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Contos Fluminenses
Contos Fluminenses
a cor dos olhos não vale nada, a questão é a expressão deles. Podem ser azuis como
o céu e pérfidos como o mar.
outros Aquiles andam por aí que são da cabeça aos pés um imenso calcanhar.
casamento não é poesia. É verdade que é bom que duas pessoas antes de se casarem se
tenham já alguma estima mútua. Isso creio que tens. Lá fogos ardentes, meu rico
sobrinho, são coisas que ficam bem em verso, e mesmo em prosa; mas na vida, que não
é prosa nem verso, o casamento apenas exige certa conformidade de gênio, de
educação e de estima.
É difícil subir a corrente, disse ele, mas sobe-se. Não se fazem Alexandres na
conquista de praças desarmadas.
talento, ambição e vontade de saber, três armas poderosas nas mãos de um homem que
tenha consciência de si.
Quando você tiver, dizia-lhe, uma mulher amada e amante ao pé de si, será um homem
feliz e completo. Dividirá então o tempo entre as duas coisas mais elevadas que a
natureza deu ao homem, a inteligência e o coração.
— De maneira que os seus cuidados são todos para a ciência? — É a minha esposa. —
Sim, a sua esposa intelectual; mas essa não basta a um homem
a língua humana há de ser sempre impotente para exprimir certos afetos da alma;
Só o casto olhar de uma virgem poderia descobrir no meu lodo essa pérola divina.
Renasço melhor do que era…
Soube ver e sabia contar. Estas duas qualidades, indispensáveis ao viajante, por
desgraça são as mais raras. A maioria das pessoas que viajam nem sabem ver, nem
sabem contar.
— Do amor, dizia ele, eu só sei que é uma palavra de quatro letras, um tanto
eufônica, é verdade, mas núncia de lutas e desgraças.
Compreendi que é preciso ver e admirar o que é indiferente, para apreciar e ver
aquilo que faz a felicidade íntima do coração.
Quando a gente se aborrece dos homens toma sempre a afeição dos animais, que têm a
vantagem de não discorrer, nem intrigar.