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17/05/2023

Direito ambiental

Mayco Murilo Pinheiro

Conceito histórico de DT Ambiental

“Conjunto de normas e princípios editados


visando a manutenção de um perfeito equilíbrio
nas relações do homem com o meio ambiente.”
(Sérgio Ferraz e Diogo de Figueiredo Neto - expressão
“Direito Ecológico” - 1972)

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Autonomia

Trata-se de nova disciplina jurídica, novo ramo do


Direito/Especializado porque possui: princípios
próprios; objetivo; assento constitucional;
regramento infraconstitucional complexo e
moderno.

Conceito de direito ambiental

Direito ambiental é um direito sistematizador, faz


articulação da legislação, doutrina, jurisprudência
em relação aos elementos que integram o
ambiente.

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Desenvolvimento sustentável
O tripé da sustentabilidade
Ambiente
Energia Reciclagem
Água Reprocessamento/reuso
Gases do efeito estufa Limpeza verde
Emissões Agricultura/alimentos orgânicos
Redução de desperdício/lixo Biodiversidade
Reciclagem

Desenvolvimento sustentável
O tripé da sustentabilidade
Social
Políticas públicas Investimento social responsável
Investimento comunitário Anticorrupção e suborno
Condições de trabalho Segurança
Saúde/nutrição
Diversidade
Direitos Humanos

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Conceito de direito ambiental


O tripé da sustentabilidade
Economia Social
Transparência contábil
Governança corporativa Sustentabilidade
Performance econômica Ambiente Economia
Objetivos financeiros

Conceito de meio
ambiente e a relação
com outras ciências

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Conceito de meio ambiente e a


relação com outras ciências
Art. 3°, I, Lei Federal n° 6.938/81. Para os fins
previstos nesta Lei, entende por:

• I – meio ambiente, o conjunto de condições, lei,


influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas
suas formas.”

Conceito de meio ambiente e a


relação com outras ciências
• Visão estrita: “patrimônio natural e as relações com e
entre os seres vivos.”

• Visão ampla: “Interação do conjunto de elementos


naturais, artificiais e culturais que propiciem o
desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas
formas”. (José Afonso da Silva)

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Conceito de meio ambiente e a


relação com outras ciências
• Ecologia (estudo dos ecossistemas)

• Economia (avaliação dos impactos econômicos do dano


ambiental na economia)

• Antropologia (impactos antropológicos sobre


as indígenas e patrimônio histórico)

Conceito de meio ambiente e a


relação com outras ciências

• Biologia

• Engenharia (civil, florestal, agrícola, etc.)

• Ciências Sociais, etc.

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Proteção ambiental na
Constituição Federal de
1988 (art.225)

Proteção Ambiental na Constituição


Federal/88

Artigo 225: Todos têm direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes
e futuras gerações.

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Proteção ambiental na Constituição


Federal/88
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao
Poder Público:
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços
territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas
somente através de lei, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção;

Proteção ambiental na Constituição


Federal/88
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou
atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.

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Proteção ambiental na
Constituição Federal/88
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a
Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona
Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-
á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso
dos recursos naturais.

Proteção ambiental na
Constituição Federal/88

§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão


ter sua localização definida em lei federal, sem o que não
poderão ser instaladas.

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Princípios da prevenção
e/ou da precaução

Princípios da prevenção e/ou da


precaução
• Fundamentais para o estabelecimento de uma correta
política de preservação do meio ambiente, pois a
ocorrência do dano em matéria ambiental pode
significar a perda irreparável de todo um ecossistema.
• Priorizam medidas que evitem o nascimento de
atentados ao meio ambiente.

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Princípios da prevenção e/ou da


precaução
• PREVENÇÃO: relacionado com a adoção de medidas
preventivas e acautelatórias destinadas a impedir danos e
riscos conhecidos.
• PRECAUÇÃO: refere-se às situações em que as informações
científicas são insuficientes, inconclusivas ou incertas,
havendo, ainda, indícios ou indicações de que os efeitos
sobre o meio ambiente ou a saúde humana possam ser
adversos.

Princípios da prevenção e/ou da


precaução
Instrumentos de Implementação
1. Mapeamento e identificação das espécies vegetais
e animais de um território e das fontes de poluição
(mapa ecológico). Seu objetivo é a conservação e o
controle;

2. Planejamento ambiental e econômico integrados;

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Princípios da prevenção e/ou da


precaução
Instrumentos de Implementação
3. Ordenamento territorial ambiental (zoneamento e
valorização de áreas);

4. Avaliação de Impacto Ambiental / licenciamento.

Princípios da prevenção e/ou da


precaução
• Administrativamente, este princípio é aplicado por
intermédio das licenças, das sanções, das
autorizações, e da fiscalização.

• No plano processual, verifica-se a existência deste


princípio na possibilidade de concessão de liminares e
medidas cautelares de ofício pela autoridade
judiciária.

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Princípio da participação
ou cooperação

Princípio da participação ou
cooperação
• Poder-dever conjunto do Poder Público e da
Coletividade, mediante a participação dos diferentes
grupos sociais na formulação e execução da política
do ambiente.

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Princípio da participação ou
cooperação
• Um dos mais importantes agentes transformadores
das normas de gestão administrativa em todo
mundo, com sensíveis mudanças no Brasil.
(Declaração do Rio, Princ. 10)

Princípio da participação ou
cooperação
Instrumentos de Implementação

1. Direito de petição ao Poder Público (representação,


denúncia)
2. Audiência Pública
3. Conselhos (órgãos colegiados)
4. Acesso à justiça (Ação Civil Pública e Ação Popular)

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Princípio da informação

Princípio da informação
Rege, via de regra, pelo Princípio da
Publicação, posto na Lei Federal nº.
6.938/81, arts. 6º, §3º e 10, o dever de
informar dos órgãos estatais à comunidade,
do resultado das análises ambientais e
procedimentos de Licenciamento de
Atividades e empreendimentos de impacto
ambiental

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Princípio da informação
Necessidade do Poder Público informar
sobre:
a) As condições de balneabilidade das
praias e rios;
b) A poluição atmosférica das regiões-
zonas;
c) Aréas contaminadas

Princípio do poluidor-
pagador e do
usuário-pagador

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Princípio do usuário-pagador e do
poluidor-pagador

Princípio do poluidor-pagador
• Este Princípio advém do Princípio do Usuário-
Pagador. Obriga o poluidor a pagar a poluição que
possa ser causada ou que já foi causada.

• Não se paga pelo direito de poluir. Esse pagamento é


uma “sanção”, caráter de punição, semelhante à
reparação do dano.

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Princípio do poluidor-pagador
• Significa que o poluidor é obrigado a corrigir ou
recuperar o ambiente, suportando os encargos daí
resultantes, independente da existência de culpa
(responsabilidade civil objetiva).

• Princípio 16 da Declaração do Rio.

Princípio da função
socioambiental da
propriedade privada

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Princípio da função socioambiental da


propriedade privada

• Uso da propriedade condicionado ao bem-estar


social, de acordo com suas finalidades econômicas
e sociais.

Princípio da função socioambiental da


propriedade privada

• Art. 182. A política de desenvolvimento urbano,


executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.

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Princípio da função socioambiental da


propriedade privada

• § 2º - A propriedade urbana cumpre sua função


social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor.

Princípio da função socioambiental da


propriedade privada
• Artigo 186. A função social é cumprida quando a
propriedade rural atende, simultaneamente,
segundo critérios e graus de exigência estabelecidos
em lei, aos seguintes requisitos:
• II - utilização adequada dos recursos naturais
disponíveis e preservação do meio ambiente;(...)

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Princípio da função socioambiental da


propriedade privada
• A “função social da propriedade” procura adequar o
uso do bem aos padrões ambientais que o envolvem.

• Este princípio sempre terá, por pressuposto, o


respeito à livre iniciativa e a liberdade de trabalho.

Hierarquia das normas


jurídicas

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Hierarquia das normas jurídicas


CF

Normas
infraconstitucionais:
LC, LO, LD, MP

Normas infralegais: decretos,


resoluções, portarias etc.

Hierarquia das normas jurídicas

• No artigo 5º da CF-88, versa sobre os direitos e


deveres individuais e coletivos do cidadão
brasileiro (garantias fundamentais), estabelece
logo no inciso II que: “ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei” .(Princípio da Legalidade)

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Hierarquia das normas jurídicas

• Específico do Estado Democrático de Direito e


fruto da completa submissão do Estado às Leis.

Hierarquia das normas jurídicas

O surgimento de novos direitos e obrigações devem,


necessariamente, passar pelo processo legislativo
(discussão pelo Congresso Nacional – vontade geral –
representantes da população), buscando evitar a
atuação excessiva e irregular de órgãos dos outros
poderes.

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Competência material
(exclusiva e comum)

Competência material - exclusiva


• Atribuída a determinado ente federado, com
exclusão dos demais.

Ex.: União (artigo 21, CF/88), Estados (artigo 25,


§1°,CF/88), Municípios (artigo 30, incisos III ao
IX,CF/88).

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Competência material - exclusiva


Artigo 21. Compete à União:
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano,
inclusive habitação, saneamento básico e transportes
urbanos;

XXII - executar os serviços de polícia marítima,


aeroportuária e de fronteiras;

Competência material - exclusiva


XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de
qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e
seus derivados, atendidos os seguintes princípios e
condições:(...)

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Competência material - comum


• Atribuída a todas as entidades de forma igualitária.
• Artigo 23. É Competência comum da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
- Proteção das paisagens naturais notáveis e dos sítios
arqueológicos;

Competência material - comum

- Proteção do meio ambiente e combate à poluição


em qualquer de suas formas;

- Preservação das florestas, da fauna e da flora; (...)

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Competência legislativa
(privativa)

Competência legislativa privativa


• Aquela que possui competência originária de um
ente específico, mas, podendo ser delegada ou
suplementada.

• Ex.: Artigo 22 e parágrafo único; e artigo 30,


inciso I, da CF/88;

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Competência legislativa privativa


Artigo 22. Compete privativamente à União legislar
sobre:

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,


agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

II - desapropriação;

Competência legislativa privativa


IV - águas, energia, informática, telecomunicações e
radiodifusão;

IX - diretrizes da política nacional de transportes;

X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial,


marítima, aérea e aeroespacial;(...)

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Competência legislativa privativa


XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e
metalurgia;

XIV - populações indígenas;

XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;

Competência legislativa privativa


XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa
marítima, defesa civil e mobilização nacional;

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os


Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo.

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Competência legislativa
(concorrente e
suplementar)

Competência legislativa concorrente

Quando é dada possibilidade de alguns entes


federados tratarem do mesmo assunto, competindo a
União legislar sobre normas gerais e aos Estados e
Distrito Federal de forma suplementar, segundo
previsão do art. 24 da CF/88.

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Competência legislativa concorrente


Art. 24. Competência concorrente da União, dos
Estados e do Distrito Federal para legislar sobre:

- Florestas; Caça; Pesca; Fauna;


- Conservação da natureza, defesa do meio e dos
recursos naturais;
- Proteção ao meio ambiente e controle da poluição;

Competência legislativa concorrente

- Proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico,


turístico e paisagístico;

- Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao


consumidor, a bens e direitos de valor artísticos,
estético, histórico, turístico e paisagístico.

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Competência legislativa suplementar

• Está ligada à competência concorrente, cabendo à


União dispor sobre normas gerais e aos outros entes a
suplementação destas normas ou a própria regulação,
em caso de ausência das mesmas. Ex.: Art. 24, §2°, e
art. 30, II, CF/88.

Competência legislativa suplementar

• Art. 24. (...) § 2º - A competência da União para legislar


sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.

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Objetivos da Política
Nacional do Meio Ambiente

Objetivos da PNMA

“A preservação, melhoria e recuperação da


qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento
socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida
humana...”.
(Art. 2º da Lei Federal n° 6.938/81)

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Objetivos da PNMA

-A compatibilização do desenvolvimento
econômico-social com a preservação da qualidade
do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;

Objetivos da PNMA

- A definição de áreas prioritárias de ação


governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio
ecológico, atendendo aos interesses da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios;

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Objetivos da PNMA
- Ao estabelecimento de critérios e padrões da
qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e
manejo de recursos ambientais;

- A preservação e restauração dos recursos


ambientais com vistas à sua utilização racional e
disponibilidade permanente, concorrendo para
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;

Objetivos da PNMA

- A imposição, ao poluidor e ao predador, da


obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos
causados e, ao usuário, da contribuição pela
utilização de recursos ambientais com fins
econômicos.
(Art. 4º da Lei Federal n° 6.938/81)

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Órgãos formadores do
SISNAMA

Órgãos Formadores do SISNAMA


Art. 6º, caput, da Lei Federal 6.938/81:

• Constituído pelos: órgãos e entidades da União, dos


Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios, bem como as fundações instituídas pelo
Poder Público, responsáveis pela proteção e
melhoria da qualidade ambiental.

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Órgãos Formadores do SISNAMA

• FINALIDADE: Assegurar mecanismos capazes de


implementar a Política Nacional do Meio Ambiente.

I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a


função de assessorar o Presidente da República;

Órgãos Formadores do SISNAMA

II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional


do Meio Ambiente (CONAMA), visa assessorar, estudar
e propor diretrizes de políticas governamentais e
deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas
e padrões compatíveis com o meio ambiente;

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Órgãos Formadores do SISNAMA


III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da
Presidência da República, visa planejar, coordenar
supervisionar e controlar a PNMA;

IV - órgão executor: o IBAMA;

Órgãos Formadores do SISNAMA


V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais
responsáveis pela execução de programas, projetos e
pelo controle e fiscalização de atividades capazes de
provocar a degradação ambiental;

VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades


municipais,vresponsáveis pelo controle e fiscalização
dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.”

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Instrumentos da política
nacional do meio ambiente

Instrumentos da PNMA
• Art. 9 da Lei Federal n° 6.938/81:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras;

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Instrumentos da PNMA
V - os incentivos à produção e instalação de
equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia
voltados para melhoria da qualidade ambiental

VI – a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de


proteção ambiental e as de relevante interesse
ecológico, pelo Poder Público Federal, Estadual e
Municipal;

Instrumentos da PNMA
VII - O sistema nacional de informações sobre o meio
ambiente;
VIII – o Cadastro Técnico Federal de Atividades e
Instrumentos de Defesa Ambiental
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao
não-cumprimento das medidas necessárias à
preservação ou correção de degradação ambiental.

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Instrumentos da PNMA
Licenciamento Ambiental: Procedimento administrativo
pelo qual o órgão ambiental competente licencia a
localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental, considerando as disposições
legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao
caso. (Art. 1°, I, da Res. CONAMA n° 237/97)

Licenças prévia, de
instalação e de
operação

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Licença ambiental
Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,
estabelece as condições, restrições e medidas de controle
ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor,
pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e
operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos
recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental. (Art. 1°, II, da Res. 237/97)

Licença prévia (LP)


• Análise de viabilidade ambiental do projeto.

• Concedida na fase preliminar do planejamento do


empreendimento ou atividade, contendo requisitos
básicos a serem atendidos nas fases de localização,
instalação e operação, observados os planos
municipais, estaduais ou federais de uso do solo.

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Licença de instalação (LI)


• Autoriza a instalação do empreendimento ou
atividade de acordo com as especificações
constantes dos planos, programas e projetos
aprovados.

Licença de operação (LO)

• Autorizando, após as verificações necessárias, o


início da atividade licenciada e o funcionamento
de seus equipamentos de controle de poluição,
de acordo com o previsto nas Licenças Prévia e de
Instalação.

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Avaliação de impactos
ambientais

Avaliação de impactos ambientais

Impacto ambiental é qualquer alteração das


propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou
energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam: (Art. 1° Res. CONAMA n° 01/86)

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Avaliação de impactos ambientais

I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;


II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio
ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.

Avaliação de impactos ambientais

Art. 5º da Res. CONAMA n° 01/86 – EIA:

I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de


localização de projeto, confrontando-as com a hipótese
de não execução do projeto;
II - Identificar e avaliar os impactos ambientais gerados
nas fases de implantação e operação da atividade;

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Avaliação de impactos ambientais

III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou


indiretamente afetada pelos impactos (...) e, em todos os
casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza;

lV - Considerar os planos e programas governamentais.

Avaliação de impactos ambientais


Art. 2º- Dependerá de prévia elaboração de EIA/RIMA e
da aprovação pelo órgão competente, o licenciamento das
seguintes atividades:

II - Ferrovias;
III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos
químicos;

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Avaliação de impactos ambientais

IV - Aeroportos, conforme definidos pelo Decreto


99.274/90;

X - Aterros sanitários, processamento e destino final de


resíduos tóxicos ou perigosos;

Empreendimentos de grande
Impacto Ambiental
ATERRO SANITÁRIO

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Empreendimentos de grande
Impacto Ambiental
TERMINAL PORTUÁRIO

Mitigação e
compensação ambiental

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Mitigação e compensação ambiental

 Definição das medidas mitigadoras dos impactos


negativos;

 Elaboração do programa de acompanhamento e


monitoramento:

• impactos positivos e negativos.

Mitigação e compensação ambiental

• Mecanismo financeiro de compensação pelo efeitos


de impactos não mitigáveis.

• O órgão ambiental deverá definir, caso a caso, o


valor da compensação ambiental a ser paga pelo
empreendedor no licenciamento ambiental.

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Mitigação e compensação ambiental


• Nos casos de licenciamento ambiental de
empreendimentos de significativo impacto ambiental,
com fundamento em estudo de impacto ambiental e
respectivo relatório (EIA e RIMA), o empreendedor é
obrigado a apoiar a implantação e manutenção de
unidade de conservação do Grupo de Proteção
Integral.
(Art. 36 da Lei Federal n° 9.985/00)

Mitigação e compensação ambiental


• O percentual devido para a compensação ambiental
não mais incide sobre o valor total dos custos para
implantação do empreendimento, e sim sobre o grau
de impacto do empreendimento sobre os meio
bióticos, físicos e socioeconômicos da região,
apurado de acordo com o estudo de impacto
ambiental e seu relatório.
(ADIN - Ação Direta de Inconstitucionalidade n°
3378)

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