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Aula - Propriedades Magnéticas
Aula - Propriedades Magnéticas
Processos Magnéticos
Introdução
Magnetismo: fenômeno em que os materiais impõem
uma força ou influencia de atração ou de repulsão sobre
outros materiais;
Dispositivos tecnológicos modernos dependem do
fenômeno e desses materiais;
Geradores, motores, transformadores, rádios, televisões,
telefones, computadores e componentes de reprodução de
som e vídeo;
Exemplos: ferro, alguns aços e mineral magnetita,
ocorrência natural;
Possibilidade de gerar campo magnético através de
corrente elétrica.
Processos Magnéticos
Introdução
Campo Magnético
A circulação de corrente elétrica em um condutor cria um
campo magnético;
O magnetismo possui uma natureza dipolar;
Mais complexo que o campo elétrico, não existem pólos
magnéticos livres, i. e., não existe monopolos;
Processos Magnéticos
Conceitos Básicos
Dipolos Magnéticos
As forças magnéticas são geradas pelo movimento de partículas carregadas
eletricamente;
Força magnética atua em termos de campos (Linhas de campos);
São análogos aos dipolos elétricos;
Considerados pequenos imãs com um polo norte e polo sul;
São influenciados por campos magnéticos
Processos Magnéticos
Conceitos Básicos
Dipolos Magnéticos
No interior de um campo magnético, a força do próprio campo exerce um
torque que tende a orientar os dipolos em relação ao campo;
𝝁 = 𝑰. 𝑨. 𝒏
𝝉 =𝝁×𝑩
Processos Magnéticos
Conceitos Básicos
Dipolos Magnéticos
Quando um dipolo magnético muda de orientação em um campo
magnético, o campo realiza um trabalho sobre eles. Este trabalho origina a
energia potencia para um dipolo magnético;
𝑼 = −( 𝝁. 𝑩 )
Processos Magnéticos
Conceitos Básicos
Dipolos Magnéticos
Processos Magnéticos
Conceitos Básicos
Vetores de Campo Magnético
O campo magnético aplicado externamente é designado por H,
denominado intensidade de campo magnético;
O campo magnético que é gerado pela corrente circular e pelo ímã é H;
Para uma bobina cilíndrica (ou solenóide):
Número de
espiras
𝑵×𝑰 Corrente
𝑯= Comprimento
𝒍 bobina
Intensidade do campo magnético
Unidade: ampère por metro (A/m)
Processos Magnéticos
Conceitos Básicos
Vetores de Campo Magnético
Indução magnética ou Densidade do fluxo Magnético (B)
Magnitude do campo interno no interior do material que está sujeito a um
campo H;
𝝁 é a permeabilidade, a propriedade do meio específico do qual o campo
H passa e onde B é medido;
𝑩 = μ𝑯
Conceitos Básicos
Vetores de Campo Magnético
No vácuo,
𝑩𝟎 = μ 𝟎 𝑯
𝝁𝟎 é a permeabilidade do vácuo, com valor 𝟒𝝅 × 𝟏𝟎−𝟕 𝐇/𝐦
𝝁
𝝁𝒓 =
μ𝟎
𝝁 é a medida do grau pelo qual o material pode ser magnetizado, ou da
facilidade pela qual um campo B pode ser induzido na presença de um
campo externo H;
A magnetização do sólido, M é dada por:
𝑩 = 𝝁𝟎 𝑯 + 𝝁𝟎 𝑴
Os momentos magnéticos no interior do material tendem a ficar alinhados
com o campo e a reforçá-lo em virtude de seus campos magnéticos (𝝁𝟎 𝑴)
Processos Magnéticos
Conceitos Básicos
Vetores de Campo Magnético
A magnitude de 𝑴:
𝑴 = 𝝌𝒎 𝑯
𝝁𝟎 é a permeabilidade do vácuo, com valor 𝟒𝝅 × 𝟏𝟎−𝟕 𝐇/𝐦
A Suscetibilidade magnética mensura a capacidade de um material em
magnetizar-se sob ação de uma estimulação magnética, de um campo
magnetizante, ao qual este é submetido.
𝝌𝒎 = 𝝁𝒓 − 𝟏
Analogia com os fenômenos elétricos:
B e H são análogos a D e E, respectivamente;
𝝁 é análoga à 𝝐;
M e P são correlatas;
Processos Magnéticos
Conceitos Básicos
Origens dos Momentos Magnéticos
Estão associados ao elétrons individualmente;
Momentos magnéticos originados de duas fontes:
Movimento orbital ao redor do núcleo;
Movimento ao redor do próprio eixo;
Momentos magnéticos de spin: “para cima” ou “para baixo”;
Cada elétron possui momentos magnéticos orbital e de rotação
permanentes;
Processos Magnéticos
Conceitos Básicos
Origens dos Momentos Magnéticos
Momento magnético fundamental é o Magneton de Bohr, 𝝁𝑩 , possui
magnitude de 𝟗, 𝟐𝟕 × 𝟏𝟎−𝟐𝟒 𝑨 ∙ 𝒎², corresponde ao momento magnético
do “spin”;
Preenchimento das camadas ou subcamadas eletrônicas, existe um
cancelamento total tanto no momento orbital quanto do momento de
spin;
Tipos de Magnetismo: Diamagnetismo, Paramagnetismo e
Ferromagnetismo (Antiferromagnetismo e Ferrimagnetismo);
Comportamento depende da resposta do elétron e dos dipolos
magnéticos atômicos à aplicação de um campo magnético externo;
Processos Magnéticos
Conceitos Básicos
Origens dos Momentos Magnéticos
Processos Magnéticos
Conceitos Básicos
Origens dos Momentos Magnéticos
Alguns momentos orbitais de spin se cancelam;
O momento líquido do átomo é a soma dos momentos orbital e spin que
não se cancelam;
Átomos com camadas e subcamadas cheias não têm capacidade de ser
permanentemente magnetizadas;
Processos Magnéticos
Diamagnetismo e Paramagnetismo
Diamagnetismo
É uma forma muito fraca de magnetismo, que não é permanente e que
persiste apenas enquanto um campo externo está sendo aplicado;
O momento magnético induzido é extremamente pequeno e ocorre em
direção oposta à do campo aplicado;
São atraídos em direção às regiões nas quais o campo é fraco;
É encontrado em todos os materiais;
Essa forma de magnetismo não tem qualquer importância prática;
Permeabilidade relativa menor que 1 e Suscetibilidade magnética negativa;
Processos Magnéticos
Diamagnetismo e Paramagnetismo
Diamagnetismo
Exemplos:
Processos Magnéticos
Diamagnetismo e Paramagnetismo
Paramagnetismo
Resulta quando os dipolos atômicos estão livres para girar, e se alinham de
maneira preferencial, por rotação, com um campo externo;
O alinhamento dos dipolos causa um aumento do campo externo;
O comportamento Paramagnético se sobrepõe ao Diamagnético;
Permeabilidade relativa maior que 1 e Suscetibilidade magnética positiva;
Processos Magnéticos
Diamagnetismo e Paramagnetismo
Paramagnetismo
Exemplos:
Processos Magnéticos
Diamagnetismo e Paramagnetismo
Densidade do fluxo B em função da intensidade do campo
magnético H para materiais Diamagnéticos e Paramagnéticos:
Processos Magnéticos
Diamagnetismo e Paramagnetismo
Processos Magnéticos
Ferromagnetismo
Apresentam um momento magnético permanente na ausência de um campo
externo, e magnetizações muito grandes e permanentes;
Exibido pelos metais de transição (ferro, cobalto, níquel e alguns terras-raras);
Devido a alta suscetibilidade magnética, temos que
𝑯≪𝑴 , logo 𝑩 = 𝝁𝟎 𝑴
O momento magnético resultante é devido aos momentos magnético
atômicos devido os spins dos elétrons;
O alinhamento mútuo de spins existe ao longo de regiões do volume do cristal
relativamente grandes, denominadas domínios;
Magnetização de saturação Ms, representa a
magnetização que resulta quando todos os dipolos
magnéticos em uma peça sólida estão mutuamente
alinhados com o campo externo;
Processos Magnéticos
Antiferromagnetismo e Ferrimagnetismo
ANTIFERROMAGNETISMO
Acoplamento magnético do momento magnético entre átomos ou íons
adjacentes ocorre materiais que não são ferromagnéticos;
Resulta em um alinhamento antiparalelo com o alinhamento dos spins de
átomos ou íons vizinhos em direções opostas;
MnO – óxido de manganês (cerâmica de carácter iônico)
MnO -> 𝑴𝒏𝟐+ 𝑶𝟐−
Os íons de Mn2+ estão arranjados na estrutura
cristalina de forma que os momentos de íons
adjacentes são antiparalelo;
Assim, o sólido como um todo não apresenta
qualquer momento magnético resultante;
Processos Magnéticos
Antiferromagnetismo e Ferrimagnetismo
FERRIMAGNETISMO
Tipo de magnetização permanente, semelhante ao ferromagnetismo;
Representado pelas ferritas cúbicas, as cerâmicas magnéticas;
Apresenta um alinhamento antiparalelo de momentos magnéticos (spins) de
átomos vizinhos;
Momento magnético de cada um dos componentes do par antiparalelo é
diferente, não se cancelam, gerando um momento líquido resultante;
Processos Magnéticos
Antiferromagnetismo e Ferrimagnetismo
FERRIMAGNETISMO
Ferritas cúbicas podem ser produzidas pela adição de íons metálicos que
substituem alguns íons ferro da estrutura cristalina;
Íons metálicos bivalentes: 𝑵𝒊𝟐+ , 𝑴𝒏𝟐+ , 𝑪𝒐𝟐+ 𝒆 𝑪𝒖𝟐+
Ferritas mistas: compostos contendo dois íons metálicos: (𝐌𝐧𝐌𝐠)𝑭𝒆𝟐 𝑶𝟒
As magnetizações de saturação não é tão elevada quanto para os
ferromagnéticos;
Por ser compostos cerâmicos são bons isolantes
elétricos;
Aplicação: Transformadores de alta frequência
Processos Magnéticos
Resulta na diminuição da
magnetização de saturação;
A magnetização de saturação é
máxima a 0 K e chega a a zero na
Temperatura de Curie
(ferromagnético e ferrimagnético);
O antiferromagnetismo é afetado
pela Temperatura de Néel.
Processos Magnéticos
Domínios e Histerese
Domínios: regiões de pequeno volume onde há alinhamento mútuo dos
momentos de dipolos magnéticos, estando em sua magnetização de
saturação;
Separação por paredes de domínio, com direção variando conforme a
magnetização;
A magnitude do campo M para um sólido como um todo é a soma vetorial das
magnetizações de todos os domínios;
Processos Magnéticos
Domínios e Histerese
A densidade do fluxo B e a intensidade do campo H não são proporcionais
para os materiais ferromagnéticos e ferrimagnéticos;
A permeabilidade μ é a inclinação da curva de B em função de H, assim a
permeabilidade varia em função e é dependente de H;
Produção de um efeito de histerese;
Processos Magnéticos
Domínios e Histerese
Existência de um campo B residual denominado remanência, ou densidade do
fluxo remanescente, com o material permanecendo magnetizado na ausência
de um campo externo;
Para reduzir o campo B a zero é necessário a aplicação de um campo em
direção oposta à do campo original (Hc – coercividade ou força coercitiva);
Pode haver outras curvas de histerese a depender da intensidade e direção do
campo H aplicado;
O ciclo NP é uma curva de histerese
que corresponde a um campo menor
do que o de saturação;
O ciclo LM o campo é invertido até
zero;
Processos Magnéticos
Domínios e Histerese
Há uma linearidade dos
materiais paramagnéticos e
diamagnéticos;
O comportamento de um
material ferromagnético e
ferrimagnético típico não é
linear;
Processos Magnéticos
Domínios e Histerese
Micrografia da superfície do material
ferromagnético, mostrando os grãos do cristal,
cada um dividido em vários domínios.
Anisotropia Magnética
Fatores que alteram as curvas de histerese magnética:
Tipo de cristal: monocristalina ou policristalina;
Se policristalina, se há qualquer orientação preferencial dos grãos;
Presença de poros ou partículas de segunda fase;
Temperatura, se tensão mecânica estiver aplicada, do estado de tensão;
Dependência do comportamento
magnético em relação à orientação
cristalográfica;
Para cada um dos materiais existe uma
direção cristalográfica na qual a
magnetização é mais fácil;
Processos Magnéticos
Referência Bibliográfica
CALLISTERJR. WilliamD.; Ciência d Engenharia de
Materiais – Uma introdução. Editora LTC- 7ª ED.
2008 - ISBN9788521615958