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Faculdade de Engenharia Da Universidade Do Porto
Faculdade de Engenharia Da Universidade Do Porto
Dissertação de Mestrado de
Orientador
Co-orientador
outubro de 2021
Agradecimentos
Ao chegar ao final deste árduo trabalho, encerro um ciclo da minha vida e naturalmente não
posso deixar de agradecer a todas as pessoas que contribuíram para a conclusão do mesmo.
Agradeço à ALMINA por me ter oferecido, mais uma vez, a oportunidade de estagiar numa
empresa histórica e de renome.
Aos meus orientadores, Prof. Doutor Alexandre Leite e Prof. Doutor José Guedes, pela paciência,
dedicação e disponibilidade que mostraram para que este trabalho fosse efetuado.
Ao Eng.º Tiago Ferreira, por me ter ajudado ao longo de todo este processo, pela sua dedicação,
o seu profissionalismo e por oferecer muito do seu tempo livre a ajudar na escrita da dissertação,
principalmente fora do seu horário de trabalho. Foi um prazer trabalhar contigo.
Ao Eng.º Daniel Rocha, por ter sido o impulsionador da minha ida para a empresa conseguindo
que iniciasse os trabalhos mais cedo do que o previsto.
Á Eng.ª Ana Raquel Martinho, pelo conhecimento que me transmitiu em tão pouco tempo e por
toda a sua dedicação que mostrou para que este trabalho se realizasse.
À Eng.ª Carina Vicente, Eng.ª Irene Bento, ao Eng.º Pedro Morgado e Eng.º Ruben Rodrigues,
e aos geólogos Paulo Pinto, Marta Carvalho e Cristina Pereira por me terem inserido nas
respetivas áreas onde trabalham e pela partilha de conhecimentos necessários à realização
deste trabalho.
Aos meus colegas de curso, por me terem acompanhado nesta tão bela jornada que agora se
encerra. Alisan, Bianca, Gustavo, Jota, Miguel, Rita e Rúben, foi um prazer partilhar as salas de
aula convosco! Às minhas amigas Joana, Filipa e Tchouras!! Muito obrigado pelos incríveis
momentos na sala de Minas, pelo estudo em grupo e por estarem sempre disponíveis para me
ouvir quando mais precisava.
Um agradecimento especial ao Carlos e ao Gil, por terem sido o meu pilar durante todo o curso
e também na escrita do presente trabalho. Por todas as noites que passamos juntos, de estudo
e de brincadeira… obrigado por estarem lá. Não se esqueçam de quem é o rei do Catan!
Aos meus amigos Engenheiros do Ambiente com quem sempre tive uma ligação muito próxima,
desde o primeiro ano. À Bibi, Dora, Pas e ao Ni, por todos os grandes momentos que passamos
juntos que jamais esquecerei!
Aos meus companheiros de aventuras durante o ERASMUS, tornaram a experiência mais fácil
e mais memorável. Nunca esquecerei as noites no karaoke, no Gospoda Koko e na casa da
Constança e da Madalena!! À armada tuga, Castro, Chico, Constança, Gil, Henrique, Inês,
Jamila, Madalena e Vitinha, pelos bons momentos passados e os assados comidos. To Alex,
Clara, Clemence, Guiseppe, Luis, Mattia, Roger, Rufino, thank you my friends!
ii
Aos meus amigos do secundário, Artur, Bolacha, Capitão, Cruz, Paulo e Sérgio que deram
origem ao ZUERA NO NORTE, obrigado pelos cafés de sábado à noite! Tiveram um papel
importante no meu sucesso académico!
Ao Artur, pela tua amizade e por teres sido um grande apoio durante estes seis anos, tanto a
nível académico como a nível pessoal. Sabia que podia contar contigo sempre que precisava.
Ao Luís, que apesar de ter os seus compromissos pessoais e profissionais nunca deixou de
querer estar comigo e por tentar manter a amizade, apesar da distância.
Ao Sandro por ser a minha amizade mais antiga e uma das mais importantes e por nunca ter
deixado querer de estar comigo apesar de todas as adversidades.
Á Maria, por ter sido um apoio gigante nestes últimos meses, principalmente a nível pessoal.
Agradeço a tua preocupação com a realização do presente trabalho.
A toda a minha família, por todo o carinho e apoio que sempre me proporcionaram.
Aos meus avós por terem sido um pilar fundamental na minha educação e por nunca me terem
faltado. Ao meu avô Mingos, por todo o conhecimento que partilhou comigo e por ter sido um
exemplo como pai e avô. Nunca te esquecerei.
Ao meu irmão, por ter sido o meu principal apoio na minha infância, por me ter tratado tão bem
como irmão. Agradeço por teres sido o meu companheiro de tantos momentos na nossa vida.
Agradeço-te também por teres sido a principal razão de eu ter escolhido este curso e por todo o
apoio que me deste ao longo destes últimos seis anos.
À minha mãe, por todo o apoio que me deu nesta fase da minha vida, e mais recentemente pelo
auxílio na escrita deste trabalho. Por ser a melhor pessoa que eu podia ter na minha vida, por ter
sido o meu suporte desde o início, palavras nunca serão suficientes para te agradecer.
Ao meu pai… tenho muito orgulho no teu percurso e nunca esquecerei todos os bons momentos
que passamos juntos. Serás sempre um exemplo para mim. Obrigado por tudo o que me
ensinaste, levo-te comigo para a vida.
iii
Resumo
Pretende generalizar os tipos de sustimento a aplicar por zona geotécnica tendo como base os
valores compreendidos nos intervalos de Q. Também oferece propostas de diagramas de fogo,
divididas em dois tipos de terreno, com base em parâmetros geológicos.
Este estudo envolveu o tratamento e análise de mais de 5000 m de sondagens. Os dados dos
levantamentos de campo levaram à criação de uma base de dados com aplicação da
classificação geomecânica Q-system. A partir dessa base de dados foi efetuada uma divisão do
maciço rochoso em quatro zonas geotécnicas, com base no ábaco de Barton, apresentando uma
proposta de sustimento a aplicar em cada zona.
Na parte final é efetuada uma abordagem referente à estabilidade das cavidades geradas pelo
desmonte em bancada, apresentando valores de raios hidráulicos máximos admissíveis, com
base no método do gráfico de estabilidade. Também são apresentadas estimativas de consumos
específicos referentes à quantidade de betão projetado e de explosivo, por metro linear de
desenvolvimento, e, também, de perfuração específica.
Palavras-chave
iv
Abstract
The present work intends to make a geotechnical parameterization of all underground mining
development by contemplating specific consumptions in an economic viability approach.
It aims to generalize the types of support to be applied per geotechnical zone based on the values
comprised in the Q ranges. It also offers proposals for blasting diagrams, divided into two rock
mass types, based on geological parameters.
This study involved the processing and analysis of over 5000 m of soundings. The data from the
field sampling led to the creation of a database with the application of the Q-system
geomechanical classification. From this database, the rock mass was divided into four
geotechnical zones, based on Barton's abacus, presenting a proposal for the support to be
applied in each zone.
In the final part, an approach is made to the stability of the caves generated by bench blasting,
presenting maximum admissible hydraulic radius values, based on the stability graph method. It
is also presented estimations of specific consumption referring to the amount of shotcrete and
explosive, per linear meter of development, and of specific drilling.
Keywords
v
Índice
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1
vi
4.1. Introdução ao estudo de caso ..................................................................................... 44
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 75
7. ANEXOS.............................................................................................................................. 78
vii
Índice de Figuras
viii
Figura 28 - Geologia da região de Aljustrel com representação da falha da Messejana (Fonte:
Candeias, 2008) .......................................................................................................................... 40
Figura 29 - Exemplo de um log geotécnico (documentação interna, ALMINA) .......................... 45
Figura 30 – Projeção estereográfica do ESC (à esquerda) e do MSX (à direita) no software
Steronet ....................................................................................................................................... 48
Figura 31 - Levantamento das famílias principais de fraturas de MSX na mina do Moinho....... 48
Figura 32 - Ábaco para dimensionamento de sustimentos, adaptado de (Barton, 2008) .......... 50
Figura 33 – Quantidade de amostras por zona geotécnica ........................................................ 52
Figura 34 – Proposta de sustimento para a zona 4 para a secção 5A*5L.................................. 53
Figura 35 – Cambotas ................................................................................................................. 54
Figura 36 – Proposta de sustimento para a zona 3 (esquerda) e zona 2 (direita) para a secção
5A*5L ........................................................................................................................................... 54
Figura 37 - Proposta de sustimento para a zona 1 para a secção 5A*5L (direita) ..................... 55
Figura 38 - Sustimento com malha-sol interrompido .................................................................. 56
Figura 39 – Proposta de sustimento para a zona 4 para a secção 5,5A*5L .............................. 56
Figura 40 - Proposta de sustimento para a zona 3 (esquerda) e zona 2 (direita) para a secção
5,5A*5L ........................................................................................................................................ 57
Figura 41 - Proposta de sustimento para a zona 1 com secção 5,5A*5L ................................... 57
Figura 42 - Proposta de diagrama de fogo para a secção 5A * 5L para escombro e maciço .... 58
Figura 43 - Proposta de diagrama de fogo para a secção 5,5A * 5L para escombro e maciço . 59
Figura 44 - Medidas do caldeiro, em metros ............................................................................... 60
Figura 45 – Introdução do diâmetro e altura do provete (esquerda) e Resultados finais do ensaio
(direita) ........................................................................................................................................ 61
Figura 46 – Carote de MSX, antes do ensaio (Esquerda) e depois do ensaio (Direita) ............. 61
Figura 47 – Carote de STWK, antes e depois do ensaio ............................................................ 61
Figura 48 – Carote de RUN, antes e depois do ensaio. (São duas amostras diferentes) .......... 62
Figura 49 – Gráfico de tensões σ1, σ2, σ3 ................................................................................. 64
Figura 50 - Gráfico de estabilidade do Ensaio 1 ......................................................................... 65
Figura 51 - Gráfico de estabilidade do Ensaio 2 ......................................................................... 66
Figura 52 - Gráfico de estabilidade do Ensaio 3 ......................................................................... 67
Figura 53 - Gráfico de estabilidade do Ensaio 4 ......................................................................... 68
ix
Índice de tabelas
x
Tabela 33 – Consumos específicos de betão ............................................................................. 69
Tabela 34 – Quantidade de parafusos aplicados por metro de exploração ............................... 69
Tabela 35 – Perfuração específica.............................................................................................. 69
Tabela 36 – Quantidade de emulsão .......................................................................................... 70
Tabela 37 - Impedância das litologias ......................................................................................... 70
Tabela 38 - Impedâncias de alguns explosivos analisados, retiradas dos catálogos da própria
empresa ....................................................................................................................................... 70
Tabela 39 – Relação de impedâncias entre o tipo de terreno e o explosivo .............................. 71
xi
Índice de equações
Equação 1 ..................................................................................................................................... 7
Equação 2 ..................................................................................................................................... 9
Equação 3 ................................................................................................................................... 10
Equação 4 ................................................................................................................................... 11
Equação 5 ................................................................................................................................... 24
Equação 6 ................................................................................................................................... 24
Equação 7 ................................................................................................................................... 24
Equação 8 ................................................................................................................................... 25
Equação 9 ................................................................................................................................... 25
Equação 10 ................................................................................................................................. 27
Equação 11 ................................................................................................................................. 28
Equação 12 ................................................................................................................................. 29
Equação 13 ................................................................................................................................. 30
Equação 14 ................................................................................................................................. 30
Equação 15 ................................................................................................................................. 30
Equação 16 ................................................................................................................................. 32
Equação 17 ................................................................................................................................. 45
Equação 18 ................................................................................................................................. 69
xii
Lista de abreviaturas
xiii
1. INTRODUÇÃO
1.1. Enquadramento
Uma das principais prioridades de qualquer empresa atualmente é otimizar os seus processos.
Este conceito envolve compreender, planear e executar as atividades de um ciclo ou sistema
com a finalidade de identificar falhas e criar soluções para a resolução de problemas. Assim, a
constante necessidade de melhorar os processos fica aliada à procura contínua de problemas
nos sistemas e suas consequentes resoluções.
1.2. Objetivos
A situação pandémica que se vive em Portugal e em todo o Mundo, não permitiu o caminho
desejado para a realização da Dissertação tendo, no entanto, havido a oportunidade de o
redirecionar a cada instante, para que esses objetivos fossem alcançados.
São eles:
1
• Obtenção dos consumos específicos de elementos de reforço e suporte por zonas
geotécnicas
• Obtenção aproximada dos consumos específicos de metros de furação e quilogramas
de explosivos por pega e por metro linear de desenvolvimento de galeria por
litologia/zona geotécnica
• Dimensionamento de raios hidráulicos das faces das câmaras de desmontes com base
no número de estabilidade e de acordo com as características geomecânicas do minério
e rocha encaixante
1.3. Estrutura
Esta dissertação tem 7 capítulos sendo este o primeiro, onde se procura introduzir o tema, referir
os principais objetivos do trabalho e resumir a estrutura do mesmo.
No Capítulo 2 é feita uma abordagem teórica aos conceitos que fundamentam e apoiam o
trabalho efetuado. São apresentadas classificações geológicas e geotécnicas, dando mais
importância ao Q-System, onde o trabalho é focado.
2
2. ESTADO DE ARTE
3
2.1. Propriedades Geomecânicas das rochas
Para qualquer maciço rochoso, podemos afirmar que ele se encontra sempre numa situação de
busca da estabilidade, podendo alguma dessa procura natural ser por nós acelerada, como por
exemplo, a realização de um qualquer tipo de desmonte.
Assim, passamos a definir, ainda que sucintamente, alguns dos parâmetros que nos ajudam a
caracterizar os maciços rochosos.
4
Rocha friável com
alteração visível em todo o - Zona alterada a
Muito alterada W4
maciço e perde resistência muito alterada ou
sob a presença de água mesmo decomposta
W4-5 Todo o material rochoso -Permeabilidade do
Completamente está muito decomposto. O tipo intersticial
alterada ou W5 maciço é completamente -Pode existir
decomposta friável e tem circulação fissural
comportamento de solo
A International Society for Rock Mechanics propõe que seja utilizada uma terminologia para
caracterizar os maciços em função do espaçamento das descontinuidades, tal como se pode ver
na Tabela 2 (ISRM, 1981).
Um ensaio de resistência à compressão uniaxial consiste em impor uma força vertical, de cima
para baixo sobre um provete cilíndrico e registar a força e a deslocação do mesmo, de modo a
apresentar valores de tensão, em MPa. Na Figura 2 é possível observar um dos carotes
analisados a ser submetido a este ensaio.
Apesar das rochas que constituem os maciços se encontrarem em geral submetidas a estados
de tensão triaxiais, existe interesse no estudo do comportamento das rochas quando submetidas
a compressão simples pois, tal estudo, permite pôr em evidência fenómenos com interesse
fundamental na mecânica dos maciços rochosos. O caso prático mais importante em que os
maciços rochosos se encontram submetidos a um estado de compressão simples é o dos pilares
que deliberadamente não são desmontados em minas.
5
forma cilíndrica submetido a uma tensão normal nas bases igual à razão da força normal N
pela área da base A. Os provetes podem ter outras formas (cúbica ou prismática) mas
normalmente são retirados de tarolos recolhidos em sondagens. A preparação da amostra deve
ter um cuidado especial na retificação da superfície das bases que irão sofrer compressão para
garantir uma forma cilíndrica perfeita.
6
Tabela 3 - Graus de resistência (fonte: (Hoek, 2007)
Is(50)
Grau Designação σc (MPa) Descrição
(MPa)
Extremamente A rocha lasca depois de sucessivos golpes de
R6 >250 >10
elevada martelo e ressoa quando batida
Requer muitos golpes de martelo para partir
R5 Muito elevada 100 - 250 4 - 10
espécimes intactos de rocha
Pedaços pequenos de rocha seguros com a mão
R4 Elevada 50 - 100 2-4
são partidos com um único golpe de martelo
Um golpe firme com o pico do martelo de geólogo
R3 Mediana 25 - 50 1-2 faz identações até 5 mm; com a faca consegue-se
raspar a superfície
Com a faca é possível cortar o material, mas este
R2 Baixa 5 - 25 (*) é demasiado duro para lhe dar a forma de provete
para ensaio triaxial
O material desagrega-se com golpe firme do
R1 Muito Baixa 1-5 (*)
pico de martelo de geólogo
Extremamente
R0 0,25 - 1 (*) Consegue-se marcar com a unha
baixa
(*) – Não são consideradas minimamente fiáveis as correlações com a resistência à compressão simples.
O conceito de Rock Quality Designation ou RQD foi inicialmente introduzido por D. U. Deere,
(Deere, 1963) e permite quantificar a qualidade do maciço rochoso fazendo medições nas
descontinuidades ou fraturas de uma amostra, conseguida a partir de sondagens realizadas com
recuperação de testemunhos.
O valor de RQD é calculado a partir de carotes de sondagem, pelo quociente entre o somatório
do comprimento dos fragmentos com comprimento igual ou superior a 10 cm, com o comprimento
total do carote de sondagem. As amostras que não são recuperadas, fragmentos muito pequenos
de rocha e rocha muito alterada não são englobados na equação.
7
Figura 3 - Procedimento para medição e cálculo do RQD (Hoek, 2007)
É também um conceito base de outros parâmetros de classificação como o Rock Mass Rating
(RMR) e o Q-system, que irão ser abordados mais à frente.
8
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒𝑚𝑢𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑜𝑐ℎ𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 (𝑚)
𝑅𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 (𝑇𝐶𝑅) = Equação 2
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑟𝑎çã𝑜 (𝑚)
As zonas de elevada fraturação, em geral, são zonas que possuem reduzida competência
geotécnica, sendo por isso importante possuir o máximo de informação possível para determinar
as propriedades do maciço rochoso nessa zona.
Existem várias classificações geomecânicas que foram sendo criadas ao longo do tempo por
vários autores, sendo possível observá-las na Tabela 5. No presente trabalho a classificação
mais frequentemente utilizada foi o Q-system porque os dados das sondagens a que se teve
acesso, apresentavam valores de Q’, e sendo essa a classificação que mais é seguida pela
empresa.
9
Qualidade
geomecânica do
Índice de qualidade da rocha, (Bieniawski,
maciço rochoso;
RQD; 1989);
RMR - Rock Mass Ângulo de atrito do
Espaçamento das (Bieniawski &
Rating maciço;
descontinuidades; Bernede,
Período de auto-
Condições da percolação de água 1979)
suporte; Método de
escavação
Geologia, tipo de rocha
e estrutura geológica; (Deere,
Descrição dos testemunhos de
RQD - Rock Quality Grau de faturação; 1963);
sondagem;
Designation Qualidade (Deere &
Grau de fraturação da rocha.
geomecânica do Deere, 1988)
maciço rochoso.
Fraturação e sentido
Características geotécnicas das da escavação; (Wickham et
RSR - Rock Structure
descontinuidades; Caudal Água subterrânea e al., 1972); (E.
Rating
efluente à escavação condições geotécnicas Hoek, 2007)
da escavação.
Estabilidade de taludes
SMR - Slope Mass Direção das descontinuidades; (Romana,
e técnicas de
Rating Direção e inclinação dos taludes; 1993)
contenção
A classificação Q-System, desenvolvida por Nick Barton (Barton et al., 1974) no Instituto
Geológico Norueguês (NGI- Norwegian Geothechnical Institute) é baseada num grande número
de observações em escavações subterrâneas. Perante os dados adquiridos, propuseram uma
classificação que é sustentada num índice de qualidade Q baseado na análise de seis fatores
considerados relevantes para caracterizar o comportamento dos maciços rochosos e as
eventuais necessidades de suporte adicional. O valor deste índice Q varia numa escala
logarítmica desde 0.001 a 1000.
𝑅𝑄𝐷 𝐽𝑟 𝐽𝑤
𝑄= ∗ ∗ Equação 3
𝐽𝑛 𝐽𝑎 𝑆𝑅𝐹
Sendo:
O primeiro quociente (RQD/Jn) pode ser definido como termo que caracteriza a estrutura do
maciço e constitui uma medida do tamanho dos blocos. O segundo quociente (J r/Ja) caracteriza
as descontinuidades e a resistência ao cisalhamento ao longo das superfícies das fraturas. O
10
terceiro quociente (Jw/SRF) representa a tensão ativa. O fator SRF caracteriza o estado de
tensão no maciço.
A partir desta classificação também é possível obter o valor de Q’. Este valor representa o
sistema modificado desta classificação e é calculado apenas com os dois primeiros quocientes,
ou seja,
𝑅𝑄𝐷 𝐽𝑟
𝑄′ = ∗ Equação 4
𝐽𝑛 𝐽𝑎
• A cada parâmetro irá corresponder um valor tabelado consoante a sua avaliação. Esta
avaliação poderá ser um pouco subjetiva e variar consoante a pessoa que avalia a rocha.
Nas Tabela 4,
Tabela 6,
Tabela 7,Tabela 8,
São eles:
11
• Grau de alteração das descontinuidades;
• Fator de redução do caudal de água;
• Fator redutivo de tensões.
12
Grau de alteração das descontinuidades Ja фr(ᵒ)
aprox.
a) Contacto entre as paredes de rocha das descontinuidades
Paredes duras, compactas, preenchimentos impermeáveis 0,75 -
Paredes não alteradas, somente com leve descoloração 1 25 a 35
Paredes ligeiramente aletradas, com partículas arenosas e rochas
2 25 a 30
desintegradas não brandas
Paredes com partículas siltosas ou areno-siltosas 3 20 a 25
Paredes com partículas de materiais moles ou de baixo ângulo de
atrito, tais como caulinite, mica, gesso, talco, clorite, grafite, etc., e 4 8 a 16
pequenas quantidades de argilas expansivas
b) Contacto entre as paredes de rocha das descontinuidades antes de 10 cm de
escorregamento
Paredes com partículas de areia e rochas desintegradas, etc. 4 25 a 30
Descontinuidades com preenchimentos argilosos
6 16 a 24
sobreconsolidado (contínuo, mas com espessura < 5 mm)
Descontinuidades com preenchimento argiloso sub-consolidado
8 12 a 16
(contínuo, mas com espessura < 5 mm)
Descontinuidades com enchimento argiloso expansivo, como por
exemplo montmorilonite (contínuo, mas com espessura <5mm). O
8 a 12 6 a 12
valor de Ja depende da percentagem de argila e do excesso de
água
c) Não há contacto entre as paredes de rocha das descontinuidades
Zonas ou bandas com rochas desintegradas ou esmagadas (ver G,
6,8 ou 8 a 12 6 a 24
H e I para condições do material argiloso)
Zonas ou bandas siltosas ou areno-argilosas, com pequena fração
5 -
de argila
Zonas contínuas de argila (ver G, H e I para condições do material 10, 13 ou 13 a
6 a 24
argiloso) 20
Tabela 10 - Fator redutivo de tensões ou estado de tensão do maciço, SRF (adaptado de Barton et al.,
1974)
13
B – Zonas de baixa resistência contendo
argila ou rocha quimicamente desintegrada 5
(profundidade de escavação ≤ 50 m)
C – Zonas de baixa resistência contendo
argila ou rocha quimicamente desintegrada 2,5
(profundidade de escavação > 50 m)
D – Zonas múltiplas de corte em rocha
competente, sem argila, com rocha
7,5
desintegrada na vizinhança (qualquer
profundidade)
E – Zonas singulares de corte em rocha
competente, sem argila (profundidade de 5
escavação ≤50 m)
F – Zonas singulares de corte em rocha
competente, sem argila (profundidade de 2,5
escavação ≥50 m)
G – Descontinuidades abertas, fraturação
5
muito intensa (qualquer profundidade)
b) Rocha competente, problemas de tensões na rocha
σc/σ1 σϴ/σc SRF
H - Tensões baixas,
próximo da superfície,
>200 <0,01 2,5
descontinuidades
abertas
2. Para os casos da alínea b) e para tensões
I - Tensões médias,
200- virgens fortemente anisotrópicas (se
condições de tensão 0,01-0,3 1
10 medidas): quando 5≤σ1/σ3≤10, reduzir σc
favoráveis
para 0,75σc. Quando σ1/σ3>10, reduzir σc
J - Tensões altas,
para 0,5σc, onde σc é a resistência à
estrutura rochosa
compressão simples, σ1 e σ3 são as tensões
muito fechada
principais máxima e mínima, e σθ a tensão
(usualmente favorável
10-5 0,3- 0,4 0,5-2,0 tangencial máxima (estimada através da
para a estabilidade,
teoria da elasticidade).
pode ser desfavorável
para a estabilidade das
3. Ainda para a alínea b), quando a
paredes)
profundidade da coroa é inferior ao vão,
K - Explosões deve-se aumentar o valor de SRF 2,5 a 5
moderadas de rochas 5-3 0,33-0,16 5-10 vezes (ver H).
maciças depois >1 hora
L - Explosões
moderadas de rochas
3-2 0,65-1 50-200
maciças em poucos
minutos
M - Explosões intensas
<2 >1 200-400
de rochas maciças
c) Rocha esmagada: plastificação de rochas
incompetentes sob a influência de altas pressões de
rocha
N - Pressão moderada
1-5 5-10
da rocha esmagada 4. Casos de rocha esmagada podem ocorrer
O - Pressão elevada da para profundidades H>350Q1/3. A resistência
>5 10-20
rocha esmagada à compressão do maciço é de,
d) Rochas expansivas: atividade química expansiva aproximadamente, 0.7γQ1/3 onde γ é o peso
devida à presença da água volúmico da rocha em kN/m3.
P - Pressão de
5-10
expansão moderada
Q - Pressão de
10-15
expansão elevada
O valor de Q permite definir classes qualitativas do maciço rochoso e fornece informações sobre
a estabilidade e a eventual necessidade de suporte em escavações subterrâneas. Essas classes
estão representadas no ábaco de Barton, na Figura 5.
14
Figura 5 – Ábaco para determinação do Q-system e escolha do tipo de sustimento (adaptado de Barton et al., 1974)
Para este efeito, (Barton et al., 1974) definiram um parâmetro adicional para a escavação a que
chamaram de Dimensão Equivalente (DE). Esta dimensão é obtida dividindo o vão, o diâmetro
ou a altura de escavação, por um valor denominado de ESR (Excavation Support Ratio). O valor
de ESR está relacionado com o uso pretendido para a escavação e o grau de segurança que é
exigido ao sistema de suporte instalado para manter a estabilidade da escavação. Os valores de
ESR podem ser obtidos da Tabela 11.
15
Esta classificação geomecânica fornece ainda uma estimativa para o comprimento (C) das
pregagens e ancoragens, valor que pode ser avaliado através da largura da escavação (L), do
valor de ESR e da altura da escavação H, em metros, como se apresenta na Tabela 12.
Tabela 12 – Expressões para o comprimento de pregagens, adaptado de (Barton & Bieniawski, 2008)
Pregagens Ancoragens
0,15 ∗ 𝐿 0,40 ∗ 𝐻
Coroa 𝐶(𝑚) = 2 + 𝐶(𝑚) =
𝐸𝑆𝑅 𝐸𝑆𝑅
0,15 ∗ 𝐻 0,35 ∗ 𝐻
Hasteais 𝐶(𝑚) = 2 + 𝐶(𝑚) =
𝐸𝑆𝑅 𝐸𝑆𝑅
O sustimento pode ser definido como um conjunto de ações, com recurso a elementos
estruturais, que garantam a estabilidade de escavação, durante o tempo em que ela vai ser
utilizada. O principal objetivo do sustimento de uma escavação subterrânea é auxiliar a massa
rochosa a auto suportar-se.
O betão projetado consiste num tipo de sustimento composto por uma mistura de cimento, areia,
agregados, água, fibras e adjuvantes (plastificantes e acelerador de presa). Pode ser aplicado
através de dois tipos de métodos, a projeção por via seca e a projeção por via húmida, em que
diferem principalmente na adição de água à mistura. O betão projetado é colocado nos hasteais
e nos tetos dos acessos subterrâneos e nas galerias de exploração.
Quando usado em conjunto com rede malha-sol e fibras, a sua utilização permite o controlo das
deformações do terreno e de qualquer deslocamento e queda de pequenos fragmentos de rocha.
Isola, também, a superfície do maciço rochoso, impedindo que este se deteriore (por oxidação).
Serve ainda para evitar a corrosão da malha-sol e dos parafusos quando aplicado por cima, de
modo a evitar a exposição destes com o ar (Costa, 2017).
16
As fibras metálicas são colocadas como reforço no betão para aumentar a resistência à tração.
Vantagens:
• Instalação simples
• Fornece suporte imediatamente após a sua instalação
• Quando colocado corretamente forma ancoragens muito fortes em rochas de fraca
qualidade
Desvantagens:
• Custo elevado
• As resinas são caras e têm prazo de validade
17
Figura 6 - Parafusos Heliaço em rede metálica do tipo malha-sol
18
Figura 7- Esquematização do Swellex antes e após a expansão (Fonte: Evert Hoek & Wood, 1987)
Vantagens:
Desvantagens:
• Custo elevado
• Requer uma bomba para instalação
• É necessária proteção contra a corrosão se for usado a longo prazo
• Estão sujeitos a esforços de corte nos hasteais (devido a descontinuidades semi-
verticais) e resistem mal ao corte
• Têm vida útil que pode ser prolongada dependendo da ação de agentes externos como
ar e água e das condições do maciço.
19
Figura 8 - Jumbo de sustimento
A rede eletrossoldada do tipo malha-sol consiste numa rede de aço soldada que é fixada ao
maciço com parafusos de resina, sendo estes colocados em zonas de sobreposição da malha.
Este tipo de sustimento é normalmente aplicado em infraestruturas permanentes ou em zonas
críticas (maciço extremamente fraturado em risco de colapso). Num maciço fraturado com
possível queda de blocos, mesmo que o betão projetado ceda, a rede malha-sol ao ser composta
por aço e possuir maior resistência à tração apenas se deforma, evitando o colapso e queda de
material, salvaguardando trabalhadores e equipamentos (Costa, 2017).
20
Figura 9 – Fixação dos empalmes da rede metálica
Este tipo de sustimento consiste na inserção de um cabo de aço (de diâmetros e comprimentos
variados) constituído por filamentos entrelaçados no maciço rochoso. A ligação e a grande
capacidade de carga são transmitidas ao maciço por uma calda de cimento (com composição
variável) que é injetada depois no furo, com o cabo. Após o cabo estar colocado no maciço e o
cimento já ter sido injetado, é apertada uma chapa que reduz a dependência à ligação cabo/calda
que fica enfraquecida devido à deficiente injeção e desvios de tensão. Os cabos previnem a
progressão da fracturação e instabilidade do terreno e, uma vez que não é pré-tensionado,
admite alguma deformação do terreno.
Visto que o cabo é envolto numa calda de cimento, estes adquirem um longo período de vida e
um comportamento relativamente eficaz, mesmo nos terrenos mais fraturados (Costa, 2017).
21
Figura 10 - Cabos de aço no topo de um desmonte, suporte de rocha encaixante
2.4. Explosivos
Uma das primeiras decisões a tomar, a nível de projeto de desmonte, diz respeito à definição do
método de escavação, que, normalmente, em presença de um maciço rochoso competente
implica a perfuração e o desmonte com explosivos, enquanto para rochas brandas ou solos
envolve o uso de meios mecânicos (Figura 11). Nos terrenos de tipo intermédio, poderão ser
usados explosivos para desagregar e técnicas de escarificação ou de ataque pontual (Cardoso,
2015).
O método desenvolvido por J.A. Franklin (Franklin et al., 1971) foi inovador, porque propôs uma
sistematização do conceito de escavabilidade. Tem por base uma classificação do maciço
rochoso com base em parâmetros obtidos em testemunhos de sondagens, relacionando a
resistência da rocha (Is50 -índice de resistência à carga pontual) com o espaçamento médio entre
22
fraturas. Estes parâmetros podem ainda ser correlacionáveis com outras grandezas, o Is 50 com
a resistência à compressão simples e com o número de Schmidt; o espaçamento médio entre
fraturas com o RQD.
Este método, conforme se pode observar na Figura 11, define quatro métodos de desmonte do
maciço rochoso:
• Escavação mecânica;
• Escarificação;
• Uso de explosivos para desagregação;
• Desmonte com explosivo.
2.4.1. Impedância
23
𝐼𝑚𝑝𝑒𝑑â𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝑉𝐷 ∗ ϒ𝑐 Equação 5
𝐼𝑚𝑝𝑒𝑑â𝑛𝑐𝑖𝑎𝑚𝑎𝑐𝑖ç𝑜 = 𝑉𝑝 ∗ ϒ𝑟 Equação 6
Onde:
VD – Velocidade de detonação
ϒr – Densidade da rocha
É possível estimar a velocidade das ondas sísmicas P no maciço. A relação foi proposta por
Barton (1991) e expressa-se por:
Figura 12 – Diferentes caldeiras com furos largos (Gomes, Carneiro, et al., 2007)
24
Com o desenvolvimento dos equipamentos de perfuração e a técnica dos furos paralelos,
permitiram idealizar novos tipos de desenho de caldeiros sempre com o mesmo objetivo que é
de obter o máximo avanço por pega. Os furos largos são furos de grandes diâmetros que não
são carregados com explosivo.
O caldeiro (ou caldeira) pode ser colocado em qualquer local da galeria ou túnel devendo
escolher-se um local de rocha pouco fraturada. A localização do caldeiro tem influência na
projeção do material pós detonação, no consumo de explosivo e no número de furos do
diagrama, dependendo também do perfil transversal do túnel. Para obter uma distribuição mais
uniforme do material desmontado, o caldeiro deverá ser colocado no centro e próximo da soleira.
Neste caso haverá projeções menos extensas e menor consumo de explosivo, mas a remoção
do material é difícil devido à compactação do material. A posição central junto à coroa provoca
uma distribuição do escombro mais extensa o que facilita o carregamento do escombro, mas o
consumo de explosivo é maior (Gomes, Carneiro, et al., 2007).
Se forem usados dois ou mais furos de grande diâmetro, o valor de Φ será dado pela seguinte
equação:
𝐷 = 𝜑√𝑛 Equação 8
Em que:
D – Diâmetro fictício;
25
Figura 13 - Influência do diâmetro dos furos livres no avanço por pega (Gomes, Carneiro, et al., 2007)
Considera-se a distância entre centros, a. Quando se utiliza vários furos largos, a=1,5D
No presente trabalho foram desenhados vários diagramas de fogo que tiveram por base a Figura
15.
26
Figura 15 - Parâmetros usados para o cálculo da distância entre furos nos diagramas de fogo (Gomes,
Carneiro, et al., 2007)
Os diagramas desenhados no presente trabalho tiveram como base os parâmetros da Figura 15.
A carga específica enquadra-se nos cálculos finais dos diagramas de fogo. Através da Equação
10, pode ser determinada a carga específica para a totalidade da pega de fogo. O valor calculado
no diagrama de fogo para a carga específica pode ser comparado com o diagrama da Figura 16,
para efeitos de controlo do cálculo do diagrama de fogo.
27
Figura 16 – Carga específica, q (Gomes, Carneiro, et al., 2007)
A perfuração específica também se enquadra nos cálculos finais dos diagramas de fogo. Através
da Equação 11, pode ser determinada a perfuração específica para a totalidade da pega de fogo.
O valor calculado pela equação para a perfuração específica pode ser comparado com o
diagrama da Figura 17, para efeitos de controlo do cálculo do diagrama de fogo.
28
2.5. Número de estabilidade, N’
Mathews K.E., Hoek D.C., Wyllie D.C. e Stewart S.B.V. propuseram um método empírico para
avaliar a estabilidade das câmaras de desmonte e dimensioná-las, baseando-se num número de
estabilidade (Mathews et. Al. 1980). Mais tarde, em 1988, Yves Potvin expandiu o gráfico de
estabilidade original com mais 175 casos de estudo e introduziu o número de estabilidade
modificado N’ (Potvin, 1988). O método representa os fatores chave que influenciam o projeto
de dimensionamento e estabilidade das aberturas para o desmonte em bancada em minas
subterrâneas. Utilizando informação sobre a resistência do maciço rochoso e sua estrutura, bem
como o estado de tensões, forma e orientação da abertura, o autor conseguiu prever cenários
final da estabilidade sem suporte, com suporte e instabilidade mesmo com suporte. Este método
também sugere rácios de densidade e dimensionamento do sustimento aplicado com cabos de
aço na zona respetiva de estabilidade com suporte (E. Hoek et al., 1993).
𝑁 ′ = 𝑄′ ∗ 𝐴 ∗ 𝐵 ∗ 𝐶 Equação 12
Em que:
O fator A reflete a atuação da tensão nas superfícies em profundidade. Este é determinado pela
tensão compressiva não confinada da massa rochosa e a tensão que atua paralelamente às
faces do desmonte da rocha intacta é definida por testes laboratoriais. A tensão compressiva
induzida é dada pela modelação numérica ou assumida por valores referenciados em
publicações. O valor de A é determinado a partir do valor de tensão da rocha intacta sobre a
tensão compressiva induzida na abertura (Ferreira, 2015).
29
Quando:
𝜎𝑐 Equação 13
< 2 ; 𝐴 = 0.1
𝜎1
𝜎𝑐 𝜎𝑐
2< < 10 ; 𝐴 = 0.1125 ∗ − 0.125 Equação 14
𝜎1 𝜎1
𝜎𝑐
> 10 ; 𝐴 = 1.0 Equação 15
𝜎1
𝜎𝑐
Figura 18 – Valores do Fator A paradiferentes rácios de (E. Hoek et al., 1993)
𝜎1
30
Figura 19 - Valores de B para diferentes ângulos entre a superfície do stope e as descontinuidades
críticas. Adaptado de (E. Hoek et al., 1993)
O fator final, C, é um ajuste para os efeitos do peso gravítico. Podem ocorrer ruturas no teto
induzidas pela gravidade e nos hasteais do desmonte devido à escavação ou deslizamentos.
Nos abatimentos gravíticos dependentes do ângulo de inclinação da superfície do desmonte (θ),
o fator C pode ser diretamente calculado pela equação 𝐶 = 8 − 6 ∗ cos (𝛼) ou pelos gráficos
das Figura 18 e Figura 19.
Este fator tem o valor mínimo de 2 e máximo de 8. No caso de quedas gravíticas pode-se calcular
o fator C diretamente no gráfico da Figura 20 ou no gráfico da Figura 21 quando se trata de
deslizamentos.
31
Figura 20 - Fator de ajustamento gravítico, C, para quedas gravíticas. Adaptado de (Potvin, 1988)
Raio hidráulico
O raio hidráulico pode ser calculado para o teto da escavação e para os hasteais, assumindo
assim números de estabilidade, N´, para ambas as estruturas da escavação.
Utilizando os valores de N´e S, a estabilidade do desmonte pode ser estimada pelo gráfico da
Figura 22, que representa a estabilidade de desmontes baseados em casos de minas
32
Canadianas (Potvin, 1988). Este método contempla um sustimento com base em cabos de aço,
tornado mais adequados à estabilidade do stope. Pela interpretação de Mark Stephen Diederichs
e Douglas Jean Hutchinson (Hutchinson & Diederichs, 1996), a zona do gráfico correspondente
a uma estabilidade com suporte por cabos, delineado pelo limite das duas curvas externas, indica
quando estes são necessários e efetivos. Quando o raio hidráulico aumenta ou o número de
estabilidade diminuí, na área referida, o risco de queda ou instabilidade aumenta e o tempo de
auto suporte é reduzido, indicando uma malha de sustimento por cabos mais curta e cabos com
maior comprimento. Na Figura 10 é possível observar cabos de aço aplicados nos hasteais de
uma bancada.
Número de estabilidade modificado, N’
Raio hidráulico, m
Figura 22 - Gráfico de estabilidade modificado, identificando zonas de terreno estável, instável e uma
zona de transição, adaptado de (Potvin, 1988).
33
3. ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO E
GEOLÓGICO
34
3.1. Localização Geográfica
Situado no coração do Baixo Alentejo, no distrito de Beja, o concelho de Aljustrel tem algumas
vantagens em termos de localização devido à sua proximidade com o porto de Sines (70 km),
nomeadamente quando se pensa em termos de exportações de matérias-primas, bem como do
porto de Setúbal (130 km) e do porto de Huelva (200 km). Aljustrel, localidade associada a
explorações mineiras desde tempos longínquos, fica apenas a 160 km da cidade de Lisboa.
Na
Figura 23 é possível observar a vista aérea de Aljustrel com o couto mineiro situado à direita,
rodeado a vermelho e a lavaria no canto superior esquerdo, conforme a indicação da seta cor-
de-laranja.
35
Figura 24 – Enquadramento geográfico do concelho de Aljustrel (Fonte: https://www.mun-
aljustrel.pt/menu/109/paisagem-e-povoamento)
A Mina de Aljustrel localiza-se na zona ocidental da Faixa Piritosa Ibérica (FPI), no limite entre a
Zona de Ossa Morena (ZOM) e a Zona Sul Portuguesa (ZSP) (J. T. Oliveira et al., 2018).
1. Grupo Filito-Quartzítico;
2. Complexo Vulcano-Silicioso;
3. Grupo do Flysch do Baixo Alentejo (GFBA).
36
os quartzitos com quartzovaques subordinados, lentículas e nódulos carbonatados no topo.
Todas as serras existentes entre a mina de S. Domingos e Aljustrel, com exceção da serra
Branca, estão suportadas por rochas desta unidade (Barriga et al., 1997).
Figura 25 – Geologia de Aljustrel e localização geográfica das cinco massas mineralizadas: São João,
Moinho, Estação, Algares e Feitais. (Ferreira, 2015)
É na FPI que se encontram dispersas algumas das maiores massas de sulfuretos do mundo
incluindo Rio Tinto, Neves-Corvo e Aljustrel. Em Aljustrel, os cinco depósitos inseridos na
37
concessão, exibidos na Figura 26, encontram-se delimitados por falhas, denunciando a sua
possível origem em ambiente hidrotermal. Estes são essencialmente piríticos, apresentando,
apenas localmente, quantidades significativas de calcopirite (Cu), esfalerite (Zn), galena (Pb).
Figura 26 - Massas minerais dentro da área de concessão da Mina de Aljustrel (Mata, 2019)
38
Figura 27 – a) Mapa geológico da ZSP; b) Mapa tectónico da ZSP (adaptado de Onézime et al., 2003)
O anticlinório de Aljustrel CVS está representado numa secção NW-SE ao longo de 1, 5km.Perto
da falha da Messejana, na área de S.João, as estruturas Paleozóicas são afetadas por
movimentos senis, tendo atualmente uma direção NE-SW (Candeias, 2008).
Encontram-se identificadas muitas falhas com direção NW-SE, principalmente nas orlas menores
dos anticlinais. A falha de Aljustrel é uma das maiores estruturas e materializa o contacto SW
entre o Complexo Vulcano-Silicioso e o grupo Flysch. As falhas tardias varriscas, com direção
NNE-SSW produziram importantes movimentos direitos, provavelmente conjugados com os da
falha da Messejana. Este sistema encontra-se representado de SE para NW pelas falhas de
Esteval, Azinhal, Feitais, Represa, Castelo e Moinho (Candeias, 2008).
39
Figura 28 - Geologia da região de Aljustrel com representação da falha da Messejana (Fonte: Candeias,
2008)
As minas de Aljustrel possuem notas históricas bastante interessantes, desde a sua exploração
pelo povo romano até ser atualmente uma referência no país no que diz respeito às suas
explorações a minas subterrâneas. Citando a informação histórica no site do município de
Aljustrel (https://www.mun-aljustrel.pt/menu/114/historia-da-mineracao):
Em finais do séc. I a.C. tem início no morro de Mangancha a ocupação romana, tudo
indicando que aí se terá instalado uma guarnição militar que terá dado início à exploração
40
mineira e à construção de um novo povoado, Vipasca, situado mais próximo de Algares
e com fácil acesso, no local hoje conhecido como Valdoca ou Vale da Oca. Esta
exploração mineira durou até ao séc. IV d.C., com oscilações na produção coincidentes
com as crises do Império, sendo então abandonada, pelo menos com o carácter
industrial com que até aí tinha tido lugar.
Este banco vai-se associar a uma empresa belga e criar a Société Anonyme Belge des
Mines d’Aljustrel, que vai explorar a mina até 1973, embora ao longo da sua existência
se tenha associado com novos parceiros e assumido outras designações.
41
42
4. ESTUDO DE CASO
43
4.1. Introdução ao estudo de caso
Esta perfuração permite a realização da exploração por bancadas, para os quais é necessária a
escavação de uma chaminé, ou slot, a fim de gerar a primeira frente livre para movimentação do
maciço rochoso a desmontar com recurso a explosivos. A partir daqui inicia-se o desmonte em
fatias ou cortes por perfuração vertical. O material desmontado na galeria é extraído na galeria
inferior com pás carregadoras e LHD´s. No final da exploração de cada cavidade, esta é cheia
com material de enchimento desde o nível de perfuração até ao imediatamente seguinte. Em
cada nível existem várias cavidades geradas, que são cheias com pastefill. Para obter um
controlo de estabilidade da exploração e de minimizar os variados danos provenientes de
colapsos ou outras instabilidades, e redução a diluição do minério, são consideradas galerias
com um raio hidráulico máximo estável definidos de acordo com o método do gráfico de
estabilidade (Ferreira, 2015).
44
4.2. Aquisição e tratamento de dados
Todo o tratamento de dados realizado no âmbito da presente Dissertação, tem origem na tabela
do Anexo 1. Essa tabela foi resultado da compilação de vários log’s geotécnicos que foram sendo
elaborados ao longo dos últimos três anos, em campanhas de sondagens incidentes sobre o
jazido de São João da Mina de Aljustrel. Na primeira coluna da tabela está o código da
sondagem, por exemplo, JM18003 que pode ser interpretado da seguinte forma: A primeira letra
corresponde ao nome do jazigo, neste caso, Jazigo de São João. A segunda letra corresponde
ao local onde foi efetuada a sondagem, se foi em Mina ou à superfície. Os dois primeiros números
correspondem ao ano em que a sondagem foi efetuada, 2018. O restante é a
identificação/número da sondagem.
O valor de Q’ (Q-modificado) foi obtido durante a elaboração do log geotécnico. (Ver Equação
4). O valor de Q foi obtido posteriormente, multiplicando Q’ por Jw/SRF. (Equação 17)
𝐽𝑤 Equação 17
𝑄 = 𝑄′ ∗
𝑆𝑅𝐹
O valor selecionado para Jw foi de 1, assumindo uma escavação seca ou de baixo caudal (ver
45
Tabela 9), com base no histórico de escavações no jazigo do Moinho. O valor de SRF
selecionado foi de 2.5 (ver Tabela 10) para zonas competentes sem graus de alteração elevados
(W4-5 e W5) e de 7.5 para as zonas menos competentes com graus de alteração elevados,
geomecanicamente denominadas zonas de “falha”.
A abordagem inicial foi filtrar a tabela por litologias. Os códigos das litologias estão expressos na
Tabela 13.
Tabela 13 - Litologias
Código Designação
ARG, ARGn Argilito
CHF, CHT Cherte
DOL Dolerito
JSP Jaspe
MSX Sulfureto Maciço (Minério)
RUN, FRHY Tufos Riolíticos
STWK Stockwork/fissural
VSD, VAT Tufos vulcânicos de sedimentos finos
%(m)/Total %(m)/total Q´ Q
Litologia n % (n) metros
de falha final(tudo) méd Méd
RUN/FRHY 88 44% 918,65 54,2% 17,9% 0,130 0,017
JSP/CHT 1 0% 4,75 0,3% 0,1% 0,500 0,067
ESC
ARGN 17 8% 91,05 5,4% 1,8% 0,055 0,007
VAT/VSD 19 9% 102,85 6,1% 2,0% 0,063 0,008
STWK 28 14% 201,3 11,9% 3,9% 0,070 0,009
MSX 49 24% 375,8 22,2% 7,3% 0,594 0,079
46
Tabela 15 - Sondagens com grau de alteração W1-2, W2, W3 e W4
%(m)/Total %(m)/total
Litologia n % (n) metros Q´méd Q Méd
sem falha final(tudo)
RUN/FRHY 189 47% 1850,38 54,0% 36,1% 3,978 0,972
JSP/CHT 14 3% 39,45 1,2% 0,8% 2,623 0,473
ESC ARGN 8 2% 23,3 0,7% 0,5% 0,096 0,024
VAT/VSD 23 6% 137,25 4,0% 2,7% 1,89 0,704
DOL 2 0% 2 0,1% 0,0% 0,129 0,017
STWK 33 8% 146,5 4,3% 2,9% 0,958 0,351
Minério
MSX 133 33% 1228,35 35,8% 24,0% 6,154 1,953
TOTAL 402 1 3427,23 100% 66,9% 4,187 1,189
47
Figura 30 – Projeção estereográfica do ESC (à esquerda) e do MSX (à direita) no software Steronet
48
4.4. Dimensionamento de Sistemas de Sustimento
Com a finalidade de propor alternativas aos sistemas de sustimento com base nos dados obtidos
e por nós trabalhados, foi utilizado ábaco de Barton (Figura 5). No ábaco original, existem nove
classes que dividem o material de acordo com o índice de qualidade da rocha como indicado na
Tabela 17.
Tabela 17 - Classes do índice de qualidade da rocha original, adaptado de (Barton et al., 1974)
O valor de ESR considerado foi de 1,6 (Tabela 11) por se ter considerado que a maior parte das
galerias abertas seriam definitivas. Na secção 5A X 5L, a dimensão equivalente (DE) será então
o quociente entre a altura da galeria (5 m) e o valor de ESR (1,6), correspondendo ao valor de
3,13 m.
Para efeitos de simplificação, uniformização ou otimização, optou-se por se usar o mesmo valor
de DE para as duas secções, após se verificar que a diferença não iria causar anomalias
significativas nas quantidades de betão a dimensionar.
5A X 5L 5,5A X 5L
Secção H L H L
5 5 5,5 5
Galerias Galerias Galerias Galerias
definitivas temporárias definitivas temporárias
ESR 1,6 4 1,6 4
Dimensão
3,13 1,25 3,44 1,25
equivalente(m)
49
Os valores de Q foram projetados no ábaco, com o valor da DE obtido, procedendo-se de seguida
à divisão pelas quatro zonas. A linha a vermelho indica a espessura de betão projetado, em cm.
Na zona 4 é possível observar uma gama de 25 a 15 cm de betão projetado, pelo que decidiu-
se usar o valor intermédio, 20 cm. Quanto ao espaçamento da malha de pregagens, o valor
obtido foi de 1 m.
Na Zona 3, a espessura de betão projetado varia de 15 a 9 cm, então usou-se o valor intermédio
de 12 cm numa tentativa de uniformização e otimização produtiva. Em relação à malha de
pregagens, de acordo com o ábaco, o valor varia de 1.0 a 1.4 m e o valor escolhido foi de 1 m
por motivos de segurança e para facilitar em termos práticos a colocação do parafuso.
Na Zona 2, a espessura de betão projetado varia de 9 a 6 cm, então usou-se um valor intermédio
de 7 cm numa tentativa de uniformização e otimização produtiva. Em relação à malha de
pregagens, de acordo com o ábaco, o valor varia de 1.4 a 1.9 m e o valor escolhido foi de 1.5 m
para facilitar em termos práticos a colocação do parafuso e também para salvaguardar a
estabilidade do maciço rochoso.
Na zona 1, não existe necessidade de colocar betão projetado e a malha de pregagens terá um
espaçamento de 2 m.
50
zonas estão subdivididas por intervalos de Q (ver Tabela 19) e cada uma representa diferentes
tipos de sustimento. A linha inferior representa o valor constante da dimensão equivalente,
calculado na Tabela 18. A divisão foi efetuada de forma a diminuir o número de zonas e tornar a
escolha do tipo de sustimento o mais uniforme possível.
Como é possível observar na Tabela 20, a maior parte das sondagens, quase 83%, encontram-
se nas zonas 4, 3 e 2, as piores zonas a nível de comportamento geomecânico do maciço, com
baixos RQD’s, baixas TCR e, que consequentemente, necessitam da utilização de betão
projetado para suportar a galeria. A Zona 4, com 21% do total de amostras analisadas, necessita
de um reforço adicional ao betão, como já foi anteriormente explicado. O RUN é a rocha
encaixante mais frequente e, portanto, aparece em maior número, em praticamente todas as
zonas, à exceção da Zona 1, em que o MSX apresenta mais 3 amostras.
51
Quantidade de amostras por zonas geotécnicas
17%
21%
17%
45%
Tabela 21 – Características do terreno sem inclusão de zonas de falha (com graus de alteração W1 até
W4)
Tabela 22 - Características do terreno em zona de falha (com graus de alteração W 4-5 e W5)
52
O terreno sem inclusão de zonas de falha, da Tabela 21, pode ser frequentemente associado às
zonas geotécnicas de melhor qualidade (Zonas 1, 2 e 3), com maiores índices Q, maiores RQD
e TCR, comparativamente ao terreno com inclusão de zonas de falha, da
Tabela 22. Este último pode ser associado maioritariamente à zona 4, zona com fraco
comportamento geotécnico, RQD e TCR baixos, como já descrito anteriormente.
Secção 5A x 5L
Nos piores casos da zona 4, poderá mesmo ser necessário a aplicação de elementos de reforço
especial, tais como colocação de rede metálica eletrossoldada, cambotas, betão moldado entre
outros, a definir caso a caso e mediante a avaliação da frente de escavação. A colocação de
cambotas, está esquematizada no lado esquerdo da Figura 34. No lado direito, observa-se a
esquematização da segunda proposta para a zona 4. Quando o terreno assim o permitir, ou seja,
quando não for necessário a aplicação de cambotas, a proposta para esta zona será a aplicação
de uma rede metálica eletrossoldada, betão projetado com fibras metálicas com 20 cm de
espessura e 12 pregagens numa malha de 1 m, com a primeira a ser colocada a 1,5 m da base.
53
Figura 35 – Cambotas
Figura 36 – Proposta de sustimento para a zona 3 (esquerda) e zona 2 (direita) para a secção 5A*5L
Na zona 3, a proposta esquematizada na Figura 36, tem betão projetado com fibras metálicas
com 12 cm de espessura e uma malha de pregagens espaçada de metro a metro perfazendo um
total de 12 pregagens por metro de avanço.
54
Na zona 2, também esquematizada na Figura 36Figura 37, propõe betão projetado com fibras
metálicas com 7 cm de espessura e uma malha de pregagens espaçada de 1,5 em 1,5 metros
perfazendo um total de 7 pregagens por metro de avanço linear.
Tabela 23 – Comprimentos padrão para as pregagens na secção de 5Ax5L, segundo (Barton &
Bieniawski, 2008)
Comprimento (m)
GALERIA 5A x 5L
Coroa Hasteais
Pregagens (definitivas) - Heliaço 2,5 2,5
Pregagens (temporárias) - Swellex 2,2 2,2
55
Figura 38 - Sustimento com malha-sol interrompido
Na Figura 38 é possível observar um sustimento com malha sol do lado esquerdo que foi
interrompido por se ter transitado de uma zona geotécnica 4 para uma zona 2, evidenciado pelas
condições geomecânicas do maciço rochoso. Porém, do lado direito da figura, observam-se
fraturas no betão, o que indica que o terreno está em descompressão, verificando-se a
necessidade de aplicação de uma reabilitação com reforço adicional.
Secção 5.5A*5L
56
À semelhança do que acontece na secção de 5A*5L, nos piores casos da zona 4, poderá mesmo
ser necessário a colocação de cambotas, esquematizadas no lado esquerdo da Figura 39. No
lado direito, observa-se a esquematização da segunda proposta para a zona 4, semelhante à
usada na secção 5A*5L. Nas zonas 3, 2 e 1 as propostas são análogas às apresentadas
anteriormente na secção 5A*5L.
Figura 40 - Proposta de sustimento para a zona 3 (esquerda) e zona 2 (direita) para a secção 5,5A*5L
57
4.5. Dimensionamento de diagramas de fogo
Após análise dos diferentes tipos de maciço rochoso, com distintas características geológico-
geotécnicas, concluiu-se que, numa tentativa de otimização e padronização de
dimensionamentos produtivos, era vantajoso e produtivo para os avanços efetuar um diagrama
de furação para o sulfureto maciço (rocha mais resistente, menos meteorizada e com melhores
características de competência geomecânica) e outro para todas as litologias envolventes e
classificadas de escombro (ESC) que geralmente apresentam características de meteorização e
fraturação mais elevadas, portanto menor competência geomecânica.
Nas zonas de falha (W4-5) é importante efetuar uma avaliação mais pormenorizada da
meteorização, fraturação e resistência, e ponderar a escavação mecânica em alguns casos
(consultar ábaco de Franklin da Figura 11). Este tipo de terreno pode ser frequentemente
associado à Zona 4, enquanto um tipo de terreno com W1 pode ser associado à Zona 1.
58
Figura 43 - Proposta de diagrama de fogo para a secção 5,5A * 5L para escombro e maciço
No lado direito das figuras, com a designação de maciço, observa-se o diagrama standard para
Sulfureto Maciço, associado a graus de alteração W1-2 e índice de fraturação F1-2. Do lado
esquerdo, com a designação de escombro, está esquematizado o diagrama standard para pegas
típicas em escombro, com graus de alteração W3 e índice de fraturação F4-5. Como dito
anteriormente, as zonas geotécnicas não podem ser associadas aos diagramas de escombro ou
maciço pois estes resultam de classificações geológicas.
Por razões produtivas, optou-se por manter a carga por furo em 7 kg. Assim, pode afirmar-se
que em terrenos mais fraturados e mais meteorizados, associados a escombro, o número de
furos pode ser diminuído e, consequentemente, aumentado o espaçamento entre os mesmos.
Para efeitos de cálculo de consumos específicos optou-se por manter a mesma carga dos furos
de produção nos furos de contorno. Porém, é uma boa prática fazer o carregamento dos furos
de contorno com canas e cordão detonante, de forma a reduzir a concentração de carga ou até
mesmo equacionar um uso de pré-corte para minorar danos no maciço rochoso.
59
Tabela 24 – Espaçamentos médios dos diagramas de fogo
Os valores dos quadrados são referentes ao caldeiro, que está representado na Figura 44.
O comprimento dos provetes deve ser 2,5 a 3,0 vezes superior ao seu diâmetro e este, deve ser
relacionado com o maior grão mineral da rocha na proporção 10:1.
O ensaio consiste na aplicação contínua da carga axial transmitida pela prensa sobre os
provetes. De acordo com a norma, a velocidade de carga a utilizar deverá ser de 0,5 MPa/s.
60
Na Figura 46 é possível observar um provete antes do ensaio começar e depois do ensaio
acabar, quando ocorre a rutura. Assim que ocorrer a rotura total da amostra regista-se a tensão
máxima aplicada (ISRM, 1979).
Figura 45 – Introdução do diâmetro e altura do provete (esquerda) e Resultados finais do ensaio (direita)
Figura 46 – Carote de MSX, antes do ensaio Figura 47 – Carote de STWK, antes e depois do ensaio
(Esquerda) e depois do ensaio (Direita)
61
Figura 48 – Carote de RUN, antes e depois do ensaio. (São duas amostras diferentes)
É possível estimar os valores de resistência à compressão simples. Para tal, bastará recorrer à
classificação proposta pela ISRM, representada na Tabela 3, que, em função do grau de
qualidade da rocha, correlaciona a resistência à compressão simples (σc) e o índice de carga
pontual (IS(50)) com o comportamento do material face àquelas descrições.
Os ensaios de resistência à compressão serviram como base para o cálculo do Fator A, usado
no dimensionamento da estabilidade dos desmontes em bancada.
Stockwork 30,1 R3
Devido ao facto de a massa da Mina do Moinho estar interligada com a de São João os valores
dos ensaios do estudo do estado de tensão do Moinho serão extrapolados para o jazigo
adjacente. Tal, não dispensa um estudo das tensões in situ no jazigo de São João. O mesmo
encontra-se mais tectonizado, evidenciado pelo maior estado de fraturação e meteorização
relativa das diferentes litologias face à mina do Moinho. Tal facto pode ser justificado, também,
devido à maior proximidade da falha da Messejana.
62
Foi efetuado um estudo do estado de tensões no jazigo do Moinho em 2010 com medição nas 3
componentes, vertical e duas horizontais em 3 pisos com valores indicados na Tabela 26.
Tabela 26 - Estudo do estado de Tensões efetuado em 2010 (fonte: documento interno ALMINA)
Sigma 1 (MPa) 7,5 S53ºW 30ºSW 11,1 N34ºW 50ºNW 11,5 S16ºW 29ºSW
Sigma 2 (MPa) 5,3 N7ºW 40ºNW 5,8 S77ºE 32ºSE 11 N58ºW 26ºNW
Sigma 3 (MPa) S61ºE 35ºSE 5,1 S28ºW 22ºSW 5,4 N66ºE 50ºNE
Sigma Equações
σ1 y = 0,0307x + 0,3345
σ2 y = 0,0521x - 9,1298
σ3 y = 0,0039x + 3,9
Apenas os primeiros três valores de sigma foram recolhidos, nas cotas de 265, 304 e 380 m. Os
restantes foram calculados segundo a reta de regressão linear obtida. Os valores de σ1 foram
usados no cálculo do fator A.
Cota (m) σ1 σ2 σ3
265 7,5 5,3
304 11,1 5,8 5,1
380 11,5 11 5,4
400 12,61 11,71 5,46
420 13,23 12,75 5,54
440 13,84 13,79 5,62
460 14,46 14,84 5,69
480 15,07 15,88 5,77
500 15,68 16,92 5,85
520 16,3 17,96 5,93
540 16,91 19 6,01
63
Tensões (σ1, σ2, σ3)
20
y = 0,0307x + 0,3345
18
16
14 σ1
Valor do sigma σ
σ2
12
σ3
10 Linear (σ1)
y = 0,052x - 9,0979
8 Linear (σ1)
Linear (σ2)
6
Linear (σ2)
4
y = 0,0038x + 3,934 Linear (σ3)
2
0
0 100 200 300 400 500 600
Cota do piso (m)
Com o auxílio do Engenheiro Tiago Ferreira foram efetuados quatro ensaios que consistiram na
execução de estudos de estabilidade e definição de raios hidráulicos máximos para faces de
desmontes à cota -450 na mina do Moinho.
Ensaio 1: Faces de desmonte coroa, paredes e topo sem exposição da rocha encaixante sem
suporte por cabos
Tabela 29 – Ensaio 1
64
Assumiu-se:
(2) - Família de descontinuidades mais inclinada, 80º (ver levantamentos geotécnicos do moinho
no maciço e stockwork/riólito) e considerou-se o valor de C=3 (retirado do gráfico da Figura 21)
(3) - Valor mínimo assumido por segurança, face ao desconhecimento da direção preferencial
planeada para os desmontes e os ângulos críticos entre a família de diáclases mais desfavorável
Ensaio 2: Faces de desmonte coroa, paredes e/ou topo com exposição da rocha encaixante no
topo sem suporte por cabos
Tabela 30 – Ensaio 2
65
Figura 51 - Gráfico de estabilidade do Ensaio 2
Ensaio 3: Faces de desmonte coroa, paredes e/ou topo sem exposição da rocha encaixante
com suporte por cabos
Tabela 31 – Ensaio 3
66
Figura 52 - Gráfico de estabilidade do Ensaio 3
Ensaio 4: Faces de desmonte coroa, paredes e topo com exposição da rocha encaixante no
topo e com suporte por cabos
Tabela 32 – Ensaio 4
67
Figura 53 - Gráfico de estabilidade do Ensaio 4
Considerações:
68
Tabela 33 – Consumos específicos de betão
O número de pregagens da zona 3, 2 e 1 não varia da secção 5A*5L para 5,5A*5L apesar de
aumentar a altura da secção porque o primeiro parafuso é colocado mais acima.
69
A perfuração específica foi calculada segundo a Equação 11.
A quantidade de carga utilizada foi 7 kg por furo. Como já se dimensionou novos diagramas de
fogo optou-se por manter a quantidade de explosivo por furo, sendo o mesmo do tipo emulsão a
granel, atualmente em vigor.
Foram efetuados ensaios para determinar a densidade das amostras e os resultados obtidos são
os apresentados na Tabela 37.
V propagação Impedância
Rocha γr (g/cm3)
(m/s) maciço
Maciço 4,2 3791 15921
STWK 2,86 3045 8710
Escombro 2,6 3443 8952
Tabela 38 - Impedâncias de alguns explosivos analisados, retiradas dos catálogos da própria empresa
V detonação γc
Impedância
(m/s) (g/cm3)
Subtek™ Eclipse™ 4600 1,2 5520
Subtek™ Charge 5810 1,1 6391
ORICA
Subtek™ Charge™ i 4600 1,2 5520
Subtek™ Charge i CS 5859 1,1 6445
RIOMEX 10000 DS 5950 1,1 6545
RIOFLEX MX 10000 5525 1,17 6464
MAXAM
RIOFLEX GX 10000 4925 0,975 4802
RIOFLEX GX 7000 4900 1,025 5023
70
Tabela 39 – Relação de impedâncias entre o tipo de terreno e o explosivo
71
5. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS
FUTUROS
72
5.1. Conclusões
Para além das pequenas conclusões que foram sendo referidas ao longo do trabalho, cabe agora
efetuar um balanço e assinalar as maiores conclusões desta dissertação.
Em algumas galerias que atravessam zonas de falha e, em casos pontuais, poderá ser
necessário recorrer a desmonte mecânico (roçadora) e aplicação de algum tipo de sustimento
especial como por exemplo cambotas e betão moldado em zonas com grau de alteração W5 e
presença de água, que deverá ser avaliado por uma equipa especializada para esse efeito.
73
5.2. Desenvolvimentos/trabalhos futuros
74
6. REFERÊNCIAS
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77
7. ANEXOS
78
Anexo I – Tabela de todos dados recolhidos a partir das sondagens.
A-1
JM18001A 143,95 152,7 RUN 0,069 41,143 0 W4-5 0,009
JM18001A 80,9 87,85 STWK 0,056 11,511 0 W4-5 0,007
JM18001A 93,6 94,3 STWK 0,056 100 0 W4-5 0,007
JM18001A 95 97 STWK 0,056 100 0 W4-5 0,007
JM18001A 97 101,15 STWK 3,464 98,795 55,422 W2 1,386
JM18001A 107,2 109,9 STWK 0,083 59,259 0 W2 0,033
JM18001A 117,75 121,6 STWK 0,067 50,649 0 W4-5 0,009
JM18001A 153,4 154,7 STWK 0,042 100 0 W5 0,006
JM18001A 163,5 172,65 STWK 0,058 60,109 10,492 W4-5 0,008
JM18001A 193,05 208,6 STWK 0,132 94,212 19,743 W4 0,053
JM18001A 208,6 224,45 STWK 0,056 72,555 6,057 W4-5 0,007
JM18001A 41,15 51,2 STWK 0,056 78,607 7,960 W4-5 0,007
JM18001A 51,9 53,5 STWK 0,062 81,250 15,000 W4-5 0,008
JM18001A 74,35 75,15 STWK 0,083 87,500 12,500 W4 0,033
JM18001A 123,75 131,4 STWK 0,042 94,771 0 W4-5 0,006
JM18001A 109,9 113,55 VSD 0,083 69,863 0 W2 0,033
JM18001A 56,95 58,55 VSD 31,875 100 63,750 W1-2 12,750
JM18001A 61,1 66,9 VSD 0,067 100 3,448 W4-5 0,009
JM18003 44,55 45,5 ARGN 0,083 100 0 W3 0,033
JM18003 66,2 74,5 ARGN 0,067 88,554 12,048 W4-5 0,009
JM18003 83 85,3 ARGN 0,042 73,913 0 W4-5 0,006
JM18003 121,6 124,3 ARGN 0,067 90,741 0 W4-5 0,009
JM18003 18,8 25,8 fqRHY 5,024 93,571 60,286 W1-2 2,010
JM18003 25,8 43,1 fqRHY 0,056 52,717 8,960 W4-5 0,007
JM18003 75,7 79,7 fRHY 8,219 100 65,750 W1-2 3,288
JM18003 62,4 64,2 MSX 0,083 100 0 W4-5 0,011
JM18003 90 100 MSX 7,500 98,000 37,500 W1-2 3,000
JM18003 100 101 MSX 0,083 100 10 W4-5 0,011
JM18003 104,4 110,5 MSX 0,083 96,721 4,098 W4-5 0,011
JM18003 110,5 121,6 MSX 6,180 100 30,901 W3 2,472
JM18003 124,3 130,7 MSX 14,063 100 56,250 W2 5,625
JM18003 130,7 137,45 MSX 0,056 90,370 2,963 W4-5 0,007
JM18003 137,45 139,45 MSX 8,000 100 40 W1-2 3,200
JM18003 140,3 143,45 MSX 27,619 100 55,238 W2 11,048
JM18003 143,45 152,75 MSX 0,042 77,419 5,914 W4-5 0,006
JM18003 0 4,6 qRHY 3,478 86,957 17,391 W2 1,391
JM18003 4,6 18,8 qRHY 0,103 81,831 12,324 W3 0,041
JM18003 45,5 46,5 RUN 0,067 100 0 W4-5 0,009
JM18003 46,5 50,3 RUN 2,474 100 49,474 W1-2 0,989
JM18003 43,1 44,55 STWK 0,414 86,207 49,655 W4 0,166
JM18003 50,3 62,4 STWK 0,042 72,314 0 W5 0,006
JM18003 64,2 66,2 STWK 0,225 82,500 27,000 W2 0,090
JM18003 101 104,4 STWK 0,192 100 28,824 W4-5 0,026
JM18003 139,45 140,3 STWK 2,941 100 23,529 W1-2 1,176
A-2
JM18003 152,75 165,05 STWK 0,056 33,740 1,057 W4-5 0,007
JM18003 89,1 90 VAT 1,333 100 0 W1-2 0,533
JM18003 74,5 75,7 VSD 0,056 100 10 W4-5 0,007
JM18003 79,7 83 VSD 0,042 39,394 0 W4-5 0,006
JM18003 85,3 89,1 VSD 0,069 65,789 12,368 W4-5 0,009
JM18004 74,5 83,9 ARGN 0,063 19,681 0 W5 0,008
JM18004 138,4 144 fRHY 0,744 96,964 17,857 W3 0,298
JM18004 87 89,9 MSX 0,063 18,966 0 W5 0,008
JM18004 96,95 104,45 MSX 0,063 61,333 6,667 W4-5 0,008
JM18004 120,15 128,25 MSX 7,716 95,185 30,864 W1-2 3,086
JM18004 128,25 134,3 MSX 2,000 79,339 3,802 W2 0,800
JM18004 134,3 138,4 MSX 24,065 98,293 72,195 W1-2 9,626
JM18004 144 149,75 MSX 0,113 81,565 18,087 W4-5 0,015
JM18004 0 22,2 RUN 0,167 83,153 9,234 W1-2 0,067
JM18004 22,2 28,5 RUN 0,063 36,508 9,206 W4-5 0,008
JM18004 28,5 34,5 RUN 7,200 89 36 W1-2 2,880
JM18004 34,5 42,2 RUN 0,063 53,247 2,727 W4-5 0,008
JM18004 42,2 61,9 RUN 0,145 91,218 11,574 W4 0,058
JM18004 61,9 64,75 RUN 64,561 100 96,842 W1-2 25,825
JM18004 64,75 74,5 RUN 0,125 84,821 7,282 W4-5 0,017
JM18004 83,9 87 STWK 0,063 25,806 0 W5 0,008
JM18004 89,9 96,95 STWK 0,063 30,496 1,986 W4-5 0,008
JM18004 113,6 120,15 STWK 0,132 76,183 10,534 W4-5 0,018
JM18004 104,45 113,6 VAT 0,063 38,798 0 W5 0,008
JM19001 77,8 83 ARGN 0,042 54,808 0 W4-5 0,006
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A-3
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JM19002 113,6 114,1 VAT 3,333 100 0 W2 1,333
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A-4
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JM19003 118,8 127,6 RUN 0,083 90,909 3,977 W4 0,033
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JM19004 75 80,5 fRHY 1,773 77,273 42,545 W3 0,709
JM19004 103,25 117,35 MSX 13,333 98,085 40 W2 5,333
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JM19004 98,8 103,25 STWK 0,083 75,281 6,292 W4-5 0,011
JM19004 200,25 202,45 VAT 0,063 47,727 0 W4-5 0,008
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JM19005 43,3 53,65 fqRHY 0,063 82,319 6,647 W5 0,008
JM19005 53,65 58,2 fqRHY 4,620 97,143 55,442 W3 1,848
A-5
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JM19005 92,5 103,1 MSX 8,269 100 41,344 W1-2 3,308
JM19005 103,1 107,75 MSX 3,098 100 15,488 W4-5 0,413
JM19005 107,75 111,1 MSX 19,403 100 77,612 W4-5 2,587
JM19005 115,55 122,1 MSX 7,580 100 30,318 W1-2 3,032
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JM19005 58,2 72,85 RUN 0,083 80,614 7,105 W5 0,011
JM19005 72,85 75,5 RUN 5,391 100 32,345 W3 2,156
JM19005 84,85 86,7 RUN 0,063 69,189 0 W5 0,008
JM19005 89,8 90,85 RUN 0,063 73,333 0 W5 0,008
JM19005 91,2 92,5 RUN 1,859 100 22,308 W3 0,744
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JM19005 176,05 182,8 RUN 0,785 100 14,133 W4 0,314
JM19005 182,8 206 RUN 0,081 99,440 12,969 W4-5 0,011
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JM19005 122,1 129,5 VAT 0,063 72,973 0 W5 0,008
JM19006 277,65 284,1 ARGN 0,063 57,829 0 W4-5 0,008
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JM19006 57,35 71,2 fRHY 0,632 89,025 75,884 W4-5 0,084
JM19006 71,2 80,2 fRHY 8,069 99,444 64,556 W3 3,228
JM19006 80,2 90 fRHY 1,510 95,204 15,102 W3 0,604
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JM19006 96,9 101,7 fRHY 3,688 100 36,875 W3 1,475
JM19006 101,7 117,6 fRHY 0,063 76,415 6,792 W4-5 0,008
JM19006 119,5 120,1 MSX 3,333 100 20 W1-2 1,333
JM19006 127,8 227,2 MSX 2,187 96,338 10,936 W2 0,875
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JM19006 232 238,2 MSX 2,000 79,677 5,806 W2 0,800
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JM19006 0,12 14,45 RUN 2,066 85,834 10,328 W2 0,826
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JM19006 20,7 41,1 RUN 8,591 90,441 34,363 W2 3,436
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A-6
JM19006 126,5 127,8 RUN 0,063 84,615 0 W4-5 0,008
JM19006 301,1 308,75 RUN 0,063 63,529 0 W5 0,008
JM19006 312,1 314 RUN 0,333 87,895 7,895 W3 0,133
JM19006 315,3 316,7 RUN 0,333 96,429 0 W3 0,133
JM19006 117,6 119,5 STWK 0,333 100 0 W3 0,133
JM19007 30,9 35,35 fqRHY 1,278 94,382 20,449 W3 0,511
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JM19007 109,15 114,1 RUN 0,333 89,899 3,838 W4 0,133
JM19007 114,65 116,8 RUN 0,651 97,674 26,047 W3 0,260
JM19007 118,05 120,65 RUN 0,063 48,077 5,385 W4-5 0,008
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JM19007 132,8 156,6 RUN 0,222 82,521 5,714 W4 0,089
JM19007 156,6 161,7 RUN 0,063 33,725 0 W4-5 0,008
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JM19008 201,2 215,5 STWK 0,071 78,322 11,329 W4-5 0,009
JM19008 215,5 221,7 STWK 1,653 100 26,452 W3 0,220
A-7
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A-8
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A-9
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JM20007 53,65 55 CHT 0,130 74,074 10,370 W3 0,017
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JM20007 7 11,2 RUN 29,048 98,810 58,095 W2 3,873
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JM20008 92,4 94,95 ARG 0,167 84,314 0 W4 0,022
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JM20008 98,5 99,3 JSP 0,375 50 12,500 W1-2 0,050
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JM20008 105,5 111,6 MSX 6,967 97,541 13,934 W2 0,929
JM20008 111,6 124,8 MSX 27,424 100 54,848 W2 3,657
JM20008 124,8 128 MSX 0,167 82,812 3,125 W4 0,022
A-10
JM20008 128 145,1 MSX 22,865 98,830 45,731 W2 3,049
JM20008 163,25 171,65 MSX 0,075 95,833 7,976 W4 0,010
JM20008 171,65 179,9 MSX 12,970 98,182 51,879 W2 1,729
JM20008 191,05 194,15 MSX 0,125 75,806 7,097 W4 0,017
JM20008 0 9,9 RUN 14,343 93,434 28,687 W1-2 1,912
JM20008 9,9 18,7 RUN 0,125 72,727 5,114 W4 0,017
JM20008 62,1 86,2 RUN 0,063 37,759 1,784 W4 0,008
JM20008 94,95 98,5 RUN 0,094 73,239 2,817 W4 0,013
JM20008 179,9 191,05 RUN 0,312 89,238 31,211 W4 0,042
JM20008 194,15 212,9 RUN 0,063 80,533 0 W4-5 0,008
JM20008 145,1 163,25 STWK 0,083 94,490 3,967 W4 0,011
JM20009 0 6 fqRHY 2,367 85 35,500 W4 0,316
JM20009 9 30,8 fqRHY 1,222 75,550 73,349 W4-5 0,163
JM20009 115,9 160 fqRHY 0,150 90,340 5,397 W4-5 0,020
JM20009 47,2 51,95 JSP 0,500 48,842 0 W4-5 0,067
JM20009 30,8 44,6 MSX 0,250 44,565 5,870 W4-5 0,033
JM20009 102,3 115,9 MSX 0,167 66,691 8,824 W5 0,022
JM20009 58,4 62,1 qRHY 6,622 83,784 26,486 W3 0,883
JM20009 6 9 RUN 22,889 97,333 68,667 W2 3,052
JM20009 44,6 47,2 RUN 0,063 68,077 0 W4-5 0,008
JM20009 51,95 58,4 RUN 0,125 93,178 4,651 W4-5 0,017
JM20009 62,1 68,2 RUN 0,369 93,279 14,754 W4-5 0,049
JM20009 73,4 88 RUN 2,353 91,096 15,685 W4-5 0,314
JM20009 160 180,6 RUN 0,165 89,223 13,204 W4-5 0,022
JM20009 180,6 186,4 RUN 7,716 93,621 30,862 W3 1,029
JM20009 186,4 191,25 RUN 0,180 91,753 21,649 W4-5 0,024
JM20009 100,4 102,3 VAT 0,091 58,947 0 W4-5 0,012
JM20009 68,2 73,4 VSD 0,045 60,192 0 W4-5 0,006
JM20009 88 99,7 VSD 0,045 62,821 0 W4-5 0,006
JM20010 100,9 122,5 MSX 0,063 53,426 4,398 W2 0,008
JM20010 0 7,9 RUN 0,234 85,570 16,835 W3 0,031
JM20010 7,9 10,5 RUN 40,192 100 80,385 W2 5,359
JM20010 10,5 23 RUN 0,157 87,600 18,880 W4 0,021
JM20010 23 41 RUN 0,063 55,667 0,556 W4-5 0,008
JM20010 41 48,85 RUN 1,250 83,057 8,153 W3 0,167
JM20010 48,85 68,1 RUN 10,545 92,883 31,636 W3 1,406
JM20010 68,1 75,65 RUN 1,250 84,901 3,311 W3 0,167
JM20010 75,65 100,9 RUN 0,063 55,881 0,832 W4-5 0,008
JM20011 41,65 47,95 fqRHY 1,270 99,206 11,429 W2 0,169
JM20011 0 5 RUN 0,167 73,000 6,000 W4 0,022
JM20011 5 11,4 RUN 0,083 54,688 1,875 W4 0,011
JM20011 11,4 41,65 RUN 0,075 61,653 2,215 W4 0,010
JM20011 47,95 54,65 RUN 0,063 92,537 9,104 W4 0,008
JM20011 54,65 60,6 RUN 0,042 26,891 0 W4 0,006
JM20011A 0 22,5 RUN 0,094 58,889 1,511 W4 0,013
A-11
JM20013 91,95 97,25 ARG 0,063 51,887 0 W4-5 0,008
JM20013 3,7 10,9 fqRHY 17,813 93,750 71,250 W3 2,375
JM20013 18,2 25,05 fqRHY 3,543 89,489 26,569 W3 0,472
JM20013 29,25 55,2 MSX 0,500 78,613 6,243 W4-5 0,067
JM20013 97,25 128,8 MSX 0,136 44,596 0,856 W4-5 0,018
JM20013 0 3,7 qRHY 2,919 81,351 21,892 W4 0,389
JM20013 10,9 18,2 RUN 0,063 78,767 0 W4-5 0,008
JM20013 25,05 29,25 RUN 0,042 80,476 0 W5 0,006
JM20013 55,2 70,25 RUN 0,063 80,266 4,120 W4-5 0,008
JM20013 70,25 91,45 VSD 0,167 67,028 5,047 W4 0,022
JM20015 101,7 104,5 ARG 0,125 54,643 0 W4 0,017
JM20015 6 11,65 fqRHY 5,782 99,646 69,381 W2 0,771
JM20015 11,65 15,45 fqRHY 1,105 92,368 29,474 W3 0,147
JM20015 15,45 18,65 fqRHY 5,729 96,250 34,375 W2 0,764
JM20015 133,6 137 fqRHY 0,045 72,059 0 W4 0,006
JM20015 137 146,5 fqRHY 1,028 89,158 30,842 W4 0,137
JM20015 146,5 197,7 fqRHY 0,091 84,551 7,539 W4 0,012
JM20015 81,7 86,7 MSX 0,045 80,400 2,600 W4 0,006
JM20015 113,1 117 MSX 0,045 77,179 0 W4 0,006
JM20015 117 119 MSX 1,250 95,000 37,500 W2 0,167
JM20015 119 126,2 MSX 0,083 80,694 18,194 W4 0,011
JM20015 126,5 131,2 MSX 0,045 46,809 0 W4 0,006
JM20015 0,02 6 RUN 0,111 84,783 12,207 W4 0,015
JM20015 18,65 65 RUN 0,091 62,654 4,617 W4 0,012
JM20015 65 70,4 RUN 8,580 81,111 51,481 W2 1,144
JM20015 70,4 81,7 RUN 0,045 47,876 0 W4 0,006
JM20015 86,7 101,7 RUN 0,045 67,733 4,267 W4 0,006
JM20015 106,3 113,1 RUN 0,045 84,412 0 W4 0,006
JM20015 131,2 133,6 RUN 1,944 95,000 29,167 W2 0,259
JM20016 8,05 30,1 fRHY 0,045 82,041 8,118 W4-5 0,006
JM20016 90,95 93,3 JSP 0,202 63,830 16,170 W4 0,027
JM20016 30,8 48,75 MSX 0,283 70,474 11,309 W4 0,038
JM20016 48,75 57,35 MSX 7,849 99,186 47,093 W3 1,047
JM20016 57,35 80 MSX 0,147 90,155 23,576 W4 0,020
JM20016 82 83 MSX 0,167 55 0 W3 0,022
JM20016 99,75 105,15 MSX 4,198 95,741 25,185 W2 0,560
JM20016 105,15 170 MSX 0,045 74,773 4,009 W3 0,006
JM20016 170 226 MSX 1,333 81,143 5,732 W3 0,178
JM20016 226 248,15 MSX 1,500 67,043 1,174 W3 0,200
JM20016 249,5 271,8 MSX 0,045 54,664 0 W4-5 0,006
JM20016 0 8,05 RUN 0,063 88,571 3,602 W4 0,008
JM20016 80 82 RUN 0,045 70 7,500 W4-5 0,006
JM20016 83 90,95 RUN 0,045 80,126 0 W4-5 0,006
JM20016 94,05 97,35 RUN 0,045 73,333 0 W4-5 0,006
JM20016 98,95 99,75 RUN 0,045 62,500 0 W5 0,006
A-12
JM20016 30,1 30,8 STWK 0,167 80 0 W4-5 0,022
JM20016 248,15 249,5 STWK 0,121 77,778 26,667 W4 0,016
JM20016 93,3 94,05 VAT 0,045 86,667 0 W4 0,006
JM20016 97,35 98,95 VAT 0,045 34,375 0 W5 0,006
JM20017 22,25 31 fqRHY 0,159 73,714 12,686 W4 0,021
JM20017 31 33,7 fqRHY 5,062 92,593 30,370 W2 0,675
JM20017 33,7 47,05 fqRHY 0,083 73,034 4,419 W4 0,011
JM20017 71,2 80,3 MSX 0,075 50,549 1,429 W4 0,010
JM20017 85,7 99,9 MSX 0,125 90,141 8,873 W4 0,017
JM20017 99,9 109,2 MSX 8,226 97,312 32,903 W2 1,097
JM20017 109,2 129,2 MSX 0,158 95,000 15,800 W4 0,021
JM20017 138,85 170 MSX 0,083 88,764 8,604 W4 0,011
JM20017 170 173 MSX 0,063 48,333 0 W4 0,008
JM20017 0 5,3 RUN 0,400 90,566 6,415 W1-2 0,053
JM20017 5,3 22,25 RUN 3,520 87,906 31,681 W2 0,469
JM20017 47,05 52,15 RUN 27,157 91,176 54,314 W2 3,621
JM20017 52,15 53 RUN 0,167 82,353 0 W4 0,022
JM20017 53 58,4 RUN 13,981 95,370 27,963 W2 1,864
JM20017 58,4 71,2 RUN 0,094 67,188 8,516 W4 0,013
JM20017 80,3 83,4 RUN 0,094 83,871 4,839 W4 0,013
JM20017 190,4 192,3 RUN 0,112 100 17,895 W4 0,015
JM20017 129,2 138,85 STWK 0,155 97,409 18,653 W4 0,021
JM20017 173 190,4 STWK 0,063 90,230 3,793 W4 0,008
JM20017 83,4 85,7 VAT 0,150 78,261 0 W4 0,020
JM21002 105,7 117,25 ARG 0,063 50,823 2,511 W4-5 0,008
JM21002 141,5 147,9 ARG 0,063 39,063 0 W3 0,008
JM21002 87,6 105,7 MSX 0,083 65,801 7,956 W4-5 0,011
JM21002 117,25 122,8 MSX 0,063 96,216 9,550 W4-5 0,008
JM21002 125,55 141,5 MSX 0,182 92,727 21,818 W2 0,024
JM21002 0 5 RUN 0,083 77 0 W4-5 0,011
JM21002 5 16,4 RUN 6,107 96,754 48,860 W2 0,814
JM21002 16,4 55,1 RUN 0,063 73,385 7,545 W4-5 0,008
JM21002 55,1 75,6 RUN 8,317 96,683 33,268 W1-2 1,109
JM21002 75,6 87,6 RUN 0,063 61,333 5,333 W4-5 0,008
JM21002 122,8 125,55 RUN 0,083 81,091 0 W4-5 0,011
JM21002 147,9 169,4 RUN 0,083 82,047 7,628 W4 0,011
JM21002 181,2 213,2 RUN 0,083 69,688 0,313 W4 0,011
JM21002 169,4 181,2 STWK 1,314 92,627 10,508 W3 0,175
JM21003 181,8 182,8 DOL 0,091 62,000 0 W4 0,012
JM21003 182,8 183,8 DOL 0,167 20,000 0 W3 0,022
JM21003 13 41,8 fqRHY 0,125 84,201 7,569 W4 0,017
JM21003 54,4 56,25 fqRHY 0,158 70,270 23,243 W4 0,021
JM21003 56,25 57,55 JSP 0,333 76,923 10 W3 0,044
JM21003 53,9 54,4 MSX 0,167 70 0 W3 0,022
JM21003 74,95 99,4 MSX 2,730 95,706 36,401 W3 0,364
A-13
JM21003 102,75 105,95 MSX 2,083 85,937 46,875 W3 0,278
JM21003 116,7 171,1 MSX 0,258 95,864 15,460 W3 0,034
JM21003 0 13 RUN 3,046 75,385 22,846 W2 0,406
JM21003 41,8 52,3 RUN 0,091 81,905 3,238 W4-5 0,012
JM21003 171,1 181 RUN 0,045 69,192 1,111 W4 0,006
JM21003 181 181,8 RUN 0,167 56,250 0 W3 0,022
JM21003 99,4 102,75 STWK 0,466 88,060 68,358 W4 0,062
JM21003 105,95 116,7 STWK 0,045 77,674 7,442 W5 0,006
JM21003 57,55 73,4 VSD 0,068 89,590 8,707 W4 0,009
JM21004 38 40,5 fRHY 0,063 100 0 W4-5 0,008
JM21004 40,5 45,6 fRHY 4,488 91,765 40,392 W3 0,598
JM21004 56,9 60,9 fRHY 1,000 88,750 6,500 W4 0,133
JM21004 19,1 28,4 MSX 10,134 92,043 40,538 W2 1,351
JM21004 47,05 48,5 MSX 0,083 18,621 0 W4-5 0,011
JM21004 48,5 54,45 MSX 5,462 90,588 32,773 W3 0,728
JM21004 54,45 56,9 MSX 0,111 60,816 0 W4-5 0,015
JM21004 0 8,3 RUN 0,083 63,494 8,675 W4-5 0,011
JM21004 8,3 15,3 RUN 5,125 98,857 41 W3 0,683
JM21004 15,3 17,75 RUN 0,085 100 10,204 W4 0,011
JM21004 28,4 38 RUN 4,375 90,938 35 W2 0,583
JM21004 66,8 84,2 RUN 0,050 57,644 0,747 W4-5 0,007
JM21004 17,75 19,1 STWK 0,083 62,963 0 W4-5 0,011
JM21004 63,2 66,8 STWK 0,083 81,111 3,889 W3 0,011
JM21004 60,9 63,2 VAT 0,083 63,478 0 W4-5 0,011
A-14
Anexo II – Carote de MSX (antes)
A-15
ANEXO III - Carote de MSX (depois)
A-16
Anexo IV – Ensaio de resistência a compressão em litologia RUN
LABORATÓRIO GEOTÉCNICO
Relatório de Resistência à Compressão Uniaxial em carotes de sondagem
(NP EN 1926-2000)
Planos de anisotropia
Orientação do eixo de
carga face ao plano de
anisotropia
Provete Tensão de rotura (KN) Resistência (MPa) Massa (g) Altura (mm) Observações
1 73,323 32,522 1465 173
2 285,991 91,745 1458 174
3 111,550 35,785 1175 138
4 174,516 53,585 774 93
5 131,520 42,191 1199 145
6 36,364 11,251 868 98
7 225,261 72,263 1469 174
8 131,744 42,263 1166 135
9 65,746 21,155 1441 166
10 152,459 48,908 1270 144
Classe de resistência R3
Observações
Operador Responsável
Data Data
A-17
Anexo V – Ensaio de resistência a compressão em litologia MSX
LABORATÓRIO GEOTÉCNICO
Relatório de Resistência à Compressão Uniaxial em carotes de sondagem
(NP EN 1926-2000)
Planos de anisotropia
Orientação do eixo de
carga face ao plano de
anisotropia
Provete Tensão de rotura (KN) Resistência (MPa) Massa (g) Altura (mm) Observações
1 195,455 62,701 2576 172
2 206,632 64,098 1518 100
3 759,652 243,693 2650 175
4 54,247 16,806 1510 99
5 95,942 27,538 2271 152
6 402,098 128,992 2372 170
7 56,185 18,024 2072 165
8 280,104 89,856 2389 176
9
10
Classe de resistência R4
Observações
Operador Responsável
Data Data
A-18
Anexo VI – Ensaio de resistência a compressão em litologia STWK
LABORATÓRIO GEOTÉCNICO
Relatório de Resistência à Compressão Uniaxial em carotes de sondagem
(NP EN 1926-2000)
Planos de anisotropia
Orientação do eixo de
carga face ao plano de
anisotropia
Provete Tensão de rotura (KN) Resistência (MPa) Massa (g) Altura (mm) Observações
1 117,437 37,673 1250,6 128
2 74,739 22,583 891,2 75
3
4
5
6
7
8
9
10
Classe de resistência R3
Observações
Operador Responsável
Data Data
A-19
Anexo VII – Sequência de detonação e proposta de temporização, em ms
(DF ESC 5A*5L)
A-20
Anexo IX – Imagens espaciais das sondagens efetuadas (Vulcan MaptekTM)
A-21
A-22
A-23
Anexo X – Caixas de sondagens do jazigo de São João
A-24
A-25
ANEXO XI – Folha de campo de levantamento de famílias de
descontinuidades
A-26