Você está na página 1de 20

DEFINIÇÕES DE VIDA

Vida como um

fenômeno semiótico

Genêse e Desenvolvimento do Pensamento Biológico


Evandro Ricardo Vieira
Francyane A. G. Engee
Maisa Moraes
Natalie Alana Pedroso

Vida como um fenômeno semiótico

(biossemiótica)
O que é a semiótica?

°Sintaxe (relação entre os signos)


°Semântica (relação entre os signos e os seus
intérpretes)
°Pragmática
*Filósofo pioneiro: Charles Sanders Peirce
Intérprete

Objeto
Representação
Signo
A semiose e a vida
“Os processos vitais são essencialmente semióticos.
Não só a semiose acontece em toda a biosfera, como
parece ser uma
condição para o fenômeno da vida”

“Ela parte de um realismo extremo que coloca a


semiose como fonte central, e a antropossemiose
como uma de suas vertentes.”

-Anderson Vinícius Romanini


Organismo vivo X organismo morto

Organismo vivo X organismo morto


Matéria não-viva
Processa “ideias” Não carrega mais “ideias”
Não consegue se comunicar

com seus semelhantes;

Biossemiótica: estudo das infinitas formas de comunicação e


significação observável tanto intra como entre sistemas vivos.
Natureza como ela “é”:os átomos apenas interagem uns com os
outros, eles não “significam” algum tipo de valor ou identidade para
outros átomos.
Origem: síntese feita por Thomas A. Sebeok de dois estudos: a
semiose de Charles Peirce (1839-914) e a teoria deumwelt de Jakob
Von Uexkull (1864-1944).

A Lógica dos Signos

Charles Pierce – “lógica dos sinais”


Tríade: SIGNO – OBJETO – INTERPTETANTE
Signo – representamen - = significado. Analogia com o “mundo das
ideias” de Platão;
3 maneiras de se relacionar com a "verdade":
1) O signo não é algo "real";
2) Todo signo completa características ou qualidades;
3) Todo signo é intencionado a determinar um signo para o mesmo
objeto
Biosemiótica
Thomas A. Sebeok;
“Zoosemiótica” (em 1963) - estudos na
problemática da comunicação animal;
“Endosemiose” - esfera de signos dentro do
corpo de cada ser vivo;
Argumenta que existe o sistema da
zoosemiótica, que deveria ser colocado como
primeiro sistema semiótico;
Esquema padrão dos cinco grandes reinos -
protistas, bactérias, plantas, animais e fungos
As principais ideias postuladas por
Sebeok, foram sintetizadas por Kull
(2003):
1- Vida é Semiose;
2- Umwelt é um modelo, uma imagem;
3- Existe uma rede global de
comunicação na bioesfera, formada
no menor nível por bactéria;
4- Protistas, plantas, fungos e animais
representam diferentes estratégias
básicas de comunicação;
5- Endosemiose ocorre no organismo – com
múltiplos (genético, imune, metabólico, neural)
códigos;
6- Simbiose é um sinal de semiose;
7- Linguagem aparece com sintaxe. Não há
estruturas com sintaxes em sistemas de signo
animal.
A biosemiótica e os livros

didáticos
O fenômeno da vida apareceu
como um problema para a ciência
somente no início do se XVIII
anterior a isso a palavra vida não
existia como conceito cientifico.
Existe uma visão céticista entre os biólogos e
um dos motivos estariam naquela de que uma definição de

vida não teria qualquer utilidade para resolução dos quebra

cabeças experimentas que constituem o dia a dia da

pesquisa os experimentos não são feitos com bactérias

drosófilas camundongos e outros organismos que os

biólogos costumam utilizar nos laboratórios.


A biossemiótica procura propiciar
uma maneira de perceber a vida que
não seja baseada apenas na
organização das moléculas, mas
também na comunicação de signos
na natureza
Os livros de biologia raramente
discutem com profundidade e
muitas vezes sequer mencionam as
definições de vida
Relação entre as
definições de VIDA e
o conceito biológico
de MORTE.
Conceito biológico
de morte: Destruição
celular, falta de
energia (como a
oxigenação) nas
células que leva a
morte dos orgãos.
Pontos
convergentes e/ou
divergentes entre
as 3 definições de
VIDA.
SELEÇÃO NATURAL DE REPLICADORES & AUTOPOIESE
Adaptações (reprodução);
Relações (que integram o conjunto)

BIOSSEMIÓTICA & AUTOPOIESE


Vida como comunicação, como um conjunto;
Reprodução, produções moleculares

Referências

CARNEVALLE, Maíra Rosa. Projeto Araribá Mais-Ciências. Moderna, 2018.


LLORENTE, Luis Periáñez. Vida histórica, vida interpretativa: Variaciones
hermenéuticas desde la epistemología de Canguilhem. Análisis. Revista de
investigación filosófica, v. 6, n. 1, p. 65-88, 2019.
MUHLE, Maria. Uma Genealogia da Biopolítica: A Noção de Vida em Canguilhem e
Foucault. Revista de Filosofia Aurora, v. 33, n. 58, 2021.

PRADO, Debori Aline Batista do Representação da genética por meio de ilustrações


em livros didáticos de ciências da Coleção Araribá-PLND/2020. 2021. Trabalho de
Conclusão de Curso. Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Você também pode gostar