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Noções Básicas de ECG #3
Noções Básicas de ECG #3
UPE 4M 2020.3
MARCAPASSOS CARDÍACOS:
Nó sinusal ou sinoatrial (NSA):
- Possui células que se despolarizam de
modo espontâneo (automatismo)
durante a diástole, produzindo um
potencial de ação (geram seu próprio Bases Eletrofisiológicas:
estímulo).
As fibras musculares do coração têm a
Nó atrioventricular (NAV):
sua membrana polarizada, com cargas
- Menor velocidade de despolarização
negativas no interior da célula e
(marcapasso secundário).
positivas no exterior.
- Quando o NSA para de funcionar ele
A membrana atua como uma resistência
comanda as contrações para evitar que
que torna possível o armazenamento de
o coração pare.
forças elétricas (potencial elétrico), de
tal modo que, entre o interior e o exterior
Sistema de Condução Cardíaco: da célula, há uma diferença de
potencial.
NSA que fica no AD.
Em repouso = célula do miocárdio
NAV que fica no AD também.
polarizada (mais negativa no interior) ➝
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Potenciais Elétricos:
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Derivações do ECG:
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Componentes do ECG:
Gráfico de voltagem/tempo:
- 1Q eixo Y = 0,1 mVolts
- 1Q eixo X = 0,04 segundos ou 40
milisegundos.
Características do ECG:
Frequência cardíaca varia entre 60 e
100 bpm = normalidade.
Consiste de ondas, intervalos e
segmentos.
Onda P:
em
DII
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Intervalo PR:
Inclui o Retardo na condução que ocorre
no nodo AV = tecido fibroso que divide
os sincícios Atrial e Ventricular.
Tempo dos A esvaziarem e encherem
os V.
Dura 0,12 a 0,20 segundos (3 a 5 P
quadradinhos).
P P
Medir do início da onda P ao início do
QRS.
R= 4Q = 0,16 segundos
Qual a importância de se observar o
intervalo PR?
- No Bloqueio AV, o Intervalo PR passa
a ser patológico e dura mais que o
normal.
- Na Pré-excitação (a despolarização Complexo QRS:
dos Ventrículos ocorre de maneira mais Representa a despolarização
precoce ao que deveria ocorrer), o
ventricular;
Intervalo PR passa a estar encurtado.
Diferentes morfologias de acordo com a
derivação em que se inscreve (ângulo
de visão daquele vetor).
- Morfologias: rS, R “puro”, qR, qRs, RS,
nas precordiais.
- Costuma ser: rS V1-V3; RS em V4; e
qRs V5-V6 (onda + vai crescendo).
Duração de 0,08-0,11 segundos (2 a 3
quadradinhos).
BRD e BRE = Bloqueio dos Ramos D e
E = duração aumentada (Imagem). **
Morfologias do QRS:
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**
Ponto J: o exato instante em que ocorre carrega a onda T junto com ele =
a transição do complexo QRS para o característico do IAM.
segmento ST. Segmento ST anormal = supra do
segmento ST de V1 a V6 = IAM com
supra ST, oclusão aguda de alguma
Segmento ST: artéria coronária = lesão e necrose.
Geralmente horizontal ou suavemente
ascendente em todas as derivações.
Vai do fim do QRS (Ponto J) ao início da
onda T.
Deve estar no mesmo nível do intervalo
PR.
Ocorre após da despolarização
ventricular e antes da repolarização
ventricular.
Supra do segmento ST = está muito
acima da linha de base (eixo x), e
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Onda T:
É a onda que representa a
repolarização ventricular, única e
assimétrica. Hipercalemia provoca alterações na
Forma arredondada, com início lento e onda T e em todo o ECG:
término rápido, com duração variada, - Nível 7 de K = onda T apiculada, em
sem um valor que se possa considerar tenda;
normal. - Nível 8 de K = onda T apiculada, em
T negativa e assimétrica em V1 (normal tenda, onda P desaparece (fica plana)
em mulheres) ou V1-V3 (ainda pode ser - Nível 10 de K = onda QRS alargada.
normal). É negativa em aVR. - Nível 11 em K = Alterações grosseiras
Em V1 a onda T geralmente é negativa. do QRS, segmento ST e onda T
Isso é normal. - Nível 12 em K = Ondas senóides e
evolução à fibrilação ventricular e morte.
Onda T negativa em outras derivações
pode representar casos iniciais de
síndromes coronarianas.
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que não pode ser -90, pois o aVL é apontando então na direção entre +30 e
negativo, e em D2 e D3 também. +60 (isodifásica é mais positiva que
negativa).
TERCEIRO PASSO: ver amplitude, D2 é a
Sobrecarga ventricular esquerda: que tem a maior amplitude frontal, então o
Ocorre um aumento da massa do VE, vetor do SÂQRS teria que estar apontando
então o eixo do QRS vai predominar para D2.
apontando para o VE. QUARTO PASSO: Critérios de SVE.
SÂQRS para a esquerda no plano Supracitados. A SVE existe nesse ECG
frontal. passa no Índice de Sokolow e no padrão
Índice de Sokolow-Lyon* (usa para strain de SVE. V5/V6
determinar se há sobrecarga de VE):
- R em V5 ou V6 + S em V1 > 35 mm*
- R em V6 > 30 mm Sobrecarga ventricular direita:
- R em aVL > 11mm
- R em V6 > amplitude que R em V5 Sabe-se que a massa do VE é maior
- S em V1 > 30 mm que a do VD, então quando há SVD,
- R em D1 + S em D3 > 25 mm essa massa do VD pode se sobrepor a
- R em aVL + S em V3 > 20 mm massa do VE e o ângulo do QRS
(mulheres) e 28 mm (homens) (SÂQRS) tende a apontar para o lado
- Padrão strain de SVE (alteração do direito, ou seja, se fosse avaliar o EEM
segmento ST – que fica infrasegmentar veria um QRS positivo em aVF (se
– e da onda T – que fica negativa para aproximando) e difásico em D1 (com a
baixo, sendo opostos a maior amplitude fase negativa mais proeminente que a
do QRS) fase positiva). Estaria positivo em D3
também.
Em V1, no complexo QRS, a onda R é
maior do que a onda S.
Cálculo de FC na FA
FA = Fibrilação Atrial = ritmo cardíaco
irregular.
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1. Calcule a FC;
2. Faça a análise do ritmo cardíaco;
3. Calcule o intervalo PR;
4. Calcule o intervalo QT (sístole
ventricular);
5. Estabeleça o eixo elétrico e, na O intervalo PR (normal entre 0,12s e
sequência, busque por alterações no 0,20s) se deve medir desde o início da
segmento ST (período de tempo de não onda P até ao início do complexo QRS.
atividade elétrica entre a despolarização O prolongamento do intervalo PR (>
e a repolarização do ventrículo); 0,20 seg. ou 5 quadrados pequenos) e
6. Alterações do segmento ST; indica um atraso na condução desde o
7. Busque outras alterações Nó Sinusal até os ventrículos.
eletrocardiográficas. - O prolongamento do intervalo PR
permite diagnosticar um bloqueio AV de
primeiro grau.
ANÁLISE DO RITMO CARDÍACO: Um intervalo PR curto (< 0,12 seg. ou 3
Para que o coração esteja em ritmo regular quadrados pequenos) pode ser causado
e em ritmo sinusal, basta verificar se a por uma síndrome de pré-excitação
distância entre os complexos QRS são (síndrome de Wolff-Parkinson-White).
semelhantes e se a onda P é gerada no nó Os achados mais importantes na
sinusal; síndrome de Wolff-Parkinson-White são:
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