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Função Pulmonar
Função Pulmonar
g) Capacidade Inspiratória
Volume total de ar que pode ser inspirado a partir da CRF.
Corresponde à soma do volume corrente com o volume de reserva inspiratório.
Ou seja, representa a quantidade de ar (cerca de 3.500 mililitros) que a pessoa pode respirar,
começando a partir do nível expiratório normal e na sequência distendendo os pulmões até seu
máximo.
GASOMETRIA
3) O que é a gasometria, quais são seus tipos de avaliação e quais são as suas aplicabilidades
clínicas
A gasometria arterial é um exame de sangue que é coletado a partir de uma artéria. O
principal objetivo desse procedimento é avaliar os gases presentes no sangue.
Os parâmetros avaliados geralmente incluem pH, pressão parcial de O2 (PaO2), pressão
parcial de CO2 (PaCO2), concentração de íon bicabornato (HCO3-), excesso de base (BE) e
saturação periférica de O2 (SatO2).
Este exame normalmente é feito em pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva
(UTI) e tem como principal objetivo verificar se as trocas gasosas estão ocorrendo da maneira
correta. Pode ser solicitado durante o internamento para auxiliar no diagnóstico de doenças
respiratórias, renais ou infecções graves, além de verificar se o tratamento está sendo eficaz.
INTERPRETAÇÃO DA GASOMETRIA:
Veja o pH na gasometria e identifique se o paciente está acidêmico ou alcalêmico. Analise a PaCO2
e o HCO3 e determine se eles estão nos valores normais. Se estiverem normais, a gasometria está
normal. Se ambos os valores (PaCO2 e HCO3) estiverem alterados, o distúrbio é misto.
Esse exame não é suficiente para fechar diagnóstico, apenas sugere distúrbios respiratórios,
renais ou metabólicos, sendo normalmente solicitados pelo médico outros exames complementares,
como raio-X, tomografia, outros exames de sangue e exames de urina para que o diagnóstico possa
ser fechado e o tratamento possa ser iniciado de acordo com a causa da alteração da gasometria.
4) Explique como funciona a oximetria de pulso e em quais situações este teste pode ser
solicitado.
Um oxímetro de pulso funciona passando um feixe de luz vermelha e infravermelha através
de um leito capilar pulsante. O dispositivo pode ser conectado a um dedo, pulso, pé ou qualquer
outra área onde o dispositivo possa ler o fluxo sanguíneo.
O equipamento funciona com base no princípio de que o sangue oxigenado tem uma cor mais
forte de vermelho que o sangue desoxigenado, que é mais roxo-azulado. Primeiro, o oxímetro mede a
soma da intensidade de ambas as tonalidades de vermelho, representando as frações do sangue com e
sem oxigênio. O aparelho detecta o pulso e subtrai a intensidade da cor detectada quando o pulso está
ausente. A intensidade remanescente de cor representa apenas o sangue vermelho oxigenado. Isso é
exibido na tela eletrônica como uma porcentagem da saturação de oxigênio no sangue.
A oximetria de pulso pode ser usada para verificar se há oxigênio suficiente no sangue. Esta
informação é necessária em muitos tipos de situações.
5) Caracterize os seguintes termos e dê exemplos de doenças que podem levar a esses quadros
clínicos:
a) Acidose Metabólica
Acidose metabólica é a redução primária no bicarbonato (HCO 3−), tipicamente com
diminuição compensatória da pressão parcial de dióxido de carbono (P CO2); o pH pode estar
acentuadamente baixo ou ligeiramente subnormal.
Essa condição ocorre quando ácidos são adicionados por processos intrínsecos ou a partir de
fontes exógenas, quando há disfunção da excreção de ácidos ou há perda inapropriada de álcalis.
Acidose metabólica é o acúmulo de ácido causado por:
- Aumento da produção de ácido ou ingestão ácida
- Diminuição da excreção ácida
- Perdas gastrintestinais ou renais de HCO 3−
Nem todos os pacientes com a condição apresentam pH arterial baixo. O pH e a concentração
de íons de hidrogênio também dependem da coexistência de outros distúrbios ácido-básicos. Assim,
o pH em um paciente com acidose metabólica pode ser baixo, alto ou normal.
Toxinas podem ter metabólitos ácidos ou desencadear acidose lática. A rabdomiólise é uma
causa rara de acidose metabólica, provavelmente resultante da liberação de prótons e ânions
diretamente dos músculos.
PRINCIPAIS CAUSAS
A acidose respiratória surge quando os pulmões não expelem dióxido de carbono de forma
adequada (ventilação inadequada), um problema que pode ocorrer em distúrbios que afetam
gravemente os pulmões (como doença pulmonar obstrutivacrônica , pneumonia grave, insuficiência
cardíaca e asma).
Também pode surgir quando distúrbios do cérebro, dos nervos ou dos músculos do tórax
(como a síndrome de Guillain-Barré ou a esclerose lateral amiotrófica ) dificultam a respiração.
A respiração afetada por distúrbios do sono (por exemplo, apneia do sono) pode fazer com
que a pessoa pare de respirar por tempo suficiente para causar acidose respiratória.
c) Alcalose Metabólica
A alcalose metabólica é caracterizada pela elevação no pH sanguíneo e da concentração de
bicarbonato, podendo ser ocasionada pelo excesso de retenção de HCO3- ou pela maior perda de
íons H+ pelo organismo.
PRINCIPAIS CAUSAS
A alcalose metabólica surge quando o corpo perde uma quantidade excessiva de ácido e
ganha uma quantidade excessiva de base. Por exemplo, o ácido gástrico é perdido durante períodos
de vômito prolongados ou quando o ácido gástrico é aspirado com uma sonda (como algumas
vezes é feito nos hospitais).
Em pessoas que ingeriram uma quantidade excessiva de base oriunda de substâncias, como
o bicarbonato de sódio.
Quando a perda excessiva de líquidos e eletrólitos (tais como sódio ou potássio) afeta a
capacidade renal de manter o equilíbrio ácido-base do sangue. Por exemplo, a hiperatividade da
glândula adrenal ou o uso de diuréticos pode ser causada pela perda de uma quantidade de
potássio suficiente para causar alcalose metabólica.
d) Alcalose Respiratória
Na alcalose respiratória, o paciente está hiperventilando e, consequentemente, “lavando” o
CO2, isto é, expulsando o CO2.
A pCO2 encontra-se < 35 e pH > 7,45.
A resposta neste caso é renal com excreção de HCO3.
PRINCIPAIS CAUSAS
A alcalose respiratória surge quando a respiração rápida e profunda (hiperventilação)
provoca eliminação excessiva de dióxido de carbono da corrente sanguínea
A causa mais comum da hiperventilação e, por conseguinte, da alcalose respiratória, é
a ansiedade.
Outras causas da hiperventilação e da consequente alcalose respiratória são dor, níveis
baixos de oxigênio no sangue, febre e superdosagem de aspirina (que também pode
causar acidose metabólica).