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DiscipuladoeMentoria Completo
DiscipuladoeMentoria Completo
Discipulado e Mentoria
1a ed.
Curitiba
2019
© Os direitos de autoria e patrimônio são reservados ao(s) autor(es) da obra e a Faculdades
Batista do Paraná (FABAPAR). É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta
obra sem autorização da FABAPAR.
ISBN: 978-85-89487-09-2
Síntese ........................................................................................... 21
O relacionamento entre mentor e mentoreado............................ 24
2.1 Características de um mentor................................................................... 24
Síntese............................................................................................ 33
Mentoria e discipulado na prática................................................. 36
3.1 Como encontrar um mentor....................................................................... 36
Síntese ........................................................................................... 46
Ferramentas de apoio ................................................................... 49
4.1 Há necessidade de autoconhecimento................................................... 49
Síntese ........................................................................................... 63
Referências..................................................................................... 64
4
Apresentação dos autores
Pr. Marcílio De Oliveira, formado em Administração de Empresas
pela Faculdade de Ensino Superior do Paraná (FESP); em Teologia pela
Faculdades Batista do Paraná (FABAPAR). Pós-Graduado em Psicoteologia
e Bioética pela Faculdade Paranaense (FAPAR); Mestre em Teologia pela
FABAPAR. Foi pastor de jovens na Primeira Igreja Batista de São José dos
Campos e na Primeira Igreja Batista de Curitiba. Atualmente, é responsável
pelo Ministério de Integração, Famílias e Células da Primeira Igreja Batista
de Curitiba. Atua como professor em classes na igreja desde o início do
ministério e leciona no Ensino Superior desde o início de 2018.
5
6
Prefácio
Há alguns anos ouvia-se que uma das maiores carências do mundo
era a da liderança! Escreveu-se muito sobre como ser ou formar líderes
espirituais para o mundo. Pessoas que se levantassem para sonhar um
futuro melhor, que fossem capazes de inspirar outras a ir em busca desse
sonho e que tivessem a coragem e ousadia para ocupar os espaços para
a transformação da sociedade.
Que Deus levante entre nós mentores segundo o seu coração para
este tempo tão desafiador.
Deus te abençoe!
1.1 Mentoria
Mentoria é o processo de acompanhamento em que uma pessoa
é orientada por alguém. No mundo empresarial, Idalberto Chiavenato,
considerado um dos gurus da Administração de Empresas, conceitua o
ato de orientar como:
Determinar a posição de alguém perante os pontos cardeais;
encaminhar, guiar, indicar o rumo a alguém; poder reconhecer a
situação do lugar em que se acha para se guiar no caminho. [...] Quando
ingressam na organização, ou quando a organização faz mudanças, as
pessoas precisam sentir em que situação se encontram e para onde
devem conduzir suas atividades e esforços. (CHIAVENATO 2010, p. 172)
11
A mentoria também pode ser um período de treinamento, em
que entende-se por treinamento “o processo pelo qual uma pessoa é
preparada para desempenhar de maneira excelente as tarefas específicas
do cargo que deve ocupar”. (CHIAVENATO 2010, p. 367). Você talvez tenha
estranhado a citação de um teórico do setor empresarial, mas Deus é um
excelente administrador (ARAÚJO 2012, p. 104); enquanto o treinamento
apresentado por Chiavenato visa que os funcionários da empresa gerem
cada vez mais lucro, Deus espera que todos os seus trabalhadores,
aqueles que põem a mão no arado, produzam cada vez mais frutos.
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2 Todo ramo que,
estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda,
para que dê mais fruto ainda. (BÍBLIA SAGRADA, João, 15.1-2)
12
O próximo ponto tratará do conceito de discipulado e de sua relação com
a mentoria e o aconselhamento cristão.
1.2.1 Discipulado
Para compreender o conceito de discipulado, é importante entender
como e quando se iniciava o processo de ensino no contexto judaico.
Os meninos judeus iniciavam seus estudos da Torah (primeiros 5
livros do Antigo Testamento) aos 6 anos de idade e aos 10 já a tinham
decorado. Os que se destacavam eram selecionados, se aprofundavam
nas Escrituras, na sua interpretação e na tradição oral. Aos 14 anos
esses meninos já eram considerados a elite em Israel e eram chamados
de Talmidi ou Talmidim (discípulo) e se dedicavam aos estudos sob
os cuidados de um rabino, posteriormente se tornavam mestres.
Provavelmente Jesus passou por esse processo (Lucas 2.46-47), pois
era reconhecido como mestre (João 1.38;20.16) .1
13
Todo seguidor de Cristo convertido aos seus ensinamentos estão
aptos a fazer novos discípulos. Ser um discípulo e discipular faz parte
da missão da igreja, mas exercer essas duas atividades não se traduz
em apenas aprender e ensinar. Jesus dizia aos seus seguidores que se
tornassem seus imitadores e isso implica em “pregar, curar os enfermos,
ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar os demônios [...]
Jesus veio para servir as pessoas e Ele envia sua igreja para servir ao
mundo”. (CAMPANHÃ, 2012, p. 17)
14
aprender de seu mestre e tornar-se como ele em caráter” (COLLINS,
2005, p. 21). A mentoria e o discipulado só são possíveis por intermédio
do aconselhamento e ensino cristão. A seguir serão apresentados os
conceitos e aspectos do aconselhamento cristão e as possíveis diferenças
entre Mentoria e Discipulado.
15
Na Bíblia, não existe uma diferenciação entre mentoria,
aconselhamento e discipulado. Como exemplo, é possível citar do grego
algumas palavras bíblicas que podem referenciar o que se entende por
discipulado e mentoria.
16
1.2.3 Diferenças entre discipulado e mentoria
Algumas igrejas fazem distinção entre os termos discipulado e
mentoria referindo-se a processos de desenvolvimento cristão distintos.
Assim sendo, o discipulado é uma ação voltada para o início da vida
cristã, em que princípios básicos da fé cristã são ensinados com vistas
à preparação de pessoas ao batismo. Para as igrejas que possuem tal
compreensão, a mentoria é um processo de orientação espiritual que vem
após o batismo e visa ao desenvolvimento do caráter cristão no indivíduo.
17
ministro é transferir experiência, valores, modelos e vida. Fazendo isso é
possível deixar as marcas de Cristo na vida das pessoas, para que estas
possam marcar outros e assim sucessivamente. Uma aula pode ser
esquecida, mas a experiência vivida será levada por toda uma vida.
18
1.3 Fundamentos da mentoria espiritual
Segundo Robert Clinton (2000, p. 27), todo líder passa por fases
de desenvolvimento de liderança ao longo da vida. Desde a infância até
a maturidade, pessoas estão em desenvolvimento para exercerem seu
papel na sociedade, iniciando dentro da família e depois influenciando
pessoas em contextos distintos. Aqueles que se destacam na liderança
cristã mantêm um espírito de aprendiz em sua vida e compreendem que
devem deixar um legado desenvolvendo novos líderes.
19
1.3.1 Fundamentos bíblicos de mentoria
Há muitas passagens bíblicas que podem ser utilizadas como base
para a fundamentação teórica da mentoria espiritual. Abaixo cita-se
algumas que podem servir de referência, ainda que não esgotem a
exposição bíblica sobre o assunto. No Antigo Testamento, em 2 Crônicas
24:2, vê-se a importância do sacerdote Joiada na vida do novo rei Joás,
ajudando-o a fazer aquilo que Deus aprovava em seu reinado. Já o texto
de Provérbios 27:17 diz: “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o
seu companheiro”.
20
Síntese
Neste capítulo foi visto que discipular, mentorear e aconselhar
pessoas faz parte da missão da Igreja de Cristo. Verificou-se que discipulado
e mentoria, de acordo com a Bíblia, possuem conceitos semelhantes, que
se trata de ensinar, treinar, cuidar, pastorear pessoas preparando-as para
uma caminhada firme na fé rumo à eternidade. Verificou-se também que
algumas igrejas atribuem conceitos diferenciados entre discipulado e
mentoria, tendo o primeiro foco em preparar os novos na fé em Cristo
para o batismo, já o segundo seria uma continuação do discipulado,
preparando, capacitando, treinando e orientando os servos do Senhor
para o trabalho em prol do Reino.
21
O relacionamento entre
mentor e mentoreado
O relacionamento entre mentor e
mentoreado
O ser humano é social, convive e depende desta convivência
ou interação com outros para estar bem emocionalmente e saudável
psicologicamente. As relações de ajuda, como a mentoria cristã,
promovem um intercâmbio de saberes e emoções entre cuidador e o
que está sendo cuidado. Este relacionamento proporciona um ambiente
propício para o crescimento e desenvolvimento em vários aspectos da
vida para os envolvidos no processo.
Dica
O mentor deve ser um cristão, mais experiente, que voluntariamente
se dispõe a acompanhar alguém em sua caminhada cristã. Este
deve ser capaz, temente a Deus, digno de confiança, de boa índole
(Êxodo 18:21); que maneja bem a palavra de Deus e não tem do
que se envergonhar (2 Timóteo 2:15).
24
pastores, na verdade, esta ação faz parte da missão da igreja, pois a grande
comissão implica em que se faça “[...] discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (BÍBLIA
SAGRADA, Mateus, 28.19). Entretanto o mentor deve ser um cristão,
mais experiente, que voluntariamente se dispõe a acompanhar alguém
em sua caminhada cristã. Este deve ser capaz, temente a Deus, digno
de confiança, de boa índole (Êxodo 18:21); que maneja bem a palavra de
Deus e não tem do que se envergonhar (2 Timóteo 2:15).
25
do Reino há aflição e consequentemente a necessidade de encontrar
sustentação em Deus e em sua Palavra. Nas adversidades os mentores
devem buscar sustento em Deus e em sua Palavra. Quanto mais tardia
for a busca, maior será o risco de o mentor entrar em colapso, seja físico,
espiritual, emocional ou moral. O mentor deverá ter a marca de ser um
servo temente que busca Deus e conhece bem a palavra para que suas
cercas de proteção espirituais estejam sempre fortalecidas.
26
2.1.3 Tem e deixa marcas espirituais na vida das
pessoas
O mentor possui marcas do poder e do amor de Deus em sua
vida. Essas marcas foram produzidas ao longo de sua caminhada com
Deus, experiências vividas que quando contadas impactam a vida dos
que ouvem produzindo fé, amor, perseverança, esperança, compaixão,
aprendizado, crescimento espiritual e maturidade.
27
“Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de
equilíbrio” (BÍBLIA SAGRADA, 2 Timóteo, 1.7). Deve-se crer nisso e um dia
será possível parafrasear Paulo dizendo:
Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está
reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele
dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua
vinda” (ibidem, 2 Timóteo, 4.7,8).
Aquele que tem o desejo de ser mentoreado deve orar e pedir a Deus
um mentor que tenha afinidade com o assunto a ser tratado. O Senhor
irá mostrar a esta pessoa alguém que tenha experiência para a orientar.
Independentemente da temática do mentoreamento, a mentoria cristã
visa ajudar a pessoa a desfrutar de uma vida plena em um relacionamento
28
íntimo com Deus, colocando-o no controle das decisões e tornando-o
pilar central de sustentação para todas as áreas da vida.
29
No livro de João capítulo 11, onde há a narração da ressurreição
de Lázaro, nota-se que Jesus chorou por ver a dor das pessoas e por
perceber que elas não conseguiam ver a Glória de Deus por meio dele. No
versículo 36, alguns Judeus perceberam e exclamaram: “vejam como ele
o amava!”. Jesus não precisou dizer explicitamente que se importava, mas
suas atitudes e seu comportamento foram suficientes para expressar o
quanto ele se importava. Cabe ao mentor compreender a real necessidade
do mentoreando e se importar de verdade e com sinceridade, bem como
saber transmitir essa mensagem de empatia e compaixão para os seus
mentoreandos.
30
1.ª fase: O que você quer?
31
que agir para mudar os maus hábitos que o atrasam e afastam de Deus.
Para isso será necessário compreender como você aprende e fazer
investimentos em livros, cursos de aprimoramento e desenvolvimento
pessoal.
32
Síntese
Neste capítulo tratou-se de como deve ser o relacionamento de um
mentor e quais são as características que autenticam um mentor, como a
busca pela proteção de Deus, o reconhecimento de suas limitações e as
marcas espirituais que possui e deixa na vida das pessoas, por exemplo;
das características que um mentoreando deve ter, como objetividade,
disciplina e humildade; do processo de compreensão do outro na
mentoria; de como identificar alvos e objetivos, além de quais devem ser
os primeiros passos rumo à autodescoberta.
33
Mentoria e discipulado
na prática
Mentoria e discipulado na prática
Após compreender quem é o mentor, o mentoreado e como se
caracteriza o relacionamento entre os dois na mentoria, deseja-se tratar
neste capítulo sobre como o processo de mentoria se inicia, se estabelece
e se desenvolve na busca do crescimento, do amadurecimento do
mentoreado. É bem verdade que esse desenvolvimento é mútuo, pois
ambos crescem, afinal, o mentor também lê, pesquisa, reflete sobre que
materiais usar a fim de contribuir para o desenvolvimento da vida do
mentoreado.
36
Quando Deus mostrar a pessoa certa, aproxime-se amigavelmente,
se você não a conhecer, terá que iniciar um relacionamento, para que esta
pessoa entenda que ela deve cuidar de você, mas não force uma situação.
Quando Deus está no controle, as coisas fluem naturalmente e em paz,
se você perceber que isso não está acontecendo, ore e pergunte a Ele
se você entendeu a mensagem corretamente. Deus não é um Deus de
confusão.
37
o objetivo deste material é mais prático do que filosófico, define-se aqui
quatro áreas para serem investigadas: as dimensões espiritual, física,
emocional e relacional.
38
a vida espiritual das pessoas, como: a meditação diária na Bíblia, a oração,
jejum, o diário espiritual e o retiro espiritual.
39
concentrar o líder em Deus e alinhá-lo à vontade de Deus expressa na
Bíblia. A prática do jejum, com suas privações, molda o líder, ajudando-o
a colocar sua esperança e provisão na pessoa de Deus.
40
Segundo Roseli de Oliveira, “O cuidado ao corpo como instrumento
de trabalho nem sempre é considerado necessário em interpretações
teológicas que priorizam o gastar-se por amor a Cristo” (OLIVEIRA, 2012,
p. 102). Contudo, a Bíblia é clara ao demonstrar que mesmo Jesus cuidava
de sua integridade física se retirando em alguns momentos de grande
tensão, como o registrado em Marcos 3.7.
41
3.2.3 Cuidado na dimensão emocional
O cuidado emocional está interligado aos demais cuidados ou
demais dimensões da vida. Vê-se com muita frequência na atualidade
pessoas que sofrem na área emocional, desenvolvendo enfermidades
como ansiedade, depressão e burnout.
42
a necessidade de investimento nesse aspecto, o mentor pode fazer
perguntas e testes para saber o grau de envolvimento do mentoreado com
pessoas ao seu redor nos ambientes em que vive. Quando há relações
sociais de ajuda em que se oferece e recebe escuta, compreensão e apoio,
se obtém cura e crescimento pessoal.
43
Falando sobre esses critérios, David Kornfield (Kornfield, 2007) diz
de forma muito simples que os alvos de crescimento precisam ser claros
revelando que passo se quer dar, constando uma data para início e data
para término da tarefa em busca de se atingir o que foi proposto.
44
quando chegar o grande dia da oportunidade de conversar com o seu
mentor você não a desperdiçar.
Todo processo deve ter um início, meio e fim. A mentoria não irá
acontecer por toda a eternidade, então converse com o seu mentor sobre
a possibilidade de desenvolver um cronograma, para saber quando será
o fim dos encontros. Não quer dizer que após esse “fim” o vínculo será
cortado, em alguns casos isso realmente acontece, mas não é uma
obrigatoriedade. Se você entender que o seu mentor pode lhe ajudar com
outros temas, verifique a possibilidade de dar continuidade à mentoria.
Mas sempre é bom saber o que se pretende com a mentoria e onde se
quer chegar.
45
Síntese
Neste capítulo foram vistos alguns aspectos práticos do discipulado
e da mentoria, quais atitudes são relevantes para se encontrar um
mentor, como identificar as necessidades do mentoreado, no que tange
às dimensões que formam a vida humana, sendo estas espiritual, física,
emocional e relações sociais. Também a importância de se estabelecer
um roteiro de ação e uma agenda para definir onde se pretende chegar
firmando todas as responsabilidades em um contrato que registre o
dever dos participantes da mentoria (mentor e mentoreado). No próximo
capítulo serão estudadas algumas ferramentas e apresentados testes
de apoio que auxiliam a compreender as necessidades do mentoreando
com base no autoconhecimento
46
Ferramentas de apoio
Ferramentas de apoio
Neste capítulo serão apresentadas algumas ferramentas de
autoconhecimento e desenvolvimento pessoal que contribuirão para o seu
crescimento, bem como o de pessoas que Deus enviar para você cuidar.
49
Pretende-se aqui ajudar você a traçar seus objetivos a partir do
entendimento de quem você é, e de suas maiores dificuldades.
Curiosidade
Autoconsciência – capacidade de perceber e identificar suas
emoções no momento em que estão emergindo.
Autorregulação – habilidade para lidar com as próprias emoções
sem deixar que gerem impactos destrutivos ou limitadores.
Empatia – capacidade de reconhecer a emoção e a perspectiva
dos outros e ser capaz de ver as coisas por meio do sistema de
valores e crenças da outra pessoa.
Habilidades sociais – aptidão para lidar com as emoções dos
outros e resolver conflitos sem comprometer os valores e as
crenças dos envolvidos (SANTOS, 2019).
50
Tabela 1: autoavaliação geral de saúde emocional
A maior
Quase Algumas Boa parte
parte do
nunca vezes do tempo
tempo
51
17. Vejo a mão de Deus nos relacio-
1 2 3 4
namentos e circunstâncias ao redor.
18. Sou uma Benção e não um peso
1 2 3 4
para os outros.
19. Estou sobrecarregado ou
4 3 2 1
estressado.
20. Sei como descansar bem, tenho
um dia de descanso semanal. 1 2 3 4
Descanso bem nas férias.
21. Sinto-me culpado quando
4 3 2 1
descanso.
22. Eu me relaciono bem com os
1 2 3 4
outros e consigo resolver conflitos.
23. Estou escravizado pela culpa. 4 3 2 1
24. Entendo bem como distinguir
entre culpa falsa e culpa verdadeira e 1 2 3 4
resolvo as duas com facilidade.
25.Tenho dívidas financeiras, ou sou
controlado por outras coisas (álcool,
drogas, comida, trabalho, ministério, 4 3 2 1
pensamentos impuros ou lascivos,
televisão etc.).
26. Eu perdoo as ofensas de outros e
1 2 3 4
peço perdão pelas minhas ofensas.
27. Fico ressentido; guardo amargura
4 3 2 1
ou rancor.
28. Quando erro, eu me arrependo e
1 2 3 4
peço perdão.
29. Fui criado em um lar amoroso e
1 2 3 4
saudável, com muito diálogo.
30. Meu pai expressava seu amor e
respeito por mim verbalmente e de 1 2 3 4
forma não verbal.
31. Minha mãe expressava seu amor
e respeito por mim verbalmente e de 1 2 3 4
forma não verbal.
52
32. Quando criança, eu sabia que
meus pais se amavam e que eu era 1 2 3 4
amado.
33. Meus pais me disciplinaram de
1 2 3 4
forma saudável.
53
Kornfield (2007, p. 71) ainda ajuda a compreender que existem três
níveis de dificuldades que podem favorecer a obtenção de resultados
baixos na avaliação, sendo estas:
1. Pecado, erro ou ferida bem recente, sem raízes maiores que nos
afastam de Deus ou de outras pessoas. Porém, se você resolver
rapidamente, e não ficar procrastinando, essa dificuldade não se
transformará em um grande problema.
2. Uma brecha: um pecado ou ferida não resolvida se torna uma
brecha que enfraquece e distancia você de Deus e de seus
irmãos, deixando-o bem mais vulnerável ao Inimigo, que quer
destruir você.
3. Uma fortaleza: quando a brecha permanece aberta por muito
tempo, dá-se início a construção de defesas, explicações ou
racionalizações sobre determinado problema não resolvido.
O autor explica que os muros que envolvem essas fortalezas são
pontos de apoio que fortalecem o agir de Satanás em sua vida. É possível
reconhecer essas fortalezas quando há uma reflexão sobre a vida e são
identificadas áreas que já não estão sob controle.
54
4.2 Métodos que geram crescimento
Serão conhecidos três métodos que podem contribuir para auxiliar
no processo de autoconhecimento, sendo estes o AROA, o DISC e a
Roda da Vida. Esses métodos ajudam as pessoas proporcionando o
entendimento de quais são as áreas mais fortes e as mais fracas da vida
que precisam ser desenvolvidas.
4.2.1 Aroa
Nesse método, o mentor procura fazer boas perguntas, entretanto
ele não será a pessoa que dará as respostas. É preciso que o mentoreado
chegue a suas próprias conclusões para que a mudança de vida aconteça.
É preciso investir cerca de uma hora neste mentoreamento, que deve ter
três figuras: o mentor, o mentoreado e um observador, que anota fatos
interessantes ajudando a apontar possíveis passos para mudanças na
vida do mentoreado. O AROA é, na verdade, uma sigla que representa
quatro passos para o mentoreamento que de acordo com Kornfield (2007,
p. 157-159.) são:
55
AÇÃO: aqui, haverá uma seleção das melhores opções para que
sejam levadas adiante por meio de passos concretos. É importante
identificar alguém para quem se prestará contas sobre o plano de ação
de realização das melhores opções. Este passo levará em torno de 15
minutos, incluindo oração final da parte de ambos.
56
Disc Fonte: Google Imagens (2019).
57
Tabela 2: áreas da roda da vida
QUALIDADE DE
RELACIONAMENTOS PESSOAL PROFISSIONAL
VIDA
58
Roda da vida
Fica como sugestão que você faça os testes Roda da Vida e DISC
no site mrcoach3 Neste site você encontrará um teste chamado Nível
de Procrastinação, aproveite e faça este também. Sem dúvida será
um momento valioso de autoaprendizagem que além de o deixar mais
familiarizado com as ferramentas, proporcionará que você suba mais
alguns degraus de experiência como um mentor. Esteja sempre aberto a
correções e seja transparente com você. Quando Deus lhe enviar alguém,
você poderá oferecer esse suporte durante a mentoria.
59
em busca de melhorias. Todo projeto necessita de planejamento para se
organizar, atitude para tirar o que foi planejado do papel ou do “mundo das
ideias”, controle para saber se suas ações estão sendo bem-sucedidas
e por fim uma avaliação de resultados. A ferramenta PDCA é bastante
conhecida por estudiosos da Administração de Empresas e Gestão de
Projetos por ajudar com essas questões de maneira simples e de fácil
entendimento. Segue, resumidamente, o conceito e como você poderá
utilizar essa ferramenta na mentoria.
4.3.2 PDCA
O PDCA possibilita controlar, analisar e avaliar todo o processo
constantemente. O método indica a direção que se deve seguir para
que as metas e objetivos traçados possam ser realizados. A sigla PDCA
significa no inglês, seu idioma de origem PLAN, DO, CHECK, ACT, portanto
PDCA é a letra inicial de cada palavra que traduzida para o português
resulta consecutivamente em PLANEJAR, EXECUTAR, VERIFICAR e AGIR.
O Ciclo PDCA é projetado para ser usado como um modelo dinâmico. A
conclusão de uma volta do ciclo irá fluir no começo do próximo ciclo, e
assim sucessivamente. Seguindo no espírito de melhoria de qualidade
contínua, o processo sempre pode ser reanalisado e um novo processo
de mudança poderá ser iniciado. (NASCIMENTO, 2011, p. 3).
60
4.3.1 O PDCA e a mentoria
Dica
Se porventura você for o mentor, não responda nada pela pessoa
que você está ajudando em nenhum momento. Ela precisará
encontrar formas de resolver os próprios problemas, você é o
apoio, o conselheiro e não o que resolve todos os problemas.
PLANEJAMENTO (P)
61
EXECUÇÃO (DO)
O planejamento está pronto e bem detalhado? Nesta fase você o colocará em prática
"TIRAR TUDO DO PAPEL"
VERIFICAÇÃO (C)
O QUE NÃO
O QUE FOI ACONTECEU POR QUE NÃO QUAIS OS ERROS
FEITO? COMO ACONTECEU? COMETIDOS?
PLANEJADO?
Nesta fase será investigado tudo que está acontecendo e o que não está acontecendo
e os motivos pelos quais não aconteceu.
62
Existe uma infinidade de ferramentas que podem auxiliar você a
alcançar os seus objetivos e ser uma pessoa melhor e bem resolvida.
Entretanto, muitos cristãos tendem a não dar muita atenção para este
tipo de proposta, mas a Palavra de Deus orienta a amar o próximo como
a si mesmo. Se você não consegue amar o próximo, como poderá amar a
Deus que não vemos? Perceba que existe uma linha de raciocínio:
Amamo-nos > para amar o próximo como a nós mesmos > para
provar que amamos a Deus.
Síntese
Neste Capítulo estudou-se a respeito da necessidade de
autoconhecimento para se ter noção do caminho que deverá ser
trilhado, seguindo um objetivo claro e sendo emocionalmente adaptável,
flexível, confiante e resistente, sabendo trabalhar na direção de suas
metas, recuperando-se rapidamente do estresse sem perder o foco do
relacionamento íntimo com Deus. Foram vistos alguns testes de saúde
emocional e ferramentas de apoio à mentoria, como DISC, AROA e Roda
da Vida. Concluindo, foi observada a importância do controle e avaliação
de desenvolvimento durante todo o processo, bem como a de utilizar
o ciclo PDCA para auxiliar neste aspecto. Espera-se que este material
contribua para o seu desenvolvimento pessoal e espiritual em todas as
áreas de sua Roda da Vida. Deus abençoe você e seu ministério.
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Referências
ARAÚJO, Paulo. A Bíblia e a gestão de pessoas: trabalhando mentes e
corações. Curitiba: A. D. Santos, 2012.
______. Ajudando uns aos outros pelo aconselhamento. São Paulo: Vida
Nova, 2005.
______. Ajudando uns aos outros pelo aconselhamento. São Paulo: Vida
Nova, 2005.
64
GINGRICH, F. Wilbur; DANKER, Frederick W. Léxico do Novo Testamento:
grego e português. São Paulo: Vida Nova, 2005.
KORNFIELD, David. O líder que brilha. São Paulo: Editora Vida, 2007.
PIPER, John. Irmãos, nós não somos profissionais. São Paulo: Vida Nova,
2009
65