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Apostila Nutrição Comportamental
Apostila Nutrição Comportamental
Alimentar na Prática
A Nutrição com abordagem comportamental é uma proposta que tem como objetivo alterar o
foco da Nutrição. A Nutrição com abordagem tradicional vem sendo baseada no formato
prescrito e focada principalmente no alimento, nas suas características, como por exemplo,
quantidade de calorias, gordura, nível de processamento, presença de nutrientes “a serem
evitados” como glúten e lactose, e no consequente efeito do alimento no organismo. A
Nutrição com abordagem tradicional dá grande ênfase à perda de peso e às dietas restritas. Já
a abordagem comportamental visa ampliar o olhar sobre a relação do indivíduo com o
alimento, considerando as características individuais como traços de personalidade,
preocupação excessiva com a alimentação e com o corpo, culpa intensa ao comer um alimento
considerado “proibido”, emoções que levam o indivíduo a comer como ansiedade, estresse,
tristeza, tédio, etc. Consideram também os gatilhos externos que levam o indivíduo a comer
como a presença de alimentos, principalmente os palatáveis, o ambiente e a ocasião em que o
indivíduo se encontra, assim como a companhia em que está.
A abordagem comportamental embasa sua prática com ensinamentos de outras áreas como a
psicologia, a psiquiatria, a neurologia, a antropologia, a sociologia, a filosofia, etc.
São exemplos de comportamento: falar, andar, comer e dirigir. Também são exemplos: sentir
uma emoção ou ter um determinado pensamento. Os quatro primeiros exemplos são
considerados comportamentos públicos ou manifestos, ou seja, visíveis, que podem ser
percebidos por um observador. Sentir e pensar são exemplos de comportamentos encobertos,
privados ou internos. São considerados assim, pois não podem ser prontamente observados
por outras pessoas, somente pelo indivíduo que os vivencia. Tanto comportamentos públicos
quanto privados podem ser alterados através das técnicas de modificação de comportamento.
Segundo Carvalho Neto e Mayer (2), “o comportamento operante é definido como aquele que
é afetado pelas suas consequências.” Por exemplo, uma criança chora no supermercado, pois
quer ganhar um chocolate. A criança ganha o chocolate da mãe e para de chorar. O
comportamento de “chorar para ganhar algo que deseja” aumentará nas próximas situações
semelhantes, pois sua consequência (ganhar o chocolate) afetou o comportamento, ou seja,
reforçou o comportamento de chorar.
Em algumas situações, emoções também são respostas reflexas a estímulos ambientais (3).
De acordo com Moreira e Medeiros (3), estímulo é uma parte ou mudança em uma parte do
ambiente, resposta é uma mudança no organismo.
Em uma análise funcional, causa é o evento que permite uma intervenção bem sucedida (4).
Segundo Martin e Pear(1), “toda vez que fazemos alguma coisa, não importa o quê, há
consequências que nos ‘animam’ ou que nos ‘desanimam’ ou que não nos afetam de nenhuma
forma”.
Comportamentos operantes são, por natureza, mutáveis, quando “seguidos por reforçadores,
são fortalecidos, seguidos por eventos punitivos, são enfraquecidos.”(1).
O reforço pode ser positivo, quando adiciona uma sensação agradável, por exemplo, a criança
come uma bala, pois realizou a tarefa. Neste exemplo, o sabor da bala é uma consequência
positiva do comportamento. O reforço pode também ser negativo, quando uma sensação
desagradável ou aversiva é eliminada, por exemplo, o indivíduo come e a sensação
desagradável de fome desaparece.
Comportamento Alimentar
Segundo Alvarenga (7), “o comportamento alimentar é considerado um conjunto de cognições
e afetos que regem as ações e condutas alimentares.” Além do que podemos observar sobre o
que comemos como, quando e com quem comemos, o comportamento alimentar envolve
aspectos socioculturais, psicológicos e culturais (8). Para os autores Quaioti e Almeida (9), “O
comportamento alimentar humano reflete interações entre o estado fisiológico, o estado
psicológico e as condições ambientais de um dado indivíduo.”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como um estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade (10). O
Fatores inatos
São considerados fatores inatos a preferência pelo sabor doce e salgado e a rejeição ao sabor
azedo e amargo (9). A preferência pelo sabor doce pode ser compreendida pelo fato de
alimentos mais adocicados serem na natureza fonte de maior energia. Esta preferência é um
mecanismo de sobrevivência, pois motiva o indivíduo a consumir o alimento adocicado e ter
assim mais calorias para a sua sobrevivência num ambiente com escassez de alimentos, como
nos tempos remotos. Além disso, o leite materno também tem sabor adocicado, assim, esta
preferência inata garante que o bebe recém-nascido se interesse pelo sabor do leite materno
sem precisar passar por um processo de aprendizagem.
Segundo Quaiti e Almeida (9), esta preferência pelo sabor doce nos dias de hoje pode até ser
perigosa, devido a grande oferta de alimentos doces na vida moderna, principalmente quando
pensamos em alimentos ultra processados. O consumo de fórmulas infantis, no lugar do leite
materno, pode acentuar esta preferência pelo demasiado doce e salgado (16). Embora esta
preferência pelo sabor doce seja inata, sua consolidação depende da exposição, ou seja, do
consumo repetido de alimentos doces na primeira infância. Por esta razão, a recomendação do
Ministério da Saúde é ofertar açúcar para as crianças apenas após os dois anos de idade (17).
A rejeição pelos sabores amargo e azedo está ligada ao fato destes sabores representarem
alimentos impróprios para o consumo humano, por estarem estragados ou por apresentarem
alguma toxina não tolerada pelo homem.
Devido a estas preferências inatas, no início da vida, os bebês normalmente respondem com
expressão facial positiva ao sabor doce e com expressão facial negativa aos sabores azedo e
amargo (9). A partir destas expressões, os pais tendem a interpretar as preferências
alimentares do bebê.
Também é inato ao ser humano rejeitar novos sabores, mesmo que os mesmos não
apresentem características ligadas à toxicidade, a chamada neofobia. Segundo Viana e
colaboradores (16), “A aprendizagem de atitudes de rejeição de produtos impróprios para a
alimentação teria grande importância para uma espécie onívora como a humana em épocas
muito remotas.”.
O ser humano tem por característica biológica ser onívoro (19), deste estado se deriva um
paradoxo fundamental de ordem fisiológica, comportamental e cognitiva, o paradoxo do
onívoro proposto por Rozin apud Fischler (19). De acordo com Fischler (19):
A regulação do consumo alimentar também é uma habilidade inata. A criança desde muito
pequena tem a capacidade de regular sua ingestão a partir de seus sinais de fome e saciedade.
De acordo com Tribole e Resch (20), “se você deixa uma criança comer espontaneamente, ela
irá comer o que precisa quando tem acesso a uma oferta livre de alimentos.” Em geral os pais
têm grande dificuldade de confiar nessa autonomia da criança.
Processos de Aprendizagem
Apesar das habilidades inatas, as preferências alimentares também podem ser aprendidas a
partir dos processos de condicionamento clássico.
Fatores ambientais
No início da infância a mãe é a responsável por ensinar o bebê a diferenciar os sinais de fome,
frio, cansaço, sono, e por consequência, ser um modelo de como se organizar em função
destes sinais (16). Por exemplo, se está com fome, o bebê precisa permanecer acordado e
estar disposto para sugar.
A família será o primeiro contexto social da criança. Neste contexto, os pais tem o papel
psicossocial de transmitir a sua cultura alimentar (15). A maior parte desta transmissão
acontece durante as refeições em família.
De acordo do Ramos e Stein (15), “a refeição familiar é o contexto social no qual a criança tem
oportunidade de comer com os irmãos, amigos e adultos que lhe servem de modelo e que dão
atenção a sua alimentação, ora elogiando-a e encorajando-a a comer, ora chamando a
atenção do seu comportamento à mesa.”.
Apostila do Curso Avançado - Comportamento Alimentar na Prática
Ensino a Distância
Os pais podem fazer com que as crianças não confiem nos seus sinais internos de fome e
saciedade através de um controle externo excessivo (15).
Um exemplo de como os pais podem interferir nos sinais de fome e saciedade é na tentativa
de controlar a alimentação de crianças que estão com sobrepeso ou obesidade. De acordo
com Tribole e Resch (20), crianças privadas de alimentos, numa tentativa de emagrecimento,
desenvolvem uma preocupação com a comida, um medo de não ter o suficiente para comer e
acabam propensos a comer em excesso quando tem uma oportunidade.
De acordo com a nutricionista Ellyn Satter (24), durante a infância, através de palavras e ações,
os pais (e outros adultos) ensinam às crianças atitudes sobre comer:
A análise das estratégias utilizadas pelos pais para fazerem as crianças comerem são de
extrema importância para um bom desenvolvimento do comportamento alimentar.
A coação e a recompensa são formas utilizadas pelos pais para motivar a criança a comer.
Quando as crianças são forçadas e coagidas a comer um determinado alimento, que os pais
acreditam ser bom para elas, sua preferência por este alimento acaba diminuindo (15). Forçar
ou coagir uma criança a comer reforça a sua resistência. Os alimentos altamente palatáveis
(gorduras e doces) são oferecidos como recompensa, num contexto positivo, reforçando assim
a preferência por estes alimentos (15).
O paradigma prescritor, que por muito tempo foi norteador do atendimento do nutricionista,
caracteriza-se pela prescrição de dietas rígidas. Já são amplamente conhecidas as
consequências destas dietas. A partir de agora, iremos considerar o termo dieta como uma
prescrição rígida, com o foco da perda de peso em que predominam orientações como
permissões e proibições de alimentos.
Ser seguida por períodos limitados, fazendo que o comportamento anterior volte à
tona (muitas vezes com maior intensidade) quando não se encontram mais formas de
manter a rigidez da dieta;
Aumento do apetite;
Diminuição do metabolismo;
Aumento obsessão por alimento.
As nutricionistas Evelyn Tribole e Elyse Resch citam outras consequências das dietas (20):
• O mero pensamento de começar uma dieta traz uma urgência ou desejo intenso de
comer alimentos “proibidos” ou alimentos preferidos;
• Ciclos: dieta – compulsão – culpa;
• Baixa auto eficácia em relação à comida;
• Sentimentos de que o indivíduo não merece comer;
• Despedida antes de começar a dieta;
• Ausência Social;
• Diminuição do metabolismo;
• Uso da cafeína para dar energia;
• Transtornos Alimentares.
Pesquisas vem associando a dieta com estados psicológicos negativos, como aumento da
depressão a ansiedade (26).
A falha da dieta para a manutenção da perda de peso pode ser explicada por dois mecanismos:
alterações das taxas metabólicas e das necessidades energéticas associadas à dieta restritivas
e a desinibição (ou falta de inibição). A desinibição descreve a falha na auto-regulação, quando
A EM (27) cita o acrônimo RULE (regra em inglês) para demonstrar características importantes
do profissional:
• Mostrar receptividade;
• Ter abertura;
• Saber escutar de forma ativa;
• Demonstrar interesse ativo;
• Ser empático;
• Demonstrar compreensão empática;
• Ter respeito pelo paciente/cliente;
• Oferecer apoio;
• Demonstrar afeto;
• Ter preocupação pela vida do paciente/cliente;
• Ter comprometimento;
• Ter uma atitude não julgadora;
• Ser flexível;
Segundo Marco e Alfredo (12), a boa comunicação é um processo de duas vias: requer tanto
fala quanto escuta efetiva.
De acordo com Rollnick, o processo de escuta tem a capacidade de fortalecer o vínculo com o
paciente/cliente: “Quando você se dedica a ouvir, os pacientes sentem que você passou mais
tempo com eles do que realmente ocorreu” (28).
A empatia é definida por Miller e Rollnick (27) como a “habilidade específica e que pode ser
aprendida para que haja a compreensão dos significados de outra pessoa pelo uso da escuta
reflexiva, quer tenha-se ou não vivências semelhantes.”.
Além da comunicação verbal, existe a postura do profissional que tem o papel de canal não
verbal, uma parte integral de toda comunicação (12). Fazem parte desta comunicação não
verbal: expressões, gestos, contato visual e posturas corporais (12).
Marco e Alfredo (12) sugerem para uma comunicação baseada no modelo biopsicossocial
evitar perguntas fechadas, pois, geralmente as respostas, não são significativas.
O MTT inicia-se no estágio de pré-contemplação, fase em que o indivíduo ainda não está
considerando a possibilidade de mudança, não buscaria tratamento e geralmente nega o
problema. Uma vez que surja alguma consciência do problema, o sujeito entra numa fase
caracterizada pela ambivalência, ou seja, o estágio de contemplação. Neste estágio, o
indivíduo tanto considera a mudança quanto a rejeita. Quando a balança de motivação deste
indivíduo começa a inclinar-se a favor da mudança, este se encontra no estágio de
determinação, em que ele pretende alterar seu comportamento num futuro próximo. Em
seguida, no estágio de ação, o sujeito engaja-se em ações específicas para chegar a uma
mudança, havendo uma mudança de comportamento. Durante o estágio de manutenção, o
objetivo é manter a mudança obtida pela ação anterior e evitar a recaída. A manutenção de
uma mudança pode exigir um conjunto de habilidades e estratégias diferentes daquelas que
foram primeiramente necessárias para obtenção da mudança (27,30). Alguns autores sugerem
que a progressão do estágio de ação ao estágio de manutenção ocorre quando o
comportamento ocorre consistentemente por 6 meses ou mais (33,34). A mudança no
comportamento pode não ser um movimento linear através destes estágios, pode ser
progressivo, regressivo, em espiral ou estático. As pessoas podem pular alguma um ou mais
estágios ou ficar muito tempo num só estágio (35).
O aconselhamento pode ser considerado uma forma de comunicação que promove a mudança
de comportamento. Segundo Filgueira e Deslandes (37), o aconselhamento é “[...] escuta
ativa, individualizado e centrado no cliente. Pressupõe a capacidade de estabelecer uma
relação de confiança entre interlocutores, visando ao resgate dos recursos internos da pessoa
atendida para que ela mesma tenha possibilidade de reconhecer-se como sujeito de sua
própria saúde e transformação.”.
• Permissão incondicional para comer quando se está com fome e o que se deseja;
• Confiança nos sinais internos de fome e saciedade para determinar quando e quanto
comer;
9. Exercite-se;
O Mindful Eating (Comer com Atenção Plena) é uma experiência que nos engaja como
um todo, nosso corpo, nossa mente e nosso coração, na escolha, preparo e consumo de
alimentos. Esta forma de alimentar-se não é direcionada por guias, tabelas, pirâmides ou
balanças, não é ditada por um especialista, é direcionada por experiência interna
individual a cada momento. A experiência individual é única, por isso, o indivíduo é o
expert (42). O mindful eating descreve uma consciência não julgadora das sensações
físicas e emocionais associadas à alimentação (43).
Estas características são muito úteis numa época em que as pessoas estão muito
desconcetadas com o momento presente, que tem dificuldade de conectar-se com o ato
de alimentar-se.
Reconhece que não há maneira certa ou errada para comer, mas diferentes
graus de consciência que cercam a experiência dos alimentos.
Ganha consciência de como pode fazer escolhas que suportem a saúde e o bem
estar.
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