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Aula DIP – ITU

- Classificação das ITU Inferior Cistite – Bexiga


Uretrite (mais uma DST do que ITU) – Uretra
Superior Pielonefrite – Rins
Abcesso renal (ITU hematogênica) – Pelve renal
- ITU em crianças pequenas é mais comum nos meninos, porque eles têm mais alterações anatômicas congênitas.
- 1/3 das mulheres jovens em idade fértil irão ter pelo menos uma ITU.
- As bactérias causadoras da ITU são COMUNS do próprio paciente, o ato sexual apenas facilita a ascensão da
bactéria.
- Na comunidade, a enterobactéria Escherichia coli é responsável por 90% dos casos. Em segundo lugar, há uma
outra enterobactéria a Klebsiela pneumoniae. Outras bactérias importantes, que NÃO são cocos/bacilos gram
negativo, são o Staphylococcus saprophyticus (ITU baixa/mulheres) e o Enterococos (Prostatite em idosos).
- A bactéria Proteus sp leva a uma alteração mais básica do pH e pode levar a formação de litíase coraliforme
(formato da pelve) e essa nefrolitíase pode ser grave.
- Clínica do paciente ITU baixa: Dor abdominal baixa, disúria, urgência miccional, polaciúria (SEM febre).
- Em casos de ITU não complicada (cistite em mulher jovem, hígida, não grávida), o diagnóstico clínico é suficiente
para iniciar o tratamento.
- Para fazer a diferenciação entre Cistite e Uretrite, pede-se o parcial da urina. No caso de cistite, haverá uma
Leucocitúria MAIOR que 104.
- Urocultura não pede de rotina. Pede-se apenas antes de procedimentos urológicos, em gestantes e em casos de
cistite recorrente ou ITU complicada/alta.
- Em casos de ITU complicada (homens; idosos; casos recorrentes e gestantes), o diagnóstico é a partir da clínica e
da Urocultura. Toda urocultura é quantitativa na ITU (Via Uretra tem que ser maior que 10 5 e Via Punção tem que ser
maior que 102). Mas caso o paciente seja imunossuprimido, faça uso de ATB, deve-se considerar qualquer
quantidade de bactéria.
- Clínica do paciente com ITU alta/Pielonefrite: Dor lombar, febre e sinal de Giordano positivo. Nesses casos,
SEMPRE pede Urocultura (Via Uretra tem que ser maior que 10 5 e Via Punção tem que ser maior que 10 2). Poderá
haver a presença de cilíndricos hemáticos, cristais e hematúria. Importante pedir hemocultura.
- Causas de recorrência: nefrolitíase (obstrução); estenoses; divertículos; neoplasias; pós-menopausa.
- Gestante: é um quadro sempre preocupante, pois pode levar ao parto prematuro. Durante a gestação, deve-se pedir
a urocultura 3x. O tratamento deve ser feito mesmo que a paciente esteja assintomática.
- Tratamento:
 ITU baixa:
1. Nitrofurantoína (6/6 h em 5 dias; pode dar para grávida por 7 dias)
2. Sulfas (Bactrin – com cultura devido à resistência, em 3 dias)
3. Quinolona – Ciprofloxacino (em 3 dias)
4. Amoxicilina + Clavulanato (boa em idosos e em gestante)
5. Cefalosporina de 3ªG (apenas se for internar o paciente).

 ITU alta:
1. Quinolona – Ciprofloxacino (IV e VO) e Levofloxacino (p/ idosos qdo ainda não se sabe a causa dos
sintomas como a febre) (por 7 dias; tem excreção renal; pode usar para ESBL; é teratogênico e
pode causar lesão em tecido conjuntivo – ruptura de tendão).
2. Betalactâmicos (Ampicilina + Sulbactam; Ceftriaxona) – menor penetração renal, por isso perde para
Quinolona. Boa em idosos e gestantes
3. Sulfas (Bactrin – com cultura devido à resistência; por 10 dias)
4. Aminoglicosídeo – Gentamicina (nefrotóxico; uso limitado; uso hospitalar; em crianças)

- Cloranfenicol não é utilizado, pois faz aplasia de medula.

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