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Natal sob o céu estrelado

Na casa de minha avó, faltavam recursos para comprar presentes, mas ela
compensava com criatividade.

Havia céu, gramado verde e vaga-lumes ao entardecer. E essa era a hora mais bonita:
depois dos folguedos do dia, das bolachas e cucas no forno à lenha. Chegava a hora
de reunir as crianças, que vinham correndo de todas as direções; saíam dos porões,
do galinheiro; desciam das árvores ou do colo de alguém.  

Então vinha vovó, com seu cesto repleto de balas! Ela se colocava no centro do
gramado, enchia suas mãos e lançava as balas à distância. 

Neste momento, não havia diferença de idade: todo mundo corria para procurar balas.
Que festa, com gritos e risadas! Ficávamos um bom tempo nessa algazarra e correria,
enquanto houvesse balas no cesto. 

Depois, era hora de compartilhar com quem pegou menos. Afinal, todo mundo
entendia que o maior presente era aquela brincadeira toda! 

Simples, com calor, com estrelas e com cara de Brasil, assim lembro do Natal sob o
céu estrelado!

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