Um breve resumo sobre o espaço-tempo
Eduardo Cézar Pereira Fernandes
Ciência da Computação
IESB
Brası́lia, Brasil
eduardo.fernandes@iesb.edu.br
Abstract—O espaço-tempo, assim definido pelo Fı́sico Albert
Einstein, em 1915 com a teoria da relatividade geral, passou
a definir o tempo como a quarta dimenção do universo. Isso
devido ao princı́pio da relatividade e do postulado que determina
a constancia da velocidade da luz no vácuo.
Index Terms—espaço-tempo, dilatação.
I. I NTRODUÇ ÃO
Quando medimos a velocidade da luz no vácuo, a veloci-
dade do observador não interfere no resultado obtido. A luz
tem uma velocidade constante e absoluta, 299 792 458 m/s,
que delimita a velocidade de toda a matéria no universo. Para
que possa ser equacionado uma formula com a luz, o tempo
e o espaço, distancia, não podem ser constantes. A luz é
constante para todos, mas o tempo espaço são relativos para
o observador. O tempo e o espaço se dilatam para manter a
velocidade da luz constante.
A partir de 1915, com a teoria da relatividade geral
de Einstein, o tempo-espaço passou a ser considerado uma
unidade cósmica. Com isso, mudou a geometria do universo,
que de tridimensional passou a quadridimensional com a
unidade espaço-tempo. Assim, o tempo e o espaço deixam
de ser separados e independentes para formarem um objeto
quadridimensional chamado espaço-tempo (HAWKING, 1995,
p.40). Como entender a nova concepção do espaço-tempo?
Qual a natureza do espaço e do tempo? Aristóteles considerava
o espaço finito, com um limite para a presença material do
universo. Mas se o universo é um cenário de expansão da
matéria, carregado de energia primordial a partir do big-bang,
pode-se considerá-lo infinito, pois seus limites se expandiriam
com o afastamento contı́nuo dos objetos materiais. Se a
matéria cria e deforma o espaço, enquanto o universo tiver
energia radiante as formas materiais continuarão a dilatar os
limites cósmicos, gerando novas morfologias de coexistências
e sucessões de estados energéticomateriais, dimensionando a
natureza do tempo.
A teoria da relatividade geral de Einstein revolucionou nossa
compreensão do espaço e do tempo. Ao unificar esses con-
ceitos em uma única entidade chamada espaço-tempo, Einstein
introduziu uma nova concepção da natureza fundamental do
universo.
Antes da teoria da relatividade, o espaço e o tempo eram
vistos como entidades independentes e absolutas. Aristóteles
considerava o espaço como finito, com limites definidos para
a presença material do universo. No entanto, com a descoberta
da expansão do universo e o desenvolvimento da teoria do big
bang, percebemos que o espaço não pode mais ser visto como
uma entidade estática e limitada. À medida que o universo se
expande, os limites do espaço também se expandem, sugerindo
a possibilidade de um universo infinito.
Além disso, a matéria e a energia desempenham um papel
fundamental na deformação do espaço-tempo. De acordo com
a teoria da relatividade geral, a presença de massa e energia
curva o espaço-tempo ao seu redor, criando uma espécie
de ”distorção” no tecido do universo. Essa curvatura afeta
o movimento dos corpos celestes e a propagação da luz,
resultando em fenômenos como a gravidade.
O tempo também sofre alterações em presença de massa
e energia. De acordo com a teoria da relatividade, o tempo
não é absoluto, mas sim relativo ao observador e ao seu
movimento. Quando um objeto está em movimento acelerado
ou em um campo gravitacional intenso, o tempo passa mais
devagar para esse objeto em relação a um observador em
repouso. Esse fenômeno é conhecido como dilatação do tempo
e foi comprovado em experimentos cientı́ficos.
Outra confirmação importante da teoria é a precisão do
Sistema de Posicionamento Global (GPS). O GPS depende
de relógios extremamente precisos a bordo dos satélites em
órbita ao redor da Terra. No entanto, devido à dilatação do
tempo predita pela relatividade geral, os relógios a bordo
dos satélites, que estão em movimento e sujeitos a campos
gravitacionais mais fracos do que na superfı́cie da Terra,
avançam ligeiramente mais rápido em relação aos relógios na
superfı́cie. Se a relatividade geral não fosse levada em conta
nos cálculos do GPS, as posições calculadas dos receptores
seriam imprecisas em até vários quilômetros.
Além das evidências experimentais, a teoria da relatividade
geral também está embasada em um arcabouço matemático
sofisticado. Ela utiliza equações tensoriais para descrever a
interação entre a matéria, a energia e o espaço-tempo. Essas
equações foram desenvolvidas por Einstein com base em sua
intuição fı́sica e na matemática avançada de sua época. A
elegância matemática da teoria e sua capacidade de descrever
e prever uma variedade de fenômenos observáveis fortalecem
sua credibilidade e aceitação na comunidade cientı́fica.
Portanto, a teoria da relatividade geral, juntamente com a
sua concepção do espaço-tempo como uma entidade quadridi-
mensional flexı́vel e dinâmica, tem sido comprovada e sus-
tentada por um amplo corpo de evidências experimentais e
teóricas. Ela continua sendo um dos principais marcos na
nossa compreensão do universo e tem implicações profundas
em áreas como cosmologia, astrofı́sica e fı́sica de partı́culas.
R EFERENCES
[1] HAWKING, S. Buracos negros, universos-bebês e outros ensaios. Rio
de Janeiro: Rocco, 1995.