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HANSENÍASE

DEFINIÇÃO

É uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta, que se manifesta


principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e
nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.

O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença,


dando-lhe grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem evoluir
para deformidades.

“Segundo a OMS: Uma pessoa apresentando uma ou mais das seguintes


caracterísitcas e que requer quimioterapia: lesão (ões) de pele com alterações de
sensibilidade; acometimento de nervo(s) com espessamento neural e baciloscopia
positiva.”
AGENTE ETIOLÓGICO: É o mycobacterium leprae (ou bacilo de hansen).

FONTE DE INFECÇÃO: É o homem, através das formas contagiantes (hanseníase


virchowiana e hanseníase dimorfa) da doença, uma vez que somente estas são
capazes de eliminar bacilos no meio exterior porque possuem carga bacilar em
quantidade considerável.

PORTA DE ENTRADA: São as vias aéreas superiores.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO: É uma doença crônica, cujo período de incubação


pode variar de 2 a 7 anos.

OBS.: A HANSENÍASE TEM 2 GRUPOS QUE SE SUBDIVIDEM EM 4 TIPOS.

PAUCIBABACILARES (PB) MULTIBACILARES (MB)

Hanseníase tuberculóide (HT) Hanseníse dimorfa (HD)


Hanseníase indeterminada (HI) Hanseníase virchowiana (HV)

PAUCIBABACILARES (PB):

 Não é contagiosa;
 Só tem até 5 lesões de pele;
 Usa 2 medicamentos ( rifampicina e dapsona);
 Cura em 6 meses.
MULTIBACILARES (MB):

 Forma contagiosa;
 Casos com mais de 5 lesões de pele;
 Usa 3 medicamentos (rifampicina, dapsona e clofazimina);
 Cura em 12 meses.

DIAGNÓSTICO: Baseado no exame clínico (anamnese, exame clínico, avaliação


da sensibilidade e avaliação neurológica). No exame clínico: realizar inspeção,
exame dermatológico e neurológico.
 Avaliação da sensibilidade: a sensibilidade normal depende da integridade
dos nervos periféricos e das finas terminações nervosas que se encontram
sob a pele. Teste por sensibilidade térmica, dolorosa e tátil.
 Avaliação neurológica: Exploração dos principais nervos periféricos
afetados na hanseníase. Avaliar a força muscular, mobilidade articular das
mãos e pés, avaliação da sensibilidade dos olhos, MMII e MMSS.
 CLASSIFICAÇÃO DO CASO DIAGNOSTICADO: Exame baciloscópico
(observa-se o bacilo nos esfregaços de raspados intradérmicos das lesões)
PAUCIBACILARES (PB): casos com até 5 lesões de pele (HI e HT)
MULTIBACILARES (MB): casos com + de 5 lesões de pele (HD e HV)

TRATAMENTO:

PAUCIBACILAR: Rifampicina – 1x/mês (supervisionada)


Dapsona – 1x/dia (auto-administrada)
São 6 doses supervisionadas = 6 meses
MULTIBACILAR: Rifampicina – 1x/mês (supervisionada)
Dapsona – 1x/dia (auto-administrada)
Clofazimina – 1x/mês (supervisionada)
1x/dia (auto-administrada)
São 12 doses supervisionadas = 12 meses

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