
Caso de ameaça, risco concreto de
violação a posse
Efeitos da Posse Percepção de frutos 1214, CC: Possuidor de boa-fé tem
1210 a 1222 Enquanto durar a boa-fé
direito aos frutos percebidos
●Possuidor tem direito a percepção
dos frutos originários da coisa. Frutos pendentes São os frutos separados
(pertencem a coisa da coisa principal
●Os vícios subjetivos determinará
principal) e colhidos
quais frutos o possuidor tem
antecipadamente
direito

1216, CC: Possuidor de má-fé responde


(indenização) por todos os frutos colhidos,
percebidos e que deixou de perceber

1219 possuidor de boa-fé:


Benfeitorias tem direito à indenização por
96 e 97, CC benfeitorias necessárias e úteis e
de levantar as voluptuárias
● Benfeitorias necessárias:
conservar o bem ou evitar que se
1220 possuidor de má-fé:
deteriora
tem direito à indenização por
● Benfeitorias úteis: aumentam ou
benfeitorias necessárias
facilitam o uso do bem
● Benfeitorias voluptuárias: Direito de retenção
tornam o bem mais confortável 1219 e 1220
ou agradável 1221 As benfeitorias
compensam-se com os danos.
Possuidor de má-fé embora tenha
Só obriga ressarcimento direito de ser indenizado pelas
se ainda existirem no benfeitorias necessárias não tem o
momento da evicção direito de retenção do valor delas.
Efeitos da Posse Responsabilidade civil
1210 a 1222 por perdas e danos

● 1217 Possuidor de boa-fé não


responde pela perda ou
deterioração da coisa a que não
deu causa 1218, CC Exceção:
Prova de que a perda ou
● Possuidor de má-fé responde pela dano teria ocorrido
perda e deterioração independentemente de
sua posse

Usucapião
● Essencial que haja a
posse ad usucapionem
● Precisa ser mansa,
pacífica,ininterrupta e
com ânimo de dono
Perda da Posse Causas da perda da posse:

1223, CC: se dá quando cessam os ● Abandono da coisa: também é causa de perda


poderes de fato sobre a coisa, ainda propriedade (1275, III, CC)
que contra a vontade do possuidor ● Tradição: transferência da posse
● Perda ou destruição da coisa: perecimento da
coisa implica a extinção dela
● Constituto possessório: espécie de transmissão e
aquisição da posse, o sujeito passa a condição de
mero detentor. Se houvesse anuência não
● Posse de outrem: privação dos poderes de fato seria posse de outrem, mas
sobre a coisa contra a vontade do possuidor desdobramento da posse

1224, CC: Enquanto a ocupação clandestina for


desconhecida pelo legítimo possuidor o autor do
esbulho será mero detentor

Enquanto o legítimo possuidor não


toma conhecimento do esbulho
É poder-dever:
Teoria da Propriedade A função social confere
legitimidade a propriedade
Propriedade 1225, CC: é um direito real subjetivo

1228, CC Proprietário tem a faculdade


Proprietário pode não trazer consigo todos
de usar, gozar, dispor da coisa e
os poderes inerentes à propriedade (pode
reivindicá-la contra quem a possua
transferir parcela deles para outrem)
injustamente

Se todas as faculdades estiverem


concentradas na pessoa do proprietário,
a propriedade será plena (alodial)

(Do contrário, limitada)

Permite exploração econômica da


É colocar a coisa a serviço Direito de Gozar coisa, mediante retirada e
Direito de Usar
do titular da propriedade percepção de frutos e produtos
1232, CC

Encontra-se limitado pelos Poder de alterar a substância,


interesses da coletividade Direito de Dispor alienar, doar e destruir a
e da finalidade social e propriedade
econômica

Frutos naturais: Direito de Recuperar os poderes dominiais


Incorporados ao
Se renovam pela força da natureza, Reivindicar do possuidor injusto
direito de uso
independe da atividade humana

Por meio de ação petitória


Propriedade e teoria dos atos emulativos
(Abuso de direito)
Se o proprietário agir em
desconformidade com a função
1228, §2 O abuso de direito depende da social haverá abuso
presença da intenção de prejudicar outrem

187, CC confere a propriedade


fim econômico e social -
condiciona o exercício
Teoria dos atos emulativos
atos que não tragam
comodidade, utilidade e
tenham intenção de
prejudicar outrem (dolo)
Todas as faculdades inerentes ao
Atributos da propriedade Plena direito concentradas na figura do
1231, CC proprietário

Impede o exercício de poderes (domínio)


Exclusiva
de mais de uma pessoa ao mesmo tempo

Perpetuidade - Concepção clássica: propriedade não se


extingue pelo não uso
- Concepção moderna: propriedade
ostenta poderes e deveres sociais -
função social

Elasticidade O domínio pleno pode sofrer


Proprietário não ostentará
cisão em favor de outras pessoas
mais a plenitude de poderes
(se tornará limitada)
Limites do direito de Restrições verticais subsolo e espaço aéreo Limitada pela utilidade e interesse:
propriedade O limite é o exercício dos poderes de
1229 a 1230, CC sorte a trazer alguma utilidade efetiva

Legais: decorrentes de
Limitações das faculdades Art 20, CF + 1230, CC
imposições do
jurídicas do proprietário Proprietário só pode explorar
ordenamento jurídico
riquezas do subsolo na
Interesse público qualidade de concessionário
sacrifica os interesses
do proprietário
Restrições voluntárias:
decorrem de ato de vontade,
proprietário impõe limitações a
faculdade de dispor da coisa

Acessórios da Proprietário tem direito de extrair Presunção de que os acessórios


Propriedade todas as utilidade da coisa pertencem ao proprietário
1232, CC
Os frutos podem pertencer a outrem:
- Negócio jurídico (usufruto 1394,CC)
- Possuidor de boa-fé (1214, CC)
Da descoberta Descobridor: Descoberta de coisa
1233, CC Aquele que acha coisa alheia. abandonada ou sem dono
Tem dever jurídico de restituição ao 1263, CC:
legítimo possuidor Podem ser ocupadas ou
adquiridas por usucapião

Basta que a pessoa ache a coisa alheia


que nasce o dever de restituir.

Direito de recompensa recompensa + indenização pelas despesas


1234, CC com a conservação e transporte da coisa
Dever jurídico imposto ao
dono da coisa perdida Pode substituir o dever pelo
simples abandono da coisa

Responsabilidade do Só responde por prejuízos se


descobridor proceder com dolo
Condomínio Conceito: Cada um dos condôminos é indivisa, não pode ser repartida
Exercício de poderes de domínio por tem uma cota ou fração materialmente sem alteração da
mais de um dono, simultaneamente. ideal da coisa substância ou prejuízo do conjunto

A mesma coisa pertence a


mais de um dono

Origem Voluntário ou convencional: Condomínio pode ser


Decorre de um negócio jurídico extinto a qualquer tempo

Legal ou necessário: é inevitável a constituição do Existe enquanto


Imposto por Lei estado de indivisão sobre o bem permanecer a causa que
1264, CC deu ensejo

Sucessão hereditária: vários


Causa e motivos completamente
incidental ou eventual herdeiros recebem uma fração
estranho à vontade dos sujeitos
ideal até a partilha

Pro indiviso: Divisão


Forma Não é possível determinar a quantitativa é ideal
fração ideal de cada condômino

Pro diviso: Divisão quantitativa


Possível determinar e individualizar é fração real
o direito de cada condômino
Teoria individualista Teoria mais adotada
Condomínio Natureza jurídica:
Divisão das parcelas de cada
condômino em frações ideais

Teoria coletivista
Existe apenas um direito, a
propriedade é coletiva e
pertence a todos em conjunto

Está condicionado ao
Conteúdo do condomínio e interesse da coletividade
Comunhão de interesses
1314, CC
Como cada condômino tem uma porção
abstrata da coisa, cada um pode usar da O direito de uso não pode:
coisa conforme sua destinação e exercer 1) ser abusivo,
os direitos compatíveis com a indivisão 2) alijar o direito dos demais
3) alterar a destinação da coisa

Defesa da propriedade em qualquer condômino pode fazê-lo em


relação a terceiros razão da compropriedade

Contra outro condômino: só


é cabível tutela possessória

Alienação da fração ideal Na pro diviso cada condômino tem


504, CC função real, é possível alienar a coisa
sem dar preferência em favor dos
Direito de preferência: demais condôminos.
Antes de vender sua parte deve ver
se outro condómino quer adquirí-la
Exercício do condomínio:
Rateio de impostos, despesas,
Direitos e Obrigações cotas condominiais… 1316, CC
1315, CC Renúncia da parte ideal como
forma de eximir-se do
Contribuir com as despesas Todos participam do rateio das pagamento das despesas
de conservação despesas, incluindo o que adquire os
(natureza propter rem) débitos do alienante 1275, II, CC
Também é modo de perda
A proporcionalidade das frações que da propriedade individual
determinará a extensão da responsabilidade
de cada condômino

1319, CC
Frutos percebidos: A exploração econômica deverá
Cada condômino responde aos ser dividida na proporção da
outros pelo fruto que percebeu fração de cada condômino
da coisa e pelo dano que causou

Respeitar a finalidade do bem


● Não pode mudar a destinação sem
o consentimento dos demais
● Não pode dar sua posse a
terceiros sem o consentimento
Extinção do Condomínio Administração do
os atos do administrador vinculam
Voluntário condomínio e obrigam todos os consortes
1320, CC 1323 a 1326, CC
Por natureza é temporário, o
condomínio pode exigir a divisão Haverá a extinção
da coisa a qualquer tempo do condomínio
1324, CC caso o condomínio não escolha 1326, CC:
administrador, presume-se como tal A regra da repartição do fruto
1322, CC aquele que administrar sem oposição admite flexibilização caso decidam
Alienação judicial somente quando a dos outros (consentimento tácito) e haja cláusula expressa
coisa for indivisível por natureza

Condomínio Necessário Pode ser de casas,


1327 a 1330, CC Condomínio Edilício lotes ou apartamentos
1327 a 1330, CC
Não se sujeita às regras do Se mantém enquanto durarem as As partes comuns não
É a simbiose entre a propriedade
condomínio voluntário causas legais de sua justificação admitem separação
coletiva e a propriedade individual
1327, CC Tem que haver pluralidade de sujeitos
● Meação é a divisão ideal do bem
Muros, cercas paredes… tem por
objeto harmonizar interesses de
proprietários vizinhos Natureza jurídica

1329, CC
Preço estipulado por perito em
caso de não acordo do preço

1330, CC
Enquanto não pagar, não pode
fazer uso do condomínio
Pode ser de casas,
Condomínio Edilício lotes ou apartamentos
1327 a 1330, CC
As partes comuns não
É a simbiose entre a propriedade admitem separação
coletiva e a propriedade individual
Tem que haver
pluralidade de sujeitos

Corrente individualista Parte ideal:


Natureza jurídica A coisa é idealmente dividida, cada fração da coisa indivisa
condômino tem propriedade sobre de cada condômino
Possui capacidade jurídica: pode uma parte abstrata
contratar, contribuir e ser parte
Pode aliená-la a título
Corrente coletivista oneroso ou gratuito
A coisa é coletiva, a
coisa é comum a todos

é obrigação propter rem, adere a


Elementos constitutivos Não observância das matérias coisa, e é obrigação de todos os
obrigatórias gera nulidade! condôminos
a) Ato de criação 1332, CC
inadimplemento:
● Inter vivos: escritura pública
pode ser cortado do serviço
● causa mortis: admite-se ★ Taxas
que não for essencial
testamento particular

b) Convenção 1333 e 1334, CC c) Regimento interno Proporcional a fração de


● É a constituição interna do ● Tem natureza complementar cada condômino
condomínio
● Vincula condôminos e terceiros
Condomínio Edilício Usar das partes comuns sem Extinção Enquanto o prédio existir terá caráter
1335, CC excluir a utilização dos coletivo (inextinguível)
Direitos e deveres dos demais compossuidores
condôminos
Votar e participar das
deliberações em assembléias
(tem que ter pago sua cota condominial)

- Obedecer a convenção e regimento interno


- Contribuir com as despesas condominiais
- Não realizar obras que comprometam a segurança
- Usar unidade ou área comum prejudicando sossego etc.
- Dívidas antigas do condomínio são de responsabilidade
do atual dono (se vinculam a coisa e não a pessoa)

Sanções punitivas
1336, S2 e 1337, CC
Caso do condômino antissocial:
Insistindo no comportamento, é
possível sua exclusão do condomínio
(sem haver perda da propriedade)

Representação do condomínio
em juízo e fora dele
Administração
Exercida pelo síndico

Assembléia 1349, CC:


Destituição do síndico tem que ser motivad,
baseada na prática de irregularidades
Multipropriedade
Posse ou o direito simultâneo, por
Muitos proprietários, é um duas ou mais pessoas, sobre um
condomínio mesmo objeto

O objeto é sempre bem Os condôminos exercerão de forma exclusiva e


imóvel e indivisível sucessiva poderes de fato sobre a coisa no
período de tempo pactuado
(periódico e exclusivo)

Pode ser constituído por ato


inter vivos ou testamento

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