Aula 1 - Introdução À Patologia Clínica

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Colégio Sul Fluminense de Aplicação – Cap

Curso Técnico em Análises Clínicas


Disciplina: Fundamentos de Patologia Clínica
Aula: 1 – Introdução à Patologia Clínica
Professora: Karina O. Rocha
E-mail: karina.orocha@gmail.com

Aula 1 – Introdução à Patologia Clínica

Nesta aula, você será capaz de compreender:

 Patologia;
 Etiologia;
 Patogenia/ Patogênese;
 Alteração Morfológica;
 Alterações Moleculares;
 Alterações Funcionais.

PATOLOGIA
É uma ponte entre as ciências básicas e a medicina clínica, sendo a base científica
de toda medicina. O estudo da patologia está dividido entre Patologia Geral e
Patologia Sistêmica. A Patologia Geral trata das reações das células e tecidos aos
eventos nocivos, que, na maioria das vezes, não são específicas para um
determinado tecido. Já a Patologia Sistêmica estuda as doenças específicas de cada
órgão.

DEFINIÇÃO: Etimologicamente Pathos: doença Logos: estudo. Estudo das alterações


estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e órgãos visando explicar
os mecanismos através dos quais surgem os sinais e sintomas das doenças, ou seja
é utilizado para representar o estudo da doença.
Virchow cunhou o termo patologia celular para enfatizar o princípio básico de que
todas as doenças têm origem em nível celular. Desse modo, a Patologia Moderna é,
basicamente, o estudo das alterações celulares. Além disso, as doenças e os
mecanismos subjacentes são mais satisfatoriamente compreendidos no contexto da
estrutura e da função da célula normal.
A definição de patologia perpassa também por uma diferenciação frente ao
princípio da Homeostasia. A HOMEOSTASIA: a partir dos termos gregos homeo,
"similar" ou "igual", e stasis, "estático", é a condição de relativa estabilidade da qual
o organismo necessita para realizar suas funções adequadamente para o equilíbrio
do corpo (Humberto Maturana). Trata-se do equilíbrio das funções, o organismo em
seu pleno funcionamento depende da condição de homeostasia. Todas as funções
fisiológicas devem estar em homeostasia, portanto, qualquer atividade que seja
contrária a homeostasia é considerado um processo PATOLÓGICO.
CAP – Curso Técnico em Análises Clínicas Fundamentos de Patologia Clínica

De acordo com Organização Mundial de Saúde: Saúde é "um estado de completo


bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou
enfermidade (OMS, 1947).

ETIOLOGIA
Estudo das causas ou agentes causadores do processo patológico.
Ex: Candida sp. – Fungos
Covid 19 – SARCOV 2

PATOGENIA/ PATOGÊNESE
Modo de origem ou de evolução de qualquer processo mórbido; nosogenia,
patogênese, patogenesia. Estudo dos mecanismos que geram as alterações
patológicas

ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA

São alterações macroscópicas ou microscópicas. Apresentam alterações celulares e


estruturais.

MACROSCÓPICA X MICROSCÓPICA

Macroscópica Microscópica
Alterações Visuais Não podem ser vista a olho nu

MACROSCÓPICA: Se consegue visualização a olho nu. Ex: Raio x, Ultrassonografia,


Ressonância, Tomografia.
MICROSCÓPICA: obtenção de imagens ampliadas de um objeto, que nos permitam
distinguir detalhe não revelado a olho nu. A forma mais comum é a lupa ou
microscópio estereoscópico, seguida do microscópio óptico, que ilumina o objeto
com luz visível ou ainda luz ultravioleta.

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Macroscópica: Tomografia de crânio. Microscópica: Histologia tecido hepático A) lesão do tipo hepatite crônica
com esteatose (hematoxilina-eosina); B) em maior detalhe, fibrose septal completa.

ALTERAÇÕES MOLECULARES

São detectadas em métodos bioquímicos ou biomoleculares. Caracterizado pelo


desequilíbrio na concentração de substâncias no organismo. Marcadores

Ex: TGO E TGP


São também conhecidas como transaminases, são enzimas normalmente dosadas
com o objetivo de avaliar a saúde do fígado. TGO, conhecido como transaminase
oxalacética ou AST (aspartato aminotransferase) é produzido em vários tecidos,
como coração, músculos e fígado, estando localizado no interior das células
hepáticas.

Assim, quando há aumento nos níveis apenas de TGO, é comum que esteja
relacionado com outra situação que não relacionada com o fígado, isso porque no
caso de lesões hepáticas é preciso que a lesão seja mais extensa de forma que as
células do fígado se rompam e leve à liberação de TGO no sangue.
Por outro lado, o TGP, conhecido como transaminase pirúvica ou ALT (alanina
aminotransferase), é produzido exclusivamente no fígado e, por isso, quando há
qualquer alteração nesse órgão, é verificado aumento na quantidade circulante no
sangue.

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ALTERAÇÕES FUNCIONAIS
São fenômenos fisiopatológicos (envolve os sistemas). Implica na perda de função
ou comprometimento de um determinado sistema.

Figura - Representação dos fenômenos apresentados nos processos patológicos.

Bibliografia Básica:

1. ROBBINS, Stanley L. Patologia Estrutural e Funcional. 6ª ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2000. 1251p.
2. TEIXEIRA, D. A. Patologia Geral, Teófilo Otoni – 2020.
3. BECKER, Paulo F. L. Patologia Geral. São Paulo: Sarvier, 1997. 242p.
4. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Patologia Geral. 2ª ed. Rio de Janeiro.
Guanabara Koogan, 1998. 312p.

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